divulgação científica no brasil
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A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL
MYRIAN DEL VECCHIORevistas de
divulgação
científica
no Brasil
Myrian Del Vecchio
A divulgação científica no Brasil O jornalismo científico brasileiro nasce com o próprio
jornalismo, segundo Marques de Melo: o Correio Braziliense, primeira publicação periódica do Brasil, lançado em 1º. de junho de 1808, já trazia em sua primeira edição, registro de acontecimentos relacionados com o mundo da ciência e da tecnologia. Editado em Londres, o jornal visava a assimilação de inovações científicas pelas elites brasileiras.
Mas, durante o séc. XIX, há apenas ações isoladas para o registro dos avanços científicas e tecnológicos no país. Um dos vanguadistas, em meados do séc. XX, na área, foi o médico e jornalista José Reis, principal responsável pela consolidação da divulgação e do jornalismo científico no Brasil.
O pioneiro José Reis vira prêmio do CNPq
Nasceu em 1907 e formou-se médico em 1930. Começou a escrever para o jornal Folha da Manhã, em 1947 sobre ciência e tecnologia. Um ano depois, participou da fundação da SBPC.
Em 1948, iniciou a coluna “No mundo da ciência”, na Folha de S.Paulo, embora somente em 1950 viesse a ser tornar jornalista profissional.
Suas iniciativas foram cruciais para o surgimento de outros projetos jornalísticos na área de ciência.
O pioneiro José Reis vira prêmio do CNPq O Prê m io Jo s é Re is d e
Divulg a ç ã o Cie ntífic a é concedido anualmente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O prêmio é uma homenagem a José Reis, médico, pesquisador, jornalista, educador e pioneiro da divulgação científica, falecido em 2002 aos 94 anos de idade.
É concedido anualmente em sistema de rodízio a três modalidades: “Divulgação Científica e Tecnológica”, “Jornalismo Científico” e “Instituição”.
A evolução da divulgação científica no Brasil
Os acontecimentos científicos de grande repercussão, na década de 1960, como a corrida espacial EUA-URSS e os primeiros transplantes de coração, aumentaram a consciência pública em torno da divulgação da ciência. Foi nessa conjuntura que as escolas de jornalismo passaram a incluir esta problemática na sua agenda pedagógica. A pionera foi a ECA-USP , em 1966.
Em 1978, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, tem como uma de suas linhas de pesquisa do curso de mestrado (mais tarde também do doutorado) o tema “Comunicação Científica e Tecnológica”, com orientação de pesquisadores como Wilson da Costa Bueno e Isaac Epstein.
A evolução da divulgação científica no Brasil ESTAÇÃO CIÊNCIA
Em 24 de junho de 1987, por iniciativa do CNPq, foi inaugurada a Es ta ç ã o Ciê nc ia , no bairro da Lapa, em São Paulo, um museu interativo, aos moldes do Exp lo ra to rium , da cidade americana de San Francisco. Houve apoio de universidades, instituições governamentais e empresas privadas.
Exploratorium, SF
Exploratorium
Exploratorium, SF
Evolução da divulgação científica Como reflexo à sensibilidade para o jornalismo científico
que provinha da academia, o mercado reagia com o lançamento de veículos especializados em divulgação científica.
Em 1982, a SBPC lançou a revista Ciência Hoje, que trataria exclusivamente da divulgação de resultados de pesquisas brasileiras e comentários acerca de descobertas ao redor do mundo. Com uma mescla de artigos produzidos por pesquisadores e matérias redigidas por jornalistas, a CH surgiu com a proposta de oferecer “um panorama completo da produção intelectual e tecnológica das universidades, institutos de pesquisa e centros de pesquisa nacionais e dos avanços da ciência internacional”.
Revista Ciência Hoje, da SBPC
A primeira edição da revista Ciência Hoje foi publicada em julho de 1982.
O artigo de capa discutia a poluição em Cubatão (SP)