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Biosfera 1 - Newsletter
1º Trimestre 2018_Série 2
Os textos deste número foram elaborados em associação com
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1. A mensagem do Presidente-----------------------------------------------------Pág. 2
2. É chegada a HORA! A Calhandra do Raso está em Santa Luzia--------------Pág. 3
3. Biosfera 1 é a vencedora do Prémio Go Wamer--------------------------------Pág. 5
4. Tommy Melo: “Corajoso, patriótico e apaixonado------------------------------Pág. 6
5. A Biosfera 1 é o Operador Nacional do programa BA em Cabo Verde--------Pág. 7
6. Pandion haliaetus – O que é feito do Guincho em Cabo Verde? --------------Pág. 9
7. Desertas–Gestão Sustentável da Reserva Marinha de Santa Luzia------------Pág. 10
8. Tente distinguir as Caravelas portuguesas do plástico--------------------------Pág. 12
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Índice de Notícias
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Contactos
ParceriaA Associação “Para Onde?” é uma entidade sem fins lucrativos que tem comoobjetivo a promoção do voluntariado e cidadania activa a nível nacional einternacional. É apoiada pela Unesco e a sede fica em Lisboa. Durante esteano de 2018, a Biosfera irá receber 2 voluntários por mês para auxiliar naimplementação dos diversos projectos da nossa ONG.
/ONGBiosfera1/
(+238) 2317929/ 9844447
Rua Moçambique, nª 28, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
A mensagem do Presidente
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Em Cabo Verde não tem sido diferente, a luta que antes era de um mero
punhado, agora incorpora batalhões de cidadãos interessados que estão
a envolver-se activamente.
A luta pela Conservação do Meio
Ambiente, a nível mundial, tem ganho
muitos adeptos pois as pessoas começam
realmente a perceber o nosso grande
impacto neste planeta e isso reflecte-se
directamente na qualidade de vida das
populações:
- o ar que respiramos;
- a segurança alimentar;
- a disponibilidade de água;
- os impactos sociais, culturais, económicos e ambientais diversos;
- os impactos visuais.
Tommy MeloDiretor Executivo e Presidente
ONG Biosfera 1
Não podemos continuar a beneficiar o lucro de alguns em detrimento da
sobrevivência de todos. O amanhã será reflexo das nossas acções de hoje
e o despertar desta consciência comum, nos motiva e nos fortalece. A
Biosfera já não é um grupo com ideais deslocados, mas sim, um eco que
transporta a mensagem e a vontade de muitos. Estivemos aqui ontem,
estamos aqui agora e continuaremos a crescer para defender o que é de
todos.
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A Calhandra do Raso, Alauda Razae, é considerada uma das espécies de
aves mais raras do mundo, uma vez que só pode ser encontrada neste Ilhéu
de 7 Km2, que lhe dá o nome. Devido à sua distribuição limitada, está em
perigo crítico de extinção.
O número de sua população varia muito dependendo do ritmo das chuvas e
pode chegar apenas a algumas dezenas de indivíduos em anos maus, mas
em bons anos, chega a ultrapassar os milhares. Pensa-se que devido ao
facto deste Ilhéu não ter predadores como gatos, ratos e mesmo gado que
pisoteariam os seus ninhos no solo, a calhandra conseguiu sobreviver aí,
tendo-se extinguido das ilhas vizinhas, aquando da chegada do Homem.
A calhandra do Raso tem sido estudada há mais de dez anos, por um
investigador da Universidade de Cambridge (Inglaterra), o Dr. Michael
Brooke. Este especialista tem vindo a recolher dados pormenorizados
sobre genética, comportamento, distribuição e biologia geral da espécie.
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É chegado o momento, e a fase II aconteceu, 25 casais da espécie foram
translocadas com sucesso para Santa Luzia numa mega operação que
envolveu todos os parceiros, a comunicação social e vários especialistas
individuais. Para ver a reportagem televisiva, clique no link.
A monitorização das populações continuará nas duas ilhas como forma de
mitigar qualquer impactes adversos que possam vir a surgir. A fase II é
financiada pela Fundação MAVA.
A Biosfera 1, em parceria com o Dr. Brooke e outros parceiros de
reconhecimento internacional como a RSPB (The Royal Society for the
Protection of Birds) e a SPEA (Sociedade Portuguesa para Estudo das
Aves), estudaram durante 3 anos a viabilidade da translocação de uma
parte da população de calhandras desde o Ilhéu Raso até à Ilha de Santa
Luzia, como forma de diminuir a vulnerabilidade da espécie.
Todo o ecossistema das duas ilhas foi estudado ao pormenor, foram
monitorizadas as populações de aves, répteis, flora e invasores, para se
poder ter uma imagem geral da intrincada complexidade e flutuação natural
do ciclo de todas as espécies num projecto financiado pela CEPF (Critical
Ecosystem Partnership Fund).
Biosfera 1 é a vencedora do Prémio Go Wamer
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GO-WAMER é o programa de Governação da União Europeia (UE) na Eco-
Região Marinha de África Ocidental e tem por objectivo melhorar a
governação dos recursos marinhos de sete países desta região: Mauritânia,
Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné, Serra Leoa e Cabo Verde.
As actividades no âmbito deste programa, que ronda os 10,5 milhões de
euros, são financiadas pela UE e coordenadas pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). As actividades são implementadas a
nível nacional e regional, em parceria com autoridades nacionais e
organizações regionais.
A Biosfera 1 foi reconhecida pelo seu trabalho na promoção do uso
sustentável e conservação de espécies na Área Marinha Protegida de
Santa Luzia.
Tommy Melo: “Corajoso, patriótico e apaixonado”
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Quem o diz é a MAVA Foundation. O nome de Tommy, consta, a partir deste
ano, na lista de personalidades enumeradas por esta instituição cujo mérito é
reconhecido, num painel que junta Stephanie Hubold, da Ellen MacArthur
Foundation e Lukas Indermaur, do WWF Switzerland.
O actual presidente da Biosfera 1, é um dos mais jovens líderes ambientais da
África Ocidental e a paixão e dedicação que deposita no seu trabalho foram
este ano formalmente reconhecidas pela MAVA Foundation.
A MAVA Foundation foi criada em 1994 e tem como missão apoiar projectos
de conservação, visando um futuro onde a biodiversidade floresça alinhada
com a prosperidade das sociedades humanas. As nossas missões alinham-se e
a MAVA Foundation é actualmente um dos principais parceiros da Biosfera.
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A Biosfera 1 é o Operador Nacional do programa Bandeira Azul em Cabo Verde
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A Bandeira Azul é reconhecida a nível mundial e está presente em 45 países,
tratando-se de um rótulo ecológico reconhecido por milhões de pessoas. Este
programa é operado pela FEE – Foundation for Environment and Education, e
acredita a qualidade de praias, marinas e operadores marítimos, com base
numa série de critérios ambientais, educacionais, de segurança e ainda de
acessibilidade.
A Biosfera 1 é, desde Dezembro de 2017, membro oficial e operador
nacional de todos os programas da FEE e irá receber as candidaturas por
parte das autoridades responsáveis locais. O processo de candidatura inclui
a avaliação por parte do júri nacional, que uma vez aprovado seguirá para
uma segunda apreciação por parte de um júri internacional, a quem cabe o
parecer final.
(Continua…)
O programa Bandeira Azul irá arrancar em
Cabo Verde com um projecto piloto na praia
de Santa Maria na ilha do Sal, e a Biosfera 1
já está a trabalhar na preparação de todos
os requisitos necessários.
Para atingir este feito, o projecto já conta com o apoio
da Câmara de Turismo de Cabo Verde e com a Câmara
Municipal do Sal, além do apoio do Governo de Cabo
Verde, através do Ministério da Economia Marítima e
Ministério do Turismo e Transportes.
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Pandion haliaetus – O que é feito do Guincho em Cabo Verde?
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Desde o ínicio de 2017, a equipa da Biosfera 1 está no terreno, mais
especificamente nas ilhas de São Vicente e Reserva de Santa Luzia e ilhéus,
a estudar a localização e monitorização dos ninhos de Guincho (Pandion
haliaetus), em parceria com a Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF) e
outras associações não-governamentais de Cabo Verde. Este estudo tem
como objectivo fazer uma estimativa populacional desta espécie em todas
as ilhas de Cabo Verde, identificando os ninhos (activos e inactivos) e
actualizando assim o número de indivíduos do Guincho em Cabo Verde. Dos
resultados obtidos em 2017, identificou-se 13 ninhos de Guincho, sendo 5
activos (com crias) e 8 inactivos.
9
Ao longo dos anos tem-se verificado um declínio populacional da
espécie, devido às actividades antrópicas e uma diferença
significativa na forma como esta espécie constrói os seus ninhos.
Antigamente, os Guinchos utilizavam algas, gravetos, espinhas de
peixe, e actualmente os ninhos são elaborados com plásticos, fios e
redes de pesca. Uma diferença que nos alerta para a poluição
existente no mar.
Ao longo dos anos tem-se verificado um declínio populacional da
espécie, devido às actividades antrópicas e uma diferença
significativa na forma como esta espécie constrói os seus ninhos.
Antigamente, os Guinchos utilizavam algas, gravetos, espinhas de
peixe, e actualmente os ninhos são elaborados com plásticos, fios e
redes de pesca. Uma diferença que nos alerta para a poluição
existente no mar.
Desde o ínicio de 2017, a equipa da Biosfera 1 está no terreno, mais
especificamente nas ilhas de São Vicente e Reserva de Santa Luzia e ilhéus,
a estudar a localização e monitorização dos ninhos de Guincho (Pandion
haliaetus), em parceria com a Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF) e
outras associações não-governamentais de Cabo Verde. Este estudo tem
como objectivo fazer uma estimativa populacional desta espécie em todas
as ilhas de Cabo Verde, identificando os ninhos (activos e inactivos) e
actualizando assim o número de indivíduos do Guincho em Cabo Verde. Dos
resultados obtidos em 2017, identificou-se 13 ninhos de Guincho, sendo 5
activos (com crias) e 8 inactivos.
Desertas – Gestão Sustentável da Reserva Marinha de Santa Luzia
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No início de Março, o projecto da Biosfera, Desertas – Gestão Sustentável da
Reserva Marinha de Santa Luzia, em parceria com a BirdLife Internacional,
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e Direcção Nacional do
Ambiente (DNA), contou com a visita de três especialistas da Madeira e das
Canárias para avaliação das actividades a decorrer. O Doutor Paulo Oliveira,
Vice-Presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da
Madeira, Doutor Manuel Nogales, Director do Instituto de Investigação IPNA-
CSIC e Doutor Felix Medina, especialista de ecologia trófica de felinos
visitaram a Reserva e puderam treinar directamente as equipas do terreno.
(Continua…)
Para além das actividades no campo, o Dr. Paulo Oliveira concedeu uma
entrevista à rádio oficial do projecto, a Rádio Morabeza, onde demostrou
que Reservas Marinhas e Turismo não são inconciliáveis caso as regras
forem claras. Para ouvir clique nos links : entrevista e reportagem.
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Durante a sua estadia, a Universidade de Cabo Verde teve a amabilidade de
receber toda a equipa para uma sessão formativa e de esclarecimento sobre
Ecoturismo em Reservas Marinhas, ecologia de espécies invasoras, sistemas
de vigilância e sustentabilidade. Estiveram presentes especialistas da
Universidade, os parceiros do projectos e representantes da Polícia Marítima
e Guarda Costeira.
11
Este projecto tem a duração de 3 anos e conta com o apoio financeiro da
Fundação MAVA – Fondation pour la Nature.
Durante as actividades de terreno na ilha de Santa Luzia, a Biosfera 1 deslocou-
se à Praia dos Achados, que é conhecida pela quantidade de lixo de diferentes
origens que se acumula ao longo da costa. Acumuladas no meio da típica
poluição costeira, foram encontradas centenas de Caravelas-Portuguesas
(Physalia physalis) que mal se distinguiam com os milhares de sacos de
plástico. Isto faz-nos pensar que se nós com a nossa visão apurada, já temos
dificuldade em distinguir este organismo marinho de sacos de plástico ou
garrafas, o que fará uma tartaruga-marinha quando se depara com estes dois
objectos no mar?? Vai comê-los, pois claro!
12
Tente distinguir as Caravelas portuguesas do plástico
É portanto essencial repensarmos as nossas acções no dia-a-dia e como
elas afectam directamente o ambiente que nos rodeia. Pense nesta
mensagem cada vez que comprar uma garrafa de água ou usar um simples
saco de plástico para ir às compras. O SEU GESTO IMPORTA!
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Editores:
Design gráfico: Nathalie Melo Textos: Voluntários Associação “Para Onde?”, CateleneMonteiroRevisão e Coordenação: Patrícia Rendall RochaFotografias: Biosfera 1, Caboverdesite
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