doce mar de minas - ed 04 ago/setembro 2011 - gabriel villela

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Mar de Minas Doce ano 1 | edição 4 | agosto/setembro 2011 Gabriel Villela ”Pela arte se chega à luz” Carmo do Rio Claro, heranças carregadas na alma Desenvolvimento Agostinho Patrus Filho. Cultura, natureza e história, viés para o desenvolvimento de Minas Especial Encantos naturais e outras maravilhas para alemão nenhum botar defeito Roteiro

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Nesta edição Gabriel Villela, diretor, produtor e cenografista do teatro brasileiro nos conta sobre sua trajetória de sucesso. Agostinho Patrus relata o desenvolvimento Mineiro. Um roteiro mágico para turistas Alemães pela região, matéria especial sobre Carmo do Rio Claro/MG e muito mais novidades, confiram!

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Mar de MinasDoce

ano 1 | edição 4 | agosto/setembro 2011

Gabriel Villela”Pela arte se chega à luz”

Carmo do Rio Claro, heranças carregadas na alma

DesenvolvimentoAgostinho Patrus Filho.Cultura, natureza e história, viés para o desenvolvimento de Minas

EspecialEncantos naturais e outras maravilhas para alemão nenhum botar defeito

Roteiro

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Page 4: Doce Mar de Minas - Ed 04 Ago/Setembro 2011 - Gabriel Villela

Realização:

ANGRA DOS REIS, FERNANDO DE NORONHA,LENÇÓIS MARANHENSES,CHAPADA DIAMANTINA... MUITO PRAZER, TERRAMARE PENÍNSULA.

VISITE-NOS!CASA TERRAMAREEM BELO HORIZONTE

ALAMEDA DA SERRA, 891VILA DA SERRA.

Breve lançamento – Guapé – Furnas-MG

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www.descubraterramare.com.br Informações: 0800 100 9999As benfeitorias estão mencionadas a título de ilustração e serão definidas oportunamente, podendo sofrer alterações.

Imobiliárias credenciadas:Belo Horizonte-MG: LCC Empreendimentos: (31) 3564 6000 – Netimóveis: (31) 3221 8658 – Vivar Imóveis: (31) 3269 9400 – Memphis Imóveis: (31) 3476 8622 • Lagoa Santa-MG: Big House Imóveis: (31) 3681 3703 • Contagem-MG: Metrópole Imobiliária: (31) 3011 9444 • Passos-MG: Casa Terramare: (35) 3522-6252 •Escarpas, Capitólio, Piumhi-MG: Escarpas Imóveis: (37) 3326 5108 • Nova Serrana, Divinópolis, Formiga-MG: Oriente Imóveis: (37) 3326 2343 • Três Corações-MG: Líder Imóveis: (35) 3856 1330 • Guapé, Varginha, Campo Belo-MG: Brasil Corrêa Imóveis: (35) 3856 1330 • Carmo do Rio Claro-MG: CN Imóveis: (35) 8825 1914 •Ribeirão Preto-SP: FGI Neg. Imobiliários: (16) 3605 3605 – Mercado de Imóveis: (16) 3620 6000 – Mundial Imóveis: (16) 3514 4000 – Saba Imóveis: (16) 3610 7300 – Imobiliária Piramid: (16) 2111 8888 • Campinas, Jundiaí, São José dos Campos, Itatiba-SP: Reinaldo Imóveis: (11) 4524-2070 • São Paulo-SP: Elite Brasil: (11) 3893 0000

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Realização:

ANGRA DOS REIS, FERNANDO DE NORONHA,LENÇÓIS MARANHENSES,CHAPADA DIAMANTINA... MUITO PRAZER, TERRAMARE PENÍNSULA.

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EXPEDIENTEDoce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Marano 1 | edição 4 | agosto/setembro 2011

Direção executivaBolivar [email protected]

Coordenação executivaDalton [email protected]

Conselho editorialAdriana Dias, Bolivar Filho, Cleiton Hipólito, Dalton Filho,Vanessa Cassoli

EdiçãoDalton FilhoAdriana Dias – MTB 025.230 [email protected]

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton [email protected]

RedaçãoDenise [email protected] Dias

FotosMauricio [email protected] [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

Revista Doce Mar de MinasAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138

Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemardeminas

[email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”

nesta edição10 46

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ESPECIAL Hospitalidadeé a marca dos mineiros

GASTRONOMIA As delícias do Empório 48

ROTEIRO DO LAGO Encantos naturais e outras maravilhas

ARTIGO Lago de Furnas, você merece

ARTESANATOFios que tramam arte

NÁUTICAUm mar de oportunidades

CAPA O contador de histórias

PALAVRA DO TURISTAUm convite ao namoro

EMPREENDIMENTO Imóveisde luxo ganham mercado

AVENTURARapel, uma emoção vertical

DESTAQUE Piloto de Guapévence circuito na Inglaterra

GALERIAEvento Magic Day no Píer JTR

ARQUITETURA A naturezacomo protagonista absoluta

ESPORTESJogadas de diplomacia e elegância

SUSTENTABILIDADE Tentação em pedaços

DESENVOLVIMENTO Carmo doRio Claro: artes, delícias e natureza

Mar de MinasDoce

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E NESTA EDIÇÃO

Por trás das montanhas, existe um povo que adora contar causos. Entre uns causos e outros, sempre se aprende o que alguém aprendeu com alguém.

Nesta edição, a Doce Mar de Minas traz um especial sobre Carmo do Rio Claro. Cidade típica do interior mineiro, cheia de tradições e contradições, contrastes de relevos sinuosos e dramaticidades singulares de sua gente, tramadas pela história. Configuram as múltiplas facetas das riquezas que Minas tem pra contar.

Nas águas que fluem das suas nascentes correm muitas paixões, muitos sabores e muitos casos, que vão serpenteando além das montanhas, além do mar, as suas grandezas. São fontes de inspiração que os mineiros sorvem tranquilamente com seu jeitinho de ser, bem peculiar, e levam para o mundo com orgulho suas criações, suas sabedorias ancestrais.

Na matéria de capa, o renomado diretor de teatro Gabriel Villela, filho dessas terras de magníficas alterosas, nos conta um pouco como foi sua caminhada artística, seus valores e sua irreverência em relação ao mundo e às coisas, que podem ser vistas por outro ângulo, talvez mais agudo e incisivo. Ele carrega na alma o gosto doce e o calor das tramas tecidas há séculos por mãos habilidosas que souberam guardar os ensinamentos da vida vivida.

É impressionante certificar que o que temos a oferecer a quem se achegue por aqui, no doce mar de Minas, não são tão somente as belezas naturais e a hospitalidade, mas as sensações que são despertadas. E, ainda, o potencial de oportunidades que o momento propicia a quem queira investir nessa região promissora. Exemplo disso são os novos empreendimentos do mercado de luxo que estão chegando também no interior do país, através do mercado imobiliário, mercado náutico e assim por diante.

As inúmeras possibilidades que os eventos internacionais de 2014 e 2016 - Copa do Mundo e as Olimpíadas respectivamente - trazem para o turismo no país, estão em pauta no setor privado e público. Esse é um dos assuntos da entrevista com o Secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Agostinho Patrus Filho, que também pontua o turismo como uma atividade estratégica para o desenvolvimento econômico do Estado.

Nessa maré de novidades, a revista Doce Mar de Minas, em parceria com o Píer JTR, promoverá o evento Mar de Minas Weekend, em setembro, encontro para os mais aficionados pelas intrépidas máquinas da terra, da água ou do céu.

Grande abraço,

Dalton FilhoEditor da Revista Doce Mar

Gostei imensamente dos lindos exemplares da nossa Doce Mar de Minas. É impressionante a qualidade da revista e a preocupação da equipe com todos os detalhes, fotos, matérias, redação. Abra-ços e tudo de bom. Parabéns!

Rogério Alves de FreitasEstratégia e Desempenho

Empresarial da Petrobras/RJ

Estamos admirados com a qualida-de gráfica e excelência das matérias desta revista, gostaríamos muito de ter todos os exemplares. Parabéns pelo ótimo traba-lho. Conhecemos a revista em Delfinópo-lis/MG. Gostaríamos de, no futuro, sugerir reportagens e colaborar com a revista.

Cláudio Salomée Eduardo Tourinho

Divinópolis/MG

Adoro Minas, das estradas reais, onde o céu e a terra se fundem em be-lezas naturais! Oh Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais mesmo.... Pa-rabéns à toda equipe da revista Doce Mar de Minas pelo trabalho de divulgação das belezas naturais e turísticas do cinturão do Rio Grande, abraço.

Wender AmorimPassos/MG

Quero “mergulhar” neste nosso Doce Mar de Minas...

Marisa Salgado LauriaPassos/MG

CARTAS

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ESPECIAL

marca dos mineiros

DMM - Secretário, o que Minas tem, que o mundo pre-cisa conhecer?

A cultura, natureza e história estão espalhadas por todas as ci-dades mineiras, tornando o Estado uma síntese do país. Minas Gerais é reconhecida por suas diversas manifestações, representadas pelas danças, festas populares, religiosidade, história e arte.

Minas Gerais é um destino turístico especial nesse país. Nosso Estado abriga cerca de 60% do patrimônio cultural brasileiro. Muitos, portanto, são os atrativos, produtos e destinos turísticos de Minas Gerais, propiciando sonhos e vivências únicas, nos caminhos da Es-trada Real, nas cidades, nas fazendas, nos parques, nas estâncias hi-drominerais ou em qualquer uma de nossas regiões.

E também Minas Gerais é um estado ideal para novos investi-mentos e para a realização de grandes feiras e convenções.

DMM - A indústria do Turismo, reconhecida como “in-dústria limpa” é uma das que mais cresce no mundo, ge-rando trabalho e renda para muitos. Como o senhor analisa Minas Gerais nesse contexto?

O turismo é visto pelo Governo de Minas como uma ati-vidade estratégica para o desenvolvimento econômico do estado. Nos últimos anos, o governo tem realizado investi-mentos em todas as áreas para dotar as regiões mineiras de infraestrutura necessária, qualificação, formatação de novos produtos turísticos, visando inovar a oferta e a promoção de atra-tivos do estado.

Por meio do apoio e fomento às 46 Associações de Circuitos Turís-ticos do Estado, a atividade turística é trabalhada nesta gestão com o viés do desenvolvimento de Minas Gerais e como uma atividade capaz de ge-rar riqueza e renda para as nossas populações, em curto e médio prazo. Para os próximos anos, temos como meta preparar o estado para receber a Copa do Mundo da Fifa de 2014 e todos os eventos internacionais que serão motivados pela realização desse grande evento esportivo.

Hospitalidade é a

Hospitalidade é a marca maior de Minas Gerais. Em todas as regiões de nosso estado,o mineiro recebe muito bem os turistas, abre as portas de sua casa e está sempre comum sorriso no rosto na hora da acolhida. Esse é o grande diferencial de Minas Gerais.

Mineiro de Belo Horizonte, o secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Agostinho Patrus Filho, traz como sua marca o gosto pelo seu estado e usa seu talento político em favor das melhorias para sua terra. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão Empresarial e Logística pela Fundação Getúlio Vargas, é vice-presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Indústria, Comércio e Artesa-nato de Minas Gerais e diretor licenciado da Federação das Empresas de Transporte de Carga de Minas Gerais.

Foi deputado estadual, membro efetivo das comissões de Redação e de Fiscalização Financeira e Orçamentária na Assembleia Legisla-tiva e Secretário de Estado de Desenvolvimento Social no governo Aécio Neves. Hoje, como Secretário de Turismo, promove Minas Gerais nos âmbitos nacional e internacional. E para falar sobre a doce Minas e suas potencialidades turísticas, Patrus nos concedeu essa entrevista.

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DMM - Nas destinações orçamen-tárias aprovadas pela Assembleia Legis-lativa do Estado para 2012, que ações estão previstas para as políticas públi-cas voltadas ao Turismo? Elas são com-patíveis com as propostas apresentadas pelo Conselho Estadual de Turismo?

O Conselho Estadual se constitui como um fórum superior de debates e enca-minhamento de propostas e sugestões em torno de questões relevantes para o setor tu-rístico em Minas Gerais. A missão desse con-selho é discutir estratégias para o setor, por-tanto, toda a iniciativa, projeto ou programa de governo que tenha foco na atividade será levado para avaliação desse conselho estadu-al. Sobre as destinações orçamentárias para 2012, o Poder Executivo envia até o final de setembro a proposta da Lei Orçamentá-ria Anual, portanto, esse planejamento para 2012 ainda está em fase de elaboração.

DMM - A Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, em sua ges-tão, considera viável a elaboração de um plano de estratégias visando à am-pliação da interiorização do turismo no estado?

O foco desta gestão do turismo mineiro é voltado para a interiorização das ações com o objetivo de beneficiar todas as regiões deste imenso estado. Estamos nos planejando para, a partir do próximo ano, iniciarmos um pro-cesso de execução de iniciativas voltadas para melhoria da infraestrutura que beneficia tan-to as comunidades quanto os turistas que vi-sitam o nosso estado. Estamos certos de que a Copa do Mundo irá beneficiar toda a Minas Gerais, mas é importante reforçarmos a infra-estrutura para receber o turista.

Além disso, Minas Gerais tem um sis-tema de gestão do turismo trabalhado pela Setur. Merece destaque o Programa de Re-gionalização do Turismo, que já está conso-lidado em Minas Gerais e tem reconheci-mento nacional, através da atuação das 46 Associações de Circuitos Turísticos implanta-das em todas as regiões do estado. Com es-sas associações, a Setur trabalha com o olhar atento para o interior, visando ao desenvol-vimento dos municípios e a consquente ge-ração de emprego e renda para os mineiros. Essas associações são as nossas instâncias de governança, que executam a política pública do turismo de forma descentralizada e arti-culada nos municípios. Esse programa em Minas Gerais recebeu, nos últimos dois anos, 11 dos 26 Troféus Roteiros do Brasil, promo-

vidos pelo Ministério do Turismo como re-conhecimento dos “exemplos de sucesso” do Programa de Regionalização do Turismo em todo o território nacional. Isso demons-tra que a gestão do turismo mineiro está no caminho certo.

DMM - Como o senhor vê a poten-cialidade turística dos circuitos do Lago de Furnas e Serra da Canastra? Existem projetos voltados a esses destinos turís-ticos, em curto e médio prazos?

O Lago de Furnas tem imenso poten-cial para o turismo náutico e de pesca es-portiva. Merece toda nossa atenção pelas belezas que abriga e pelas possibilidades de turismo de natureza e aventura em seu en-torno. A região da Canastra também é de ex-trema importância para o planejamento de nossas ações, pois abriga um dos mais belos e atraentes destinos de bem-estar do Brasil, que é Araxá e, também, um importante Par-que Nacional – o Parque da Canastra, nas-cente do Rio São Francisco.

Nas duas regiões, o Governo de Mi-nas realizou o Projeto de Roteirização Turística com o objetivo de diversificar a oferta, estimulando a formatação de pro-dutos turísticos diferenciados, inovadores e de qualidade.

como provável Centro de Treinamento de Seleções. Estamos trabalhando no sentido de apoiar a cidade e a região para receber bem o turista para a Copa do Mundo.

A região do Lago de Furnas e da Serra da Canastra vem recebendo investimentos do Governo de Minas nos últimos anos em ações de capacitação, formatação de rotei-ros e promoção. Para a Copa do Mundo de 2014, a Setur está trabalhando 22 destinos, que são considerados Destinos Indutores do Desenvolvimento Regional, que serão prio-rizados em investimentos em todas as áreas de governo, indo desde a infraestrutura até a promoção para o público final. Dentre eles, destacamos Araxá na Serra da Canastra e Ca-pitólio, na região do Lago de Furnas.

Esses municípios estão recebendo anualmente o Estudo de Competitividade, através de um questionário de 500 pergun-tas, que analisa os diversos aspectos que influenciam a competitividade turística dos destinos, como infraestrutura, turismo, polí-ticas públicas, economia e sustentabilidade. A aplicação desse estudo é uma oportunida-de única para o turismo mineiro e uma fer-ramenta de avaliação e planejamento para que os prefeitos, governos estadual e fede-ral possam nortear suas políticas públicas de fortalecimento e incremento das regiões.

DMM - Lá fora, ainda há o senso comum de que Brasil é sinônimo de Rio de Janeiro e Amazônia. Existe al-gum estudo sobre como atrair e rece-ber o turista estrangeiro no interior de Minas Gerais?

Estudos de demanda de turismo são realizados anualmente pela Setur-MG. Essas pesquisas traçam o perfil dos visitan-tes no estado, dentre eles o público inter-nacional. Dessa forma, os resultados possi-bilitam conhecer as motivações de viagens, avaliação de produtos e serviços turísticos no estado, forma de gasto, dentre outros da-dos relacionados a essa demanda específica. Por exemplo, já sabemos que 68,8% dos visi-tantes estrangeiros que vêm a Minas Gerais são motivados pelo lazer, sendo que 63,2% desses entrevistados buscam atrativos rela-cionados ao turismo cultural, seguido pelo ecoturismo (25%). Estes resultados possibi-litam a elaboração de políticas públicas mais focadas à demanda dos turistas internacio-nais e nos orientam a traçar as ações com foco nos grandes eventos internacionais que estão por chegar, como a Copa do Mundo da Fifa de 2014.

Nosso estado abriga

cerca de 60% do

patrimônio cultural

brasileiro

Ressaltamos que temos dois destinos indutores do turismo nessa região, que são Capitólio e Araxá e que, por isso, merecem toda a nossa atenção na execução de nossa política pública.

DMM - A realização da Copa do Mundo e das Olímpiadas no Brasil, res-pectivamente em 2014 e 2016, prome-te muitos investimentos e a expectativa de um grande contingente de turistas. Acredita que os circuitos do Lago de Fur-nas e Serra da Canastra podem garantir uma parcela desses investimentos?

Sem dúvidas, temos algumas cidades como Araxá, que já foi selecionada pela Fifa

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DMM - Num evento promovido em maio por uma indústria de aviões monomotores, no Lago de Furnas, o Governo Mineiro foi citado como um dos mais preocupados com a infraes-trutura para o transporte aéreo. Qual o impacto dessa decisão para o turismo no estado?

A questão do acesso, tanto rodoviário quanto aéreo, é fundamental para o desen-volvimento da atividade turística em qual-quer destino. Foi por isso que, em 2005, com estratégica visionária, o Governo do Estado transferiu os voos do Aeroporto da Pampu-lha para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, com a expectativa de de-senvolvimento do Vetor Norte de Belo Hori-zonte, e já prevendo o congestionamento do tráfego aéreo nacional, concentrado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Desde esse tempo, o Governo do Esta-do tem canalizado esforços para ter um aero-porto estruturado e que atenda ao aumento constante da demanda de passageiros.

Confins apresentou crescimento de de-manda superior à média nacional no último ano (23,47% para voos domésticos e 20,38% para internacionais). Quando ficar pronta a ampliação do Terminal para 8 milhões de pas-sageiros, nossa necessidade já estará saturada. A Infraero e o Governo de Minas já trabalham para a construção do Terminal 2 de acordo com normas e especificações internacionais. Esperamos que seja a solução para os próxi-mos anos. Estamos trabalhando para que te-nhamos um aeroporto com segurança, acesso e tecnologia para expandirmos, cada vez mais, o programa Decola Minas, que objetiva atrair novos voos nacionais e internacionais para a capital mineira.

DMM - As condições insatisfatórias das estradas e a inoperância de alguns aeroportos são apontadas como entra-ves à prática de turismo seguro e de fá-cil acesso. Como a administração esta-dual pode transformar essa realidade?

Na verdade, a gestão nacional dos grandes aeroportos brasileiros é de respon-sabilidade da Infraero, vinculada ao Governo Federal. Em Minas Gerais, o Governo do Es-tado está com olhar atento para o problema da aviação civil e tem acompanhado de per-to junto ao órgão nacional uma solução para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

Além disso, o Governo de Minas vem investindo na estruturação dos aeroportos regionais, através do Proaero. Até o momen-to, através do programa, o Governo do Esta-do investiu R$ 249 milhões na recuperação de 23 aeroportos mineiros.

Sobre as estradas, Minas Gerais tem feito bem o seu papel. Através do Proaces-so, o Governo de Minas melhorou a infraes-trutura de acesso em todas as regiões do es-tado, ligando por asfalto os 225 municípios que não possuíam esse tipo de benefício. No total, foram pavimentados 5,5 mil Km de rodovias, beneficiando diretamente mais de

1,5 milhão de pessoas. Precisamos de inves-timentos do Governo Federal em nossas ro-dovias federais.

DMM - Como a administração pú-blica – por meio dos governos muni-cipais e estadual - pode trabalhar para desenvolver a vocação turística do Lago de Furnas e Serra da Canastra? E o pa-pel da iniciativa privada?

Os governos são agentes indutores e fomentadores da atividade turística. O turis-mo é feito em 90% pelas mãos da iniciativa privada, principalmente pelos micro e pe-quenos empresários. É função das adminis-trações públicas, municipais e estaduais in-centivarem a organização do setor, criando e induzindo a formação de órgãos e colegia-dos para o debate de temas e discussão em torno da atividade turística. Nesse sentido, citamos o Conselho Estadual de Turismo e a criação dos Conselhos Municipais. Lembra-mos que Minas Gerais é pioneiro quanto à implantação do ICMS Turístico. Pela primeira vez no Brasil, um estado repassa diretamen-te para seus municípios recursos a serem aplicados na atividade turística. E um dos re-quisitos desse programa é ter no município um Conselho Municipal de Turismo atuante.

DMM - Como é visitar Minas Ge-rais para o Senhor?

É sempre uma grande felicidade visitar o nosso estado, conhecer as belas paisagens que emolduram as nossas regiões turísticas. Gosto de conviver com o mineiro, ouvir seus casos, tomar o café fresco nas fazendas. É um enorme prazer degustar a comida feita no fo-gão à lenha. Gosto e recomendo nossas cida-des históricas, os parques nacionais e esta-duais, as regiões das águas, a capital mineira e seu entorno, as fazendas rurais, as grutas, cachoeiras e lagos. Como bom mineiro que sou, adoro o meu estado e a diversidade que ele nos oferece.

Sabemos que 68,8% dos visitantes estrangeiros que vêm a Minas são motivados pelo lazer, buscando atrativos relacionados ao turismo culturale ecoturismo

Cânion e seus paredões no Lago de Furnas

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ROTEIRO DO LAGO

Os encantos da Serra da Canastra e as belezas do Lago de Furnas, num roteiro impecável para alemão nenhum botar defeito. O passeio organizado pela Compadres Turismo atendeu em julho a um grupo de descendentes de alemães, vindos de São Paulo e Florianópolis. Na programação, trilhas, serras, cachoeiras, passeio de barco e um sedutor turismo de compras.

Conhecer a Serra da Canastra foi, inicialmente, o atrati-vo para o grupo. Três dias na Serra da Canastra, especificamente no município de São Roque de Minas, seriam o ponto alto do ro-teiro. Mas durante o percurso os turistas conheceram outras ma-ravilhas que circundam o Lago de Furnas. O grupo foi recepcio-nado na Pousada Canteiros, em São João Batista do Glória, onde permaneceu por dois dias. A acolhida, associada à comida típica mineira, conquistou de imediato os visitantes.

No segundo dia do roteiro, o destino foi o Lago de Furnas, com seus belos cânions e quedas d’água, como a da Lagoa Azul. O trajeto foi realizado de ônibus até a MG-050, nas proximidades do Restaurante do Turvo. A lancha com capacidade para 40 pesso-as foi pilotada por profissional habilitado pela Marinha do Brasil. O passeio começou com as instruções de segurança e de uso da embarcação. Embora seja uma lancha, o motor lembra o ritmo e o som das belas e antigas balsas. A velocidade é lenta. A imensidão

Encantos naturaise outras maravilhas

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do lago e os paredões formados em seu entorno deixaram os turistas encantados.

Uma parada nos cânions foi pro-videncial para apreciação e um banho. Na Lagoa Azul, a água cristalina foi chamamento para um bom mergulho. Apesar do inverno, a temperatura era convidativa.

Depois de um almoço no Res-taurante do Turvo, onde os turistas se

deliciaram com os bons peixes da região, próxima parada: comportas de Furnas. Na sequência, Carmo do Rio Claro, onde co-nheceram o Museu do Índio Antônio Adau-to Leite e a tradicional Feira de Artesanato, realizada no mês de julho.

No retorno a São João Batista do Gló-ria, uma noite com uma boa fogueira para espantar o frio e muitos causos esperavam o grupo. No dia seguinte, o passeio conti-

nuou na Serra da Canastra. O trajeto foi feito em jipes 4 x 4 com capacidade para 8 pessoas.

A Serra da Canastra abriga-va o sonho de muitos integrantes da excursão, como Nancy Cham-pion Kistemann, 81 anos, que há 30 ansiava conhecer os encantos da Canas-tra. O mesmo desejo era dividido com Erika Helmuth. Apaixonada pela nature-

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za, as reportagens da Serra sempre chama-ram a sua atenção. Membro do Conselho Municipal de Turismo de Igaratá, SP, a visita também renderia frutos para o seu trabalho.

É a terceira vez que o organizador do grupo, Herman Helmuth, visita a região. Na primeira viagem, ele foi guia e intérpre-te de um casal de alemães. Na segunda vez trouxe um grupo de 30 pessoas. Nessa ex-cursão, vieram 15. Helmuth elogiou o tra-balho da Pousada Canteiros e aposta no po-tencial do Lago de Furnas.

No sábado, após a despedida na Pou-sada Canteiros, o grupo embarcou nos ji-pes rumo à Nascente do Rio São Francisco. No trajeto que passa pelo Vale dos Cantei-ros, uma visita à Cachoeira do Quilombo.

Atravessaram o Ribeirão Grande, que é bastante seco nesta época, e fizeram uma parada estratégica para descobrir os encantos dessa grande cachoeira, que impressiona por sua dimensão, formando uma imensa escada-ria na serra. O local é ideal para um piqueni-que, o que aconteceu antes de seguirem via-gem. “Ficamos impressionados com a queda da Cachoeira do Quilombo. É um local sur-preendente,” destacou Renato Blotta.

Após atravessar o Vale da Serra da Ba-bilônia com todos os obstáculos da estrada - valas, valetas, poças e desníveis - a sensação era de que estavam no veículo adequado. Chegando à Pousada da Babilônia, um de-licioso almoço com caipirinhas aguardava o grupo, que pôde conhecer um pouco mais

do típico modo de vida do canastreiro, per-correndo o pomar, os galinheiros, o curral e o entorno da pousada.

Tudo de bom até esse trecho do cami-nho. Na sequência, conheceriam a perfeição: a grande Serra Branca, onde fizeram a primei-ra parada no topo do Chapadão da Babilônia.

Durante o trajeto pelo Chapadão, dentre as paradas para observação da flora - que nesta época do ano é peculiar devido às espécies que só florescem no inverno - tiveram a honra e a felicidade de deparar com um grande tamanduá-bandeira, que desfilou a poucos metros dos jipes, dando boas vindas ao grupo. “Poder se deparar com o famoso tamanduá-bandeira no per-curso para a Casca D`Anta foi um presente! Uma sensação muito legal ver o bicho livre em seu habitat natural”, exclamou Gertraud Marcus.

Antes de chegar a São José do Barrei-ro, o grupo assistiu ao pôr-do-sol no Mirante da Igrejinha, no Morro do Carvão, na com-panhia de um mineiríssimo cafezinho preto.

No domingo, pularam cedo da cama para saborear o excelente café da manhã, com todos os quitutes mineiros, preparados pela Pousada Irmão Sol. O dia seria de des-cobertas. Primeira parada: Cachoeira Casca D`Anta. No período da manhã, o primeiro

contato com o Parque Nacional da Serra da Canastra. Visitaram o Centro de Apoio, que fornece informações sobre a fauna e a flora, antes de pegar a trilha para chegar à base da cachoeira, que é uma das maiores do Brasil.

No final do dia, após saborear o exce-lente e tradicional tempero mineiro das co-zinhas de São José do Barreiro, seguiram para São Roque de Minas, onde pernoitaram. “O tempero da cozinha mineira realmente é um show à parte. A costelinha de porco tem um sabor espetacular”, disse Helmuth.

De manhãzinha, embarque novamen-te nos jipes para conhecer a Nascente do Rio São Francisco. A maioria das pessoas já o conheceu em sua foz ou em seu trajeto, mas no seu “nascimento”, poucas. Seguiram os campos floridos para a parte alta da Cacho-eira Casca D´Anta, de onde visualizaram a Serra da Babilônia e seus encantos. Na volta visitaram um laticínio artesanal e, com mui-tos queijos na bagagem, retornaram a São Roque, de onde seguiriam para São Paulo.

Surpresos com o potencial da região, os turistas se encantaram com a facilidade de acesso e com o trabalho da Compadres Turismo. A acolhida do mineiro e a sua tra-dição em contar casos foram destaques para o grupo. Agora, é curtir as fotos, as lembran-ças, e planejar a volta à Canastra.

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foi um presente!”

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A cidade de Carmo do Rio Claro guarda mistérios. Nos recantos, as cachoeiras e os poços convidam para longos e relaxantesmomentos de energização e lazer. As serras que recortam o Lago de Furnas formam uma moldura verde e escultural queencanta até os mais desatentos. Na represa, embarcações navegam suavemente parecendo deslizar sobre o espelho d’água.

As águas são moradas de muitas espécies de peixes nativos e de forasteiros que ali foram habitar. Um deles,o tucunaré azul, veio da bacia amazônica e hoje é uma das estrelas nas agradáveis e pacienciosas pescarias.

O roteiro da Icatu Turismo revela todos esses mistérios, com boas doses de aventura.

Subida à Serra da Tormenta

É o passeio carmelitano mais pro-curado. A subida é feita em veiculo 4x4, com conforto e total segurança. No topo da serra, a 1.287 metros de altitude, o tu-rista tem uma vista panorâmica deslum-brante. A vastidão do lago e das serras é magnífica.

Do alto, percebe-se que Carmo do Rio Claro é quase uma ilha, cercada de água por três lados. Nos dias de céu lim-

po, chega-se a avistar Alfenas, à 74 km de distância. Nesse passeio o turista vi-sita ainda a Capela de Nossa Senhora da Aparecida, que abençoa a cidade e seus moradores.

Cânions

Os cânions abrigam as cachoei-ras da Água Limpa e da Alegria e são alguns dos pontos de maior interesse turístico da cidade. As quedas se loca-

lizam no encontro entre os ribeirões que as formam e o Lago de Furnas, e o acesso é por via náutica. Além de be-las, são muito boas para banho e têm baixa periculosidade, podendo ser fre-quentadas por adultos e crianças. Para se chegar à Cachoeira da Alegria é ne-cessário passar por um cânion de apro-ximadamente 5 metros de largura, com paredões altos e imponentes e torres de rochas que marcam a entrada quase imperceptível.

Mistérios a desvendarpelas águas e serras

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Cachoeira e Poção do Córrego Bonito

O diferencial deste passeio está no tobogã polido natural-mente pelas águas na pedra e que termina em um poção de águas revigorantes. Para ter acesso a essa beleza mais do que natural o turista sai em direção ao Córrego Bonito, que não leva esse nome à toa. Ao deixar o carro, percorre-se uma trilha leve pelo capão de mata e chega-se ao destino. Depois de se esbaldar nas águas e no tobogã, o retorno fica por conta de relembrar os bons mo-mentos do passeio.

Serra da Providência

A Serra da Providência divide os municípios de Carmo do Rio Claro e Guapé. Rica em ribeirões em ambas as vertentes, faz a alegria dos ecoaventureiros. Nesse passeio, de dois dias, feito em jipe 4x4, a primeira parada é no Poço das Virgens, onde o carro é trocado por uma caminhada leve até o Poção do Córrego Boni-to. Lá, o sossego dos banhos de sol intercalados com relaxantes banhos em águas cristalinas só é quebrado pelas emocionantes descidas no tobogã natural que termina nas límpidas águas do Poção do Córrego Bonito.

A Fazenda Alegria acolhe os turistas com o jantar e um me-recido repouso rural. No segundo dia, após um delicioso café da manhã, o grupo segue para o Ribeirão da Água Limpa, onde faz uma caminhada em seu leito. Ali se encontram cachoeiras e corredeiras entremeadas de poções e lajeados, com margens de vegetação intocada. No início da tarde o turista retorna para a Fazenda Alegria, para o almoço. Um breve descanso renova as forças para o retorno a Carmo do Rio Claro.

Cachoeira e Poção do Córrego Bonito

Cachoeira da Alegria Cachoeira da Água Limpa

O sossego dos banhos de sol intercalados com relaxantes banhos em águas cristalinas só é quebrado pelas emocionantes descidas no tobogã natural

Praça Dona Maria Goulart, 258Centro - Tel: (35) 3561-1422www.icatuturismo.com.brCarmo do Rio Claro/MG

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ARTESANATO

tramam arteFios que

Em Carmo do Rio Claro, os sons das carretilhas e dos pedais dosteares indicam que artistas, anônimos, estão em momento de criaçãoe suas tramas encantarão muitas pessoas mundo afora!

A tecelagem é uma arte que carrega a história de muitos povos, com registros históricos antes da era cristã. Os portugueses trouxeram te-ares e artesãos para o Brasil e duran-te a era do ouro, em Minas Gerais, a tecelagem manual fincou suas raízes nas calmas cidades que surgiam en-tre as montanhas. Essa arte tramada em fios sofreu influência de várias cul-turas, principalmente das tribos indí-

genas que viviam em terras mineiras. A era industrial não exterminou a te-celagem manual, ao contrário, deu-lhe condições de criar produtos persona-lizados que expressam a manifestação da arte popular contemporânea.

Em Carmo do Rio Claro os teci-dos de seus teares romperam rincões e ganharam o mundo, fazendo a cida-de ser reconhecida por essa arte. As primeiras peças, em lã de carneiro,

eram utilizadas para a confecção de ca-sacos ou de colchas, peças fundamen-tais para os intensos invernos. A lã, na sua cor branca, ganhava novas cores com a tintura natural das ervas e cascas de árvores. O vermelho do pau-brasil, o azul do anil, o cinza do coqueiro e o amarelo da quaresminha.

Dessas peças consideradas rús-ticas, a técnica foi se aperfeiçoando. Na década de 1990, ganhou uma re-

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Júnior Soares, que é artista plástico, desenvolve a sua arte como designer na tecelagem.

Quem chega a Carmo do Rio Cla-ro percebe, ao se deparar com muitas tecelagens na sua principal via de aces-so, que artesãos e oficinas estão espa-lhados por toda a cidade.

Feira

Em julho de 2011 a Associação dos Artesãos, com o apoio da prefei-tura municipal, realizou a 43ª Feira de Artesanato. Ao longo de quatro déca-das a feira foi realizada nas mais diver-sas formas e lugares. Nesse ano, pela primeira vez, ganhou espaço na Praça Maria Goulart. O novo formato, que uniu artesanato e cultura, agradou aos visitantes e artesãos.

A praça ganhou cores e sabo-res e se converteu em ponto de en-contro para carmelitanos e turistas. O encanto estava no ar pelos pro-dutos e pela energia que toda praça emana.

Música, arte, palestras, lança-mento de livros e as criações dos arte-sãos se mesclavam a outros produtos artesanais como os doces, o crochê, a cachaça, a pimenta, a rapadura e as colchas de lã.

leitura pela tecelã Silvani Soares Pe-reira, a Vaninha, que fundou junta-mente com seu esposo, Welington, a Tecelagem WS. A tecelã passou a usar o fio de algodão, viscose, a seda e o rami nas suas mais diversas formas, bem como a lã de textura mais fina, criando produtos que atendiam à tendência da moda como as saídas de praia, toalhas e cachecóis. Essas no-vas peças associadas ao trabalho das bordadeiras transformaram essa arte, em um novo segmento econômico do município.

A tradição e a inovação

O artesanato é cada vez mais re-conhecido e valorizado, com a busca crescente por produtos personaliza-dos. De 1990 até os dias atuais, novos fios, novos tecelãos e novo design sur-giram. Na tecelagem WS, por exem-plo, João Antônio Pereira, primogênito de Vaninha e Welington, assumiu em 2011 as novas criações, após cursar de-sign de moda.

As inovações também são uma característica do Ateliê Aline & Júnior, no mercado há 19 anos. Aline Oliveira é de família de tecelãs e com o seu dom artístico, ao longo da sua trajetória, se formou estilista.

Tradição

Dona Anésia Rosalina Santos Freire, 82, a mais antiga tecelã em atividade, participou da 43ª Feirade Artesanato com suas colchas

de lã. Dona Anésia carrega na alma as técnicas de um oficio milenar

que continua encantando as novas gerações. Além de ensinar a

tecelagem para a nova geraçãode tecelãos, já ministrou

cursos em vários estados. No seu tear produz a essência do ofício que criou a tradição carmelitana e fez a cidade ser

reconhecida pelo seu artesanato:as colchas de lã.

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Aline e Júnior, inovam a tecelagem carmelitana com conceitos modernos

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Empresários da região de Passos se uniram para a criação da Campanha

Turismo Solidário, que consiste em envolver pousadas, hotéis, restaurantes,

agências de turismo, postos de combustíveis e a sociedade na tarefa de

arrecadar recursos para o Hospital Regional do Câncer.

Já são parceiros a Revista Doce Mar de Minas, Folha da Manhã, Compadres

Turismo, Circuito Nascentes das Gerais, Píer JTR e Restaurante do Turvo.

As empresas podem participar de duas maneiras: como ponto de venda de

cupons para concorrer a prêmios, ou com a doação dos prêmios, como finais de

semana em pousadas e hotéis, passeios de barco, entre outras premiações.

Ao fazer a doação de 10 reais o turista ou qualquer interessado em ajudar

ganha um cupom para concorrer aos prêmios que serão sorteados de dois em

dois meses. O sorteio será realizado na sede do HRC e auditado pela Comissão

Regional do Hospital.

A Campanha Turismo Solidário busca parcerias para multiplicar sua missão.

Os interessados podem entrar em contato com o Setor de Captação de

Recursos pelo fone (35) 3522-6169.

TURISMO SOLIDÁRIO

TURISMO SOLIDÁRIO

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CAPA

de históriasO contador

“Em termos de literatura, independente do estilo, o padrão do mineiro de contar história é muito bom. Eu não preciso argumentar mais quando falo de Guimarães Rosa”.Dessa forma o diretor de teatro Gabriel Villela destaca o valor artístico do povo mineiro. Como bom mineiro que é, escolheu o palco do teatro para contar trágicas ou românticas histórias.

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Foi no cenário do seu sítio Esquen-talho, em Carmo do Rio Claro, sua terra na-tal, que Gabriel Villela concedeu essa entre-vista à revista Doce Mar de Minas. O visual não poderia ser melhor: o Lago de Furnas e ao longe a torre da Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, no Distrito do Itaci. A calmaria do ambiente rural contras-tava com a intensidade de informações do diretor de teatro, um dos mais con-ceituados e premiados da sua geração. Gabriel Villela se prepara para dirigir uma tragédia grega, mas a sua mais recente di-reção, “A Crônica da Casa Assassinada”, da obra do mineiro Lúcio Cardoso, adapta-da por Dib Carneiro, já foi indicada para o Prêmio Shell nas categorias: melhor dire-ção, melhor figurino; cenário e iluminação. No espetáculo, Villela retrata em pouco mais de uma hora a decadência da aristo-crata família mineira, de maneira intensa e reflexiva como ele mesmo é. Gabriel, des-de a adolescência, sabia que não sairia ile-so das experiências teatrais vivenciadas na Escola Monsenhor Mário Araújo Guima-rães, onde criou o Grupo Raízes, e desco-briu a sua vocação para a direção, cenogra-fia e figurino. “Eu tinha um olhar voltado

as questões que envolvem o regionalismo, mas ao se tornar diretor levou o regionalis-mo para o palco com maestria. Tanto que essa temática é uma de suas características e que o torna ainda mais premiado. O dire-tor estudou o regionalismo com afinco em Salamanca, na Espanha. Como ninguém ele sabe dosar a influência da cultura popular em uma cena.

Gabriel sempre buscou o teatro de qualidade. E é essa busca que leva para os palcos, em todas as suas peças. Na experi-ência vivida com o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, na encenação de Romeu e Ju-lieta, de Willian Shakespeare, a emoção e a dramaticidade se misturavam a elementos da cultura popular. O sucesso do espetácu-lo fez o Grupo Galpão percorrer o Brasil, vários países, e se apresentar em Londres no Shakespeare´s Globe Theatre. Esse su-cesso os levará novamente à capital inglesa, em 2012. Durante as Olimpíadas, Londres sediará evento cultural que homenageará o seu grande escritor com a encenação das suas 38 peças.

Desde o Ensino Médio, Gabriel já mostrava o seu espírito questionador. Através da arte procurava iluminar as ques-tões que envolviam a história da sua terra. Um dos casos pitorescos, em pleno apogeu dos seus 17 anos, foi a defesa do rocambo-le (um doce típico das festas carmelitanas) como ícone do município. O ano era 1977, a cidade comemorava seus 100 anos, e Ga-

“Eu tinha um olhar voltado para o

externo. Um olharainda intuitivo.

Se fosse um ator,seria um ator

medíocre. Eu queria uma carreira que

me levasse à virtude,que me tirasse das

trevas, da ignorância.Pela arte sechega à luz”.

para o externo. Um olhar ainda intuitivo. Se fosse um ator, seria um ator medíocre. Eu queria uma carreira que me levasse à vir-tude, que me tirasse das trevas, da ignorân-cia. Pela arte se chega à luz”, disse Gabriel. E que intuição!

Após concluir o 3º ano do Ensino Médio foi aprovado no curso de Artes Cê-nicas da USP-Universidade de São Paulo, ainda o melhor curso de teatro do país. No ambiente acadêmico se deparou com

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Tambores de Minas: o talentoso Milton Nascimento fez uma releitura de seus maiores sucessosao longo de trinta anos de carreira, com direção e produção de Gabriel Villela,

utilizando os elementos do folclore mineiro, em 1997

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Em uma típica fazenda, no

interior mineiro, foram dados os primeiros passos para realizar o sonho de compartilhar o aconchego de Minas com o mundo.

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sustentável e perene.

De tamanho generoso ou em formato delicado, cada peça traduz a excelência na fabricação, combinando tradição e modernidade. Elementos únicos, os móveis rústicos

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ambientes acolhedores e contemporâneos.

Um passeio pelo showroom da Dona Madeira é como estar em uma verdadeira casa mineira. Espaços internos, varanda, pérgola e quiosque exibem peças que contam histórias, com a madeira de demolição presente nos móveis, as tramas das peças feitas em tear manual e os objetos decorativos que conservam a cultura e os hábitos de Minas.

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briel defendia o doce (doado e arrematado nas festas beneficentes) como o mais demo-crático símbolo do município. A sua posição não foi aceita e como símbolo do município venceu a Flor de Liz.

O fato ganhou notoriedade e ficou conhecido como “rocambole comunista”. “O rocambole é a personificação da demo-cracia, da maior festa da cidade, uma festa de barraca que reúne ricos e pobres e foi responsável por criar a primeira estrutura arquitetônica de saúde da cidade”, exem-plificou. O episódio, apesar de amargo, aos 17 anos, também mostrou o Gabriel Villela cidadão, questionador das questões da sua Minas Gerais, da sua Carmo do Rio Claro, do seu país. Na sua experiência vivi-da pelo mundo, principalmente na Alema-nha, ele observa alguns fatos que acontece-rão no país. Um deles será a desconstrução das barragens hidrelétricas. “O know-how mudou muito e as formas de energia ga-nharão outros modelos”, enfatizou. Ainda segundo Gabriel, o homem aprendeu a vi-ver com a represa e está começando a tirar aquilo que ela tem de mais potente que é outra energia, aquela que agrega povos. “A nossa região é muito bonita e rica. Have-rá um momento em que Furnas se sentirá na obrigação, desde que pare de ser uma empresa de prática política somente e te-nha uma consciência humanista, de devol-

ver o que essa região produz para o mundo. A primeira coisa que fará é colocar um micro submarino de averiguação em águas médias para visitar as cidades submersas e as cavi-dades desse leito e, quem sabe, trazer um afresco ainda com pigmentos rupestres, e somar essa experiência à de Antonio Adau-to Leite, que preservou peças indígenas por mais de 50 anos e as doou para o município carmelitano, hoje preservadas no Museu do Índio, que leva o seu nome”, disse. E ainda questionou: “Só de rancho e de casa bonita não se forma a cultura em torno de um lago escultural como esse. Imaginem se tivésse-mos uma orquestra filarmônica de Furnas que se apresentasse nas cidades lindeiras”? Esse viés político é sentido quando o dire-tor fala sobre a próxima sucessão presiden-

cial. Para Gabriel, o senador Aécio Neves, ou o próximo candidato mineiro a presidência do país, só será eleito se o discurso for atra-vés das águas. “Minas é uma caixa d’água para abastecer o Brasil. Nós vamos perder o bonde, o trem e a esperança novamente se não apostarmos no legado da família de Aécio. Mas ele só será eleito se reinventar-se como o político que veio das águas”, disse. Na visão do diretor, sua terra natal vive uma fase de ouro com a inauguração do Museu do Índio Antônio Adauto Leite e o lança-mento do livro Genealogia da Família Vile-la de Carmo do Rio Claro. “O livro é uma radiografia que a doutora Ana Maria Vilela Soares se deu ao luxo de bancar, de mostrar a ascendência e descendência de uma famí-lia e entender o futuro jogando luz sobre o passado”. Sobre o Museu do Índio ele é en-fático ao afirmar que Antônio Adauto é uma das pessoas mais importantes da atualidade pela sua generosidade, pela doação cultural que fez ao município.

Prêmios

Desde a sua primeira atuação pro-fissional, Gabriel Villela conquistou vários prêmios pela direção, figurino e cenografia em mais de 30 espetáculos teatrais e shows. Gabriel também atuou como autor e rotei-rista. Entre os seus principais prêmios estão o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte); Prêmio Molière/SP, - Prêmio Apetesp/SP (Associação de Produtores de Espetácu-los Teatrais do Estado de São Paulo) Prêmio Molière/RJ; Prêmio Sharp/RJ; Prêmio Shell/RJ; Prêmio Mambembe.

“Haverá um momento em que Furnas se

sentirá na obrigação, desde que pare de ser uma empresa de prática política

somente e tenha uma consciência humanista, de devolver o que essa

região produz parao mundo”.

Em 2012, o Grupo Galpão comemorará os 20 anos da primeira apresentação do espetáculo Romeu e Julieta, dirigido por Gabriel Villela, e os 30 anos do Grupo. Entre as suas comemorações está a volta ao palco da peça Romeu e Julieta, que será apresentada em Londres, no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

A primeira apresentação acontecerá em maio durante as Olimpíadas, em Londres. Em comemoração aos 30 anos do Grupo, nas apresentações no Brasil, outras três peças farão parte da programação. O espetáculo Romeu e Julieta marcou a trajetória do Galpão e do diretor Gabriel Villela. Foi apresentado em 2000 no Shakespeare´s Globe Theatre e voltará ao mesmo palco a convite dos organizadores de evento cultural em homenagem a Shakespeare. As 38 peças do autor serão encenadas por grupos de 38 países durante as Olimpíadas de 2012. Nesta foto, Gabriel Villela com os eternos Romeu e Julieta: Eduardo Moreira e Inês Peixoto, acertando os detalhes para a retomada do espetáculo.

Grupo Galpão

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EMPREENDIMENTO

Imóveis de luxoganham mercado

Liliane Carneiro Costa, natural de Belo Horizonte, é engenheira e corretora de imóveis. Trabalhou aolado do pai, o empresário do setor de construção civil Carlos Carneiro Costa, por 20 anos.

É diretora da LCC Empreendimentos, com uma vasta experiência adquirida na Construtora Líder,onde passou pelos cargos de diretora de marketing, superintendente de negócios e diretora executiva.

Membro da diretoria da Socie-dade Mineira de Engenheiros na gestão de 1993 a 1995 e da diretoria da Fiabci (Fede-ração Internacional das Profissões Imobili-árias) entre 1997-1999, vice-presidente da ABMN (Associação Brasileira de Marketing e Negócios) no biênio 1997-1999, Liliane fala à Doce Mar de Minas sobre o mercado imobiliário de alto luxo no mundo e, princi-palmente, em Minas Gerais.

DMM-No mundo, o mercado imo-biliário está aquecido com investimen-tos constantes e expressivos. Em de-

corrência dessa realidade, o mercado imobiliário de luxo, nos segmentos co-mercial e residencial, conquistou no-vos espaços. Como você avalia essa ten-dência no Brasil e, especialmente, em Minas Gerais?

LILIANE - Sim, o mercado imobiliá-rio de luxo alcançou novos espaços, e es-pecialmente em Minas Gerais veio a se consolidar o segmento de condomínios. Um exemplo disso foi o sucesso do condo-mínio Olympus, bairro Vila da Serra, que para mim é um marco nesse segmento. Existia no passado certa resistência a esse

conceito do alto luxo em Minas, o que em São Paulo já era bem aceito. Hoje o minei-ro percebe que nos condomínios, seja de edifícios ou de residências, ele mora com mais segurança, mais qualidade de vida para toda a família, pois em geral esses condomínios vêm com lazer completo e o custo benefício é muito melhor. No caso do Olympus, que estou comercializando com muito sucesso, para a Lider Cyrela, até golfe executivo com drive range, ga-rage band, piscinas aquecidas e lago para caminhadas vêm incluídos neste pacote. E a ideia de condomínio está só começan-

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do. O ideal é cada vez mais serem criados polos de convivência em grandes áreas, para que as pessoas tenham residência e trabalho próximo. Ou seja, o mix de con-domínios residenciais, com comércio in-tegrado.

DMM-Esse momento positivo para o setor imobiliário reflete o bom mo-mento do Brasil como país emergente?

LILIANE - Realmente, o Brasil vive um bom momento imobiliário, em todos os segmentos. Mas eu diria que principal-mente no médio e baixo padrão existe uma demanda enorme. Então este seg-mento está crescendo e ainda vai crescer muito mais. E é claro que quando a cons-trução civil cresce, o país cresce. E isto é muito bom para o Brasil como país emer-gente. É uma oportunidade do país real-mente crescer. A indústria da construção civil é uma grande geradora de empregos. E de uma mão de obra que vem se qualifi-cando. É a hora então, na minha opinião, de continuarem os programas e financia-mentos pra este segmento que é realmen-te um impulso na economia do país.

DMM-A previsão do mercado imo-biliário para os países emergentes é de alta para os próximos anos?

LILIANE - Talvez não para todos os países emergentes, isto varia muito de país para país. Mas no Brasil, se a economia con-tinuar estável e a política do governo no caminho que está, sim. E para os próximos dois anos ainda tem a Copa de 2014 que vai acelerar algumas obras, o que é bom.

DMM-Em Minas Gerais, o que ca-racteriza o setor de imóveis de luxo?

LILIANE - Em Minas o setor de alto luxo é exigente e ao mesmo tempo que gosta de inovações é conservador na hora de fazer negócios e na escolha de proje-tos. O mineiro gosta de saber de quem está comprando, principalmente se for comprar na planta, e compra menos por impulso, comparando com paulistas e ca-riocas. Em Belo Horizonte, está surgindo um novo polo de desenvolvimento que é o vetor Norte, impulsionado pela cidade administrativa e sua localização estratégi-

ca em direção ao aeroporto internacional. E alguns condomínios foram lançados, nesta região, com campo de golfe, fly inn e todo o conforto que o alto luxo pede.

DMM-Qual o perfil desse novo consumidor em Minas?

LILIANE - O consumidor de alto luxo investe não só na sua moradia, mas no mer-cado imobiliário como um todo. Investe em projetos de segunda moradia, eu mesma comercializei muitas unidades através da minha imobiliária no Terramare, em Gua-pé. Esse mesmo consumidor sempre inves-te em imóveis comerciais, o que é muito bom para locação. Tem investido também em Miami e justamente por isso criei uma empresa para atender esses clientes com o escritório Décio Freire Advogados e a advo-gada Genilde Guerra. Em resumo, o consu-midor de alto luxo investe para uso próprio mas também acompanha as tendências e monta um portfólio de investimento para ter renda e para ganhar junto com o cresci-mento do mercado.

DMM-Recentemente, em edição

do jornal O Estado de São Paulo, a re-gião do Lago de Furnas foi considerada o novo paraíso de milionários. Como você avalia essa afirmação do jornal? No mercado imobiliário, essa declara-ção tem se confirmado?

LILIANE - O Lago de Furnas, como eu disse anteriormente, é uma ótima op-ção para investimento em segunda mo-

radia. Realmente, achei a matéria do Es-tado de São Paulo muito boa. Mas não vejo apenas como opção para milionários. O lago apresenta várias opções de inves-timento. É uma excelente opção de la-zer, principalmente para os mineiros, claro, mas também para todo o Brasil. O mar de Minas, como diz esta revis-ta, é um paraíso para ser usufruído com responsabilidade ambiental por todos. E nas proximidades de Escarpas do Lago, primeiro grande lançamento da região que hoje já tem 600 residências vêm sur-gindo outras opções. O cliente pode com-prar desde um rancho no lago, a uma casa estilo loft no Mirante de Escarpas, ou um terreno no Terramare Península e proje-tar sua casa, ou ter um lote em um fly inn e descer de avião na porta da sua casa. A matéria enfatizou mais o lado da classe A, mas o lago tem muitas opções.

DMM-Você é uma das empresárias de destaque do setor imobiliário em Minas Gerais. Como foi conquistar esse espaço, ainda tão masculino?

LILIANE - Eu sou engenheira e corre-tora de imóveis. Trabalhei ao lado do meu pai Carlos Carneiro Costa, por 20 anos. Então cresci em um universo masculino que hoje tem muitas mulheres. Toda con-quista é feita dia a dia. Costumo dizer que o que conquistei realmente foi com muito trabalho, dedicação, amor aos meus filhos, fé em Deus e acima de tudo muita simpli-cidade. Tenho muita atenção com as pes-

Maquete do Condomínio Grand Lider Olympus e o Edifício Cronos, em Belo Horizonte

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34 | DOCE MAR DE MINAS

tando de alto luxo. Ele é especial des-de o atendimento, feito um a um, até a entrega final do produto. Tanto a Lider quanto a Cyrela, têm um time altamen-te qualificado. E para atender melhor meus clientes abri recentemente a LCC Imóveis em frente ao BH Shopping, no Belvedere One. E espero vocês leitores lá, para um café com pão de queijo, na avenida Luiz Paulo Franco 963, loja 08, te-lefone (31) 3564-6000, e-mail: liliane@ lccempreendimentos.com.br.

DMM-Conforme pesquisas divul-gadas no Atualuxo, o brasileiro tem re-lação muito próxima com a beleza, a estética e a natureza. Para o mercado imobiliário essas questões são favorá-veis ou dificultam o processo de cria-ção de novos empreendimentos?

LILIANE - Beleza, estética e nature-za nunca prejudicam nada, só ajudam. Principalmente no alto luxo. E para o processo de criação então, todo arqui-teto adora! Cabe aos engenheiros a construção e aos corretores entende-rem o que o cliente quer e realizarem um bom negócio para todas as partes. Todo negócio só é bom quando é bom para todo mundo.

soas que trabalham comigo. Nunca me acho melhor que ninguém e sempre estou apren-dendo algo novo. Sei escutar “sim” e escu-tar “não”. Aprendi que escutar “não” é muito bom, porque segundo a estatística, se você escutar muito “não”, uma hora você vai escu-tar “sim”, se houver dedicação, claro. Então, se nesse universo masculino algumas vezes escutei ou senti um “não”, sempre pensei positivo nos futuros “sins”.

DMM-Conforme dados divul-gados no Atualuxo, congresso sobre mercado de luxo realizado em São Paulo, com a crise mundial de 2009 o comportamento do consumidor foi profundamente alterado. No setor imobiliário essa mudança foi signifi-cativa? Quais os valores que o inves-tidor associa ao mercado imobiliário de luxo?

LILIANE - A mudança do consumidor de alto luxo que percebo é uma compra bem planejada. O mercado está globali-zado, o consumidor tem muitas informa-ções, age com cautela. E gosta de ser bem assessorado. Pensando nisso ofereço aos meus clientes uma boa consultoria para investimentos e por isso tenho bons par-ceiros comigo. Tenho uma empresa só para consultoria de negócios junto com o engenheiro Roberto Raso. Então a mu-dança que vejo é positiva, pois pensando melhor e com mais cautela o investidor faz melhores negócios. Quanto aos valo-

res do mercado de alto luxo, principalmente em nível de produto, o que manda é: ino-var sempre, fazer o impossí-vel ser possível, fazer cada dia melhor, mais bem feito, com tecnologia, bom projeto, com sustentabilidade, com conforto, segurança, espaço e moderni-dade. Outra coisa que conta no alto luxo é grife, porque grife é assinatura e assina-tura na maioria das vezes não é só status, mas é também liquidez na hora de vender. A referência de um bom nome é sempre importante.

DMM-De que maneira a LCC apli-ca esse novo padrão de comportamen-to aos seus investimentos?

LILIANE - A LCC Empreendimentos atende seus clientes com seriedade e res-ponsabilidade. Procuro sempre entender a demanda do cliente e o que realmente ele quer. Tenho um time de corretores dedicados e focados em oferecer ótimas opções de investimentos imobiliários para o cliente. Trabalhamos com imóveis avul-sos, de várias construtoras, com terrenos e com locação. Também trabalhamos com lançamentos imobiliários, em que o clien-te compra na planta. Neste novo perfil de cliente, em que a exigência é maior, es-tamos prontos a atender, pois realmente prestamos uma consultoria imobiliária. O Grand Lider Olympus é um exemplo, pois é um condomínio único em se tra-

Um condomínio único em se tratando de

alto luxo. Ele é especial desde o atendimento,

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DESTAQUE

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Piloto de Guapévence circuito na InglaterraO piloto guapeense Victor Corrêa venceu no dia 27 de julho a 8ª etapa do European F-3 Open,que aconteceu no tradicional circuito inglês de Brands Hatch. É a segunda vitória do mineirona competição, na qual ocupa agora a terceira posição, com 52 pontos. O piloto, que reside na Inglaterra, é patrocinado pela Prefeitura de Guapé e busca conquistar o título da temporada. Também é patrocinado pelo Terramare Península, empreendimento turístico imobiliário em Guapé, e pela Unifenas.

“Estou muito feliz com esta se-gunda vitória. O carro estava bom na corrida e agora o meu foco será buscar a liderança nas próximas etapas para fi-car cada vez mais na briga pelo título da temporada”, comemorou o mineiro Victor Corrêa.

“Gostaria de agradecer o apoio que venho receben-do dos meus patrocinado-res, especialmente a Prefei-tura Municipal de Guapé e o empreendimento turístico imobiliário Terramare Penín-sula, sem os quais não po-deria alcançar nossos objeti-vos,” enfatizou o piloto.

Victor largou na pole position, mas seu carro per-deu a tração na largada e o piloto suíço Alex Fontana, que fez 69 pontos, assumiu a ponta, onde permaneceu nas cinco primeiras voltas. Fazendo pressão em cima do suíço, no início da sexta volta, o minei-ro conquistou a ponta quando Fonta-na saiu da pista.

“Acelerei demais na largada e meu carro chegou a ficar de lado. Por isso perdi a ponta. Depois que os pneus es-quentaram é que pude aumentar o rit-mo e após assumir a liderança, que fi-quei administrando até a bandeirada”, conta Victor.

A quinta rodada dupla do Europe-an F-3 Open ocorre nos dias 17 e 18 de setembro, desta vez em Algarve, Portu-gal. O European F-3 Open é composto por 16 corridas em sistema de rodadas duplas com etapas na Espanha, Bélgi-

ca, França, Inglaterra e Itália. Já foram disputadas provas na Espanha, França e Bélgica.

O prefeito de Guapé, Nelson Alves Lara, que aposta no piloto guapeense, comentou: “para nós é uma alegria sa-ber que um mineiro está brilhando no

automobilismo lá fora. Acre-ditamos no talento do Victor e estamos aqui para ajudar. Agora é torcer para que ele faça bonito novamente no mês de setembro em Portugal”.

Jayme Resende, idealiza-dor do Terramare Península e co-patrocinador do piloto guapeense, também ressalta as qualidades do filho dessa terra e a importância do apoio a novos e promissores talen-tos como Victor Corrêa.

“Vencer em Brands Hatch, templo do automobilismo mundial, a exemplo de Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emer-son Fittipaldi e Rubens Barrichello, é o caminho certo para grandes pilotos que almejam a Fórmula 1”, comenta.

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ARQUITETURA

protagonista absolutaA natureza como

Meus pais, paulistas, compraram terras na beira da represa de Furnas e passei toda minha vida às voltas dessa região maravilhosa. Meu pai, um exímio navegante, nos levava por dias para navegar pelo Rio Grande e conhecer quantas cachoeiras nos fosse possível

Foram nessas aventuras que percebi como a preci-são e o planejamento nos permitiam navegar. Por essa rela-ção com o meio me identifiquei como arquiteta. Formei-me há oito anos pelo Mackenzie e, hoje, residindo em São Pau-lo, navego pelos projetos que me são solicitados.

Minha linguagem encontra muita expressão nos tem-pos atuais, quando a consciência de cada um convida à sus-tentabilidade. O desenvolvimento de projetos que têm esta

prioridade nos leva às soluções cada vez mais interessantes e singulares, pois estão em diálogo íntimo e permanente com a natureza.

A natureza sempre se apresentando como sendo a pro-tagonista absoluta, é uma característica dos meus projetos. A experiência que despertou minha sensibilidade para essa consciência foi o projeto de uma pousada em Jericoacoara, no Ceará.

por Mylena Benetti

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O terreno das edificações, muito irregular e de difícil acesso, exigiu cál-culos muito precisos no projeto e mão de obra especializada. A viabilidade de grandes obras com concepções inova-doras exige seriedade na gestão e pla-nejamento, pois a tecnologia agrega-da está sempre em torno das mentes envolvidas no projeto e no tempo que nos é proposto para realizar os sonhos dos clientes.

São ideias conscientes e com-prometidas. É a relação harmônica do meio com o homem, que se aplicadas fomentarão uma nova tecnologia para o futuro, repensando os tempos por-vindouros.

A nossa protagonista, por tão exu-berante, era ao mesmo tempo hostil e inóspita.

Solo árido, vegetação rasteira e dunas à beira mar, onde o vento cor-ta a 28 knots, aproximadamente 60 km/h. As zonas de conforto foram criadas desmembrando estrategica-mente os ambientes e as edificações, gerando assim um microclima para o paisagismo.

Percebemos que a aridez seria um fator muito desgastante para a maturi-dade do projeto e que, se houvesse a presença da água, se criaria um oásis. A solução foi utilizar cataventos para bombear a água do lençol freático para os reservatórios e outro catavento para o bombeamento dos fluxos de água que percorrem, por canaletas, todos os ambientes com espelhos d’água, ir-rigando todo o terreno e criando um sí-tio de coqueiros e jardins.

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Mylena Benetti, 32,arquiteta e nascente das Gerais

No contexto da arquitetura, ela-borar o espaço a partir dos recursos naturais nos faz observar mais profun-damente a nossa cultura e como te-mos uma riqueza inigualável de solu-ções. Esta interação com o manuseio da matéria-prima é empírico e primiti-vo do ser humano.

A madeira é a que me desperta mais curiosidade pela sua plasticidade orgâni-ca e infinitas possibilidades de encaixes e desenhos. Nesse projeto, me aprofundei sobre as técnicas construtivas em madei-ra, onde o objetivo era transcender o am-biente primitivo de uma oca.

Neste complexo de uso priva-do, a oca central possui um vazio de uma arcada de 22 metros, que abraça a barra íntima inferior das suítes prin-cipais, e no nível superior onde estão as áreas sociais, geraram-se soluções inovadoras de encaixes e manuseio do eucalipto.

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harmonia do espaço

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SUSTENTABILIDADE

em pedaços!Tentação

Os doces de Carmo do Rio Claro são servidos em muitas festas do país

Quem visita Minas Gerais sabe que a sua culinária é marcada pelos seus tradicionais doces. Produzidos, ini-cialmente, nas grandes fazendas com a fartura de frutas e do leite, conquista-ram o paladar dos mineiros e se incor-poraram à sua culinária. Nas casas, nos restaurantes e nas confeitarias as ofertas são tentadoras.

Entre as calmas montanhas de Mi-nas, as ocasiões especiais exigiam sobre-mesas especiais. Assim, as senhoras das fazendas produziam os doces de frutas que eram difundidos na alta sociedade. Hoje todos podem degustar essas delí-cias, que continuam sendo produzidas para ocasiões especiais. Carmo do Rio

Claro não fugiu à tradição mineira, ao contrário, aperfeiçoou-a e se tornou co-nhecida pelos seus doces cristalizados.

A delicadeza dos doces carmelita-nos exige muita paciência. É uma arte em constante desenvolvimento, pois as frutas são delicadamente bordadas. O mamão ganha traços e os desenhos se contrastam entre o verde da casca e da polpa, formando delicadas figuras. O mesmo acontece com a abóbora. Esses desenhos deram requinte e tor-naram as doceiras carmelitanas reco-nhecidas entre os melhores bufês do país. Tanto que na última viagem do presidente dos Estados Unidos, Bara-ck Obama, ao Brasil, os doces carmeli-

tanos foram servidos em cerimônia no Palácio do Planalto.

As doceiras carmelitanas represen-tam um segmento econômico da cida-de. Nos dias atuais, a doceira mais an-tiga é Tereza de Carvalho. Com mais de 80 anos, Tereza mantém a sua produção no centro da cidade. Uma parada obri-gatória para os turistas.

Os doces do Obama

Os doces oferecidos em cerimô-nia no Palácio do Planalto à comitiva do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foram produzidos na Fábrica de Doces Art Minas. Dirigida por Ario-

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em pedaços! valdo Moura há um ano, a Art Minas tem buscado novas lei-turas para os doces carmelitanos, adequando-se a um novo tempo. Entre seus lançamentos estão os doces de mamão personalizados e as minicompotas.

O início

A arte do doce carmelitano começou com Nicota Vilela, no início do século passado. No Colégio Sagrados Corações, onde estudava, viu um doce de mamão cristalizado e procu-rou reproduzi-lo. Ela acabou por bordar o mamão e a abóbora. Os traços foram aprimorados e os doces ganharam fama, rom-

pendo as fronteiras da cida-de. Além do doce de fruta cristalizado, Nicota mostrou a sua habilidade em vários doces de festa como o tron-quinho, bolinha de coco, bola de cristal, fita de coco e dois amores, especialida-des carmelitanas que são produzidas com leite, coco, amendoim, nozes e poste-riormente glaçados.

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GASTRONOMIA

Empório 48As delícias do

Bem na entrada de Capitólio fica o Restaurante Empório 48, comandado apenas há oito mesespelo casal Ester Pinto de Oliveira Guimarães e Roberto Simiana Guimarães. A experiência deles

vem de longa data. Em Betim, região metropolitana da capital mineira, há 19 anos, eles administramjunto com o filho Alexandre Henrique o Restaurante Fogão de Minas. O destino os levou a conhecer

o doce mar de Minas e então abriram o Restaurante Empório 48. Apaixonaram-se pelosencantos do lago e seguem dividindo a vida entre Betim e Capitólio.

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mendas. A atividade que começou fazendo para os aniversários dos quatro filhos, conquistou os amigos e lhe abriu uma nova oportunidade de negócio.

A casa, que tem ambientação rústica, se prepara para abrir o seu espaço para confraternizações, fes-tas e noites temáticas, além do aten-dimento personalizado de buffet para refeições em casa.

Para que todos esses serviços se-jam eficientes e tenham a qualidade do Empório 48, o treinamento é fei-to por Dona Ester que afirma: “para tudo dar certo é preciso por uma pi-tada do coração na panela”.

Experiência, portanto, é o que não lhes falta, além de outro ingre-diente importante: o amor do casal. No bate-papo com a equipe da revista Doce Mar de Minas, o encantamento de Dona Ester pela atividade era per-cebida a cada receita, nos detalhamen-tos dos pratos.

O diferencial do Empório 48 co-meça no preparo dos temperos, to-dos exclusivamente caseiros. A fartura da mesa mineira está no cardápio, do self-service dos finais de semana ao à La Carte durante a semana. A diversi-dade de pratos é marcante no restau-rante, com destaque para a linguiça de lombo, fabricação própria, e o torres-mo à pururuca, especialidades da casa. As tradicionais parmegianas à Moda do Empório 48 (boi ou peixe) são as mais pedidas pelos clientes. O próximo lan-

çamento será a Rabada com Mandioca, sucesso do restaurante em Betim.

Dona Ester é mesmo especial. Natural do Norte de Minas apren-deu, desde menina, a cozinhar com a mãe e as irmãs. Na cozinha é mestre nos pratos salgados como nos doces, segmento pelo qual tem um carinho todo especial. Tanto é que a mesa de sobremesa é farta de receitas diferen-ciadas como o doce de maçã com cal-da de maracujá, doce da raiz do ma-mão e os essencialmente mineiros como a goiabada, doce de leite, am-brosia, doce de banana e muitos ou-tros sabores. O desafio de Dona Es-ter é deixar tudo gostoso, como são tradicionalmente os doces mineiros, sem o excesso de açúcar.

Ainda no Empório 48, Dona Es-ter monta bolos de festas sob enco-

Empório 48Rua Dr. Avelino de Queiroz, 2500

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Ingredientes:2 litros de leite300 grs. de açúcar cristal5 ovos6 cravosTirinhas de casca de limão verde

Preparo:Coloque o leite com o açúcar, cravo e a casca de limão em tacho ou panela de boca larga. Leve ao

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Os doces de Minas Gerais são mesmo uma perdição! Para essa edição,Dona Ester cedeu uma receita tradicional e deliciosa: Ambrosia do Empório 48

fogo e mexa até o açúcar dissolver. Bata os ovos até ficarem bem firmes. Coloque sobre o leite fervendo e não mexa.Abaixe o fogo e deixe os ovos cozinharem por cerca de 10 minutos. Depois, com a espumadeira, vire os pedaços dos ovos para cozinharem do outro lado. De vez em quando, mexa o fundo do tacho para não deixar agarrar ou queimar. Quando o leite secar e ficar grossinho (ponto de mingau) está pronto. Sirva gelado. imagem: www.docedocinhos.com

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Arrisco dizer que em 2015 esta realidade será extremamente positi-va e consolidada. Sugiro que os clu-bes sociais urbanos construam sedes náuticas. A criação de parques popu-lares com acesso irrestrito, por meio da ação pública. Festival de verão com músicas, esportes e com a presença da juventude; um calendário bem distri-buído e divulgado.

As prefeituras têm hoje profis-sionais de turismo e seus orçamentos já contemplam a rubrica “turismo”, ponto para o turismo. Os desafios são oportunidades de criar êxitos, desde que bem planejados.

Os pioneiros, Dr. Marcos Mendes, George Normam, José Afonso (Furnas-tur), Valéria Vieira (Pousada do Porto), a ALAGO (coordenada pelo compe-tente Fausto Costa), Furnas Centrais Elétricas, entre tantos, merecem nos-sa referência. Tenho absoluta convic-ção de que o turismo avançará muito, como fonte de renda, de satisfação e de ação modificadora da região. 2015 está chegando. Não esqueça!

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ARTIGO

você mereceLago de Furnas,

É obvio que o grande diferencial do Lago de Furnas é a sua dimensão. A implantação e o desenvolvimento do turismo no seu entorno também se de-vem à sua ótima localização, seus atra-tivos naturais, sua história, os esportes náuticos e, principalmente, à população receptiva.

Temos uma culinária saborosa, te-mos hospedagem com conforto e preços justos. É crescente o número da segun-da residência (rancho) com bom gosto e cuidado ambiental. Hotéis, pousadas prontas ou em construção, com pro-jetos fantásticos. Para dar sustentação, temos a presença concreta do Governo de Minas Gerais trazendo pavimentação nas estradas internas (Guapé – Pimen-ta, Carmo do Rio Claro – Campo do Meio), em breve uma realidade. Como também são os aeroportos de Piumhi, Passos e Varginha, este último com voos para o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A Secretaria de Turismo de-dica especial atenção, inclusive, às cida-des do entorno do lago que fazem parte de três circuitos turísticos.

No saneamento são várias as esta-ções de tratamento de esgoto. A água voltando limpa para o lago é ponto para o turismo e traduz o respeito ao meio ambiente pela população local e pelas autoridades. O lago está pronto, os in-vestimentos na hospedagem são fatos concretos.

“Ir para Furnas” tem significado de bom gosto e modernidade. Nossa loca-lização atrai os moradores do interior de São Paulo e da capital mineira, po-pulação esta que encontra no Lago de Furnas, lazer e diversão com segurança.

Na região do Lago de Furnas se pratica o turismo na água, na terra e no ar. Eventos esportivos já fazem parte do calendário brasileiro. A pesca esportiva, segunda modalidade mais praticada no mundo, tem no lago espaço ideal, varie-dade e comodidade. Torneios são reali-zados com sucesso e atraem pescado-res de todo o Brasil. A piscicultura em tanque de rede está consolidada, geran-do renda e avançando na forma de pro-duzir alimentos com tecnologia.

Desafios com abastecimento de lanchas, aeroportos com voos regula-res, queimadas da vegetação merecem a nossa atenção e ação. A união do pú-blico privado atrairá as soluções.

O lazer, a pesca esportiva, o uso múltiplo do lago, afinal a água é o maior atrativo do mundo, nos deixam otimis-tas com o turismo. A culinária, a hospe-dagem, a estrutura viária, segurança, mineirice, atrativos culturais, naturais e esportivos vão se unindo e fazendo da região um destino turístico. Com a me-lhoria da renda do brasileiro, viajar vi-rou paixão com facilidade.

Ângelo Leite Pereira, ex-prefeito de Carmo do Rio Claro, idealizador da ALAGO (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) e membro da Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Como executivo, nessas funções, foi um dos grandes incentivadores do turismo na região dos 34 municípios que formam a ALAGO.

por Ângelo Leite Pereira

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NÁUTICA

oportunidadesUm mar de

O crescimento do mercado náutico é uma realidade, conforme dados da última feira do setor realizada no primeiro semestre, no Rio de Janeiro. Na região do doce mar de Minas, em Capitólio, Geraldo Ozanan Guerra mantém há 15 anos a Guerra Náutica, loja especializada na venda de barcos e acessórios. Segundo Guerra, o aquecimento do mercado náutico é uma realidade, também, na região do Lago de Furnas.

Para Guerra, em Capitólio, o crescimento do mer-cado reflete a boa estruturação do Clube Escarpas do Lago, que dispõe de garagens, marina e píer para aten-der à demanda dos usuários de embarcações.

Tecnologia e conforto são o que atrai mais os clien-tes. Hoje as embarcações estão cada vez maiores e ofere-cem duas ou três cabines, banheiro, cozinha gourmet e a

possibilidade de ter a tecnologia a seu dispor dentro das embarcações. Essa comodidade proporciona condições de navegação e lazer por mais tempo.

Além dessas vantagens e das boas condições que o Clube Escarpas do Lago oferece, Guerra destaca a mu-dança no perfil do investidor, o que de certa forma ala-vanca o aumento das vendas. “Quando iniciei essa ativi-

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dade, o cliente era aquele já estabilizado financeiramente para adquirir um barco. Hoje, além desse público, temos investidores mais jovens, a partir dos 30 anos, que ainda estão construindo seu patrimônio, mas querem usufruir agora do lazer e do conforto”, relata.

Para os apaixonados pelo Lago, a Guerra Náuti-ca oferece outros equipamentos de lazer como Jet Ski, Quadriciclo, Jet Boat e acessórios para embarcações e esportes náuticos. A entrega técnica também faz parte de seus procedimentos, para que o cliente conheça toda a infraestrutura da embarcação. Guerra também coloca à disposição de seus clientes um instrutor por dois ou três dias, para que possa pilotar a embarcação com se-gurança.

Em Minas Gerais a Guerra Náutica é representante oficial da Focker, mas também representa as marcas BRP Can-Am, Spyder e Armada. A empresa vive um novo mo-mento de boas oportunidades.

Jovem empresário

A paixão por barcos levou o jovem empresário Túlio Afonso Ricardo a investir na criação de um estaleiro em Con-tagem, MG. Natural de Belo Horizonte, mas frequentador de Escarpas do Lago desde os 10 anos, Túlio cresceu vivencian-do a paixão pelo lago e por embarcações.

Profissional da área de Programação Visual, Túlio bus-cou todas as informações para construir o seu próprio barco. Tudo começou com uma viagem ao Rio de Janeiro onde co-nheceu um engenheiro naval. A partir desse encontro, a du-pla iniciou um projeto para a criação do Diamond Yachts, o primeiro modelo de barcos do estaleiro mineiro.

O barco de 30 pés (9,14 metros) tem capacidade para 12 pessoas com conforto e requinte. Logo após seu lançamento fo-ram vendidos cinco barcos para clientes da Bahia, Goiânia e Mi-nas Gerais, o que surpreendeu os novos empresários. Para no-vos pedidos o prazo de entrega é de aproximadamente 45 dias. Os próximos modelos desenvolvidos pela Diamond serão de 19, 23 e 26 pés, com lançamento previsto para 2012. Para Tú-lio, o crescimento desse mercado está só começando.

“Hoje, além desse

público, temos

investidores mais

jovens, a partir dos

30 anos, que ainda

estão construindo

seu patrimônio, mas

querem usufruir agora

do lazer e do conforto”Geraldo Guerra nos conta detalhes sobre o aquecimento do mercado náutico

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Segredosdo lago

Navegar pelo Lago de Furnas é lazer para uns e trabalho para outros. Ivan Antônio Ávila pilota barcos e lanchas há 25 anos. Conhece os segredos do lago e afirma que a sua casa é o doce mar de Minas.

Natural de Guapé, cidade banhada pelo lago, co-nheceu cada pedacinho da região antes de optar por atender aos turistas que querem navegar pelo doce mar de Minas.

Hoje divide seu tempo entre Guapé e o balneário Escarpas do Lago, no município de Capitólio. Segundo Ivan, os locais mais procurados pelos turistas são a Ca-choeira do Sabiá, Cânions e o Arraial de Santo Hilário.

Com infraestrutura e conforto, Ivan mantém lan-chas de aluguel para turistas. Os pilotos das embarca-ções são credenciados pela Marinha do Brasil e conhe-cem, como ele, os segredos do lago.

A maior procura pelo serviço é sempre no período do verão, mas a busca pelas belezas do Lago de Furnas tem se mantido nos feriados e, até mesmo, durante o inverno, que geralmente oferece dias de céu límpido para apreciar as paisagens do lago.

Os paulistas são a maioria, mas os cariocas já des-cobriram a região e têm cada vez mais buscado os en-cantos do mar de água doce dos mineiros.

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PALAVRA DO TURISTA

ao namoroUm convite

O casal Renato Blotta e Marlei Cardoso Pinheiro Costa, conheceu a região do doce mar de Minas, em julho, por meio da Compa-dres Turismo, acompanhando um grupo de turistas de São Paulo e Florianópolis. As bele-zas do Lago de Furnas, da Serra da Canastra e o aconchego das cidades do entorno surpre-enderam o casal.

Renato é administrador de empresas apo-sentado pela Santista Têxtil, hoje Tavex Corpo-ration. Marlei também é aposentada.

O encantamento com a região foi tão grande que eles a compararam com a Itália. “Acredito que a Itália é o país mais belo que conheci, mas essa região é tão bela quanto”, disse Marlei. Renato, muito emocionado, afir-mou que a beleza dos paredões dos cânions se iguala à da Gruta Azul de Capri, na Itália.

“Como a natureza conseguiu criar isso, uma das maravilhas do mundo? A gente se sente como adolescentes descobrindo a vida, é um convite ao namoro!”, disseram.

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Local: Píer JTR/Terramare Península – Guapé/MG

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AVENTURA

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Cachoeira Diquadinha

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Rap

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O entorno do Lago de Furnas com suas montanhas, cânions e cachoeiras é um cenário perfeito para a prática do rapel em Minas

Com esse presente da natureza, jovens apaixonados pela escalada iniciaram a prática na década de 90. Sanner Moraes de Oliveira é um deles. Ele se encantou pelo es-porte e hoje acompanha grupos de turistas em dois pas-seios que realiza nessa região: O Dia Radical e Travessias da Canastra.

O espírito livre, curioso, aventureiro e o encanta-mento pela geografia que contorna o Lago de Furnas, fizeram com que o rapel entrasse na sua vida com tanta paixão que ele se transformou em profissional. Sanner descobriu a região aos poucos, na medida em que pas-sava da adolescência para a juventude. Esse decifrar dos mistérios da natureza, associado à sua constante capaci-tação, lhe dá condições de guiar com segurança aqueles que querem praticar esse esporte radical, a descida verti-cal de paredões e vãos livres com cordas e equipamentos de segurança, ou o cascading (cachoeirismo), que tam-bém utiliza a técnica do rapel para verticalmente descer uma cachoeira.

Nos dois roteiros que oferece aos turistas, Sanner as-socia o rapel a outras atividades esportivas. No Dia Radi-cal, por exemplo, ele incluiu trekking, marcha aquática e rapel, levando o esportista ao desafio da caminhada em trilhas na água e escaladas de serras ou paredões.

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Esses desafios não faltam nas ci-dades de São João Batista do Glória, São José da Barra e Capitólio, numa região privilegiada pela beleza e imensidão do Lago de Furnas.

No passeio Travessias da Ca-nastra o trajeto é de 10 km. É uma boa opção para aqueles que curtem apreciar a natureza e a diversidade da flora oriunda da vegetação do Cerrado. Tudo isso com direito a al-moço e lanches, saboreando os deli-ciosos quitutes mineiros em belas e acolhedoras pousadas.

Rapel

Nos paredões rochosos, forma-dos no entorno do Lago de Furnas, a altura média é de 40 metros, de-pendendo do período do ano, con-forme o volume de água no lago. Na região dos cânions, a chegada por cima dos paredões é feita pela Rodovia MG 050, ou por helicópte-ro, atentando para uma rede elétri-ca doméstica e sem sinalização que cruza o vão principal do cânion.

Já para os que chegam pela água, é necessário passar por uma trilha bem íngreme para atingir o topo das paredes. A descida da Ca-

Uma sensação indescritível, pura adrenalina, respeitando a natureza e todaa sua intensidade

Paraíso Proibido

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choeira Principal do cânion é a mais tradicional e termina com um delicioso banho no lago, poden-do os praticantes finalizar a aventura a bordo de suas lanchas.

Outra descida magnífica é feita na Fenda da Esfinge, considerada uma das mais belas. Tem in-clinação perpendicular e confinamento na saída, o que gera uma sensação indescritível, aumentando a adrenalina. São 45 metros de descida, o que exi-ge uma boa preparação. Na Cachoeira do Sabiá a chegada se dá por barco ou por trilha. A descida é de 25 metros.

Segundo Sanner, embora a maior procura pelo rapel seja no verão, o melhor período para a práti-ca é na primavera, quando a água está mais crista-lina e as condições climáticas são mais favoráveis. No verão há os riscos das tempestades de raios e chuvas, o que exige maior atenção e cuidados. San-ner ainda ressalta a importância de respeitar a na-tureza e toda a sua intensidade.

Topo da Esfinge

Sanner na fenda do Topo da Esfinge

Cachoeira do Grito

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GALERIA

Evento Magic Day no Pier JTR

O dia 13 de agosto estava mesmo muito especial. O reflexo do céu azul e das inúmeras lanchas, nas águas no lago, marcaram com muita alegria o Magic Day. O evento promovido pela Guerra Náutica e pela Fibraforte reuniu seus clientes de mais de 15 anos no point mais badalado do Lago de Furnas, o Restaurante e Bar Píer JTR.

Imagens: Mauricio Elias

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ESPORTES

diplomacia e elegânciaJogadas de

Esporte e lazer no Clube Escarpas do Lago reúne tenistasde São Pauloe Minas Gerais

O 16º Campeonato de Tênis de Escarpas do Lago, realizado de 22 a 24 de julho, reuniu apaixonados pelo tênis de Minas Gerais e São Paulo. Organizado pela Casalechi Eventos Esportivos há 13 anos, o torneio reu-niu 80 competidores e premiou 10 duplas que se revesa-ram nas quadras durante os três dias do evento. O cam-peonato é realizado tradicionalmente durante o feriado de Corpus Christi, mas em 2011, excepcionalmente, foi realizado no mês de julho.

O Clube Escarpas do Lago comemorará em 2012 seus 30 anos de fundação, dos quais o tênis faz parte da sua história. O campeonato foi criado pelo atual pre-sidente, Hélio Eduardo Soares Queiroz e incorporado

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pela Casalechi que profissionalizou o evento. O torneio motivou a participação no esporte. No clube, o número de quadras aumentou de três para seis.

Flávio Casalechi, que organiza a competição, afir-ma que esse torneio é um momento de descontração para os participantes. “É um torneio social. É um cam-peonato de amadores organizado de forma profissio-nal. Há uma competição, mas os tenistas interagem com momentos de lazer no clube, ao mesmo tempo testam suas habilidades na quadra”, esclarece. Além da possibilidade de unir o esporte ao lazer, os participan-tes usam esse momento para conhecerem pessoas e se relacionarem.

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Na competição de 2011, Flávio desta-ca a participação de Daniel Gonzales, que estuda nos Estados Unidos, onde pratica o esporte e participa de competições univer-sitárias.

O tênis é o esporte preferido de em-presários e diretores, pois as jogadas exi-gem diplomacia e elegância. João Carlos de Melo, 67, que joga tênis há 40 anos, disse que o esporte proporciona condições para estar em quadra, mesmo não sendo tão jovem. Ou seja, o esportista permanecerá muito tempo na atividade. Ele ainda desta-

ca o convívio com todas as faixas etárias, o desafio da concentração. “O esporte refletirá o seu estado de espírito. Se está bem, estará bem nas quadras”, declara.

Eloi Lacerda de Oliveira Neto en-controu no tênis uma nova forma de voltar ao esporte. Jogador de vôlei foi impedido de praticar o esporte devido a uma lesão, mas se encantou pelo tê-nis. Para ele a adrenalina é a mesma de estar em quadra como jogador de vô-lei, além de proporcionar uma grande oportunidade de interação social.

O presidente do clube, Hélio Eduardo, comenta com entusiasmo o sucesso do campeonato

João Carlos e Flávio Casalechi

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Os vencedoresdo 16º Torneio deTênis de Escarpas

do Lago:

Chave Mista

Dupla campeã: Cristina Moura e Marcus LazaroDupla vice-campeã: Elizeth Dutra e Tiago Oliveira

Dupla campeã: Ricardo (Ricardinho) e Elizeth DutraDupla vice-campeã: João Pedro e Tulio Guimarães

Chave Iniciante

Masculino Aberta

Dupla campeã: Daniel Gonzales e Pedro BernardiDupla vice-campeã: Bernardo Savassi e Tiago Oliveira

Masculino B

Dupla campeã: Gastão Oliveira e Bruno CoutinhoDupla vice-campeã: Sandro Gonzales e Andrél Gonzales

Masculino A

Dupla campeã: Eloi Oliveira e Pedro BernardiDupla vice-campeã: Sandro Gonzales e Daniel Gonzales

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DESENVOLVIMENTO

Carmo do Rio Claro:artes, delícias e muita naturezaArte, artesanato e doces são as heranças que os carmelitanos carregam na almae as repassam, de geração em geração, mantendo a sua tradição

Minas Gerais é um estado entrecortado por serras que escondem riquezas das mais raras, ao mesmo tempo em que as expõem para que sejam admiradas. Não é banha-do pelo mar, mas não é um estado árido, ao contrário, seus rios, além de encantar a natureza, regam suas terras e le-vam energia para muitos outros estados. Minas é generosa e também hospitaleira. Essas características, tão especiais, marcaram a sua história, seus filhos e suas cidades.

Entre suas montanhas, uma cidade carrega todas essas características. Carmo do Rio Claro, à 370 km da capital, é assim: esconde e expõe suas riquezas, sua história, seu povo e sua arte.

A cidade, centenária, teve uma formação pautada pela educação francesa e italiana, através de religiosos. Essa for-mação marcou a sua história cultural deixando traços até os

dias atuais na sua arte, no seu artesanato, na sua culinária e na sua tradição.

Quem chega às suas terras de longe avista o seu monu-mento natural maior: a Serra da Tormenta com seus 1.287 metros de altitude, de onde é possível enxergar a beleza do Lago de Furnas, que entrecorta suas terras. É local também para adoração, meditação e oração. No seu alto uma capela da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, abençoa a cidade e, também, toda a região. Seus filhos e devotos a visitam constantemente.

Esse monumento é também palco de admiração, pra-zer e desafio para aqueles que gostam de voar como os pás-saros. Os adeptos do voo livre usam o seu topo para saltar e, sobrevoando a cidade, observam de uma maneira privi-legiada toda a beleza marcada pelo verde da natureza e o

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brilho das águas do Lago de Furnas. É por isso considerada, também, uma das melhores rampas de salto de voo livre do Sul de Minas.

O teatro, a música e as festas marcaram a sua história e são herança de muitas gerações. Herança de uma sensibili-dade voltada para a criação do belo. Na atualidade, dois de seus expoentes são o diretor de teatro Gabriel Villela e, na fotografia, Renato Soares.

As suas manifestações culturais se refletem no artesa-nato. Os teares carmelitanos produzem peças que ornam, decoram e embelezam casas e pessoas em todo o país. Como o barroco mineiro, cheio de detalhes e riquezas, seus tecidos carregam os encantos de Minas Gerais.

Essa mesma habilidade é utilizada nas mãos que pro-duzem os doces especiais, característica própria das docei-

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ras carmelitanas. Como joias raras, os doces carmelitanos são servidos nas melhores e mais importantes festas do país. Como na cerimônia da qual o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participou no Palácio do Planalto.

Esses segredos carmeli-tanos são produzidos entre as montanhas e o doce mar de Minas, que cobriu parte de suas terras, mas que fez da sua geografia um contorno per-feito de serras e água, muita água, em área maior que a Baía de Guanabara.

Com essa riqueza, o tu-rismo chegou como uma nova opção. As serras, os encantos do Lago de Furnas e arte são a junção perfeita. Para apreciar essas delícias de Minas, pousadas oferecem bons serviços. Trilhas, cachoeiras, navegação pelo lago, passeio a cavalo e muitas outras ofertas que lembram a vida bucólica do cam-po, ou a vida de esportistas para os adeptos do voo livre, ou ainda as festas como o carnaval, são atrativos para quem vi-sita Carmo do Rio Claro.

Novo Tempo

Para a prefeita de Carmo do Rio Claro, Maria Aparecida Vilela, a Cida Vilela, o importante nesse momento é preser-var a identidade histórica e cultural da cidade, bem como in-vestir no potencial econômico do município, incentivando o turismo e fortalecendo o comércio local e regional.

Com essa linha de pensamento, que procura resgatar e recuperar o que foi perdido ao longo do tempo, em 2010 ela deu sequência a projetos em andamento como a restau-ração do mais antigo templo da cidade, a Igreja de Nosso

Senhor dos Passos, construída no Século XVIII. As imagens sa-cras, também do século passa-do, foram restauradas.

Esses projetos de resga-te histórico continuaram em 2011. Em julho foi inaugura-do o Museu do Índio Antônio Adauto Leite, já considerado um dos maiores do gênero no país; a fonte luminosa foi res-taurada, resgatando o clima romântico e bucólico para as noites na Praça Maria Goulart;

o portal de turismo da cidade, em formato de asa delta, para recepcionar e gerar informação para os que chegam e ao mesmo tempo promover a segurança por meio de câmeras, foi inaugurado.

Outros projetos culturais e esportivos, de iniciativa particular, mas que tem o apoio da prefeita acontecerão no segundo semestre de 2011. Um deles é a inauguração do Museu Carlota Pereira da Silva, que retratará os costumes da família mineira. Nos esportes, os campeonatos de voo livre e um encontro de mountain bike estão programados para os meses de outubro e novembro.

Enquanto tudo isso acontece, a sensibilidade do car-melitano continua a ser repassada de geração em geração. Seus filhos tramam lindos tecidos nos seus teares, as docei-

A prefeita Cida Vilela e Antônio Adauto Leite

“O importante nesse momento é preservar a identidadehistórica e cultural da cidade, bem como investir no

potencial econômico do município, incentivando oturismo e fortalecendo o comércio local e regional”

Cida Vilela, prefeita

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ras mantêm os tachos aquecidos. Tudo isso e muito mais para receber aqueles que querem curtir bons, belos e doces momentos nas calmas terras carmelitanas.

O artista arqueólogo

O fazendeiro, decorador e artista plástico Antônio Adauto Leite, 83, nasceu na Fazenda Córrego Bonito, em Carmo do Rio Claro. Durante os estudos do Colegial, hoje Ensino Médio, em Varginha, aprimorou o seu dom voltado para as artes.

Na sua fazenda, atuou como cafeicultor e pecuarista. Ao preparar a terra para o plantio encontrou sítios arqueo-lógicos e passou a preservar as peças indígenas das tribos Tupi-Guarani e Katuauá. Por mais de 50 anos, manteve em sua propriedade um museu com as peças encontradas na sua fazenda e imediações.

Nesse período transformou-se também em autodidata das questões indígenas. Estudou a geografia da região, sua cultura e sua transformação, bem como a cultura das tribos indígenas.

Em 2011 doou o acervo reunido para o município car-melitano que criou o museu que leva o seu nome. A quan-tidade de peças: igaçabas, ornamentos, potes, cachimbos, machadinhas, cerca de 3 mil, o potencializam como um dos maiores museus do gênero no país.

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SHOW

RPM:o marco deuma geração

O ano: 1986. O dia: segunda-feira. O clima: chuvoso. O local: Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos. O públi-co: jovem. A bilheteria: recorde. O show: RPM.

Esta combinação ficou marcada na memória de muitos ado-lescentes, jovens e adultos que prestigiaram o show da banda Revoluções por Minuto (também conhecida somente por RPM). Este grupo de rock brasileiro, criado em 1985 e um dos mais po-pulares do país nos anos de 1986 e 1987, foi o show que teve o maior público no Parque de Exposições de Passos. Nem a chuva torrencial e o fato de ser uma segunda-feira impediram que as pessoas participassem do show.

A banda bateu recorde não só em Passos. Na segunda meta-de dos anos 80, conseguiu bater todos os recordes de vendagens da indústria fonográfica brasileira.

A suposta visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda: mais de 3 milhões de discos em sua carreira.

A banda contava com Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernan-do Deluqui, Paulo P.A. Pagni. As primeiras músicas “Louras Ge-ladas”, “Olhar 43”, “A Cruz e A Espada” e a música que batizara a banda que ali nascia: “Revoluções por Minuto”.

Talvez a pós-ditadura e a busca por uma nova consciên-cia política tenha sido uma das lacunas para que o RPM tenha tido tanto sucesso naquela época. A banda aproveitou este ca-minho e emplacou outras faixas, mais politizadas ou conceituais. O público passense cantava todas as músicas com muito entusiasmo.

As músicas são marcadas pela forte presença da bateria eletrônica e pelo clima soturno dos arranjos de Luiz Schiavon. O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma sequência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do ál-bum) e chega à marca de 100.000 LPs vendidos (disco de ouro).

Foi neste período fervoroso que Passos trouxe a banda, que ainda hoje é comentada como tendo sido o show mais incrível de todos os tempos. Foi o primeiro a trazer laser e o mais próximo de um mega-espetáculo que já havia se apresentado.

A banda se desfez por problemas internos, teve tentativas de retornos e num destes, em 2003, o empresário Helder Freire trouxe novamente o RPM a Passos. Sucesso.

Agora, com o novo retorno, Freire traz novamente a Passos, no dia 3 de setembro, no Parque de Exposições a banda com a formação inicial: Paulo Ricardo, cantor e baixista, Luiz Schiavon, tecladista, Fernando Deluqui, guitarrista, e P.A., baterista.

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Magnum 39 - 2011Dois Megatech MWM Sprint de 280 HP ano 2005

Cranchi Smeraldo 37 - 2003Italiana - Dois Volvo KAD 300 - 650 horas de uso

Phantom 360 - 2007Dois Mercruiser 230 HP - 260 horas de uso

Intermarine 460 Full - 2003Dois Volvo TAMD-75 480 HP - 130 horas de uso

Intermarine 520 Full - ano 2005Dois Volvo D12 675 HP - 1000 horas de uso

Princess V42 - 2001Inglesa - Dois Volvo D6 370 HP - 70 horas de uso

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