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acústicoB

Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta publicaçãopode ser reproduzida, arquivada

ou transmitida de qualquerforma ou por qualquer meio sempermissão expressa e por escrito

da Knauf do Brasil Ltda.

Produção editorial:WORD ComunicAção

Edição e revisão:Allen A. Dupré (MTb 9057)

Arte e editoração:Manoel Donizeti

2ª edição - revistaImpressa em junho de 2006

Gráfica ?????Estado, UF

Knauf do Brasil Ltda.Praça Floriano, 19 - cj. 3001

21000-000 - Rio de Janeiro, RJTel. (21) 2195-1161

[email protected]

Serviço de Atendimento Knauf0800-704-9922

[email protected]

ABC do Conforto Acústico é uma obra patrocinada eproduzida pela Knauf do Brasil Ltda. Direitos reservados.

3

Hélio A. GrevenDoutor-engenheiro pela Universidade de Hannover, Alemanha, e

Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil -PPGEC - NORIE - Núcleo Orientado para a Inovação na Edificação -

Depto. de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Hilton A. V. FagundesArquiteto formado pela Universidade de Stuttgart, Alemanha

e Mestrando do NORIE - UFRGS

.Alan A. EinsfeldtArquiteto formado pela Unisinos-Universidade do Rio dos Sinos

São Leopoldo, RS

ABC

este trabalho tem o patrocínio de

DO

CONFORTOACÚSTICO

4

5

PREFÁCIO

O quotidiano nas cidades nos expõe continuamente a impactos de sons e ruídos quepodem comprometer nossa qualidade de vida. O binômio som/ruído nos impele a reavaliaros ambientes construídos, buscando soluções que permitam reduzir convenientementeesses intervenientes, que, além de provocar desconforto físico, são geradores deperturbações nervosas, estresse e podem até ocasionar a perda parcial ou total da audição.Os ruídos são caracterizados por um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano.A noção de ruído é subjetiva e depende de quem o percebe. Isso explica a diferençade percepção entre os que estão voluntariamente em ambientes de discotecas esimilares, onde o som (ou ruído?) alcança níveis de intensidade sonora próximos dolimiar da dor, e os participantes “involuntários”, que, por proximidade ou vizinhança,se sentem agredidos e têm seu ritmo biológico perturbado.Os problemas humanosfísicos e psíquicos mais comuns decorrentes dos ruídos são redução de produtividade,desconforto acústico e ausência de privacidade.As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. Os ruídosmais intensos no nosso dia-a-dia são os produzidos por turbinas de aviões, tráfegorodoviário e ferroviário e aparelhos sonoros.Existem três ações básicas que, implementadas isoladamente ou em conjunto, podemsolucionar satisfatoriamente os inconvenientes causados por sons e ruídos“exteriores” ou “interiores”:• Tratamento da fonte de ruído• Tratamento acústico do caminho do som• Proteção acústica do compartimento do receptorEssas ações podem ser convenientemente identificadas a partir de índices e coeficientesdeterminados em laboratório e transpostos para utilização nos ambientes construídos.A KNAUF do Brasil, consciente das necessidades e interesses de arquitetos, enge-nheiros, designers de interiores e outros profissionais ligados à construção civil,elaborou o ABC DO CONFORTO ACÚSTICO com o objetivo de permitir a elabo-ração de prognósticos básicos do comportamento acústico dos ambientes construídos.Os Sistemas Drywall KNAUF, utilizados em paredes, revestimentos e tetos,apresentam soluções que, individualmente ou em conjunto, possibilitam tratamentosacústicos diferenciados, garantindo o conforto acústico dos ambientes construídos.ABC DO CONFORTO ACÚSTICO é uma abordagem prática de abrangênciaespecífica e não pretende esgotar um campo tão amplo como o da acústica.

6

7

SUMÁRIO

1. Conforto acústico – considerações gerais ........................................... 91.1 Som .................................................................................................. 91.2 Ruído ................................................................................................. 91.3 Caracterização do som ....................................................................... 9

1.3.1 Nível do som ........................................................................... 91.3.2 Freqüência do som .................................................................. 9

1.4 Campo audível ................................................................................... 101.5 Sensibilidade auditiva ......................................................................... 111.6 Decibel dB e decibel dB(A) .............................................................. 111.7 Adição de níveis sonoros .................................................................... 131.8 Medição de ruído ................................................................................ 13

2. Ruídos aéreos nos ambientes construídos ............................................ 172.1 Reflexão do som .................................................................................. 172.2 Reverberação do som .......................................................................... 172.3 Absorção do som/absorção acústica ..................................................... 182.4 Transmissão do som ............................................................................. 212.5 Isolamento acústico/isolamento sonoro ............................................... 212.6 Isolamento padronizado entre dois locais ........................................... 22

3. Condicionamento acústico ....................................................................... 243.1 Conceitos ............................................................................................. 24

3.1.1 Absorção acústica ...................................................................... 243.1.2 Isolação acústica ........................................................................ 24

3.2 Absorção/isolação ................................................................................ 243.3 Terminologia e grandezas .................................................................... 25

3.3.1 Índice de redução acústica R .................................................... 253.3.2 Índice de redução acústica de laboratório R ............................. 253.3.3 Índice de redução acústica do ambiente construído R’.............. 253.3.4 RL .............................................................................................. 263.3.5 RLw ........................................................................................... 263.3.6 RLwR ........................................................................................... 263.3.7 R’................................................................................................ 26

4. Transmissão de sons aéreos ....................................................................... 274.1 Índices R’w exigidos para paredes separadoras entre ambientes

construídos ........................................................................................... 274.2 Índices R’w exigidos para paredes separadoras entre ambientes

“ruidosos” ............................................................................................ 28

8

4.3 Recomendações para conforto acústico – normal e superior ............... 284.4 Elementos construtivos conformadores dos flancos ............................ 29

4.4.1 RLwR – Tetos .............................................................................. 294.4.2 RLwR – Pisos ............................................................................. 304.4.3 RLwR – Paredes ......................................................................... 31

4.5 Paredes Knauf de gesso acartonado ..................................................... 324.5.1 Paredes com estrutura metálica ............................................... 32

5. Método de Avaliação e Simulação ........................................................... 345.1 Simulação ............................................................................................. 34

5.1.1 Paredes divisórias entre ambientes .......................................... 355.2 Ábaco para verificação das características acústicas ........................... 36

5.2.1 Ábaco - modelo ....................................................................... 375.3 Exemplo 1 ............................................................................................ 385.4 Exemplo 2 ............................................................................................ 39

Bibliografia ............................................................................................... 41

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1. CONFORTO ACÚSTICO - CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 SOMO som é uma sensação auditiva ocasionada pela vibração de partículas dear transmitida ao aparelho auditivo humano. É uma transmissão aérea. Avelocidade de transmissão do som é diretamente proporcional à distânciaentre as moléculas constituintes do meio. Quanto mais próximas entre siestiverem, mais rápida será a propagação do som; no ar a velocidade é de340 m/s, sendo maior nos líquidos e maior ainda nos sólidos. Na ausênciade ar (vácuo), o som não se propaga.A música é uma seqüência de sons agradáveis. A música é a “arte dossons” . A noção de música depende da cultura do ouvinte.

1.2 RUÍDOO ruído pode ser caracterizado como sendo a sensação psicológica resultantede um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano. A noção de ruído ésubjetiva e depende de quem o percebe. Neste trabalho, a conceituação de“som” e “ruído” fica a critério do leitor, uma vez que a subjetividade dasensação varia de indivíduo para indivíduo.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO SOMO som (puro) é caracterizado por seu nível e pela sua freqüência, sendoainda diferenciado pelo tom e pelo timbre.

1.3.1 Nível do somO nível do som (nível sonoro) expresso em dB (decibel), é obtidopelo uso de equipamentos medidores, os quais determinam aintensidade sonora real por comparação a um nível de referência.As Normas Brasileiras e Internacionais o definem como Nível dePressão Acústica, Lp.

(∗)

1.3.2 Freqüência do SomA freqüência do som em Hz (Hertz) exprime o número de vibraçõespor segundo. É a freqüência que permite distinguir um som gravede um som agudo, determinando o tom do som percebido.

(*) A NBR 12179/1992 utiliza os termos “pressão acústica”, “pressão sonora”e “intensidade sonora” para caracterizar o mesmo fenômeno.

10

O tom é a interpretação subjetivada freqüência de um som. Isso ficaclaramente estabelecido para sonscom tonalidade pura. Sonscomplexos são fisicamentedeterminados por seus espectros,cuja interpretação subjetiva é otimbre. A figura 1 mostra uma ondade som puro, e os espectros de umassobio e de um estrondo. FIGURA 1 - Sons puros e sons complexos

1.4 CAMPO AUDÍVELO campo audível do ouvido humano está compreendido aproximadamenteentre 20 e 20.000 Hz. A voz humana se situa entre 500 e 1.000 Hz. Asnormas específicas utilizam o campo de 100 a 5.000 Hz, e foiconvencionado subdividi-lo em bandas de seis (6) oitavas, com terçosmédios centrados em 125, 250, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. As duasprimeiras oitavas, com terços médios em 125 e 250 Hz, correspondem aossons graves; as duas oitavas seguintes, 500 e 1.000 Hz, correspondem aossons médios; e as duas últimas , 2.000 e 4.000 Hz, aos sons agudos.

FIGURA 2 - Bandas de oitavas e terços médios de oitavas

ESTRONDO

ASSOBIO

SOM PURO

11

FIGURA 3 - Curvas de WEBER-FECHNER

1.5 SENSIBILIDADE AUDITIVAEstudos sobre a sensibilidade doaparelho auditivo humano de-monstraram que as nossasimpressões sonoras obedecem àlei de WEBER-FECHNER,segundo a qual a sensação auditivaé proporcional ao logaritmo daexcitação nas freqüências médias.O aparelho auditivo humano nãopercebe sons de freqüênciasdiferentes com a mesmasensibilidade. Também, para umafrequência dada, a sensibilidadedo aparelho auditivo humanovaria com o nível sonoro (Nívelde Pressão Acústica, Lp.).A figura 3 apresenta as curvas de igual sensação sonora do aparelho auditivohumano, na qual a parte colorida corresponde à voz humana. É importanteressaltar que o ouvido humano é mais sensível e mais preciso naidentificação de freqüências altas (médias e agudas). Nas freqüências baixas(graves), o ouvido humano é menos seletivo, o que explica a diferença desensação auditiva entre dois ruídos de um mesmo nível sonoro. Um apito(agudo) será sempre mais “sentido” do que um trovão (grave), ambosapresentando o mesmo nível de intensidade.

1.6 DECIBEL dB e DECIBEL dB(A)Para medir o nível do som/intensidade sonora/nível de pressão acústica énormalmente utilizado um equipamento denominado decibelímetro, sendoo resultado apresentado em decibéis (dB). Uma diferença de 1 dB paramais ou para menos pode ser detectada pelo ouvido humano. Se o nível depressão acústica for aumentado ou diminuído em 10 dB, o ouvido humanointerpreta como se o mesmo tivesse sido duplicado ou reduzido à metade.O nível do som é uma grandeza logarítmica que traduz o aspecto fisiológicodo fenômeno. A adição logarítmica dos níveis sonoros, por bandas deoitavas, permite obter o nível global de um ruído em decibéis. Desta maneiraum ruído é identificado por um único número, o qual por natureza nãopermite quantificar as freqüências graves, médias e agudas. Por este motivoo nível global em dB é pouco usado, dando lugar ao dB(A), um valor

Nível sonoro (dB)130

120110100908070605040

30

20

10

0

12

ponderado que leva em consideração os valores correspondentes de igualsensação sonora do aparelho auditivo humano.O decibelímetro, por meio de filtros (A, B e C), simula o comportamentodo ouvido humano. O filtro A corresponde aos níveis baixos (40 dB), já osfiltros B e C correspondem aos níveis médios (55 a 85 dB) e altos (mais de85 dB).Atualmente, somente é utilizado o dB(A) para as avaliações de ruídos,porquanto este é o filtro mais abrangente para as bandas de oitavas.As tabelas a seguir apresentam exemplos de níveis de intensidade sonora edas impressões que normalmente provocam.

Níveis de intensidade sonora - dB(A)

0 - 10 Laboratório acústico, à prova de ruídos10 - 20 Estúdios muito isolados acusticamente20 - 30 Interior de uma grande igreja30 - 40 Conversa em voz moderada40 - 50 Sala de escritório50 - 60 Lojas/ruas residenciais60 - 70 Rua de tráfego médio/fábrica média70 - 80 Orquestra sinfônica80 - 90 Rua muito barulhenta90 -110 Passagem de um trem subterrâneo

110 -120 Trovão muito forte/turbina de avião a 100 m130 Turbina de avião a 25 m/limiar da dor

Níveis de intensidade sonora x impressõesmédias relativas - dB(A)

0 - 10 dB Silêncio anormal10 - 30 dB Muito quieto30 - 50 dB Calmo50 - 70 dB Música e ruídos comuns70 - 90 dB Barulhento

90 - 110 dB Desagradável, penoso110 -130 dB Insuportável

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A adição de dois níveis sonoros iguais (60 dB), porém de freqüências muitodiferentes apresenta um resultado final a maior de aproximadamente 3 a 5 dB.

FIGURA 4 - Adição de níveis sonoros

Um ruído preponderante pode mascarar outro ruído sempre que os níveisde pressão sonora forem muito diferentes. O ruído mais forte sobrepõe-seao ruído mais fraco, ficando este último imperceptível ao ouvido humano.

FIGURA 5 - Sobreposição de níveis sonoros

1.8 MEDIÇÃO DE RUÍDO

Para definir o espectro de um determinado ruído, será necessário medi-loem várias freqüências e corrigir a curva resultante, conforme as curvasfisiológicas do aparelho auditivo humano. A possibilidade de inserir filtroscorretivos no aparelho de medida do som (decibelímetro) visa obter valoresúnicos para ruídos complexos, em vez de uma série de valores variandocom as freqüências. Os filtros funcionam como atenuadores paradeterminadas freqüências, usando curvas de referência denominadas curvasde avaliação de ruído (NC = Noise Criteria).

A tabela 1, publicada na próxima página, apresenta os níveis de ruídocompatíveis com o conforto acústico em ambientes construídos.

1.7 ADIÇÃO DE NÍVEIS SONOROSOs níveis sonoros são grandezas logarítmicas e, portanto, não podem seradicionadas aritmeticamente:

60 dB + 60 dB 120 dB

70 dB + 60 dB 130dB

14

Ambientes dB(A) NCHospitaisApartamentos, enfermarias, berçários, centros cirúrgicos 35-45 30-40Laboratórios, áreas de uso público 40-50 35-45Serviços 45-55 40-50EscolasBibliotecas, salas de música, salas de desenho 35-45 30-40Salas de aula, laboratórios 40-50 35-45Circulação 45-55 40-50HotéisApartamentos 35-45 30-40Restaurantes, salas de estar 40-50 35-45Portaria, recepção, circulação 45-55 40-50ResidênciasDormitórios 35-45 30-40Salas de estar 40-50 35-45AuditóriosSalas de concerto, teatros 30-40 25-30Salas de conferência, cinemas, salas de uso múltiplo 35-45 30-35Restaurantes 40-50 35-45EscritóriosSalas de reunião 30-40 25-35Salas de gerência, salas de projetos, administração 35-45 30-40Salas de computadores 45-65 40-60Salas de mecanografia/digitação 50-60 45-55Igrejas e templosLocais para cultos meditativos 40-50 35-45Locais para esportePavilhões fechados p/espetáculos e atividades esportivas 45-60 40-55

a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro paraconforto, enquanto que o valor superior significa o nívelsonoro aceitável para a finalidade.

b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta tabela sãoconsiderados de desconforto, sem necessariamenteimplicar risco de dano à saúde.

TABELA 1 - Valores de dB(A) e NC

FONTE: Tabela 1 – NBR 10152/1987

Notas:

15

Curva 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz 8 kHzdB dB dB dB dB dB dB dB

15 47 36 29 22 17 14 12 11

20 50 41 33 26 22 19 17 16

25 54 44 37 31 27 24 22 21

30 57 48 41 36 31 29 28 27

35 60 52 45 40 36 34 33 32

40 64 57 50 45 41 39 38 37

45 67 60 54 49 46 44 43 42

50 71 64 58 54 51 49 48 47

55 74 67 62 58 56 54 53 52

60 77 71 67 63 61 59 58 57

65 80 75 71 68 66 64 63 62

70 83 79 75 72 71 70 69 68FONTE: NBR 10152/1987

FIGURA 6 - Curvas de Avaliação de Ruído (NC)

Nota: na utilização dos valores encontrados nas curvas NC, admite-se uma tolerância de ± 1 dB.

Tabela 2 - Níveis de pressão sonora correspondentesàs curvas de avaliação de ruído (NC)

FONTE: NBR 10152/1987

NC 70

NC 65

NC 60

NC 55

NC 50

NC 45

NC 40

NC 35

NC 30

NC 25

NC 20

NC 15

125 250 500 1000 2000 400063 8000Freqüências centrais das bandas de oitava (Hz)

90

80

70

60

50

40

30

20

10

Níve

l de

pres

são

sono

ra (d

B)

16

TABELA 3Interpretação das curvas NC

Curva NC

20-30

30-35

35-40

40-50

50-55

Mais de 55

Comunicação ambiente

Escritório muito silencioso. Usosatisfatório do telefone. Adequadopara grandes reuniões.

Escritório silencioso. Satisfatóriopara reuniões entre pessoasdistantes até 4,5 m. Voz normalaudível e inteligível até 9 m. Usosatisfatório do telefone.

Satisfatório para reuniões entrepessoas distantes entre 1,8 m e2,4 m. Uso satisfatório dotelefone. Voz normal audível einteligível até 3,6 m.

Satisfatório para reuniões entrepessoas distantes entre 1,2 m e1,5 m. Dificuldade ocasional parauso do telefone. Voz normal audívelaté 1,8 m. Voz elevada até 3,6 m.

Insatisfatório para reuniões commais de 2 ou 3 pessoas. Uso dotelefone com dificuldadepermanente. Voz normal audívelaté 0,6 m. Voz elevada einteligível até 1,8 m.

Ambiente muito barulhento,inadequado para escritórios. Usodifícil do telefone.

Aplicações típicas

Escritórios de executivose salas de reuniões paraaté 50 pessoas.

Escritórios individuais oucoletivos, salas derecepção e salas dereunião para 20 pessoas.

Escritórios de dimensõesmédias e escritórioscomerciais de indústrias.

Grandes escritórios comequipamentosespecíficos: telefone, fax,micros, etc.

Áreas onde se operammáquinas ruidosas ouimpressoras matriciais.

Contra-indicado paraqualquer tipo deescritório.

FONTE: Revista TÉCHNE No 20 – Jan/Fev 1996

17

2. RUÍDOS AÉREOS NOS AMBIENTES CONSTRUÍDOS

As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. As fontesde ruído exteriores mais intensas no nosso dia-a-dia são principalmente asprovenientes de turbinas de aviões, tráfego ferroviário, máquinas usadas naconstrução civil e indústrias quando não confinadas em zonas específicas. Asfontes de ruídos interiores que maior influência têm em prédios de utilizaçãocoletiva são provenientes de aparelhos sonoros, máquinas e equipamentosespecíficos de uso doméstico e impactos contra pisos.

2.1 REFLEXÃO DO SOMAs ondas sonoras incidentes numa parede, se esta for perfeita, ou seja,pesada, indeformável, plana e lisa, sofrem reflexão. Este fenômeno secaracteriza pela permanência da energia sonora no ambiente (bate e volta).

2.2 REVERBERAÇÃO DO SOMA existência de paredes de fechamento de um ambiente construído dáorigem a sons refletidos que caracterizam o fenômeno chamado dereverberação. Existe uma unidade comparativa para medir a reverberação,definida como o tempo necessário para um som diminuir sua intensidadeà milionésima parte a partir do momento em que cessa a fonte sonora. Essedecréscimo corresponde a uma redução de 60 dB.

FIGURA 7 - Tempo de reverberação

Nível sonoro (dB)

Tempo de reverberaçãoTempo (s)

60 d

B

Tr

18

A reverberação incide de três modos na distribuição do som no ambiente:• O espectro do som reverberante não coincide com o espectro do som

direto em virtude da absorção nos diferentes materiais de construção serseletiva com relação à freqüência;

• A distribuição espacial do som não é homogênea uma vez que os materiaisabsorventes não estão distribuídos homogeneamente no ambiente (porexemplo, concentrados nas paredes);

• O som reverberante persiste um certo tempo no local, depois da supressãoda fonte sonora.

Esta terceira característica é talvez a mais significativa para o tratamentoacústico do espaço arquitetônico. Se a reverberação persistir muito tempodepois da supressão do som direto, perturbará a clara percepção (ainteligibilidade de um discurso, por exemplo). Se, ao contrário, o somdesaparecer imediatamente após a supressão da fonte acústica, além dedificultar a audição em pontos afastados da fonte, prejudicará a percepçãode alguns tipos especiais de fontes sonoras (por exemplo, grandes orquestrasprecisam de um certo tempo de reverberação para que ocorra a fusão dossons dos vários instrumentos).

2.3 ABSORÇÃO DO SOM/ABSORÇÃO ACÚSTICANenhuma parede é perfeitamente refletora das ondas sonoras e, portanto,uma parcela da energia incidente é absorvida pelo material constituinte daparede.Esse fenômeno reduz a reflexão das ondas sonoras em um mesmo ambiente,ou seja, reduz e/ou elimina o tempo de reverberação nesse ambiente.Os materiais de construção são seletivos quanto às freqüências de sons queabsorvem. Conhecendo-se as características (freqüências) de emissão eabsorção respectivamente da fonte sonora e dos materiais de construção,pode-se otimizar e/ou corrigir os tempos de reverberação de ambientesconstruídos.A energia sonora é absorvida e transformada em calor sempre que encontraum material de estrutura porosa (lã mineral, por exemplo), podendo absorverde 30% a 100% da energia incidente, dependendo da espessura do materiale da freqüência do som. Em uma edificação, com suficientes quantidadesde material absorvente acústico, o som tende a se comportar como se nãohouvesse obstáculos, ou seja, à medida em que nos afastamos da fontesonora, ocorre uma atenuação semelhante àquela que ocorreria ao ar livre.Os materiais para absorção acústica são de baixa e média densidade, fibrososou porosos. A partir disso, esses materiais podem ser classificados como:

19

• Materiais porosos, diretamente expostos: lã de vidro ou lã de rocha,feltro, espumas de poliestireno, poliuretano, etc;

• Materiais porosos recobertos por chapas perfuradas: os anteriores,combinados com chapas de gesso, lâminas metálicas, madeira e similares;

• De aplicação direta com pistola sobre a parede ou teto: espumas deresinas específicas (poliuretano, fenol, etc.) com ou sem cargas (pérolasde poliestireno expandido, vermiculita, cortiça, etc.);

• Chapas pré-fabricadas, perfuradas ou não: chapas de gesso, de fibrasde madeira, de aglomerados de gesso, de cortiça, etc.

A tabela 4 apresenta uma relação de materiais/produtos com os respectivosíndices de absorção acústica relacionados às freqüências centrais das oitavas.A inclusão de materiais/produtos combinados adequadamente permiteotimizar o comportamento acústico dos ambientes construídos.

Freqüências (Hz)125 250 500 1000 2000 4000

Materiais/Produtos/Componentes

Materiais de construção usuais, densos

Revestimento, pinturaReboco ásperoReboco lisoTeto pesado suspenso (de gesso)EstuqueSuperfície de concretoRevestimentos de pedrasChapas de mármoreRevestimento aderente de vidroRevestimento espaçado 5 cm da paredeVidraça de janela

AssoalhadosTapetes de borrachaTaco coladoCarpete de 5 mm de espessuraCarpete de veludoCarpete 5 mm sobre base de feltro de 5mm

Materiais porosos e isolantes

a) Fibras NaturaisFeltro de fibra natural, 5mm, diretamentena paredeChapa acústica macia, de fibra perfuradaranhurada, com espaço de 5 cm da parede(esp. 12 mm de gesso)Chapa acústica macia, diretamente naparede

0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,070,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,060,02 - 0,03 - 0,05 -0,03 - 0,04 - 0,07 -0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,070,02 - 0,05 - 0,07 -0,01 0,01 0,01 - 0,02 -0,04 - 0,03 - 0,02 -0,25 0,20 0,10 0,05 0,02 0,02

- 0,04 0,03 0,02 - -

0,04 0,04 0,08 0,12 0,03 0,100,04 0,04 0,06 0,12 0,10 0,170,04 0,04 0,15 0,29 0,52 0,590,05 0,06 0,10 0,24 0,42 0,600,07 0,21 0,57 0,68 0,81 0,72

0,09 0,12 0,18 0,30 0,55 0,59

0,20 0,36 0,31 0,34 0,46 0,62

0,03 0,14 0,27 0,40 0,52 0,63

20

Freqüências (Hz)

125 250 500 1000 2000 4000Materiais/Produtos/Componentes

b) MineraisParede de pedra-pomes de 100 mm, semrevestimento

c) Materiais sintéticosEspuma de uréia, 50 mm, 15 kg/m3,diretamente em parede densaChapa absorvente microporosa,espaçada da parede a 50 mmFolha absorvente fina, microporosa, a50 mm da parede, espaço vazio

Móveis/tecidos/humanosUma pessoa com cadeiraPúblico por pessoa, em fileiras fechadasCadeira estofada, chata, com tecidoTecido de algodão, esticado lisoTecido de algodão, esticado liso,50/150mm, na frente de parede lisaCortina grossa, drapeadaPúblico em ambientes muito grandes,por pessoa

Portas/janelas/aberturasJanela abertaPortas de madeira, fechadas

Co-vibradores (chapas densas e folhas)Madeira compensada de 3 mm, a 50 mmda parede, espaço vazioMadeira compensada de 3 mm, a 50 mm daparede, espaço preenchido com lã mineralLã mineral de 50 mm, coberta de papelãodenso

Sistemas absorventes especiaisCaixões de chapa perfurada, com chapas defeltro de lã de vidro de 30 mm, suspensos a180 mmChapa perfurada, forrada de lã de vidro nafrente, com 40 a 50 mm de espaço vazioChapa perfurada de 3 mm, proporção de furoscada 16%, forrada c/lã mineral de 0,5 mm nafrente, com 45 a 50 mm de espaço vazio

TABELA 4 - Índice de absorção acústica relacionados com as freqüências

Extrato da Tabela 2 da NBR 12179/1992

0,03 0,17 0,26 0,50 0,56 0,68

0,12 0,20 0,45 0,65 0,70 0,75

0,37 0,70 0,59 0,54 0,59 0,62

0,04 0,15 0,52 0,95 0,93 0,58

0,33 - 0,44 - 0,46 -0,28 - 0,40 - 0,44 -0,13 - 0,20 - 0,25 -0,04 - 0,13 - 0,32 -

0,20 - 0,38 - 0,45 -0,25 - 0,40 - 0,60 -

0,13 0,31 0,45 0,51 0,51 0,43

1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,000,14 - 0,06 - 0,10 -

0,25 0,34 0,18 0,10 0,10 0,06

0,61 0,65 0,24 0,12 0,10 0,06

0,74 0,54 0,36 0,32 0,30 0,17

0,30 0,43 0,61 0,62 0,85 0,66

0,01 0,03 0,10 0,16 0,17 0,20

0,01 0,10 0,19 0,25 0,46 0,21

21

FIGURA 8 – Incidência e transmissão de ondas sonoras

2.4 TRANSMISSÃO DO SOMNa prática, nenhuma parede se comporta como obstáculo perfeito. Sob aação de ondas sonoras que atingem uma parede, esta põe-se a vibrar.Evidentemente, essa vibração é invisível. A própria parede em vibraçãoproduz ondas sonoras nos ambientes que separa, ou seja, parte daenergia incidente pela vibração da parede é transmitida ao ambientecontíguo ou adjacente.Cabe observar que, quando se substitui o revestimento de uma parede porum material cujo coeficiente de absorção é mais elevado que o dorevestimento anterior, a parcela refletida do conjunto parede +revestimento é diminuída, mas a parcela transmitida não se altera.Isso nem sempre é fácil de admitir, mas são cometidos muitos errosquando se pretende, com um material absorvente acústico, diminuira parcela de energia transmitida através de uma parede.

2.5 ISOLAMENTO ACÚSTICO/ISOLAMENTO SONOROO isolamento acústico/sonoro se refere à capacidade de certos materiaisformarem uma barreira, impedindo que a onda sonora passe de um ambientea outro. Nestes casos se deseja impedir que o som (ruído) alcance o homem.É importante relembrar que o som não atravessa as paredes e sim as fazvibrar. A energia mecânica de vibração da parede transmite movimento aoar, gerando ondas sonoras. Quanto mais leve a parede, mais facilmentepassa a vibrar.Isto deixa bem evidente que paredes leves não são recomendadas paraimpedir a transmissão do som, pois ao vibrar elas se tornam fontessecundárias de som.As paredes devem ser suficientemente pesadas, pois quanto maior for a

MATERIAL ABSORVENTE

ENERGIAREFLETIDA

ENERGIA

REFLETIDA

ENERGIAREFLETIDA

ENERGIA

INCIDENTEENERGIA

INCIDENTE

ENERGIA

TRANSMITIDA

TRANSMITIDAENERGIA

22

FIGURA 9 – Princípio dos sistemas multicamadas

massa, mais dificilmente entrarão em vibração. A contrapartida a paredespesadas para isolamento sonoro é alcançada facilmente por sistemas deparedes leves multicamadas.Há um eficiente sistema acústico multicamadas, denominado massa-mola-massa, cuja resultante da descontinuidade de meios proporciona resultadossuperiores a sistemas pesados com um único tipo de material.Este fato é comprovado quando se comparam paredes de alvenariaconvencional, ou até mesmo de concreto, com paredes multicamadas degesso acartonado.As paredes de gesso acartonado formam o sistema massa(gesso) – mola(ar)– massa (gesso) e podem ainda ter aumentado seu isolamento acústicocom a colocação de lã mineral no seu interior. A lã de rocha ou de vidro éum excelente absorvente acústico, fortalecendo assim a função mola.

2.6 ISOLAMENTO PADRONIZADO ENTRE DOIS LOCAISNão se pode medir “in situ” o índice de redução acústica de uma parededivisória de ambientes, porquanto sempre existirão caminhos secundáriospara o som, os quais mascaram a medição.Por esses caminhos secundários (paredes laterais comuns, piso e teto, aosquais se convencionou chamar de “flancos”), sempre ocorrerãotransmissões indiretas.As características acústicas dos ambientes se alteram em função dadisposição e do mobiliário bem como do número de pessoas presentes, oque torna extremamente variável e complexa sua determinação precisa.Para simplificar esse processo, utilizam-se valores comparados a um“isolamento acústico de referência”.

MASSA - MOLA - MASSAAR

d (m)

M1 (kg/m2) M2 (kg/m2)

23

A partir dos índices de redução acústica (R) pode-se analisar e avaliar ocomportamento acústico dos ambientes construídos. Esta análise apresentaimportância fundamental para permitir a verificação e o atendimento dosíndices fixados pela legislação.

FIGURA 10 - Transmissão de sons pelos flancos

Planta baixa Corte

24

3. CONDICIONAMENTO ACÚSTICO

3.1 CONCEITOSNão se deve confundir Absorção Acústica com Isolação Acústica. Sãoconceitos totalmente diferentes que muitas vezes são tomados por idênticos,gerando interpretações distorcidas do comportamento dos materiais/produtos/componentes, aplicados à construção civil.

3.1.1 Absorção AcústicaÉ a capacidade de um material/produto/componente construtivoabsorver total ou parcialmente a energia sonora incidente.

3.1.2 Isolação AcústicaÉ o conjunto de procedimentos praticados na construção civil parainibir a transposição do som de um ambiente a outro.

3.2 ABSORÇÃO/ISOLAÇÃOQuando uma onda sonora encontra um elemento que separa dois ambientes,uma fração é transmitida ao ambiente contíguo, outra fração é absorvidapelo elemento separador ou seu revestimento e uma terceira fração érefletida, permanecendo no ambiente.Se um material absorvente acústico for interposto junto à parede separadora,não é melhorada a isolação acústica entre os dois ambientes, mas sim ocomportamento acústico interno do ambiente, podendo transformá-lo de“sonoro” (muito reverberante) para “surdo” (∗) . É feita portanto umacorreção acústica do ambiente.

FIGURA 11 – Subdivisão de sons incidentes

A onda sonora (1)subdivide-se em:Reflexão (2),Absorção (3) eTransmissão (4)

O material absorvente(A) aumenta a fração

absorvida (3) e diminuia fração refletida (2).A fração transmitida

não é alterada.

(A)

(*) O conceito de ambiente “surdo” está ligado ao tempo de reverberação curto.

25

3.3 TERMINOLOGIAS E GRANDEZASA avaliação e simulação do comportamento dos materiais/produtos/componentes da construção civil exigem a identificação de algumasgrandezas específicas, vinculadas aos conceitos de acústica, necessáriaspara quantificar e comparar resultados medidos em condições de laboratóriocom aqueles encontrados no ambiente construído (“in situ”).Sob o ponto de vista de utilização prática, a complexidade em identificar,avaliar, medir e interpretar sons e ruídos exige simulações em laboratório,que, após interpretações e ajustes por meio de tabelas e curvascaracterísticas, permite sua utilização nas medições no ambiente construído.As grandezas, os índices, a nomenclatura e as siglas são listados a seguir,acompanhados de uma breve definição. Trata-se especialmente do Índicede Redução Acústica R, medido em dB, com seus desdobramentos.

3.3.1 Índice de Redução Acústica (R)Identifica a absorção acústica de sons aéreos em materiais/produtos/componentes; (a inclusão de nomenclaturas subscritas permitediferenciar se o som é transmitido somente pela parede divisória deambientes ou também por caminhos secundários (flancos).

3.3.2 Índice de Redução Acústica de Laboratório (R)Identifica a absorção acústica do material/produto/componente embancada de laboratório onde seja possível excluir todos os caminhossecundários de propagação do som (flancos).

3.3.3 Índice de Redução Acústica do Ambiente Construído (R’)Identifica a absorção do som em condições normais do ambienteconstruído, ou seja, considerando também os caminhos secundários,pisos, paredes e tetos comuns (flancos). O apóstrofe (’), indica quese trata de índice ponderado, especificamente ajustado e corrigidopara medições no ambiente construído (“in situ”).

O índice R’, por semelhança pode também representar simulações delaboratório que contemplem os caminhos secundários existentes nosambientes construídos.Os valores dos índices (R e R’) variam em função das freqüências dossons. Isto leva a um grande número de índices para o mesmo material/produto/componente, tornando pouco prática sua utilização. A soluçãoencontrada foi unificar os índices em um único valor. Este valor é chamadode Índice de Redução Acústica Ponderado Rw (R’w para o ambienteconstruído). Este índice é determinado em laboratório utilizando filtros para

26

absorver determinadas freqüências, possibilitando a construção de curvase tabelas para determinar os índices ponderados Rw e R’w.Nas informações prestadas por fabricantes de materiais/produtos/componentes de sistemas ligados ao comportamento acústico dos ambientesconstruídos devem ser fornecidos os índices de laboratório RL, RLw, e RLwRe os correspondentes R’L, R’Lw, e R’LwR. Estes são os índices que permitemcalcular ou simular as condições necessárias para avaliar o condicionamentoacústico dos ambientes construídos.

3.3.4 RL

Índice que referencia a absorção do som aéreo ao longo de umainterface padrão da área de contato do material/produto/componentecom uma aresta padrão formada pelo material/produto/componentee os flancos. Este índice é determinado em laboratório, e leva emconsideração a frequência dos sons; pressupõe ainda a área decontato, material/produto/componente com pequena(pouca)vinculação (fixação) com os flancos. A vinculação assimcaracterizada pretende simular aquela encontrada nos ambientesconstruídos (“in situ”).

3.3.5 RLw

Índice ponderado de absorção de sons aéreos de materiais/produtos/componentes determinados pelos índices RL corrigidos pelo filtroque simula a fisiologia do ouvido humano.

3.3.6 RLwR

Sufixo “R subscrito” indica o resultado, ou seja, o valor final comum único número do índice RLw, medido em dB.

3.3.7 R’L - R’Lw - R’LwRIndicam índice ponderado para utilização em ambientes construídos.

Assim identificamos nas nomenclaturas RwR, R’wR, RLwR, e R’LwR os valoresúnicos a serem usados quando do cálculo do condicionamento acústico deambientes construídos.

NOTA - As normas DIN 52210 – partes 1 a 4 – abordam em profundidadeos índices acima e são indicadas para quem desejar informações maisdetalhadas.

27

Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3 - DIN 4109

Para paredes com porta R’w (parede) == R’w (porta) + 15 dB

Tabela 5 – Índices ponderados de absorção acústica

4. TRANSMISSÃO DE SONS AÉREOS

4.1 ÍNDICES R’w EXIGIDOS PARA PAREDESSEPARADORAS ENTRE AMBIENTES CONSTRUÍDOS

AMBIENTE R’w (dB) Observações

EDIFÍCIOS MULTIPISOS DE HABITAÇÕESParedes divisórias entre unidades distintas,entre salas de unidades distintas 53Paredes divisórias entre habitações eáreas de uso comum. 52

Paredes divisórias entre habitações e passagemde automóveis (garagens, etc..) 55Paredes de salas de jogos ou salas multiuso 55HOTÉIS E SIMILARESParedes entre quartos e:Quartos contíguos, quartos e áreas de uso comum 47HOSPITAIS, SANATÓRIOS, etc.Paredes entre:-Enfermarias contíguas,-Corredores e enfermarias,-Salas de exames e similares,-Corredores e salas de exames,-Enfermarias e salas de apoio 47Paredes entre:-Salas de cirurgia e salas de atendimento,-Salas de cirurgia e corredores 42Paredes entre:Salas de tratamento intensivo,corredores e salas de tratamento intensivo 37ESCOLAS E SIMILARESParedes entre:Salas de aula e salas similares 47Paredes entre: Salas de aula e similares ecorredores de uso comum 47Paredes entre: Salas de aula e similarese escadarias 52Paredes entre: Salas de aula e similares e salasruidosas (salas de esportes, música,oficinas) 55

28

AMBIENTE R’w EM dB EXIGIDO PARAAMBIENTES COM NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA:75-80 dB(A) 81–85 dB(A)

Compartimentos com equipamentos ruidosos 57 62Ambientes de comércio em geral 57 62Cozinhas industriais de hotéis, hospitais,restaurantes, bares e similares 55Cozinhas industriais de hotéis, hospitais,restaurantes, bares e similares comatividades após às 22:00 horas 57Restaurantes e similares até 22:00 horas 55Restaurantes, casas noturnas comatividades após às 22:00 horas 62Ambientes de boliche, bolão e similares 67Ambientes com utilização de equipamentosde som (nível de intensidade máximoentre 85 dB(A) e 95 dB(A) 72

Tabela 6 – Índices ponderados de absorção acústica

Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 5 - DIN 4109

4.2 ÍNDICES R’w EXIGIDOS PARA PAREDESSEPARADORAS ENTRE AMBIENTES “RUIDOSOS”

4.3 RECOMENDAÇÕES PARA CONFORTO ACÚSTICO

Deve-seatentar paraa nãoredução porcaminhossecundários,portas, etc.

AMBIENTES R’w (dB) R’w (dB) Obs.: Normal Superior

HABITAÇÕESParedes sem portas entre comparti-mentos “silenciosos” e “ruidosos”.Ex: entre sala de estar e dormitórios 40 ≥≥≥≥≥ 47ESCRITÓRIOS E EDIFICAÇÕES COMERCIAISParedes entre compartimentosde atividades similares 37 ≥≥≥≥≥ 42Paredes entre áreas de uso comum 37 ≥ ≥ ≥ ≥ ≥ 42Paredes de aposentos específicos.Ex: salas de diretoria e de reuniões 45 ≥≥≥≥≥ 52Paredes entre compartimentosespecíficos e corredores ecompartimentos de uso comum 45 ≥≥≥≥≥ 52

Tabela 7 – Índices ponderados de absorção acústica

Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3, Anexo 2 - DIN 4109

29

4.4 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS CONFORMADORESDOS FLANCOS

4.4.1 RLwR - TETOS

TETO/FORRO SUSPENSOEM CHAPAS PARA DRYWALL

Exemplos detetos/forros suspensos

com superfície fechada

Materialdo teto -

chapa paradrywall

RLwR (dB)Sem lãmineral

Com lãmineral

≥100mm≥50mm

Chapa única≥ 12,5mm

Chapa dupla≥ 2 x 12,5mm

Chapa única≥ 12,5mm

Chapa dupla≥ 2 x 12,5mm

Chapa única≥ 12,5mm

TETOS DE COMPONENTES MACIÇOSPESO POR m2 RLwR (dB)

100 41200 51300 56350 58400 60500 63

Parede divisória até níveldo forro; chapa do forrocontínua. (ParaRLwR ≥ 55 dB énecessária junta se-paradora na chapa).

Parede divisória até onível do forro; chapade forro interrompida.

Estrutura da parededivisória até o teto;chapas de forro e daparede divisóriainterrompidas nonível do forro.

Parede divisória até oteto; o revestimentoda parede divisóriaconfigura a comparti-mentação do espaçovazio do forro.

40 51 57

50 56 ≥≥≥≥≥57

43 58

50 63

≥≥≥≥≥60

30

Redução de RLwR - forros suspensos > 400mm até o teto

LAJES MACIÇAS COM OU SEMCONTRAPISOS INTEGRADOS

PESO POR m2 RLwR (dB)100 41200 51300 56350 58400 60500 63

O material isolanteacústico deve ter a

espessura mínima de50mm e abranger atotalidade do forro.

Altura até Redução deo teto (mm) RLwR em dB

400 0600 2800 5

1000 6

4.4.2 RLwR - PISOS

LAJES MACIÇAS - CONTRAPISO SOBRE CAMADA ISOLANTE

Observação

Exemplos de detalhesconstrutivos (peso da laje

maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2)RLwR (dB)

Contrapiso flutuante interrom-pido com juntas separadoras

Contrapiso sobre filme isolante

Contrapiso flutuante

Contrapiso flutuante com junta separadora

42-46

38-44

Exemplos de detalhesconstrutivos (peso da laje

maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2)RLwR (dB)

70

55

31

PAREDES DE ALVENARIAPESO POR m2 RLwR (dB)

100 43200 53300 58350 60400 62500 65

4.4.3 RLwR - PAREDES DOS FLANCOS

PAREDES DE ALVENARIA COM REVESTIMENTOCOM CHAPAS PARA DRYWALL

Exemplos de detalhes construtivos RLwR (dB)

5357575858

6370717273

Peso da paredekg/m2

100200250300400

100200250300400

Revestimentocom paredeautoportantee colchãode ar ≥30mm

Revestimentocontínuode parede

PAREDES DRYWALL COM ESTRUTURA METÁLICAExemplos de detalhes construtivos

RLwR (dB)

5354

5557

Revestimento do ladointerno do

compartimento(mm)

Sem junta≥ 1 x 12,5≥ 2 x 12,5Com junta≥ 1 x 12,5≥ 1 x 12,5

≥ 1 x 12,5

≥ 2 x 12,5Separação construtivada parede de flanco

W111, W112Revestimentocontínuo de parede deflanco. Junta norevestimento daparede de flanco

73

≥75

32

4.5 PAREDES DRYWALL KNAUF4.5.1 PAREDES COM ESTRUTURA METÁLICA

Índice de Redução Acústica Avaliada – RwR

Dados técnicos

Dimensões(mm)

D h

Chapasdrywall

tipo/espessura(mm)

Proteção acústicaMaterialisolante(mm)

RwRdB

W111 - Estrutura simples

Sistema

W112 - Estrutura simples

W113 - Estrutura simples

W116 - Parede de instalações

W118 - Parede de segurança

W131 - Parede corta-fogo

1 chapade cada lado

2 chapasde cada lado

3 chapasde cada lado

Duplaestrututuratravada, comduas chapas decada lado

Estruturasimples com trêschapas drywallde cada ladointercaladas comduas chapas deaço galvanizado

Estruturasimples com trêschapas drywallde cada ladointercaladas comuma chapa deaço galvanizadoem um dos lados

73 4895 70

105 90

98 48120 70140 90

123 48145 70165 90

≥≥≥≥≥220 ≥≥≥≥≥170

167 90

166 90

Standard ST(GKB)

Res. ao FogoRF (GKF)Esp = 12,5

Standard ST(GKB)

Res. ao FogoRF (GKF)

Esp = 2 x 12,5

Standard ST(GKB)

Res. ao FogoRF (GKF)

Esp = 3 x 12,5

Standard ST(GKB)

Res. ao FogoRF (GKF)

Esp = 2 x 12,5

Res. ao FogoRF (GKF)

Esp = 3 x 12,5+ 2 x 0,5 mmChapas de aço

galvanizado

Res. ao FogoRF (GKF)

Esp = 3 x 12,5+ 0,5 mm

Chapa de açogalvanizado

40 4060 4180 42

40 4760 4980 50

80 52

40 52

80 55

80 55

Distância entre perfis = 60 cm

Distância entre perfis = 60 cm

Distância entre perfis = 60 cm

Distância entre perfis = 60 cm

Distância entre perfis = 30 cm

Distância entre perfis = 30 cm

33

O comportamento acústico real do ambiente construído não pode ser avaliadopela determinação dos índices de redução acústica dos materiais/produtos/componentes. Somente uma avaliação global do ambiente é que pode fornecerdados confiáveis. Aqueles que basearam suas avaliações somente nos índicesde redução acústica da parede divisória entre ambientes ficarão negativamentesurpresos.Muitas vezes um ponto fraco em um dos flancos (alvenarias de tijolos furados,contrapisos e/ou tetos contínuos ligando aos compartimentos vizinhos, etc.) sereflete negativamente de tal maneira, que a parede divisória entre os ambientes,por mais altos que sejam seus índices, muito pouco pode contribuir.O roteiro obrigatório, para uma avaliação responsável do comportamento acústicode um ambiente construído começa com a determinação dos índices dos flancos.A parede divisória entre os ambientes poderá então ter seus parâmetrosdeterminados para se alcançar os objetivos de conforto acústico pretendidos.

34

5. MÉTODO DE AVALIAÇÃO E SIMULAÇÃO DOCONDICIONAMENTO ACÚSTICO VISANDO AALCANÇAR ÍNDICES PRÉ-FIXADOS DE CONFORTO

A reciprocidade entre os valores dos índices de redução acústica de laboratório(RwR) e do ambiente construído (R’wR) e o gráfico publicado na página 35 (item5.1.1) permitem determinar o índice R’w (dB) da parede divisória entrecompartimentos contíguos para o condicionamento acústico pretendido.Os dados do gráfico visam facilitar a determinação da parede divisória adequada,a partir dos coeficientes R’w - RwR – R’wR.

5.1 SimulaçãoQuando, por exemplo, se pretender alcançar R’w = 47 dB em um ambienteconstruído (coluna azul), este valor só poderá ser alcançado se o somatóriodo índice dos flancos alcançar 50 dB.

• Entrar na coluna azul de cima para baixo e encontrar 47.• Correr horizontalmente pela faixa verde correspondente até o seu

fim (50).• Subir verticalmente até encontrar a faixa branca que apresenta o resultado

final (50), que corresponde ao somatório dos índices (mínimos) dos 4flancos.

• Portanto, o somatório dos índices dos flancos deve ser ≥≥≥≥≥ 50 dB.

Se não forem alcançados os 50 dB necessários relativos aos flancos,será impossível alcançar os 47 dB pretendidos no ambienteconstruído, por mais alto que sejam os índices da parede divisória.Se o somatório dos flancos apresentar 45 dB (por exemplo),alcança-se no máximo 42 dB, com uma parede divisória com o maisalto dos índices.

Identificar 45 na faixa horizontal branca, descer verticalmenteaté o fim da coluna amarela (45); correr horizontalmente pelafaixa amarela até a coluna azul onde se encontra 42. Este é omáximo índice a ser alcançado com o somatório dos índices dosflancos igual a 45 dB.

35

5.1.1 PAREDES DIVISÓRIAS ENTRE AMBIENTES

Índices RwR da parede divisória para atender os valores de R’wTipo de parede DIN 4109

R’w (dB)Somatório de R’LwR (dB) para os 4 flancos

65 60 57 55 53 52 50 47 45 42 40Entre salas de tratamento intensivo (A)Entre corredores e salas de tratamento intensivo (A)Entre salas de escritórios (En)Entre corredores e salas de escritórios (En)Entre salas “silenciosas” e “ruidosas” de habitações (En)Entre salas de cirurgia e laboratórios (A)Idem com corredores e circulações (A)Entre salas de escritórios (Ee)Idem com corredores e circulações (Ee)Em ambientes com assuntos sigilosos ou trabalhos queexigem alta concentração (En)Entre salas de diretoria e salas de espera (En)Idem com corredores e circulações (En)Entre salas de aula, quartos de hotéis e hospitais,consultórios médicos (A)Idem com corredores e circulações (A)Entre enfermarias e salas ambulatoriais (A)Entre salas “silenciosas” e “ruidosas” em habitações (Ee)Paredes de escadarias/áreas de uso comum e habitações (A)Entre salas de aula e escadarias (A)Entre enfermarias (V)Em salas com assuntos sigilosos ou trabalhos que exigemalta concentração intelectual (En)Entre salas de diretoria e salas de espera (Ee)Idem com corredores e circulações (Ee)Paredes divisórias entre habitações e salas comerciais (A)Entre salas de aula e salas de música (A)Em salas de jogos ou salas de multiuso (A)Em cozinhas industriais de hotéis, hospitais, restaurantes (A)Em restaurantes ou similares com atividades até 22:00 horas (A)Paredes divisórias entre habitações ou entre salas comerciais (V)Paredes de escadarias/áreas de uso comum e habitações (V)Paredes externas de casas unifamiliares (A)Compartimentos com equipamentos muito “ruidosos” (A)Lojas comerciais e similares (A)

37

40

42

45

47

52

53

55

57

37 37 37 38 38 38 38 38 38 39 40

40 40 41 41 41 41 41 41 42 45

42 43 43 43 43 43 43 44 45

45 46 46 46 46 46 47 50

48 48 48 48 49 49 50

53 53 54 55 59

54 54 56 58

56 57 60

58 60

Proteção acústica baixa: R’w até 42 dB RwR necessário até 45 dBProteção acústica média: R’w até 47 dB RwR necessário até 50 dBProteção acústica elevada:R’w até 57 dB RwR necessário até 60 dB

Parede divisória

A = ExigidoV = ProposiçãoEn = RecomendadoEe = Recomendado

para proteçãoacústica elevada

NOTA: índices mais altos sópodem ser alcançados comR’LwR mais elevados.

Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da norma DIN 4109

36

5.2 ÁBACO PARA AVALIAR O ÍNDICE R’wR DAPAREDE DIVISÓRIA ENTRE AMBIENTES

O ábaco (ver modelo na página 37) faz a interação dos índices R dos flancos(teto + piso + paredes) esclarecidos pelos exemplos a seguir.A reciprocidade entre os índices dos flancos e da parede divisória sãoapresentados nos exemplos. A partir dos índices dos flancos, iterativamentese pode calcular o índice R’wR da parede divisória. A precisão alcançada ésuficiente para a utilização como verificação preliminar para os ambientesconstruídos mais significativos, permitindo ainda verificar e identificar oselos fracos por ventura existentes.

5.2.1 Exemplo 1 (ver página 38):Sejam conhecidos:RLwR Teto: 60 dB (veja possibilidades - item 4.4.1)RLwR Piso: 38 dB (item 4.4.2)RLwR Parede 1: 55 dB (item 4.4.3)RLwR Parede 2: 58 dB (item 4.4.3)Pretende-se utilizar parede divisória com RwR= 50 dB (item 4.5.1)

Verificação: Qual o índice final alcançado para a parede divisóriacom este conjunto de intervenientes?

O resultado final da parede divisória (RwR = 50 dB) com a reduçãoimposta pelos flancos (Teto. Piso, Paredes 1 e 2) é de 37 dB!

Interpretação: O interveniente com mais baixo desempenho é opiso (RLwR Piso = 38 dB) e portanto precisa ter seu índice muitomelhorado, para ser alcançado o índice de 50 dB pretendido para aparede separadora entre os dois ambientes.

Se o índice RLwR Piso, por medidas construtivas, for majorado de38 dB para 70 dB, veremos que o resultado final de R’wR passapara 48 dB (veja exemplo 2, na página 39).

Estes exemplos evidenciam o papel preponderante dos flancos nocômputo do índice final da parede divisória. Isto deixa muito claroque aumentar o índice RLwR da parede divisória entre ambientes sóé efetivo e se justifica quando o conjunto dos intervenientes (flancos)apresentar índices compatíveis.

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5.2.1 ÁBACO - MODELO

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15-19,5 ≥20

3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0

TETORLwR

... dB

PISORLwR

... dB

PAREDE 1RLwR

... dB

PAREDE 2RLwR

... dB

PAREDEDIVISÓRIA

RLwR

... dB

PAREDEDIVISÓRIA

R wR

... dB

PAREDE 1

RLwR

... dB

PAREDE2

RLwR

... dB

TETORLwR ... dB

PISORLwR ... dB

FLANCOS

Diferença

Índice

... dBDIFERENÇAíndice ...

... dBDIFERENÇAíndice ...

... dBDIFERENÇAíndice ...

... dBDIFERENÇAíndice ...

Resultado final do índiceRLwR para os flancos

Resultado final do índiceR’wR da parede divisória

Menor valor de1 e 2 menos

o índice... dB

Menor valor de3 e 4 menos

o índice... dB

Menor valor de5 e 6 menos

o índice... dB

Menor valor de7 e 8 menos

o índice... dB

... dB

1 2

3 4

5 6

7 8

38

5.3 EXEMPLO 1

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15 - 19,5 ≥20

3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0

TETORLwR

60 dB

PISORLwR

38 dB

PAREDE 1RLwR

55 dB

PAREDE 2RLwR

58 dB

PAREDEDIVISÓRIA

RLwR

50 dB

PAREDEDIVISÓRIA

R wR

50 dB

PAREDE 1

RLwR

55 dB

PAREDE2

RLwR

58 dB

TETORLwR 60 dB

PISORLwR 38 dB

FLANCOS

Diferença

Índice

22 dBDIFERENÇAíndice 0

17 dBDIFERENÇAíndice 0,1

20,1 dBDIFERENÇAíndice 0

12,1 dBDIFERENÇAíndice 0,3

Resultado final do índiceRLwR para os flancos

Resultado final do índiceR’wR da parede divisória

Menor valor de1 e 2 menos

o índice38 dB

Menor valor de3 e 4 menos

o índice37,9 dB

Menor valor de5 e 6 menos

o índice37,9 dB

Menor valor de7 e 8 menos

o índice37,6 dB

37 dB

1 2

3 4

5 6

7 8

Arredondar para baixoDIN 52210

39

5.4 EXEMPLO 2

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15 - 19,5 ≥20

3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0

TETORLwR

60 dB

PISORLwR

70 dB

PAREDE 1RLwR

55 dB

PAREDE 2RLwR

58 dB

PAREDEDIVISÓRIA

RwR50 dB

PAREDEDIVISÓRIA

R wR

50 dB

PAREDE 1

RLwR

55 dB

PAREDE2

RLwR

58 dB

TETORLwR 60 dB

PISORLwR 70 dB

FLANCOS

Diferença

Índice

10 dBDIFERENÇAíndice 0,4

4,6 dBDIFERENÇAíndice 1,3

4,3 dBDIFERENÇAíndice 1,3

2,4 dBDIFERENÇAíndice 1,9

Resultado final do índiceRLwR para os flancos

Resultado final do índiceR’wR da parede divisória

Menor valor de1 e 2 menos

o índice59,6 dB

Menor valor de3 e 4 menos

o índice53,7 dB

Menor valor de5 e 6 menos

o índice52,4 dB

Menor valor de7 e 8 menos

o índice48,1dB

48 dB

1 2

3 4

5 6

7 8

Arredondar para baixoDIN 52210

40

41

BIBLIOGRAFIA

BARING, J. G. Derrubando Decibéis. TÉCHNE, São Paulo, Pini, 1996.DE MARCO, C. S. Elementos de acústica arquitetônica. São Paulo, Nobel, 1982.HUGON, A. Técnicas de Construção II. São Paulo, Hemus, 1979.LUCA, C. R. Acústica Arquitetônica. In: Seminário de Soluções Tecnológicas

Integradas. Paredes de gesso acartonado e sistemas complementares.São Paulo, Astic, 2000.

NEPOMUCENO, L. X. Acústica Técnica. São Paulo, Etegil, 1968.SATTLER, M. Notas de Aula. UFRGS – PPGEC. Porto Alegre, 2000.

NORMASABNT - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da

comunidade - Procedimento. NBR 10151 / 2000.ABNT - Níveis de ruído para conforto acústico. NBR 10152/1987.ABNT - Tratamento acústico em recintos fechados. NBR 12179/1992.ABNT - Grandezas e unidades de acústica. NBR 12540/1992.ABNT - Cálculo simplificado do nível de ruído equivalente contínuo - leq.

NBR 13369/1995ABNT - Medição local e em laboratório de transmissão de sons aéreos e dos

ruídos de impacto. MB 432/1970

DIN - Deutsches Institut für NormungDIN 4109 DIN 52210 DIN EN ISO 717DIN EN 20140 DIN 52217 DIN 18180DIN 18181 DIN 18182 DIN 18183

NF - Normes FrançaisesNF S 31-051 NF S 31-054 NF S 31-055 NF S 31-057

Nota: Não estão listados e referenciados os materiais informativos do grupo Knaufque, em forma de publicações, prospectos, CDs, vídeos, etc., em línguas alemã,portuguesa, francesa e espanhola, constituíram a estrutura deste trabalho. Paramais informações sobre esses trabalhos, entre em contato com o SAK - Serviço deAtendimento Knauf, pelo telefone 0800-7049922 ou pelo [email protected]

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