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A presente edição segue a graa do novo Acordo Ortográco da Língua Portuguesa [email protected] www.marcador.pt facebook.com/marcadoreditora Copyright © 2014 Cristina Candeias © 2014 Direitos reservados para Marcador Editora uma empresa Editorial Presença Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo 2730-132 Barcarena Autor: Cristina Candeias Revisão: Paula Caetano Paginação: Gráca 99 Capa: Vera Braga / Marcador Fotograa de capa: Mário Príncipe Impressão e acabamento: Multitipo – Artes Grácas, Lda. ISBN: 978-989-754-105-6 Depósito legal: 377 250/14 1.ª edição: julho de 2014 A autora assume, de forma individual, toda a responsabilidade pelos textos e outros materiais publicados nesta obra, asseguran- do a originalidade do copyright e a não violação de direitos de terceiros

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A presente edição segue a grafi a do novo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa

[email protected]/marcadoreditora

Copyright © 2014 Cristina Candeias

© 2014Direitos reservados para Marcador Editorauma empresa Editorial PresençaEstrada das Palmeiras, 59Queluz de Baixo2730-132 Barcarena

Autor: Cristina CandeiasRevisão: Paula CaetanoPaginação: Gráfi ca 99Capa: Vera Braga / MarcadorFotografi a de capa: Mário PríncipeImpressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráfi cas, Lda.ISBN: 978-989-754-105-6Depósito legal: 377 250/14 1.ª edição: julho de 2014

A autora assume, de forma individual, toda a responsabilidade pelos textos e outros materiais publicados nesta obra, asseguran-do a originalidade do copyright e a não violação de direitos de terceiros

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Índice

Sobre a autora ......................................................................................................................... 9

Prefácio ............................................................................................................................................. 13

1. Introdução ......................................................................................................................... 15 2. Karma e reencarnação ..................................................................................... 21 3. Aspetos do karma – Saturno ................................................................. 31 4. Saturno nas casas .................................................................................................... 37 5. A pacifi cação como processo de evolução ....................... 55 6. As perdas ............................................................................................................................ 63 7. A depressão .................................................................................................................... 71 8. Relacionamentos afetivos .......................................................................... 79 9. Amar .......................................................................................................................................... 8510. Chaves para um relacionamento de sucesso ................ 9111. Comportamentos que podem destruir uma relação... 10112. Tipos de violência que transportamos ................................... 10913. Laços kármicos /Dor ........................................................................................ 11514. Laços kármicos positivos /Amor .................................................. 12915. O Zodíaco........................................................................................................................... 133

Conclusão ...................................................................................................................................... 147

Dedicatória .................................................................................................................................. 149

Bibliografi a .................................................................................................................................. 151

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BARCO NEGRO(David Mourão -Ferreira)

De manhã, que medo, que me achasses feia!Acordei, tremendo, deitada n’areiaMas logo os teus olhos disseram que não,E o sol penetrou no meu coração.

Vi depois, numa rocha, uma cruz,E o teu barco negro dançava na luzVi teu braço acenando, entre as velas já soltasDizem as velhas da praia, que não voltas:

São loucas! São loucas!

Eu sei, meu amor,Que nem chegaste a partir,Pois tudo, em meu redor,Me diz que estás sempre comigo.

No vento que lança areia nos vidros;Na água que canta, no fogo mortiço;No calor do leito, nos bancos vazios;Dentro do meu peito, estás sempre comigo.

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Sobre a autora

Cristina Candeias nasceu em Moçambique, a 22 de março de 1966. É nativa do signo de Carneiro,

o primeiro da roda do Zodíaco.Desde muito jovem que se interessa por Astrologia,

tendo -se dedicado a esta arte a partir dos 18 anos. Ao con- cluir os seus estudos académicos, ingressou na Função Pública e, em seis meses, conseguiu uma ascensão pro-fi ssional que a levou a ocupar um cargo de chefi a.

Em simultâneo, desenvolveu os seus estudos em Astrologia, tendo frequentado as mais conceituadas escolas, como Quíron (Centro Português de Astrologia), Mar Portuguez, Mundo Místico, Espaço Aberto.

Em 1996, assumiu publicamente o seu trabalho como astróloga profi ssional. Em 1998, deu mais um passo na sua carreira, ao participar no Congresso Ibérico de Astrologia.

Desde de março de 2000 que é convidada a partici-par nas Feiras do Oculto, realizadas no Porto, em San-tarém e em Oeiras.

O ano de 2002 é, defi nitivamente, um período mar-cante na vida de Cristina Candeias.

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Em fevereiro de 2002, é convidada, pela RTP, a par-ticipar no programa Praça da Alegria, onde diariamente dá consultas de Astrologia em direto. Abre, em maio, em Vila Nova de Gaia, um novo Atelier de Astrologia, onde dá consultas e cursos.

Em julho de 2002, publica o seu primeiro livro, Astrologia, Karma e Felicidade, dando assim a oportuni-dade a milhares de leitores de acompanharem os seus ensinamentos, de modo a viverem a vida de uma forma mais positiva.

Em junho de 2003, foi a única participante portu-guesa no Congresso Internacional de Astrologia, em São Paulo, Brasil.

No dia 22 de março de 2005, a RTP ofereceu -lhe, como presente de aniversário e reconhecimento pelo seu profissionalismo, a transmissão em direto de teste munhos de várias personalidades, nomea-damente Clemente, Adelaide Ferreira e Dulce Gui-marães, que, neste dia tão especial, quiseram feli citá -la.

Em julho de 2005, lança o seu segundo livro, Astro-logia – Arte Divina, na Exposição Esotérica «Espaço de Luz».

Em abril de 2006, apresenta a conferência «Astro-logia, Arte Divina».

Em novembro de 2006, inicia os cursos de Astrologia e Tarot, e lança o Kit Tarot.

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Publicou também A Chave da Vida (2008), As 7 Chaves da Cura (2009) e Agenda Lunar 2010 (2009).

Contatos da autora91 696 54 53 / 96 455 33 53

[email protected]

[email protected]: astróloga.cristina.candeias

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Prefácio

Conheço a Cristina há muitos anos. Sempre a con-siderei uma mulher de armas, sábia e serena. Uma

mulher que sabe do que fala e que serve a Astrologia, não se servindo dela. Muitas foram as ocasiões em que, em conversas descomprometidas, me deu algu-mas diretrizes sobre a minha vida. Sempre sem inva-dir, sempre sem hesitar. Como a Cristina diz no início deste livro, é muito importante saber ouvir quem está aberto a falar sobre si e disposto a mudar aquilo com que não se sente bem. Faço desta frase uma analogia à minha profi ssão: saber ouvir é muitas vezes mais importante do que intervir. E a Cristina sabe ouvir. E ajuda a descomplicar, porque por vezes a vida é um novelo de lã criado pelas circunstâncias e basta encon-trar a ponta do fi o.

Este livro fala de pessoas. Tudo o que aqui é abor-dado faz parte das principais preocupações do ser humano. A busca, a perda, a autoestima, as priorida-des e, sempre, em primeiro e em último lugar, o Amor. O amor -próprio e pelo outro. «Devemos aceitar tudo

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o que a vida nos traz, tudo de bom e tudo de menos bom, pois ambos fazem parte do nosso percurso de seres humanos em evolução.» Nem mais, Cristina. Por mais que o barco se afaste da costa, a maré acaba por devolvê -lo à praia. Assim são as nossas emoções, os nossos sentimentos, as nossas dúvidas e anseios. No fi m das tempestades, os dias de sol sabem a ouro. E todas as pessoas sabem que isto é a mais pura verdade, porque nascemos para sermos felizes. E se a felicidade fosse fácil, não teria o mesmo sabor.

Este não é um livro de autoajuda, nem pretende ser uma tese de mestrado sobre Astrologia. É um livro sobre todos e sobre cada um, porque em cada linha vamos encontrar um pouco do que já vivemos e do que ainda vamos viver. E vamos ser direcionados para o bem -estar, para a serenidade, para o altruísmo, para a felicidade.

Obrigada, Cristina.Por este livro.Pela tua amizade.

TÂNIA RIBAS DE OLIVEIRA

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1. Introdução

Nada é por acaso. Reitero vezes sem fi m que não há coincidências e, à medida que o tempo passa, con-

fi rmo com o selo da defi nitividade esta afi rmação.Queria ser psicóloga e tornei -me astróloga. Não

estou arrependida, porque sei hoje que tinha de ser astróloga. Penso nas semelhanças entre uma e outra profi ssão. Ambas ajudam e levam a um autoconheci-mento, são sol em dia de nevoeiro. Espécie de bússola, indicando caminhos que, em liberdade, podemos, ou não, seguir.

Há 18 anos que oriento pessoas. Perdi a conta de quantas vieram em busca de um caminho para as suas vidas. Lembro -me das histórias de vida que as trouxe-ram ao meu encontro, no momento e na hora certa. Em todas elas existem, em regra, dramas, difi culdades, adversidades económicas, sociais, preocupações de diversa ordem mas, apesar de serem vidas com histó-rias humanas dramáticas, em todas elas existe uma temática comum, que a torna a pedra de toque de cada vivência humana: a busca do Amor.

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Ao longo destes anos nem sempre foi fácil escutar. O simples ato de ouvir exige do interlocutor um equi-líbrio para, de forma equidistante, poder orientar e ajudar. Por isso, quem escuta necessita de ter momen-tos de recolhimento, de busca do seu próprio equilí-brio interior, para colocar em prática a arte da astrologia, que permite um reencontro com a nossa identidade, com o conhecimento de parcelas da nossa existência que muitas vezes desconhecíamos ou nem imaginávamos que pudessem existir. É, sem dúvida, o primeiro passo para a descoberta de um sentido de vida. Não de qualquer caminho, mas daquele registo gráfi co no céu, na hora e no momento exato do nosso nascimento. Por isso, não há pessoas nem almas iguais. Cada ser humano é único e traz a marca da sua pes-soalidade, que o diferencia dos demais. Compreender o karma e aceitar, é o caminho para conhecer o pre-sente. Por isso, aconselho todo o ser humano a fazer um mapa astral anual para ajudar esse autoconheci-mento.

Ao longo destas páginas, os meus caros leitores vão obter respostas sobre os «PORQUÊS» da vida, vão encontrar ajudas, porque ao longo da minha experiên-cia profi ssional posso assegurar que o simples ato de ajudar só ganha sentido se quem dela necessita estiver em comunicação, ou seja, se o outro estiver disposto a conectar -se com a vida, abrindo as portas para uma

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verdadeira mudança. Sem abertura e vontade, nada nem ninguém conseguirá transformar -se. Daí, ser tão importante esse primeiro Amor: o amor ao nosso «eu», àquilo que somos na nossa mais profunda essência e que nos identifi ca. Se não soubermos gostar de nós, se não formos capazes de nos amar, difi cilmente podere-mos amar os outros, ou abrir aos outros as janelas do nosso coração.

A vida é um retorno. Esse retorno começa precisa-mente no momento da nossa primeira respiração, é a primeira troca que fazemos com o Universo. Muitos dos nossos problemas de hoje foram originados num passado, repercutindo -se no presente pela forma repe-titiva de padrões de pensamento/ação humana.

Nos encontros que a minha vida profi ssional me proporcionou, pude verifi car que muitos desses rostos tiveram percursos de vida difíceis, que podiam ter sido evitados ou atenuados, por muitos dos problemas serem construções dos próprios, ou causados por pro-cessos educacionais rígidos, ou demasiado liberais, onde a problemática dos afetos estava sempre pre-sente. As primeiras pessoas com as quais temos contato (mãe e pai) mostram os arquétipos quer masculinos, quer femininos, com os quais iremos relacionar -nos. Está provado cientifi camente que a evolução do ser humano depende da educação (70%) e da herança genética (30%). Por isso, é importante percebermos

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quem somos, conhecermos o nosso mapa astral, o nosso karma positivo e negativo, como um registo individual marcado no céu a partir do nosso nasci-mento, num jogo de xadrez construído pelos planetas, para, desta forma, darmos o primeiro passo da nossa transformação interior e, a partir dela, sentirmos as mudanças que se operam, quase de imediato, nas nos-sas vidas. Todo este conhecimento que podemos adquirir através do nosso mapa astral não colide com os credos que possamos professar.

Se atraímos acontecimentos de dor, é porque eles fazem parte do nosso processo evolutivo, resultando em crises (crises pessoais de identidade, profi ssionais, emo-cionais). Não devemos assumir um comportamento de vítima, nem tão pouco culpar ninguém, mas questionar os fatores que levaram às crises, trabalhando as energias numa postura de autoanálise e introspeção, a fi m de transformar essa energia em oportunidades, de forma a evoluirmos e a tornarmo -nos seres mais completos.

A necessidade de deixarmos reformatar o nosso modo de pensar e de agir, por intermédio de uma ati-tude positiva perante as coisas que nos rodeiam, é a chave necessária para fortifi car o nosso ser e conduzir a caminhos de maior prosperidade em vários domí-nios de vida.

Se, nestas páginas, o leitor encontrar um ponto de refl exão para outras viagens, poderei dizer que o objetivo

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deste livro foi cumprido. Numa época em que tudo parece ser instantâneo, onde nada parece ter tempo sufi ciente para criar raízes fortes e saudáveis, urge refl e-tir sobre o Amor. Palavra tão banalizada e tantas vezes desvirtuada mas seiva da vida, porque nada nasce, cresce ou se desenvolve se não for regado pelo Amor.

Descobri através das minhas pesquisas que tudo está infi nitamente certo. Não há uma só lágrima que role na nossa face que não seja necessária à lapidação do nosso espírito, porque, algures no tempo e no espaço, alguma lei foi infringida por nós, e não é por acaso que determinadas pessoas surgem na nossa vida em determinados momentos para nos fazer vivenciar certos bloqueios que trazemos do passado.

Assim, devemos aceitar tudo o que a vida nos traz, tudo de bom e tudo de menos bom, pois tudo isso faz parte do nosso percurso de seres humanos em evolução.

Sem dor, o homem caminha na estagnação. A dor é sinónimo de evolução. Então, bem -haja a dor.

As linhas emaranhadas de um novelo de nada ser-vem. Temos de ter a fl exibilidade e a paciência de ten-tar desenrolar o fi o que vai desembaraçar o novelo, e não devemos cortá -lo, pois isso é violência versus desenvolvimento.

Todos nós nascemos com nós de dor, assim como virtudes e talentos, pois isso corresponde ao caminho da nossa alma do passado.

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2. Karma e reencarnação

Cada vida corresponde a mais um degrau que va-mos subir lentamente até dissolvermos todos os

nosso bloqueios.As reencarnações sucessivas permitem não só

vivenciar experiências múltiplas, mas também atingir um grau mais elevado de ascensão.

Este tema é ainda um mistério para a maioria dos ocidentais, mas todos nós já passámos por sensações de déjà vu.

Quantas vezes estivemos em determinado lugar pela primeira vez, ou conhecemos uma pessoa, e tive-mos a sensação de já ali ter estado, ou de já conhecer-mos essa pessoa?

Quem não sentiu já empatia ou repulsa imediata por alguém que acaba de conhecer?

Acredito que nada, nem ninguém, se cruza por acaso nesta vida.

Para todos aqueles que acreditam na reencarna-ção, estas sensações têm uma explicação: signifi cam que já vivemos outras vidas, noutros locais, da mesma

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forma que os países pelos quais sentimos simpatia são aqueles onde vivemos etapas felizes, assim como sentimos antipatia pelos países onde vivemos proces-sos de dor.

Transportamos dentro de nós memórias das situa-ções que já vivemos e, quando passamos por esta vida, temos tendência a criar laços pessoais ou terminar estórias começadas no além, há seculos ou décadas.

Estamos de passagem pelo mundo até encontrar-mos o signifi cado da vida. Quem acredita na reencar-nação, sabe que é possível recordar memórias de outras vidas, através da terapia de regressão.

Para a astrologia kármica, onde o tema da reencar-nação é fundamental, o objetivo é libertarmo -nos dos medos do passado, dos nós de dor que nos condicio-nam, de situações trágicas e violentas que vivemos, cujas memórias transportamos dentro do nosso ser. Só quando nos libertamos do passado, podemos conti-nuar o nosso processo de evolução e subir na espiral da luz.

O karma é uma palavra sânscrita que signifi ca «ação». É a teoria pela qual toda a ação corresponde a uma rea-ção de natureza semelhante na lei imutável a que todos nós estamos sujeitos: colhemos o que plantamos.

A lei do karma é comparada à lei mecânica de Newton que estabelece «que toda a ação desencadeia uma reação igual e oposta».

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A lei do karma parte do princípio de que a vida é uma experiência contínua, de algum modo limitada a uma encarnação num mundo material.

Logo, a lei do karma é inexplorável.Muitas são as correntes espirituais, em grande parte

situadas no Oriente, como o Budismo ou o Hinduísmo. Citando o mestre Paramahansa Yogananda, «sorte, karma, destino – chamem -lhe o que quiserem – existe uma lei de justiça que de algum modo, mas não por acaso, determina a nossa raça, a nossa estrutura física e algumas das nossas características mentais e emocio-nais.

O importante é compreender que, se não pudermos fugir ao nosso modelo básico, podemos agir em confor-midade com ele – e assim sermos livres. Somos livres de selecionar e de escolher até aos limites do nosso entendimento e, se exercemos corretamente o nosso poder de escolha, o nosso entendimento desenvolve -se. Depois de ter escolhido, o homem deve aceitar as con-sequências da sua escolha e continuar a partir dela.»

Neste sentido, a vida é predestinada por nós mes-mos como se fosse um tabuleiro de xadrez, mas somos nós que movimentamos as peças, que criamos a nossa vida, o nosso destino, com base em atos, pensamentos, sentimentos. Ou seja, não somos vítimas de um des-tino traçado, mas sim responsáveis por todas as nos-sas ações e decisões.

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Sujeito a esta lei espiritual, o ser humano disfruta sempre da sua liberdade de ação, da sua escolha sem-pre ilimitada. No crescimento do seu desenvolvi-mento, todo o ser humano está reencarnado na Terra para aprender algo, resgatar algo, concluir algo, no longo caminho em direção ao aperfeiçoamento.

Nesta grande viagem, passamos por um longa caminhada onde vamos defrontar -nos com obstáculos, situações e vivências de difi culdades, alegrias e gló-rias, até adquirirmos a compreensão que nos levará um dia a sermos mais iluminados.

A lei do karma visa manter a justiça e as leis uni-versais. Poderemos verifi car o karma de cada ser humano a partir do seu nascimento, que corresponde ao nosso mapa natal, ao nosso registo gráfi co do céu, desde a nossa primeira respiração, tendo em conta a data, hora e local de nascimento.

Para uma melhor visualização da lei do karma, o horóscopo mostra todos os modelos espirituais de cada pessoa, os nossos condicionalismos do passado, as capacidades mentais, os talentos, os bloqueios, os desafi os, o que somos agora devido ao que construí-mos num passado.

Nesta simbiose energética, começa todo o tipo de trocas que vamos efetuar com o Universo durante a nossa existência na Terra; ao inspirarmos e expirar-mos, estamos a efetuar essa troca de energia.

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Assim, existe uma inter -relação vibratória, de ener-gia, que tem diferentes níveis, e tal como o nosso está-gio na luz, as energias têm diferentes níveis vibratórios; é o caminhar da violência para a não -violência, o cami-nhar da matéria para o espírito, que é o último expoente da evolução humana. Todos nós caminhamos do homem primitivo até Buda.

O karma refl ete a lei da causa e efeito, ou seja, toda a ação provoca uma reação nesta ou noutra vida.

Essa reação é semelhante àquela que provocamos; por isso é que no presente estamos condicionados por tudo o que já fi zemos de errado e de bom. Porque o karma não consiste unicamente nas situações ou acon-tecimentos negativos, também existe o karma positivo, que corresponde aos nossos talentos, a tudo aquilo que se manifesta em nós com facilidade, a todas as pessoas que se cruzam na nossa vida por bem, os nossos ami-gos, as pessoas que nos fazem evoluir através de bons acontecimentos.

Todos nós somos marcados à nascença pelo tipo de viagem que viemos fazer à Terra, mas é nossa a deci-são de como vamos fazê-la.

O mapa astral mostra precisamente quais os nossos potenciais energéticos – difi culdades, virtudes, blo-queios e talentos – as nossas aptidões, o tipo de con-fl ito e qual a área de vida onde vamos ter de vivenciar a dor.

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O karma é o princípio da casualidade universal, perpetuado pela ação de alguém.

Cada pensamento, palavra, ação e desejo tem uma qualidade dinâmica, produzindo bons e maus resul-tados; a nossa ação é um fator preponderante para mudar uma vida ou moldar um destino (assim estava escrito). Ações dão origem a efeitos, e o somatório des-sas ações determina a natureza, o status e as circuns-tâncias de felicidade, ou infelicidade, da pessoa na sua próxima reencarnação. E assim, sucessivamente, de vida para vida, a nossa alma vai subindo em conheci-mento e em luz.

A pacifi cação não é resignação e muito menos cul-par os outros pelos nossos fracassos.

É muito comum ouvir nas minhas consultas, «eu sou o que sou porque a minha mãe não me amou… não tinha condições para eu estudar… sou um fracasso porque… fi z um mau casamento porque… tive uma relação destrutiva porque… não tenho sorte… nunca fui feliz…» Todas estas palavras são as grandes descul-pas que o ser encontra para a autocomiseração.

Na realidade, o processo é bem diferente; é preci-samente o oposto, ou seja, a pessoa é o que é e vai atrair a família de que precisa para vivenciar os seus processos kármicos.

As pessoas têm tendência para utilizar o karma como desculpa, para não evoluírem, para não mudarem,

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para se resignarem, para não mudarem os seus padrões mentais, emocionais.

É muito comum que o ser humano encare o karma da seguinte forma:

Se é karma então… vou sofrer sempre!Não vale a pena eu fazer nada!A vida não faz sentido.Estou cansado de sofrer.Nunca fui feliz.

Certas pessoas vivem dores não por karma, mas por patologias diferenciadas e por certos padrões de comportamento negativos, que continuam a repetir ao longo da vida.

O karma não é o termo mais correto para se anali-sar a nossa intervenção na criação de uma experiência dolorosa.

Dou o exemplo de uma pessoa que é vítima de vio-lência doméstica. Sofre maus tratos físicos e psicológi-cos, mas quando questionada sobre a resolução desse problema, que implica uma decisão, diz: «Não posso… Porque ele é o homem da minha vida, gosto muito dele, não saberia viver sem ele!»

Não se pode dizer que isto é karma. Com a tomada de resolução de uma situação factual, isto é resistên-cia à mudança; é teimosia, insegurança fi nanceira,

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insegurança emocional, medo do futuro, ou são pato-logias do foro psicológico. Não podemos esquecer-nos de que somos intervenientes diretos na nossa vida, somos responsáveis pelas nossas decisões. O mapa astral diz -nos qual o caminho que devemos escolher, mas a estrada, ou a forma de chegarmos ao caminho, é uma decisão nossa: podemos fazer essa viagem a pé, de carro, comboio ou avião.

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SATURNO

O grande professor da vida

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3. Aspetos do karma – Saturno

Os planetas envolvidos em aspetos difíceis dão -nos uma visão do tipo de karma que viemos resolver

nesta vida.Todo esse emaranhado de linhas e planetas revela

quais os nossos pontos frágeis no mapa. Mostram igualmente quais as áreas de vida em que necessita-mos de nos esforçar mais para alcançarmos segurança e tranquilidade.

Um planeta com aspetos tensos mostra a área de vida que vivenciámos mal no passado, mostra onde fomos irresponsáveis, mostra onde construímos karma negativo.

É onde existe um bloqueio.Nesta vida, temos a obrigação de resolver e ultra-

passar esses bloqueios. Contudo, quanto maior é a tensão (mapa com muitos aspetos dissonantes), maior é a capacidade e o potencial energético.

Todos os grandes mestres da História tinham mapas muito tensos (quadraturas, oposições e conjunções a

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planetas maléfi cos), e isso foi o motor impulsionador para a mudança e a superação dos obstáculos.

Todos os planetas do Zodíaco são importantes para fazer a análise de um mapa astral. Todos eles têm um signifi cado especial, que nos ajuda a decifrar os aspe-tos kármicos da vida.

Saturno representa o Senhor do Karma, ou seja, o grande professor da vida. É considerado o grande Mestre, porque nos mostra sempre o que vamos aprender. Indica -nos onde reside o nosso medo, onde temos um nó de dor, e o que precisamos de vivenciar.

Todos temos um Saturno em algum lugar do nosso mapa astral, em alguma área de vida, onde fi cámos «presos» no passado. É a área sombra, da qual procuramos fugir, onde somos mais críticos e exigentes. É precisamente nessa área que vamos ter de vivenciar o nosso processo para adquirir experiên-cia e maturidade. Um dia, seremos também Mestres por intermédio do nosso medo. O nosso infortúnio virá desses aspetos onde nos revelamos mesquinhos, estreitos e pequenos. Por isso, será precisamente nessa área de vida que teremos de assumir as nossas responsabilidades, desenvolvendo a nossa maturi-dade e disciplina.

Encontramos Saturno nos assuntos a que damos maior relevância e com os quais, um dia, seremos

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capazes de lidar de forma tranquila, com sabedoria e maturidade.

Saturno leva 29 anos a completar um ciclo do Zodíaco. Deste modo, todos os seres humanos estão mais condicionados pelo karma negativo do passado, ou seja, todos os seres humanos entre os 28 e os 30 anos e entre os 58 e os 60 anos passam por uma grande mudança na sua vida, da qual pode resultar uma grande libertação. A partir deste ciclo, abre -se uma nova janela para a vida, com outra leveza.

Entre os planetas do Zodíaco, Saturno tem um lugar de destaque, pois onde quer que esteja vamos encontrar um medo, um nó de dor para vencer.

Todo o ser humano tem o planeta Saturno algures no seu tema, em alguma área de vida. É sempre onde temos tendência para fugir, mas é onde temos de vir ganhar maturidade e experiência, onde temos de vir vivenciar o nosso processo.

Um dia no tempo, todos nós temos de aprender a pacifi car -nos com as dores; portanto, nunca devemos resistir. É na mudança do «eu», dos medos, dos blo-queios que carregamos de vidas passadas, que nesta vida iremos buscar mais sabedoria para resolver o nosso karma.

As pessoas com as quais temos uma relação mais próxima e íntima são aquelas com quem temos de res-gatar mais karma.

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Esse karma nem sempre é negativo, pois existem pessoas e situações que se cruzam na nossa vida para nos ajudar a superar difi culdades e obstáculos; isso faz parte do nosso karma positivo. Saturno e Plutão são temidos em termos kármicos pela sua (nefasta) infl uên-cia. A casa e o signo onde se situam mostram -nos onde temos de ir viver as nossas dores, onde tem de existir a morte do nosso velho ego, onde não usamos bem o nosso poder (Plutão). Daí que tem de haver uma abo-lição total de ego como forma de redenção. O planeta Plutão está relacionado com o signo de Escorpião. O poder e a forma como lidamos com ele, quer de forma individual ou coletiva, é uma das cobranças de Plutão no nosso mapa astral, assim como assuntos relaciona-dos com sexo, morte e renascimento. O posiciona-mento nas casas e nos signos, e a sua interligação com os restantes planetas, dão -nos a visão e a predisposi-ção daquilo que a Alma vem viver nesta nova vida. Determina a área de vida em que cada um de nós terá mais trabalho e que exigirá varias ações efetivas para se vivenciar o karma. O karma não gera apenas sofri-mento, pois existe o karma negativo que chega até nós através de todas as dores que vivenciamos, e o karma positivo que representa todas as bênçãos que temos nesta existência, todas as situações prazerosas que nos trazem alegria.

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