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Trabalho realizado por: Djanira Fernandes nº9 Sara silva nº 16 12ºPGA Agrupamento de Escolas do Forte da Casa

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Trabalho realizado por: Djanira Fernandes nº9 Sara silva nº 16 12ºPGA

Agrupamento de Escolas do Forte da Casa

Neste trabalho iremos abordar a Biodiversidade presente no Parque Natural da Ria Formosa, especialmente a população de cavalos marinhos que está ameaçada. O Parque da Ria Formosa é um sapal situado no Algarve, estende-se desde da praia de Faro até Cacela Velha, acompanha 60 km de costa. Foi criado em 1987 para proteger o valioso ecossistema da área.

Grande parte da área corresponde ao sistema lagunar da Ria Formosa estende-se desde o Ancão até à Manta Rota. Este cordão é constituído fundamentalmente pela Península do Ancão, as ilhas da Barreta, Deserta, Farol-Culatra, ilhas da Armona-Fuseta, de Tavira, Cabanas e, finalmente, Península de Cacela. A área de pântanos, salinas, ilhas e canais está protegida do mar por uma fiada de ilhotas de areia. Os intervalos entre ilhas permitem o escoamento dos fluxos de marés. Uma parte do sistema lagunar encontra-se permanentemente submersa, enquanto que uma percentagem significativa emerge durante a baixa-mar. A profundidade média da laguna é de 2 m.

Ocupa: Cerca de 18.400 hectares

Abrange parte dos Concelhos de: Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Sto António.

Clima:

Mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar.

Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. Anteriormente, a Ria Formosa tinha estatuto de Reserva Natural, instituído em 1978. A Convenção de Ramsar (tratado inter-governamental adoptado em 1971 na cidade iraniana de Ramsar) classificou a área como Zona Húmida de Interesse Internacional.

Aqui abrigam-se no Inverno espécies de aves

do norte e centro da Europa como os:

1-Pato-Trombeteiro

2-Marrequinho- Comum

3-Maçarico- Real

4-Tarambola Cinzenta

4

3

1 2

Percursos Perdestes Percursos de Automóvel Locais á Volta da Ria Uma barca de atum que levava o pescado às fábricas de conserva da área Observação de aves Centro de Recuperação de Aves Passeios de barco pela Ria Centro de Reprodução e Criação de Cães-de-Água do Algarve Chalet do Poeta João Lúcio.

Ameaçado de construções descontroladas, extracções de areias e poluição, tudo a factores devidos ao desenvolvimento do turismo. Para além da produção da aquicultura e das salinas, todas as outras actividades humanas são controladas ou proibidas.

A ria é abundante em zooplâncton fundamental, sobretudo na cadeia alimentar dos peixes que aí habitam. A ria Formosa torna-se assim, para além de local de abrigo, zona privilegiada para a alimentação, reprodução e permanência de numerosas espécies animais, desde os peixes aos invertebrados, incluindo moluscos e crustáceos, servindo simultaneamente de suporte a uma avifauna diversificada. Dourada

Esta é também o habitat de inúmeras espécies protegidas que sem as condições reunidas por esta ria de outra maneira não conseguiriam sobreviver.

Polvo

Uma das actividades económicas mais importante é a extracção de sal em salinas que, actualmente são também zonas de refúgio de algumas espécies protegidas através das Organizações Internacionais.

Para as aves aquáticas, particularmente as limícolas, as salinas constituem zonas de refúgio e alimentação fundamentais, quer durante o período de Inverno, quer durante as migrações pré e pós-nupciais. Por outro lado, as salinas constituem ambientes adequados para a reprodução de diversas espécies de aves, como o Perna-longa), o Alfaiate, o Borrelho-de-coleira-interrompida ,e a Andorinha-do-mar-anã.

Algumas destas salinas transformaram-se em autênticas indústrias de ponta de aquicultura de peixes, tendo atraído capitais e conhecimento estrangeiro, em colaboração com a investigação que se faz na Universidade do Algarve.

Segundo o plano de ordenamento da ria, a área ocupada por viveiros é aproximadamente de 100 hectares, espalhados um pouco por todo o parque.

Actualmente as autoridades

antes da concessão de terreno para viveiros verificam se os terrenos não iram prejudicar os seres vivos que habitam na Ria.

Os viveiros situam-se na zona

entre as marés, o que permite o acesso humano para a preparação do terreno, povoamento de apanha de espécies.

Berbigão Mexilhões

Amêijoas comum

• 79 de peixes • 15 de répteis • 11 de anfíbios • 214 de aves • 18 mamíferos • 8 de Aracnídeos (aranhas) • 5 de crustáceos (lagosta,

caranguejo, etc.) • 6 de anelídeos (minhocas) • 693 espécies de plantas • 288 de moluscos

Ligueirão

Texugo

Camarão da Ria

Rã comum

cágado-vulgar

Os investigadores estão preocupados e pretendem descobrir as razões para este decréscimo tão acentuado. São apontadas algumas causas como “variações naturais na dimensão das populações à destruição do habitat destes animais, nomeadamente através da extracção de areias ou da circulação descontrolada de barcos”. Soluções: Educação ambiental de pescadores e jovens nas escolas Ordenamento mais controlado da Ria Formosa Outras medidas de minimização do impacte das actividades humanas na ria, de modo a contribuir para uma maior conservação do habitat dos cavalos-marinhos.

Em 2002, a Ria Formosa era um dos locais do mundo com maior densidade de cavalos marinhos, com uma população estimada em 2 milhões de indivíduos. Em 2008, só sobravam 300 mil cavalos-marinhos. Biólogos desenvolvem o projecto “ Seahorse” que estuda a população local . Este trabalho de investigação é apoiado pelo Centro de Mergulho Hidroespaço e pelo Oceanário de Lisboa

Uma das mais raras aves da Europa: o caimão-

comum e o logótipo da Reserva

A sua extensão, permite a existência de imensas espécies.

Contagens feitas durante o Inverno pelo serviços nacional de parques, reservas e conservação da natureza indicam a existência de 20.000 a 30.000 limícolas (aves que andam no lodo), passando muitas mais durante as viagens migratórias entre a Europa e África entre as aves são também de considerar os patos, com mais de 4000 aves.

Distribui-se por quatro continentes: Europa, África, Ásia e Oceânia. A sua distribuição na Europa limita-se à Península Ibérica e à Sardenha.

Frequenta pauis e lagos com abundante vegetação emergente, à qual recorre como zona de refúgio.

Comum em lagos interiores e rios canaviais. Durante a migração do Inverno, ao longo das costas e lagos maiores e albufeiras, geralmente em bando.

Outro Mergulhão: Mergulhão Pequeno Mergulhão de Crista

Outra Aves de Rapina: Águia de Asa Redonda, Águia Pesqueira e Coruja-do-mato

O habitat da população nidificante em Portugal é formado por terrenos abertos revestidos por matos baixos e por pinhais jovens, entrecortados por searas e pastagens de altitude, sendo os matos preferidos como biótopo de nidificação.

Andorinha do mar Borrelho de coleira

Maçarico de bico direito

Pato real

Flamingo

Pato Real

cágado-de carapaça-estriada

Na Mata de Monte Gordo e em pequenos núcleos isolados que se espalham principalmente pelo sotavento algarvio sobrevivem as derradeiras populações portuguesas de camaleão-comum.

caranguejo-morraceiro

choco

Enguias Tainha

Sapal Os sapais originam-se em zonas

costeiras de águas calmas. O reduzido fluxo das marés facilita a deposição dos detritos e sedimentos em suspensão e assim vão surgindo bancos de vasa onde, a certa altura, há substrato para a vegetação

Suaeda maritima

A parte continental é atravessada por alguns cursos de água importante refúgio para abundantes e variadas populações de aves aquáticas. A vegetação que cresce nas suas margens toma grande importância quando apreciada em termos do alimento e, sobretudo, do abrigo que lhes fornece.

Vegetação Ribeirinha

Juncus acutus

Elymus farctus Euphorbia paralias

A proximidade do mar actua como factor selectivo na instalação e crescimento da sua vegetação.

No lado virado ao mar, observa-se pobreza florística: as plantas costeiras estão

sujeitas a ventos fortes carregados de partículas de sal, a luminosidades excessivas, a amplitudes térmicas que vão do sol escaldante do verão ao frio cortante do inverno.

Uma estreita faixa continental é ocupada por mata degradada e também bastante rica do ponto de vista da flora; acolhendo espécies com estatuto especial de conservação e alguns endémicos.

Este sistema lagunar tem uma forma triangular e apesar de ser reconhecido como ria, na realidade não o é, uma vez que uma ria é um vale fluvial inundado pelo mar, o que não é o caso, pois uma laguna é formada por ilhas barreira.

A Ria Formosa foi local de encontro de povos e culturas de raiz mediterrânica - fenícios, gregos, cartagineses, romanos e árabes. Testemunhos arqueológicos da presença romana surgem por toda a faixa litoral.

Conclusão Todos nós dependemos da Natureza, estamos ligados a ela embora pensemos que não. É triste pensar que a natureza fala e que o género humano não a ouve. Estas zonas são cada vez mais raras, cabe-nos a nós, os seus destruidores preservar e conservar estas áreas. O Parque Natural da Ria Formosa faz um esforço para que o habitat destas espécies não se perca. Para isso incrementou actividades como forma de alertar consciências e garantir dinheiro para a manutenção da reserva. Pensar no Futuro melhor para os nossos filhos, pois estes puderam nunca vir a saber o que é um cavalo marinho.