distribuiÇÃo de gordura corporal em um grupo de idosos de uma comunidade de aracaju-se

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Luria Melo de Lima Scher *, Danielle da Silva Fernandes Rodrigues, José Gean de O. Toscano Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (Aracaju- Sergipe) *[email protected] DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM UM GRUPO DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE DE ARACAJU-SE

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DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM UM GRUPO DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE DE ARACAJU-SE. Luria Melo de Lima Scher *, Danielle da Silva Fernandes Rodrigues, José Gean de O. Toscano Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (Aracaju- Sergipe) *[email protected]. Introdução. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM UM GRUPO DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE DE ARACAJU-SE

Luria Melo de Lima Scher*, Danielle da Silva Fernandes Rodrigues, José Gean de O. ToscanoDepartamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (Aracaju- Sergipe)*[email protected]

DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM UM GRUPO

DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE DE ARACAJU-

SE

Page 2: DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM UM GRUPO DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE DE ARACAJU-SE

A distribuição da gordura corpórea é considerada um dos maiores fatores de risco para a saúde a depender da localização anatômica do tecido adiposo. Algumas pesquisas indicam que a maneira pela qual a gordura está distribuída pelo corpo é mais importante que a gordura corporal total, determinando assim risco individual de doenças.

Alguns autores, relacionam o excesso de peso e a obesidade com o aumento no risco de doença arterial coronariana tanto para os homens quanto para as mulheres. O ganho de peso também acima dos 25 anos de idade seria um fator de risco de desenvolvimento de patologias tais como hipertensão, diabetes e anormalidades lipídicas (AMORIM, 1997).

De acordo com HEYWARD (2000), a influencia da distribuição da gordura na saúde está diretamente relacionada com a gordura visceral, sendo esta um preditor de patologias mais eficaz do que a quantidade total de gordura corporal.

Nos últimos anos, verificou-se um aumento significante no número de pesquisas sobre a distribuição regional de gordura e sua relação com doenças, fornecendo evidências claras de que existe uma ligação entre o aumento de gordura abdominal e o da morbidade e mortalidade. Sendo assim, tem-se aqui, a intenção de verificar a distribuição da gordura corporal através das variáveis antropométricas associadas a fatores comportamentais e de risco em idosas.

Introdução

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Foram selecionados em uma comunidade do Município de Aracaju vinte e sete idosas de sexo feminino, com idade média 60.7 ± 13.9 e peso médio 62.2 ± 16.7. Para a verificação do peso, utilizou-se uma balança portátil (Filizola) com precisão de 0.1Kg, e para a altura utilizou-se o estadiômetro. As medidas de circunferências foram realizadas na cintura e no quadril, utilizando–se uma fita métrica metálica. Para a mensuração cintura os idosos permaneceram na posição ortostática, com o abdômen relaxado, a fita foi posicionada na porção de menor circunferência entre a borda inferior da última costela e a crista ilíaca; enquanto que a medida do quadril deu-se ao nível do maior volume dos glúteos (MATSUDO, 2000).A distribuição de gordura corporal foi mensurada com base no índice de massa corporal (IMC) e através da proporção da circunferências cintura e do quadril (RCQ) calculadas a partir das seguintes fórmulas: IMC (kg/m2) = PC(kg)/ Al2(m); e RCQ = circunferência da cintura (em cm) / circunferência do quadril (em cm) HEYWARD AND STOLARCZYK (2000).

Metodologia

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Para a classificação da distribuição da gordura corporal utilizou-se os parâmetros da tabela de Bray and Gray para as medidas de RCQ e a tabela do Departamento de saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos para as medidas de IMC.

Para a avaliação dos índices de gordura corporal foi estabelecido IMC superior a 32kg/m2 e RCQ maior que 0.80, de modo que os resultados encontrados pudessem ser comparados com os dados das tabelas da literatura.

Após a realização das medidas antropométricas, os participantes do estudo foram convidados a responder as perguntas de um questionário, sendo este preenchido pelo próprio pesquisador.

As variáveis abordadas neste estudo foram: IMC, RCQ, prática de atividade física e número de refeições.

Metodologia

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Resultados

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Os escores verificados no grupo avaliado, como pode ser observado na tabela 2, apontam a existência de riscos à saúde. No que diz respeito aos indivíduos encontrados com baixo nível de IMC constatamos que estes também possuem um alto índice de RCQ. No entanto, o restante da população estudada apresentaram altos níveis tanto de IMC quanto de RCQ.

Para AMORIM (1997) a RCQ está diretamente relacionada com os níveis de risco de DAC, independentemente do IMC. Já SMITH (1988) apud AMORIM (1997), em seus estudos propõe que a RCQ e IMC em níveis altos não serão fatores independentes do risco de DAC, mas também que o IMC alto aumenta os riscos inerentes a uma RCQ alta.

Diante dos resultados da tabela 3, as idosas que praticavam atividade física apresentaram alto nível de RCQ em virtude do tipo de atividade adotada por estas (caminhada) ser uma atividade não orientada por um profissional de Educação Física, além da freqüência (3x por semana) da realização da caminhada e de sua intensidade (baixa) já que tinha como objetivo perder peso, mantendo assim uma RCQ elevada.

Discussão

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Observa-se na tabela 4 a relação do maior número de refeições com o aumento do nível de RCQ, provavelmente em virtude do aumento do IMC e do tipo de alimentação que foi observado na anamnese; podemos especular assim, que a alimentação feita por estas idosas é uma alimentação rica em gordura. Esses hábitos alimentares não são consideráveis saudáveis, uma vez que estes podem acarretar em um aumento do peso devido a ingestão excessiva de gorduras; portanto o RCQ poderá vir a ser influenciado pelo excesso de peso.

Verificou-se Portanto que as idosas que estavam com excesso de peso, consequentemente obtiveram níveis elevados de RCQ ficando estas expostas a doenças cardiovasculares. Diante desse quadro, os fatores de risco para estas doenças não podem ser eliminados mas alguns podem ser modificados através de programas de intervenção com atividades sistematizadas e orientadas por profissionais da área de Educação Física possibilitando também uma melhor investigação deste em relação aos hábitos alimentares de seus alunos, resultando assim uma mudança do estilo de vida do indivíduo

Discussão e Conclusões

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AMORIM, Paulo R. S. Distribuição de gordura corpórea como fator de risco no desenvolvimento de doenças arteriais coronarianas: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de atividade física e saúde. Ed. Editorial Vol 2. no 4. 1997. Londrina- PR.AMORIM, Paulo R. S.; FARINATTI, Paulo T. V.; FARJALA, Renato; MONTEIRO, Walace D. Revista Brasileira de atividade física e saúde. Ed. Editorial Vol 4. no 1. 1999. Londrina- PR.BENTO, Olímpio Jorge. O século do idoso e o papel do desporto. Revista humanidades, 1999.BOWERS, FOSS & FOX. Bases fisiológicas da educação física e do desporto. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1989.GIGANTE, Denise P. et al. Revista saúde pública. (Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco.),1997.GOBBI, Sebastião. Revista Brasileira de atividade física e saúde. Artigo (Atividades físicas para pessoas idosas e recomendações da organização mundial da saúde de 1996). Ed. Editorial, vol 2, no 2. 1997. Londrina- PRGUIMARÃES, Fernando J. de Sá P.; NETO. Alterações nas características antropométricas induzidas pelo envelhecimento. Cândido S. P. s/ano. Internet.HEYWARD, Vivian H.; STOLARCZYC, Liza M. Avaliação da composição corporal aplicada. 1a edição. Ed. Manole, 2000.PITANGA, Francisco G., Revista Brasileira de atividade física e saúde. (atividade física e perfil da distribuição corporal) . Ed. Editorial Vol 3. no 3. 1998. Londrina- PR.MATSUDO, Sandra Marcela. Avaliação do idoso: física & funcional. Midiograf Londrina:, 2000.

Referências Bibliográficas