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DIVINDADESLARISSA SIQUEIRA

PUC-CampinasFaculdade de Artes Visuais

2013

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R everência pela vida: tudo o que vive é expressão de uma harmonia universal,

revelação da divindade, gostos de água de um mesmo mar. As coisas vivas não existem só para nós, elas vivem também para si mesmas e para Deus.

RUBEM ALVES

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AGRADECIMENTOS

E m primeiro lugar gosta-ria de agradecer a artista Célia Paulino, minha fada

madrinha, amiga e segunda avó. Entre muitas orientações, ela me ajudou a encontrar minha própria poiese artística. Ao Artista e professor Pau-lo Cheida Sans e família que me orientou com muitos livros, conver-sas, criticas e opiniões para melho-rar cada vez mais minha ideia. Meu pai e minha mãe que opinou a cada técnica, mostrando--se preocupados com o trabalho final. Aos meus orientadores Hel-der Oliveira e Paula Almozara. E minha amiga Alessandra Kamimu-ra que me ajudou constantemente a realizar a pesquisa, associar e organizar todas as ideias.

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RESUMO

E ste trabalho explica a principal ideia de ilustrar e relacionar meu poema

“Divindades de Anidaf” com o de-senho feito a partir dele. Explico também a necessidade de criar um mundo fantástico em que foi base-ado. Além disso, os símbolos dos elementos visuais e do contexto da pintura numa relação com autores da literatura fantástica e artistas.

Palavras Chave: árvore, ciclo da vida e morte, espírito, universo literário, po-ema

ABSTRACT

T his artwork explains the main idea to illustrate and relate my poem “Deities of

Anidaf” with the drawing done from it. Also explain the need to create a fantastic world in which it was ba-sed. Furthermore, the symbols of the visual elements and the context of the painting in relation to authors and artists of fantasy literature.

Keywords: tree, cycle of life and death, spirit, literary universe, poem

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O trabalho chamado “Divin-dades” é uma ilustração do poema “Divindades de

Anidaf” escritos por mim mesma. O poema retrata o ciclo da vida e da morte através de árvores gordas com formas femininas da anatomia humana que vivem num ciclo de dar e receber luz, que é o que lhes concede a vida. Tudo começou com uma ideia antiga de criar, do zero, um mundo fantástico, onde teria as ca-racterísticas de um extraordinário território de animais e seres má-gicos. A intenção sempre foi criar algo novo baseando-me em histó-rias e mitologias que já existem. Devido ao grande interesse por poesias, contos, mitologias e histórias, meu interesse em rela-cioná-las com produções artísticas vem crescendo a cada instante. De modo geral, isso tem se tornado um grande aliado pela busca de novas inspirações.

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A lém da busca, também é um enorme interesse desde a minha infância,

sempre me interessei por “contos de fada”, por objetos e histórias místicas. Na minha infância, as árvores foram os objetos que me deixaram fantasiar. São lembran-ças, que me influenciam sempre. Por isso, em grande parte das his-tórias, contos e pinturas que crio, sempre cito a árvore ou a natureza.

“A companhia vivida dos objetos familiares nos traz de volta à vida lenta. Perto deles somos tomados por uma fantasia que tem um pas-sado e que, no entanto reencontra, a cada vez, um frescor. Os objetos guardados no “armário das coisas” (Chosier), nesse estreito museu de coisas que gostamos, são talismãs de fantasia.”

BACHELARD, 1989: 91

Desde então, sempre foi uma necessidade particular de ter um mundo criado especialmen-te por mim, invento histórias ba-seadas em vivências e conteúdo místico e ilustro essas passagens escritas em diversas técnicas da arte.

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Meus trabalhos sempre ti-veram elementos visuais como mu-lheres, natureza e fantasia, muitas vezes me baseando na criação de um conto, frases ou poemas. Nes-te trabalho não ficaria de fora pelo fato de ser algo que sempre me ca-tivou em momentos de reflexão e harmonia. A ideia é ilustrar um po-ema; tanto a ilustração como o poema são criados por mim, nos quais utilizei elementos que sem-pre estiveram presentes na minha trajetória como desenhista. Para a realização do poema + ilustração, baseei-me nas mitologias, estudos dos símbolos (que formam os prin-cipais elementos do poema/ilustra-ção) e em toda a minha trajetória vivida por experiências com filmes, livros e desenhos de fantasia.

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Imagem 1: Pintura digital - Projeto Yzantaf,

colaboração Alessandra Kamimura

Imagem 2: Pintura digital

Imagem 3: Acrilica sobre tela

Imagem 4 e 5: Pintura Digital

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AS INFLUÊNCIAS ARTISTICAS

A lém de toda a experiên-cia vivida por gostos pela mitologia e fantasia, pos-

so citar escritores e artistas que sempre me influenciam, por exem-plo, J. R. R. Tolkien (1892 - 1973), autor do famoso livro “Senhor dos Aneis” e “O Hobbit”. Tolkien, ao lon-go de seus anos criou um universo completamente fantástico, base-ando-se na mitologia nórdica, mas foi genial criando idiomas novos e fazendo a história se tornar única e completa. Cito também a auto-ra da saga do “Harry Potter”, J. K. Rowling (1965), que, além de criar um universo de bruxaria que nunca tínhamos visto antes, também se baseou em mitologias e principal-mente no Tolkien. Outro discípulo de Tolkien é o autor de “Eragon”, Christopher Paolini (1983), que também conta sobre uma história na Idade Média sobre um menino que se torna um Cavaleiro de Dra-gão.

Livro “Harry Potter e a Pedra filosofal” de J.K. Rowling

Livro “Eragon” de Christopher Paolini

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J. R. R. Tolkien Autor da obra “Senhor dos Anéis”

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G aston Bachelard (1884 – 1962) fala sobre o autor de histórias fantásticas como

um sonhador feliz de sonhar com as fantasias. A Literatura fantástica é um universo que contém públicos interessados em novos mundos por que, quando lemos esses livros, so-mos capazes de pelo menos nos imaginar nesse mundo, naquela vida. É uma forma de colocarmo-nos nos lugares dos personagens como um desejo de viver aquela história. Por isso, a criação dos mundos aca-ba sendo uma forma de escapar da realidade e entrar na imaginação. O psiquiatra suíço Carl Jung (1875-1961) descreve essa necessidade de todo ser humano de criar uma própria estrutura de mundo.

“De maneira alguma podemos repre-sentar um mundo cujas circunstân-cias fossem totalmente diferentes das nossas, porque vivemos num mundo determinado que contribui para cons-tituir e condicionar nosso espírito e nossos pressupostos psíquicos.”

JUNG, 1986: 30

Sendo assim, é impossível não criarmos um mundo nos base-ando naquilo que vivemos. Em seu artigo “A Estrutura da Alma”, Carl

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Jung diz que o mundo que criamos é o nosso sistema privado. O fato de ter essa necessidade de criar um mundo que é baseada no seu mundo real, facilita no momento de criação de um mundo fantástico, na história fantástica. Desde então a criação deste mundo se tornou mi-nha essência para a criação artísti-ca. São as fantasias literárias e as artes fantásticas que me inspiram cada vez mais. Ambos escritores se basea-ram em algum tipo de mitologia exis-tente. E isso sempre foi o segredo para criar uma lenda. Cada um criou seu próprio universo, com diferen-tes elementos, mas manteve-se a relação das crenças, mitologias e lendas, contadas de maneiras dife-rentes. Segundo Joseph Campbell, no documentário “O Poder do Mito” esses mitos são uma forma de com-preender o presente e a nós mes-mos. Nessas histórias os elementos como a serpente, Deus Divino, o fi-lho do Pai, estão presentes em cada história e são contadas como uma busca para entender a vida.

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Artista: Josephine Wall

Titulo: Árvore de Quatro Estações

Acervo do Artista

U m dos artistas que me in-fluenciaram na produção, foi Josephine Wall (1947),

que cria universos de fantasia que estão ligados com a cultura pagã; é uma artista visionária. Escolhi um de seus trabalhos que também contém o elemento árvore, apesar de todas suas obras serem todas compostas por divindades da na-tureza, onde o artista se inspira a partir da cultura pagã, dos zodía-cos e o surrealismo.

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D ois artistas foram suma-mente importantes para o desenvolvimento do

poema + ilustração. Um deles, em minhas antigas pesquisas, Alfred Kubin tem me inspirado bastante. A maneira como a arte dele me impressionou, resgatou que o fa-zer arte é manter o equilíbrio com coisas que não são belas também. Suas obras revelam seu interesse pelo sombrio e monstruoso mui-to comparado com Francisco de Goya. Alfred Kubin (1877-1959) fez parte do expressionismo alemão (1905-1914), um movimento com que se para de representar somen-te o que se vê, mas inicia a repre-sentação dos sentimentos que o artista tem em seu interior. Além desse interesse em retratar a violência, medo e angús-tia, Kubin teve grande interesse em escrever um romance literário cha-mado “Die Andere Seite” (O Outro Lado), em 1909. Nessa historia, ele cria um mundo utópico, cheio de fantasia e mistérios. Kubin também ilustrou sua própria obra.

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Artista: Alfred Kubin

Título: Nossa Mãe Universal, A Terra

Freiburg – Alemanha/Propriedade Privada

Ano: 1901

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O outro é um ilustrador inglês chamado Arthur Rackham (1867 – 1939), que ilus-

trou livros como Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, A Viagem de Gulliver, O Anel do Nibelungo, entre outros. Arthur Rackham tem uma profunda compreensão do espírito da mitologia. Seus traços, cores e imaginação tem uma com-binação magnífica para o enten-dimento das histórias através de suas ilustrações. Seu traço é único.

Arthur Rackham

Do livro “Um Sonho de uma Noite de

Verão” de Willian Shakespeare

1909

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“As divindades distribuem vidas brilhantes pelos céus

É o alimento para suas irmãsÉ o que trará vida

E o que sai serão os maus fluidosMas algo será reaproveitado

E então através da escuridão no mar vermelhoAs almas se reanimarão para ganhar uma nova vida

Que se renovará através das mãesE assim um novo ciclo começa novamente

E esse é o coração do mundoIsto é Anidaf.”

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O SIGNIFICADO

A s “Divindades” têm três principais elementos que podem ser muito bem ob-

servados na ilustração, sendo as árvores, a mulher gorda represen-tando o feminino e o ciclo da vida e da morte. Assim como também é escrito discretamente no poema. Abaixo conto o que cada elemento faz para tornar o mundo de Anidaf um mundo vivo. E que é preciso do equilíbrio para obter a evolução desses seres. A árvore estabeleceu um símbolo de ligação com a terra e o céu, pois seus galhos estão às al-turas e as raízes ligadas ao subso-lo. Por esse fato, é um sinônimo de eixo para o mundo, como dito no “Dicionário dos Símbolos” de Jean Chavalier, tanto que em todos es-ses anos a arvore sempre esteve muito ligada a crenças de mitos e religiões, participando de seitas e rituais. A “Árvore da Vida” tem essa denominação por ser muito asso-ciada à manifestação divina. Isso não é só nas religiões pagãs, mas também encontra-se em tradições cristãs.

As árvores-mãe são as ár-vores de luz, que é o espírito e a vida que vai alimentar ás árvores ao redor para o crescimento e de-senvolvimento até a morte.

“Símbolo da vida, em perpétua evo-lução e em ascensão para o céu, ela evoca todo o simbolismo da verticalidade. Por outro lado, serve também para simbolizar o aspecto cíclico da evolução cósmica: morte e regeneração. Sobretudo as fron-dosas evocam um ciclo, pois se despojam e tornam a recobrir-se de folhas todos os anos.”

CHEVALIER, 1999: 84

Enquanto isso acontece, as árvores retiram os maus fluidos, que passaram por elas durante essa fase da alimentação, jogando para fora em forma de sangue. Nos estudos realizados, as árvores sendo fecundadas pela luz, contada nos diversos mitos, é a forma mais antiga de alimento de vida. Portanto não é diferente nes-se trabalho que, quando as árvo-res jogam sangue para o mar ver-melho, o próprio mar libera novas luzes (espíritos) que alimentarão a árvore-mãe. Tornando essa evolu-

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ção num ciclo infinito.

“Todas as iniciações atraves-sam uma fase de morte, antes de abrir o acesso a uma nova vida. Nesse sentido, ela tem um va-lor psicológico: ela liberta das forças de ascensão do espírito.”

CHEVALIER, 1999: 621

A obra não retrata somente a vida, além disso, fala também so-bre a morte e espírito num ciclo in-finito. As árvores e a luz represen-tam a vida e o espírito. A árvore em forma de mulher gorda simboliza a fertilidade.

“Com efeito é bem essa idéia de evolução biológica, que faz da arvore da vida um símbolo de fertilidade sobre o qual se veio construindo, ao longo do tempo, toda uma magia propiciatória.”

CHEVALIER, 1999: 86

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“O sangue é universalmente consi-derado o veículo da vida. Sangue é vida, se diz biblicamente. Às vezes, é até visto como o principio da ge-ração. Segundo uma tradição Cal-déia, é o sangue divino que, mistu-rado à terra, deu a vida aos seres.”

CHEVALIER, 1999: 800

O sangue é bem significativo e propositalmente para re-presentar a morte e o mal,

mas pode ser modificado também como espírito para a renovação da vida. Assim como acontece no cor-po humano quando o coração re-nova o sangue, bombeando-o.

É em todo nesse processo, que, nesses elementos opostos, o equi-líbrio se encontra e num ciclo in-finito onde nasce, cresce, vive e morre, que sensações, vivências e atitudes boas e ruins te farão evo-luir.

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E segundo Rubem Alves, em seu livro “Do Universo à Jabuticaba” conta sobre

um caquizeiro que brotou nova-mente depois do ataque da bomba atômica em Nagasaki. Os japone-ses consideravam ser um milagre, pois é uma árvore frágil que sobre-viveu fortemente a uma bomba. Consideravam então essa ressur-reição da árvore como um símbolo da teimosia da vida. Os japoneses então plantaram mais mudas de caqui, tais frutos serão comidos. As sementes retornam para a terra. Em ciclo de vida e morte, a mudi-nha acordará para o mundo.” Essa é a reverência pela vida contada resumidamente por Rubem Alves, e claramente a árvore está em to-das as alegorias, mitos e crenças existentes como a arvore que con-cede vida.

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PROCESSO DE CRIAÇÃO

P ara realizar a ilustração tive que fazer testes com várias técnicas até chegar

no resultado mais compreensivo dos elementos indicados no poe-ma.

O esboço da primeira ideia era apresentar os trabalhos em séries de dez arvores representando o contexto do ciclo de vida e morte. Porém percebi que não precisaria dessa quantidade para representar a ideia. Mesmo assim, tais esboços serviram como estudo de movi-mentos do corpo, utilização de téc-nica e como apresentar o trabalho na exposição.

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Larissa Siqueira

Divindades

33 x 43,5

Lápis Grafite/Aquarela

2013

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O lápis grafite sempre me agradou em vários as-pectos, é fácil e ágil de se

usar, além de eu ter muito mais fa-cilidade e domínio dele. Para o mar e os pontos de luz, usei aquarela. Ao chegar no resultado final tive a melhor impressão e satisfação, pois além de achar belo, também deixei os elementos importantes, luz e mar de sangue mais eviden-tes no trabalho, revelando o princi-pal contexto do poema.

O trabalho divindades foi um con-junto de ideias, existencias, pen-samentos e realidades compostas em nossas vidas e ilustradas de outra forma. Ao ler Carl Jung, Gas-ton Bachelard e Rubem Alves, es-tes me proporam a renovar a ideia e enriquece-la, que, através da fantasia, transformando-a em uma eterna reflexão sobre nossa vida e morte.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. Do Universo à Jabuticaba. São Paulo: Editora Planeta Do Brasil, 2010.

BOURRIAUD, Nicolas. Pós-Produção; Como a Arte Reprograma o Mun-do Contemporâneo. São Paulo: Martins, 2009.

CAMPBELL, Joseph, com Bill Moyers ; org. por Betty Sue Flowers. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena, 1990

CHEVALIER, Jean, GHEERBRANT, Alain. Dicionário dos Símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.

ECO, Umberto. História da Beleza. Rio de Janeiro: Record, 2010.

FARTHING, Stephen. Tudo sobre Arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.

BACHELARD, Gaston. A Chama de uma Vela. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989

BACHELARD, Gaston. O Novo Espirito Cientifico; A poética do Espaço. São Paulo: Nova Cultura, 1988. Os Pensadores

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Simbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

JUNG, Carl Gustav. A Natureza da Psique. Petrópolis: Vozes, 1984, capí-tulo VII, volume VIII/2 das Obras Completas.

SCHURIAN, Walter. Arte Fantástica. São Paulo: Taschen, 2011.

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http://rackham.artpassions.net/

http://arthur-rackham-society.org/about_the_artist.html

http://www.bpib.com/illustrat/rackham.htm

http://www.artigo.org/search;jsessionid=02719839DF20284ADEB-06D1E692A3D94.www7?queryString=ALFRED+KUBIN

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Deus abencoe a caneta com que escrevo,

O papel que eu marco,E o lapis que eu domino.