do iluminismo de rousseau aos dias atuais

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D O ILUMINISMO DE ROUSSEAU AOS DIAS ATUAIS Com os filosofos O seculo 18 foi prodigo em sempre 0 individuo pode sistemati names significativ os do pen zar esse impulso, como nem sempre das luzes do seculo 18 s mento peda gogi co, que el e e desde logo, consciente desse va a educa<;=ao ate hOje sao referencias para nos. 0 lor, cabe a quem representa 0 interes se tornou pelo menos que teria a nos dizer 0 seculo 1S? Pri se de todos, sem representar 0 inte . meiramente, estamos em plena 1da res se especifico de ninguem, dar 0 ar em prlnClplO de Moderna, cuja caracteristica mar ranque inicial a esse processo. Tal re u m d i reito de todos cante e ter post no centro de suas presentante e a Estado. Carlos Roberto JamB preocupa<;:6es 0 ser hum no e nq ua n Essa tarefa do Estado ganhou es to ente individual. E a epoca que con pecial reali dade na Fran<;:a apos a Re or sagra os direitos civis, isto e: a liber volu<;:ao Francesa (1789 ). A escola tor es dade, a privacidade, a propriedade e nou-se, entao, nao so a grande cons de sobretudo a face da igualdade que im trutora da na<;:ao francesa como tam ped e toda sorte de dis cri mina <;: ao. E bern a ins ti tui <;:ao qu e gara ntiri a uma au 0- a mome nto da defesa do ir e vir e da certa homoge neidad e entre s cida do igualdade de oportunidades. A socie daos e, dai, pelo merito, a dif ere nci a dade moderna seria aquela em que se <;:ao de cada qual. Como dever do Es acreditava que as luzes da razao vi tado, ela sera expandida por toda a riam se acender em cada individuo, Fran<;:a. Nesse terreno, sera inutil fu a fim de que pudesse usufruir da gir do pens mento sociologico de in igualdade de oportunidades e colher Emile Durkheim (1859-1917) em - eo- os frutos do merito alcan<;:ado. Para no do conceito de sociedade como os pensadores desse moment histo materializa<;:ao de uma consciencia co ~ - rico, lei s r acionais devem ser desen letiva. Uma referencia ate hoje, n I ex-  volvidas tanto para poder realizar 0 Fran<;:a pela reforma educacional fei  interesse de todos qu nt para evitar ta tanto sob 0 signo de urn sistema ~ e que 0 individuo se submeta ao uni nacional de educa<;:ao gratuita, obri f verso passional. gatoria, laica quanto construtora da Como essas luzes nao se desenvol nacionalidade e da cidadania, e a no  no fil6- vern por si mesmas, a instru<;:ao deve me de Jules Ferry (1832-189 3). dos abrir caminho para tal. E como nem Trata-se, pais, de urn perfodo em GRAN DES PENSADORES ESCOLA 9

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DO ILUMINISMO DE ROUSSEAUAOS DIAS ATUAISCom os filosofos

Oseculo 18 foi prodigo em sempre 0 individuo pode sistemati

names significativos do pen zar esse impulso, como nem sempre

das luzes do seculo 18, samento pedagogico, que ele e, desde logo, consciente desse vaa educa<;=ao ate hOje sao referencias para nos. 0 lor, cabe a quem representa 0 interes

se tornou, pelo menos que teria a nos dizer 0 seculo 1S? Pri se de todos, sem representar 0 inte. ,.

meiramente, estamos em plena 1da resse especifico de ninguem, dar 0 arem prlnClplO,de Moderna, cuja caracteristica mar ranque inicial a esse processo. Tal re

um direito de todoscante e ter posta no centro de suas presentante e a Estado.

Carlos Roberto JamB preocupa<;:6es 0 ser humano enquan Essa tarefa do Estado ganhou es

to ente individual. E a epoca que con pecial realidade na Fran<;:a, apos a Re

or sagra os direitos civis, isto e: a liber volu<;:ao Francesa (1789). A escola tor

es dade, a privacidade, a propriedade e nou-se, entao, nao so a grande cons

de sobretudo a face da igualdade que im t rutora da na<;:ao francesa como tam

pede toda sorte de discrimina<;:ao. E bern a institui<;:ao que garantiria uma

au

0

a momento da defesa do ir e vir e da certa homogeneidade entre as cida

do igualdade de oportunidades. A socie daos e, dai, pelo merito, a diferencia

dade moderna seria aquela em que se <;:ao de cada qual. Como dever do Es

acreditava que as luzes da razao vi tado, ela sera expandida por toda a

riam se acender em cada individuo, Fran<;:a. Nesse terreno, sera inutil fu

a fim de que pudesse usufruir da gir do pensamento sociologico de

in igualdade de oportunidades e colher Emile Durkheim (1859-1917) em Wr eo- os frutos do merito alcan<;:ado. Para no do conceito de sociedade como

os pensadores desse momenta histo materializa<;:ao de uma consciencia co~ o n rico, leis racionais devem ser desen letiva. Uma referencia ate hoje, na

ex-volvidas tanto para poder realizar 0 Fran<;:a, pela reforma educacional fei~ interesse de todos quanta para evitar ta tanto sob 0 signo de urn sistema~ e r   eque 0 individuo se submeta ao uni nacional de educa<;:ao gratuita, obrif O '  verso passional. gatoria, laica quanto construtora da

Como essas luzes nao se desenvol nacionalidade e da cidadania, e a no

no

fil6

vern por si mesmas, a instru<;:ao deve me de Jules Ferry (1832-1893).dos

abrir caminho para tal. E como nem Trata-se, pais, de urn perfodo em GRAN DES PENSADORES. ESCOLA 9

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que se ere enfaticamente na ideia de

progresso. Supoe-se que 0 mundo,

gUiado pela razao, avanc;;ara em dire

c;;ao a um futuro menos desigual e mais

promissor para todos.

:E preciso assinalar que 0 seculo 19

sera devedor de um grande fil6sofo e

pedagogo que repoe a figura da crian

c;;a como um ser em processo e que

necessita ser cuidado desde logo. Tra

ta-se dejean-Jacques Rousseau (1712

1778). A educac;;ao e a crian<;a tor

nam-se inseparaveis na medida em

que a educac;;ao da crianc;;a e uma pro

messa de um progresso que inclua em

si, desde logo, 0 sentimento e a afe

tividade. Nasce dai toda uma preocu

pac;;ao com essa fase da vida humana.

A crianp e vista como um potencial

a ser desenvolvido pelos professores.

Tal processo de desenvolvimento

teria sua garantia ora na figura do pro

fessor, pelo metodo tradicional, ora

na figura da crianc;;a, pelos metodos

da Escola Nova, que se desenvolvera

a partir do final do seculo 19. Um

grande representante do metodo tra

dicional foi Johann Friedrich Herbart

(1776-1841), com sua didarica ba

seada na direc;;ao do professor e na

disciplina interna do aluno. Notavel

educador que influenciou bastante

Herban foi 0 sui<;o Johann Heinrich

Pestalozzi (1746-1827).

Corrente escoLanovistaAo mesmo tempo, a realidade indica

va que os alunos nao eram uma "fo

lha em branco" que deveria ser escri

ta de fora para dentro. Os aspectos

dinamicos da crian<;a e a sua curiosi

dade inata levariam a um movimen

to de ensino centrado no educando,

com estimulac;;ao produzida pelo pro

fessor. Tal movimento seria denominado de Escola Nova.

A Escola Nova volta-se para 0 in

terior da escola e estimula 0 desen

volvimento de praricas didatico-pe

dag6gicas ativas. Um dos seus repre

sentantes e 0 norte-americano John

Dewey 0859-1952), que nao por aca

so tem seu pensamento incluido no

movimento conhecido como Escola

Progressiva. Dewey queria que 0 pro

gresso da na<;ao norte-americana sebaseasse na igualdade de oportunida

des e que a democratiza<;ao da socie

dade nascesse dentro da escola.

A Escola Nova e tambem uma ade

qua<;ao educacional ao crescimento

urbano e industrial verificado em mui

tos paises. Por isso mesmo, urn dos

Rousseau,

educacao•

da crianca e 

prornessa de urn

progresso que

incLua em si, desde

Logo, a afetividade.

Nasce uma fase de

grande interesse

peLa infancia

pilares da Escola Nova e a identifica

c;;ao dos metodos pedag6gicos com a

ciencia, tida como uma especie de ti

moneira do progresso. Dai decorre,

muitas vezes, a identifica<;ao da Es

cola Nova com a "pedagogia cientifi

ca". Representantes dessa tendenciaforam tanto Maria Montessori 0870

1952) quanto Ovide Decroly 0871

1932). A medica e educadora italia

na, apoiando-se nas noyas ciencias,

como a psicologia e a psiquiatria, bus

ca fundamentar uma renova<;ao pe

dag6gica na procura.de uma auto

educa<;ao em que 0 metodo analitico

proposto por meio de materiais pe

dag6gicos e estimulado pelo profes

sor. Por sua vez, 0 tambem medicobelga Decroly postula urn me todo re

novador por intermedio de uma arti

cula<;ao entre "globaliza<;ao e centros

de interesse" do aluno.

Nessa dinamica entre metodo e

ciencia, que avan<;a sobre os proces

sos pedag6gicos de ensino/aprendiza

g

b

a

e

d

e

A

b

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do

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10 EsCOLA • GRAN DES PENSADOREs

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gem, acelerando 0 pape1 da escola com

base em sua realidade interna, ha que

apontar dois importantes nomes da

escola de "metodos ativos". Trata-se

de Edouard Claparede 0873-1940)

e de Adolphe Ferriere 0879-1960).

Ambos sofreram influencia de Gene

bra que, a epoca, era 0 centro cultu

ral europeu mais avanc:;ado em tomo

e dos metodos ativos da Escola Nova.

Genebra fora 0 berc:;o de Rousseau e

seria tambem 0 de]ean Piaget (1896

1980) e sua educac:;ao funcional.eSaindo do continente europeu e

passando para a Gra-Bretanha, ve-se

que 0 movimento escolanovista, cen

trado na figura do aluno ativo, conhe

ceu 0 nome de Alexander Neill (1883

ifica- 1973), que enfatizou tanto os espa

oma c:;os de liberdade de criac:;ao por par

de ti- te dos estudantes quanto defendeu

orre, uma intervenc:;ao minima no apren

a Es dizado por parte dos professores.

ntifi

encia Direito sociaLai n s t r u ~ a o  870 Com a industrializac:;ao, uma serie de

871 conflitos sociais foi gerada. A socie

'talia- dade capitalista nascente exacerbou

a explorac:;ao do trabalho. Com isso,

os conflitos sociais explodiram e, ten

do como porta-voz os partidos socia

listas, a ideia nova que entao surge e

a da transformac:;ao. A alienac:;ao do

trabalhador deveria suceder sua rein•tegrac:;ao a uma sociedade renovada

pe1a supressao da propriedade privada dos meios de produc:;ao e pela

igualdade entre as classes.

Essa ideia de transformac:;ao colo

cava na classe operaria a tarda de con

duzir 0 progresso para uma socieda

de sem classes. Ao mesmo tempo, es

sa corrente nao deixava de alertar pa

ra os riscos de a educai;;ao ficar sub

metida a poucos e com isso se des

viar 0 sentido das conquistas do se

culo 19 para odiosos privilegios, pe

los quais se perverteria a relai;;ao en

tre trabalho e educai;;ao. Jo

De acordo com esse espirito, pode

se dizer que a educai;;ao adiciona a si,

alem de direito individual, a face de

urn direito social. Estariamos no inte

rior de uma pedagogia de "esquerda".

Encontramos aqui a presenc:;a de urn

pensador como Anton Makarenko

0888-1939), venda na Revolui;;ao Rus

sa de 1917 urn campo para transfor

mar a escola em urn sentido socialis

ta, inclusive no ambito educativo, pos-

Na decada de 1920,

ganha f o r ~ a  p r e s e n ~ a   de

p r e s t a ~ o e s   sociais

do estado, entre

as quais a e d u c a ~ a o  escolar, esurgem

. ,.

prlnclplos como

a gratuidade

do ensino

tulando para ela uma ligai;;ao maior

entre prodUi;;ao e sociedade.

Ainda sob essa concepi;;ao mais am

pIa de uma ligai;;ao entre trabalho e

educai;;ao, vemos florescer 0 pensa

mento da pedagogia social de Celes

tin Freinet 0896-1966). Tomando

para si uma herani;;a de Durkheim,

percebendo a necessidade de uma pe

dagogia voltada para as classes popu

lares, Freinet vera na criani;;a tanto 0

desejo de cooperai;;ao mutua quanto

a necessidade de desenvolver essa

cooperac:;ao em tomo de jogos.

Dentro da tendencia de enfatizar 0

papel do social sobre outros fatores

da aprendizagem, destacou-se tam

bern urn educador da Bielo-Russia,

Lev Semenovitch Vygotsky 0896

1934), que defendeu a tese da gene

se social do psiquismo, estruturada

por meio de urn sistema de signos.

Em paises da Europa Ocidental, 0

chamado Estado de Bem-Estar Social,

consciente das limitai;;oes de uma so

ciedade baseada s6 no principio do

mercado e do individualismo, passa

a interferir nas relai;;oes economicas

e sociais. Assim, nos anos 1920, nas

ce a protei;;ao ao trabalho e ao traba

Ihador, bern como a preseni;;a de pres

tai;;oes sociais por parte do Estado,

entre as quais a educac:;ao escolar. Po

de-se falar, entao, de urn Estado edu

cador. Exemplo paradigmatico dessa

tendencia e a Constituii;;ao da Repu

blica Alema de Weimar, de 1919, em

que aparecem principios como gra

tuidade e obrigatoriedade da educa

i;;ao escolar. Orientai;;ao semelhante,

no p6s-Segunda Guerra Mundial, se

ra 0 projeto de reforma do ensino pu

blico havido na Frani;;a sob a inspirai;;ao de Henri Wallon 0879-1962).

Em boa parte, ainda que com ca

racteristicas pr6prias, 0 Brasil desen

volvera tambem uma "pedagogia de

esquerda". Urn educador brasileiro

alcani;;ara largo reconhecimento in

ternacional por sua postura que alia

GRAN DES PENSADORES. ESCOLA 11

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urn metoda centrado na confian<;:a do

potencial do "outro" com a reconhe

cimento da exclusao social. Trata-se

de Paulo Freire (1921-1997), cujo

pensamento reconhece a necessida

de da inclusao socioeducacional pp r

meio de uma pedagogia de respeito

e de conscientiza<;:ao dos caminhos

do real. Seu pensamento se nutre tan

to da visao da educa<;:ao como dire i

to social ainda negado quanta de uma

composi<;:ao com a pensamento cat6

lico de esquerda e suas formas parti

cipativas de educa<;:ao nao necessaria

sequiosos de rnais liberdade e igual

dade puseram em relevo a pape] da

democracia sem adjetivos.

Paralelamente, a avan<;:o do conhe

cimento cientifico relativizando a pe

so da for<;:a fisica em favor da for<;:a

Muitos ~ ~ " ' I . I I  contemporaneos

VaO se voLtar

para aspectos

tudantes. S6 que uma escola compro

missada e competente conhece seus

limites. Dai porque e preciso pensa

la dentro de seus muros e fora deles.

Cumpre preservar urn ensina de qua

Iidade no qual tambem se aprenda

urn metoda afirmado pela Escola No

va: a aprender a aprender. Esse me

toda, refor<;:ado pela educa<;:ao conti

nuada, tornaria a professor urn pro

fissional sempre atualizado com as re

des de conhecimento.

Nesse sentido, muitos autores con

espanhol Ce

IDEA

mente escolares.

Aprender a aprenderAntes de chegarmos aos autores mais

atuais, e preciso apontar urn tempo

ate certo ponto "carregada" contra a

escola. De urn lado, ha que se repor

tar a autores marxistas cuja critica ig

norou au desconfiou dos "altos valo

res da tradi<;:ao liberal" com rela<;:ao aeduca<;:ao escolar e a tomou como re

produtora da ideologia das classes do

minadoras au como falsificadora das

rela<;:oes sociais pelas quais as classes

trabalhadoras sao oprimidas. 0 futu

ro da educa<;:ao 56 seria promissor

ap6s a advento de uma sociedade 50

cialista. Par outro lado, segmentos in

telectuais identificados com a movi

mento contracultural acusavam a es

cola de ser quase inutil numa socie

dade que dela prescindia.A queda do Muro de Berlim e a bu

rocracia anacronica da ex-Uniao So

vietica e seus paises-satelites trouxe

ram descredito ao "socialismo rea]".

Ao mesma tempo, a desmanche das

ditaduras europeias e latino-america

nas trazido pa r movimentos sociais

12 ESCOLA -GRANDES PENSADORES

intra-escola..

como curncu

e competencias,

formacao inicial•

e continuada

professor

e processosde aprendizagem

intelectual, as novas processos pro

dutivos, a rede mundial de compu

tadores, a celeridade na revisao dos

conhecimentos mostraram que a es

cola continua sendo uma institui<;:ao

contemporanea responsavel par uma

forma<;:ao critica, democratica e cida

da. Mas ela precisa estar a altura deseu tempo. Par isso, deve mais do que

apenas nao ser incompetente - deve

ser tambem competente.

A competencia nao e uma disci

plina au urn objeto. Ela e a "sintese

das multiplas determina<;:oes" que nos

so tempo exige do professor e dos es

temporaneos - como 0

sar Coil e a sui<;;o Philippe Perrenoud o- van se voltar para aspectos intra-es ccolares, como curricu]o e competen

mias, forma<;:ao inicial e forma<;;ao con

otinuada, processos de aprendizagem.

De certo modo eles dao por sabido e tpar pressuposto geral a rela<;:ao entre teeduca<;;ao e cidadania e nao ignoram

aa importancia do financiamento da

educa<;:ao, do papel do Estado, da fa s

milia e da legislac;ao. E dessa pedra

angular se lan<;:am para uma decifra

<;:ao da escola, seu ambiente e seus la

<;;os com a comunidade, a importan

cia da autonomia dos projetos peda

gogicos, a perfil do docente e gestao

institucional. E assim que sao auto

res de sintese. Incorporam varias cor

rentes e retrabalham temas.

Essas tematicas van e voltam em

torno de um mundo que muda e com

ele as contornos da educa<;:ao. 0 importante e que nossa rela<;;ao com tais

assuntos e uma rede que se tece em

dialogo com outras redes ja tecidas

no passado e com as que estao hoje

em constru<;:ao. Este texto quis ape

nas mostrar-Ihe que voce tambem e

urn tecelao dessa rede.