do projecto de execução da ampliação da pedreira de crasto...

16
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIdorge MOrt:? Silva Gabinete do Secretário de Estado Adjunto S8Cretár~o. de Estado Adjunto do M,n/stro do Ambiente e do Ordanamento do T erritór;o DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL (DIA) do Projecto de Execução da Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra 1. Tendo, por base, o parecer final do processo de Avaliação de 1mpacte Ambiental (AIA) do projecto "Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra, em fase de projecto de execução, emito declaração de impacte ambiental (DIA) favorável, condicionada: resolucão ga incomDatibilidade desta accão com os instrumentos de aestão territorial aDlicáveis: apresentação de relatórios intercalares, com periodicidade de seis anos, e com Indicação da informação relevante sobre o desenvolvimento do plano de lavra e da recuperação paisagística efectuada, designadamente identificando as medidas implementadas, análise dos resultados obtidos nos programas de monitorização e alterações detectadas à situação de referência; -ao cumprimento int,egral e cronológico das medidas de minimização previstas no Estudo de Impacte Ambiental (ElA), as constantes no Parecer Final e avançadas pela Comissão de Avaliação (CA), e ainda à reformulação do Plano Ambiental de Recuperação Paisagística (PARP) de acordo com o ponto 5.4 do mencionado Parecer. O PARP reformulado deverá ser remetido à Autoridade de AIA para apreciação, previamente ao licenciamento propriamente dito. -ao cumprimento dos Planos de Monitorização previstos no ElA e aceites pela CA, com as indicações de monitorização adicionais propostas por esta Comissão no ponto 5.3 do Parecer, descriminados no anexo à presente Declaração de Impacte Ambiental {DIA); 2. As sugestões apresentadas no decurso da Consulta Pública foram contempladas no respectivo Relatório da Consulta Pública e adequadamente analisadas no âmbito do Parecer da Comissão de Avaliação. 1

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIdorge MOrt:? SilvaGabinete do Secretário de Estado Adjunto S8Cretár~o. de Estado Adjunto

do M,n/stro do Ambientee do Ordanamento do T erritór;o

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL (DIA)

do Projecto de Execução da Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra

1. Tendo, por base, o parecer final do processo de Avaliação de 1mpacte Ambiental

(AIA) do projecto "Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra, em fase de projecto

de execução, emito declaração de impacte ambiental (DIA) favorável,

condicionada:

-à resolucão ga incomDatibilidade desta accão com os instrumentos de aestão

territorial aDlicáveis:

-à apresentação de relatórios intercalares, com periodicidade de seis anos, e com

Indicação da informação relevante sobre o desenvolvimento do plano de lavra e da

recuperação paisagística efectuada, designadamente identificando as medidas

implementadas, análise dos resultados obtidos nos programas de monitorização e

alterações detectadas à situação de referência;

-ao cumprimento int,egral e cronológico das medidas de minimização previstas no

Estudo de Impacte Ambiental (ElA), as constantes no Parecer Final e avançadas

pela Comissão de Avaliação (CA), e ainda à reformulação do Plano Ambiental de

Recuperação Paisagística (PARP) de acordo com o ponto 5.4 do mencionado

Parecer. O PARP reformulado deverá ser remetido à Autoridade de AIA para

apreciação, previamente ao licenciamento propriamente dito.

-ao cumprimento dos Planos de Monitorização previstos no ElA e aceites pela CA,

com as indicações de monitorização adicionais propostas por esta Comissão no

ponto 5.3 do Parecer, descriminados no anexo à presente Declaração de Impacte

Ambiental {DIA);

2. As sugestões apresentadas no decurso da Consulta Pública foram contempladas

no respectivo Relatório da Consulta Pública e adequadamente analisadas no

âmbito do Parecer da Comissão de Avaliação.

1

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretdrio de Estado Adjunto

3. Os relatórios de monitorização devem dar cumprimento à legislação em vigor,

nomeadamente à Portaria n° 330/20011 de 2 de Abril.

14 de Dezembro de 2004

o Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do

Território

2

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~

MINISTERIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira da Silva

.Secretário de Est~do Adjuntodo Ministro do Ambiente

ANEXO à DIA do Projecto de Execução da Ampliação da Pe(l~~fti8tf4'ento do Território

Crasto de Cambra

Medidas de Minimização

Geologia

ElA 1 -Implementação e cumprimento integral das medidas constantes no Plano de Pedreira

(Plano de Lavra e Plano Ambientale de Recuperação Paisagística reformulado).

Solo

Fase de Preparação ede Exploração

ElA 2- Armazenagem das terras de cobertura (em pargas) resultante do alargamento da área

de corta.

ElA 3 -Implementação e cumprimento rigoroso das medidas preconizadas no Plano de Lavra e

no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagfstica (PARP).

CA 1 -Deve proceder-se ao cumprimento do disposto no Decreto-Lei n° 169/2001, de 25 de

Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n° 155/2004, de 30 de Junho, os quais

determinam que os cortes ou arranques em povoamentos de Sobreiro e de Azinheira só

poderão ser autorizados para empreendimentos de imprescindível utilidade pública, assim

declarados a nível ministerial, sem alternativa válida de localização.

CA 2- Deve proceder-se ao cumprimento do Decreto-Lei n° 173/88, de 17 de Maio, no caso de

vir a ser efectuado o corte prematuro de exemplares de Pinheiro bravo ou de Eucalipto em

áreas superiores a 2 ha e do Decreto-Lei n° 174/88, de 17 de Maio, que estabelece a

obrigatoriedade de manifestar o corte ou arranque de árvores.

CA 3 -Nas áreas florestais envolventes dever-se-á regularmente fazer limpeza da vegetação

do sub-coberto, por forma a reduzir o risco de incêndio.

CA 4 -A escolha dos locais de implantação dos estaleiros, dos parques de material, locais de

empréstimo e depósitos de terras e todas as outras infra-estruturas de apoio à obra deverão

ser planeados por forma a preservar as áreas com ocupação florestal.

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Jorge Moreira r SilvaMINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Secrtfário de f.,fao'J Adjunto

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Minl,fro do Ambientee do Ordenamenfo do T errifório

Fase de Desactivacão/Recuperação

ElA 4- Implementação e cumprimento rigoroso das medidas preconizadas no Plano de Lavra e

no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP).

Meio Hídrico

Fase de Preparação e de Exploração

ElA 5 -Manutenção dos sistemas de tratamento existentes (tanques de decantação e estação

de tratamento).

ElA 6 -Correcto armazenamento dos materiais potencialmente contaminantes (ex. sucatas

ferrosas e óleos) em local adequado, até serem recolhidos por empresas especializadas e

devidamente licenciadas para o tratamento e destino final destes resíduos, evitando desta

forma uma potencial contaminação das águas superficiais.

CA 5 -Deve ser efectuada a monitorização adequada das águas acumuladas no fundo da

pedreira, atr~vés do controlo analítico dos sólidos suspensos totais com uma periodicidade

semestral, de forma a avaliar a eficiência do sistema de decantação.

CA 6 -Deve ser implantado um sistema de drenagem que promova a recolha eficaz das águas

de escorrência das escombreiras localizadas junto ao limite da rotunda existente na zona NNW

da zona industrial.

Ecologia

Fase de Exploracão e Desactivacão

ElA 7 -Utilização de espécies enquadradas com a envolvente na revegetação dos

ecossistemas afectados.

ElA 8 -Aplicação das medidas preconizadas no Plano Ambienta! e de Recuperação

Paisagística reformulado.

Ambiente Acústico (ruído) e Vibrações

Fase de Preparacão e de Exploracão

ElA 9 -Aumento da absorção da envolvente acústica através da instalação de barreiras

acústicas ou através da criação de ecrãs arbóreos.

ElA 10- Controlo das velocidades de circulação das máquinas.

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO1orge Moreira d~ SilvaGabinete do Secretário de Estado Adjunto S.dretár~o. de Estado Adjunto

o M,rnstro do Ambientee do Ordenamento do T erritório

ElA 11 -Redução ao máximo possível das operações de taqueio com explosivos.

ElA 12- Implementação do Plano de Monitorização proposto.

Qualidade do ar

Fase de PreDaracão e de ExDloracão

ElA 13 -Aumento da absorção da envolvente através da criação de ecrãs arbóreos, com

funções de minimização de poeiras (manutenção da vegetação existente na envolvente da

pedreira).

ElA 14- Aspersão das vias de circulação nos dias secos e ventosos.

ElA 15 -Implementação de um plano de monitorização para os valores de poeiras emitidos

para o exterior.

ElA 16- Reduzir ao máximo as operações de taqueio com explosivos.

Paisagem

As medidas de minimização apresentadas referem-se às três fases do processo produtivo,

devendo considerar-se a sua integração no Plano Ambientale de Recuperação Paisagística, e

são as seguintes:

ElA 17- Modelação da topografia alterada de modo a que se ajuste o mais possível à situação

natural.

ElA 18 -Revegetação do local com espécies autóctones e esquema de plantação adequado

para a reintegração da zona afectada pela exploração na paisagem circundante

(Implementação e cumprimento do Plano Ambiental de Recuperação Paisagísticareformulado),

ElA 19 -Plantação de árvores e arbustos de modo a funcionarem como barreira visual, para

dentro dos locais explorados.

ElA 20 -Adaptação das infra estruturas à topografia e restantes características do local (altura,

dimensões, cor, etc.'

ElA 21 -Arranjo e manutenção dos acessos no interior da pedreira.

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto

Circulação Rodoviária

Fase de Preparacão e de Exploração

ElA 22 -Controlo do peso bruto dos veículos pesados, no sentido de evitar a degradação das

vias de comunicação (respeito da legislação vigente),

ElA 23 -Controlo e correcta conservação dos veículos,

ElA 24- Instalação de lavagem de rodados para os camiões que saem da pedreira.

Património Arqueológico e Arquitectónico

CA 7 -Realização de nova prospecção arqueológica, com vista à relocalização dos elementos

patrimoniais citados na bibliografia.

CA 8 -Caso a nova fase de prospecções arqueológicas venha a identificar as Mamoas n° 4, 5

e 6 do Castro, e se venha a confirmar a sua afectação de forma directa e irreversível, estas

deverão ser escavadas integralmente ou, inclusivamente, excluídas da área de exploração da

pedreira.

CA 9 -Caso venham a surgir vestígios arqueológicos relacionáveis com a existência de um

possível Castro de Cambra, deverão ser efectuadas sondagens arqueológicas de diagnóstico,

sobre o resultado das quais o IPA emitirá um novo parecer com as respectivas medidas de

minimização.

CA 10 -Deverá ser efectuado o acompanhamento arqueológico das acções de desmatação e

preparação do terreno, assim como, da abertura de eventuais caminhos de acesso à pedreira,

e de áreas de depósito de inertes.

CA 11 -, O aparecimento de qualquer vestígio de interesse arqueológico, no decurso do

acompanhamento arqueológico, dará de imediato lugar à subsequente medida de salvaguarda,

de acordo com o disposto na Lei n.o 107/2001, de 8 de Setembro, que estabelece as bases da

política e do regime de protecção e valorização do património cultural.

CA 12 -Durante a fase de exploração, caso seja posto a descoberto qualquer valor de

interesse patrimonial, deverá efectuar-se a suspensão dos trabalhos e proceder-se ao

cumprimento do disposto no art.o n.78, da Lei n.o 107/2001, de 8 de Setembro.

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretdrio de Estado Adjunto Jorge Moreira d~ Silv

Secrefério de E"sf~d ado Mil1isfro do A O tdlul1fO

Plano Ambiental de Recuperação Paisagistica (PARP) e do Ordel1arnel1fO d: Tleerl1~ef ..n or,o

o PARP deverá ser reformulado, de modo a

CA 13- Prever o enchimento parcial da cavidade gerada em pelo menos 25% do volume, de

modo a reduzir a diferença acentuada de cotas entre o topo da cratera (550 m) e a cota de

fundo (467 m);

CA 14 -A revisão solicitada implica a apresentação de nova cartografia devidamente

rectificada, bem como a alteração do orçamento correctamente ajustado à nova realidade;

CA 15- A área, após enchimento, sementeira e plantação deverá ser vedada, interditando-seo

acesso público, permanecendo como uso paisagístico meramente o contemplativo e de

mir.adouro;

CA 16 ~ A caução do PARP, prevista no artO 520- do Decreto-Leino. 270/2001 de 6 de Outubro,

será determinada por esta CCDR na fase de licenciamento propriamente dito, conforme

procedimentos dos artOs 27° e 28° deste diploma, mas somente após a reformulação do

orçamento do PARP;

CA 17 -O Plano de Recuperação Paisagística deverá prever a rearborização das áreas

afectadas com recurso à arborização com espécies adequadas à região.

Planos de Monitorização

PGM1 -Plano Geral de Monitorização para as Poeiras

a) Objectivosda monitorização

Controlo constante dos valores de emissão de poeiras para a atmosfera, no sentido de que os

mesmos se enquadrem nos parâmetros legais em vigor, para eventuais receptores. Pretende-,

se prevenir a ocorrência de situações que possam eventualmente vir a pôr em causa a saúde

pública, no geral, e também a dos trabalhadores.

b) Fases da monitorização

A monitorização processa-se em cinco fases'

1-Definição dos pontos de recolha;

2-Recolha de dados;

3-Análise e tratamento dos dados;

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORÍ>ENAMENTO DO TERRITÓRIO

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira I Silva

Secretário de Estado Adjuntodo Ministro do Ambiente

e do Ordenamento do T erritório4-Elaboração de Relatório;

5-Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos resultados.

c) Locais de Medição

As medições deverão ser efectuadas nos locais correspondentes à primeira medição (medição

de controlo, referida na situação de referência), identificados em carta em anexo ao ElA

("Planta com indicação dos pontos de medição de ruído e poeiras").

d) Frequência de Medição

As medições de poeiras deverão ser efectuadas com uma periodicidade anual (CA 18) num

período em que a laboração se encontre em pleno desenvolvimento, no sentido de os valores

obtidos serem o mais representativos possível. No caso específico do empoeiramento deverá

ter-se em especial atenção as condições meteorológicas, pela sua grande influência na

obtenção de valores. Desta forma a recolha de amostras deverá ser efectuada com tempo

seco, devendo as medições ser efectuadas preferencialmente no Verão (desta forma os

valores obtidos reflectirão as emissões máximas, podendo a partir daí inferir-se acerca dos

valores emitidos durante o ano).

e) Métodos e técnicas de medição utilizados

Como critério de interpretação dos resultados obtidos é indicada a Portaria n.o286/93 de

12 de Março, a qual define os valores limites de concentração de poluentes na atmosfera,

nomeadamente a sua Tabela E (Valores Limites para as Partículas em Suspensão) constante

do Anexo I da referida portaria.

De acordo com a mesma portaria (Portaria n.o 286/93, Tabela E do Anexo I), os valores limite

para as partículas em suspensão, medidos pelo método gravimétrico, durante o ano (composto

por medições de 24 horas) é de 300 ~g/m3 (valor do percentil 9,5 calculado a partir dos valores

médio diários obtidos durante o ano).

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Jvloreir~ Silva

Secretário de Est&do Adjunto

do Ministro do Ambiente

e do Orde,am~'1to do T erritórro

Parâmetros

A concentração total de poeiras mede-se em Jlg/m3 e dá a massa de poeiras existente por

metro cúbico {m3) de volume de ar e é determinada em função do tempo de amostragem, que

resulta numa concentração ponderal:

p x 103

Qxtc=

em que:

c -concentração de po~iras (~glm3) <= valor calculado

p -peso das poeiras colhidas no filtro {f.Lg) Ç:= resulta da análise

Q -caudal do ar que é aspirado pela bomba (1/min) <= valor fixo

t -tempo de colheita (min) <= valor registado

o peso das poeiras colhidas será determinado, pelo método gravimétrico ou ponderal, com

base na diferença do peso dos filtros antes e depois da colheita.

f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados:

As medições serão efectuadas por uma equipa técnica especializada que deverá ser

constituída da seguinte forma:

1 Técnico Superior responsável;

1 Técnico de Segurança e Higiene.

g) Datas de entrega dos relatórios de medição

Um mês após a execução dos trabalhos de medição.

CA 19- Cumprimento das metodologias de medição e de avaliação das~partículas ambientais

em suspensão de acordo com os normativos legais em vigor na altura da monitorização.

PGM2 -Plano Geral de Monitorização para o Ruído

a) Objectivos da monitorização

Controlo constante dos valores de emissão de ruído para o meio, no sentido de que os

mesmos se enquadrem nos parâmetros legais em vigor. Pretende-se por um lado cumprir a lei

vigente e por outro prevenir a ocorrência de situações que possam eventualmente vir a pôr em

causa a saúde pública, no geral, e também a dos trabalhadores.

Q

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Jorge MoreiraSecretárlo de c

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E O~ENAMENT? DO TERJUT6RI? c/odo ~inistro do AlJ'olen~e. .Gabinete do SecretárIo de Estado AdJunto C c/ena1flenfo d~ T ernfono

CA 20 -Tendo-se detectado incumprimento no Regulamento Geral do ruído, a implementação

das medidas de minimização apresenta carácter de urgência, sendo que a sua eficácia deverá

ser comprovada pela primeira campanha de monitorização a qual deverá ser prévia ao

licenciamento da ampliação.

b) Fases da monitorização

A monitorizaçã.o processa-se por cinco fases:

1-Definição dos pontos de medição;

2-Recolha de valores;

3-Análise e tratamento dos dados;

4-Elaboraçâo de Relatório;

5-Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos resultados.

c) Locais de Medição

As medições deverão ser efectuadas em pontos previamente determinados, dando especial

importância às fontes principais de ruldo e aos limites da pedreira. Os pontos encontram-se

definidos na planta anexa ao ElA ("Planta com indicação dos pontos de medição de ruldo e

poeiras"), devendo manter-se ao longo do perlodo de monitorização.

d) Frequência de Medição

As medições de ruído deverão ser efectuadas com uma periodicidade anual (CA 21), num

período de trabalho representativo da actividade da pedreira, no sentido de os valores obtidos

traduzirem da melhor forma a situação ocorrente.

e) Métodos e técnicas de medição utilizados

Parâmetros

Os parâmetros a avaliar, de acordo com a Norma NP-1730 são os seguintes:

Ruído de Residual (ou de fundo) -Ruído ocasionado pelo conjunto de fontes sonoras que

fazem parte, habitualmente, da vizinhança do local avaliado, ou seja, trata-se do ruído existente

na ausência do ruído particular ou perturbador.

Ruído Ambiente -Ruído resultante de todo o conjunto de fontes em presença, ou seja, trata-se

do ruído de residual mais o ruído particular ou perturbador.

LAeq, T -Nivel sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de

tempo T .

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E QRDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto

Jorge Moreira

Sec!et~r/°. de

.-e do Ordenamento ao T erriforfo

LAeq, T (R) -Nível sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de

tempo T, devido ao ruído particular.

LAeq, T (P+R) -Nível sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de

tempo T, devido ao ruído ambiente determinado durante a ocorrência do ruído particular da

actividade.

LAr -Valor do LAeq do ruído ambiente determinado durante a ocorrência do ruído particular

corrigido de acordo com as características tonais ou impulsivas do ruído particular.

Metodoloqia e Técnica de Medicão

Para rea'izar as medições será adoptada a metodologia constante da Norma Portuguesa

NP-1730 {1996), em que cada medição será realizada num período de tempo representativo.

De acordo com a norma supracitada, serão adoptadas as seguintes regras de; mediÇão:

* Microfone 1 ,4 m acima do solo;

* Microfone afastado mais de 3;5 m de qualquer superfície reflectora;

* Medições efectuadas com filtro de ponderação A;

* Medição realizada em Fast (e em Impulsivo noutro canal e em simultâneo);

* Realizar pelo menos 3 medições com orientações diferentes do microfone.

Como critério de análise dos resultados, será utilizado o constante no Regime Geral Sobre o

Ruído (RGSR) (Decreto Lei 292/2000 de 14 de Novembro).

f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados

As medições serão efectuadas por uma equipa a cargo da monitorização constituída da

seguinte forma:

-1 Técnico Superior responsável;

-1 Técnico especialista.

g) Datas de entrega dos relatórios de medição:

Um mês após a execução dos trabalhos de medição

CA 22 -Cumprimento das metodorogias de medição e de avaliação do ruido ambiental de

acordo com os normativos legais em vigor na altura da monitorização.

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO J orge MoreiraGabineíedo Secretário de Estado Adjunto Secretário de E,stado

,e do drdén~mento do rrrit6rlo

PGM 3 -Vibr~ções

A metodologia a utilizar para a caracterização das vibrações resultantes das detonações

envolve a utilização de uma rigorosa instrumentação de registo. Para estudar as vibrações

devem ser analisadas e conhecidas as variáveis determinantes no processo, como sejam, a

carga de explosivo por furo, a distância, o número de furos, o número de retardos e a carga

instantânea a detonar (ou por retardo).

Deverão ser determinados pontos significativos de medição Uunto das habitações limítrofes, e

mais próximas do limite da pedreira), no sentido de caracterizar as vibrações emitidas.

Periodicidade

As medições deverão ser efectuadas com uma periodicidade diária/contínua (CA 23)

Se houver registo de alguma ocorrência, junto da habitação existente, deverão ser tomadas

medidas imediatas para a sua resolução.

PGM 4 -Gestão de Resíduos

a) Objectivos da monitorização

A monitorização a nível da gestão de resíduos terá duas abordagens, por um lado pretende-se

uma actuação constante no sentido de prevenir e remediar potenciais ocorrências como os

derrames e contaminação dos solo, o controlo das bacias de impermeabilização e a recolha

selectiva de óleos e sucatas, e outros resíduos referenciados, por parte de empresa licenciada

para o efeito, a gestão diária de resíduos sólidos urbanos, etc. Por outro lado, pretende-se

controlar e acompanhar o cumprimento da legislação em vigor.

b) Fases da monitorização

A monitorização processa-se por seis fases/procediment0s:

1 -Identificação das potenciais ocorrências (ex. derrame de óleos no solo);

2 -Correcção dos problemas;

3- Manutenção dos locais de recolha de armazenamento de resíduos, nomeadamente

bacia de óleos e sucatas, contentores de resíduos sólidos urbanos, etc;

4- Documentação de todas as guias de acompanhamento de resíduos;

5- Preenchimento do mapa de óleos se o volume movimentado for superior a 2001;

6- Preenchimento anual do mapa de resíduos, até 15 de Fevereiro de cada ano.

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r'MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRIT6~ge Moreira da Silva

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto d:~:o. dt e Ed sta Ado Ad;J.to

..d nrs ro O rnblenfe

o Orclen«men1o do T errifório

c) Periodicidade

Procedimento constante e diário durante a vida útil da pedreira. As condições deverão ser

aferidas pelo encarregado da pedreira numa base semanal. Desta forma deverão ser

verificados o estado de manutenção dos contentores de resíduos e das bacias de retenção,

intervindo em função da análise efectuada através das operações de manutenção necessárias.

d) Se for verificado qualquer derrame de óleos ou outros produtos perigosos para o solo,

deverá ser retirado o solo contaminado e entregue à empresa devidamente licenciada para a

sua recolha.

CA 24 -A monitorização dos óleos usados terá que ser adaptada à nova regulamentação

actualmente em vigor- Decreto-Lei n.o 153/2003 de 1 de Julho.

PGM 5- Implementação das medidas de recuperação paisagística

a) Objectivos da monitorização

Fazer cumprir as medidas apontadas no Plano Ambientar e de Recuperação Paisagística

reformulado.

b) Fases da monitorização

Este plano de monitorização visa reforçar a importância do cumprimento das medidas

propostas no PARP (documento constante do processo de licenciamento), nomeadamente as

medidas consideradas de implementação imediata, as medidas faseadas (no decorrer da

exploração) e as medidas de recuperação final.

c) Periodicidade

Deverá ser acompanhado rigorosamente o cronograma temporal apresentado no Plano

Ambiental e de Recuperação Paisagística.

PGM6 -Plano Geral de Monitorização para as águas residuais industriais

a) Objectivos da monitorização

Controlo qualitativo dos valores obtidos de forma a avaliar a eficiência do processo de

tratamento (como proposta de acção de r:nelhoria}, atendendo a que não existem descargas

para colector nem descargas para o meio hídrico.

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MINISTÉRIO DO A~BIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO rGabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira da Silva

Secretário de ~st5do Ad;untodo Ministro do Ambiente

b) Fases da monitorização e do Orden5mento do Território

A monitorização processa-se em seis fases:

Definição do n.o de colheitas;

Definição dos pontos de recolha;

Recolha das amostras;

Análise a efectuar às amostras de acordo com os parâmetros

analíticos;

Elaboração do Boletim de Análise;

Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos

resultados.

c) Número de colheitas e Locais de Recolha

o n.o de recolhas corresponde a duas. Os locais de recolha das amostras devem ser os

seguintes:

-Uma ~ do tratamento e outra à ~ do processo de tratámento.

d) Frequência de medição

A recolha das amostras deverá ser efectuada em cada trimestre (CA 25) e durante o período

da manhã, por ser este o período mais representativo em termos de maior afluência de

camiões.

e) Parâmetros a analisar e correspondentes métodos analíticos

Os parâmetros analíticoS a analisar à entrada e à saída do sistema de tratamento, e oS

métodoS analíticoS São oS seguintes,

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rMINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Jorge Moreira da Silva

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Secretário de Estado Adjunto

do Ministro do Ambientee o r enamen do T errit6riQ

(SMEWW 5

SMEWW -Standard Methods for Examination of Water and Wastewater -2a Edição (1996)

Como critério de análise dos resultados, será utilizado o constante no Decreto Lei 236/98 de 1

de Agosto

f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados

As recolhas e as análises serão efectuadas por uma equipa técnica especializada que deverá

ser constituída da seguinte forma:

-1 Técnico Superior responsável;

-1 Técnico (a) com licenciatura em Engenharia Química

g) Datas de entrega dos relatórios de medição:

Um mês após a recolha.

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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto

De forma a simplificar a apresentação dos planos de monitorização propostos pode observar-

se o seguinte cronograma das Campanhas de Monitorização:

Ano 5 10 15 20 27

Parâmetro

Poeiras Anual

Ruído Anual

Vibrações Diária/contínuo

Aguas Residuais Industriais Trimestral

Gestão de Resfduos Procedimento constante (acompanhamento semanal)

Acomp. do PARP Constante

Tabela 1- Cronograma das Campanhas de Monitorização.

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