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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • SETEMBRO DE 2016 • ANO 3 • Nº 36 • 16.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Como estamos com as duas questões? Veja página 6. Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Melhor remédio para si mesmo? Rogério Coelho traz dica importantíssima em sua lúcida abordagem. Página 8 Acesse site do jornal: www.tribunadoespiritismo.org E a efetiva educação das novas gerações? Texto do educador Marcus de Mário e motivação cultural orientam. Páginas 3 e 4 Setembro tem datas marcantes Efemérides possibilitam estudos e pesquisas, além da gratidão natural. Páginas 2 e 7 Depressão, gratidão... A hora que resta face aos desafios Comprometimento e responsabilidade individual definem ações. Página 6 Foto: https://www.statnews.com/2016/02/08/depression-screening-benefits-downsides/

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • SETEMBRO DE 2016 • ANO 3 • Nº 36 • 16.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Como estamos com as duas questões? Veja página 6.

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Melhor remédio para si mesmo?Rogério Coelho traz dica importantíssima em sua lúcida abordagem.

Página 8

Acesse site do jornal: www.tribunadoespiritismo.org

E a efetiva educação das novas gerações?Texto do educador Marcus de Mário e motivação cultural orientam.

Páginas 3 e 4

Setembro tem datas marcantesEfemérides possibilitam estudos e pesquisas, além da gratidão natural.

Páginas 2 e 7

Depressão, gratidão...

A hora que resta face aos desafiosComprometimento e responsabilidade individual definem ações.

Página 6

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Setembro de 2016 PÁGINA 2

Editorial

Setembro importante

Foi em setembro que nas-ceram os ilustres Le-opoldo Machado (no

dia 30, em 1891), Herculano Pires (no dia 25, em 1914) e Cairbar Schutel (no dia 22, em 1868). Isso sem falar de outras efemérides do mês, inclusive, claro, fora do movimento es-pírita, como a Independência do Brasil, em 1822.

Também em setembro ocorre tradicionalmente, em sua 6ª edi-ção, o EAC – Encontro Anual Cairbar Schutel, inspirado pelo legado de Schutel.

Entre outros vultos cuja desencarnação ocorreu em se-tembro, está o notável Wallace leal V. Rodrigues (em 13 de setembro de 1988), que foi ator e diretor de teatro, diretor de cinema, escritor, jornalista. Dei-xou valiosa contribuição cultural e dedicou-se à literatura espírita com esmero, igualmente com vários livros publicados durante sua gestão de Redator Chefe da Casa Editora O Clarim, quando também elaborou prefácios va-liosíssimos em obras publicadas pela editora, algumas delas de sua tradução.

Um mês marcante, pois, para Matão e para o movimento espírita. r

Cairbar Schutel – 22 de setembroNascia no Rio de Janeiro aquele que seria o Bandeirante do Espiritismo.

Eliseu Mota Jr.Extraído parcialmente do portal www.espírito.org

No dia 22 de setembro de 1868, � lho do casal An-thero de Souza Schutel

e Rita Tavares Schutel, nasceu Caírbar de Souza Schutel, no Rio de Janeiro, então sede da Corte Imperial do Brasil, onde praticou em diversas farmácias e aos 17 anos de idade foi para o Estado de São Paulo, trabalhando como farma-cêutico em Piracicaba, Araraquara e depois em Matão, cidade em que viveu durante 42 anos.

Possuidor de brilhante cultu-ra, de grande prestígio social e sobretudo de notória autoridade moral, acabou sendo escolhido para o honroso e histórico cargo de primeiro Prefeito da cidade de Matão, cargo que ocupou por duas vezes, a primeira de 28 de março a 07 de outubro de 1899, voltando a exercê-lo de 18 de agosto a 15 de outubro de 1900, conforme consta das atas e dos registros históricos da municipa-lidade matonense. (...)

Além disso, o incansável arauto da Boa Nova, com todas as di� -culdades da época e da região, via-java semanalmente até a cidade de Araraquara para proferir, aos do-mingos, as suas famosas 15 “Con-ferências Radiofônicas”, pela Rádio Cultura de Araraquara (PRD - 4),

no período de 19 de agosto de 1936 a 02 de maio de 1937.

Escritor fértil, entre 1911 e 1937 escreveu vários livros. Para publicá-los, Schutel não mediu esforços: adquiriu máquinas, pa-pel, tinta, cola e outros insumos

para impressão, procurando esco-lher sempre material de primeira categoria. Desse esforço surgiu a Casa Editora O Clarim, que hoje emprega inúmeros funcionários em Matão, tendo publicado inúmeros títulos de obras de renomados autores, encarnados e desencarnados. (...)

Depois de curta enfermi-dade, Caírbar Schutel faleceu em Matão, no dia 30 de janeiro de 1938. Durante e após suas exéquias, inúmeras pessoas de Matão, das cercanias, do Esta-do de São Paulo e de diversas regiões do Brasil prestaram-lhe

comovente tributo de gratidão e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, tendo certamente cumprido a sua missão. (...)

Aliás, o prestigioso jornal ‘A Comarca’, de Matão, em sua edição de 6 de fevereiro de 1938,

consignou o seguinte: “É abso-lutamente impossível em Matão falar-se quer da nossa história passada, quer da nossa história hodierna sem mencionar Caírbar Schutel. Ele foi para Matão um dínamo propulsor do seu progres-so, um arauto dedicado e eloquen-te das suas aspirações de cidade nascente. Mais do que isso foi o homem que, como farmacêutico, acorria com o seu saber e com a sua caridade à cabeceira dos do-entes, naqueles tempos em que o médico era ainda nos sertões que beiravam o ‘Rumo’, uma autêntica ‘avis rara’. (...) r

Setembro de 2016PÁGINA 3

Eduquemos as Novas GeraçõesQual nosso entendimento?

Marcus De [email protected]

Conheça o Projeto Educação do Espírito, desenvolvido por Marcus De Mario. Agende uma palestra ou um seminário/treinamento.

Adquria seus livros em www.almadolivro.com.Marcus De Mario é palestrante, consultor e educador. Seu trabalho

pode ser conhecido em www.marcusdemario.wix.com/marcusdemario.

Para você

Quando nos deparamos com gastos públicos bi-lionários com grandes

obras ou eventos, costumamos dizer que essas verbas estariam melhor empregadas, trariam efeito mais útil à sociedade, se fossem empregadas na saúde, na segurança pública e na edu-cação. Não temos como discordar disso, exceção feita àquelas obras real-mente necessárias, mas temos uma ponderação muito séria e importante a fazer: de que educação estamos falando? Será o investimento na constru-ção de mais escolas? Na compra de livros didáticos e materiais pedagógicos? Na colocação de ar con-dicionado em cada sala de aula? Enfim, qual o nosso entendimento sobre edu-cação para o melhor apro-veitamento das verbas públicas?

A verdadeira educação é aquela que transmite valores, é a que for-ma bons hábitos, é a que fortalece o desenvolvimento do caráter, da ética e da humanização do ser e suas relações, é, en� m, a que coloca em prática a regra de ouro reconhecida universalmente: fazer ao outro somente o que gostaría-

mos que o outro nos � zesse. Esse é o ensino e o aprendizado que precisamos estabelecer para as novas gerações, que mais adiante no tempo serão os formadores da sociedade humana.

Essa educação depende, na-turalmente, dos educadores, e aqui nos referimos tanto aos

professores quanto aos pais e responsáveis (avós, tios, padri-nhos etc), pois todo aquele que tem em sua responsabilidade uma criança, um adolescente, é um educador, embora nem sempre assim se considere, o que acar-reta sérios desvios na educação. Os educadores precisam ser va-lorizados, mas não entendamos

essa valorização, com relação aos professores, apenas como salário digno, plano de cargos e salários e escolas bem preparadas. Tudo isso, e muito mais, é importante, mas não basta. A valorização do professor está em sua forma-ção humana e pedagógica mais profunda, em ele entender que

precisa realizar constantemente sua auto-educação, ser exem-plo digno daquilo que ensina, compartilha, sendo muito mais um orientador e facilitador do processo de desenvolvimento do educando, do que um ministrador de conteúdos curriculares.

Nesse contexto, destaquemos a valiosa contribuição do Espi-ritismo. A informação que todos somos � lhos de Deus, almas imor-tais, que a morte não existe, que nossas existências estão entrela-çadas pelos laços reencarnatórios, e que todos somos destinados à perfeição, entre outras informa-ções de grande relevância, mudam nossa visão sobre a educação, com

o entendimento maior que a prio-ridade não deve ser o desenvolvi-mento cognitivo do ser, e sim o desenvolvimento moral, para que todos aprendamos a fazer o bem, a amar o próximo, a cuidar da casa planetária, colocando em prática a regra de ouro que lembramos no início deste texto, pois a cada um será dado, pela lei divina, segundo as suas obras, e aqui estamos para realizar o aprendizado do “amai-vos uns aos outros”.

De que adianta ter escolas com projetos pedagógicos e arquitetô-nicos ultramodernos, se nelas não tivermos o processo da educação moral? De que adiante termos

lares com todos os recursos tecnológicos, se neles não tivermos o amor? De que adianta voltarmos as verbas públicas bilionárias para a educação, se não tivermos uma gestão ética, honesta e que, de fato, esteja preo-cupada com o coletivo e o futuro da sociedade?

Eduquemos as novas gerações moralizando-as e espiritualizando-as, ou em outras palavras, huma-nizando-as, seja na escola quanto na família. E será que para isso necessitamos

mesmo de verbas tão fantásticas? Acreditamos que com mais amor, mais dedicação, dentro das con-dições adequadas para o bom de-senvolvimento do processo educa-cional, conseguiremos resultados de excelência, lembrando que che-gará a hora do retorno ao mundo espiritual, e depois haverá a hora do nascer de novo, do retorno ao mundo terreno pelas portas da reencarnação. Que sociedade hu-mana queremos encontrar quando de nossa próxima reencarnação? Pensemos seriamente nisso e va-lorizemos a verdadeira educação que o Espiritismo descortina para todos nós: a educação moral do ser imortal. r

Setembro de 2016 PÁGINA 4

Setembro de 2016 PÁGINA 6

A hora que nos restaO momento de receber o salário chegou.

Cláudio Bueno da [email protected]

Os homens vêm se prepa-rando lenta e gradual-mente, através do tempo

e das reencarnações, para atender ao chamado de Deus, que nos quer perto de Si já enriquecidos com os valores do amor e da sabedoria.

Para nos tornar possível essa caminhada até Ele, enviou três grandes Espíritos missionários a Terra, cada um deles com ensinos próprios ao tempo de sua estada entre nós. Moisés foi o primeiro, legando à humanidade os Dez Mandamentos orientadores de conduta moral. O segundo, e o maior de todos, foi Jesus, cuja men-sagem perdurará em vista dos seus fundamentos universais. E o tercei-ro guia, chamado Espiritismo, não personi� cado, reuniu uma plêiade de Espíritos para complementar e ampliar o conhecimento humano em torno das Leis de Deus, com a colaboração de Allan Kardec e supervisão do Espírito de Verdade.

Alguns homens atenderam ao chamamento feito por Moi-sés; outros tantos ouviram os apelos de Jesus quanto ao amor e o perdão; muitos outros estão conhecendo a clareza da verdade exposta pelo Espiritismo. Mas

é grande ainda a multidão que precisa ouvir para despertar.

Esse despertamento vem para cada um no devido tempo, nem an-tes, nem depois. Só quando se está preparado para atender ao chamado. Esse preparo é o amadurecimento espiritual conquistado pela experi-ência. Passados os milênios, chegou a hora de atender ao apelo Maior.

O salário de que fala a lição dos trabalhadores da última hora, inclusa no capítulo XX de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é a oportunidade de estar-se in-cluído, por livre vontade, na vinha do Senhor, na grande tarefa de renovação individual e coletiva da humanidade. Sem a vaidade de se sentir escolhido, mas com o prazer espiritual de servir a Deus.

Aproveitar esta chance que se apresenta – fruto do amadure-cimento dos séculos em nós – já é a recompensa. O trabalho é a propagação do bem, da verdade, através do exemplo vivo, fazendo a parte que nos cabe na renovação de nós mesmos e do mundo, para a implantação do Reino de Deus na Terra.

Quem são os trabalhadores da última hora, senão nós próprios?

Os mesmos que estivemos lá atrás, desde o início e que, pelas reencarnações, caminhamos até aqui. Por isso Jesus a� rmou que “os últimos ‘seriam’ os primeiros”, numa das muitas referências que fez ao futuro. O futuro a que Jesus aludiu, chegou.

Temos sido chamados com frequência, mas não ouvimos ou

não pudemos aceitar o convite por conta da nossa imaturidade.

Muitos taparam os ouvidos e o entendimento, perdendo a chance de ingressar nas � leiras do bem, por preguiça, má-vontade, ou por cometer “estrepolias”, como disse o espírito Constantino, no mesmo capítulo XX, e isso adiou e pode continuar adiando a oportunidade de trabalhar para ser agradável a Deus.

Compreendamos o apelo do Espírito de Verdade. O momento de participar (receber o salário) chegou. Empreguemos bem essa hora que nos resta do dia (da vida), cumprindo nossos deveres de consciência. r

Dr. Aguinaldo Vasconcelos é médico na conhecida paulista e integra equipe

do Centro Espírita Francisco de Assis, na mesma cidade. Suas pa-lestras sempre muito lúcidas tem ajudado muita gente. Uma delas foi selecionada por grupo interno e tem sido largamente distribuí-da, mas também está disponível virtualmente e você pode ver e

Depressão! Gratidão! – Ouça essas abordagensMédico de Rio Preto (SP) fala sobre esse grande desafio da atualidade.

Redaçã[email protected]

ouvir ou indicar para outras pes-soas que se sentem abatidas pelo desencanto ou por aquela tristeza que paralisa o ânimo.

O aplicativo QR CODE permite que você acesse a palestra disponível no youtube, pelo celular. Dois temas podem ser acessados; Depressão e Gratidão. Havendo di� culdade com o celular, acesse pelo site www.useindaiatuba.org.br r

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Benfeitores e bênçãos Quem sabe dos problemas é quem está dentro deles.

Vladimir Polí[email protected]

Esperar dos outros o que nos cabe fazer não é procedimen-to correto.

Quem sabe dos problemas é quem está dentro deles. Porém, buscar apoio e orientação quando as dúvidas surgem é uma medida razoável aos que usam o bom senso.

Em qualquer situação, no en-tanto, a decisão caberá sempre ao responsável. Andar com as próprias pernas e pensar é sinal de indepen-dência, de maturidade.

Seja você mesmo em qualquer momento de sua vida. Enfrente os problemas com a cabeça erguida e apoio na fé, como sustentação nos momentos de crise.

A espiritualidade lembra que para os vôos de grandes alturas, há necessidade de asas fortes, equiva-lendo dizer que primeiro é preciso se fortalecer interiormente para poder tomar decisões de importância na vida, ao invés de esperar que outras pessoas o façam, permitindo a inter-ferência naquilo que nos compete.

Embora Jesus esteja no leme do mundo, a direção e o rumo de nossa embarcação depende de nós, por direito e dever.

Emmanuel, mentor espiritual que acompanhou Chico Xavier por 75 anos, ofereceu a mensagem que fala claramente do compromisso individual e da responsabilidade de cada um:

“Con� emos nos benfeitores e nas bênçãos que nos enriquecem os dias, sem, no entanto, esquecer as próprias obrigações, no aproveita-mento do amparo que nos ofertam.

Pais abnegados da Terra, que nos propiciam o ensejo da reen-carnação, por muito que façam servidores de nossa felicidade, não nos retiram da experiência de que somos carecedores.

Mestres que nos arrancam às sombras da ignorância, por muito carinho nos dediquem, não nos isentam do aprendizado.

Amigos que nos reconfortam na travessia dos momentos amargos, por mais nos estimem, não nos carregam a luta íntima.

Cientistas que nos refazem as forças, nos dias de enfermidade, por mais que nos amem, não usam por nós a medicação que as circunstân-cias nos aconselham.

Instrutores da alma que nos orientam a viagem de elevação, por muito nos protejam, não nos suprimem o suor da subida moral.

Ninguém vive sem a cooperação dos outros.

Encontramo-nos, porém, à frente do amor de que todos somos necessitados, assim como o vegetal, diante do apoio da Natureza.

A planta não se cria sem ar, não medra sem sol, não dispensa o auxílio da terra e não prospera sem água, mas deve produzir por si mesma.

Assim também, no reino do espírito.

Todos temos problemas, re-clamando o concurso alheio, mas ninguém pode forjar a solução do esforço para o bem que depende exclusivamente de nós”. r

É um grande prazer apreciar os prefácios elaborados por Wallace Leal V. Rodrigues –

que foi redator chefe da Casa Edi-tora O Clarim, de Matão-SP, por bom tempo, nas décadas de 1960 a 1980 –, especialmente quando se referem a obras de Kardec, que ele mesmo traduziu diretamente dos originais franceses.

É o caso de Viagem Espírita em 1862 e A Obsessão, ambas traduzidas, prefaciadas e editadas no � nal da década de 1960 por aquela editora.

A primeira traz os pronuncia-mentos do próprio Allan Kardec a grupos espíritas que ele visitou em viagens de divulgação doutrinária

Homenagem a Wallace Leal V. Rodrigues Tradutor e exímio prefaciador, exerceu grande trabalho de divulgação na Casa Editora O Clarim.

Redaçã[email protected]

realizadas, como o próprio nome diz, no ano de 1862. A segunda apresenta inúmeros casos de obses-são acompanhados pelo Codi� ca-dor, com seus comentários, análises e, óbvio, muitos ensinamentos na ampliação do assunto.

Em setembro, 1988, no dia 13 de dezembro, Wallace retornou à vida imortal e deixou um extraordi-nário legado literário espírita. Não deixe de conhecer as obras escritas ou prefaciadas por esse notável escritor. Ele foi ator e diretor de teatro, diretor de cinema, escritor, jornalista. Publicou inúmeras obras e traduziu outras, incluindo seus maravilhosos prefácios. r

REMETENTE:Instituto Cairbar Schutel.

Caixa postal 201315997-970 - Matão-SPSetembro de 2016

O nosso melhor remédioTodos temos no trabalho do bem o nosso remédio mais eficaz.

Rogério [email protected]

“Haja o que houver, não te proclames inútil”. Emmanuel1

Uma técnica utilizada com razoável sucesso pelos Espíritos inimigos da Luz no sentido de levar o trabalhador do bem ao descoroçoamento é realçar-lhe, através de induções magnéticas, as limitações e pequenez.

Trabalhadores denodados que enfrentam com desassombro as mais duras provas e expiações e, – impertérritos – mantêm-se � rmes ante as mais formidandas procelas, se entregam ao desânimo quando dão passividade às sugestões dos Espíritos maus que lhes insu� am as perniciosas ideias de que não são detentores de su� cientes valores morais para os trabalhos no bem com Jesus.

Impregnados pelos vapores anestesiantes das vibrações malsãs desses Espíritos menos esclare-cidos, declaram-se inabilitados para as tarefas nobilitantes e re-dentoras, enviscando-se no tédio,

perdendo, consequentemente as oportunidades nas horas vazias a que – inermes – se entregam, para gáudio dos obsessores.

Para que possamos reverter tal estado de coisas, todas as vezes que sentirmos a ronda dessas sugestões malsãs, busquemos re-vigorar as nossas disposições no bálsamo da oração e, por certo, o auxílio do Mais Alto não nos será negado...

Eis uma página de Emmanuel1 que de� ne bem toda essa questão, intitulada:

IMPERFEIÇÕESAnte o serviço a fazer, evitemos

a escuridão das horas frustradas... Nós que alongamos os braços,

a cada instante, para recolher sus-tento e proteção, consolo e carinho, saibamos estender igualmente as mãos para auxiliar.

Declaras-te inabilitado a ser-vir; entretanto, é buscando servir que te promoves à galeria da con-� ança. Asseveras-te Espírito de-

vedor e, por esse motivo, desertas do culto à fraternidade; entretan-to, é no culto à fraternidade que encontramos recursos ao resgate dos próprios débitos. Acusas-te entediado e, por isso, renuncias às lutas edi� cantes; entretanto, é nas lutas edi� cantes que recuperarás a tua alegria.

Haja o que houver, nunca te proclames inútil!...

Há muita gente que se lastima da falta de virtude, para fugir-lhe ao ensinamento, olvidando que, se já fôssemos consciências aprimora-das, ninguém recorreria na Terra ao merecimento da escola.

O vaso simples, se necessário, é mandado ao conserto; o carro em desajuste recupera-se na o� -cina; o móvel quebrado encontra refazimento; a roupa manchada alimpa-se na água pura. É im-possível, desse modo, que a Di-vina Sabedoria não dispusesse de meios, a � m de reabilitar-nos; e a � m de reabilitar-nos, deu-nos a cada um a possibilidade de auxílio aos outros.

Todos temos, portanto, no trabalho do bem, nosso grande remédio!

Se caíste, ele surgirá como apoio em que te levantes; se erraste, dar-te-á corrigenda; se ignoras, aben-çoar-te-á por lição...

Deus sabe que todos nós, encar-nados e desencarnados em serviço na Terra, somos ainda Espíritos imperfeitos, mas concedeu-nos o trabalho do bem, que podemos desenvolver e sublimar, segundo a nossa vontade, para que a nossa vida se aperfeiçoe”. r

1. XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos Médiuns. 11.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1998, p. 85-86.

“Há muita gente que se lastima da falta de virtude, para fugir-lhe ao ensinamento, olvidando que, se já fôssemos consciências aprimoradas, ninguém recorreria na Terra ao merecimento da escola.