doce mar de minas - ed 10 dez/jan 2013 - baixa do lago

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O universo mágico das Congadas em Passos/MG Especial Cachoeiras simplesmente deslumbrantes Shaefer Yachts se inspira no Doce Mar Belezas veladas, reveladas Roteiro Náutica Baixa do Lago ano 2 | edição 10 | dez/janeiro 2013

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Nesta edição, as belezas veladas, reveladas do Lago de Furnas neste novo episódio da baixa do Lago. O universo mágico das Congadas em Passos/MG. Cachoeiras simplesmente deslumbrantes em nossa região. Shaefer Yachts se inspira no Doce Mar e lança modelo especialmente desenvolvido para a região. Confira estas e outras novidades na Doce Mar!

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O universo mágico das Congadas em Passos/MG

EspecialCachoeiras simplesmente deslumbrantes

Shaefer Yachtsse inspira no Doce Mar

Belezas veladas, reveladas

Roteiro Náutica

Baixa do Lago

ano 2 | edição 10 | dez/janeiro 2013

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OBRAS INICIADAS

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O COMPLEXO RESIDENCIAL MAIS SURPREENDENTE DA REGIÃO DO LAGO DE FURNAS.

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EXPEDIENTE

Doce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 10 | dezembro/janeiro 2013

Direção executivaBolivar Filho [email protected]

Conselho editorialAdriana Dias, Bolivar Filho

EdiçãoBolivar FilhoAdriana Dias [email protected]

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton Filho [email protected]

RedaçãoAdriana Dias – MTB 025.230 [email protected] Mayara Carvalho [email protected]

FotosReginaldo Faria [email protected] Elias [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

Revista Doce Mar de MinasAv. Com. Francisco Avelino Maia,3866 – Passos/MG – 37902-138

Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemarminas

[email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”

leia na doce mar

14 72CAPA Lago rende turismo

ACONTECEUCardápio de turismo

24 74 ESPECIALNos passos dos Congos

CULTURAQue las hay, las hay

36 76 NÁUTICASob Medida

EMPREENDIMENTO Ilha de Pedra

44 80ROTEIRO Cachoeiras tops

AÇÃO SOCIALDoe esperança!

56 82 GASTRONOMIA Pede moleque!

FAUNA Alevinos, ao lago!

60 86VITRINEMinas Gerais é tudo isso

EVENTOMar de Minas Weekend

68 91ARTES Modernidade e arte, lado a lado

AERONÁUTICORadar Aéreo

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DOCE MAR DE MINAS | 9

E NESTA EDIÇÃO

Um brinde ao novo!

Dois anos juntos com vocês, leitores, parceiros, clientes e fornecedores merece ser celebrado com um brinde. E nestes dois anos a DMM cresceu, vivenciou novidades, se aprimorou e levou as belezas de alguns cantos das Gerais para as casas de muitos brasileiros e até de estrangeiros.

Queremos brindar o Ano Novo, que traga novas aspirações de crescimento à nossa equipe, que há um ano ganhou a Terra Boa Agronegócios que também vem crescendo e chegando a vários lugares levando a proposta do mercado do agrobusiness.

Brindamos ainda o antigo que se fez novo no Lago de Furnas com a baixa do nível de suas águas trazendo à tona pontes, torre de igreja e até estradas de ferros.

Apostando nas maravilhas do Lago de Furnas e mesmo com o nível em baixa, empreendedores e clientes lançaram um novo condomínio em Formiga/MG: o Resort Ilha de Pedra.

Um brinde ao novo modelo de barco lançado em Escarpas do Lago feito especialmente para aten-der um público exigente: os mineiros.

Para dar um salve 2013 diferente, trouxemos nesta edição as histórias reais de uma bruxa em um evento realizado em São Tomé das Letras em homenagem à água.

Ainda navegando neste mar de magia e mistérios vamos passear pela manifestação cultural Congada, que acontece em Passos/MG há 155 anos. E que se renova a cada dia, assim como desejamos que nossa parceria se renove em 2013.

Receba com muito carinho de nossa equipe um forte abraço e que no ano que chega possam alcan-çar todos os seus objetivos.

É um prazer brindar com vocês!

Bolivar Filho

Ainda não leu nossa última edição?Acesse já a biblioteca virtual daRevista Doce Mar de Minas:

http://issuu.com/docemardeminas

Tenha uma boa leitura!

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10 | DOCE MAR DE MINASLoja Passos - Av. Com. Francisco Avelino Maia, 2612 (Av. da Moda) 35 3521.1346|3521.7674|Fábrica 3529.2200

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A árbitra de futebol e jornalista, apresentadora do programa de esportes “Alterosa no Ataque”, do SBT, Ana Paula da Silva

Oliveira, se preparando para o Jogo das Estrelas emPassos/MG. Mas parou para conhecer a DMM

sob as lentes de Piettro Cavalera.

Osmar Rodrigues da Silva, proprietário da Okka House Móveis e Complementos, durante inauguração de seu outro

empreendimento, a Rudnick Projetados, lendo a DMM.

O diretor do estaleiro Schaefer Yachts, Pedro Odílio Phelippe, folheando a DMM para conhecer a revista, durante lançamento

da Phantom 400 em Escarpas do Lago, em Capitólio/MG.

O campeão de wakeboard, Ronaldo Beleza, que já foi capa da Doce Mar de Minas, passando feriado no Píer JTR em Guapé/MG. “Ler a DMM é sagrado, assim como curtir o Lago de Furnas”.

LEITORES

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CAPA

e esconde históriasLago rende turismo

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DOCE MAR DE MINAS | 15 Baixa das águas traz histórias submersas no Lago de Furnas

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As águas do Lago de Furnas, um dos maiores lagos artificiais do mundo, nesta época do ano, estão no período de baixa. Nos últimos meses este mar de águas doces baixou por conta da falta de chuvas.

De acordo com a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Ala-go), cerca de 260 empreendimentos turísticos, tais como, hotéis, pousa-das e clubes náuticos movimentam a economia e geram empregos nas ci-dades banhadas pelo lago, atraindo turistas do Brasil e do mundo.

De acordo com Furnas Cen-trais Elétricas o nível do reservató-rio da Usina Hidrelétrica de Furnas está com aproximadamente 17% de seu volume total, o que é nor-mal para essa época do ano. “Atu-almente o reservatório de Furnas está com níveis de armazenamento em torno do esperado para o final do período de estiagem e início do período chuvoso, disseram os téc-nicos da hidrelétrica.

Segundo a dona de uma das pousadas de Carmo do Rio Claro, Si-mone Silva Moisés no último feriado 50% das vagas do local foram preen-chidas. “Muitos de nossos clientes reservaram a hospedagem conosco desde abril deste ano. Todos estão muito ansiosos pelo réveillon. Devi-

do a isso, preparamos vários passeios para nossos clientes. Alguns passeios foram substituídos, devido à baixa das águas, mas o cliente ficará satis-feito em passar essa data aqui”, disse a empresária.

Em Pimenta, o ex-jogador do Galo, Éder Aleixo, explica que deci-diu investir em uma casa de veraneio

península maravilhosa, denominada Ilha Cabaçal, um cenário perfeito”, disse Aleixo durante o Jogo das Estre-las, em Passos, em prol do Hospital Otto Krakauer.

Histórias Reveladas

Com a mudança do curso do Rio Grande, para a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, cidades e vi-larejos foram inundados. Todo o ce-nário da região mudou para sempre. Histórias de pessoas e municípios fi-caram de baixo d’água e outro cená-rio apareceu.

Com a baixa das águas riquezas tem sido reveladas e a cultura pode ser vista pelos turistas e moradores do local. Com a instalação da represa de Furnas em 1964, toda a área no muni-cípio de Fama foi alagada, mas agora, com a baixa do nível, é possível visuali-zar uma ponte e uma estrada de ferro que ligava o Sul de Minas ao Estado de São Paulo, passando por cidades como Alfenas/MG, Varginha/MG e Três Cora-ções/MG.

A possibilidade de visualizar a ponte e a estrada transformou o lo-cal em um ponto de passeio e pes-ca onde as pessoas tem ido para ver a ponte que estava encoberta pelas águas da represa.

“Muitos de nossos clientes

reservaram a hospedagem

conosco desde abril deste

ano. Todos estão muito

ansiosos pelo réveillon.

Devido a isso, preparamos

vários passeios para nossos

clientes. Alguns passeios

foram substituídos, devido

à baixa das águas, mas o

cliente ficará satisfeito em

passar essa data aqui”

às margens do Lago de Furnas, em Escarpas. “Comprei uma área em Pi-menta e construí meu recanto para finais de semana e férias com a famí-lia e amigos. Minha casa fica numa

Vista Panorâmica Lago de Furnas próximo à Ponte do Rio Turvo

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An_Ferias_Furnaspark.pdf 1 11/30/12 1:46 AM

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Na cidade de Guapé, pessoas de toda a região estão indo ao local para ver a torre da igreja, onde foi ergui-do um mastro com a imagem de São Sebastião, padroeiro da cidade. O lo-cal onde a imagem está virou ponto turístico. Moradores e turistas tem tirado fotos ao lado do santo e feito orações em frente à estátua. Peças e pedaços de pisos e escombros das an-tigas casas estão ali para qualquer um ver e recordar as relíquias da cidade que foi alagada.

Geração de Energia

A equipe de Furnas disse que a geração de energia não vem sofrendo qualquer comprometimento. Quanto ao volume do reservatório da usina de Furnas, este já apresentou níveis mais baixos e mais altos ao longo de sua existência. Sobre morte de pei-xes e prejuízos à fauna e flora, Furnas salienta que o reservatório foi cons-truído visando a geração de energia elétrica e sua operação ao longo dos anos não tem provocado quaisquer danos ao meio ambiente. “A regula-rização do Rio Grande permite man-ter um nível adequado de vazão, evi-

Ponte do Rio Turvo deixa a mostra as pilastras de sua base deixando claro o nível das águasdo Lago de Furnas

Braço do Lago de Furnas expõe vegetação não vista há muitos anos Dique em Capitólio/MG

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tando secas e cheias extremas, que ocorreriam inevitavelmente caso não houvesse a barragem”, explicaram. A empresa não registrou qualquer mortandade de peixes e prejuízos à fauna e à flora em virtude do nível baixo do reservatório.

Com relação ao nível máximo, Furnas opera com 768 metros e aci-ma deste nível as comportas do ver-tedouro (estrutura hidráulica usada para medir e controlar a vazão da água) são abertas para a proteção da barragem. Porém de acordo com os técnicos o nível que hoje é de 13,5 metros de coluna de água é conside-rado normal para esta época do ano.

“Furnas acredita ainda

que o reservatório se

recuperará em breve

devido a chegada do

período de chuvas”

Marina Clube Escarpas do Lago, em Capitólio/MG mostra os barcos ancoradosPonte “Torta” ou Ponte do Poção, Ilicínea/MG

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TAXA

A.M.

FordCredit Consórcio Nacional Ford

Auto Oeste

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TAXA

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Auto Oeste

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Acima, a torre da igreja e o mastro com São Sebastião, em Guapé/MG. Abaixo, Aterro Santa Quitéria, em Carmo do Rio Claro/MG

Imagens Aterro: Lucas Soares

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Ao falar sobre comerciantes e pis-cicultores que vivem da exploração do lago, Furnas disse que a Superintendên-cia de Pesca e Aquicultura do Estado de Minas Gerais delimitou os parques aquícolas em pontos estratégicos do re-servatório, buscando minimizar os pro-blemas que podem surgir devido a osci-lação do nível de água. “Furnas acredita ainda que o reservatório se recuperará em breve devido a chegada do período de chuvas”, afirmaram.

Um dos objetivos da Estação de Hidrobiologia e Piscicultura de Furnas é o repovoamento dos peixes com a colo-cação de filhotes de peixes no Lago de Furnas e realiza esta atividade desde a sua criação.

Questionados sobre o fato de que mesmo com o nível do lago em baixa as comportas estavam abertas, os téc-nicos de Furnas afirmaram ter sido de-terminação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena a operação dos reservatórios das usinas conectadas ao Sistema Interligado Na-cional. Segundo eles as comportas do vertedouro foram abertas com o objeti-vo de ajudar na geração de energia nas usinas situadas a jusante (rio abaixo), nas cascatas dos rios Grande e Paraná. A situação dos outros reservatórios de regularização da região sudeste do Bra-sil está em situação semelhante.

Ainda de acordo com Furnas não existe qualquer risco de faltar fornecimen-to de energia elétrica. “Não há motivo para alarmes de qualquer natureza, dentro das características do período, estamos den-tro dos padrões. O Lago de Furnas se re-cuperará normalmente ao longo do pró-ximo período chuvoso.

Residencial Serra Verde, Varginha e Três Pontas/MG

Ponte Rio Verde, em Pontalete, Três Pontas/MG

Antiga linha de trem, em Pontalete, Três Pontas/MG

Aterro Santa Quitéria, Carmo do Rio Claro/MG

Quanto ao volume de águas do

reservatório da usina de Furnas,

este já apresentou níveis mais

baixos e mais altos ao longo

de sua existência.

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“São Benedito

Sua casa cheira

Cheira cravo de rosa

E fulô da laranjeira”

(Cântico em louvor a São Benedito)

ESPECIAL

dos CongosNos passos

Imagens dos integrantes do Terno da Coroade São Benedito produzidas pelo artesão

Leo Machado e Foto Érico Andrade

A manifestação cultural Congada, ou simplesmente Congo, vivenciada em Passos há quase dois séculos mostra detalhes da cons-trução de uma vida outra, sagrada, simbólica, mítica e mágica trançada do viver objetivo, pre-servando aquilo que tem de mais profundo e sagrado: as encantarias da festa do Rosário, de São Benedito, do Reinado e da Cavalhada.

No mundo real os congadeiros cum-prem um ritual de morte e de (re) nascimen-to, que conta léguas e léguas de histórias do desterro forçado de seus povos. Choram a reti-rada de seus antepassados do Congo africano, choram pelo passado de escravidão; no mun-do imaginário recriam a maravilha da festa de Reis e Rainhas, que eram em suas terras, onde

hoje em terras brasileiras são trabalhadores ru-rais, carpinteiros, pedreiros, serventes e donas--de-casa, que se transformam em famílias reais, desfilando num cortejo real.

Em Passos existem cadastrados 13 ter-nos de Congo, conforme a Associação Passen-se de Defesa do Folclore. Entre eles, o terno da Coroa de São Benedito, com seus 45 inte-grantes, palco privilegiado dos saberes e fa-zeres do Congo, com o sagrado e o profano. O cortejo inteiro de um dia de evento desde a saída do terno até seu retorno é o palco desta matéria, que também foi tema para a disserta-ção de Mestrado da jornalista Adriana Dias, na Unesp de Franca, no ano de 2008, que buscou mostrar a resistência cultural, a manutenção

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e a perpetuação da manifestação Congada, em Passos/MG. Uma sala pequena e acon-chegante, mais parecendo um altar, com uma constelação inteira de anjos e santos como: São Benedito, Padre Vitor, São Jorge Guerreiro, os Três Reis Magos, Jesus, Santa Luzia, São Jor-ge Guerreiro, São Cosme e São Damião, San-tos Reis, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, Mãe Rainha e a Santa Ceia, foi o camarim das conversas com Benedito de Souza, o Tijolinho, capitão do Terno da Coroa de São Benedito, personagem deste grande enredo, a Congada, Congo, Congado.

O capitão Tijolinho é congadeiro, pa-lhaço da Folia de Reis, rezador do Canto pras Almas e benzedor, que junto a outros magos, a galhofeiros, a foliões e fiéis seguidores, tran-çam e retraçam, fiam e re-fiam a renda da ma-gia fantástica dos humanos jogando o Congo pelas ruas de Passos.

O Congo é uma dança-dramática de ori-gem africana, embora não se tenha escritos capazes de propor que a dança aconteça em terras africanas da forma como nas brasileiras. A dança rememora costumes e fatos da vida tri-bal, em forma de cortejo real, com os integran-tes desfilando danças cantadas.

A equipe da Doce Mar de Minas acompa-nhou ainda os trajetos do Terno da Coroa de Menino Jesus e ouviu de seu capitão, Daniel Santos, um desfiar de motivos para os corte-jos, o principal deles: a fé.

“Aqui em nossa casa o gosto e a devoção passam de geração em geração. Até onde sa-bemos teria começado com o avô do meu pai Jerônimo (falecido há 4 anos), que era conhe-cido por Jerominho. Hoje somos cinco irmãos

e todos, os ‘Irmãos Jerônimo’, saímos no ter-no”, conta, nominando Francisco, Dimas, José Roberto e Maria Aparecida.

O capitão salienta que a nova geração já está engajada na manifestação cultural. “Os so-brinhos de primeiro e segundo graus Simone, Gilberto, Sidnei, Carolina, Lucas, Alex, Cesar, Pedro, Lucio, Felipe e Livia também saem no Congo ou ajudam de alguma maneira”, afirma.

O terno do Menino Jesus, composto por 70 integrantes, está mesclado ultimamente com homens e mulheres. “Se a Maria Apareci-da não sair com a farda e a filha dela, Carolina também, elas até choram”, explica Simone que é responsável pela organização do terno, lem-brando que esta é uma maneira de agradecer as graças alcançadas ao longo do ano.

O soar dos tambores, o negro da pele de homens, mulheres e crianças carregaram de fascínio o olhar de muitos passenses que saem às ruas para ‘ver o Congo passar’. Os grupos afro-brasileiros desfilam as suas identidades diversas ao mesmo tempo em que constroem representações e imaginários, produzindo nar-rativas que contam histórias de histórias de si, para si e para os outros. Os rituais de Congo misturam-se e confundem-se com outras ma-nifestações culturais afro-brasileiras, tais como Folia de Reis, Jongo e Moçambique, espalhan-do sons, cores, cheiros, odores e gestuais.

Criação da Irmandade do Rosário

A Igreja do Rosário, uma das mais anti-gas, só existe na memória das pessoas e em documentos iconográficos. A Igreja foi erguida em taipa e alvenaria pela Irmandade de Nossa

Senhora do Rosário, por mãos de uma maio-ria de negros escravos entre 1823 e 1931, pos-sivelmente. Sua construção deve-se a litígios políticos levando a cercear a prática religiosa de algumas famílias na Igreja de Senhor Bom Jesus dos Passos. Pela pressão dos vizinhos da igreja, sob a alegação da insegurança de suas torres, por volta de 1953 acontece a demoli-ção. Há quem diga, porém, não ser este o real motivo da destruição da igreja. Para Tijolinho, capitão do Terno da Coroa de São Benedito, a demolição desse templo religioso tem outras motivações.

Terno de Congo do Menino Jesus em pintura doada aos Irmãos Jerônimo

“Pai João foi na mata tirá o cipó

pá cercá o mundo ao redó”

(ponto africano passado de pai

para filho, na voz de Tijolinho)

“A igreja era no centro e os pretos não podiam se misturar com os brancos ricos. Dan-cei Congo lá na porta, não podia entrar. Só co-meçamos a entrar na igreja aqui no São Bene-dito com Cônego José Timóteo da Silva, que falou que a festa era nossa”, conta Tijolinho.

Os festejos do Congo tem início nas casas de seus capitães, percorrem ruas da cidade e se encontram numa festividade fantástica na porta da Matriz de São Benedito em datas especiais.

O professor Eurípedes Gaspar de Almei-da, presidente honorário da APDF e ex-presi-dente, afirma que as manifestações culturais em Passos sobrevivem graças à ajuda do povo, em especial os negros, pelo gosto de preservar suas tradições.

“A ajuda de governantes nessa área é re-duzida. Os governos, tanto municipal, quan-to estadual e federal, estão acordando para o grande patrimônio cultural do povo brasileiro. A cultura não é só um meio de resgate da his-tória de um povo, mas também a forma de fo-mentar turismo na região”, revela.

O município de Passos é rico em mani-festações culturais assegurando-lhe o título de capital mineira do folclore, pela Federação de Reizado do Estado do Rio de Janeiro, confor-me assegura o professor Eurípedes.

Outros municípios surgem como terri-tórios expressivos de manifestações de origem africana, tais como Alpinópolis, Arceburgo, Al-terosa, Bom Jesus da Penha, Capitólio, Arcos, Capetinga, Cássia, Delfinópolis, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guapé, Piumhi, Pimenta, Pratápolis, São José da Barra, Santo Antonio da Alegria, São João Batista do Glória e São Sebas-tião do Paraíso.

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Para Eurípedes, inexistem em qualquer órgão de seu conhecimento, mapas confiáveis sobre os locais de expressiva manifestação da Congada em Minas.

“O que sabemos é ser uma manifesta-ção cultural em extinção. Cremos não passar de 100 municípios com ternos de Congo em Minas Gerais. Estes que nós temos cadastra-dos, infelizmente não sabemos dizer se é de Congo, Moçambique ou de Folias de Reis, pois desenvolvemos o programa do encontro esta-dual convidando a todos”, salienta o professor.

“O bonito da raça negra é que mesmo so-frendo tudo o que sofreu com a escravidão, é um povo feliz, não deixando de realizar suas confra-ternizações, danças e ritos religiosos”, explica.

Na perspectiva de Eurípedes Almeida for-ma-se uma rede marcada por trocas simbólicas, trocas de convites, hospitalidade, almoços, cân-ticos costurando laços sociais. Os últimos anos são marcados por mortes de representantes de grande expressividade na cultura negra.

“Nossa maior dificuldade foi encontrar pessoas dentro da família do folclore que pu-dessem substituir as pessoas que faleceram. Por causa destas baixas, os ternos de Congo e Moçambique vem se renovando. A APDF fez um trabalho de resgate dos ternos, por isso os

grupos representam uma nova geração. Esta-mos incentivando os jovens sobre a importân-cia do folclore para a nossa cidade, mostrando que eles não podem ficar omissos à cultura po-pular que vem vindo há séculos. Assim, conse-guimos o apoio e participação deles”, lembra.

A Congada no Brasil

Dados relativos à distribuição das Conga-das no Brasil demonstram que essa festividade é prática dominante no sudeste brasileiro, es-pecialmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A forte presença da Congada na região estaria relacionada à presença de negros de origem bantu vindos forçosamente da África como escravos arrancados de sua terra pátria.

“Eles vieram nos navios negreiros como escravos no século XVI. Quando os primeiros bandeirantes tiveram aqui nessa região de Jacuí, eles trouxeram alguns es-cravos. Muitos fugiam, é histórico e há do-cumentos que comprovam que ali na Barri-nha, onde hoje é o bairro São Francisco, nós tivemos muitas faisqueiras onde os escravos formavam suas habitações. Eram casinhas feitas de pau a pique, cobertas com indaiá e como o córrego ali que passa na barrinha

era um córrego muito limpo, eles ficavam procurando ouro até pelo Boiadeiro a fora, é, pelos lados do São Francisco, na saída ali pra Jacuí”, rememora Eurípedes.

Ainda conforme o professor, os negros procuravam fazer as festas deles, principalmen-te na época dos santos de sua devoção.

“Inclusive o primeiro santo que nós te-mos registro nessa época, é o santo Antônio. Tinha um português, o senhor Antônio, que tinha uma bitaca, um tipo venda, onde se en-contra todo tipo de mercadoria. Era ponto de encontro de pessoas que vinham de vários lugares do Brasil rumo Mato Grosso ou en-tão pra Goiás. Muito devoto, ele fazia a festa de Santo Antônio e os negros então, escravos fugidos, participavam. A religiosidade sempre foi o ponto máximo do escravo, porque, eles vieram obrigados à força da África, então eles tinham saudade da pátria deles, dos orixás, das danças, das comidas e pra não perder essa raiz eles continuavam fazendo”, conta.

A maior concentração de escravos na re-gião, a qual viria a ser Passos, se deu com a che-gada do alferes João Pimenta de Abreu.

“Nessa época fizeram a primeira cape-linha, que era do Senhor Bom Jesus dos Pas-sos, e nessa capelinha então nós tivemos a Ir-mandade do Senhor Bom Jesus dos Passos e a festa de inauguração onde surgiu justamente a nossa Cavalhada em 1835. A história da Ca-valhada era contada aos negros e brancos pe-los missionários, como forma de catequizar os índios. Eles contavam a história da Europa, e contavam naquela época a invasão da Europa pelos Mouros, que eles tentavam, saqueavam, matavam muitos padres, muitas freiras, e aca-baram com muitos conventos, porque eles procuravam colocar na cabeça do índio e do negro aquele amor à religião cristã, à religião católica, inclusive que eles tinham que traba-lhar pra ajudar as igrejas”, disse o professor.

Em Passos isso não foi diferente, ainda conforme Eurípedes, sendo que os negros tra-balharam para a construção da igreja para con-seguir a salvação da alma.

“Os missionários usaram muito o teatro pra evangelizar e pra catequizar, então eles fize-ram a encenação da luta dos Mouros contra os cristãos. Esta história foi usada, em Passos, pelos senhores donos das fazendas para a inaugura-ção da capelinha do Senhor Bom Jesus dos Pas-sos. Foi realizada a corrida em cavalos ao redor da igreja simbolizando a guerra e a comemora-ção da vitória por parte dos cristãos. Hoje a Ca-valhada é um dos nossos grandes bens culturais de Passos que acontece no dia 25 de dezembro na Praça de São Benedito”, afirma.

Igreja do Rosário feita em 1920 incluída no Álbum de PassosFonte: monografia do município de Passos (MAIA, 1984, p. 13).

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Com isso Passos representa há 155 anos a Cavalhada Moriscana, realizada apenas no dia 25 de dezembro, no Natal e ocorre, neste estilo apenas em Passos e Pirenópolis/GO.

A festa conta com a participação de ca-valeiros que se vestem com uniformes espe-cíficos e portam suas patentes militares. Esses cavaleiros seguem um trajeto realizando visitas aos reis e capitães. São homenageados pelas embaixadas dos Ternos de Congo e Moçambi-que e também pelas Cortes do Reinado. Simu-lam a batalha dos Mouros contra os cristãos. Fazem o levantamento das bandeiras em fren-te à igreja de São Benedito. Formam duas filas, correm, cruzando-se: mouros e cristãos. A vi-tória é dos cristãos e os mouros, vencidos, são convertidos e batizados.

Em seguida procede a bênção de Natal e a confraternização dos cavaleiros. Os sinos da igreja tocam anunciando a vitória dos cris-tãos, enquanto são levantados os mastros com as bandeiras de São Benedito, Santa Efigênia, Santo Antônio de Catijeró e Menino Jesus.

O Capitão Tijolinho conta que a Conga-da é uma manifestação que começou nas sen-zalas e ganhou as ruas com a libertação dos es-cravos em 1888.

“Os escravos ensaiavam, mas não tinham essa liberdade de sair, depois é que manifes-taram com o Congo na rua. Eles tocavam nas senzalas. Quem me contou foi meu padrinho de batismo, que ouviu de alguém. Que era as-sim: o dia que tinham uma folguinha de noi-te eles batiam na madeira e cantavam os pon-tos deles. Aí quando ganharam a liberdade em 1888, ninguém os segurou. Fizeram aquelas caixas de pau, uns tamborinzão grossos. Tirava

o miolo do pau, fazia a caixa. Eu cheguei a can-tar em muita caixa de pau. Passaram por latão com couro de carneiro e atualmente já existem compradas prontas”, explica Tijolinho.

Sobre mudanças no estilo da Congada e Cavalhada deste tempo de mundo para os dias atuais, o professor Eurípedes Almeida assegura que a festa passou por descaracterizações.

“Os uniformes ou fardas foram ganhan-do outros tipos de tecidos, outros instrumen-tos foram sendo incluídos. No início não se usava viola nem sanfona, hoje estes instrumen-tos foram incorporados. Antigamente era só as caixas e os cambitos - baquetas utilizadas para produzir o som”, informa Eurípedes.

Cavalhada e Congada nascem pratica-mente juntas em Passos. Tanto Tijolinho quan-to Eurípedes afirmam que as festas foram acontecendo paralelamente. “Quando foram construir a igreja do Senhor Bom Jesus dos Passos, a mando do Alferes Pimenta de Abreu, os escravos também, nas horas vagas, constru-íram a Capela de Nossa Senhora do Rosário onde é hoje é a sede da Prefeitura de Passos”, lembra Tijolinho.

A festa da Congada, conforme o profes-sor Eurípedes, sempre aconteceu do lado de fora da igreja, como é o caso da Igreja do Ro-sário, que mesmo tendo sido construída pelos negros e os escravos, a festa era realizada em seu entorno. “Realmente só foi liberada a en-trada, como já disse, com o padre Cônego e mesmo assim muitos congadeiros respeitam a tradição de não entrar”, lamenta Eurípedes.

O primeiro terno de Congo de Passos foi o da Coroa de Nossa Senhora do Rosário com a instituição da Irmandade de Nossa Senhora

do Rosário, em seguida o de São Benedito, também com a criação da Irmandade de São Benedito em 1889, um ano após a libertação dos escravos.

Capitão, palhaço e benzedor

O Capitão Tijolinho reúne outros afaze-res. É benzedor, é Capitão Mor da Coroa de São Benedito, é gerente da Companhia de Reis, ten-do sido alferes - palhaço -, até seus 79 anos. O Congo para Tijolinho representa tudo. É vida, é sua vida, é sua história e a de seu povo negro. Por isso sua angústia e incerteza com relação à morte mostrada quando da entrevista, próximo ao dia da comemoração de seus 80 anos.

“Eu estou pedindo a Deus mais pelo me-nos uns cinco anos para eu formar um capitão pra deixar no Congo e na Folia de Reis”, disse.

Um cortejo real O cortejo do Congo em Passos é sempre

pelos bairros, nunca passando pela região cen-tral. Nos dias das festas do final do ano, como no dia da Cavalhada, todos os ternos saem de suas sedes e vão se reunir na igreja da Penha.

Em seguida saem em cortejo real rumo à igreja de São Benedito passando pelos bair-ros Exposição, Novo Horizonte e chegando ao destino, quando é hasteado o mastro.

O cortejo é todo feito com dança e can-toria, podendo ser ponto ou cantiga de igre-ja. Benedito de Souza, o Tijolinho explica que o ponto é uma composição feita pelo capitão, inventada na hora, de acordo com a necessida-de, podendo ser cantada por Congo. Já a canti-ga de igreja é cantada pelos ternos de Congo e as Folias de Reis e Moçambiques.

Sobre as diferenças do Congo dançado na África – se existir, e do Congo de cá e tam-bém entre os vários ternos de congos brasilei-ros, Tijolinho aponta serem os pontos canta-dos como o maior diferencial, embora entre os ternos da região, tenha outras diferenças.

“Acho que diferença entre lá e aqui são os pontos que eles cantam que nós não sabemos e nunca vamos aprender. Acho que na África

Terno do Menino Jesus com suas vestes típicas usadas no dia 25 de dezembro

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eles dançam assim, senão como nós iríamos saber. A dança veio deles. Além dos pontos, é diferente o modo de cantar, o jeito de dançar, a roupa, é tudo diferente”, disse Tijolinho.

Um mundo mágico, mítico e místico, fan-tástico fantasioso vai se descortinando quando cada um dos 45 integrantes do Terno da Co-roa de São Benedito se enfileira no corredor estreito e comprido que liga o Barracão, sede do Terno de Congo da Coroa de São Benedito. São cores, musicalidade, religiosidade de várias religiões, oferendas, odores e cheiros, atos de profano, heréticos com as bebidas, tudo exa-lando amor por todos os poros. Esse mundo fantástico fantasioso encanta.

Para muitos dançantes a festa significa a saudação de um ano todo de trabalho e colhei-ta dos frutos deste trabalho.

“A festa é tudo pra nós. É alegria, dan-ça, cantoria, animação, fé, esperança, riso, pe-nitência, promessa. Pra nós é a festa santa, ao mesmo tempo um festejo alegre e triste, sau-doso dos nossos antepassados africanos. São festas de cortejo, que pra nós quer dizer a volta dos nossos irmãozinhos da África e nós faze-mos essa festa para louvar Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Rei e a Rainha do Congo”, afirma Tijolinho.

Entre o sagrado e o profano

Como em toda festa os integrantes do Congo tomam bebidas alcoólicas. “Nós canta-mos, tocamos e dançamos para os santos, mas também tem uns congadeiros que abusam da pinga”, afirma Tijolinho.

Muitas pessoas, do Universo Elegante (classe média e alta), tem uma visão negativa do Congo por conta dos congadeiros beberem pinga. Para o capitão Tijolinho, além de servir como um anestésico, a bebida faz parte da his-tória da Congada.

Anestésico para os fantasmas do trabalho e do desemprego que rondam e aterrorizam o semblante do terno, a cachaça se torna a droga que ativa o esquecimento de si, que promove as fugas minúsculas do cruento da realidade objetiva. Liberta cada um de si mesmo, desper-ta o sonho. Cintila a esperança, a fantasia, o riso alegre nos olhos dos foliões. Domingos, feria-dos dias em que a duplicidade do cotidiano faz nítida sua face festiva, o álcool autoriza e con-duz os passos do ritual.

Poderes mágicos queimam no interior dos corpos, fazem brotar das profundezas o confusional, o caos, o negro da fertilida-de. Abrem todos os camarins, colocam em cena a multiplicidade do humano, a derri-

são, a ternura e afago dos corpos. Ativam o poético e o amoroso da alma, maledicente, o perigoso e o mortal, os jogos de amor, do azar e os de embate.

Acre dos metais ou branca feito água--benta, a cachaça purifica, esvazia o doloro-so e os desafetos, apaga o triste, eleva e faz brotar o sublime da criatura. Distende os orifícios, arranca do mais sombrio da alma o monstruoso, o abismo dos olhos do mal, o que atrita e fere os corpos.

Torna-se ingrediente privilegiado na arte coletiva de enfrentando da morte. Irriga e aquece o leito para o novo nascimento, corre nas veias do que vem ao mundo, está no cor-po do primeiro feto. As asas do fantasioso, do surreal, do corpo folião, que o álcool incita e excita, dobram-se no interior do ser primordial de cada congadeiro.

“A bebida nasceu junto com o Congo. Hoje até que o povo quase não bebe, mas no meu tempo de criança ficavam aqueles velhinhos para nos vigiar, mas eram os que mais bebiam. Todo terno de Congo, toda vida é assim: primeiramente é a bebida. An-tigamente, antes do terno sair era um goli-nho de pinga temperada com raiz pra cada um. Isso é do Congo mesmo, faz parte da tradição”, rememora Tijolinho.

A cada saída do terno às ruas, o fantasio-so, o encantador, o assustador, o mítico, o má-gico, o lúdico, o extravagante se expõe. “Aqui tudo é diferente, nós mudamos até a cara quando estamos dançando de tanta emoção e fé em Nossa Senhora do Rosário e São Benedi-to”, assegura o capitão.

Na variedade das máscaras destacam--se olhares e andanças do dia a dia. Por outro lado, a objetividade do trabalho, sua qualidade de suporte privilegiado de existência, reforça a sujeição de pessoa do trabalhador ampliando as zonas de incerteza. O sagrado ronda os pas-sos o tempo todo. Vez por outra salta à frente, mostrando-se mais plenamente, abandonan-do o habitual, convidando ao enfrentamento. O ato de criação das imagens de si, das coisas, das relações, dos espaços e tempos, dos faze-res e afazeres sustentam o espaço do sagrado, suas magias e fascinações.

A Congada traz um riso largo iluminando a face da saga do assustador, traz a derrisão da festa. Traz um riso místico e um lamento. Se um olho ri, o outro cisma, endurece, mescla-se de descrença e abandono. O terno andando, por ruas estreitas, pouco mais que grandes va-las, a aspiração, a briga encarniçada se faz por mínimos vitais. Sonhos minúsculos, alguns mi-lenares, compõem os tons do direito a fantasia.

Celeiro de Cultura“Passos tem terno de Congo?

Tem 13 sim sinhô!

Passos tem terno de Moçambique?Tem 7 de louvor!

E Companhias de Reis?Tem 20 de uma vez!

Passos tem grupos de Pastores?São 5 para louvores!

Ainda tem as Pastorinhas?Um grupo se anuncia!

E Rezadores para as Almas?15 membros que as salvam!

Derrubadas ou Mutirão?Cinco é um tanto bão!Tem grupo de Catira?

Esse o povo nunca tira!Passos tem Caiapó?

Esse tem um só!

São Gonçalo, Passos tem?Tem um, é bão, cê vêm?

E os grupos de Capoeira?Estes levantam poeira!

Grupos de Maculelê?Tem que dançam até doer!

E tem outras folias?Assim como as três Marias!

São Benedito, Ah, não acredito!

São Sebastião,Um amigão!E do Divino,

Espírito Santo! Uai.

Passos tem benzedeiras?15 cadastradas e trocentas rezadeiras!

Passos tem grupo de resistência?Xii, te m muita resistência, é de negro

é de índio, gente afro-brasileiraE nem sei mais lá o que

Você pensa que acabou? Tem centro pá todo gosto!

Roda de Samba, Umbanda e Candomblé!O número 80 é”!

(Ponto criado por Adriana de Oliveira Dias e Eliana Amábile Dancini a partir de informações fornecidas pela Associação Passense de Defesa do Folclore (APDF)

sobre as manifestações culturais em Passos. Ponto, na fala de Benedito de

Souza, o Tijolinho é uma composição criada em improviso a partir de um dado, um

fato, um acontecimento, com a inspiração Divina e de Pretos Velhos, cantados pelos

ternos de Congo e Moçambique)

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“Nos ensaios durante o ano até que não conseguimos muitos integrantes, mas nas fes-tas de final de ano, tem muita gente que dei-xa seus empregos para dançar no Congo. Pa-rece que quando os congadeiros colocam a roupa, incorporam os negros de antigamente. Aí, quando nos preparamos para sair, tem uns quietinhos, parece que estão com sono, mas quando o batuque começa e nós andamos um pouco na cidade, ninguém segura. A animação toma conta de todo mundo. Nos dias das festas mesmo, quando nós estamos fardados – veste dos congadeiros -, vixi, parecem até outras pes-soas”, salienta Tijolinho.

Tudo começou com uma conversa descontraída após um jogo de futebol entre ami-gos. “Precisávamos ajudar o pessoal dos ternos de Congo. Não tem ido quase ninguém prestigiar os eventos. Então vamos fazer os Amigos do Congo?”. Foi exatamente assim que o dentista Alexandre Almeida, André Albino, Antonio Carlos de Paula, o Tonho Capeta, Juan Junior da Silva, Raul Felipe e Wanderson Rodrigues Rosa decidiram formar os Ami-gos do Congo.

A proposta é de vender camisetas - uma peça simbólica em homenagem aos conga-deiros por R$ 30 e com o recurso ajudar os ternos de Congo já existentes, principalmente para a festa do dia 25 de dezembro que acontece em Passos.

O grande objetivo dos Amigos do Congo é a revitalização da cultura passense dos ter-nos. “Esta é uma das poucas manifestações afro-brasileira que Passos conserva. Pedimos permissão a todos os capitães de ternos e ao presidente da APDF (Associação Passense de Defesa do Folclore) para podermos ajudar. Povo sem cultura é povo sem alma, sem raiz”, sa-lienta Dentista.

Na camiseta o grupo prestou uma homenagem ao eterno capitão de ter-no, Jerônimo Santos, o Sô Jerônimo que dizia sem-pre ao iniciar uma saída do Congo: Aruê, que em Yo-rubá é a evocação de espí-ritos guerreiros desencar-nados. Também usaram a frase: “Nossas raízes, valo-rize nossa história”.

Grupo cria os Amigos do Congo

Na seqüência à saída de todos os inte-grantes de dentro do barraco, o capitão im-põe o bastão ou cajado e de posse de um apito alinha todos os dançantes, de frente para a casa, em duas filas. Na linha de fren-te Tijolinho orienta o sanfoneiro, caixeiros e violeiro. Os aprendizes, as crianças vão atrás. “Os aprendizes que são crianças, são os que mais fazem bonito no terno, são bons para cantar”, diz Tijolinho.

Os integrantes, ao ouvir o apito, ini-ciam os batuques e seguem em filas for-mando um círculo, chamado por eles de meia-lua. A formação circular, segundo Ti-jolinho é necessária, pois é preciso desvi-rar o corpo quando sai do espaço sagrado para ingressar em outro espaço, com isso, fazem que o corpo realize um percurso cí-clico. A meia- lua é realizada em sentido anti-horário, enquanto uma fileira se move para dentro a outra se move para fora. A união dos opostos atrai as forças absolu-tas neutralizando as adversidades.

Após a ritualística da meia-lua o terno se-gue o destino, como para um almoço na casa de alguém que está pagando promessa, visita à casa de um outro terno, ou à comemoração de data festiva. O capitão investido do poder dire-cionador e organizador do bastão, apoiando-o ao ombro, sempre acima da cabeça, madeira enfeitada ganha corpo e resignificado, passa a ser a batuta do regente.

O capitão diz considerar que algumas festas, como o Carnaval não são santas e nessas festas a ajuda financeira por parte do Universo Elegante acontece, diferentemente do Conga-do que vive de migalhas reunidas com o esfor-ço dos próprios congadeiros.

“Eu creio que o Carnaval não seja uma festa santa. É uma festa pagã. O Carnaval é uma festa popular que todo mundo adora (risos). Todo mundo ajuda mesmo. Agora numa festa igual o Congo ninguém ajuda. Velá! As pessoas ajudam no Carnaval por causa da farra. O Con-go é de mais respeito e nem todo mundo gos-ta, né?”, questiona Tijolinho.

No espaço da festa, mosaico de cores, sons e emoções, as pessoas viajam sideradas à volta de grandes e pequenos ícones, alguns tra-zidos com as terras dos ancestrais, outros chei-rando a fresco, sob o ar dos tempos, muitos corpos e almas fincados no Congo, vivendo a familiaridade do grupo, outros ainda vindos de longe, a mundialidade na face.

Sustentam um elenco de imagens, carre-gam um feixe de significados, constituem con-centrado de forças, trazem a mágica entalhada nos ombros, fazem orbitar um séquito de ado-radores, realizam dia a dia cerimoniais, sacrali-zam o banal das horas, concentram, exalam e despertam sentimentos, sensibilidades e sen-sitividades, carregam uma forma de ser, uma linguagem do corpo nas vestes, provocam cer-ta ética.

Alertam os sinais de obra coletiva, apare-cem plurais. Incompletos, mutantes, sempre por fazer, convidam os fiéis ao trabalho de par-to. Incorporam e possuem vidas. Ensaio localis-ta os traços do terno marcam presença em cada um deles. O bem e o mal, o herético e o sinal da cruz, a ordem e o caos vêm engramados em seus nervos. A sombra envolve todos eles.

Três gerações de congadeiros da família de Sô Jerônimo, que foi capitão doTerno do Menino Jesus, e aparece em destaque no detalhe com dois jovens

Amigos do Congo mostram a camiseta que será vendida para ajudar os ternos de Passos

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NÁUTICA

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Barco de 40 pés foi apresentado ao público mineirono dia 16 de novembro na Chiquinho Náutica,

em Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio/MG

medidaSob

Apresentada ao público durante o São Paulo Boat Show, em outubro passado, a Phantom 400 - um dos lançamentos da linha 2013 da Schaefer Yachts - une design arrojado e moderno e atende um grande desejo do mercado: ter um barco intermediário, entre a Phantom 360 e a Phantom 500 HT (36 e 50 pés, respectivamente). A embarcação foi mostrada ao público mineiro no dia 16 de novembro, na Chiquinho Náutica, em Escarpas do Lago, em Capitólio/MG.

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De excelente navegação e com ótimas respostas às manobras, é um barco hard top com linhas modernas e teto solar, que conquista o público ao primeiro olhar, principalmente pelo aproveitamento de seu espaço - duas suítes, ambiente de cozinha amplo e uma plataforma generosa com espa-ço gourmet. “É um orgulho lançarmos este produto em nosso Estado. Isto é fruto de uma parceria de 10 anos com a Schaefer Yachts e que já resultou em cerca de 200 embarcações vendidas”, festeja o proprietário Francisco Carlos de Carvalho, o Chiquinho.

Segundo ele, a novidade é uma grande surpresa para o público náu-tico da região. “Sempre tivemos a so-licitação de um barco desse porte, principalmente por ser hard top e ter camarotes fechados, que propiciam mais conforto e privacidade”, conta. Para o diretor do estaleiro Schaefer Ya-chts ,Pedro Odílio Phelippe, que pres-tigiou o evento de entrega da Phantom 400 em Escarpas, outra unidades já ne-gociadas mostram, realmente, deman-

da por barcos deste porte. “A Shaefer Yachts é considerado o maior estaleiro de luxo do Brasil, e vem desenvolven-do e transformando o mercado náu-tico brasileiro há 20 anos. Já constru-ímos mais de 2,8 mil barcos. E temos o orgulho de desenhar embarcações sob medida para o perfil do público, ofe-recendo lanchas de 26 a 80 pés. Cria-mos um produto para atender uma de-manda nacional, com ênfase em Minas Gerais”, salientou Phelippe, acrescen-tando que há dois anos começaram os pedidos.

A Schaefer foi responsável pelo barco de maior sucesso comercial do setor náutico nacional, a Phan-tom 300 – são mais de 1,3 mil barcos navegando pelo mundo, dos quais 162 estão no Lago de Furnas. “Atu-almente a Schaefer tem 3 unidades fabris na grande Florianópolis e gera mais de 850 empregos diretos. Tudo para atender ao público do mercado náutico. A Phantom 400 é um exem-plo. Afinal, a projetamos pensando no perfil de quem gosta de passar o

dia com a família com conforto, mes-mo em dias de chuva e para pernoi-tar”, afirma o diretor.

A Phantom 400 traz todas as mar-cas registradas da Schaefer Yachts, como passadiço lateral de acesso à proa, que confere mais segurança e um deck único com sofá circular. Com ca-pacidade para 14 pessoas nos passeios durante o dia e cinco para pernoite, a Phantom 400 apresenta pé direito das cabines com 1,95 m altura, característi-ca que confere mais conforto e torna o barco uma extensão da própria casa do proprietário.

“A 40 pés tem duas suítes, cozinha completa, sala, gerador de energia, ar condicionado, sistema de tratamento de águas negras (saneamento)”, afirma Chiquinho, salientando que o barco é um agregador da família e de amigos.

Mercado em expansão

Tanto para Pedro Odílio Phelippe, quanto para Francisco Carlos de Carva-lho, o Chiquinho, o mercado náutico

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Comprimento total .......................11,90m(com plataforma de popa) Boca máxima .......................................3,95mCabines .............................................................2 Toilets ................................................................2Calado ....................................................0,72m Motorização ................. 2 x 300 – 400HPCapacidade de água doce ................300 l(com aquecedor) Passageiros dia ...........................................14Passageiros noite .........................................5Capacidade de combustível ............800 lDeslocamento aproximado ..............9.3 t

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está em expansão e os clientes querem barcos maiores. “Nos últimos 10 anos passou da faixa dos 30 pés, que era considerada uma grande embarcação, para atualmente pedidos de 50 pés. Só o ídolo Roberto Carlos tinha lancha de 62 pés, hoje vários empresários estão adquirindo seus iates de luxo”, afirma Phelippe.

O diretor explica que na Europa o público é totalmente diferente do Bra-sil. “Lá eles compram a lancha e a família é quem cuida, sai para navegar e se iso-la. Muitos vivem até um mês dentro da embarcação. Já o barco brasileiro tem marinheiro, cozinheiro etc”. No Lago de Furnas vimos os barcos lado a lado nos cânions formando uma passarela. Todos são amigos, então passam um para o barco do outro. E é assim que o brasileiro gosta”, assinala o diretor.

De mecânico aempresário náutico

Francisco Carlos de Carvalho nas-ceu em Araúna/MG. Em 1963 se mu-dou para Capitólio, onde cursou até o 2º grau. Escarpas foi o local para o qual se mudou para ser ajudante de mecâ-nica de embarcação. Após três anos já era o proprietário da oficina.

Em 1993 começou a vender bar-cos usados e novos. “Deixei a oficina e estou até hoje vendendo embarca-ções. Sou extremamente satisfeito e só trabalho com produto de qualida-de. Optei por trabalhar com o merca-do de luxo. Passei por todas as fases do crescimento náutico de Escar-pas. Quando vim para cá só existiam dois barcos, o do Francisco Azevedo e o do Marcos Mendes. Depois vie-ram outros três, do Gilberto Freitas, do Pedro Albuquerque e do Marcos Araújo. Hoje são mais de 500 embar-cações que vão de 17,5 pés a 55 pés”, diz com os olhos brilhando.

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Chiquinho tem cerca de 40% de seus clientes de outros estados como da Bahia e São Paulo. “A maioria é for-mada por empresários mineiros e pau-listas, e também alguns cariocas. Meu maior prazer é pegar um barco e sair navegando e ver a quantidade de clien-tes satisfeitos com suas embarcações”, salienta.

Casado com Emília e pai de An-dréia, de 27 anos, estudante de Psico-logia e de Ângelo, 21 anos, estudante de Direito, seu sonho já foi realizado. Ver a empresa crescer e poder contar com a ajuda da família.

“Eles sempre me apoiaram e hoje meu filho trabalha na empresa junta-mente com outros sete profissionais, embora eu goste de dar atendimento personalizado aos clientes. Se pudes-

se eu atendia todos pessoalmente. Mas a loja, que começou num peque-no cômodo hoje está em prédio pró-prio com 1.200 m2 com capacidade para guardar 10 barcos. Fui pioneiro em venda de barcos, quem queria ti-nha que comprar na Mesbla ou HM, mas me inspirei no meu ídolo Marcos Mendes, que fundou Escarpas e investi neste mercado”, conta.

A próxima meta de Chiquinho é inaugurar outra loja em Formiga. “Estou aguardando o projeto do DER (Departa-mento de Estradas e Rodagem) para ini-ciar as construções”, finaliza.

Pedro Odílio Phelippe e Francisco Carlos de Carvalho entregam barco em Escarpas

“Meu maior prazer é

pegar um barco e sair

navegando e ver a

quantidade de clientes

satisfeitos com suas

embarcações”

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ROTEIRO

Cachoeiras topsde São João Batista do Glória

Uma cidade tipicamente minei-ra, com pouco mais de sete mil habi-tantes localizado entre as águas do Rio Grande e a Serra da Canastra. A cida-de faz parte do Circuito Turístico Nas-centes das Gerais e é conhecida por suas inúmeras cachoeiras e suas bele-zas exuberantes transformando-a num pólo turístico, com pousadas e hotéis fazendas. Escolhemos algumas das mais belas cachoeiras para apresentar aos nossos leitores.

O engenheiro civil Valdir Barbosa, nascido em São João Batista do Glória e residente em Taboão da Serra/SP aponta que o município mineiro conta com pelo menos 50 cachoeiras.

“Somente na região dos Cantei-ros são 20. Na região do Fumal outras cinco, no Quebra Anzol outras três e na Cascata outras três. A mais frondosa é a do Quilombo que fica entre Gló-ria e Delfinópolis. A cachoeira Maria Augusta e a dos Hilários tem a queda d’água maior, em queda livre, todos lu-

Cachoeira do Quilombo na região dos Canteiros, tem queda de 10 metros

Texto descritivo das cachoeiras: Danilo Soares

Samuel e Matheus Lopes

gares fantásticos para um banho e para desopilar a mente. E com futuro turís-tico promissor”, afirma Barbosa.

O engenheiro gloriense, em seu livro Sistema Rodoviário Municipal em co-autoria com Zoroastro de Si-mone, elege a cachoeira Maria Augus-ta como uma das mais maravilhosas da região e pela curiosidade de formar um lago sob sua saia com o formato do mapa da cidade.

“É impressionante e emocionan-te a visão dessa façanha da natureza. A quem conhece o traçado do mapa é possível perceber o seu desenho nas bordas do poço com facilidade. Mas vi-são beatífica terá, quem aprecia aven-tura. Atravessando-se a nado o poço

e ousadamente escalando-se as pe-dras enlodadas da parede de pedra por onde escorrem as águas, ganhan-do a cachoeira a montante - o seu alto, observando-se o poente, ao voltar-se o olhar para baixo, o aventureiro de-parar-se-á com uma geografia aquáti-ca extraordinária: o entorno do poço formando exatamente o contorno do mapa do município. Daí julgarmos um privilégio quase único no país esse nosso, realizando a contento o cogno-me do município: “Cidade das Cacho-eiras”, assinala Barbosa.

Para o supervisor de vendas de uma empresa de Ribeirão Preto, o pas-sense Samuel Lopes sempre que pode passa o dia em uma cachoeira, de pre-

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Cachoeira do Quilombo

Cachoeira Maria Augusta

Tida como um dos mais belos atrativos da cidade a cacho-eira fica na região dos Canteiros, na microrregião do Quilombo, no Ribeirão Grande, a 36 km da cidade. Logo na entrada se ob-serva uma praia de cascalho e uma trilha à margem esquerda do ribeirão que dá acesso à par-te superior. Subindo por ela, a primeira cachoeira com 10 me-tros de altura por 12 metros de largura com um dos maiores po-ços entre as cachoeiras do mu-nicípio. Também se avista uma garganta com queda de 15 me-tros. Voltando à trilha e subin-do, é possível observar a segun-

A cachoeira fica na região das Palmeiras, no Ribeirão Gran-de, divisa com Delfinópolis, dis-tante 30 km da cidade de São João Batista do Glória. A cacho-eira possui um complexo que se pode dividir em três partes. O primeiro poço, com vinte me-tros de largura por oito de com-primento, com uma queda de 1 m. Descendo pelo rio vê-se um vale rochoso, com uma bela formação de pedra por onde passa/passava o leito do rio.

ferência em São João Batista do Glória, pela proximidade com Passos e pelas belezas naturais.

“Não faço com a freqüência que gostaria, mas dia destes estive em uma cachoeira na região dos Canteiros e gosto muito da região do Vão da Babi-lônia onde fica a Cachoeira do Facão,

próxima à Pousada Boa Esperança. Outra que me encanta é a cachoeira Vale do Céu, subindo a Serra Calça-da, um pouco a frente a dos Cantei-ros. A sensação é de pureza, limpeza da alma e nos proporciona um revigo-ramento. Me agrada ver que a região ainda é preservada, perceber que a

cultura em vários lugares é cultivada. E principalmente, poder saborear co-midas e iguarias simples, feitas com amor”, afirma Lopes.

Então vamos às cachoeiras mais tops desta cidadezinha que ainda abri-ga o cheiro do café de bule e comida feita em fogão de lenha.

da cachoeira com 25 m de altura por 20 m de largura. Abaixo, há uma corredeira de 15 m que dá origem à garganta do primei-ro poço. Na parte superior da cachoeira há várias corredeiras numa extensão de 200 m por 50 m de largura no ponto mais largo, com formação de poços. O tempo de caminhada partindo da parte baixa até a parte supe-rior é de 30 minutos aproxima-damente, não contabilizando as paradas nas cachoeiras de baixo. Cachoeira que deslumbra pelo porte. Oferece poços grandes e profundos de águas cristalinas e grandes corredeiras.

Encontraremos 5 quedas d’águas, (Cachoeira do Rebojo), sendo a maior a primeira de 5 m, com a formação de uma piscina e, ao final, a última, uma queda em corredeira de 10 m formando um poço raso. Na segunda par-te temos a cachoeira, (Cacho-eira Maria Augusta) com um poço, tendo a formação de uma praia de areia grossa e fina, com duas quedas e altura de 25 m, à direita um grande paredão, e, à esquerda uma área de floresta.

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A terceira parte, somente a pé, 15 a 20 minutos, voltando pela estrada a 160 m vê-se uma trilha à esquerda, uma subida, logo pas-sa por um caminho em mata fe-chada até encontrar um rio seco, onde se pode descer por ele, ou então atravessá-lo e seguir a tri-lha até o Ribeirão Grande. Abai-xo deste ponto existe um poço com praia de areia submersa, área sombreada à direita e um grande paredão à esquerda, poço de 15x3

m, com uma queda d’água, 7 m, em uma garganta à esquerda.

Prosseguindo pelo Ribei-rão começa uma formação de um cânion, onde encontramos uma cascata de 7 m de com-primento por 2 m de altura. Complexo composto por várias quedas d’água, formando belís-simos poços, tendo por prin-cipal atrativo uma imponente queda d’água com grande poço e formação de praia de areia.

Cachoeira do BarulhoO atrativo fica na região

dos Canteiros, no Córrego do Barulho a apenas 20 km da ci-dade. Parte superior: a cachoei-ra fica a 200 metros da estrada. Há pequenas corredeiras com pequenos poços antes da que-da de 40 metros de altura. Há uma linda vista para o Vale dos Canteiros.

A cachoeira normalmen-te é utilizada para a prática de rapel. Parte inferior: veem-se pequenos poços e cascatas ao longo do percurso dentro do

Cachoeira do RemansoA cachoeira fica na região

do Quilombo, no Ribeirão Gran-de, a 38 km da cidade. Saindo da pousada do Quilombo e subin-do o Ribeirão chega à primeira cachoeira com queda de dois metros e meio e cinco de largu-ra. É bem ensolarada e logo em

frente há uma área com árvores e uma praia de areia. A segun-da cachoeira tem dois metros de altura por quatro de largura, com praia de areia à esquerda. Há um poço de águas cristalinas com belas cascatas e um belo vi-sual das serras.

rio. Há uma cascata de 5 metros com uma pequena gruta. No fi-nal, a cachoeira de 30 metros de altura, com formação de poço de 8 metros de diâmetro por 2 metros de profundidade.

Cachoeira dedicada aos amantes de emoções e aven-turas; na parte superior para os praticantes de rapel, e na inferior, para os que gostam de caminhar pelo rio em mata fechada, para serem surpreen-didos com a visão de uma bela cachoeira.

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Cachoeira do Esmeril

Cachoeira do Fumal

O atrativo fica no Buracão, região do Esmeril, distante 13,5 km da cidade. Logo na chegada ao Ribeirão é possível ver um poço e um paredão de 30 me-tros de altura. Seguindo por uma trilha, na margem do rio, chega à Cascata Verde, um paredão de mais de oito metros de altura, onde se tem uma nascente logo acima. O cânion tem 30 metros de altura e mais à frente há um estreitamento de cânion e a for-mação de um poço de 25 metros de extensão.

A Cachoeira do Filó fica na região do Quebra Anzol, no Ribeirão Quebra Anzol, a 25 km da cidade. Do estacionamento é possível se deslumbrar a ca-choeira que tem 15 metros de altura por 30 metros de largura, formando quatro quedas e uma piscina natural com 10 metros de profundidade e uma praia de cascalho.

Cachoeira do Osmar BiaO atrativo fica na região das

Palmeiras, no Córrego Capetin-ga. Pela trilha, chega-se ao cór-rego e à sua direita é avistada a cachoeira. Com uma primeira queda de três metros e meio,

formando um belo poço de três metros de profundidade, com águas cristalinas, tom esverdea-do. Possui uma área mais rasa à sua direita, sob as sombras de ár-vores que ali se formam.

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Cachoeira do Rasga Saco

Cachoeira do Oratório

Cachoeira da Garrida

A cachoeira fica na re-gião das Palmeiras, na mi-crorregião do Letreiro, no Ribeirão Grande. A cacho-eira tem este nome porque, quando era caminho dos tro-peiros, os sacos dos manti-mentos rasgavam-se no local, devido ao fato de ser estreito e possuir um cipó com espi-nhos cortantes, cujo nome vulgar é Japecanga ou Unha--de-gato. A 40 metros do es-

A Cachoeira do Oratório situa-se num vale estreito, a 25 km da cidade, quase for-mando um cânion, 200 m aci-ma da Cachoeira da Capivara, no Ribeirão da Capivara. Seu poço é muito profundo, com mais ou menos 4 m de lar-

Localizada na região das Palmeiras a 15 Km da cidade. Ao término de uma trilha, en-contra-se uma formação de cânion, ao fundo se vê a Serra de Santa Maria. As águas são cristalinas e amareladas (de-vido à presença de óxido de ferro). Subindo, encontram--se duas piscinas, a primeira,

tacionamento, pela direita, avista-se a cachoeira com 8 metros de altura, formando um poço com cinco metros de profundidade. Na parte superior, há pequenos po-ços com queda d’água, sen-do que mais acima, um mag-nífico poço de 20 metros de diâmetro, com cachoeira de 2 metros e 7 metros de pro-fundidade, e seguindo en-contra-se outros poços.

gura e 8 m de comprimento. A queda tem mais ou menos 4 metros de altura. Descendo da Cachoeira do Oratório até a Cachoeira da Capivara exis-tem vários outros poços e pe-quenas quedas, sendo um de-les muito profundo.

com 5 metros de largura por 4 de comprimento, sendo um metro de profundidade com cascalhos no fundo (piscina infantil). Logo acima, separa-do por uma laje de pedras, a segunda piscina (para adul-tos) com 7x10 m e 5 m de profundidade, com trampo-lim para mergulho.

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Bons ventos e bons negócios é na Doce Mar de Minas35 3522-6252 | 9213-6432 | [email protected]

www.facebook.com/docemarminas

Canyon no Lago de Furnas

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Canyon no Lago de Furnas

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Cachoeira do Lobo Guará

Cachoeira da Capivara

Localizada a 26 km da ci-dade tem o seu primeiro trecho (maior) da estrada interna que liga a Pousada à Gruta é trafegá-vel até para veículos de passeio. Chegando a uma mata ciliar, onde se estaciona e segue a pé, margeando a mesma por apro-ximadamente 100 metros. Do local do estacionamento é possí-vel observar a entrada da Gruta, no alto de um barranco de mais ou menos três metros de altura.

A 26 km do centro de São João Batista do Glória a Cachoei-ra da Capivara tem a sua primeira queda em forma de escorrega-dor (mas não dá para escorre-gar). Tem aproximadamente qua-tro metros de altura e sua piscina tem quinze metros de largura por cinco de profundidade má-xima e águas límpidas e de tom esverdeado pelas algas no fun-do. Não possui praia, mas existe sombra para ficar. Há um peque-no capão de mata na encosta, so-bre a queda, o qual sombreia par-te da piscina. À sua frente, a água

A Gruta tem um metro e meio de altura por 8 metros de extensão (profundidade). Serve de abrigo para animais silvestres, inclusive o lobo Guará, daí seu nome.

Seguindo por dentro da mata, margeando o córrego, chega-se a uma queda d’água de mais ou menos 10 m de altura, tem pouco volume de água, a qual escorre pela pare-de de pedra até um pequeno poço na base.

escorre por um rego escondido entre os capins baixos. Subindo pela queda, a, aproximadamen-te, 200 metros, chega-se à Cacho-eira do Oratório, após atravessar várias piscinas naturais menores. Embora não muito grande, a Ca-choeira da Capivara, no Vale dos Canteiros, apresenta uma com-posição harmoniosa entre a que-da d’água, a sua piscina de tom esverdeado e a mata que a som-breia de um dos lados da encos-ta. À sua frente, uma velha árvore de copa larga emoldura a vista da cachoeira.

Cachoeira do FilóDistante 26 km da cidade,

a Cachoeira do Filó fica na região do Quebra Anzol, com acesso pela MG-050. Do estacionamento po-de-se deslumbrar a cachoeira que tem 15 metros de altura por 30 me-tros de largura, formando quatro quedas e uma piscina natural com 50 metros de largura por 40 me-

tros de comprimento e impressio-nantes 10 metros de profundidade com praia de cascalho. Ao redor há bastante sombra e áreas com areia fina. Próximo a cachoeira ainda é possível encontrar outros três po-ços com tamanhos e profundida-des diferentes, o que possibilita a diversão de crianças e adultos.

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A 26 km da cidade, forma-da por vários degraus, somando um total de mais ou menos 10 metros de altura. Na parte alta existem dois poços de aproxi-madamente três metros e meio de diâmetro com profundidade indeterminada. Na sua base, a piscina natural tem uma peque-na praia de cascalho e profundi-dade máxima de três metros por 20 metros de largura. Apesar de reduzido no inverno, o volume de água permanece grande. A cachoeira possui um lugar detrás da queda d’água que possibili-

ta a visitantes e turistas se posi-cionarem e terem uma sensação inexplicável. Também é possível se sentar na base da cachoeira e fazer uma boa “hidromassa-gem” na corredeira. Dos dois lados, nas encostas, existem ca-pões de mata atraindo pássaros e animais. Descendo o vale, há inúmeros poços e corredeiras. Existe uma cachoeira menor, a 1.000 metros abaixo, por trilha de gado, na baixada, margeando o ribeirão. Em uma curva do rio há uma praia, com piscina natu-ral e boa sombra.

Cachoeira da Taquara

Cachoeira Capivarado Fumal

A cachoeira possui uma pri-meira queda menor com dois me-tros, sendo que logo na sequência, uma segunda queda de dez me-tros de altura, com acesso à base apenas pelo córrego, subindo atra-vés da mata. Esta queda não possui poço na base, cai em local de mata densa. Quando o volume de água aumenta, cai por dois pontos. São aproximadamente 15 minutos de caminhada pela margem do cór-rego e dentro da mata, subindo o córrego até a parte baixa da cacho-eira. O local é muito bonito e dá para fazer boas fotos de natureza. O acesso pode sofrer muito com as chuvas. Ideal veículo 4x4. A Ca-choeira da Taquara II é um local de

extrema beleza e exuberância natu-ral. Ótima para quem curte cami-nhar pelo leito do córrego, dentro da mata e admirar o visual da natu-reza. Como prêmio, no final ainda oferece um bom banho de piscina aos desbravadores.

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GASTRONOMIApor Mayara Carvalho

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Pede moleque!A Pura Jóia Mineira

Uma das iguarias mais tradicionais da culinária brasileira é de encher os olhos e a boca

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Dona Elza Laine, 84 anos, natu-ral de Bom Despacho – MG, aprendeu fazer pé de moleque ainda criança. “Minhas irmãs e eu ficávamos em vol-ta do tacho vendo minha mãe preparar o doce. Quando chegava ao ponto de cortar brigávamos para rapar o tacho”, lembrou Laine. A receita foi passada para filhos, netos e até bisnetos da fa-mília de Dona Elza.

O doce surgiu por volta do século XVI, com a chegada da cana-de-açúcar ao Brasil. Na década de 30, em Piran-guinho, localizada no Sul de Minas, o doce começou a ser produzido de ma-neira artesanal.

Origem do nome

São aceitas duas versões quan-do se fala sobre o nome deste doce. A primeira diz que a aparência do pé de moleque tem semelhança com a cor e ca-los dos pés dos moleques que viviam cor-rendo descalços pelas ruas de terra batida.

A outra versão conta que as qui-tuteiras das ruas que vendiam os do-ces eram alvo de furtos por parte da meninada. Para não serem mais impor-tunadas, diziam aos meninos para que pedissem o doce ao invés de furtá-lo. “Pede, moleque!”.

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Curiosidade

A cidade de Piranguinho hoje é considerada a capital do pé de mole-que no Brasil. Uma vez por ano reali-za o Festival do Pé de Moleque. Nesta época é produzido o maior pé de mo-leque do mundo, o qual chega a pesar 800kg. O pé de moleque de Pirangui-nho, foi declarado Patrimônio Cultural de Estado de Minas Gerais, o doce faz parte da identidade cultural do muni-cípio. A iguaria foi escolhida como sím-bolo gastronômico do Circuito Turísti-co Caminhos do Sul de Minas e vem se destacando cada dia mais como parte da cultura mineira.

Pé de Moleque Elza Laine

Ingredientes:1kg de amendoim descascado1 rapadura1 colher de manteiga

Preparo:

Corte a rapadura em pedaços coloque-os em uma panela. Cubra-os com água suficiente para derretê-los. Deixe ferver até desmanchar bem e formar um melado. Mexa o melado em fogo brando até o ponto de bala mole. Coloque o amendoim torrado, (inteiro ou triturado) e a manteiga. Desligue o fogo. Mexa com uma colher de pau até engros-sar bem. Quando ficar bem consistente, antes que açucare, despeje em mármore ou pedra untada com manteiga. Para saber qual é o ponto de bala mole, coloque água fria em um prato fundo e derrame uma peque-na porção de melado. Se houver consistência, está na hora de tirar o doce do fogo e cortar.

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Informações (35) 9110-7389

Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo a partir das 11h

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e muito mais

VITRINE

é tudo istoMinas Gerais

Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!

Adriano Aquino advogado e procurador

42 anosRecife/PE

Contato:aquino.adriano@

gmail.com

Sou um operário do Direito apaixonado por cabras de leite, viagens e fotografia.

“Minas Gerais é história real, ambiente surreal e

gente sem igual. Sempre que posso estou em

Minas. Na Semana Santa de 2013 estarei em

Minas novamente, desta feita para fotografar em Tiradentes, Ouro Preto,

Cordisburgo, Diamantina, Serro e outras cidades que nos apaixonam com suas

histórias. Na imagem desta edição a semente já vive a imagem da flor, assim como em nossos atos já

residem as facetas de suas conseqüências”.

Alessio Freirepsicólogo e jornalista

51 anosAlfenas/MG

Contato:alessio.freire@

gmail.com

Sou Psicólogo de formação e Jornalista colaborador da

revista Pesca Esportiva e do anuário Bíblia do Pescador - GR1 Editora (SP). Desenvolvo

em parceria com a UOL, cursos de pescaesportiva online.

“Minas é o estado com a maior quantidade de nascentes do país, peço

licença ao grande escritor mineiro Guimarães Rosa para concluir: ‘Perto demuita água tudo é feliz”.

Dalton Filhodesigner45 anos

Passos/MG

Contato:daltonfilho@

multimarketing.ppg.br

A natureza revela ou esconde todas as formas,

cabe à curiosidade desvendar e remodelar, dando novo sentido às coisas e ao mundo à

nossa volta. Graduado em Design de Produto e

profissional da Publicidade, procuro expressar este

universo perfeito cheio de imperfeições, despertando os sentidos, sensibilizando

e informando o que se tem para consumir e viver.

“Minas é assim, um universo de formas à

parte. Basta no entanto estar atento, focar outrosângulos e descobrir o que

a natureza manifesta”.

João Cássiofotógrafo20 anos

Carmo do Rio Claro/MG

Contato:joaocassio123@

gmail.com

Nasci em Carmo do Rio Claro sempre visitando a Serra da Tormenta, fonte de inspiração para minha carreira de fotógrafo, que

profissionalmente fotografo há nove meses, após curso no Senac. Atuo na área de

Moda, propaganda, eventos, paisagens e books.

O estúdio fotográfico fica em Carmo, mas Minas e

São Paulo são meus locais de atuação.

“Minas representa pra mim um pedaço do céu”.

Reginaldo Fariadesigner gráfico

19 anosPassos/MG

Contato:reginaldofaria@

outlook.com

Trabalho com design gráfico desde os 15 anos

e gosto muito do que faço. Já atuei em várias revistas e atualmente

estou trabalhando para as revistas Doce Mar de Minas

e Terra Boa, e editando o Guia Passos Tem. Fui picado pelo bichinho da paixão por

fotografar. Prefiro paisagens e tentar enxergar aquilo

que está ali no cotidiano e ninguém vê, como um belo pôr-do-sol após um árduo

dia de trabalho.

“Minas Gerais, lugar de gente simples, terra aconchegante,

um povo bonito por natureza e uma natureza

bonita por decisão de Deus”.

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“A intenção da semente” adriano aquino

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“Tucunare Azul nas aguas de Furnas” alessio freire

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“A estranguladora em busca da luz” (Clusia grandiflora) dalton filho

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“O Sol que nasce no colo das montanhas mineiras” joão cássio

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“Incandescência” reginaldo faria

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ARTES

A história começa na rua São Miguel, hoje conhecida como rua Doutor Carvalho. Há 59 anos, quando o hobby da criançada era assistir matines dos filmes do Tarzan e lutas medievais e colecionar revistas. “Imitar os atores era o máximo. Montávamos espadas e escudos iguais aos dos filmes. Nesta época comecei a ser artista”, brincou o restaurador, artista plástico e dono do Ateliê, Divina Gerais, em Tiradentes/MG, Marco Ajeje, mais conhecido entre os passenses como Marquinho Ajeje.

Ajeje estudou no colégio Educandário de Passos, na época a escola oferecia cursos profissionalizantes, dentre eles, curso de marcenaria. “Lembro-me como se fosse hoje. Um senhor chamado Natal, ganhava a crian-çada, com seu jeito e agrado. Era mágico um pedaço de madeira transformar-se em pião, brinquedo que nos alegrava o dia todo”, lembrou-se Ajeje.

Adolescente trabalhava com couro fazendo cintos, sandálias e vendendo aos amigos. Em 1986 Marco Aje-je passou no concurso para o Banco do Brasil, mudou-se então para Mato Grosso do Sul ficando lá por cinco anos. Porém, viu que não era o que gostava de fazer e decidiu pedir demissão. “Algo dentro de mim não estava satisfeito, eu não era feliz naquele ambiente”, disse.

Ao casar-se com a mineira Tereza Lúcia, em 1979, decidiu fazer seus próprios móveis, o que o estimulou a abrir sua uma marcenaria em Mato Grosso do Sul. Após cinco anos mudou-se para Campinas/SP, onde sua mãe, Dadica Ajeje, morava. Lá começou a comprar e restaurar móveis usados e percebeu que a arte sacra brasileira é muito valorizada, e vendo isso como uma oportunidade, aprendeu a arte da restauração sacra, transformando seu hobby em negócio.

Arte sacra e cultura, preservação e restauração dos valores artísticos da alma mineira

por Mayara Carvalho

lado a ladoModernidade e arte,

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A Igreja da Matrizde Passos

Obra de 1865/75, pequena e co-lonial, ampliada em 1927/29. A igreja possui várias pinturas espalhadas pelas paredes e teto, criadas pelo alfaiate e músico, Jerônimo Neto. “A igreja é lin-da, alegre e elegante. As pinturas não são cópias de ninguém. Tem todo um estilo próprio que não é encontrado em lugar algum”, disse Ajeje. O patri-mônio cultural precisava de uma res-tauração. Em 1999/2002 Ajeje come-çou o trabalho que durou quatro anos. “Trabalhei duro e pesquisei muito para que tudo o que estava degradado re-tornasse ao seu estado inicial, respei-tando as características originais do monumento”, disse o artista. Segundo Marco Ajeje as pinturas estavam cain-do e os cupins haviam tomado conta de boa parte de tudo que era de ma-deira. “Foram gastos 400 litros de pro-dutos para acabar com a infestação”, revelou. De acordo com o artista o tra-balho foi um dos maiores desafios que já realizou. “Deu trabalho, porém, foi maravilhoso e apaixonante. 24h de tra-balho, 24h pensando. Para restaurar o quadro da Santa Ceia foram três meses de trabalho árduo para que nenhuma característica se perdesse”, contou.

Tiradentes/MG

Terminado a restauração, Marco Aje-je recuperou a igreja de Monte Santo, indo para Tiradentes, cidade histórica de Minas Gerais. “Tiradentes é um lugar ótimo. Te-

mos turistas do Brasil e do mundo todo”, disse Ajeje. Na cidade é possível encontrar móveis e objetos de decoração para todos os gostos e bolsos. “Aqui é um dos únicos lugares do Brasil aonde você chega com a medida de seu apartamento e consegue tudo que precisa para decorá-lo sob medi-da, do rústico ao moderno”, falou.

Tiradentes recebe turistas de to-das as partes para conhecer suas lin-das igrejas barrocas, passear de Maria fumaça, andar de bote, fazer rapel e comprar móveis sob medida. “Tenho clientes de todas as partes, inclusive um de Tel Aviv, capital de Israel. Ele leva vários contêineres de móveis e

objetos de decoração daqui de Tira-dentes e revende na loja dele, em Is-rael, a qual tem o nome de Pau-Brasil”, disse o artista.

Marco Ajeje finalizou dizendo que é preciso ser profissional e ter muito cui-dado ao restaurar objetos antigos para que não haja uma interferência negativa na obra. “Não que seja maldade da pes-soa, porém não é bom que objeto algum, perca suas características como aconte-ceu com o caso do quadro “Ecce Homo” do século XIX, atribuída a Elias Garcia Martinez, onde a espanhola, Cecília Gi-menez, de 81 anos, modificou feições do Cristo”, lembrou o restaurador.

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...en�m uma loja diferente!Colocamos nossa criatividade ao seu dispor para a criação de peças únicas sob medida.

Tiradentes, Minas Gerais, visite-nos e supreenda-se. Loja 01 - Rua dos Inconfidentes 218 A | Centro | 32 3355 -1847

Loja 02 - Av. Gov. Israel Pinheiro, 950 | Várzea | 32 3355-2028 | 32 8865 - 9122

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vel Mar de Minas (Capitólio); O paladar da Serra (Boa Esperança); Pesca Espor-tiva no Mar de Minas (Formiga); Ro-teiro Aventurar (Araxá e São Roque de Minas); Vida – História, Arte e Espiritua-lidade (Uberaba); Vivências da natureza: caminhos da Terra e da Água (São João Batista do Glória); 5º elemento: energia e espiritualidade (Araxá, Sacramento e Uberaba); A energia da natureza no Ca-minho das Águas (São Roque de Minas e Araxá).

Também durante o evento, hou-ve apresentação de chorinho e samba instrumental do grupo Arachoro, for-mado por professores da Escola de Ara-xá, e vivência de artesanato com pó de café, com o artesão Mohacir Dionisio, de Uberaba, representando os Circuitos Turísticos da Canastra e dos Lagos, res-pectivamente.

O material oferece 12 novos produtos e sugestões de roteiroscom atividades de natureza e aventura, turismo náutico, cultura e espiritualidade

ACONTECEU

Cardápio de turismo

A secretária adjunta de Estado de Turismo de Minas Gerais, Silvana Nasci-mento, lançou o Catálogo de Roteiros Turísticos da Região do Lago de Furnas, Canastra e Lagos, para cerca de 50 agen-tes e operadores de viagem paulistas, na do dia 27 de novembro, no Espaço Minas Gerais, em São Paulo. O mate-rial apresenta 12 roteiros turísticos que abrangem os municípios de Capitólio, São João Batista do Glória, Formiga, Boa Esperança, Varginha, Araxá, São Roque de Minas, Sacramento, Conceição das Alagoas, Conquista e Uberaba.

O catálogo de produtos turísticos foi elaborado pela Setur MG, em parce-ria com o Ministério do Turismo e Cir-cuitos Turísticos da Canastra, Dos La-gos, Grutas e Mar de Minas, Nascentes das Gerais, Vale Verde e Quedas D’água. O objetivo é a ampliação e diversifica-ção dos produtos turísticos do Estado, além de incentivar a comercialização da região, disponibilizando aos agentes, operadores de viagem e receptivos tu-rísticos informações sobre os destinos turísticos e roteiros disponíveis.

Dados da Pesquisa de Demanda Turística, realizada pela Setur MG em 2011, mostram que 20% dos visitantes da região do Lago de Furnas, Lagos e Canastra vieram de São Paulo. De acor-do com a secretária Silvana Nascimento, o catálogo é mais um importante canal para divulgação do potencial dos atrati-vos turísticos destas três regiões do Es-

tado para os paulistas. “Temos nessas regiões mineiras um forte potencial de oferta de serviços e, por meio deste ca-tálogo, conseguimos munir operadores, receptivos e agências de viagem, com informações sobre os diversos atrativos e roteiros que contemplam atividades associadas à natureza, aventura, turismo náutico, cultura e espiritualidade”.

O Catálogo de Roteiros Turísticos da Região do Lago de Furnas, Canastra e Lagos será distribuído para público fi-nal, operadoras e agências de viagem. Os doze roteiros apresentados no ca-tálogo são: Arte, cultura e espiritualida-de (Uberaba e Conceição das Alagoas); Elementos Culturais e Espiritualidade (Uberaba, Conquista e Sacramento); Da terra ao ar, do fogo à água (Varginha e Boa Esperança); Dos Sabores e do Equi-líbrio (Sacramento e Araxá); Inesquecí-

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia é recebido com orquestra de Chorinho

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O citadíssimo adágio

espanhol diz: Yo no creo en

las brujas, pero que las hay,

las hay (Não acredito em

bruxas, mas que existem,

existem). Sim.

As bruxas existem e

estão em várias partes

do mundo, inclusive em

Minas Gerais.

E São Tomé das Letras,

pequena e charmosa

cidade encravada entre

as montanhas do sul de

Minas, é parada certa para

espiritualistas, místicos

e amantes da natureza.

Este cenário fantástico é

destino para milhares de

bruxos interessados em

sua exuberante natureza,

suas belíssimas cachoeiras

e mansos regatos.

CULTURA

las hayQue las hay,

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“Toda Bruxa tem umaíntima ligação com a natureza e os poderes da terraporque é dela que se tiraas energias necessárias para a saúde, bem estar, belezae prosperidade”.

A passense Iakara Negrão, que há muitos anos mora em São Paulo, explica que na Cidade das Estrelas há anualmente dois grandes encontros em que se reúnem Bruxas de todo o Brasil e exterior. São eles o “Caldeirão da Bruxa” que acontece no iní-cio do ano, e o “Despertar da Bruxa”, sem-pre no mês de outubro, que este ano teve como tema “A Água”.

“Este encontro reuniu uma centena de Bruxas neste pano de fundo perfeito para nossos rituais de magia, cura e encantamen-to. Muitos rituais são feitos em cachoeiras, pois elas são pontos de força naturais e usa-mos esse poder que a natureza nos oferece em nosso benefício”, salienta Iakara.

Toda Bruxa tem uma íntima ligação com a natureza e os poderes da terra porque é dela que se tira as energias necessárias para a saúde, bem estar, beleza e prosperidade.

“Estar em contato com o sol, árvores e flores, respirando ar puro a plenos pulmões, revigora nosso corpo e limpa a mente nos permitindo ter uma vida muito mais produ-tiva e feliz”, conta a Bruxa.

Ainda conforme Iakara, as Bruxas ini-ciam à noite, em uma cachoeira, com um ri-tual de olhos vendados para que o olhar es-tivesse voltado ao próprio interior e usando o poder de limpeza e purificação da água la-vam as camadas mais profundas do incons-

ciente, retirando dos arquivos mentais mar-cas de experiências dolorosas que muitas vezes emperram nossa caminhada evolutiva.

Num outro dia, às margens de um belíssimo regato invocam as Ondinas, Se-reias e Sirenas, que são os Elementais do Ponto Cardeal Oeste, regentes da água. Fazem as invocações dançando descal-ças, cantando e jogando flores, em lou-vação ao Espírito das Águas. “A água é um elemento absolutamente essencial para nós porque irradia a energia que move o Univer-so e portanto movimenta nossas vidas. Mi-nas Gerais atrai muito por isso”, assinala.

Iakara tem 41 anos, é filha dos pas-senses Hélio Negrão e Marilda (já falecida) e segundo ela própria, é uma ‘Bruxa de Li-nhagem’. Pedagoga, advogada e mestre em Filosofia, encontrou na bruxaria a sua alegria e forma de viver e se considera uma ‘Encan-tada’. Já morou na Grécia por dois anos e viajou bastante passando por países que lhe ensinaram muito sobre como viver em paz.

Vive com os filhos Eros, de 10 anos e Atos, de 9, entre Higienópolis e seu sítio pró-ximo a São Paulo, onde pratica rituais de ma-gia e benzimento com ervas, por ser porta-dora dos dons de cura.

Iakara iniciou na bruxaria após uma longa busca espiritual. “Nasci católica, passei por quase todas as religiões e me encontrei na bruxaria, embora ressalve que trago um pouco de cada uma dessas religiões em meu coração”, afirma.

A Bruxaria, segundo Iakara é a primei-ra religião do mundo, tendo mais de 12 mi-lhões de adeptos, foi legalizada nos Estados Unidos e não para de crescer no Brasil.

“O nosso deus é o Sol, a nossa deusa é a Lua. Nós bruxos cultuamos as energias

genésicas da natureza, a força dos ventos, a beleza da chuva e o poder da terra”.

Iakara usa chapéu diuturnamente e explica que é no mesmo sentido de identi-ficação de outras religiões. “Assim como os maçons colocam um compasso em cima da mesa, os cristãos usam um crucifixo; nós bruxos temos nosso cumprimento secreto, nosso nome mágico e usamos chapéu”.

Minas Gerais recebe visitantes do mun-do inteiro interessados nas paisagens, cul-tura, culinária e arte. “Eu, embora goste de tudo isso, tenho um particular interesse na energia magística e sobrenatural deste belís-simo lugar. Costumo me deslocar para Pas-sos, São João Batista do Glória, Serra da Ca-nastra e Itabira, no quadrilátero ferrífero, por causa de sua beleza natural e suas energias notoriamente místicas”, finaliza acrescentan-do que se considera uma Encantada, um es-pírito que escolheu evoluir pelos caminhos da magia e do mistério.

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Mais de 1400 km

de lâmina d’água,

braços e pernas de

traçado mágico que

formam escarpas,

praias, enseadas e

maravilhosos cânions

de águas azuis,

outras horas verdes!

É assim que a PGV

Urbanismo retrata o

Lago de Furnas, local

escolhido para dar vida

ao empreendimento

Marina Ilha de Pedra

Condomínio Resort,

localizado no distrito de

Ponte Vila a 15 km de

Formiga/MG

EMPREENDIMENTO

sofisticação na naturezaIlha de Pedra

O condomínio é um resort sofis-ticado, projetado para atender a todas as exigências de um público que está a um passo de realizar seu maior sonho. O so-nho de ter uma residência às margens do Lago de Furnas.

O empreendimento foi lançado em outubro e conta com infraestrutura com-pleta, com portaria 24 horas, sistema de segurança, asfalto, todo murado, bar mo-lhado, campo de futebol, quadras de tênis, quadras esportivas, náutica, marina exclu-siva, piscinas, espaço zen, salão de jogos, espaço gourmet e espaço fitness.

De acordo com o proprietário, o jo-vem Bruno Veloso, 45% dos 347 lotes já haviam sido vendidos antes mesmo do lançamento. “Temos lotes a partir de 800

m2, e valor a partir de R$ 90 mil, com fi-nanciamento próprio e parcelamento em até 84 vezes, facilitando a realização do so-nho de vários clientes que buscam conta-to com a natureza, inúmeras opções de la-zer, esportes náuticos, pesca abundante e tranquilidade”, disse o empresário.

A maioria dos clientes, segundo Velo-so, é de Belo Horizonte e conhece a quali-dade dos empreendimentos da empresa, entre eles o goleiro Fábio do Cruzeiro e os jogadores Cláudio Caçapa e Gilberto Silva. “A PGV reúne três empresas, a Pavo-tec, do ex-deputado Djalma Diniz – que tem grandes empreendimentos da cons-trução civil pesada na África e em Dubai; a Geoline que é referência em aprovação de condomínios fechados em Minas Ge-

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ros comprou dois lotes. “O Grupo Elevar, também do segmento da construção civil e imobiliária da capital mineira, tem ou-tros dois sócios (Flávio Augusto Lopes e

Leonardo José do Carmo Botelho) e nós resolvemos adquirir e construir dois pavi-mentos com três espaços independentes e de forma comum vamos fazer uma qua-dra de futebol e área de lazer”, explicou.

Conforme Adriana Medeiros, espo-sa de Vinícius, os sócios sempre tiveram o objetivo de prática de esportes náuticos e agora a intenção é comprar uma lancha de 22 pés. “Vários amigos de Belo Horizon-te também estão adquirindo lotes e Flá-vio está neste final de semana (do lança-

A maioria dos clientes, segundo

Veloso, é de Belo Horizonte e conhece

a qualidade dos empreendimentos da

empresa, entre eles o goleiro Fábio

do Cruzeiro e os jogadores Cláudio

Caçapa e Gilberto Silva.

rais, do empresário Andrey Luiz Cardoso e a minha empresa, a Veloso que tem a ex-periência de mais de 50 condomínios na região metropolitana, no interior de Minas Gerias e na Bahia”, conta.

O goleiro Bruno, em depoimento no dia do lançamento em 22 de outubro em Belo Horizonte afirmou que ele tinha um interesse muito grande em investir em Furnas.

“Já tive a oportunidade de fazer ne-gócios com Bruno (Veloso) e quando ele me ligou para oferecer o lote senti que uniu o útil ao agradável. Estou muito feliz de poder participar deste momento e te-nho certeza que junto com o prefeito de Formiga, vai ser um investimento fantás-tico. Gosto de investir em coisas sólidas e de confiança. O empreendimento vai sa-tisfazer os prazeres de todos, em momen-tos felizes e de descanso”, discursou.

Foi para buscar esta tranqüilidade que a família de Vinícius Alvarenga Medei-

mento) em Angra dos Reis para comprar uma e assim que tivermos a autorização para começar a construir, vamos iniciar as obras”, afirmou.

Eduardo Santos, cantor da dupla Eduardo e Gabriel, de BH, ficou com um lote e levou o parceiro de palco para co-nhecer o condomínio e comprar um ter-reno ‘bem longe dele’[ brincou]. “O Velo-so nos indicou e eu comprei sem ver. Hoje que estou vindo ver e adorei. Se a pessoa vier aqui, com certeza vai querer dois lo-tes, é muito lindo. Já indiquei para vários amigos da música. A princípio tinha pen-sado em investimento, mas conhecendo, já estou com planos de construir para pas-seio”, salienta o músico.

A corretora de imóveis Marla Rocha adquiriu um lote com marina para inves-timento. “Sei que no futuro bem próximo esta região de Formiga vai se transformar em um tipo de Escarpas do Lago, então achei interessante investir”, afirmou.

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AÇÃO SOCIAL

Esperança!Doe

A frase do filósofo francês Hen-ri Bergson exprime muito bem doar, verbo transitivo direto e indireto, que tem origem no latim donare, que significa transmitir gratuitamente, bens, a outrem. É de ações partindo deste verbo que o Hospital Otto Krakauer, de Passos, está precisando.

Para isso vem promovendo uma cam-panha para não deixar que as portas se fe-chem por falta de recursos. A instituição fundada há 37 anos atende diariamente 156 pacientes de transtornos mentais de mais de 100 cidades da região.

De acordo com o presidente da Funda-ção que mantém o Hospital Otto Krakauer, Marcelo Rezende, são dois os grandes desa-fios enfrentados pelo Otto. “O maior deles é uma visão equivocada da Política Nacional

“Sempre somos capazes de dar algo mais; mesmo nas pedras germinam as flores.”

Marcelo Rezende com o Secretáriode Saúde Antônio Jorge

de Saúde Mental, implantada desde 2003: em termos gerais ela preconiza que todos aqueles que sofrem de qualquer transtor-no mental podem e devem ser tratados de forma ambulatorial (consultas e terapias) e assistidos pela própria família do doente. Entendemos que ocorreram importantes avanços no controle e tratamento da Saúde Mental, mas certamente estes ainda são in-suficientes para garantir uma vida saudável e segura aos doentes mais graves e seus fa-miliares”, explica Rezende.

E em razão desta política, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, se recusa a rever os valores pagos pelo trata-mento dos pacientes internados.

O último reajuste ocorreu há 5 anos e, pelas informações de que dispomos, não há qualquer intenção do Governo Federal em promover qualquer correção nestes valores cuja defasagem já supera em 50% nossos custos.

“Na verdade, a intenção do Governo Federal é levar os hospitais psiquiátricos a fe-charem suas portas por inanição, pela com-pleta falta de recursos e assistência, como se um bom números destes hospitais, como é o caso do Otto Krakauer, não fossem seria-mente comprometidos com o bom atendi-mento e vitais para que toda a Rede de Assis-tência à Saúde Mental do governo possa ter sucesso no que se propõe”, conta.

E o segundo grande desafio, ainda conforme Rezende, é o próprio hospital se reinventar: é preciso buscar novas fon-tes de recursos, proporcionar novos e ain-da melhores serviços, promover parcerias com o setor privado e universidades, reali-zar pesquisas e seminários, firmar-se como centro de excelência no atendimento da Saúde Mental.

“Entendemos que a sobrevivência do hospital passa por esta revisão profunda de seus conceitos e preconceitos. A necessida-de de se preparar para as novas e incessantes demandas da sociedade é urgente. E o Otto Krakauer pode vir a se credenciar como um importante Centro Integrado onde as mais diversas especialidades ligadas aos Transtor-nos da Mente possam ser pesquisadas, dis-cutidos e tratados”, salienta.

Já estão nos planos da instituição o atendimento particular e a convênios, mas antes precisamos continuar o esforço de re-dução de custos e a busca de recursos, espe-cialmente doações particulares e de empre-sas. “Estamos, pela primeira vez na história do hospital realizando uma grande campa-nha de conscientização e arrecadação. Nossa intenção é a de realmente conseguir sensibi-lizar os governos municipal, estadual e fede-ral, empresas e comunidades da região para as nossas necessidades que são muitas, mas que uma vez superadas”, sintetiza.

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Colabore com o hospital, faça uma doação de qualquer quantia!

Festa de Carnaval, promovida para os pacientes do Hostipal, em 2012

Marcelo Rezende reforça o caráter fi-lantrópico do Hospital, lembrando que hoje, mais de 20 pacientes moram no Otto Krakauer, alguns deles desde que o hospi-tal foi inaugurado. “Ao longo de todos estes anos, muitos foram recolhidos nas ruas de cidades vizinhas e trazidos para o cá e, ape-sar de todos os nossos esforços para alguns deles, ainda não nos foi possível descobrir a que família pertencem e nem mesmo onde nasceram”, recorda.

A história

A idéia da construção de um hospital psiquiátrico surgiu quando a Loja Maçôni-ca Deus Universo e Virtude preocupou-se com a falta de assistência em saúde mental no município de Passos (MG) e região. Para se dedicar a esta missão foi criada a Funda-ção Beneficente São João da Escócia, em 31 de março de 1972, que é a mantenedora do Hospital Psiquiátrico Otto Krakauer.

Naquela ocasião várias iniciativas foram feitas pelos membros da Loja Maçônica jun-tamente com o apoio da comunidade com a finalidade de coletar fundos para construir tal empreendimento. Após a doação de uma área de 14.000m2 por familiares do Sr. Otto Krakauer, cujo nome o hospital ostenta, ini-ciou-se a construção da obra.

Inaugurado em 14 de maio de 1975, o Otto Krakauer ocupa hoje a 3ª colocação no estado de Minas Gerais, na classificação de hospitais especializados dentro da capacida-de do número de leitos disponíveis.

Tratamento especializado

O Hospital Otto Krakauer oferece um tratamento especializado nos diversos diag-nósticos de distúrbios mentais tais como: transtornos mentais orgânicos, esquizofrê-nicos, delirantes, transtornos de humor, transtornos neuróticos, síndromes compor-tamentais, transtornos de personalidade e deficiências mentais.

Oferece também um ambiente que fa-vorece a integração do indivíduo que facili-tam a eficiência dos métodos adotados pela equipe multiprofissional.

O atendimento ao paciente é realiza-do por equipes multiprofissionais através de atendimentos médicos psiquiátricos e clínicos gerais, psicoterapias individuais e grupais. Durante o tratamento os familiares são convidados a participarem de reuniões e visitas frequentes, visando esclarecer suas

condições de co-dependentes e orientá-los sobre o tratamento, seus limites e deveres, orientando sobre possíveis revisões de con-ceitos e atitudes frente ao paciente alertando sobre manipulações emocionais e carências afetivas, estimulando relações familiares e sociais saudáveis durante e após o período de tratamento.

A campanha já está nas ruas

Foi lançada em outubro a campanha com outdoors para chamar a atenção da po-pulação para a situação do Otto Krakauer e que tem como intuito a arrecadação de re-cursos por meio de parcerias e de doações voluntárias em conta corrente. Para ajudar a divulgar a campanha, também foram con-feccionadas camisetas, nas cores azul, bran-ca e verde com o lema: ‘Ajude quem precisa de ajudar’, que estão à venda por R$ 45,00 em alguns pontos de vendas como Pintado D’Ouro, Delícias do XYKO, Banca da Matriz, Papelândia Max, Posto Oásis, Loja Maria João e na portaria do Otto Krakauer. Vários artis-tas e personalidades famosas estão aderindo

à causa do Otto Krakauer e ‘vestindo’ a ideia. A dupla João Bosco e Vinícius, o vocalista da banca Raça Negra, Luiz Carlos, o cantor gos-pel Régis Danese, Camilinho, Paulinho Pedra Azul e vários outros já estão na onda de ajudar quem precisa de ajuda.

Leilão

As revistas Terra Boa e Doce Mar de Mi-nas, comemorando seu um ano e dois anos de circulação, respectivamente, promove-ram no dia 20 de dezembro leilão com renda revertida para o Hospital Otto Krakauer.

O evento, segundo o diretor das revis-tas, Bolivar José Filho, realizado na Capella Choperia, por força da causa, conquistou apoio de vários empresários e produtores rurais que fizeram doações de prenhezes de alto valor genético para a realização do leilão.

“É um dever de cada cidadão contri-buir com uma entidade que tanto fez e faz a Passos e região. A nossa parte é muito pequena, mas queremos levar esperan-ça para os pacientes do Otto Krakauer”, finaliza Bolivar.

AG 0194-5CC 70000-2

AG 1692-6CC 35700-6

AG 3235CC 13050000-0

AG 3136CC 09799-9

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FAUNA

ao lago!Alevinos,

“É preciso dar o primeiro pas-so”. Com esta frase o mecânico Ed-son Erão de Oliveira acabou por dar início a uma campanha de repovoa-mento do Lago de Furnas, o Projeto Lago Vivo. Um apaixonado por pes-carias ele não vê a hora de colocar 10 mil alevinos nos tanques para a qua-rentena e depois soltá-los na represa.

Segundo Erão, aí sim a sua ale-gria vai voltar, pois em breve terão peixe para pescar. “Eu e toda esta equipe que abraçou a causa do re-povoamento e entendeu a necessi-

Imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br

dade e a importância da ação do ho-mem para reverter a situação na qual o lago se encontra, com escassez de peixes, estamos ansiosos para ver o lago cheio de peixes. Claro que este volume é pequeno, mas é o come-ço”, disse.

A iniciativa partiu de Erão e ganhou força por meio da Revista Doce Mar de Minas. Hoje o grupo conta com dez amigos que fizeram a doação dos 10 mil alevinos e tem também o apoio do Clube Náutico de Furnas.

De acordo com Sérgio Ro-meu Lopes, presidente do Clube Náutico de Furnas ‘Engenheiro Mauro Ferraz’, um tanque rede pode ser colocado dentro do clu-be sendo que um funcionário se disponibilizará a tratar os alevi-nos regularmente.

“É um prazer para nós poder-mos ajudar a repovoar o Lago de Furnas e vamos promover um gran-de evento após a quarentena para comemorar a soltura dos alevinos”, disse Lopes.

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Dentre os amigos que estão ajudando no Projeto Lago Vivo, além de Erão e Sérgio Lopes, está a Emater/MG, a Revista Doce Mar de Minas, o subsecretário de Po-lítica Urbana, Renato Andrade - que vai contribuir com o tanque rede -, João Gonçalves de Oliveira, o João Café, Franisco de Assis Silva, o Chiquinho, Isaías Jales Gonzaga e Juliano Lopes Cançado.

Os primeiros alevinos são de espécies naturais da Ba-cia do Rio Grande como Pacu, Matrinchã, Piau e Curimba.

Conforme o coordenador técnico da Emater em Pas-sos, Frederico Ozanan de Souza, os interessados em con-tribuir podem procurar a Emater por telefone ou pessoal-mente na sede em Passos.

Os alevinos serão lançados no lago quando estive-rem com aproximadamente 12 centímetros de compri-mento, o que garante maior possibilidade de desenvolvi-mento e reprodução dos filhotes.

Esses peixes só estarão prontos para a pesca daqui a dois anos. Dados revelam que somente 30% do total de peixes lançados sobrevivem, mas Erão é categórico em afirmar que os amigos vão buscar a cada dia outros ami-gos para aumentar esta corrente e tornar o Lago de Fur-nas caudaloso de peixes como era no passado.

Doce Mar de Minas35 3522-6252

Emater35 3521-3555

Erão35 9822-5577

Curimba

Matrinchã

Pacu

Piau

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PALAVRA DE TURISTA

nos cânionsTempestade

O ribeirãopretano André Ma-glio passou por uma verdadeira ‘tur-bulência’ nas águas do Lago de Furnas, mais precisamente nos cânions com sua lancha Phanton 300. Ele conta que estava com a família num passeio pelo local quando caiu uma tempestade e

ao tentar sair dos cânions as marés for-madas pelo vendaval batiam na embar-cação e jogava água dentro do barco.

“Coloquei minha esposa e filhos dentro do convés e fiz o máximo de manobras possíveis para que a lancha não se chocasse com o paredão. Con-

fesso que estou satisfeito com a capa-cidade da Phanton, se eu tivesse com a outra lancha que tenho não consegui-ria me sair bem da situação. Vi que é um excelente barco”, explica o empre-sário que visita com freqüência o Lago de Furnas.

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EVENTO

“Este evento é uma bela

iniciativa da revista, de

muito sucesso, vemos

a alegria contagiante e

afetividade do pessoal

que veio de avião e barco.

Estão curtindo, dançando e

descansando, aproveitando

as boas músicas, a

deliciosa comida e a vista

maravilhosa daqui do Píer”

Mar de Minas Weekend reúne apaixonados pela natureza

Paulistas, mineiros, paranaen-ses e até baianos prestigiaram a segun-da edição do Mar de Minas Weekend, organizada pela Revista Doce Mar de Minas e Píer JTR, que reuniu aman-tes da natureza, do mercado náutico e aeronáutico e ainda pessoas que sim-plesmente gostam de lazer nos finais de semana. O evento ocorreu nos dias 22 e 23 de setembro com gente boni-ta, comidas típicas das Gerais, boa mú-sica, ‘canja’ do cantor Lucas Ventania, show com a banda Fabio & Guilherme e para fechar a noite, balada com DJ agitou o Píer.

Para a paulista Liliane Lemos, da Marina Espelho D’água, o potencial do turismo em Minas é enorme. Em sua

Liliane CarneiroLCC Empreendimentos

segunda vez no Pier JTR, a convite da DMM, ela conta que para os paulistas é uma surpresa chegar em Minas Gerais e encontrar um lugar tão belo quanto o Lago de Furnas.

Acompanhada de amigos de São Paulo e de Alpinópolis, Liliane afirma que o Mar de Minas Weekend é uma grande oportunidade para conhecer o local e a região.

“Temos uma riqueza única, in-comparável. O aconchego do mineiro ele soma, agrega valor, a famosa hos-pitalidade mineira com seu jeitinho tranqüilo, tudo isso conquista. Penso que as melhorias no turismo vem no decorrer do tempo, estamos no peda-cinho do céu, precisamos aproveitar

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Liliane Lemos, da Marina Espelho D’água, encantada com o evento Liliane Carneiro, da LCC Empreendimentos, acredita no potencial da região

mais, porque aqui você se encontra, a sua verdadeira essência, um olhar inte-rior se aflora”, salienta.

A empresária Liliane Carneiro Costa, proprietária da LCC Empreen-dimentos diz que o Lago de Furnas é o melhor local para se investir como segunda moradia - para quem faz questão de lazer – como o pessoal dos grandes centros estão procurando me-lhores locais e tranqüilidade para pas-sar os finais de semana e feriados.

“Como questão principal vejo o investimento. Os clientes vem para vi-sitar e acabam fazendo investimento e voltam. Não conheço uma pessoa que tenha vindo pela primeira vez na região do Lago de Furnas e não tenha voltado”, conta Liliane.

Ainda conforme a empresária, os investimentos variam de R$ 150 mil a até R$ 5 milhões. “Existem investimen-tos para todos os bolsos e facilidades de pagamento. Os lotes turísticos são os investimentos mais rápidos de se-rem executados. No Terramare, por exemplo, estamos desde o lançamen-to, há 2 anos, fazendo todo trabalho de coordenação de vendas dos seis pri-meiros meses, com clientes satisfeitos. Agora já estão começando a trabalhar o pré-lançamento do Fly inn, foram convidadas as pessoas a virem em seus aviões para fazer um test drive da pista, tendo toda a assessoria da equipe de consultores da LCC”, salienta.

Ainda conforme Liliane Carnei-ro será um grande prazer apresentar todo o complexo e estudar as melho-res condições de financiamento. Ela faz questão de atender os clientes pri-meiramente na imobiliária em Belve-dere, em BH para depois fazer a visita no Terramare para conhecer a região e suas potencialidades.

O mais interessante, de acor-do com Liliane Carneiro, do turis-mo mineiro é a receptividade. “Os empresários do Terramare, Píer JTR e da Revista Doce Mar sabem rece-ber as pessoas. Este evento é uma bela iniciativa da revista, de muito sucesso, vemos a alegria contagian-te e afetividade do pessoal que veio de avião e barco. Estão curtindo, dançando e descansando, aprovei-tando as boas músicas, a deliciosa comida e a vista maravilhosa daqui do Píer”, afirma.

Aline Cunha, gerente de negó-cios da LCC, aceitou o convite feito por Bolivar José Filho e veio confe-rir o que sempre vê nas edições da DMM, que recebe regularmente.

“A revista por ser vista por to-das as cidades banhadas pelo Lago e ainda com circulação na capital, atrai muito os turistas. Considero esta região uma cidade flutuante e por isso com são construídos os vá-rios condomínios, como Escarpas do Lago e Terramare. Por isso é ne-

cessário fazer mais eventos como este para se criar uma rotatividade de turistas. Tem havido uma gran-de procura por imóveis na região, os turistas começam a investir no local, são muitos empreendimen-tos sendo lançados e a expansão está chegando, não só em Escar-pas, como em Formiga, na região do Furnas Tur. Acabamos de lançar uma marina alto luxo, em parceria com a PGV”, conta Aline.

Turistas de Cascavel/PR chega-ram de avião e passaram o dia no Píer curtindo o sol e a paisagem. Outro visitante, de Salvador já dei-xou o barco a disposição para quan-do descesse de sua aeronave. Pas-sou o dia entre o barco e o Píer JTR.

O bioquímico passense José Geraldo Freire passou os dois dias no evento, curtindo bons momen-tos com a esposa, netos e amigos.

Mesmo com o tempo um pouco nublado e algumas pancadas de chu-va o evento foi surpreendente. Esta é a opinião do organizador. “O clima não contribuiu muito para que pu-déssemos ter mais aeronaves, mas es-tamos satisfeitos com o público e po-dem aguardar que em 2013 faremos a terceira edição do evento e contamos com a presença dos que vieram e de muitos que gostariam de ter vindo, mas não puderam, aguardem as novi-dades”, promete Bolivar.

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Obs.: Alguns aeroportos, mesmo com o balizamento noturno instalado, ainda não possuem homologação para operação noturna, com os processos sendo analisados pela Anac. Levantamento: Caio Marinzeck Borges Delfante (Abril de 2012)

Abaeté SNLI 19 09 26 S 045 29 45 W 2178 1200x30Alfenas SNFE 21 25 54 S 045 55 59 W 2871 1600x30Almenara SNAR 16 11 02 S 040 40 02 W 640 1200X30Araçuaí SNVL 16 51 07 S 042 02 46 W 1181 1200x30Araguari SNAG 18 40 05 S 048 11 25 W 3107 1500x30Araxá SBAX 19 33 38 S 046 57 56 W 3276 1900x30Barbacena SBBQ 21 16 02 S 043 45 38 W 3657 1760x30BH (Confins) SBCF 19 38 13 S 043 57 56 W 2715 3000x45BH (Pampulha) SBBH 19 51 07 S 043 57 02 W 2589 2540x45Buritis SNUY 15 37 54 S 046 25 43 W 1870 800x20Campina Vde SNCV 19 32 17 S 049 29 42 W 1805 1000x25Campo Belo SNCA 20 53 33 S 045 20 08 W 3182 1420x30Campo do Meio SNCE 21 06 22 S 045 48 17 W 2559 1000x30Campos Gerais SNCG 21 13 34 S 045 46 45 W 2838 800x30Capelinha SICK 17 40 58 S 042 31 52 W 3113 1150x23Caxambu SNXB 21 55 03 S 044 58 10 W 2838 1500x30Conc. Mt. Dentro SNKD 19 01 13 S 043 26 02 W 2196 960x23Cons. Lafaiete SNKF 20 44 19 S 043 47 53 W 3478 960x30Curvelo SNQV 18 45 58 S 044 27 29 W 2205 1200x23Diamantina SNDT 18 14 00 S 043 39 04 W 4446 1450x30Divinópolis SNDV 20 10 55 S 044 52 12 W 2608 1540x30Formiga SNFO 20 23 43 S 045 29 01 W 3337 1030x23Formiga (FurnasPark) SWVW 20 31 55 S 045 36 51 W 2588 800x15Francisco Sá SNFK 16 26 18 S 043 28 10 W 2484 1000x25Frutal SNFU 20 00 17 S 048 57 32 W 1808 1000x20Gov. Valadares SBGV 18 53 49 S 041 59 10 W 561 1400x30Guanhães SNGH 18 42 26 S 042 50 20 W 2618 1250x80Guapé (Terramare) SWFV 20 43 23 S 045 51 54 W 768 600x18Guaxupé SNGX 21 19 36 S 046 43 49 W 2786 1500x30Ipatinga SBIP 19 28 14 S 042 29 17 W 784 2004x45Itamarandiba SNIK 17 51 02 S 042 51 02 W 3196 600x40Ituiutaba SNYB 19 00 07 S 049 29 14 W 1985 1200x30Iturama SNYU 19 43 02 S 050 13 03 W 1558 1780x30Jaíba SNMK 15 05 36 S 043 58 36 W 1519 1520x25Janaúba SNAP 15 43 59 S 043 19 26 W 1732 1500x23Januária SNJN 15 28 29 S 044 23 11 W 1575 1200x30Jequitinhonha SNJQ 16 28 20 S 041 01 30 W 853 1130x23João Pinheiro SNJP 17 47 15 S 046 07 12 W 2990 1300x23Juiz de Fora SBJF 21 47 35 S 043 23 08 W 2989 1535x30Lajinha SNLH 20 08 25 S 041 36 33 W 2051 900x45Lavras SSOL 21 14 38 S 044 58 10 W 3146 1500x30Leopoldina SNDN 21 28 19 S 042 43 59 W 919 1200x30Machado SNXA 21 40 41 S 045 50 28 W 2969 1200x50Manhuaçu SNMY 20 15 35 S 042 11 02 W 2754 1170x30Minas Novas SNMN 17 14 02 S 042 35 02 W 2461 800x20

Cidade ICAO Latitude Longitude Alt Pista Cidade ICAO Latitude Longitude Alt Pista

LISTA DE AEROPORTOS HOMOLOGADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Monte Carmelo SNTK 18 43 02 S 047 28 59 W 2904 1000x23Mte. Sto de Minas SNMS 21 10 33 S 046 57 32 W 2936 1270x18Montes Claros SBMK 16 42 22 S 043 49 19 W 2190 2100x45Mor. Nova Minas SNMN 18 35 38 S 045 21 11 W 1988 1000x23Muriaé SNBM 21 07 44 S 042 22 01 W 886 1140x23Nanuque SNNU 17 49 02 S 040 20 02 W 591 1200x30Ouro Fino SNOF 22 17 51 S 046 23 36 W 2818 1080x50Pará de Minas SNPA 19 50 34 S 044 36 04 W 2598 1140x23Paracatu SNZR 17 14 35 S 046 52 53 W 2359 1500x30Paraguaçu SNPU 21 33 33 S 045 45 06 W 2838 1175x30Passa Tempo SNPT 20 39 02 S 044 30 02 W 3143 600x40Passos SNOS 20 44 00 S 046 39 35 W 2697 1200x25Patos de Minas SNPD 18 40 20 S 046 29 29 W 2793 1700x30Patrocínio SNPJ 18 54 33 S 046 58 58 W 3229 1200x30Pedra Azul SNPZ 16 04 02S 041 10 02 W 2625 1000x30Pirapora SNPX 17 19 01 S 044 51 37 W 1808 1480x30Piumhi SNUH 20 26 19 S 045 59 34 W 2444 1115x30Poços de Caldas SBPC 21 50 16 S 046 33 58 W 4135 1250x30Pompéu SNPO 19 12 12 S 045 01 24 W 2313 1200x70Ponte Nova SNCZ 20 24 11 S 042 55 00 W 1877 1060x30Pouso Alegre SNZA 22 17 20 S 045 55 10 W 2904 1280x30Rio Paranaíba SNRP 19 12 45 S 046 14 26 W 3757 1000x100Sacramento SNSC 19 53 35 S 047 25 20 W 3288 1200x30Salinas SNSS 16 12 28 S 042 19 20 W 2504 1480x30Sta. Ma. do Suaçuí SNSI 18 11 55 S 042 27 58 W 1575 800x18Santana do Paraíso SBIP 19 28 14 S 042 29 17 W 784 2004x45Sto. Ant. do Amparo SNAM 20 54 41 S 044 53 40 W 3601 1620x30São João del-Rei SNJR 21 05 11 S 044 13 35 W 3117 1100x30S. J. Nepomuceno SNNE 21 32 32 S 043 01 16 W 1322 620X40São Lourenço SNLO 22 05 30 S 045 02 43 W 2871 1070x30S. Seb. do Paraíso SNPY 20 56 57 S 046 59 03 W 3110 1600x30Serro SNSO 18 36 40 S 043 25 26 W 2428 920x23Teófilo Otoni SNTO 17 53 29 S 041 30 56 W 1572 1190x23Três Corações SNVI 21 47 26 S 045 16 09 W 3232 1400x30Três Marias SNAS 18 13 30 S 045 11 26 W 2579 1500x45Três Pontas SIAB 21 22 19 S 045 29 39 W 3050 1040x18Turmalina SNTM 17 14 02 S 042 44 02 W 2894 1000x30Ubá SNUB 21 07 21 S 042 52 56 W 1115 1080x30Uberaba SBUR 19 45 52 S 047 57 58 W 2655 1759x45Uberlândia SBUL 18 53 03 S 048 13 31 W 3094 1950x45Unaí SNUN 16 21 14 S 046 55 37 W 1998 1180x30Varginha SBVG 21 35 20 S 045 28 24 W 3028 1500x30Várzea da Palma SNVZ 17 38 42 S 044 42 38 W 1719 1100x23Viçosa SNVC 20 44 41 S 042 50 31 W 2162 900x30Virgem da Lapa SNVL 16 46 24 S 042 23 13 W 2477 1150x20

AERONÁUTICO

Radar AéreoTurismo e negócios são interesses que se mesclam e norteiam o crescimento da aviação em Minas Gerais e no Brasil.

Os números da Infraero indicam o crescimento do setor ano a ano, o que demonstra que o transporte aéreo conquistou definitivamente os brasileiros.

Na região do Doce Mar de Minas, um dos roteiros turísticos do estado mineiro, os aeroportos homologados de Guapé (Terramare), Formiga e Passos encurtam as distâncias e oferecem boas condições para os que possuem monomotor ou bi-motor. Confira abaixo os aeroportos homologados em Minas Gerais e programe suas férias e finais de semana.

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GALERIA

Boua: destinos maravilhososLevar as pessoas a conhecerem lugares maravilhosos, este é o trabalho da experiente Gabriela Moraes, que inaugurou em outubro a Boua Viagens e Turismo, agência de viagens, turismo, lazer e negócios.O coquetel contou com a presença de amigos e clientes na agência, que fica na Avenida da Moda.

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Rudnick: ambientes com bom gosto Setembro marcou a vez da cidade de Passos/MG receber a Rudnick Projetados. A festa de inauguração contou com a presença de arquitetos, profissionais da imprensa, empresários e clientes, que puderam conferir os vários ambientes de bom gosto assinados pelos arquitetos Francielli Bochi Frare e César Tadeu Elias. A loja está situada na Avenida da Moda, principal local de comércio da cidade e promete ser um espaço para quem procura modernidade e bom gosto na hora de decorar a casa.

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