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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | FEVEREIRO 2019 | EDIÇÃO 211 | ANO 17 Reprodução Web em alta Alimentacao

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Page 1: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | FEVEREIRO 2019 ... · a utilização de produtos de higiene tes-tados em animais. Ele mesmo elabora o creme dental, o sabonete e o shampoo

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | FEVEREIRO 2019 | EDIÇÃO 211 | ANO 17

Reprodução Web

em alta

Alimentacao

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COMPORTAMENTO JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 20192

Por: Rodrigo De MarcoEdição: Kátia Bortolini

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira | Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 |

Jornalista: Rodrigo De Marco - MTB 18973 | Social Media e Colunista: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André

Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancilla Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento, Elvis Pletsch, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné.

VEGANISMO EM ALTA

filosofia vegana, que rejeita o uso e o consumo de produtos de origem animal, terá um crescimento mundial significativo neste ano em relação aos anterio-

res, segundo reportagem do site The World in 2019, da revista inglesa The Economist, que aborda e discute tendências e projeções. Na matéria, de autoria do jornalista Jonh Parker, postada em dezembro do ano passado, é enfatizado que as vendas de alimentos veganos nos EUA, até julho de 2018, aumentaram dez vezes mais rápido do que a comercialização de alimentos como um todo. Também confor-me a reportagem, as empresas que não se adaptarem, atendendo a uma crescente demanda por parte de pessoas desfavoráveis ao consumo de produtos de origem animal, podem ficar para trás. Os veganos também boicotam os produtos de marcas que realizam testes em animais, eventos como rodeios e locais como zoológicos. É prática entre os veganos pesquisar muito antes de escolher o que consumir, desde os alimentos até produtos de higiene, medicamentos, cosméticos e vestuário.

Reprodução Web

Filosofia que rejeita o uso e consumo de produtos de origemanimal está em franca expansão no Brasil e no mundo

O aumento do número de adeptos ao movimento no Brasil, nos últimos anos, é pontuado pelo surgimento de lojas especiali-zadas em grãos, pelo acréscimo de produtos veganos em grandes redes de supermercados e pelo surgimento de restaurantes com opções veganas no cardápio. Receitas de pratos veganos, tanto em impressos, como nas redes sociais, também têm se tornado cada vez mais comuns. Além disso, grandes marcas de cosméticos do Brasil, como O Boticário, estão desenvolvendo produtos específi-cos para atender esse novo público.

Mercado brasileiro atento ao movimento

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 COMPORTAMENTO 3

A médica veterinária Lis Rosinato, de 32 anos, residente em Porto Alegre, é vegana e crudívora há cinco anos. Lis, que no Instagram é conhecida como Lisraww, compartilha sua experiência na rede social, para quase quatro mil seguidores. Segundo ela, o processo de transição do veganismo para o crudivo-rismo foi simples.

“Comecei priorizando alimentos vegetais frescos e orgânicos, e isso me gerou um bem-estar imenso. Minha saúde, como um todo, teve uma melhora sig-nificativa. Continuei fazendo cursos e testando re-ceitas, e quando vi já tinha me tornado crudívora”, relata. Lis relata que na época em que sua alimenta-ção incluía carne, queijo e leite, entre outros alimen-tos de origem animal, adoecia com frequência.

“Aprendi o que é ter saúde e bem-estar sendo vegana e essa consequência foi o que me motivou a saber mais. Na alimentação crudívora comemos alimentos na sua forma crua, mas usamos técnicas como fermentação, germinação (no qual se faz pos-sível a ingestão de grãos crus, como grão de bico e lentilha), marinação e desidratação, entre outros. O crudivorismo é uma extensão do veganismo, com a utilização de alimentos crus e de algumas técnicas

Vegetariana há mais de dez anos, a médica veterinária comportamentalista Joice Peruzzi, de 34 anos, moradora de Porto Alegre, há dois anos migrou para o estilo de vida vegano como alternativa à redução de maus-tratos contra animais. Ela salienta que a filosofia vegana, voltada a diminuição do consumo e ao acréscimo de tempo livre para lazer, reflete em quali-dade de vida. Joice ressalta que a mudança da alimentação vegetariana para a vegana, apenas com vegetais e grãos, foi gradual. A veterinária acentua que a mudança do cardápio carnívoro para vegetariano ou

Ser adepto ao veganismo não signifi-ca apenas mudar os hábitos alimentares, mas também repensar velhos conceitos sobre o meio ambiente e a vida animal, afirma o músico Daniel Poletti, 31 anos, morador de Bento Gonçalves, que não ingere alimentos de origem animal há pelo menos 10 anos. “O meu custo diário com alimentação não passa de RS 5,00, entre o café da manhã e o jantar. Vivo ba-sicamente à base de grãos, arroz, feijão e lentilha. Pago R$ 3 por um pé de bró-colis que pode durar até três dias. Para fazer uma massa com molho vermelho, por exemplo, também gasto pouco, pre-parando a base do molho com tomate e cebola”, ressalta. O músico também evita

“Repensar velhos conceitos”a utilização de produtos de higiene tes-tados em animais. Ele mesmo elabora o creme dental, o sabonete e o shampoo que utiliza.

O processo que levou o músico a dei-xar de consumir carne e outros produtos de origem animal iniciou numa visita técnica a um frigorífico. “Vimos, desde o princípio, mais do que o consumidor pode ver, e aquilo me chocou demais. Mais do que a morte, mais do que ver o bicho sendo morto, me chocou a forma como o gado vivia ali, porque não era uma vida e depois uma morte, não ha-via vida, era uma semivida”, afirma. Na ocasião, ele tinha de 17 para 18 anos e se tornou vegetariano aos 20 anos.

Arquivo Pessoal

Daniel Poletti não ingere alimentos de origem animal há pelo menos 10 anos

Em defesa dos animais

Arquivo Pessoal

vegano deve ser acompanhada por um nu-tricionista.

“Para começar, é possível adotar um dia por semana sem comer carne, diminuindo gradativamente o uso de produtos de ori-gem animal na dieta. É preciso mudar o pa-ladar e, aos poucos, se consegue fazer isso”, afirma.

A veterinária salienta que a alimenta-ção vegana é fácil de preparar em casa. Ela acrescenta que as receitas, tanto para pra-tos salgados como para doces, disponíveis em livros e em redes sociais, como o Insta-gram, são bem variadas.

CRUDIVORISMOAlém do veganismo existe o crudivorismo, uma doutrina alimentar em que os alimentos consumidos são de origem agrícola e crus, defendido como um modelo ainda mais alternativo e saudável de alimentação.

“Aprendi o que é saúde e bem-estar”diferentes”, explica. Lis afirma que o veganismo transformou sua vida, aumentando sua autoestima e o seu condicionamento físico.

“Além de ter revertido inúmeros problemas de saúde, também rejuvenesci, sou muito mais ativa, e acredito que essa consciência também me fez ser muito mais empática comigo mesma e com o próximo. Aprendi a não dar tanto valor ao material e isso fez com que mudasse muita coisa na minha vida também. Participo de congressos online sobre alimentação, tenho alguns vídeos no youtube, ofe-reço palestras gratuitas e dou cursos de alimenta-ção vegana e crua. É preciso sair da zona de confor-to e entender a importância atual do veganismo, seja pela saúde, seja pelo meio ambiente ou pela empatia e compaixão aos animais”, destaca.

De acordo com ela, no Guia Alimentar para a População Brasileira, editado pelo Ministério da Saúde em 2014, é admitido que produtos de ori-gem animal podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente e também a alimentação vegana é reconhecida como saudável. “E assim tem sido em vários lugares com diversos profissionais”, observa ainda Lis.

Arquivo Pessoal

Lis Rosinato é vegana e crudívora há cinco anos

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019COMPORTAMENTO4

Foodmatters O alimento é importanteO veganismo, além de ser

ético para com os animais e com a natureza, é ainda mui-to saudável e saboroso e uma boa maneira de se conscien-tizar disso é assistir ao docu-mentário “Food matters”, que mostra como a alimentação atual (excesso de açúcar, sal, gordura animal, agrotóxicos, transgênicos e afins) está destruindo o ser humano aos poucos, transformando-o em um escravo da indústria far-macêutica.

“A redução de consumo de produtos de origem animal é uma questão de saúde e ética ecológica. Embora o consumo de carne não seja absolutamente imprescindível para uma alimentação sau-dável, qualquer restrição alimentar pede maior atenção para um equilíbrio nutricional. Nossa tradicional alaminuta sem ovo e bife é um prato vegano. Arroz, feijão, couve e farofa também são veganos (quando não utilizam carne para temperar). Se você for em uma fru-teira, a maioria dos alimentos do local serão veganos, feirinhas de pequenos agricultores da região também. Engana-se quem pensa que ser vegano e saudável precisa comer alimentos caros”, explica.

Ela observa que a absorção de nutrientes através de vegetais é um passo importante para garantir uma saúde de qualidade. Segun-do a nutricionista, dietas ricas em fontes vegetais estão relacionadas com a redução dos níveis séricos de colesterol, do risco e prevalência de doenças cardiovasculares, de hipertensão arterial, de diversos ti-pos de câncer e diabetes tipo II.

“Alimentos como feijão, grão de bico, lentilha, aveia e semente de abóbora são fontes seguras de proteínas em uma dieta vegana equilibrada”, garante.

Conforme ela, quando a alimentação é baseada em plantas, existe um aumento nos níveis séricos de antioxidantes exógenos e maior atividade de antioxidantes endógenos, promovendo prote-ção contra a oxidação e maior estabilidade genômica.

Ainda de acordo com ela, o leite é um alimento que pode ser facilmente substituído por outras opções como castanhas, tofu, ger-gelim, rúcula, brócolis e couve-flor.

Dieta saudável e barata

Kelly Todescatto: uma questão de saúde e ética ecológica

Nutricionista afirma que é possível ter uma dieta vegana, com boa qualidade de vida e gastando pouco

Foto: Chris Araújo Fotografias

VEGANISMO EM FILMEO estilo de vida vegano tem conquistado um espaço importante na sociedade, e muito desse respaldo e reconhecimento é resultante da produção de filmes sobre o tema. Ao longo dos últimos anos uma série de documentários têm ganhado espa-ço e projeção, evidenciando de forma impactante razões pelas quais o veganismo ganha cada vez mais espaço e reconheci-mento. Com base nisso, o Jornal Integração da Serra deixa algumas dicas de filmes sobre o tema.

Cowspiracy A conspiração da vacaCowspiracy toca em um

ponto bastante sensível da sociedade atual: a degrada-ção ambiental. Mas o que é realmente importante no filme é o fato dele mostrar o que a maioria dos governan-tes e entidades políticas fin-gem não ver: o fato de que a criação de animais é a maior causa de desmatamento, po-luição e degradação ambien-tal do mundo atual.

Vegucated VeganizadoEste documentário é com

certeza uma referência para quem não consegue se desli-gar dos alimentos derivados, mas deseja se tornar vegano. Aqui, alguns jovens onívoros convictos e amantes de quei-jos, leite e carnes são convi-dados a aderir ao veganismo por seis semanas. Apesar das reclamações iniciais, estas serão uma das seis semanas mais importantes de suas vi-das.

A carne é fracaEste documentário reali-

zado pelo instituto Nina Rosa é um dos mais conhecidos. De fato, ele ainda é um dos principais documentários a transformar onívoros em ve-getarianos e veganos, já que mostra com clareza a cruel-dade e o sadismo por detrás da alimentação carnívora oci-dental e seu sistema de pro-dução.

TerráqueosVeganismo não é só ali-

mentação e é por isso que este filme entra na lista. Aqui, mostra-se a realidade cruel a que nossa sociedade sub-mete milhões de animais to-dos os anos, tanto para a sua exploração ligada à alimen-tação, quanto a vestuário, pesquisa, entretenimentos e afins. Assim, deixe este do-cumentário para o final, pois todo vegano ou vegana pre-cisa saber que o sistema em si sobrevive às custas da ex-ploração animal em todos os sentidos.

Imagens: Reprodução

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 COMPORTAMENTO 5

Quando Elsie Shrigley e Donald Watson usaram pela primeira vez a expressão “vega-nos” para descrever os vegetarianos que não consumiam derivados do leite, em novem-bro de 1944, a dieta e o estilo de vida defini-tivamente não eram “legais”. Os vegetarianos antipáticos se recusavam a associar-se a mo-vimentos radicais. O veganismo criou uma re-putação amigável e louca por saúde. A dieta tornou-se popular com os movimentos con-traculturais das décadas de 60 e 70 - a maioria particularmente hippie - mas ainda com um ar

“Enquanto o ser humano for implacável com as criaturas vivas, ele nunca conhecerá a saúde e a paz. Enquanto os homens conti-nuarem massacrando animais, eles também permanecerão matando uns aos outros. Na verdade, quem semeia assassinato e dor não pode colher alegria e amor”, disse o filósofo grego Pitágoras por volta de 500 anos antes de Cristo.

No mesmo período, Siddhārtha Gautama, o Buda, conversou com seus seguidores sobre a importância da alimentação isenta de ingre-dientes de origem animal. Assim, Pitágoras e Siddhārtha se tornaram as primeiras referên-cias de uma consciência que mais tarde ajuda-ria a moldar o veganismo.

Muito tempo depois, no século I, o filósofo grego Plutarco escreveu “Do Consumo da Car-

“Quem semeia assassinato e dor não pode colher alegria e amor”

Veganismo se popularizou nos movimentos de contracultura das décadas de 60 e 70

ne”. No Discurso Primeiro, ele define o apetite humano por carne como uma manifestação de luxúria, lascívia supérflua. “Aos inocentes, aos mansos, aos que não têm auxílio nem defesa – a esses perseguimos e matamos. Só para ter um pedaço da sua carne, os privamos da luz do sol, da vida para que nasceram. To-mamos por inarticulados e inexpressivos os gritos de queixume que eles soltam e voam em todas as direções”, registrou.

Mas foi só a partir do século XV que houve um crescimento exponencial de pensadores e artistas que viram no vegetarianismo uma filosofia de vida em condições de contribuir para a libertação animal e humana, já que ao se alimentar da carne o ser humano torna-se prisioneiro de si mesmo, das suas próprias in-coerências.

Reprodução

de exclusividade. Atualmente, muitos vegeta-rianos radicais ignoram a reputação virtuosa e promovem o veganismo como um estilo de vida moderno.

Já a Associação Americana de Dieta atesta que os vegetarianos e os veganos possuem ín-dices de massa corporal, pressão sanguínea e níveis de colesterol mais baixos do que os não vegetarianos. Também apresentam índices menores de diabetes tipo 2, câncer de colon, câncer de próstata, hipertensão e doenças cardíacas.

Donald Watson, criador do veganismo

Foto: Vegan Society

Filósofo grego Pitágoras

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019ENTIDADES6

O SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE BENTO GONCALVES (SINDISERP) ingressou com ação judicial com o propósito de obrigar o Município de Bento Gonçalves a pagar o reajuste trimestral aos servido-res. Trata-se, na verdade, de uma lei que foi criada pelo próprio Poder Executivo, que não está sendo cumprida.

O Município de Bento Goncalves, em 23.04.2015, aprovou a Lei Mu-nicipal nº 5.926, que determina que se conceda trimestralmente a revi-são geral de vencimentos aos servidores municipais.

A referida legislação municipal foi criada no objetivo de que a cada três meses o Erário público conceda uma revisão geral de vencimentos aos servidores e professores municipais, buscando realizar a reposição inflacionária, em períodos já pré-estabelecidos nos incisos I a III do arti-go 1 da Lei 5.926.

Ocorre que, em que pese a Lei 5.926 estar vigente e serem os servi-dores e professores detentores de um direito certo, não há, até o presen-te momento, registro da revisão trimestral que deveria ter sido efetuada em outubro de 2018, conforme inteligência do art. 1º, inc. III, da legisla-ção supracitada.

Diante da inércia do Município frente ao pagamento da revisão sala-rial trimestral, o Sindiserp, visando o devido cumprimento da obrigação, realizou notificação extrajudicial, na data de 03.12.2018. Contudo, o Mu-nicípio permaneceu silente até a presente data, não tendo procedido no pagamento da revisão.

Tal fato é que motivou o Sindiserp a ingressar em juízo, com o ob-jetivo de GARANTIR A IMPLEMENTAÇÃO DO REAJUSTE SALARIAL AOS SERVIDORES MUNICIPAIS.

A sexta edição da Sparkling Night Run está confirmada para ocorrer no dia 9 de novembro, em Bento Gonçal-ves. A divulgação antecipada facilita para que os atletas já possam plane-jar a rotina de treinos para cumprir os percursos de 5km e 10km, nas catego-rias masculino e feminino, nas moda-lidades individual ou dupla. Há, ainda, a opção de participar da prova na opção de caminhada, com trajeto de 4km. Também os participantes vindos de outros estados – em 2018, os 700 inscritos vieram de diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais – ganham mais tempo para planejar a viagem e, tam-bém, conhecer os encantos turísticos da cidade e região da Serra gaúcha.

A organização trabalha na defini-ção dos percursos e horários da sexta edição da prova. Em breve as inscri-ções serão disponibilizadas nas pla-taformas online para os interessados. A Sparkling Night Run é uma promo-ção do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves e vem sendo realizada desde 2014.

As categorias formadas por du-plas ganham cada vez mais adeptos e exigem sincronia e treinamento. Em 2018, uma dupla bento-gonçalvense

Sparkling Night Run confirma sexta edição para novembro de 2019 Sindicato ingressa com ação

judicial para garantir reajuste salarial aos servidores municipais

Divulgação

Sirlésio Carboni Júnior participa desde a primeira edição da Sparkling Night Run

foi a campeã na categoria 10km dupla mista. Sirlesio Carboni Jr e Dalila Ticia-ni fecharam o circuito em 41min 57s. Dalila participou de quatro edições, já Carboni é competidor desde a primei-ra. Apesar de estar acostumado com distâncias longas, já tendo realizado os 125km da Ultra Trail du Mont Blanc, em Chamonix, na França, o corredor faz questão de participar da corrida por reconhecer a importância que tem para Bento Gonçalves.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 7ENTIDADES

Contribuições ao Consepro refletem em acréscimo da segurança pública

Presidente do Consepro, José Carlos Zortea

Até o próximo dia 15 de março pode ser pago o boleto no valor de R$ 15,00, encaminhado junto ao carnê do IPTU como contribuição à Fundação Consepro Pró Segurança Pública de Bento Gonçal-ves. A entidade há anos tem cumprido a obriga-ção do Estado, de proporcionar segurança à po-pulação, equipando as forças policiais do Estado e da Federação, estabelecidas no município, com o apoio financeiro de entidades, empresas, poder público municipal e comunidade.

Essa é a segunda edição da campanha, promo-vida com o apoio da prefeitura. Na primeira, em 2017, foi R$ 34 mil. “Se agora em 2019 os mais de 76 mil contribuintes participarem da ação, o Con-sepro poderia chegar à impressionante arrecada-ção de R$ 1 milhão – verba que, aplicada direta-mente na segurança, transformaria a realidade de nossa cidade”, ressalta o presidente do Consepro, José Zortéa. Ele explica que os recursos arrecada-dos são empregados em diversas frentes e entram na soma de outras campanhas, ajudando desde o financiamento de combustível, passando por aquisição de material administrativo e chegando até a compra de equipamentos de segurança e de veículos. Em 2017 o Consepro adquiriu três camio-

Até o próximo dia 15 de março, o contribuinte do IPTU pode doar R$ 15,00 à entidade para manutenção da infraestrutura das forças policiais atuantes em Bento Gonçalves

netes Sorento para a Brigada Militar e, em 2018, uma Ranger equipada com gaiola, para a Polícia Civil.

Operação KerdosEntre as recentes ações do Consepro, a com-

pra de uma balança de pesagem e de câmaras de monitoramento para a 6ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com sede na BR 470 em Bento Gonçalves. A entidade captou R$ 193, 4 mil com o Ministério Público Federal para os in-vestimentos. Os recursos foram arrecadados pelo ministério por meio de multas, compensações e acordos em ações civis públicas. Logo após a inau-guração oficial da balança, no último dia 4 de feve-reiro, foi deflagrada a Operação Kerdos (ganância em Grego). O saldo dos quatro dias da operação, que também serviu para capacitação do efetivo policial e de agentes de trânsito da região no uso da balança rodoviária, foi 26 com excesso de peso, que no montante somou 45,9 toneladas.

Mais informações sobre o trabalho desenvol-vido pela Fundação e também sobre outras for-mas de colaborar podem ser obtidas pelo fone (54) 3452-6920.

Foto: Jeferson Soldi

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INHASV JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 20198

A mais nova Formanda em Educação Física, Tainara Camargo

Os 15 anos de Caroline Dal Vesco, neste último dia 9 de fevereiro

Tainara Camargo com o noivo Maikon Dias, na noite de sua formatura

Esteve em Bento, no dia 12 de fevereiro, a maior autoridade na arte marcial isra-elense Krav-Maga, o 9º Dan Yaron Lichtenstein, para a graduação dos alunos dos

instrutores bento-gonçalvenses, Adriano Rinaldi e Leandro Caldeira

Fotos: William Hamom | André Pellizzari Fotografia

Foto: André Pellizzari Fotografia

Foto: André Pellizzari Fotografia

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 9LAZER

Carnaval é período de festa e de alegria para o povo brasileiro. No Vale dos Vinhedos, não poderia ser diferente e mais conveniente quando associado à vindima, uma época de euforia de sabores e aromas no rotei-ro enoturístico mais famoso do Brasil. O Complexo Turístico Villa Michelon oferece pacote de Carnaval que inclui uma experiência única de proximi-dade com a vitivinicultura através de colheita, pisa e Filó Italiano em sua propriedade.

Com quatro diárias, de 1 a 5 de março de 2019, o Carnaval do Villa Mi-chelon conta com hospedagem, café da manhã, meia-pensão jantar (sendo sexta-feira o Filó Italiano), deliciosas uvas na recepção durante todo o pe-ríodo, programação de lazer para as crianças nos quatro dias e a vivência da La Bella Vendemmia, tendo como brindes avental, taça e boné persona-lizados do Villa Michelon.

Destino de oito mil turistas no ano passado durante os meses de janei-ro, fevereiro e março, o Villa Michelon planeja reforçar esse número, focando na tendência cada vez mais forte das famílias que escolhem destinos tran-quilos e variados para desfrutarem de momentos de lazer e descanso. “Apos-tamos em atividades que todos pos-sam viver, como é o caso da nossa La Bella Vendemmia. Os índices de ocu-pação das quatro primeiras edições deste ano estão atendendo às nossas

Viva o Carnaval em meio aos vinhedos no Villa Michelon

expectativas e ainda temos o feriado de Carnaval pela frente. Esperamos a todos com programação para crianças e adultos, reforçando que o Vale dos Vinhedos é, sim, para toda a família”, pontua a diretora geral do Complexo Turístico, Elaine Michelon.

ProgramaçãoNa sexta-feira de carnaval, a partir

das 17h, os hóspedes serão levados a uma Visita Técnica ao Parreiral Mode-lo, onde conhecerão as variedades de uvas e um pouco das curiosidades so-bre o cultivo. A Colheita Simbólica dá sequência à experiência. Em seguida,

é a hora da Pisa das Uvas, momento esperado e alegre, embalado pelo Co-ral Vicentino.

A programação encerra com o Filó Italiano, na Casa do Filó, mostran-do como eram as festas da colônia, onde as pessoas se reuniam em volta da mesa para saborear o pão caseiro, a copa, o queijo, o salame e a uva e degustar vinho e suco de uva. Outras iguarias compõem o cardápio tam-

bém: macarrão à bolonhesa, risoto ita-liano, polenta, cuca, pães, conservas e linguiça suína.

O pacote inclui quatro diárias que podem ser parceladas em até seis ve-zes de R$ 543,00, em apartamento Standard Double.

As reservas podem ser feitas pelo WhatsApp: (54) 98112.5443, fone: 0800.703.3800 ou e-mail: [email protected].

Fotos: Rita Michelin

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019

Estrutura completa congregaatendimentos em um só local

SERVIÇOS10

Da esquerda para a direita: Roger Pfeiffer, Daltro Cairuga, Isabel Nogueira, Luís Felipe Antoniazzi Holts e Kellen Lopes

Segundo o diretor técnico da Prev serra, Daltro Roni Pfeiffer Cairuga, um dos destaques da empresa são os atendimentos, prestados de forma imediata, num só local. “A Prevserra é um centro integrado de saúde e medi-cina ocupacional, onde o cliente pode ter a comodidade de em um só lugar encontrar todas as suas necessidades. O colaborador realiza os exames em um só local e recebe rápido os resul-tados dos exames. Tudo em conformi-dade com a legislação vigente”, ressal-ta Cairuga.

Ele destaca que a empresa englo-ba vários segmentos, entre eles o da saúde, o moveleiro, o metalúrgico e o de serviços. Acrescenta que a Prevser-ra também está adaptada e preparada para atender o sistema E-Social (fisca-lização eletrônica).

Ressalta ainda que a empresa constantemente aprimora seu aten-dimento através de sistema de gestão operacional e de auditorias externas dos órgãos fiscalizadores. “A Prevser-ra está 100% em conformidade com a legislação vigente, cumpre todas as determinações do Corpo de Bombei-ros, Ministério do Trabalho e Emprego, Previdência Social e órgãos fiscaliza-dores”.

Fotos: Rodrigo De Marco

A Prevserra - Assessoria em Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho, oferece aos seus clientes e conveniados uma estrutura cômoda e completa, situada na rua 13 de maio, 203, sala 4. Os serviços da empresa são prestados por uma equipe formada por doze pessoas, entre médicos e técnicos, com experiências que variam entre 15 e 40 anos em suas áreas de atuação.

Foto: André Pellizzari

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 SERVIÇOS 11

MEDIcIna, SaúDE E SEguRança DO tRaBalhO

PPRa - Programa de Prevenção de Riscos ambientais (nR 09)Estabelece ações que visam preservar a saúde e a integridade dos colaboradores por meio do reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais, que existem no ambiente de trabalho. Também prevê medidas saneadoras de segurança e controle, levando também em conta a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.O PPRA é parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o PCMSO. PcMSO - Programa de controle Médico de Saúde Ocupacional (nR 07)Visa a promoção e a preservação da saúde física e mental dos colaboradores.Ele considera quais são as suas atividades laborais e programa ações visando o diagnóstico precoce dos riscos, doenças ocupacionais e agravos gerais.São sistematizados através de exames clínicos e complementares. Os exames clínicos devem ser realizados, em todos os funcionários da empresa nas fases de: Admissão - Periódicos - Mudança de função - Retorno ao trabalho – Demissão. Já os exames complementares visam uma avaliação detalhada da saúde dos colaboradores e vão definir se eles estão aptos a exercerem as funções para as quais foram designados: Eletro-encefalograma – Eletrocardiograma - Acuidade Visual - Avaliação Oftalmológica - Audiometria – Espirometria - Raio X - Teste de Romberg - Exames Laboratoriais. PPP - Perfil Profissiográfico PrevidenciárioO PPP é um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário normati-zado pelo INSS, com informações detalhadas sobre as atividades exercidas, eventual exposição a agentes nocivos à saúde, com as suas medidas de controle e proteção.O objetivo do PPP é apresentar, em um só documento, o resumo de todas as informações re-lativas à fiscalização das medidas de gerenciamento de riscos e existência de agentes nocivos no ambiente de trabalho, deve ser entregue ao colaborador por ocasião de sua demissão ou aposentadoria perante o INSS. PcMat - Programa de condições e Meio ambiente de trabalho na Indústria de construção (nR 18)O PCMAT é um plano que estabelece condições e diretrizes de segurança do trabalho para obras e atividades relativas à construção.Ele estabelece um sistema de gestão em segurança do trabalho nos serviços relacionados à construção, através de atribuições e responsabilidades à equipe que irá administrar a obra, além de garantir a saúde e a integridade física de todas as pessoas que atuam direta ou indi-retamente na realização de uma obra ou serviço (trabalhadores da construção, funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes e visitantes).Ele é obrigatório em construções que tenham mais de 20 funcionários e é realizado com base nas diversas etapas da construção e isso faz com que sua eficiência seja muito grande na análi-se, reconhecimento, neutralização e controle dos riscos. laudo de Insalubridade e Periculosidade (nR 15 e nR 16)O Laudo Técnico de Insalubridade trata-se da avaliação pericial conclusiva sobre os aspectos e as condições no ambiente de trabalho, referente à análise da exposição de trabalhadores aos agentes insalubres.O Laudo Técnico de Periculosidade é um documento de análise referente às condições do am-biente de trabalho em relação às avaliações sobre os seguintes riscos: explosivos; inflamáveis líquidos; inflamáveis gasosos; radiação ionizante e outras substâncias radioativas.Também são necessários e recomendados para documentar a necessidade ou não do paga-mento dos adicionais. laudo Ergonômico (nR 17) e ginástica laboral (nR 17)Visa atender os preceitos recomendados em Ergonomia, através de estudo detalhado dos pos-tos de trabalho e aplicação de técnicas reconhecidas, evitando doenças ocupacionais como LER /DORT, esforços físicos intensos e desconfortos durante as jornadas de trabalho. A perícia ergonômica pode ser executada por médico do trabalho, por engenheiro de segu-rança ou por ambos, de acordo com as necessidades de cada empresa. Segurança do trabalho em Máquinas e Equipamentos (nR 12)Ela determina, nos diversos segmentos da indústria, exigências de segurança em máquinas, equipamentos e no ambiente de trabalho.A NR-12 não é taxativa e superficial. Ao contrário, exige itens específicos para cada setor da indústria. Isso requer que todas as empresas se adaptem, ao determinado na norma de segu-rança no trabalho em máquinas e equipamentos.Possui equipe de engenharia especializada para fazer a adequação de sua empresa, dentro da norma, do Planejamento a implementação. ginástica laboralVisando a promoção da saúde, da segurança e do bem-estar dos colaboradores de seus con-veniados, dentre as diversas ações de Assessoria oferecemos também a atividade de ginástica laboral.A Norma Regulamentadora nº17 (NR-17) trata especificamente sobre a ergonomia no ambien-te de trabalho. Ela traz todas as especificações que devem ser seguidas nas atividades diárias e, como a ginástica laboral é pensada para ser funcional, age diretamente nos pontos tratados pela legislação.

gestão ambiental Licenciamento Ambiental (prévia, instalação e de operação), junto aos órgãos ambientais com-petentes (FEPAM e Prefeituras).Relatórios para atender Lei nº 10.165 do IBAMA (Cadastro Técnico Federal) e o Cadastro de Origem Florestal (DEFAP) junto à SEMA.Avaliação de sistemas de tratamento de efluentes.Auditorias ambientais.Auditoria e gestão para implantação do sistema de gestão ambiental (ISO 14001).Avaliações ambientais de ruído conforme NBR 10151. Plano de Prevenção e combate a Incêndios - PPcI - para empresas e condomíniosConsiste em um plano que prevê alternativas de combate a incêndios, preservando a integri-dade física e patrimonial das pessoas sitiadas em um determinado recinto, sendo elaborado e executado, visando a adequação e a segurança contra incêndio nas edificações.O PPCI é uma exigência legal, através do qual se torna possível a emissão do Alvará de Loca-lização para instalações comerciais, industriais, diversões públicas e edifícios residenciais com mais de uma economia e mais de um pavimento.O Corpo de Bombeiros é o órgão de esfera estadual encarregado pela fiscalização e observân-cia da legislação nas instalações de combate a incêndio. Plano de ação EmergencialEste plano faz o mapeamento dos riscos e direcionamento das atuações para atendimento em casos de sinistros, necessidade de evacuação e/ou atendimentos de primeiros socorros.Em situações de emergência, foco e planejamento são fundamentais.O plano deve conter as definições de responsabilidades e ações para atender uma emergência. Ele analisa os riscos inerentes a cada ponto sensível levantado e deverá prever todas as ações a serem desenvolvidas para neutralizar ou minimizar as consequências de acidentes, proteger a vida humana, a fauna e a flora, descontaminar e recuperar o meio ambiente e proteger a propriedade particular.É um documento desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais. Projeto e Execução de SPDa (Sistemas de Proteção contra Descargas atmosféricas)É um Sistema de Proteção Contra Descargas Elétricas, popularmente chamado de para-raios.A instalação dos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a Norma NBR 5419/2005, e tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até mesmo, risco à vida de pessoas e animais. Projetos exigidos pelo corpo de Bombeiros para a liberação do alvará e proteção das instalações e seus ocupantes treinamentos técnicos abertos ou in-company Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR 05Equipamentos de Proteção Individual - EPI NR 06Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - NR 10Movimentação, Transporte e Manuseio de Materiais - NR 11Segurança na Operação de Máquinas e Equipamentos - NR 12Aspectos Gerais de Segurança na Construção Civil - NR 18Líquidos Combustíveis e Inflamáveis - NR 20Espaços Confinados - NR 33Trabalhos em Altura - NR 35Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPATFormação de Brigada de Emergência - NBR 14276 Prevenção e combate a Incêndios e noções Básicas de Primeiros Socorros - Rt 14 assessoria jurídicaA Prevserra, buscando sempre inovar e aprimorar o atendimento fornecido aos seus clientes, conta agora com assessoria jurídica e empresarial, com atendimento personalizado e integral, com segurança e agilidade.Esta sistemática de atuação permite que empresas possam concentrar seus esforços na ob-tenção dos resultados pretendidos, certas do pleno atendimento da legislação e da pronta solução de eventuais problemas. assessoria EmpresarialTrabalhistaTributáriaCívelAmbientalFornecedor e ConsumidorAssistência jurídica a colaboradores

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019VERÃO EXTREMO12

Os últimos meses têm sido mar-cados por altas temperaturas na Serra Gaúcha, e em Bento Gonçalves não está sendo diferente. Desde 1976, o mês de janeiro não atingia tempera-turas médias tão altas. O último mês, segundo a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, instalada na sede da Embra-pa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, registrou 14 dias em que a tempera-tura máxima absoluta atingiu valores superiores a 30°C, sendo a máxima registrada de 33,4°C, nos dias 1 e 2. As temperaturas ‘média máxima’, ‘mé-

“No último século a temperatu-ra média do planeta aumentou em 0,7 grau Celsius, e a previsão é que até 2100 o aumento vai ser de 1,6 a 4 grau Celsius se as emissões de gases de efeito estufa oriundas da ativida-

Temperaturas médias de janeiro foram as mais elevadas dos últimos 40 anos

Pesquisadores da Embrapa afirmam que, desde 1976, não fazia um janeiro de temperaturas médias tão altas

dia mínima’ e ‘média’ foram de 28,9°C, 19,5°C e 23,5°C, respectivamente.

Este verão já é considerado um dos mais quentes das últimas déca-das, principalmente as noites de ja-neiro, muitas com o céu nublado, o que acentuou a sensação térmica, afirmam o pesquisador e Chefe Geral da Embrapa, Mauro Zanus e a pesqui-sadora Maria Emília Borges Alves.

De acordo com eles, um dos cau-sadores desse calor excessivo para a região é o fenômeno climático El Niño, caracterizado por causar chu-vas e temperaturas acima da média

na região Sul do Brasil. “Em Janeiro já tivemos uma amostra disso, apesar da chuva ter ficado dentro do normal, a temperatura ficou bem acima da média. Entretanto, nota-se que a fre-quência (número de dias de chuva) está acima do normal e esta condição pode ter efeitos mais negativos sobre a qualidade dos frutos e as operações de colheita do que o volume de chu-vas em si”, afirmam os pesquisadores.

O verão 2019 não é um dos mais quentes apenas em função das tem-peraturas máximas, mas também pelo fato do chamado calorão ser intenso

durante todo o dia, incluindo a noite. A explicação é que as próprias tempe-raturas mínimas seguem elevadas, au-mentando o desconforto. “Ainda que os valores das temperaturas máximas absolutas impressionem, as tempera-turas médias retratam melhor a sen-sação de calor excessivo, que se man-teve acima do normal durante as 24 horas do dia, com o registro de tem-peraturas mínimas elevadas, reduzin-do a sensação de conforto térmico que geralmente ocorre ao anoitecer”, explicam os pesquisadores da Embra-pa Uva e Vinho.

Pesquisadora da Embrapa, Maria Emília Borges Alves Pesquisador e Chefe Geral da Embrapa, Mauro Zanus

Foto: Maria Francisca Canovas de Moura

A realidade do aquecimento global

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal

de humana continuarem a crescer. Essa é uma média, mas em algumas regiões serão muito mais e em outras menos. Uma das principais consequ-ências desse fenômeno é a ocorrência de eventos climáticos extremos cada vez mais pronunciados e frequentes, como: chuvas torrenciais, períodos longos de estiagem, ondas de calor e de frio mais intensas e alterações na velocidade e intensidade dos ventos, todos já vivenciados pelos gaúchos nos últimos anos. afirma o diretor de Meio Ambiente da CPFL Energia, Rodolfo Nardez Sirol. Ele acrescen-ta que isso se deve ao aquecimento global, desencadeado por atividades humanas, a abertura de novas áreas de agricultura e pecuária em áreas de floresta e, principalmente ao grande crescimento da população mundial. “Já estamos com mais de 7 bilhões de pessoas no planeta. Precisamos de mais práticas conservatórias do solo na agricultura. Quanto menos precisarmos impermeabilizar o solo e fazer ilhas de calor, nos processos de urbanização, melhor será. Além dis-so, o ordenamento das construções precisa de cuidado especial”, explica. Conforme Sirol, as consequências do

aquecimento global podem ser ca-tastróficas para a Terra, caso não haja continuidade da mudança de pensa-mento em relação à preservação do meio ambiente. Ele reitera que o de-senvolvimento sustentável está sendo muito praticado ao redor do mundo. Ainda, segundo ele, a cada dia cresce o número de consumidores priorizan-do produtos de empresas com baixo impacto ambiental.

Sobre o Brasil, nesse contexto, salienta que o país permanece den-tro do acordo de Paris que objetiva fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas em curso, aprovado em 2015 pelos 195 países participantes que se comprometeram em reduzir emissões de gases de efei-to estufa. Ainda de acordo com Sirol, a COP 21 (que frequenta desde 2010, sendo que sua última participação foi no ano de 2017) celebrou o Acordo de Paris, o qual reuniu as ações volun-tarias dos países para limitar o aque-cimento global até 2 graus em 2100. Também se comprometeram a revisar essa ambição após 5 anos, ou seja, 2020, quando os países apresentarão novas propostas para limitar o au-mento da temperatura em 1,5 graus

até 2100. Sirol participa das conferên-cias de mudanças climáticas da ONU, as quais são conhecidas pela sigla em inglês COP (Conference of the Parties) e são realizadas anualmente.

As metas principais apresentadas pelo Brasil são: redução de 37% nas emissões até 2025, tendo como ponto de partida as emissões de 2005 e pos-sível redução de 43% das emissões até 2030.

Para alcançar tais metas, uma sé-rie de indicações terão de ser seguidas em diversos setores da gestão pública dos recursos naturais até 2030: au-mentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética bra-sileira para 18%; fortalecer o cumpri-mento do Código Florestal; restaurar 12 milhões de hectares de florestas em áreas degradadas; alcançar des-matamento ilegal zero na Amazônia brasileira; chegar a participação de 45% de energias renováveis na ma-triz energética; obter 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico (basica-mente no seguimento industrial); pro-mover o uso de tecnologias limpas no setor industrial e estimular medidas de eficiência e infraestrutura no trans-porte público e áreas urbanas.

Rodolfo Nardez Sirol, diretor de Meio Ambiente da CPFL Energia

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 VERÃO EXTREMO 13

Atualmente, muitas jovens, assus-tadas com a possiblidade de câncer de pele, evitam ao máximo a exposição ao sol, essencial para absorção de vi-tamina D, de extrema importância na menopausa para a preservação óssea da mulher. O Jornal Integração da Serra conversou com a médica der-matologista Flávia Casagrande para a prestação de esclarecimentos.

Porque é importante para a mu-lheres um certo período de exposi-ção ao sol?

A exposição solar é importante para conversão da pré-vitamina D em vitamina D ativa, durante toda a vida do indivíduo. O hipoestrogenismo no período pós-menopausa e idade avançada são os principais fatores para o desiquilíbrio no processo de remodelação dos ossos em mulheres, resultando em diminuição da massa óssea e consequente osteoporose. A

O El Niño é um fenômeno climático de escala global. Caracteriza-se pelo aquecimento anor-mal das águas superficiais do Oceano Pacífico, predominantemente na sua faixa equatorial. Ocor-re em intervalos médios de 4 anos. Esse aquecimento é geralmente observado no mês de dezem-bro, próximo ao Natal, por isso recebeu o nome de “El Niño”, em referência ao “Niño Jesus” (Menino Jesus), que foi dado por pescadores peruanos.

Em anos sem a presença do El Niño, os ventos alísios sopram de leste para oeste, acumulando água quente na camada superior do Oceano Pacifico perto da Austrália e Indonésia. Como as águas do oceano no Pacífico Oeste são mais quentes, há mais evaporação e formam-se nuvens numa grande área. Para haver formação de nuvens o ar teve que subir. Nos níveis superiores da atmosfera os ventos sopram de oeste para leste, assim o ar frio desce no Pacífico Leste (junto à costa oeste da América do Sul), completando a circulação atmosférica de grande escala chamada “Circulação de Walker.”

Os ventos alísios, junto à costa da América do Sul, favorecem um fenômeno chamado de res-surgência: a água fria do fundo do oceano flui para a superfície carregando nutrientes e micro--organismos que servirão de alimento para os peixes, permitindo o surgimento de uma cadeia alimentar nessa região.

Em anos de El Niño, ocorre enfraquecimento dos ventos alísios, fazendo com que a camada de águas superficiais quentes do Pacífico se desloque ao longo do Equador em direção à América do Sul. Há um deslocamento da região com maior formação de nuvens e a célula de circulação de Walker fica bipartida. Podem ser observadas águas quentes em praticamente toda a extensão do Oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno interfere na circulação geral da atmosfera.

De acordo com a intensidade, o El Niño pode ser fraco, moderado ou forte. As anomalias cli-máticas associadas a esse fenômeno são desastrosas e provocam sérios prejuízos econômicos e ambientais.

No Brasil esse fenômeno causa um grande aumento de chuvas na região Sul, o que pode acar-retar prejuízos aos agricultores. Na região Norte ocorre redução de chuvas nos setores norte e les-te da Amazônia, levando ao aumento significativo de incêndios florestais. No Nordeste também ocorre diminuição das chuvas, sendo que no Sertão nordestino essa diminuição pode alcançar até 80% do total médio do período chuvoso. Ocorre também aumento nas temperaturas do Sudeste e Centro-Oeste.

Grandes secas na Índia, Austrália, Indonésia e África são causadas por esse fenômeno. No Peru, Equador e no meio oeste dos Estados Unidos ocorrem enchentes. Na Colômbia, Venezuela, Suri-name, Guiana e Guina Francesa as chuvas são reduzidas, com exceção da costa da Colômbia que recebe intensas chuvas.

O alerta da dermatologistalongo prazo níveis subótimos (abaixo de 30 ng/ml) podem comprometer a qualidade óssea, porém vários outros fatores de risco devem ser considera-dos para a reposição de vitamina D.

Qual é o tempo médio diário de exposição a luz solar para evitar a carência de vitamina D no organis-mo?

Como dermatologista, oriento que a pessoa se exponha diariamen-te ao sol, evitando horários de pico, ou seja, antes das 10 horas e após as 16 horas. A exposição em períodos de maior incidência solar pode ser reali-zada em áreas de menor cronicidade à irradiação solar, como região palmo--plantar, região medial de membros superiores ou inferiores, abdome, dentre outras.

Até alguns anos atrás era comum ver nas ruas apenas senhoras usan-

do sombrinha para proteção do sol. Hoje, também há moças e adolescen-tes usando sombrinhas com o mes-mo objetivo. A sombrinha ajuda a proteger a pele do sol?

Sombrinhas e guarda-chuvas di-minuem a incidência solar à superfície da pele, porém não filtram homoge-neamente senão houver no tecido fator de proteção ultravioleta. Tecidos escuros sem o fator de proteção UV absorvem mais os raios solares. Som-brinhas de tecidos claros, que maior refração aos raios solares, são as mais indicadas para essa finalidade. Tam-bém vale usar chapéu e óculos escu-ros nos horários de solo forte. Mas, a utilização diária de filtro solar é de suma importância para reduzir os ris-cos de câncer de pele, em áreas foto expostas. O filtro deve ser aplicado no mínimo duas vezes ao dia em épocas de intensa radiação solar, como o ve-rão.

Foto: Acervo Pessoal

Dermatologista Flávia Casagrande

Reprodução Web

O fenômeno El Niño

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019RURAL14

Uva Bordô e suas peculiaridades

aldacir h.Pancotto

técnico agrícolaEMatER/RS-aScaR

Santa tereza

A variedade Bordô, também co-nhecida como Ives, folha de figo e Ter-ci, é de origem norte-americana, mais especificamente em Ohio, nos Estados Unidos. Pertence à família Vitis ameri-cana, também conhecida como vitis labrusca. Com importância comercial apenas no Brasil, foi introduzida em 1904, procedente de Portugal.

Cultivar muito rústica, resistente a doenças fúngicas e de vigor médio, é normalmente propagada por esta-quia “pé franco”. Além destas, apre-senta características peculiares como fitotoxidade a fungicidas ditiocarba-matos e outros e plantas improdutivas (machos, machoras).

A fitotoxidade destes produtos deve-se à sensibilidade da planta ao enxofre, componente dos grupos quí-

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micos: Mancozeb, Propineb, Metiram, Maneb, Tiofanato Metílico, Captam e outros. É preferível não tratar a planta do que usar estes fungicidas, particu-larmente os de números mais eleva-dos de moléculas de enxofre.

Os principais sintomas da cultivar a produtos com bases sulfurosas são: amarelecimento foliar intenso, mor-te dos meristemas apicais, parada de crescimento das folhas e ramos e de-finhamento da planta, podendo levar à morte.

Quanto a ocorrência de plantas improdutivas, embora apresentando florescimento, a teoria mais aceita é de que, por condicionante genético, na antese (abertura das flores) ocor-re dicogamia, ou seja, maturação do androceu (órgão masculino da flor) e gineceu (órgão feminino da flor) em tempos diferentes, impossibilitando a fecundação e, consequentemente, a produção de sementes, o que inviabi-liza o pagamento das bagas.

O principal fator responsável pela sua expansão é sua fácil adaptação a diversas condições climáticas. Além

disso, tem boa produtividade e resis-tência natural a algumas doenças que assolam a viticultura, o que a torna fá-cil de ser cultivada.

Por ter um sabor amargo e inten-so, é bastante incomum o consumo desta fruta in natura, motivo pelo qual é difícil encontrá-la em feiras e merca-dos.

Sua utilização aqui no país está mais relacionada à produção de sucos e de vinhos de mesa. Mas por causa de seus benefícios à saúde, estuda-se a possibilidade de ampliar seus cam-pos de utilização. Médicos e nutricio-nistas têm indicado o consumo diário de um copo de suco de uva tinta in-tegral, visando o fortalecimento do sistema cardiovascular.

Medidas para reduzir ocorrências de plantas improdutivas:

l Produzir mudas na propriedade a partir de plantas produtivas;

l Selecionar as plantas matrizes durante o ciclo produtivo;

l Enxertar ou substituir as plantas improdutivas.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 2019 SAÚDE BUCAL 15

CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO PORTÁTIL

A odontogeriatra curitibana Fanny Jitomirski, representando a em-presa D-Express, em conjunto com o arquiteto José Aker, a convite da Se-cretaria Municipal de Saúde de Ben-to Gonçalves, em conjunto com a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, apresentarão em Bento Gonçalves um equipamento que permite aten-dimento odontológico a pessoas im-possibilitadas de irem a consultórios. A apresentação do Consultório Odon-tológico Portátil acontece no dia 26 de fevereiro, no Curso de Capacitação de Inovações Tecnológicas em Odon-tologia, que ocorrerá no auditório do centro administrativo da prefeitura de Bento Gonçalves, na rua 10 de novem-bro, a partir das 8h30min, com entra-da franca.

Doutora Fanny, uma das primei-ras odontogeriatras do Brasil, ressalta que a longevidade alcançada por mui-tos moradores de municípios da Serra Gaúcha sempre despertou sua curio-sidade científica. “Agora, terei a opor-tunidade de conhecer um pouco mais sobre essa realidade e também de apresentar o nosso produto, desen-volvido para aumentar a qualidade de vida desses idosos”, comemora ela.

José Aker, arquiteto e CEO, expli-ca que o Consultório Odontológico Portátil foi desenvolvido pela empre-

Inovação será apresentada em Bento Gonçalves no dia 26 de fevereiro

sa D-Express, de Curitiba, em parceria com o Instituto Lactec, um dos maio-res centros de ciência e tecnologia do Brasil, e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Em-brapii). O equipamento é resultante de um projeto desenvolvido por uma equipe de 40 engenheiros, durante dois anos.

Maquinário acoplado

A odontogeriatra salienta que esse equipamento supera os já conhecidos e utilizados por profissionais do setor odontológico, por não necessitar de compressor de ar. “Ele pode ser leva-do, inclusive, para uso em hospitais, por não oferecer o risco de contami-nação do ar que fica armazenado nos equipamentos comuns. Além disso, o Consultório Portátil apresenta uma ergonomia ideal para os profissionais por dispensar o uso de aparelhos adi-cionais e mesa de apoio. Todo o ma-quinário fica acoplado, facilitando o manejo e o transporte, inclusive em locais de difícil acesso”, explica.

O equipamento, por seu caráter social e inovador, foi um dos desta-ques da 15ª edição da Semana Nacio-nal de Ciência e Tecnologia (SNCT), ocorrida de 15 a 21 de outubro de 2018, em Brasília.

Fotos: Divulgação

Utilização do Consultório Odontológico Portátil Turbo Innovation na aldeia indígena de Guaviraty, em Pontal do Paraná (PR), onde não existe energia elétrica (foto abaixo)

Consultório Odontológico Portátil foi um dos destaques da 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, por seu

caráter social e inovador

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Fevereiro 201916 VINÍCOLA

Vinícola Aurora comemora 88 anos, comcrescimento e liderança de mercado

Foram R$ 540 milhões faturados em 2018, crescimento superior a 5% em relação ao ano anterior, número expressivo considerando o cenário de incertezas que o Brasil vivencia nestes anos. Foram mais de 63 milhões de li-tros vendidos em todo o Brasil, de suas marcas consagradas: Aurora (vinhos e espumantes), Pequenas Partilhas, Au-rora Procedências, Aurora Pinto Ban-deira, Marcus James, Saint Germain, Clos des Nobles, Casa de Bento, Con-de, Keep Cooler entre outras.

A empresa, com sede em Bento Gonçalves desde sua fundação em 1931, tem escritórios e representações em todo o Brasil. Nasceu da iniciativa de 16 famílias de agricultores que vi-ram na união a maneira de enfrentar os desafios e crescerem. Hoje, 1.100 famílias compõem a cooperativa, re-presentantes genuínas da agricultura familiar, e entregam na vinícola uma safra média superior a 62 mil tonela-das de uvas/ano, para elaboração de seus principais produtos, muitos deles premiados aqui e no exterior. A capa-

Crescimento, faturamento recorde, premiações e liderança de merca são as marcas da maior vinícola do BrasilFoto: Roali Majola

cidade de estocagem da empresa é superior a 73 milhões de litros.

Em 2019, a Aurora iniciará as ope-rações de sua nova unidade, uma fá-brica de última geração, com certifica-ções de sustentabilidade, erguida no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçal-ves, para elaboração e envase dos su-cos de uva integrais, um dos segmen-

tos em que a empresa é líder absoluta no mercado brasileiro.

No mesmo sentido, além dessa liderança, a Aurora é a maior no mer-cado brasileiro em vinhos finos e em coolers, e segue firme na busca da excelência na linha de espumantes. E esta liderança tem base sólida em seu quadro funcional e de associados,

maior patrimônio da Aurora.“Nossa cooperativa tem o com-

promisso histórico de preservar a agri-cultura familiar e, ao mesmo tempo e na mesma proporção, andar no ritmo da modernização exigida pelo merca-do mundial”, afirma Itacir Pedro Pozza, presidente do Conselho de Adminis-tração da Cooperativa Vinícola Aurora. “Nossa vinícola leva vinhos, espuman-tes, sucos de uva integrais e coolers a todas as regiões do Brasil, para os diferentes perfis de consumo, e nosso compromisso com a qualidade é exa-tamente igual para todos esses públi-cos”, diz Hermínio Ficagna, diretor su-perintendente da Vinícola Aurora.

“Este é o momento de parabeni-zar a todos quantos fazem parte desta grande família, por acreditarem que um dia a Aurora pudesse voltar a ter sua identidade e ter o respeito mere-cido como propulsora do desenvol-vimento social e econômico da serra gaúcha, em especial, em poder dar uma vida mais digna e gratificante a estas famílias”, conclui Itacir Pozza.

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Caderno de Cultura e Arte Jornal Integração da Serra

Nº 64 | Fevereiro 2019

Foto: Natália Zucchi

Natália Zucchi faz uma aventura pela América do Sul, com destino a Machu Picchu. Páginas 4, 5 e 6

TRIP

inca

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Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019

Rogériogava

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AcampamentoA vida é um acampamento provisório em terra desconhecida. E nunca sabemos quando será hora de desarmar as barracas.

Águas do absurdoPerdendo-se o sentido, afunda-se.

AmbiguidadeA vida é dúvida com uma certeza: a vida termina.A vida é certeza com uma dúvida: a vida termina?

Algazarra na bibliotecaDa prateleira, meus livros, silenciosos, falam sem parar.

Amor... é a primeira e única graça.

Pequeno ABCFilosófico-Sentimental

PegadasSe quem fui tivesse deixado pegadas, iria eu procurar quem já não sou mais?

PersonaPerceber o teatro do mundo é a grande e maior revelação.

Poesia......é tudo o que rompe com a espessura do cotidiano.

Redes sociaisNunca, em nenhum tempo da história, a solidão foi tão compartilhada.

Rir e chorarFeliz ou triste, lágrima é sempre benção do céu.

Saturno...... é um planeta brincando de bambolê.

Ser feliz......é acreditar-se não infeliz. Ser infeliz é acreditar-se não feliz.

Sopa de letrinhasCom tão poucas letras tudo o que é palavra se faz.

Tempo verbalViver só se conjuga no presente.

Trabalho......é meio, nunca fim. Não se pode apaixonar pelo martelo.

TravessiaO que importa não é chegar; é ir.

VidaSequência finita, aleatória e indeterminada de agoras sem retorno.

Vil metalA maior vantagem em ter dinheiro é não ter de pensar nele.

Viver...... é catar morangos à beira do precipício.

Vi-verNão basta ver: o que importa é como vemos. E vivemos.

Antes de tudoSerá a morte o antes de nascer?

As aparências enganamNinguém é tão feliz quanto aparenta ser.

Cai o panoDescobrir a si é descobrir-se; ficar sem o cobertor macio da ilusão.

Canto da inquietaçãoQuieto no meu canto, decanto a alma. E canto a vida.

De profundisPara mim está resolvido: o Mistério é profundidade. E só isso.

DiversidadePor que o outro é semelhante se ele é tão diferente?

DormirSerá o sono amostra grátis da morte?

Dúvida atrozNada sei sobre o pouco que sei.

EsperançaHá algo mais sublime do que adormecer acreditando na alvorada?

LiberdadeSó é verdadeiramente livre quem não inveja, sinceramente, aquilo de que não precisa.

Menos...Elogios são bacanas; desde que neles não acreditemos.

MetamorfosesNão me reconheço nos muitos que fui. Minuto finalNa profundidade do instante me dissolverei.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019 | 3

Dicas deFilmes

DunkirkAno: 2017Direção e roteiro: Cristopher NolanElenco: Tom Hardy, Mark Rylance, Cillian Murphy, Harry StylesBruno

[email protected]

O título da nossa primeira coluna no Integração resume o propósito do que estamos buscando em uma viagem que pretende passar por pelo menos 10 países da América do Sul e por todos os estados do Brasil. Mais do que uma simples expedição, es-tamos nos preparando para, a partir do próximo dia 18, iniciar uma jornada de desprendimentos, desco-bertas e autoconhecimento.

Desapegamos de muitas coisas, juntamos nos-sas economias e abrimos mão do conforto não ape-nas pela experiência e sonho de escrever sobre o cotidiano em uma cidade diferente a cada nascer do sol, mas para, aos 31 anos, abrirmos as janelas da alma e conhecermos a nós mesmos.

Queremos nos permitir viver tudo o que há para viver, e o primeiro passo, para tornar isso possível, foi deixar de esperar o momento certo ou o carro ideal. Trancamos as faculdades – a Carina cursa Psicologia e o João, Filosofia -, alugamos o aparta-mento e abrimos mão de empregos. Sobrou, além da renda do aluguel, as nossas economias de uma vida e um Renault Sandero 2014, o que acredita-mos ser o suficiente para uma jornada que se pro-põe, sobretudo, a espiar o que há ao nosso redor e olharmos para nós mesmos, despidos de um endereço, condição social ou registro profissional, mesmo que o preço, para isso, seja abrir mão de qualquer tipo de conforto – uma simples casa, que seja - ou possibilidade de investimento no futuro.

Em uma das maiores derrotas da Aliança durante a Segunda Guerra Mundial, 300 mil soldados espe-ram por resgate na baía do oeste europeu. Um caça britânico corre contra o tempo para oferecer supor-te aéreo e um barco de civis atende um chamado desesperado para ajudar no resgate antes que seja tarde demais.

Na filmografia de Nolan percebemos muitas pro-ezas audiovisuais. Sua abordagem “matemática”

com a câmera e roteiro raramente deixou espaço para um brilhantismo dramático. Aqui ele entende sua limita-ção e foca na busca da exatidão cinematográfica.

Ao contrário de outra obra icônica do gênero, O Resgate do Soldado Ryan (1998), que domou tanto imersão como dramaticidade, Dunkirk investe todos os seus esforços exclusivamente em inserir o espectador no conflito. Seja como gado prestes a ser abatido, uma lata de asas ou um casco flutuante.

Os jornalistas Carina Furlanetto e João Paulo Mileski rodarão a América do Sul de carro com o projeto “Crônicas na Bagagem”, em uma expedição que deve durar até dois anos. Eles pretendem escrever sobre suas experiências na redes sociais (instagram: @cronicasnabagagem e facebook.com/cronicasnabagagem), no site www.cronicasnabagagem.com e nas páginas do Integração da Serra.

Fotos: Pedro Eduardo Strada

Uma jornada de autoconhecimentoForam meses de conversas, reflexões e aprendi-

zados que nos levaram à conclusão de que passa-mos as nossas vidas acumulando, quase como uma obsessão, em um círculo sem fim, o que não apenas nos torna reféns de um sistema, como nos consome a ponto de sequer sabermos quem, de fato, somos, e o que, de fato, estamos fazendo para tornar o mun-do melhor. Não temos respostas a essas pergun-tas, mas estamos fazendo o que acreditamos ser o necessário para alcançá-las, mesmo que isso exija questionamentos e renúncias a convenções sociais, o que, acredite, não é fácil.

A estimativa é que o projeto dure em torno de dois anos. Nas redes sociais, compartilharemos fotos, crônicas e vídeos não apenas do nosso co-tidiano, mas de tudo o que tocar o nosso coração. Em uma mistura inusitada entre jornalismo e litera-tura, estamos determinados e entusiasmados para descrever o que nossos olhos puderem ver e nossos sentidos experienciar. O que levamos da vida são as experiências que vivemos, as pessoas que encontra-mos, os lugares que visitamos. O que carregamos diz muito de quem somos e ao traduzir nossas vi-vências em palavras, elas se transformam e ganham asas para também inspirar quem nos lê.

Talvez essa seja a nossa forma de tornar o mun-do melhor, ou apenas parte do processo para che-garmos a essa resposta. Esse é apenas o começo de uma longa jornada.

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4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019

TRIP INCAUma aventura pela América do Sul,

natáliaZucchi

[email protected]@nataliazucchi

Foram 15 dias em uma viagem terrestre cheia de aventuras e muito turismo! Entre os dias 11 e 26 de fevereiro, junto a mais outras 57 pessoas através de uma excursão de ônibus, atravessei a parte norte da Argentina, passei pelo Chile até chegar ao Peru, onde estive por seis dias.

com destino a Machu Picchu

inha Trip Inca, como carinho-samente a chamo, tinha o ob-

jetivo principal de visitar Machu Pic-chu, a cidade perdida dos Incas, no Peru, de forma econômica. Mas a aventura me trouxe surpresas diá-rias e experiências que a tornaram única, trazendo ao meu coração lu-gares que nunca pensei em conhe-cer, mas que, certamente, estavam à minha espera.

Curiosa pela civilização Inca e principalmente por suas constru-ções perfeitamente encaixadas pe-dra com pedra, a viagem foi a con-cretização de um desejo de estar mais próxima da história do maior império da América pré-colombiana e também de conviver com outras culturas.

Os Incas surgiram por volta do século treze, quando o líder Man-co Copac, nascido em uma tribo quéchua, fixou-se na região onde hoje está a cidade de Cusco, sen-do o primeiro imperador Inca. Cus-co tornou-se capital administrativa e militar do Império e, ao seu redor, foram construídos diversos templos religiosos, projetados para cultuar principalmente o Deus Sol (Inti), um dos mais importantes deuses da ci-vilização.

Ao todo, foram 16 imperadores. Os Incas expandiram seu territó-rio para os países vizinhos como Equador, Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia, principalmente durante o governo do imperador Pachacuti.

Durante cerca de dois sécu-los de desenvolvimento intenso da agricultura, da arquitetura e das comunicações, a civilização Inca foi marcada por uma fé intensa em seus deuses, divisão social e po-lítica e conflitos internos que aca-baram por enfraquecer o império e facilitar o domínio Espanhol, a partir de 1529. Sua história e seu legado permanecem vivos nos moradores do Peru, que falam com muita pro-priedade (e parcialidade) sobre Os Incas.

PurmamarcaMeu coração pulsa mais forte só por apresentar essa pérola da

viagem! Com certeza, encontrei meu lugarzinho durante a passagem por Purmamarca! Localizada no Departamento de Tumbaya, Província de Jujuy, na região norte da Argentina, a pequena vila andina possui cerca de dois mil habitantes e está a 2324 mil metros de altitude. Mes-mo empoeirada, a vila é um charme, formada por casas baixinhas e coloridas. O povoado tem uma energia surreal, cercado pelas cores nas montanhas, tornando a vista linda e exótica para qualquer direção que se aponta o olhar (ou a câmera).

Em Purmamarca conheci o Cerro de los Siete Colores, montanhas sedimentares originadas há milhões de anos. Logo a pergunta óbvia: como podem ser tão coloridas? Sua coloração exótica é devido aos fósseis e minerais com suas variadas idades, que deram origem a cada tom - as cores podem apresentar diferentes intensidades de-pendendo da luz do dia. Acredito que não só pelo efeito visual minha alma foi iluminada. Renovei minhas energias quando decidi subir até uma parte mais alta e ficar sozinha, sentindo o vento correndo pelo rosto. Dizem que esses minerais presentes nas montanhas emanam energias e você pode se conectar a elas - e foi o que naturalmente ocorreu comigo. Enquanto esperava aquela sensação em Machu Pic-chu, fui presenteada pela natureza em Purmamarca.

Perto da cidade também encontram-se as Salinas Grandes de Ju-juy, que acabamos não conseguindo visitar, mas eu sugiro a visita!

Foto: Elvis Plestch

SaltaTambém passamos por Salta, localizada

na província de mesmo nome, na região nor-te da Argentina, sendo uma das maiores e mais importantes cidades da região, contan-do com cerca de 500 mil habitantes. Na ci-dade, você poderá conhecer as múmias in-cas, presentes no Museu de Arqueologia de Alta Montanha. Pelo horário que chegamos em Salta, apenas conhecemos o Centro His-tórico e fizemos o passeio no Teleférico San Bernardo, que possui uma vista privilegiada da cidade.

San Pedrode Atacama

Foto: Natália Zucchi

Um oásis no deser-to, San Pedro de Ataca-ma fica na província de El Leoa, na região de Antofagasta, no Chile - no meio do deserto de Atacama. Similar a Purmamarca no quesito poeira, ainda assim suas ruas também são um char-me, geralmente com bandeiras penduradas nas fachadas. No povoado, são cerca de dois mil habitantes vivendo rode-ados de areia e turistas, a 2400 metros de altitude.

Foto: Elvis Plestch

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019 | 5

Valle de La LunaUma das minhas maiores curiosidades era conhecer pelo

menos uma pequena parte do deserto do Atacama. Visitamos então o Valle de La Luna, que fica a cerca de 16 quilômetros da cidade de San Pedro. Essa parte do deserto leva esse nome por-que suas características lembram muito a superfície lunar.

Além do encanto com a paisagem seca que preenchia o ho-rizonte, o que me surpreendeu também foi o clima do local. Um calor pitoresco durante o dia: o sol é de rachar, mas sempre pas-sa uma brisa muito refrescante e você parece não suar, mesmo que a temperatura esteja em 35ºC.

Por isso vai a dica: leve protetor solar e não economize! Pas-se repetidas vezes para garantir a cobertura da pele e o efeito de proteção. A sombra existe mas é rara no deserto! Também leve bastante água para se hidratar e chapéu. Não esqueça a poma-da para hidratação dos lábios, porque o clima do deserto deixa tudo seco - por isso também sugiro carregar colírio, soro para limpar o nariz e um hidratante corporal. Para a noite, não esque-ça seu casaco! Além da brisa que se intensifica, costuma esfriar muito nas regiões desérticas porque a areia não tem capacidade de reter o calor e esfria rapidamente a partir do pôr do sol.

AricaCidade portuária, onde

o deserto encontra o ocea-no Pacífico. Arica está loca-lizada no extremo norte do Chile e faz fronteira com o Peru. A cidade possui cer-ca de 230 mil habitantes e, além de suas praias com águas claras e areias escu-ras, possui um museu com múmias de mais de 9 mil anos, do povo Chinchorro.

Em cima das águas escuras e profundas do Lago Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo (sim, são mais de 3800 metros acima do nível do mar), estão as 86 Ilhas Flutuantes dos Uros. Construídas com a totora, uma espécie de junco que cresce no próprio lago, as ilhas ficam pró-ximas a cidade de Puno, no Peru. Ali, a população vive da pesca, da caça de patos e marrecos e do artesanato. Mesmo que de-monstrem manter tradições, percebe-se o avanço da tecnologia no povoado. Na ilha que visitamos, havia energia solar!

Por 10 soles (cerca de 12 reais), fomos convidados a navegar na Mercedes, uma embarcação de totora e madeira, que nos le-vou até a ilha principal dos Uros. Durante o trajeto, conversei com Nestor, responsável pelo barco e também pai de uma mocinha de 10 anos, uma menina vestida com roupas locais e coloridas, que ajudava a família a receber os turistas. Perguntei se a meni-na frequentava a escola. Ele me contou que, durante o ensino fundamental, as crianças são educadas em uma escola também flutuante, sob a totora localizada na região central do aglomera-do de ilhas. Já no ensino médio, os jovens precisam ir a Puno, ci-dade mais próxima, para concluir seus estudos. Segundo Nestor, durante o período letivo, os estudantes utilizam uma embarcação destinada para o transporte escolar.

Nas proximidades de San Pedro de Atacama, o vulcão Licancabur fica

na divisa do Chile com a Bolívia, localizado na

região das salinas do Atacama. Sua última

erupção foi em 2015!

Foto: Natália Zucchi

Foto: Natália Zucchi

Foto: Natália Zucchi

VinicuncaSentindo na alma o vento dos Andes

peruanos e os -5ºC que fez no topo da montanha que fica em frente a Vinicun-ca, a 5200 metros acima do nível do mar! Uma sensação gelada, com certe-za, mas de uma pureza inexplicável. São oito quilômetros de trilha, ida e volta. Mas não deixe de visitar a Vinicunca, também conhecida como Rainbow Mountain, ou Montaña de los Siete Colores do Peru, por medo do frio, da altitude ou da dis-tância da trilha.

Foto: Arquivo Pessoal

Natália e Elvis Pletsch na Montaña de los Siete Colores

Claro que em uma viagem ao Peru não podem faltar as fotos das Lhamas, Alpacas, Vicunha e Guanaco! Essa moça simpática é uma Lhama e ela diz “Olá, leitor!”

Foto: Natália Zucchi

Foto: Elvis Pletsch

Ilhas Flutuantes dos Uros

Foto: Natália Zucchi

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Machu PicchuChegamos então ao tão esperado sonho da via-

gem! Rodeada de montanhas, onde ficou escondida até 1911, a “Cidade Perdida dos Incas” (como tam-bém é conhecida Machu Picchu)

fascina pela sua grandeza. Localizada em Águas Calientes, pertencendo ao Departamento de Cusco, no Peru, a montanha de Machu Picchu fica a 2400 metros de altitude. Em 1983, a cidade sagrada foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

Machu Picchu foi uma cidade sagrada, onde só a elite Inca poderia visitá-la. Ela foi construída durante o império de Pachacuti e acredita-se que foram pre-cisos mais de 70 anos para erguer as construções hoje presentes. Nela, além do imperador e sua fa-mília, foi morada de sacerdotes e mulheres virgens, “as escolhidas” para estudar os astros e usar esse conhecimento no desenvolvimento da agricultura. Machu Picchu é dividida em duas partes principais: a parte norte agrícola e a parte central e sul urbana. Seus templos sagrados impressionam pelo corte e encaixe perfeito de pesados blocos de pedra, além do posicionamento estratégico para o céu e também para o vale, já que a montanha de Machu Picchu é circundada pelo rio Urubamba.

Cidade perdida? Por medo dos espanhóis destru-írem Machu Picchu, a cidade foi abandonada pelos Incas e escondida com folhagens e plantas, que logo se desenvolveram no local e a mantiveram oculta por anos. Em 1911, as ruínas foram descobertas em uma expedição do historiador americano Hiram Bingham, que encontrou a região parcialmente destruída pela ação do tempo. Estima-se que 70% das ruínas foram reconstruídas e ainda passam por processos de lim-peza e preservação de forma contínua. Hoje, Machu Picchu recebe cerca de três mil visitantes ao dia.

Para ter mais contato com a cultura Inca, além de Machu Picchu, indico o Citytour pelos sítios ar-queológicos ao redor de Cusco e também aproveitar a própria cidade de Cusco, que foi erguida sob as ruínas Incas. Você também vai querer conhecer as ruínas no Vale Sagrado dos Incas, local de muita be-leza e história!

Quer saber mais?É claro que as histórias dessa viagem não param por aqui. Se você curtiu esse con-

teúdo e quer acompanhar mais dicas e curiosidades sobre o Peru, Chile e Argentina, além de outras experiências turísticas gastronômicas na região, te convido a seguir meu perfil no Instagram @nataliazucchi! Me chama para conversar, fazer suas perguntas e eu te responderei com o maior prazer! Até a próxima ;)

Foto: Elvis Pletsch

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Como a Venezuela

ElvisPletsch

[email protected]

...nos resta torcer

por uma Venezuela

livre e próspera

novamente.

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019 | 7

á 14 anos, Hugo Chávez dis-cursava para um gigantinho lotado em Porto Alegre, bra-

veando palavras sobre a sua luta na busca pela equidade e igual-dade. Provavelmente, ninguém ali desconfiaria de que a promessa daquele presidente “bem inten-cionado” iria desencadear uma tragédia desumana.

Desde o início desse ano, já foram pelo menos 30 mortes em protestos contra o regime de Ma-duro, o sucessor de Chávez, além de mais de 800 prisões. Estudos informam que mais de 87% da população está vivendo na po-breza, e que 64% da população pode ter perdido até 11kg só no ano de 2017 devido à escassez de alimentos. A inflação em 2018? Passou do milhão, tornando o di-nheiro venezuelano uma moeda menos valiosa que o dinheiro vir-tual do game “World of Warcraft”.

Até o elenco do Grêmio as-sustou-se quando teve que via-jar para as terras venezuelanas em maio de 2018. O tradicional “papel picado” jogado no campo para a recepção do clube da casa era feito com moeda venezue-lana. Isso pode até ser um sinal de riqueza em Dubai, mas ali era apenas a demonstração do trági-co poder inflacionário.

É verdade que a Venezuela não teve muitos momentos de es-tabilidade em sua história. A eco-nomia era pulsante entre os anos 40 e 70, e o país era um dos mais desenvolvidos da américa latina. Esse crescimento foi em meio à diversas crises políticas, desde mãos de ferro de Marcos Pérez Jiménez e Juan Vicente Gómez, este último caracterizado pela forte repressão política, até a se-quência de golpes de estado que assombraram a população até o

chegou ao caos?fim da década de 90, quando Hugo Chávez tomou as rédeas do poder.

Quais foram as medidas que causaramessa tragédia? Na minha concepção, o gover-

no venezuelano, através de Chávez e Maduro, utilizou duas armas para controlar a população e aplicar as suas ideias: o controle da economia e a opressão.

Opressão: Aproveitando-se da teoria humanitária de que acabar com as armas também acabaria a violência, vários ditadores propu-seram o desarmamento civil com a intenção de controlar a sua popu-lação: desde os senhores feudais japoneses do período Sengoku, até Hitler, Lênin, Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Idi Amin, Fidel Castro e Nicolae Ce-ausescu.

Independente da sua opinião sobre o assunto, de fato não pa-rece ser coincidência que após a abolição do comércio de armas para civis na Venezuela, as únicas pessoas armadas sejam as milícias governamentais, que fazem questão de cumprir as ordens de seu coman-dante, mesmo que isso resulte em prisões e até mortes de centenas de pessoas.

Controle da Economia: Pode-se dizer que o modelo econô-mico chavista é uma mistura de ele-mentos proclamados por algumas frentes políticas brasileiras, mas que na prática nunca produzem bons re-sultados.

Na minha primeira coluna, criti-quei uma proposta que visava con-trolar o preço dos livros no Brasil. Coincidentemente, uma medida se-melhante para controle de diversos produtos existe na Venezuela desde 2003, e que foi amplificada através

da “Lei de Preços Justos” em 2011.A lei fez com que a escassez de

alimentos e bens essenciais aumen-tasse, já que o preço fixado não era o suficiente para bancar os custos de quem produzia e comercializava os produtos. Isso fez com que diversas empresas fechassem ou saíssem do país. Além disso, construiu-se um mercado negro, onde as pessoas comercializavam através de preços livres não regulamentados, o que salvou muitos venezuelanos de mor-rer de fome.

Nicolás Maduro não gostou nada disso, e criou o Comando Na-cional de Preços Justos, que com-bateria o mercado negro e garantiria que os venezuelanos não compra-riam itens básicos mais que uma vez por semana. Em cadeia nacional, declarou: “Não vamos nos cansar enquanto não vencermos esta bata-lha em nome do povo. Estamos au-mentando as penas de cárcere pois a lei tem de ser implacável.”

Existe também uma teoria de que a causa principal foi a queda nos preços de petróleo, o que pode soar como uma grande verdade se você não apurar os fatos detalha-damente. Na verdade, o preço do petróleo estava anormalmente alto, principalmente no ano de 2008, e retornou ao seu preço médio após aquele ano. Além disso, a escassez de itens já acontecia desde 2007, antes mesmo do valor do petróleo desabar e o governo venezuelano encontrar um álibi para sua incom-petência.

Objetivo alcançado ou prestes a ruir?É claro, não dá para dizer que o

plano de Hugo Chávez falhou total-mente nas mãos de Nicolás Maduro. Hoje, a população venezuelana vive em grande ritmo de igualdade, as-sim como prometido em Porto Ale-

gre. Porém, é uma igualdade de po-breza, onde o desigual é unicamente a alta elite protegida por Maduro, que se regalia em uma grande festa da distopia Orwelliana, com direito há grandes banquetes e banheiros com papel higiênico.

Por sorte, há quem possa mudar tudo isso. O presidente interino da Assembleia Nacional da Venezue-la, Juan Guaidó, conseguiu o reco-nhecimento de mais de 20 países e parte da população para ser o novo presidente da Venezuela e acabar de vez com as ideias centenárias que estão corroendo o estômago do cidadão venezuelano.

Enquanto não há confirmações, nos resta torcer por uma Venezuela livre e próspera novamente.

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8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Fevereiro 2019

o observar um aquário me dei conta de como nossa vida se diferencia deles, vivemos num mundo em que podemos nos comunicar e nos direcionar para todos os lados, não temos

fronteiras e nem barreiras que nos impeçam de caminhar e de seguir em frente, onde com um pouco de diplomacia tudo se consegue e nada se impede.

A vida num aquário é monótona, é previsível, muito diferente da vida real humana, os peixes nadam de um lado para outro em busca de sua própria forma de sobrevivência e na ânsia de encontrar alimentos trazidos por aquele que executaram seu habitat.

Nós, homens e mulheres, algumas vezes nos vemos desta forma, enclausurados, presos e com poucas perspectivas para novos conhe-cimentos, sejam eles de aprendizado, de novos relacionamentos ou de novas paisagens. Temos muitos a agradecer por sermos livres; ape-sar de algumas leis humanas nos fazerem escravos de nós mesmos, temos a liberdade de conhecer lugares, culturas, emoções, paixões, somos donos de nós mesmos, apesar de algumas pessoas pensarem serem donas de outras.

Cada ser humano tem sua própria personalidade e o seu próprio caráter, sem depender de outros para tomar suas decisões. Deus nos criou com inteligência e nos deu sabedoria suficiente para nos orientar-mos por si só, porém Ele fez uma coisa ainda melhor, nos deu amigos, parentes e colegas, para que o fardo da decisão não seja extremamen-te pesado, caso queiram trocar ideias e opiniões.

Penso como seria difícil vivermos numa redoma onde não poderí-amos nos afastar e observar coisas diferentes. Experiências com ho-mens e mulheres já foram realizadas em redomas nos Estados Unidos e quem lá vivenciou estes momentos não deu testemunhos de con-tentamento, muito pelo contrário, algumas pessoas não conseguiram aguentar nem o tempo pré-estabelecido e saíram de lá estressados e com problemas mentais, quer dizer, viver como um peixe em um aquá-rio não é nada confortável e de fácil conciliação.

Somos seres acostumados com a liberdade e sem esta liberdade nos comprometeria a felicidade. Podemos dizer que somos um povo feliz, pois temos a liberdade de ir e vir, temos a liberdade de escolher nossos amigos, nossos amores e até bens materiais, principalmente o que queremos fazer de nossas vidas. As ações que optamos em fazer hoje é que farão o nosso futuro, é desta decisão que teremos um ama-nhã melhor ou não, o livre arbítrio é para todos, a consciência de cada um sabe o que deveríamos fazer e se o fizermos, traçaremos o futuro que poderá ser positivo ou então negativo, pois o que vivemos hoje depende muito do ontem. Sejamos coerentes.

cesaranderle

Diretor da Anderle Transportes

Aquário

Nós, homens e

mulheres, algumas

vezes nos vemos

desta forma,

enclausurados,

presos e

com poucas

perspectivas...

Programe-seCine Debate

22 de fevereiro (sexta-feira)Cine Debate Dom Quixote (edição especial - saúde mental)Filme: Geração ProzacHorário: 19h30Mediadora: Luiza Aiolfi

Luiza Aiolfi é acadêmica de jorna-lismo na Unisinos e escoteira no Grupo Escoteiro Videira. O Cine Debate Mental (projeto especial dentro do Cine Debate Dom Qui-xote) faz parte do seu projeto Isso Também Passa, que tem como objetivo mostrar a importância da saúde mental e quebrar os tabus sobre os transtornos mentais.

Sinopse

Elizabeth Wurtzel (Christina Ric-ci) é uma brilhante estudante, que tem planos de estudar Jornalismo na conceituada universidade de Harvard. Entretanto problemas fa-miliares fazem com que Elizabeth entre em profunda depressão, o que coloca seus planos em risco. A doença, ainda um tabu, estigma-tiza a moça que tem dificuldade em aceitá-la. Aos poucos suas noites de trabalho, sempre regadas a dro-gas, e sua instabilidade emocional a afastam de Ruby (Michelle Willia-ms), sua melhor amiga, e também de seu namorado. Decidida a pro-curar ajuda profissional, Elizabeth marca uma consulta com a Dra. Diana Sterling (Anne Heche), que lhe receita o antidepressivo Prozac.O drama, lançado em 2001, é ba-seado no best-seller americano de Elizabeth Wurtzel, “Prozac Nation”. Com os atores Christina Ricci, Jes-sica Lange, Jason Biggs, Anne He-che, dirigido por Erik Skjoldbjærg e adaptado por Galt Niederhoffer.