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1. INTRODUÇÃO 1.1 Transmitância [1] e Absorbância [1] Muitas substâncias são capazes de interagir com a radiação ultravioleta e com a radiação visível; essa radiação pode ser refletida, absorvida ou transmitida. Essas interações são mensuradas por medidas como a refletância, a transmitância e a absorbância, normalmente expressas em porcentagem. São de interesse para esse relatório a transmitância e a absorbância, que se definem como: Transmitância (T) é a capacidade de transmitir energia. T pode ser expressa como a razão entre P0 (potência com a qual o feixe radiante incide na amostra) e P (potência com a qual o feixe deixa a amostra). Absorbância (Abs) é a capacidade de absorver energia. Abs e T se relacionam segundo a equação (observemos que essa relação não é linear): Abs=-logT Então, se em uma amostra a luz passa sem absorção nenhuma, tem-se que a absorbância é zero, porém a transmitância percentual é de 100%. Para o caso em que toda luz é absorvida, a transmitância percentual é zero e a absorbância é infinita. Quando a molécula emite ou absorve um fóton, sua energia aumenta ou diminui e um (ou mais) números quânticos mudam. Como exemplo, podemos citar o Espectro Eletrônico, que ocorre na região do visível e na região do ultravioleta, quando há mudança nos níveis de energia eletrônica, normalmente acompanhada pelas variações nos níveis de energia vibracional e rotacional. 1.2 Lei de Bouguer - Lambert - Beer [1][2] A Lei de Bouguer-Lambert-Beer é a lei básica da espectrofotometria e é dada por: Abs=abc

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1. INTRODUO1.1 Transmitncia[1] e Absorbncia[1]Muitas substncias so capazes de interagir com a radiao ultravioleta e com a radiao visvel; essa radiao pode ser refletida, absorvida ou transmitida. Essas interaes so mensuradas por medidas como a refletncia, a transmitncia e a absorbncia, normalmente expressas em porcentagem. So de interesse para esse relatrio a transmitncia e a absorbncia, que se definem como:Transmitncia (T) a capacidade de transmitir energia. T pode ser expressa como a razo entre P0 (potncia com a qual o feixe radiante incide na amostra) e P (potncia com a qual o feixe deixa a amostra).Absorbncia (Abs) a capacidade de absorver energia.Abs e T se relacionam segundo a equao (observemos que essa relao no linear): Abs=-logT Ento, se em uma amostra a luz passa sem absoro nenhuma, tem-se que a absorbncia zero, porm a transmitncia percentual de 100%. Para o caso em que toda luz absorvida, a transmitncia percentual zero e a absorbncia infinita.Quando a molcula emite ou absorve um fton, sua energia aumenta ou diminui e um (ou mais) nmeros qunticos mudam. Como exemplo, podemos citar o Espectro Eletrnico, que ocorre na regio do visvel e na regio do ultravioleta, quando h mudana nos nveis de energia eletrnica, normalmente acompanhada pelas variaes nos nveis de energia vibracional e rotacional. 1.2 Lei de Bouguer - Lambert - Beer[1][2]A Lei de Bouguer-Lambert-Beer a lei bsica da espectrofotometria e dada por: Abs=abc Em que a a absortividade, b o comprimento do caminho da amostra (isto , o comprimento do caminho que a luz tem que atravessar na cubeta) e c a concentrao do elemento que absorve na soluo.Se a concentrao c for expressa em [mol/L] e b em [cm], a constante a toma o nome de absortividade molar e o smbolo normalmente empregado para a passa a ser (psilon) em unidade [L/(mol.cm)]. depende da substncia, do comprimento de onda utilizado, da temperatura e do solvente. Percebe-se que quanto maior o valor de , maior ser a taxa de absoro observada e mais sensvel o mtodo espectrofotomtrico. A absortividade, a, a mais usada quando no se conhece a natureza do material absorvente (e, portanto a sua massa molar), sendo a concentrao expressa em gramas por litro. 1.1 Espectrofotometria Molecular[1][3]Espectrofotmetro um aparelho que mede e compara a quantidade de radiao absorvida por uma soluo. Ou seja, ele usado para medir (identificar e determinar) a concentrao de substncias que absorvem energia radiante, em um solvente. As principais partes de um espectrofotrmetro so a fonte de energia radiante (lmpadas), o monocromador (dispositivo para isolar a energia radiante monocromtica, difratando a luz branca), as cubetas e o detector de intensidade da radiao que atravessa ou reflete da substncia sob teste. Para analisar as amostras, preparam-se duas cubetas: uma com a amostra que se deseja analisar e outra com todos os componentes da cubeta anterior, menos a substncia de interesse. A medida obtida da segunda cubeta ser a referncia para calibrar o instrumento. Isto feito para que os possveis efeitos de reflexo observados no experimento no alterem tanto o resultado final (por isso importante usar cubetas praticamente idnticas, com paredes de pequena espessura e com faces paralelas). Quando so usados aparelhos de feixe simples, o procedimento consiste em ajustar o nvel de 100% de T (zero de Abs) do equipamento com a cubeta que contm todos os componentes da soluo a ser medida, menos da substncia de interesse (branco), e o nvel 0% de transmitncia com o obturador do aparelho fechado. As demais medidas sero feitas em relao ao branco, substituindo-o pelas amostras. Boa parte dos procedimentos envolvendo absoro de luz realizada com solues homogneas e transparentes de modo que a intensidade de radiao espalhada pode ser considerada desprezvel. OBJETIVOSO objetivo dessa prtica determinar a porcentagem de mangans em uma amostra de prego (ao) por espectrofotometria molecular na regio do visvel.

QUESTOES 3-Existem alguns pr requisitos para a correta utilizaao da lei de Beer: As partculas (tomos, molculas) presentes em soluo devem absorver a luz de forma independente entre si;O meio absorvente deve ser homogneo (soluo) e no dispersar a radiao; A radiao incidente deve estar colimada (raios paralelos entre si) e deve atravessar a mesma distncia durante a qual interage com as partculas existentes em soluo; A radiao deve ser monocromtica, isto , ser composta por apenas um comprimento de onda selecionado (normalmente, correspondente ao comprimento de onda para o qual a absorvncia da espcie em estudo mxima); O fluxo da radiao incidente no pode induzir processos que impliquem a desestabilizao dos tomos, molculas, como por exemplo excitao eletrnica que d origem a fenmenos de fluorescncia ou fosforescncia.

5-Antes de uma anlise qumica, algumas operaes preliminares tm de ser feitas a fim de preparar a amostra para anlise, elas vo desde a coleta da amostra at o preparo para anlise. Para a anlise necessrio que os elementos desejados estejam em soluo e disponveis, para isso algumas tcnicas de mineralizao e digesto da amostra so aplicadas, para que seja possvel a homogeneizao da amostra. Utilizando-se misturas oxidantes como cido ntrico, sulfrico, perclrico para que seja feita a decomposio ou digesto do composto, resultando numa soluo.