dissertação cefet angélica damasceno - versão final

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 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA EM EDIFICAÇÕES: TECNOLOGIAS E PARÂMETROS DE REFERÊNCIA PARA EDIFÍCIOS COMERCIAIS EM BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS ANGÉLICA LUCAS DAMASCENO BELO HORIZONTE ABRIL DE 2011

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 

EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA EM EDIFICAÇÕES:

TECNOLOGIAS E PARÂMETROS DE REFERÊNCIA PARAEDIFÍCIOS COMERCIAIS EM BELO HORIZONTE – MINASGERAIS 

ANGÉLICA LUCAS DAMASCENO

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Angélica Lucas Damasceno

EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA EMEDIFICAÇÕES: TECNOLOGIAS EPARÂMETROS DE REFERÊNCIA PARA

EDIFÍCIOS COMERCIAIS EM BELOHORIZONTE – MINAS GERAIS 

Dissertação de Mestrado

Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Engenharia Civil do CEFET-MG,como requisito parcial para obtenção do título deMestre em Engenharia Civil.

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Agradecimento

Inicialmente, agradeço a Deus e a Nossa Senhora pela força, proteção e

orientação nessa trajetória. À minha mãe por ter me incentivado a estudar, a ter

determinação e a concluir os projetos aos quais me proponho. Obrigada, mãe,

pela confiança, apoio, conselhos e cumplicidade.

À minha vó, agradeço as incansáveis orações, incentivo e carinho. Você,  juntamente com minha mãe, é exemplo de bravura, luta e conquistas que me

inspira sempre. Agradeço também a Marluce Castro pelo suporte, motivação e

pelas correções de português. Muito obrigada!

Agradeço aos meus irmãos e primos por acreditarem em mim e por buscarem o

caminho dos estudos. Acredito muito em vocês, e por isso, dedico-lhes essapesquisa no intuito de incentivá-los nessa trajetória.

Agradeço ao CEFET-MG que tão bem me recebeu e amparou nesse período, à

FAPEMIG pelo incentivo financeiro, possibilitando a continuidade no programa

de mestrado. De uma forma muito especial agradeço ao meu professor

orientador Dr. Guilherme Fernandes Marques que com muita sabedoria soube

me conduzir e ajudar no desenvolvimento da pesquisa.

Agradeço aos demais doutores do CEFET MG que tive o prazer de conhecer e

aprender durante o programa de mestrado. Agradeço aos professores Wellington

Borges e Marcos Veloso pelo apoio técnico e aprendizado ao longo desde

trabalho.

Muito obrigada aos meus colegas e amigos, em especial ao Daniel Carmo, Ana

Cecília Estevão, Mariana Arruda, Tatiana Oliveira e Raquel Bracarense.

Agradeço as ajudas em sala de aula, no desenvolvimento da pesquisa e pelos

momentos de descontração e “caronas”. 

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Resumo

A avaliação da sustentabilidade de edifícios residenciais e comerciais no Brasil

ainda carece de critérios bem definidos, desenvolvidos sobre bases

metodológicas e científicas consistentes e compatíveis com a realidade

brasileira. O objetivo principal deste trabalho é contribuir para o levantamento dedados e definição de parâmetros de referência (benchmark ) locais em relação ao

uso eficiente da água em edificações comerciais de escritórios e lojas

localizados em Belo Horizonte – Minas Gerais. A pesquisa inclui amostragem de

tecnologias mais usadas; análise estatística e avaliação de desempenho, por

meio de métodos quantitativos e qualitativos, de 15 edifícios comerciais

aprovados na Prefeitura de Belo Horizonte nos anos de 2007 e 2008. Utilizou-se

um checklist de requisitos relacionados ao uso eficiente de água em edificações

e por meio de análise estatística do atendimento ou não dos mesmos, mediante

avaliação dos projetos hidráulicos e arquitetônicos dos edifícios estabeleceu-se

os benchmark . Como principais resultados obteve-se a sistematização das

tecnologias voltadas à sustentabilidade de edifícios, no que se refere à água; opanorama das práticas de projetos da construção civil em Belo Horizonte quanto

à sustentabilidade do uso da água; a definição de parâmetros de referência para

práticas de sustentabilidade nessa categoria e o estabelecimento de critérios

para uma ferramenta de auxílio no desenvolvimento de projetos mais

sustentáveis e adaptação de métodos de avaliação da sustentabilidade de

edifícios.

 

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Abstract 

Assessing the sustainability of residential and commercial buildings in Brazil still 

lacks clearly defined criteria developed on scientific and methodological basis 

compatible with the Brazilian reality. The main objective of this work is to 

contribute to data collection and definition of benchmark with respect to local water use efficiency in commercial buildings located in Belo Horizonte - Minas 

Gerais. The survey includes sampling of technologies used, statistical analysis 

and performance evaluation through quantitative methods, qualitative addition to 

the 15 approved commercial buildings in the city of Belo Horizonte in the years 

2007 and 2008. We used a checklist of requirements related to efficient use of 

water in buildings and through statistical analysis of the same service or not by 

evaluating the architectural and hydraulic design of buildings were established 

benchmark. As main results we have the systematization of technologies related 

to the sustainability of buildings in relation to water; overview of the practices of 

civil construction projects in Belo Horizonte on sustainability related to water use,

the definition of benchmark for practices sustainability in this category and the establishment of criteria for a tool to help professionals to develop more 

sustainable designs and development or adaptation of methods for assessing the 

sustainability of buildings.

Key Words Sustainable construction, environmental performance of buildings, efficient use of 

 

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Sumário

1.  INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1 

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................... 1

1.2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 4

1.3. OBJETIVOS .................................................................................................. 62.2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 6

2.2.2 Objetivos específicos ................................................................................ 6

1.4. ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO......................................... 7

2.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 8 

2.1. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ........................................................................ 8

2.2. PRINCIPAIS METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE E DEEDIFÍCIOS............................................................................................................ 12

2.2.1 BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment 

Method .............................................................................................................. 13

2.2.2 SBTool - Sustainable Building Tool ......................................................... 18

2.2.3 LEED - Leadership in Energy and Environmental Design ....................... 25

2.2.4 HQE - Haute Qualité Environnementale dês Batiments .......................... 32

2.2.5 AQUA – Alta Qualidade Ambiental .......................................................... 38

2.2.6 Selo Casa Azul – Sistema de avaliação socioambiental de projetos

habitacionais ...................................................................................................... 44

2.2.7 Metodologia para avaliação da sustentabilidade de projetos de edifícios

(FOSATTI, 2008) ............................................................................................... 502.3. EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA EM EDIFICAÇÕES ............................................ 55

2.3.1 Eficiência do uso da água no paisagismo ............................................... 56

2.3.2 Redução do uso da água na edificação.................................................. 62

2 3 3 Tratamento e reuso de água residuárias e pluviais 68 

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4.6. MATERIAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS E SANITÁRIOS90

5.  APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DADOSE DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE REFERÊNCIA ................................... 96 

5.1. RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DADOS ............................................... 96

5.2. DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE REFERÊNCIA .......................................... 109

5.3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 115

6.  CONCLUSÕES ......................................................................................... 119 

6.1. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................... 122

 

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Lista de Figuras

Figura 1 – Evolução das preocupações no setor da construção civil ................. 10 Figura 2 – Evolução da certificação LEED no mundo ........................................ 30  Figura 3 – Registros e certificações LEED no Brasil .......................................... 32 Figura 4 – As 14 categorias avaliadas pelo HQE ............................................... 34 Figura 5 – Classificação do desempenho ambiental de uma categoria .............. 37 Figura 6 – Exemplo fictício de perfil de QAE ...................................................... 42 Figura 7 - Quadro de avaliação de desempenho da categoria 2 ........................ 43 Figura 8 – Classificação dos empreendimentos ................................................. 55 Figura 9 - Exemplo fictício de um perfil de desempenho da sustentabilidade do

empreendimento. ............................................................................................... 55 Figura 10 – Estação compacta Mizuno Family ................................................... 74 Figura 11 - Quantidade de projetos aprovados em 2007 e 2008 classificada em

categorias de unidades comerciais. ................................................................... 77 Figura 12 - Classificação dos projetos quanto à área comercial ........................ 78 Figura 13 - Classificação dos projetos quanto ao tipo de aprovação.................. 79 Figura 14 – Etapas da metodologia de pesquisa ............................................... 83  

 

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Categorias, requisitos e pesos avaliados pelo BREEAM Offices 2008

.......................................................................................................................... 14 Tabela 2 – Critérios de avaliação na categoria água do método BREEAM ........ 16 Tabela 3 – Exemplo de pontuação e ponderação do método BREEAM ............ 17 Tabela 4 – Temas, categorias e critérios avaliados no GBTool .......................... 19 Tabela 5 – Critérios a serem avaliados no método SBTool referente ao uso da

água .................................................................................................................. 22 Tabela 6 – Categorias e requisitos avaliados pelo LEED for New Construction 

and Major Renovations (LEED-NC) Versão 3 .................................................... 27 Tabela 7 – Requisitos a serem avaliados no método LEED referente ao uso da

água para projetos de novos edifícios ................................................................ 29 Tabela 8 – Classificação do certificado LEED .................................................... 30 Tabela 9 – Critérios relacionados ao uso da água no método HQE ................... 34 Tabela 10 – Critérios relacionados ao uso da água no método AQUA ............... 40 Tabela 11 – Categorias, critérios avaliados e classificação da certificação Casa

Azul ................................................................................................................... 46 Tabela 12 – Checklist de requisitos para categoria água do método Fossati ..... 51 Tabela 13 - Torneiras e dispositivos economizadores de água .......................... 64 Tabela 14 - Dispositivos economizadores para chuveiros e duchas .................. 65 Tabela 15 – Bacias sanitárias e dispositivos de descarga ................................. 65  

 

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Tabela 20 – Características e eficiências de remoção de nutrientes de alguns

sistemas de tratamento de águas residuárias .................................................... 73 Tabela 21 – Resumo dos critérios de triagem da amostra de edifícios a serem

analisados ......................................................................................................... 81 Tabela 22 - Checklist final de requisitos ............................................................. 92 Tabela 23 - Características dos edifícios estudados .......................................... 98 Tabela 24 - Síntese dos resultados obtidos no levantamento de dados ........... 106 Tabela 25 - Parâmetros de referência definidos para a categoria água ........... 111 

 

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Lista de Abreviaturas

ACV - Análise do Ciclo de Vida

AFNOR - Associação Francesa de Normatização

AP - Accredited Professionals  

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

AWWA - American Water Works Association 

B - Base / básico 

BEPAC - Environmental Performance Assessment Criteria 

BRE - Building Research Establishment 

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method 

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environment 

Efficiency 

CEN - European Committee for Standardization 

CIB - International Council for Research and Innovation in Building and 

Construction 

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

CSTB - Centre Scientifique et Technique du Bâtiment 

CW - Constructed Wetlands 

DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio

DQO - Demanda Química de Oxigênio 

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MBR - Membrane Biological Reactors 

OECD - Organization for Economic Co-operation and Development P - Performant 

PRFV - Plástico Reforçado com Fibra de Vidro

QAE - Qualidade Ambiental do Edifício

QEB - Qualité Environnementale du Bâtiment 

RBC - Rotating Biological Contactor 

RCD - Resíduo de Construção e Demolição

SBAT - Sustainable Building Assessment Tool 

SBC - Sustainable Building Challenge

SBTool - Sustainable Building Tool  

SGE - Sistema de Gestão do Empreendimento

SMO - Système de Management d’Operation 

SPDA - Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas 

SS - Sólidos em Suspensão

TP - Très Performant 

UASB - Upflow Anaerobic Sludge Blanket 

UC - Unidades Comerciais

UNCED - United Nations Conference on Environment and Development 

UNEP - United Nations Environment Programme 

USEPA - United States Environmental Protection Agency  

 

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização 

Devido à sua abrangência, a cadeia da construção civil responde, direta e

indiretamente, por diversos impactos ambientais. As atividades relacionadas à

construção, operação e demolição de edifícios promovem a geração de grandequantidade de resíduos; além de responder pelo consumo de recursos minerais,

água e energia.

A necessidade de minimização dos impactos ambientais gerados pelas

edificações, a escassez de recursos naturais, as crises energéticas, mudanças

climáticas e a difusão dos conceitos de desenvolvimento sustentável vêm

colocando novos desafios ao setor, como a busca por construções com melhor

desempenho ambiental.

A melhoria no desempenho ambiental faz parte de um conjunto de ações

voltadas para o desenvolvimento sustentável, conceito definido durante a

primeira Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Ambiente

Humano, realizada em Estocolmo pela World Commission on Environment and 

Development - WCED, também conhecida como Comissão Brundtland .

Em 1987, apresentou-se o relatório Brundtland , intitulado Our common future ou

Nosso futuro comum, no qual o termo desenvolvimento sustentável remete ao

desenvolvimento que deve responder às necessidades da geração atual sem

comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas própriasnecessidades (BRUNDTLAND, 1991). No entanto, foi a partir da década de 1990

que a questão ambiental tomou uma amplitude maior, impulsionada pela

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 

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Dentre os marcos da percepção sobre o desenvolvimento sustentável no setor

da construção civil, pode-se incluir o estabelecimento da Agenda 21 e a

elaboração da Agenda Habitat II , assinada na Conferência das Nações Unidas,

realizada em Istambul, em 1996; a CIB1 Agenda 21 on Sustainable Construction ,

publicada em 1999 e a CIB/UNEP2  Agenda 21 for Sustainable Construction in 

Developing Countries , publicada em 2001 (CIB; UNEP-IETC, 2002).

Na Agenda Habitat II , publicada em Istambul, os profissionais definiram a

aplicação do desenvolvimento sustentável para o setor da construção, colocando

em evidência riscos para a saúde por parte de certos materiais como o amianto.

A repercussão foi imediata, despertando interesse da opinião pública na

preservação do meio ambiente.

Ainda na década de 1990, alguns países europeus, EUA e Canadá

desenvolveram as primeiras metodologias de avaliação ambiental de edifíciospara auxiliar no cumprimento de metas ambientais locais, estabelecidas a partir

da ECO’92 (SILVA, et al ., 2003). Com a difusão dos conceitos de design verde

(green design ) e edifícios verdes (green building ), as avaliações ambientais se

tornaram ferramentas para quantificar e qualificar os investimentos e benefícios

da construção sustentável.

O Brasil já conta com alguns esforços para estabelecer critérios de

sustentabilidade na construção civil, no sentido de reduzir o consumo de energia

e água; reutilização de resíduos de construção e demolição – RCD;

racionalização de sistemas construtivos; regulamentação da disposição de RCD;

dentre outros, além da criação, adequação e aplicação de métodos de avaliação

da sustentabilidade de edificações.

Apesar da existência de diversos modelos internacionais para a avaliação

ambiental de edifícios comerciais, Silva (2003) argumenta que estes não são

adequados à aplicação no Brasil não sendo possível copiar traduzir ou 

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econômicos relacionados à produção, operação e modificação do ambiente

construído.

As iniciativas voltadas à sustentabilidade das edificações brasileiras necessitam,

segundo Silva (2007a), da definição de um método consensual para estruturar

indicadores, de indicadores nacionais e locais relevantes, coleta de dados e

atribuição de valores.

Nesse sentido, a presente pesquisa contribui para a coleta de dados e

estabelecimento de parâmetros de referência (benchmark 3 ) relacionados ao uso

eficiente da água em edificações comerciais em Belo Horizonte, considerando as

tecnologias existentes e práticas de construção local voltadas para a

sustentabilidade no uso da água. A expectativa é que estes resultados possam

contribuir como uma referência para adaptação de métodos de avaliação da

sustentabilidade coerentes com a realidade brasileira, mais precisamente paraBelo Horizonte; como auxílio aos projetistas que almejam tornar suas edificações

mais sustentáveis, além de difundir tecnologias e práticas voltadas ao uso

eficiente de água na construção.

 

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1.2. Justificativa 

A construção civil exerce uma influência significativa no meio ambiente, visto asua escala de produção e impactos gerados. Dessa forma, a utilização de

ferramentas que viabilizem e incentivem a incorporação de soluções construtivas

de melhor desempenho ambiental ao longo do ciclo de vida da edificação, desde

a etapa de projeto, é um aspecto que apresenta relevância.

Atualmente, praticamente cada país europeu, além dos Estados Unidos,

Canadá, Austrália, Japão, Hong Kong, entre outros - possui um sistema de

avaliação de edifícios (SILVA, 2003). Mais recentemente, alguns países em

desenvolvimento vêm elaborando seus próprios métodos de avaliação, entre

estes inclui-se o Brasil.

Segundo Cole (2005), os métodos de avaliação de edifícios foram concebidos,

inicialmente, para prover uma avaliação objetiva do uso de recursos, cargas

ecológicas e qualidade do ar interno dos edifícios, dentro de um contexto mais

amplo de medição do desempenho.

Segundo Ding (2007), muitos métodos de avaliação da sustentabilidade na

construção foram desenvolvidos para usos locais, não permitindo variações

regionais e nacionais. Os sistemas de pontuação podem contribuir para revisaras escalas de avaliação no sentido de refletir critérios e variações regionais. No

entanto, as variações regionais, culturais e sociais são muito complexas e com

fronteiras difíceis de definir.

Dessa forma, não é possível copiar ou aplicar um método estrangeiro no Brasil,

com base no sucesso que o mesmo tenha obtido em seu país de origem. Certosaspectos perdem validade e outros, importantes para um determinado contexto,

não são contemplados pelos métodos de sistemas de avaliação. Dentre os

aspectos que devem ser considerados na aplicação de um método fora de seu 

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(d) Para serem apropriados ao contexto nacional, os itens avaliados no

método devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses

nacionais.

Com a intenção de suprir as necessidades de alinhamento dos métodos de

avaliação existentes ao contexto e às práticas de projeto e construção

brasileiros, trabalhos como o de Silva (2003) buscaram adaptar um método para

avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios no Brasil.

Outra iniciativa mais recente foi proposta por Fossati (2008) que adaptou uma

metodologia de avaliação da sustentabilidade de projetos de novos edifícios de

escritórios de Florianópolis – Santa Catarina, incluindo a definição de parâmetros

de referência. Os parâmetros de referência (benchmark ) do desempenho

ambiental de edificações podem refletir os padrões da construção local e podem

variar de acordo com o contexto regional. Dessa forma, os benchmark  desustentabilidade devem ser definidos em cada região que se pretende utilizar a

metodologia.

Outros sistemas de avaliação, a exemplo do americano LEED (Leadership in 

Energy and Environmental Design ) e o francês HQE (Haute Qualité

Environnementale) têm sofrido adaptações para serem aplicadas de forma maiscoerente no Brasil. Neste contexto, destaca-se a iniciativa do programa brasileiro

AQUA, desenvolvido com base no HQE.

O estabelecimento de parâmetros de referência condizentes com o contexto no

qual a edificação se insere é vital para evitar distorções nos resultados da

avaliação. Por exemplo, em regiões onde uma determinada prática sustentável,

ou característica do sistema (como a alta porcentagem de energia proveniente

de fontes renováveis no Brasil) são comuns, a pontuação do sistema de

avaliação deve ser ajustado, assegurando que o mesmo mantenha o incentivo

pela melhoria constante no desempenho ambiental das edificações 

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1.3. Objetivos 

2.2.1 Objetivo geral

Contribuir para o melhor conhecimento sobre práticas sustentáveis de uso

eficiente da água atualmente empregadas na cidade de Belo Horizonte no

Estado de Minas Gerais.

2.2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos da pesquisa são:

- Realizar um levantamento dos principais métodos para avaliação da

sustentabilidade de edifícios, utilizados internacionalmente e no Brasil;- Realizar um levantamento das práticas e tecnologias voltadas ao uso

eficiente de água em edificações;

- Avaliar as práticas de projeto da construção civil em Belo Horizonte –

Minas Gerais, quanto à sustentabilidade de uso da água por meio da análise de

uma amostra de edifícios comerciais;- Definir parâmetros de referência (benchmark ) para práticas de

sustentabilidade em relação ao uso da água em edifícios comerciais.

 

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1.4. Estrutura de Apresentação da Dissertação 

A dissertação será estruturada em seis capítulos. O capítulo 1, “Introdução”,contextualiza o tema, apresenta a justificativa do trabalho, seus objetivos e a

estrutura da dissertação.

O capítulo 2, “Revisão Bibliográfica”, inclui: considerações sobre a construção

sustentável (conceito e evolução); os principais métodos para a avaliação da

sustentabilidade de edifícios, incluindo aplicações no Brasil e práticas e

tecnologias voltadas para a eficiência do uso da água em edificações.

No capítulo 3, “Materiais e Métodos”, detalha-se a metodologia utilizada para o

desenvolvimento da pesquisa, incluindo os critérios de definição dos requisitos

de sustentabilidade para compor a lista de verificação (checklist ) utilizada para

levantamento de dados em edifícios comerciais de Belo Horizonte – Minas

Gerais. Apresentam-se também os critérios de definição da amostra de edifícios,

selecionada para aplicação do checklist, método de análise dos projetos e de

definição dos benchmark .

O capítulo 4, “Definição do Checklist Final de Requisitos Avaliados”, apresenta a

lista de requisitos voltados para o uso eficiente de água nos projetos da amostra

de edifícios analisados.

O capítulo 5, “Apresentação dos Resultados do Levantamento de Dados e

Definição dos Parâmetros de Referência”, apresenta a discussão dos resultados

proveniente do levantamento de dados  e a definição dos parâmetros de

referência (benchmark ).

Por fim, o capítulo 6, “Conclusões”, apresenta as conclusões sobre a pesquisa

desenvolvida e sugestões para trabalhos futuros.

 

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Construção Sustentável 

As iniciativas voltadas a tornar as construções mais sustentáveis surgem dos

debates referentes ao desenvolvimento sustentável que, a partir da década de

1970, evolui para uma preocupação internacional, culminando em várias

conferências, protocolos e planos de ações.

No final da década de 1980 e início da década de 1990, as questões de

sustentabilidade chegaram à agenda das construções trazendo novos

paradigmas, com destaque para o contexto europeu. As atenções estavam

voltadas tanto para as consequências de uma crise energética de dimensões

mundiais como para o impacto ambiental gerado pelo consumo da energia de

base fóssil, somados às previsões e alerta a respeito do crescimento da

população mundial e o inevitável crescimento das cidades e de suas demandas

por todos os tipos de recursos (GONÇALVES; DUARTE, 2006).

A partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (ECO’92) e das

interpretações da Agenda 21 provenientes desse encontro, surgiram os planos

de ação voltados para inserção da sustentabilidade nas construções. Segundo

Pinheiro (2006), surge nos países desenvolvidos, em 1993, um movimento

internacional que procura definir e implementar o conceito de construção

sustentável.No ano de 1994, realizou-se em Tampa, na Flórida, a Primeira Conferência

Internacional sobre Construção Sustentável (The First International Conference 

on Sustainable Construction ), patrocinada pelo Rocky Mountain Institute , da 

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Além disso, nesse mesmo evento, a CIB estabeleceu 7 princípios da construção

sustentável que devem fazer parte da tomada de decisão nas fases de projeto e

processos construtivos:

1. Reduzir o consumo de recursos (redução);

2. Reutilizar os recursos (reuso);

3. Usar recursos recicláveis (reciclagem);

4. Proteger os sistemas naturais (natureza);

5. Eliminar os materiais tóxicos (tóxicos);

6. Aplicar o custo do ciclo de vida (econômico);

7. Focar na qualidade (qualidade).

Estes princípios devem ser considerados em todo o ciclo de vida da edificação eos recursos necessários para criar e operar um ambiente construído são o

terreno (solo), o material, a energia, a água e os ecossistemas (KIBERT, 2007).

Outros termos como edifício verde (green building ), design ecológico, design

ecologicamente sustentável, design verde (green design ) são usados, muitas

vezes, como sinônimos de construção sustentável. No entanto, Kibert (2007)

considera que esses termos referem-se à qualidade e características da

estrutura criada, baseada em princípios e sistemas de avaliação voltados para

construção sustentável.

Edifícios verdes podem ser definidos como instalações que promovam uma

ocupação saudável, projetadas e construídas de maneira eficiente, em termos de

recursos, e baseadas em princípios ecológicos. Já Silva (2007b), considera que

o termo green building  refere-se apenas à dimensão ecológica da construção

sustentável, uma vez que o termo sustainable building  é um conceito mais

abrangente que contempla ainda as dimensões social e econômica 

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Na perspectiva tradicional, as preocupações centram-se no custo, na qualidade

e no tempo, exigindo maior produtividade e menor custo com menos tempo

gasto na construção. A construção sustentável busca uma nova maneira de

equacionar a concepção, a construção, a operação e a desconstrução/demolição

(COLAÇO, 2008). Incorporam-se a essas temáticas as preocupações ambientais

relacionadas ao consumo de recursos, às emissões de poluentes, à saúde e à

biodiversidade, o que constitui um novo paradigma cujo desafio principal é o de

contribuir para a qualidade de vida, para o desenvolvimento econômico e para aequidade social, como pode ser observado na Figura 1.

Figura 1 – Evolução das preocupações no setor da construção civil

Fonte: Pinheiro, 2006 adaptado de Bourdeau, et. al , 1998

Nesta abordagem, segundo Pinheiro (2006), o papel dos vários agentes é

decisivo, incluindo o setor da extração do material, o da construção, os clientes

das estruturas edificadas, os gestores e os responsáveis da manutenção. 

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Esses conceitos também são compartilhados por John et al ., (2005), quando

considera que uma edificação sustentável envolve a consideração de todo o

ciclo de vida do edifício, levando em conta a qualidade ambiental, funcional e

futuros valores. Os autores acrescentam que o projeto de edifícios sustentáveis

é, por conseguinte, a integração cuidadosa da arquitetura com a engenharia

elétrica, mecânica, estrutural e hidráulica. Além de expressar preocupação com

os tradicionais aspectos estéticos, orientação solar, proporções, textura,

sombras e luz, a equipe de projeto precisa preocupar-se também com os custosde longo prazo: ambientais, econômicos e humanos.

Com a evolução e aumento das necessidades de aplicação dos princípios da

construção sustentável, muitos países começaram a desenvolver mecanismos

de implantação e avaliação da sustentabilidade de edifícios. Os métodos de

avaliação surgiram como parte das estratégias para o cumprimento de metas

ambientais locais, estabelecidas a partir da United Nations Conference on 

Environment and Development - UNCED, realizada no Rio de Janeiro, em 1992.

Esses métodos partilhavam o objetivo de encorajar a demanda do mercado por

níveis superiores de desempenho ambiental, provendo avaliações tanto para o

diagnóstico de eventuais necessidades de intervenção no estoque construído

quanto para orientar projetistas ou sustentar a atribuição de selos ambientaispara edifícios (SILVA, 2000; SILVA, 2007b).

Segundo Xiaoping et al ., (2009), os propósitos da maioria das ferramentas de

avaliação são: avaliar o desempenho da construção sustentável; orientar todo o

processo de construção sustentável para alcançar os três pilares da

sustentabilidade (econômico, social e ambiental) e acelerar a evolução etransformação da indústria da construção tradicional.

As primeiras avaliações ambientais de edifícios que, inicialmente, abrangiam

apenas a tipologia comercial, passaram a contemplar outras tipologias de uso, 

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Calc  (Holanda), o Ecoprofile  (Noruega), o HK-BEAM (Hong Kong Building 

Environment Assessment Method , Hong Kong), o BCA-GM (Building and 

Construction Authority Green Mark , Singapore), o Green Star  (Austrália), o

NABERS (National Australian Building Environment Rating System ), o GOBAS

(Green Olympic Building Assessment System, China), o ESGB (Evaluation 

Standard for Green Building : GB/T 50378-2006, China) (XIAOPING et al ., 2009).

Além desses sistemas de avaliação, citam-se ainda o SBAT (Sustainable 

Building Assessment Tool , África do Sul), o HQE (Haute Qualité Environnemental e, França) e sua adaptação brasileira AQUA (Alta Qualidade

Ambiental). Além dessa última, no Brasil, há outras iniciativas de

desenvolvimento de métodos de avaliação própria como, por exemplo, as

propostas por SILVA (2003), FOSATTI (2008) e o Selo Casa Azul da Caixa

Econômica Federal, lançado em 2010 no Brasil. Alguns métodos são

apresentados mais detalhadamente na seção a seguir.

2.2. Principais metodologias para avaliação da sustentabilidade e 

de edifícios 

Segundo Silva et al . (2003), os sistemas de avaliação ambiental disponíveispodem ser separados em duas categorias: uma orientada para o mercado

(feature based ), isto é, desenvolvidos para ser facilmente absorvidos por

projetistas, a fim de divulgar as práticas reconhecidas pelo mercado para

melhorar a qualidade ambiental de projetos, execução e gerenciamento

operacional; e outra com sistemas orientados para pesquisa, com foco na

avaliação do desempenho ambiental.

Os primeiros possuem estrutura mais simples e estão vinculados a algum tipo de

certificação ambiental, tais como BREEAM e LEED. A segunda categoria de 

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Considerando o foco deste trabalho na eficiência do uso da água, serão

destacados os elementos da avaliação referentes a este aspecto.

2.2.1 BREEAM - Building Research Establishment Environmental 

Assessment Method  

O BREEAM, desenvolvido em 1990, no Reino Unido, pelo Building Research 

Establishment 5 - BRE, é o sistema mais antigo de avaliação da sustentabilidade

de edifícios e serviu de base para diversos outros métodos. A primeira revisão

ocorreu em 1993 e vem sofrendo atualizações periodicamente. A última versão

foi lançada em 2008, exceto para a tipologia residencial, cujo sistema Ecohomes  

foi revisado em 2006, e The Code for Sustainable Homes  (para novas

construções), lançado em abril de 2007 (BRE GLOBAL, 2009).

Além da tipologia residencial, outras são abrangidas pelo sistema BREEAM,

atualmente, como: BREEAM Offices  (escritórios); BREEAM Retail  (varejo);

BREEAM Industrial  (unidades industriais); BREEAM Healthcare  (unidades de

saúde); BREEAM Education  (escolas); BREEAM Courts  (tribunais); BREEAM

Prisons (prisões) e o BREEAM Multi-residential (multi-residencial). Além disso, o

BREEAM inclui métodos de avaliação para outros tipos de edificações que nãose enquadram nos sistemas anteriores (BREEAM Other buildings ), e o BREEAM

Internacional, destinado a avaliação de construções localizadas fora do Reino

Unido, considerando adaptações e benchmark  de cada região (BRE GLOBAL,

2009).

As principais alterações da última versão (2008) foram a inclusão de duas novasetapas no processo de avaliação, a etapa de projeto e a pós construção; a

introdução de novos créditos obrigatórios e a inclusão de um novo nível de

classificação, o BREEAM Outstanding (excepcional) (BRE GLOBAL, 2009). 

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Este método de avaliação analisa 10 categorias. A Tabela 1 apresenta essas

categorias, respectivos requisitos avaliados e também o peso da cada uma no

sistema de ponderação para o BREEAM Offices 2008.

Tabela 1 – Categorias, requisitos e pesos avaliados pelo BREEAM Offices 2008

Categorias Requisitos Avaliados

Peso (%)

novos

projetos,ampliações egrandesreformas 

Peso (%)

revitalizaçãode edifícios

Gestão

Comissionamento

Impactos no local de construção

Segurança

12 13

Saúde econforto

IluminaçãoIluminação natural

Conforto térmico dos ocupantes

Acústica

Qualidade da água e do ar interno

15 17

Energia

Emissão de CO2 

Tecnologias de baixo ou zero carbonoSub-medição de energia

Sistema eficiente de energia

19 21

Transporte

Conectividade da rede de transportepúblico

Instalações para ciclista e pedestres

Acesso a amenidades

Planos de viagem e informação

8 9

Água

Consumo de água, reúso de água pluviale águas cinza

Medição de água6 7 

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Instalações de reciclagem

Uso do soloe ecologia

Seleção do local

Proteção das características ecológicasMitigação/melhoria do valor ecológico

10 -

Poluição

Tipo de gás de refrigeração usado evazamentos

Risco de inundação

Emissão de NOx

Poluição de curso d águaPoluição sonora e iluminação externa

10 11

Inovação

Níveis exemplares de desempenho

Uso de profissionais credenciados noBREEAM

Novas tecnologias e processos deconstrução

10 10

Fonte: BRE, 2009

A categoria água desse método inclui os critérios relacionados na Tabela 2, cujo

atendimento objetiva minimizar o consumo de água potável em aplicações

sanitárias; incentivar a utilização de acessórios de baixo consumo, a redução no

consumo de água por meio do monitoramento e gerenciando do seu gasto;reduzir o impacto dos principais vazamentos de água que poderiam não ser

detectados como também o risco de vazamentos menores em instalações

sanitárias.

  

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Tabela 2 – Critérios de avaliação na categoria água do método BREEAM

Fonte: BRE, 2009

A pontuação do método é feita por meio da avaliação do checklist de requisitos

de cada categoria, computando os créditos alcançados e calculando o

percentual de créditos atingidos de acordo com o total de créditos avaliados,

conforme mostrado na Tabela 3.

Categoria água para projetos de novos edifícios

Critérios Parâmetros Créditos Requisitoobrigatório

Consumo deágua6, reúso deágua pluvial eáguas cinza

Consumo de 4,5-5,5 m3 por pessoa porano

1 Sim

Consumo de 1,5-4,4 m3 por pessoa porano

2

Consumo menor que 1,5 m3 por

pessoa por ano

3

Medição deágua

Especificação da medição de água darede de abastecimento para cadaedifício, incluindo o fornecimento porcisterna ou outra fonte privada.

1 Sim

Medição da saída de água parapermitir a conexão do Sistema deGestão do Edifício (BMS) com o

monitoramento do consumo de água.Detecção devazamentos

Implantação de um sistema capaz dedetectar vazamentos importantes emtoda a rede de abastecimento de água.

1 Não

Corte doabastecimentode água para

sanitários

Instalação de válvulas solenóides emcada instalação de abastecimento debanheiro e controle do fluxo de água

abastecida por meio de detectores demovimento infravermelho ou sensorese interruptores na entrada de cadainstalação.

1 Não

  

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muito bom ≥55, excelente ≥70 e excepcional ≥85. Os requisitos obrigatórios para

o nível “muito bom” são mostrados na Tabela 3.

Segundo BRE (2010), dados de 2009 apontam que no Reino Unido há mais de

115.000 edificações certificadas e aproximadamente 700.000 registradas. Por

meio do BREEAM International, essa metodologia vem crescendo em outros

países, adaptando seu sistema de avaliação às características da indústria da

construção e às das regulamentações de cada país. Em 2008, o BRE Global  

lançou dois sistemas regionais: o BREEAM Europa e o BREEAM Golfo.

Tabela 3 – Exemplo de pontuação e ponderação do método BREEAM

CategoriasBREEAM

   C  r   é   d   i   t  o  s

   A   l  c  a  n  ç  a   d  o  s

   C  r   é   d   i   t  o  s

   A  v

  a   l   i  a   d  o  s

   %    d  e

   C

  r   é   d   i   t  o

   A   l  c

  a  n  ç  a   d  o

   P  o  n

   d  e  r  a  ç   ã  o

   d  a   C

  a   t  e  g  o  r   i  a

   N

  o   t  a   d  a

   C  a

   t  e  g  o  r   i  a

Gestão 7 10 70% 0.12 8.40%

Saúde econforto 11 14 79% 0.15 11.79%

Energia 10 21 48% 0.19 9.05%

Transporte 5 10 50% 0.08 4.00%

Água 4 6 67% 0.06 4.00%

Materiais 6 12 50% 0.125 6.25%

Resíduos 3 7 43% 0.075 3.21%

Uso do solo eecologia

4 10 40% 0.10 4.00%

Poluição 5 12 42% 0.10 4.17%

Inovação 1 10 10% 0.10 1%

Pontuação Final BREAM 55.87%

Classificação BREEAM MUITO BOM

 

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2.2.2 SBTool - Sustainable Building Tool  

O método de avaliação SBTool, conhecido, inicialmente, como Green Building 

Tool  - GBTool, emprega um software com base em planilha eletrônica (MS

Excel). Este sistema foi criado em 1996, pelo Green Building Challenge – GBC

que, por meio de um consórcio internacional envolvendo, atualmente, mais de 20

países que vem desenvolvendo um método para avaliação da sustentabilidade

de edifícios que possa ser adaptada e implementada em diversos países (iiSBE,

2009). O GBC foi iniciado sob a administração do Natural Resources Canada ,mas, a partir de 2002, sua responsabilidade passou para o International Initiative 

for Sustainable Built Environment - iiSBE7.

A alteração do nome Green Building Tool  (GBTool) para Sustainable Building 

Tool  ( SBTool) deve-se à inclusão de variáveis econômicas e sociais no método

de avaliação de edifícios. Pelo mesmo motivo, o Green Building Challenge  (GBC ) passou a ser chamado de Sustainable Building  Challenge (SBC)

(LARSSON, 2007).

Desde a criação da primeira versão do software, cinco conferências

internacionais foram realizadas (GBC’98, GBC/SB’2000, GBC/SB’02, SB’05,

SB’08) com o intuito de apresentar e discutir os resultados de pesquisas e testes

no sentido de revisar, aprimorar e ampliar a utilização do SBTool em diversos

países. A última versão do método é o SBTool 7, atualizada em 2007.

O método SBTool representa uma abordagem diferente dos demais métodos,

pois se apresenta como uma estrutura genérica que permite às organizações

desenvolverem seus próprios sistemas de classificação mais adequados para

cada região. O método permite que usuários autorizados estabeleçam o escopo

da avaliação de forma a considerar os benchmarks  regionais e adaptar o peso

dos parâmetros (ponderação) de acordo com as condições e valores do

local/país em que o método será aplicado 

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A estrutura do SBTool é dividida em três partes: SBT07-A, usada por

organizações regionais de terceira parte para estabelecer o escopo, tipos de

ocupação, ponderações, benchmark e regulamentações; SBT07-B, permite aosprojetistas fornecer informações sobre o local e características de projeto; e

SBT07-C, usado para realizar a auto-avaliação baseada nos dados inseridos nos

arquivos A e B.

Os sistemas do SBTool 2007 são estruturados hierarquicamente em três níveis

para avaliação do desempenho: temas principais (7 temas), categorias (28categorias) e critérios (119 critérios), conforme apresentado na Tabela 4.

Tabela 4 – Temas, categorias e critérios avaliados no GBTool

Temas Categorias Critérios Avaliados

   S  e   l  e  ç   ã  o   d  e   t  e  r  r  e  n  o ,  p   l  a  n  e   j  a  m  e  n   t  o  e

   d  e  s  e  n  v  o   l  v   i  m  e  n   t  o   d  e  p  r  o   j  e   t  o

Seleção do local

Pré-análise do valor ecológico, sensibilidade e valoragricultável da terra; terrenos vulneráveis a inundações;terreno próximo a corpos d’água; pré-análise da contaminaçãodo terreno; proximidade a transportes públicos; distância entrecentros de empregos e áreas residenciais; proximidade ainstalações comerciais, culturais e áreas de recreação pública.

Planejamento deprojeto

Avaliação do uso de renováveis; uso de processo de projetointegrado; estudo de avaliação de impacto ambiental;planejamento do sistema de gestão de águas de escoamento;

planejamento do sistema de tratamento de água;planejamento de um sistema separado para utilização deáguas cinza; coleta e reciclagem de resíduos sólidos;compostagem e reuso de lama, orientação solar maximizandoo potencial de estratégias solares passivas.

Projeto urbano edesenvolvimento

da região

Densidade da região; planejamento de usos mistos dentro doprojeto; encorajamento para caminhada; suporte para uso debicicletas; políticas governamentais sobre o uso de veículosparticulares; provisão de espaço público verde; uso de plantas

nativas; uso de árvores para sombreamentos;desenvolvimento e manutenção de corredores ecológicos.

s  o  s

Ciclo de vida totalde energia não

renovável

Energia primária não-renovável embutida em materiais deconstrução; energia primária não-renovável prevista para usodo edifício em operação.

Demanda de pico de energia elétrica para instalações em operação 

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   C  a  r  g  a  s  a  m   b   i  e  n   t  a   i  s

Emissão de gases

de efeito estufa

Emissões de gases do efeito estufa embutidos em materiaisde construção; previsão de emissões de gases do efeito

estufa provenientes de todos os usos energéticos da operaçãoanual do edifício.

Outras emissõesatmosféricas

Emissões de substâncias causadoras de destruição dacamada de ozônio, emissões acidificantes e foto-oxidantesdurante a fase de operação do edifício.

Resíduos sólidosMinimização de resíduos sólidos resultantes dos processos deconstrução e demolição; minimização de resíduos sólidosresultantes da operação do edifício.

Água da chuva,

água deescoamento,esgoto

Limite do descarte de efluentes líquidos produzidos durante a

operação do edifício; maximização da retenção da água dachuva para reuso posterior; minimização do escoamento deágua para fora dos limites do terreno.

Impactos no localda obra

Impactos do processo de construção nas característicasnaturais do terreno, impactos de erosão do solo nopaisagismo; mudanças da biodiversidade do local; condiçõesadversas do vento em torno de edifícios altos; minimizarperigo de resíduos tóxicos.

Outros impactoslocais e regionais

Controle dos impactos do edifício com relação aos acessos à

iluminação natural ou potencial de energia solar empropriedades adjacentes; limitação de mudanças térmicas emcursos d’água e aqüíferos subterrâneos; efeito de ilhas decalor em superfícies pavimentadas e paisagismo; poluiçãoluminosa.

   Q  u  a   l   i   d  a   d  e   d  o  a  m   b   i  e  n   t  e   i  n   t  e  r  n  o

Qualidade do ar

interior

Proteção dos materiais durante a fase de construção;remoção, antes da ocupação, de poluentes emitidos pelosmateriais acabados; seleção de materiais de revestimentosinternos com mínima emissão de gases poluentes; limitação

de poluição entre ocupações; controle de poluentes geradospelas atividades de ocupação; limitação de concentrações deCO2; monitoramento da qualidade do ar interno durante aoperação do edifício.

VentilaçãoMaximização da eficiência da ventilação em edifíciosnaturalmente ventilados; garantia de nível satisfatório dequalidade do ar e ventilação em edifícios condicionadosmecanicamente.

Temperatura do are umidade relativa

Manutenção da temperatura do ar e umidade relativa aceitável

em áreas condicionadas mecanicamente; manutenção datemperatura do ar aceitável em áreas naturalmente ventiladas.

Iluminação eiluminação natural

Garantia de níveis aceitáveis de iluminação natural em áreasde ocupação primária; minimização de ofuscamento; níveis deiluminação e qualidade da iluminaçãoAtenuação dos ruídos pelo envelope exterior do edifício;

 

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pessoal de sistemas técnicos pelos ocupantes.

Flexibilidade e

adaptabilidade

Habilidade de modificar sistemas técnicos do edifício;adaptabilidade da estrutura do edifício, do pé direito, do

envelope e sistemas técnicos; adaptabilidade a mudançasfuturas no tipo de suprimento de energia.Comissionamento dos sistemas de instalação

Manutenção edesempenho da

operação doedifício

Manutenção do desempenho do envelope; desenvolvimento eimplementação do plano de manutenção; monitoramento everificação continuada do desempenho do edifício; registrosde documentação e projetos as built ; provisão e manutençãode registros do edifício; incentivos de desempenho noscontratos de aluguel e venda; treinamento do pessoal durantea operação do edifício.

   A  s  p  e

  c   t  o  s  e  c  o  n   ô  m   i  c  o  s  e

  s  o  c   i  a   i  s

Aspectos sociais

Minimização dos acidentes durante a construção; acesso apessoas portadoras de necessidades especiais; acessoprivado a espaços abertos; acesso a luz solar direta;privacidade visual a partir do exterior; acesso a vistas externasdos locais de trabalho; utilidade social das funções deocupação primária do edifício.

Custos e aspectoseconômicos

Minimização do custo do ciclo de vida do edifício; minimizaçãodos custos de construção, de operação e manutenção doedifício; acessibilidade dos custos ou aluguéis das unidadesda edificação; apoio à economia local.

   A  s  p  e  c   t  o  s

  c  u   l   t  u  r  a   i  s  e

  p  e  r  c  e  p  ç   ã  o

Cultura epatrimônio

Harmonia do design  do edifício com a paisagem existente(edificações existentes); compatibilidade do design  urbanocom os valores da cultura local; manutenção do patrimôniodas edificações existentes.

Fonte: LARSSON, 2007

No que diz respeito ao uso da água, esse método considera os requisitos

apresentados na Tabela 5, os quais objetivam minimizar o volume de águas

residuárias enviadas para sistema de tratamento; encorajar o armazenamento

de águas de chuva para reutilização; minimizar o volume de água de

escoamento proveniente do local; desencorajar o uso de água potável para

irrigação e assegurar que seu uso para este fim seja mínimo durante as

estações secas; e minimizar a quantidade de água potável usada para as

id d d ã 

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Tabela 5 – Critérios a serem avaliados no método SBTool referente ao uso da água

Categoria: Energia e consumo de recursos

Subcategoria: gua Potável (obrigatório)Critério Indicador Parâmetro* Pontuação

Uso de águapotável para

irrigação

A previsão de volume deágua líquida anual potável

utilizada para a irrigação deáreas de paisagismo com

espécies não nativas(excluindo a utilização de

água da chuva ou águacinza).

4,8 (m3 /m2) -14,0 (m3 /m2) 01,6 (m3 /m2) 3

0,0 (m3 /m2) 5

Uso de águapotável para as

necessidades deocupação

Previsão do uso total de águapotável, em litros por pessoa

por dia, com base em umplano de gestão da água na

ocupação e uso dasinstalações**.

100 (para ocupação tipovarejo)

-1

90 (para ocupação tipovarejo)

0

60 (para ocupação tipovarejo) 3

40 (para ocupação tipovarejo) 5

Categoria: Cargas ambientais

Subcategoria: Água da chuva, água de escoamento e residuárias

Critério Indicador Parâmetro* Pontuação

Efluentes líquidosdas instalações em

operação

Volume de efluente líquidopor pessoa por dia que éenviado para tratamento

98 (para ocupação tipovarejo)

-1

86 (para ocupação tipovarejo)

0

49 (para ocupação tipovarejo)

3

25 (para ocupação tipovarejo)

5

Retenção da águada chuva para

posteriorreutilização

Percentual de água dechuva anual que caiu nolocal planejado para ser

armazenado para ser usadofuturamente

0% -1

10% 0

49% 3 

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*Esses parâmetros são benchmarks padrões propostos pelo método, mas que podem

ser mudados por usuários autorizados

** Assume-se os seguintes volumes de água: descarga sanitária 6 l (2 vezes por dia porpessoa), mictório 1.5 l (3 vezes por dia por pessoa), chuveiro 70 l (0.8 vezes por dia por

pessoa), lavatório 0.6 l (4 por dia por pessoa), pia da cozinha 15 l (2 vezes por dia por

pessoa).

A pontuação no SBTool é atribuída por comparação com uma escala de

parâmetros/desempenhos de referência (benchmark ). Os valores de

desempenho são relacionados a uma escala que varia de -1 a +5, com a

seguinte interpretação:

-1: nível de desempenho insatisfatório, abaixo do mínimo desempenho

aceitável;

0: mínimo desempenho aceitável (usualmente, mas nem sempre definido

por regulamentações);

3: boas práticas;

5: melhores práticas.

Os níveis de desempenho fixados para cada pontuação variam em função dalocalização e, muitas vezes, de acordo com a tipologia do edifício e é por isso

que o SBTool requer terceiras partes locais para definir níveis de desempenho

apropriados (iiSBE, 2007).

Os parâmetros de referências  podem ser estabelecidos para uma edificação

genérica nos níveis 0, +3 e +5 para todos os critérios ativos. Estes parâmetrosde referência podem ser do tipo quantitativo ou qualitativo, e são estabelecidos

por meio da revisão de regulamentações, análise de dados do desempenho das

construções locais ou pelo consenso entre um grupo de especialistas (iiSBE, 

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fim, chega-se à pontuação final do edifício ponderando os pontos de todos os

temas principais.

Com a definição das ponderações e parâmetros de desempenho feita pelas

equipes nacionais no Módulo A do SBTool, os projetistas usam o módulo B do

método para inserir as informações de projeto.

O módulo C do SBTool permite a avaliação da edificação de acordo com os

dados inseridos nos módulos A e B.

A comunicação dos resultados é feita de duas formas distintas: o resultado do

desempenho relativo e o resultado do desempenho absoluto do edifício. No

desempenho relativo, é apresentada a pontuação obtida pelo edifício em cada

tema principal avaliado, assim como a pontuação global. Estes resultados estão

diretamente relacionados com a decisão dos pesos na avaliação, uma vez que

as pontuações são calculadas após a ponderação de cada questão. Aferramenta gera um gráfico que representa a pontuação de cada um dos temas

principais (iiSBE, 2007). 

O resultado do desempenho absoluto do edifício é feito por meio de indicadores

de sustentabilidade ambiental. Estes indicadores são medidas absolutas do

desempenho que caracterizam as práticas sustentáveis do edifício e facilitam acomparação internacional. Na versão 2007 do SBTool, 14 indicadores são

avaliados:

1. Consumo total de energia primária incorporada pela estrutura e

envelope, GJ/m2;

2. Consumo anual de energia primária incorporada pela estrutura eenvelope, MJ/m2.ano;

3. Consumo anual de energia para operação do edifício, MJ/m2.ano;

 

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8. Consumo anual de energias renováveis usadas para operação do

edifício, MJ/m2.ano;

9. Consumo anual de água potável para operação do edifício, m3 / m2.ano;

10. Uso anual de água cinza reciclada e água da chuva para operação do

edifício, m3 /m2.ano;

11. Emissão anual de gases do efeito estufa para operação do edifício,

kg.CO2 equivalente por ano;

12. Valor presente total do custo do ciclo de vida de 25 anos do projeto;

13. Proporção de área de estruturas existentes reutilizadas no novo

projeto, %;

14. Proporção de área do projeto provido por reuso de estruturas

existentes, %.

O SBTool possui várias delegações locais e organizações associadas em

diversos países. Atualmente, existem sistemas locais de avaliação na Itália,

Espanha, República Theca, Israel, Canadá, Portugal, Taiwan e Coréia do Sul.

Outros sistemas estão sendo elaborados na Polônia, França, Malásia, e

Alemanha. Além disso, há organizações associadas no México e no Brasil(LARSSON, 2007, iiSBE, 2009).

2.2.3 LEED - Leadership in Energy and Environmental Design  

O LEED foi desenvolvido pelo United States Green Building Council  (USGBC),

nos Estados Unidos, cuja versão piloto da metodologia (LEED 1.0) foi lançada

em agosto de 1998, voltada inicialmente para edifícios de ocupação comercial

(edifícios de escritórios; institucionais - bibliotecas, museus, igrejas, entre outros;

hotéis e edifícios residenciais com mais de quatro pavimentos) (FOSSATI 2008; 

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LEED for Core & Shell (núcleo e envoltória), LEED for Schools (escolas), LEED 

for Neighborhood Development (loteamentos), LEED for Retail (varejo), LEED for 

Healthcare  (instalações de saúde), LEED for Homes  (casa) e LEED for Commercial Interiors  (interiores comerciais). Exceto o guia LEED Homes,

publicado em 2008, os lançamentos ou revisões mais recentes dos demais

referenciais aconteceram em 2009 (USGBC, 2010).

Assim como o BREEAM, o sistema concede pontos para o atendimento de

critérios pré-estabelecidos, organizados em 5 categorias ambientais: espaçosustentável; eficiência do uso da água; energia e atmosfera; materiais e recursos

e qualidade ambiental interna. Há uma categoria adicional, inovação em projeto,

que pontua práticas inovadoras (até seis pontos extras) não contempladas nas 5

categorias. Além disso, a última versão do LEED, versão 3.0, introduziu pontos

de bônus regional (até 4 pontos extras) que valorizam as melhores práticas

ambientais de construção e projeto, peculiares de cada região (USGBC, 2009).

Entre as principais mudanças ocorridas na última versão, publicada em 2009,

observam-se o alinhamento dos créditos e a harmonização dos referenciais, de

forma que sejam utilizados por todos os sistemas de avaliação LEED 2009

(USGBC, 2009). Além disso, houve uma valorização da categoria energia e

atmosfera o que sinaliza a preocupação com as mudanças climáticas, emissãode CO2 e efeito estufa.

Além disso, a ponderação dos créditos é feita de acordo com a influência nos

impactos em diferentes categorias ambientais e da saúde humana. Para avaliar

essas influências foi realizada uma Análise do Ciclo de Vida (ACV) em um

protótipo criado para mensurar os impactos dos requisitos previstos no LEED noimpacto ambiental. Essa análise foi relacionada às categorias de impacto TRACI.

TRACI é uma ferramenta desenvolvida pela Agência de Proteção Ambiental dos

Estados Unidos (USEPA), que considera 13 categorias de impacto: emissão de 

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Por meio dos conselhos regionais da USGBC nos Estados Unidos, identificaram-

se questões ambientais específicas em diferentes locais do país. Quatro pontos

extras foram destinados à priorização dessas características peculiares, sendoque cada requisito de prioridade regional equivale a 1 ponto (USGBC, 2009).

Os requisitos avaliados dentro das 5 categorias são apresentados na Tabela 6,

para o sistema LEED-NC, bem como o percentual de pontos de cada categoria

em uma escala de 100 pontos. Os pontos de renovação em projeto e prioridade

regional somam mais 10 pontos extras.

Tabela 6 – Categorias e requisitos avaliados pelo LEED for New Construction and Major Renovations (LEED-NC) Versão 3

Categorias

(% dos pontos)

Requisitos Avaliados

Espaço sustentável

(26%)

Pré-requisito: Prevenção da poluição nas atividades deconstrução

Requisitos: 1) Seleção do terreno

2) Densidade Urbana e Conexão com a Comunidade

3) Remediação de áreas degradadas

4) Transporte alternativo

5) Desenvolvimento do espaço

6) Projeto de águas pluviais

7) Redução da ilha e calor

8) Redução da poluição luminosa

Uso eficiente da

água(10%)

Pré-requisito: Redução do uso da água

Requisitos: 1) Uso eficiente de água no paisagismo2) Tecnologias inovadoras para águas residuárias (servidas)

3) Redução do uso da água

Pré-requisito: Comissionamento de sistemas energéticos daedificação; Eficiência energética mínima; Gestão de gases

 

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2) Gerenciamento de resíduos de construção

3) Reuso de materiais

4) Uso de materiais com conteúdo reciclado5) Uso de materiais regionais

6) Uso de materiais de rápida renovação

7) Uso de madeira certificada

Qualidade doambiente interno

(15%)

Pré-requisito: Desempenho mínimo da qualidade do ar interno;Controle ambiental da fumaça de cigarro

Requisitos: 1) Monitoramento do ar externo2) Aumento da ventilação

3) Plano de Gestão da Qualidade do Ar Interno para as fases deconstrução e pré-ocupação do edifício

4) Materiais de baixa emissão

5) Controle interno de poluentes e produtos químicos

6) Controle dos sistemas de iluminação e conforto térmico

7) Conforto térmico – projeto e verificação

8) Iluminação natural e vistas para o exterior (paisagem)

Inovação deprojeto

(6 pontos extras)

Introdução de inovações ao projeto, como desempenho acima dorequerido pelo LEED; iniciativas ambientais não contempladaspelo LEED e participação de um profissional acreditado do LEED(AP).

Prioridade regional(4 pontos extras)

Requisitos prioritários de acordo com a região de aplicação

Nota: há diferenças de pontuação entre as categorias dos diferentes sistemas do LEED

Fonte: adaptado de USGBC, 2009

O sistema de avaliação LEED é baseado na verificação dos requisitos mostrados

na Tabela 6, em que cada requisito possui uma pontuação específica, jáponderada de acordo com seu grau de importância dentro das 5 categorias.

Todos os créditos LEED recebem um peso, único e estático, em cada ferramenta

de avaliação, não havendo, portanto ponderação individualizada (USGBC, 

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Tabela 7 – Requisitos a serem avaliados no método LEED referente ao uso da água

para projetos de novos edifíciosUso eficiente de água

Pré-requisito: usar estratégias que reduzam em pelo menos 20% do uso da água deacordo com cálculos de usos padrões em edifícios comerciais e/ou residencial

Critério Indicador Parâmetros Pontuação

Uso eficiente deágua nopaisagismo

Percentual deredução do uso deágua potável

Redução de 50% do uso* 2 pontos

Redução de 100% do usode água potável parairrigação e redução do

uso total da água de pelomenos 50%

4 pontos

Tecnologias

inovadoras paraáguas residuárias(servidas)

Redução do uso daágua para transportede esgoto por meio

do uso de

equipamentoseconomizadores ou

uso de águasresiduárias ou da

chuva.

Redução de 50% pormeio da utilização de

equipamentos

economizadores, ou tratar50% da água residuáriano local para padrões

terciários para serreutilizada ou infiltrada.

2 pontos

Redução do usoda água

Percentual deredução do uso da

água

30% 2 pontos

35% 3 pontos

40% 4 pontos* por meio da utilização de espécies de plantas nativas ou adaptadas, irrigação eficiente,

utilização de águas pluviais e residuais captadas, paisagismo que não requer sistema

de irrigação permanente.

O LEED 2009 traz a ferramenta Workbook Tool, programa desenvolvido no

Microsoft Excel 2007, que mostra os impactos ambientais considerados e aimportância relativa de cada um. Dessa forma, os projetistas podem visualizar

como as variações do projeto (contemplando ou não os requisitos avaliados pelo

LEED) podem interferir no produto final (edificação), em termos de impacto 

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Tabela 8 – Classificação do certificado LEED

Certificado 40-49 pontos

Prata 50-59 pontos

Ouro 60-79 pontos

Platina 80 ou mais pontos

Fonte: USGBC, 2009

Segundo dados enviados por e-mail pelo USGBC, em contato estabelecido em

abril de 2010, até o final de 2009, foram registrados 28062 projetos solicitando a

certificação, dos quais 5038 já receberam o selo. Até o final de 2009 o LEED já

possuia 21 green building councils  e um total de 44 países envolvidos (GBC

BRASIL, 2009).

A Figura 2 apresenta a evolução da certificação no mundo, ao longo dos anos,

em milhões de m2 de área certificada.

Fi 2 E l ã d tifi ã LEED d 

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LEED 2009 consideram os impactos ambientais da edificação ao longo de seu

ciclo de vida, por meio da Análise do Ciclo de Vida (ACV) de uma edificação-

protótipo brasileira, em vários cenários (AGUIAR, et al, 2008).

A edificação brasileira de referência possui as seguintes características: Área:

12.541 m2, População: 540 pessoas em tempo integral, Uso: 9h-17h, 5

dias/semana (250 dias/ano), Vida útil: 50 anos, Sistemas de condicionamento:

zona bioclimática 3 (aquecimento: 4750 graus F/dia, resfriamento: 1800 graus

F/dia, energia renovável: não, emissão CO2 pela eletricidade: média USA),transporte: 5 dias/semana (250 dias/ano) horário comercial, distância percorrida:

20,5 milhas/dias, consumo combustível: 21 milhas por galão, Consumo de água:

divisão 50% homens, 50% mulheres - bacias (1,6 GPF - galão por fluxo),

mictórios (1 GPF), torneiras de lavatórios (2,5 GPM - galão por minuto),

chuveiros (2,5 GPM), 4.046 m2 de paisagismo (árvores, arbustos, zona

bioclimatica 3), Irrigação convencional sprinkler sistemas, água potável,

Materiais: 2 pavimentos, estrutura metálica, 10.214 m2 de estacionamento,

Resíduos sólidos: 52 kg/m2 (4,9 tons/1000-sf).

Os critérios adotados pelo LEED são analisados e sugestões de adaptação ou

inclusão de outros são apresentadas por comitês temáticos, formados por

profissionais de empresas privadas ou governamentais; acadêmicos; consultorese associações.

Até outubro de 2010, haviam 20 edifícios certificados no Brasil e 219 registrados,

acumulados em processo de certificação, dos quais seis localizam-se em Minas

Gerais: Mineirão 2014 – Belo Horizonte (LEED-NC 3.0), Raja Business Center –

Belo Horizonte (LEED CS 2.0), WT - Aguas Claras – Nova Lima (LEED CS 2.0),Ed. Forluz - Belo Horizonte (LEED NC 2.2), Renaissance Work Center (LEED CS

2.0) e Concórdia Business Tower  - Nova Lima (LEED CS 2.0) (GBC BRASIL,

2010). A evolução dos registros e certificações ocorridas no Brasil é mostrada na 

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Figura 3 – Registros e certificações LEED no Brasil

Fonte: GBC BRASIL, outubro de 2010

2.2.4 HQE - Haute Qualité Environnementale dês Batiments

A Associação HQE foi criada em 1996, na França, por um grupo de pessoas

envolvidas com a construção civil, com o objetivo de desenvolver e promover a

qualidade ambiental das construções. A marca NF Bâtiments Tertiaires Démarche HQE® foi registrada em 2003 e é usada para caracterizar a qualidade

ambiental de uma obra.

Os primeiros referenciais da certificação de edifícios começaram a ser

elaborados em 2002, baseados no trabalho desenvolvido pelo Centre 

Scientifique et Technique du Bâtiment  - CSTB. Entre 2003 e 2004 o primeiroreferencial elaborado foi testado em 20 empreendimentos franceses com a

finalidade de validar a metodologia de certificação HQE® na França. Sua versão

oficial, como norma integrante da Associação Francesa de Normatização - 

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A certificação é composta por duas partes inter-relacionadas: o referencial SMO

- Système de Management d’Operation  (Sistema de Gestão do

Empreendimento); e o referencial QEB - Qualité Environnementale du Bâtiment  (Qualidade Ambiental do Edifício) (CERTIVEA, 2008a).

O SMO reúne elementos/requisitos para implementação do sistema de gestão

por parte do empreendedor, contemplando todas as dimensões da gestão

ligadas ao empreendimento, como: meio ambiente, qualidade, e outros. Esse

sistema permite a priorização de certas categorias da QEB e a organização dasações necessárias para atendê-las ao longo das fases do empreendimento

(programa, projeto e execução) (CARDOSO, 2003).

O referencial da qualidade ambiental do edifício (QEB) traz as categorias,

preocupações ambientais e requisitos para avaliar o desempenho arquitetônico e

técnico da construção, contendo as metas para que a qualidade ambiental seja

alcançada pelo empreendimento.

A certificação baseia-se no atendimento do perfil ambiental definido no QEB e

não em um sistema de pontuação. A definição do perfil é feita a partir da análise

das características do empreendimento; das vantagens e desvantagens em

relação ao local onde será implantado; das exigências legais e regulamentares

pertinentes; das necessidades e expectativas das partes interessadas; dos

objetivos ambientais do empreendedor e da avaliação de custos de

investimentos e funcionamento do empreendimento (CARDOSO, 2003;

FOSSATI, 2008).

O perfil é definido a partir de 14 categorias de preocupação ambiental, sanitária

e de conforto que serão privilegiadas ou priorizadas conforme necessidade evontade do empreendedor. Essas categorias são mostradas na Figura 4. As

mesmas deverão ter um desempenho igual ou superior ao constatado em

empreendimentos realizados na França considerados como exemplos de  

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Figura 4 – As 14 categorias avaliadas pelo HQE

Fonte: CERTIVEA, 2008a; FOSSATI, 2008

Com relação à água, os critérios avaliados nesse método são mostrados na

Tabela 9.

Tabela 9 – Critérios relacionados ao uso da água no método HQE

Gestão da Água

Subcategoria: Redução do consumo de água potável

Critério/Preocupação IndicadorCritério de Avaliação

Título Nível

Garantir economia deágua potável nos

equipamentos sanitários

Consumo total anualde referência de água

potável (consumo dereferência dosequipamentos

utilizados - CCref) econsumo convencional

(CC)

CC ≤ CCref B

CC ≤ 0,70 CCref P

CC ≤ 0,60 CCref TP(3 pontos)

CC ≤ 0,50 CCref TP(5 pontos)

CC ≤ 0,40 CCrefTP

(8 t ) 

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Gestão de infiltração:Coeficiente de

impermeabilização

Coeficiente deimpermeabilização

após a implantação dosistema projetado.

40 a 80% B

20 a 40% P

< 20% TP(5 pontos)

Gestão da infiltraçãoVolume da água de

escoamento (taxa defuga).

Inferior ou igual àvazão inicial.

B

Menor que 50% daágua coletada no

local.

TP

(5 pontos)

Descarga 0 de água.TP

(10 pontos)

Tratamento de águaspluviais

Recuperação etratamento de águas

de escoamentopoluídas.

Medidas tomadaspara recuperar as

águas deescoamento

potencialmentepoluídas e para tratá-

las (tratamento

básico,armazenamento,filtro de areia,

separador de óleo,etc) antes do

descarte em funçãoda sua natureza.

B

Sistemas detratamento mais

eficientes comredução de sólidossuspensos totais(SST) justificado.

TP

Subcategoria: Gestão de Águas Residuais

Identificar e pré-tratar

águas residuais

Tomar medidas pararecuperar e promover o

pré-tratamento da água.

O pré-tratamentodeve ser adaptado

no lugar: telasmecânicas,

desarenadores,caixas de gordura,

pré-filtros, etc.

B

Cumprir as normasdos regulamentos 

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Instalação desistema não coletivo

de tratamento de

águas residuaisinovador.

TP

(5 pontos)

Reciclagem de águasresiduais

Medidas de reutilizaçãodas águas residuárias.

Reutilização da águapara rega e lavagem

de pisos.P

Reutilização da águapara outros fins que

não exijam águapotável.

TP

Fonte: CERTIVEA, 2008b

Cada categoria pode ser classificada em três níveis possíveis de desempenho:

1) Base : desempenho de nível normativo, regulamentar ou

correspondentes às boas práticas correntes;

2) Performant:  nível intermediário, definido como os níveis superiores às

boas práticas correntes;

3) Très Performant : nível superior, definido como os desempenhos

máximos constatados recentemente em empreendimentos já realizados naFrança, considerados como exemplos de práticas de alta qualidade

ambiental, que sejam reprodutíveis em outros empreendimentos.

Para obter a certificação, o empreendedor deverá priorizar, dentre as 14

categorias, no mínimo três, que responderão às exigências do nível Très 

Performant  (TP), máximo quatro, que responderão às exigências do nível

Performant  (P); e as demais sete deverão atender às exigências do nível Base  

(B). Esta estrutura promove a elaboração de perfis ambientais que priorizam a

importância das categorias e é o recurso utilizado pelo método francês em vez 

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Para algumas categorias, visando a atingir o nível Très Performant , há ainda um

sistema de pontos que se deve alcançar. Esses pontos são previstos no

atendimento a certos requisitos que conferem um elevado desempenhoambiental dentro de cada categoria8.

A Figura 5 apresenta um exemplo de classificação de uma categoria, de acordo

com o referencial de certificação de edifícios comerciais.

Figura 5 – Classificação do desempenho ambiental de uma categoria

Fonte: CERTIVEA, 2008b

O resultado final para o empreendimento é a certificação ou não, não havendo,portanto, escala de nível de certificação. No caso de certificação, o

empreendedor tem o direito de uso da marca NF Bâtiments Tertiaires - 

Démarche HQE ® ao longo de toda a operação.

Atualmente, os referenciais de certificação NF Bâtiments Tertiaires - Démarche 

HQE®  disponíveis são: Bureaux et Bâtiments d’enseignement  (edifícios deescritório e de ensino), Commerce  (centros e bairros comerciais), Hôtellerie 

(hotéis e empreendimentos de turismo), Etablissements de santé  

(estabelecimentos de sáude), Logistique  (plataformas logísticas) e Exploitation   

( l j l i i di id i d ) l d 2007 NF M i

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(alojamentos coletivos ou individuais agrupados), lançado em 2007, e NF Maison 

Individuelle – Démarche HQE®  (casas individuais), lançado em 2006

(ASSOCIATION HQE, 2006).

Esses referenciais são suscetíveis de revisão dentro de 3 a 5 anos e suas

atualizações são baseadas tanto em experiências estrangeiras, em outros

sistemas de certificação, nas evoluções normativas internacionais (ISO e CEN9)

quanto em experiências francesas (certificações, críticas e outros)

(ASSOCIATION HQE, 2006).

2.2.5 AQUA – Alta Qualidade Ambiental

O método para avaliação da sustentabilidade de edifícios AQUA é um sistema

brasileiro de certificação de edificações adaptado do referencial francês HQE

(Haute Qualité Environnementale ). Esse método vem sendo desenvolvido desde2007, quando a Fundação Carlos Alberto Vanzolini10 firmou um acordo com o

Centre Scientifique et Technique du Bâtiment  (CSTB), instituto francês,

referência mundial em pesquisas na construção civil.

A primeira versão do referencial AQUA foi lançada em outubro de 2007, pela

Fundação Vanzolini, para a tipologia de edifícios comerciais de escritório eescolar, denominada "Edifícios do setor de serviços - Escritórios e edifícios

escolares”, versão 0. Outros tipos de edificações são contemplados pelo método

em referenciais específicos como o referencial para edifícios habitacionais,

lançado em fevereiro de 2010, versão 1, e o referencial provisório, versão 0, para

hotéis (FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2010).

Além disso, a Fundação Vanzolini está lançando a certificação AQUA para

Arenas e Complexos Esportivos Multiuso, concebida a partir do Processo AQUA

para edifícios do setor de serviços. O objetivo é atingir as obras de construção e 

M d d 2014 j lí i d 2016 N áti t d

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Mundo de 2014 e os jogos olímpicos de 2016. Na prática, as metas de

desempenho requerem desses projetos a redução nos impactos ambientais,

considerando os materiais utilizados nas obras, o projeto, o processo construtivo,os equipamentos e sistemas, e a fase de uso do empreendimento, com ênfase

na economia de água, energia, gestão de resíduos e facilidade de manutenção

(FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2010).

O método é definido como um processo de gestão de projeto visando a obter a

qualidade ambiental de um empreendimento novo ou de reabilitação. Para isso oreferencial técnico de certificação estrutura-se em dois instrumentos, permitindo

avaliar o desempenho alcançado em relação aos dois elementos que estruturam

esta certificação:

• o referencial do Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE), para

avaliar o sistema de gestão ambiental implementado pelo empreendedor;

• o referencial da Qualidade Ambiental do Edifício (QAE), para avaliar o

desempenho arquitetônico e técnico da construção.

A implementação do Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) permite

atingir a qualidade ambiental visada para o edifício, e, ao mesmo tempo,

controlar o conjunto dos processos operacionais relacionados às fases deprograma, concepção e realização da construção. A Qualidade Ambiental do

Edifício (QAE) representa as metas ambientais de um empreendimento novo ou

reabilitado, identificando o nível de desempenho visado em cada uma das 14

categorias, reunidas em 4 famílias:

Eco-construção

• Categoria n°1: Relação do edifício com o seu entor no;

• Categoria n°2: Escolha integrada de produtos, sist emas e processos

construtivos; 

• Categoria n°9: Conforto acústico;

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• Categoria n°9: Conforto acústico;

• Categoria n°10: Conforto visual;

• Categoria n°11: Conforto olfativo.Saúde

• Categoria n°12: Qualidade sanitária dos ambientes;

• Categoria n°13: Qualidade sanitária do ar;

• Categoria n°14: Qualidade sanitária da água.

Cada categoria é desmembrada em subcategorias que, por sua vez, possuemrespectivas preocupações. Cada preocupação possui indicadores de avaliação e

critérios de sustentabilidade a serem avaliados.

Os critérios relacionados ao uso da água, para edifícios do setor de serviços,

desse método, são apresentados na Tabela 10.

Tabela 10 – Critérios relacionados ao uso da água no método AQUA

Gestão da Água

Subcategoria: Redução do consumo de água potável

Critério/Preocupação IndicadorCritério de Avaliação

Título Nível

Limitar as vazões deutilização

Redutores de pressão(caso a pressão sejasuperior a 300 kPa)

Presença de redutores depressão (caso a pressãoseja maior que 300 kPa)

B

Otimizar o consumode água potável

Soluçõeseconomizadoras de

água

Presença de sistemaseconomizadores S

Presença de sistemaseconomizadores que

assegurem um percentualde redução do consumo deágua potável justificado

E

Limitar o uso de águaá l

Medidas adotadas paralimitar o uso de água

Emprego de água nãopotável para os usos que

não necessitem das E 

Coeficiente de 70% a 80% B

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Gestão da infiltração

Coeficiente deimpermeabilização após

a implantação dosistema projetado

70% a 80% B60% a 70% S

< 60% E

Para os locaisfortemente urbanizados:

percentagem demelhoria do coeficientede impermeabilizaçãodo estado existente

< 2% B2% a 10% S

> 10% E

Gestão de águas deescoamento poluídas

Recuperação etratamento de águas deescoamento poluídas

Medidas tomadas pararecuperar as águas de

escoamentopotencialmente poluídas e

para tratá-las antes dodescarte em função da sua

natureza

B

Fonte: Fundação Vanzolini, 2007

O desempenho associado às categorias de QAE é avaliado de acordo com acoerência com as práticas correntes e com o emprego de boas práticas levam

aos desempenhos máximos, de acordo com a realidade do Brasil, em outubro de

2007. Esta classificação é organizada em três níveis, apresentados a seguir:

• BOM (B): nível correspondendo ao desempenho mínimo aceitável para

um empreendimento de Alta Qualidade Ambiental. Isso pode corresponder

ao exigido por regulamentação (se esta é suficientemente exigente quanto

aos desempenhos de um empreendimento) ou, na ausência desta, à

prática corrente.

• SUPERIOR (S): nível correspondendo ao das boas práticas sinalizadas

por meio de indicadores, disposições técnicas e atendimento superior aos

critérios mínimos exigidos por regulamentação e praticados no Brasil.

• EXCELENTE (E): nível calibrado em função dos desempenhos

máximos constatados em empreendimentos de Alta Qualidade Ambiental, 

“superior” para no mínimo 4 categorias; restando nível “bom” para as demais 7

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superior , para no mínimo 4 categorias; restando nível bom , para as demais 7

categorias.

Figura 6 – Exemplo fictício de perfil de QAE

Fonte: Fundação Vanzolini, 2007

A avaliação da QAE dá-se de maneira evolutiva ao longo da estrutura em árvore,

composta de Categoria - Subcategorias – Preocupações. A avaliação dodesempenho dos níveis ocorre da seguinte forma:

• o desempenho das preocupações é determinado em função dos

critérios de avaliação;

• o desempenho das subcategorias é obtido pela agregação dos

desempenhos das preocupações;

• o desempenho das categorias é obtido pela agregação dos

desempenhos das subcategorias.

Para a avaliação das subcategorias, observam-se as combinações mínimas de

desempenho a serem obtidas nas diferentes preocupações visando a atingir a

subcategoria em nível B, S ou E. Cada uma delas possui combinações

específicas.

A avaliação de desempenho das categorias é feita da mesma forma. Os quadros 

Os pontos são atribuídos apenas ao nível EXCELENTE e atuam apenas em

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Os po tos são at bu dos ape as ao e C e atua ape as e

certos itens e sob condições específicas. O número de pontos atribuídos a cada

critério de avaliação é variável, sendo função das preocupações ambientais maissignificativas e, também, da dificuldade de sua implantação no empreendimento.

A Figura 7 apresenta o quadro de avaliação de desempenho de uma categoria

para o sistema de certificação de edifícios de hospedagem e serviços.

Figura 7 - Quadro de avaliação de desempenho da categoria 2

Fonte: Fundação Vanzolini, 2007

Os pontos distribuídos em cada categoria não são utilizados para se obter uma

pontuação global ao empreendimento, apenas sinalizam os perfis dedesempenho.

A certificação abrange três fases principais do empreendimento: programa

(elaboração do programa de necessidades, documento destinado aos projetistas

para a concepção arquitetônica e técnica de um empreendimento); concepção

(com base nas informações do programa, os projetistas elaboram a concepçãoarquitetônica e técnica do empreendimento) e realização (fase durante a qual os

projetos são construídos). A certificação é concedida ao final de cada fase,

mediante verificação de atendimento ao Referencial Técnico. 

elaboração de documentos) que facilitam a efetiva obtenção dos desempenhos

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ç ) q ç p

ambientais de uma construção após a sua entrega.

A avaliação da qualidade ambiental do edifício deve ser feita pelo próprioempreendedor e, após a verificação da Fundação Vanzolini, por meio de

auditorias, autoriza-se o uso da Certificação AQUA, caso a autoavaliação esteja

correta. O certificado emitido pela Vanzolini mostra o nível atingido pelo

empreendimento, em cada uma das categorias, e não o nível de desempenho do

edifício como um todo. O resultado final para o empreendimento é a certificação

ou não, não havendo nenhum nível hierárquico (maior ou menor desempenho

ambiental).

Em novembro de 2010, a certificação AQUA conta 32 processos iniciados, 28

certificados emitidos (fases de concepção, programa e operação) e 14

empreendimentos certificados, totalizando cerca de 200 mil m2 (FUNDAÇÃO

VANZOLINI, 2010).

2.2.6 Selo Casa Azul – Sistema de avaliação socioambiental de

projetos habitacionais

O Selo Casa Azul CAIXA, lançado pela Caixa Econômica Federal, em junho de2009, é o primeiro sistema de classificação da sustentabilidade de projetos

desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira.

A certificação pretende incentivar o uso racional de recursos naturais na

construção de empreendimentos habitacionais; incentivar a adoção de itens de

sustentabilidade nos projetos; reconhecer publicamente os projetos mais

sustentáveis; reduzir o custo de manutenção dos edifícios e as despesas

mensais de seus usuários; além de promover a conscientização de

empreendedores e moradores sobre as vantagens das construções sustentáveis 

A certificação é voluntária e a análise feita sob 6 categorias que incluem 53

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critérios de avaliação, conforme mostrado na Tabela 11. As categorias são:

qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação derecursos materiais, uso racional da água e práticas sociais.

O método utilizado pela CAIXA para a concessão do Selo consiste em verificar,

durante a análise de viabilidade técnica do empreendimento, o atendimento aos

critérios estabelecidos pelo instrumento, que estimula a adoção de práticas

voltadas à sustentabilidade dos empreendimentos habitacionais.

A avaliação é baseada no atendimento aos critérios de avaliação que compõem

um checklist, em que há os requisitos obrigatórios (classificação bronze) e outros

que poderão ser atendidos para se alcançar um nível superior de desempenho

(prata e ouro). Os níveis de desempenho que a edificação pode atingir, de

acordo com a quantidade de critérios comtemplados, são mostrados na Tabela

11. 

 

Tabela 11 – Categorias, critérios avaliados e classificação da certificação Casa Azul

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Categorias/Critérios Classificação

1. QUALIDADE URBANA Bronze Prata Ouro

1.1 Qualidade do Entorno – Infra-estrutura obrigatório

Critériosobrigatórios+ 6 itens de

livreescolha

Critériosobrigatórios+ 12 itens

de livreescolha

1.2 Qualidade do Entorno – Impactos obrigatório 

1.3 Melhorias no entorno

1.4 Recuperação de áreas degradadas

1.5 Reabilitação de imóveis

2. PROJETO E CONFORTO2.1 Paisagismo obrigatório 

2.2 Flexibilidade do Projeto

2.3 Relação com a Vizinhança

2.4 Solução Alternativa de Transporte

2.5 Coleta Seletiva obrigatório 

2.6 Equipamentos de Lazer obrigatório 2.7 Desempenho Térmico – Vedações obrigatório 

2.8 Desempenho Térmico – estratégias -orientação ao Sol e Ventos

obrigatório 

2.9 Iluminação Natural de Áreas Comuns

2.10 Ventilação e Iluminação Natural deBanheiros

2.11 Adequação às Condições Físicas doTerreno

3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

3.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - ÁreasPrivativas (HIS)

Obrigatóriopara HIS -até 3 s.m.

3.2 Dispositivos Economizadores - ÁreasComuns

obrigatório 

3.3 Sistemas de Aquecimento Solar

3.4 Sistemas de Aquecimento a Gás

3 5 Medição Individualizada Gás obrigatório 

4.4 Formas e escoras reutilizáveis obrigatório 

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4.5 Pavimentação com RCD Obrigatório 

4.6 Cimento de Alto Forno e Pozolânico – CP IIIe CP IV

4.7 Concreto com Dosagem Otimizada

4.8 Manutenabilidade da Fachada

4.9 Madeira Plantada ou Certificada

5. USO RACIONAL DA GUA

5.1 Medição Individualizada – Água obrigatório

5.2 Dispositivos Economizadores – Sistema deDescarga

obrigatório 

5.3 Dispositivos Economizadores – Arejadores

5.4 Dispositivos Economizadores – OutrosReguladores de Vazão

5.5 Aproveitamento de Águas Cinzas

5.6 Aproveitamento de Águas Pluviais5.7 Retenção de Águas Pluviais

5.8 Infiltração de Águas Pluviais obrigatório 

5.9 Áreas Permeáveis

6. PRÁTICAS SOCIAIS

6.1 Gestão de Resíduos de Construção e

Demolição – RCD

obrigatório

6.2 Educação Ambiental dos Empregados obrigatório 

6.3 Desenvolvimento Pessoal dos Empregados

Critériosobrigatórios+ 6 itens de

livreescolha 

Critériosobrigatórios+ 12 itens

de livreescolha 

6.4 Capacitação Profissional dos Empregados

6.5 Inclusão de Mão de Obra Local

6.6 Participação dos Moradores na Elaboração

do Projeto6.7 Orientação aos Moradores (Manual doProprietário)

obrigatório 

6.8 Educação Ambiental dos Moradores 

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Medição individualizada – água

Indicador

Existência de sistema de medição individualizada de água

Dispositivos economizadores – bacia sanitária

Indicador

Existência, em todos os banheiros e lavabos, de bacia sanitária dotada de

sistema de descarga com volume nominal de seis litros e com duplo

acionamento.

Dispositivos economizadores – arejadores

Indicador

Existência de torneiras com arejadores nos lavatórios e nas pias de cozinha das

unidades habitacionais e áreas comuns do empreendimento.

Dispositivos economizadores – registro regulador de vazão

Indicador

Existência de registro regulador de vazão em pontos de utilização do

empreendimento, tais como chuveiro, torneiras de lavatório e de pia.

Aproveitamento de águas pluviais 

Retenção de águas pluviais

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Indicador

Existência de reservatório de retenção de águas pluviais, com escoamento para

o sistema de drenagem urbana nos empreendimentos com área de terreno

impermeabilizada superior a 500m².

Memória de cálculo do volume do reservatório:

V= 0,15 x Ai x IP x t, sendo:

V = volume do reservatório (m³);

Ai = área impermeabilizada (m²);

IP = índice pluviométrico (m/h); t = tempo de duração de chuva (considerado de

uma hora)

Infiltração de águas pluviais

Indicador

Existência de reservatório de retenção de águas pluviais com sistema para

infiltração natural da água em empreendimentos com área de terrenoimpermeabilizada superior a 500m².

Áreas permeáveis

Indicador

Existência de áreas permeáveis em, pelo menos, 10% acima do exigido pela

legislação local. No caso de inexistência de legislação local, será considerado,

para atendimento a este item, um coeficiente de permeabilidade (CP) igual ou 

• caminhos em cascalho ou brita – 0,2;

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• superfícies arborizadas – 0,05.

O coeficiente corresponde à relação entre as superfícies permeáveis e a

superfície total do terreno e calculado de acordo com a equação 1:

Após aprovação do projeto, a CAIXA informará ao proponente a classificaçãoalcançada por ele. Será emitido, então, um certificado de concessão do Selo

Casa Azul CAIXA, contendo o nível alcançado: bronze, prata ou ouro (JOHN;

PRADO, 2010).

Não há despesas para o proponente na concessão do Selo, mas apenas será

cobrada uma taxa de análise de projeto candidato ao Selo Casa Azul CAIXA,emitida na entrega da documentação, para cobertura dos custos da análise

técnica, conforme equação 2, não havendo taxas de vistorias extras (JOHN;

PRADO, 2010).

Taxa = 40,00 + 7 (n-1) limitada a R$ 328,00,

Sendo:

n = número de unidades

2.2.7 Metodologia para avaliação da sustentabilidade de projetos de

edifícios (FOSATTI, 2008)

A metodologia proposta aplica-se a projetos de novos edifícios de escritórios. Os

edifícios devem ter três ou mais pavimentos; um ou mais pavimentos-garagem e

(2)

(1)

 

1) ao final do pré-projeto ou planejamento do empreendimento;

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2) ao final do processo de projeto e antes do início das obras.

A definição de requisitos e critérios foi estruturada em seis categorias:

1. Uso e ocupação do solo;

2. Água;

3. Energia;

4. Materiais e recursos;

5. Transporte e acessibilidade;

6. Qualidade do ambiente interno e saúde.

O checklist final de requisitos para a categoria água é apresentado na Tabela 12.

Tabela 12 – Checklist de requisitos para categoria água do método Fossati

Ref Subcategoria Requisito Como avaliar

A1Redução doconsumo deágua potável

Utilização deequipamentos

economizadores de água

Verificar se são utilizados componenteseconomizadores de água nos lavatórios, bacias

sanitárias, mictórios, chuveiros, outros

Redução do consumo deágua potável para

irrigação

Verificar se o paisagismo é eficiente (utilizaçãode espécies da flora local). Verificar a existência

de: tecnologias eficientes de irrigação; uso deágua da chuva ou reúso de água para irrigação;

ou não utilização de sistema de irrigaçãopermanente instalado. Caso aplicável, verificar aporcentagem de redução do consumo de água

potável para irrigação.

Redução do consumo deágua potável para

descarga de baciassanitárias e mictórios

Verificar a existência de fontes alternativas de

água (uso de água da chuva e/ou reuso de água)para descarga das bacias sanitárias e mictórios.Verificar a existência de fontes alternativas de

água (uso de água da chuva e/ou reuso de água)em outros pontos de consumo (torneiras,

chuveiro máquinas de lavar louça máquina de 

água potável paraabastecimento da reserva

para abastecimento da reserva técnica contraincêndio por meio do uso de água da chuva e/ou

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técnica contra incêndio reuso de águas. Caso aplicável, verificar aporcentagem de redução do consumo da água

potável.Localização otimizada deaquecedores e isolamento

da tubulação de águaquente

Verificar a localização dos aquecedores de águae o isolamento da tubulação de água quente.

A-2 Medição doconsumode água

Medição setorizada Verificar se é realizada medição setorizada (emcada sala) do consumo de água

A-3Sistema de

gestão da águapluvial

Captação das águaspluviais e medidas de

infiltração da água no solo

Verificar se há retenção das águas pluviaisdurante as precipitações, com posterior

utilização. Verificar se são utilizadas medidas deinfiltração da água pluvial no solo. Verificar a %

de área impermeabilizada em relação à área totaldo terreno. 

A-4

Manutençãodos sistemas

prediaishidráulicos esanitários

Facilidade de acesso paramanutenção e substituição

de materiais ecomponentes do sistemahidráulico e sanitário

Verificar se o acesso a sistemas técnicoscentrais e distribuídos é facilitado, para

manutenção e substituição, por meio de shafts ,áreas técnicas, salas de controle, outros

A-5

Qualidade daágua destinada

ao consumohumano

Organização e proteçãodos sistemas prediais

hidráulicos

Verificar se as tubulações que transportam águapotável são diferenciadas das tubulações quetransportam água de fontes alternativas; se os

reservatórios e torneiras são identificadosalertando o usuário de que a água não é potável;

e se existe ligação cruzada entre tubulações.

Controle da temperaturanos sistemas prediais

hidráulicos

Verificar se há controle da temperatura da águado sistema predial de água quente. Verificar a

temperatura máxima da água aquecida e aexistência de dispositivos de segurança em

aquecedores de acumulação elétricos e a gás.

Projeto dos reservatórios

Verificar se os reservatórios de água sãofechados com tampas; a declividade da

superfície superior externa; se permitem ainspeção e limpeza e se possuem dispositivos de

extravasão, limpeza e ventilação com asrespectivas extremidades dotadas de crivo de

tela com malha fina. Verificar se os reservatóriossão enterrados e, caso afirmativo, se há uma

 

temperaturas adequadasao uso e horários em que

temperatura, pressão, volume e vazãocompatíveis com o uso associado a cada ponto

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o usuário necessita de utilização.

Geração de ruídos,grandes vibrações esobrepressão noscomponentes dos

sistemas

Verificar se o funcionamento dos sistemas geraruídos ou vibrações que causam desconforto aosusuários: verificar a velocidade de escoamento

da água nos sistemas e o isolamento dastubulações, equipamentos e outros componentes

sujeitos a esforços dinâmicos, de forma quevibrações não sejam propagadas à estrutura de

sustentação do edifício.

Entrada de gases para ointerior dos ambientes

sanitários

Verificar se existem desconectores para garantir

a estanqueidade aos gases e se as extremidadesdos tubos ventiladores foram projetadas para

evitar liberação de gases a partir do sistema deventilação.

Segurança e aterramentoda tubulação metálica, de

equipamentos, deacessórios e de

aquecedores elétricos.

Verificar se foi realizado o aterramento (direto ouindireto) das tubulações, equipamentos eacessórios metálicos; se os aquecedoreselétricos foram interligados ao sistema de

aterramento através de condutor de proteção.

A-8

Materiaiscomponentesdos sistemas

prediaishidráulicos esanitários

Qualidade e durabilidadedos materiais

Verificar se os materiais especificados para ossistemas prediais hidráulicos e sanitários são

compatíveis com a natureza da água distribuídae se foram respeitadas as normas vigentes

referentes aos materiais. Verificar se os materiaissão produzidos por empresas em conformidade

com o Sistema de Qualificação de Materiais,Componentes e Sistemas Construtivos (SiMaC)

do PBQP-H ou certificadas NBR ISO 9001.

Ergonomia

Verificar se os aparelhos sanitários respeitam asalturas e áreas mínimas, conforme

dimensionamento do Código de Obras local(artigos 102 e 103) e do projeto de norma (ABNT,

2007a), para o conforto ergonômico dosusuários.

Fonte: FOSSATI, 2008

A estrutura de avaliação segue a seguinte hierarquia: 

As seis categorias são desmembradas em subcategorias, representando as

principais preocupações associadas à cada categoria As subcategorias por sua

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principais preocupações associadas à cada categoria. As subcategorias, por sua

vez, são subdivididas em requisitos de desempenho. A avaliação é realizada

para cada requisito de desempenho, por meio de seus indicadores (um ou

eventualmente mais de um) e critérios de avaliação correspondentes.

Os critérios de avaliação foram definidos a partir de parâmetros de desempenho

e metas ambientais, sociais e econômicas, cujo desempenho expressa-se

segundo três níveis:

B - boa prática corrente ou desempenho mínimo requerido a uma

edificação sustentável;

I . desempenho intermediário;

S - desempenho avançado em relação à pratica corrente, definido de

forma que possa ser alcançado por meio de tecnologias e práticas existentes.

Todos os projetos avaliados devem apresentar pelo menos desempenho básico

(nível B).

Não há ponderação explícita na metodologia proposta. A importância relativa

entre os requisitos é obtida pelas combinações dos níveis atingidos, que

resultarão no nível da subcategoria a que pertencem. O mesmo raciocínio valepara determinar a importância relativa das subcategorias em cada categoria.

A avaliação ocorrerá de maneira evolutiva ao longo da estrutura hierárquica,

composta de Categoria → Subcategorias → Requisitos de desempenho → 

Critérios de avaliação:

- o desempenho dos requisitos é determinado em função dos critérios deavaliação;

- o desempenho das subcategorias é obtido pela combinação dos 

1) Edifício com preocupações sustentáveis;

2) Edifí i d h i t diá i l ã à t t bilid d

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2) Edifício com desempenho intermediário em relação à sustentabilidade;

3) Edifício com desempenho superior em relação à sustentabilidade.

Figura 8 – Classificação dos empreendimentos

Fonte: FOSSATI, 2008

O resultado da avaliação é apresentado na forma de um perfil de desempenho,

conforme mostra a Figura 9.

Figura 9 - Exemplo fictício de um perfil de desempenho da sustentabilidade doempreendimento.

Fonte: FOSSATI, 2008

2.3. Eficiência no Uso da Água em Edificações  

Nesse contexto, tornam-se pertinentes a introdução de práticas que visem a

racionalização e conservação dos recursos hídricos nas edificações. Busca-se a

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eficiência no uso da água, por meio de técnicas conservacionistas, tecnologias

voltadas para eficiência, redução e tratamento da água, além da mudança de

hábitos e conscientização ambiental dos consumidores.

Dessa forma, reuso, reciclagem, gestão da demanda, redução de perdas e

minimização da geração de efluentes constituem práticas conservacionistas

importantes em termos de gestão de recursos hídricos e de redução da poluição

(ANA; FIESP; SINDUSCON-SP, 2005). A seguir serão apresentadas tecnologias

e práticas voltadas ao uso eficiente da água no paisagismo; à redução do uso da

água em edificações e ao tratamento e reuso de águas residuárias.

2.3.1 Eficiência do uso da água no paisagismo

A paisagem é responsável por uma parcela significativa do consumo total de

água. Em climas quentes e secos, o uso da água ao ar livre pode superar todos

os outros usos residenciais em todo o ano (USEPA, 2002).

De acordo com Solley et al . (1998), o consumo diário de água ao ar livre nos

EUA representaram 30% da demanda total de água no setor residencial (29,5milhões de m3). No Brasil, cerca de 16 milhões de m3 de água (TUCCI et al .,

2001) são consumidos diariamente nos grandes centros urbanos destinados ao

paisagismo.

Inicialmente, deve-se fazer a análise do solo e do clima local para a

determinação, no projeto de paisagismo, de plantas nativas com baixa

necessidade de água e projetar sistemas de irrigação eficientes que utilizem

água da chuva e residuária.

Outros dados a ser considerados são o regime de chuvas da região e sua 

preconiza o uso de espécies adaptadas e a disposição eficiente entre elas, além

de diminuir o uso da água potável destinada à irrigação pelo reuso de água,

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utilização da água da chuva e/ou adoção de tecnologias com alta eficiência de

irrigação.

Essa técnica utiliza, dentro outros aspectos, plantas nativas e resistentes à seca

e as organiza de maneira eficaz para que economizem água (WADE et al .,

2007). De acordo com Denver Water (2011), quando usada com eficiência, essa

técnica pode reduzir o consumo de água destinada ao paisagismo em até 60%.

Existem sete princípios essenciais do paisagismo xeriscape , a saber:

planejamento e projeto apropriados, análise do solo, seleção de plantas

adequadas, áreas de gramado, irrigação eficiente, utilização de matéria vegetal

em decomposição e manutenção adequada (WADE et al ., 2007; USEPA, 2002).

a) Planejamento e projeto

Inicialmente elabora-se um plano básico, incluindo o contorno geral do terreno

feito em escala, a localização das casas, calçadas e de quaisquer plantas já

existentes no local. Por meio de um diagrama de bolhas apontam-se as

necessidades de xeriscape , isto é, quais plantas consomem mais água e

precisam sair; quais plantas resistentes à seca substituirão as antigas; e outros

itens como a área de gramado e os lugares em que serão posicionados bancos,

churrasqueiras e trilhas.

Em geral divide-se a área em três zonas, conforme a necessidade de água das

plantas: uso alto (irrigação regular), uso moderado (irrigação ocasional) e uso

baixo (água da chuva é suficiente). A organização das plantas de acordo com a

demanda de água permite a implantação de sistemas de irrigação maiseficientes posteriormente, uma vez que a lâmina a ser aplicada e os turnos de

rega podem ser diferenciados por “zona” do jardim ou projeto paisagístico. 

necessárias. A matéria orgânica melhora a exploração de água e capacidade de

troca catiônica. Polímeros hidrofílicos (gel ou hidrogéis) foram testados e

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utilizados como condicionadores de solo para aumentar a capacidade de

absorção de água (SILBERBUSH et al., 1993) reduzindo a necessidade de

sistemas de irrigação mais elaborados. No entanto, dependendo do tamanho do

projeto e características do solo, essas alternativas devem ser cuidadosamente

avaliados, considerando os benefícios a longo prazo e de manutenção. Durante

a construção, o tráfego de equipamentos pesados também deve ser controlado

para evitar a compactação excessiva do solo.

c) Seleção das plantas

As plantas nativas deverão ser priorizadas por se tratarem de espécies

adaptadas ao ambiente, clima e nível de iluminação. Além disso, podem-se

utilizar também plantas que sejam tolerantes à seca e não exijam muita água,

quando o clima local não for muito úmido.

Deve-se observar ainda a localização dos vários tipos de espécie, a taxa de

crescimento, a textura da vegetação, cor, tipo, porte, folhagem, época de

floração, local de melhor adaptação, entre outras características.

Já é visível no paisagismo brasileiro a tendência de valorização das espécies

locais, devido à riqueza da flora, influenciada por paisagistas como Roberto

Burle Marx12 que preconiza esse localismo (BAÑERAS, 1999).

No entanto, por desconhecimento, ausência de pesquisas, divulgação e, mesmo,

por modismo, estimula-se a utilização de espécies e variedades exóticas em

detrimento da flora nativa.

Esse paisagismo voltado à exploração de espécies tradicionalmente cultivadas

em outros países necessita de diversificação, sobretudo na introdução de

espécies nativas para cultivo. A utilização da flora nativa brasileira esbarra na 

A utilização de plantas adequadas a cada região proporciona a adoção de

espécies com menor impacto ambiental, que consomem menos água e são mais

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bem adaptadas ao solo local, com mais resistência às pragas e doenças da

região, além de serem mais bem inseridas na paisagem (BAÑERAS, 1999). O

autor ainda chama a atenção para a substituição de espécies mais resistentes,

de crescimento mais lento, mais floríferas em substituição a outras de menor

custo inicial.

Neto e Morais (2003) reforçam a importância de utilização de espécies vegetais

nativas, uma vez que, por se tratarem de espécies típicas de um determinado

bioma, já estão adaptadas às condições ambientais e, com isso, a necessidade

de aclimatação é drasticamente reduzida.

De acordo com Chamas e Matthes (2000), o elenco de nativas comercializadas é

pouco representativo diante da diversidade existente. Por exemplo, avalia-se

entre 5000 e 6000 o número de espécies de árvores passíveis de ser usadas em

parques e arborização urbana, no entanto, o que se observa é a repetição de

poucas espécies consagradas e aceitas pela população, muitas delas

inadequadas às condições do meio.

Com o intuito de divulgar e incentivar o uso de espécies vegetais nativas, com

potencial paisagístico na região de Belo Horizonte, a presente autora buscouuma parceria com biólogos do Jardim Botânico de Belo Horizonte que resultou

na compilação em uma lista, Anexo 1, das espécies de cerrado e mata atlântica

com potencial ornamental, que podem ser utilizadas para essa finalidade. Muitas

dessas espécies não são encontradas para comercialização, no entanto, reforça-

se o incentivo e a sugestão de sua utilização que pode culminar, futuramente, na

demanda de cultivo.

Este trabalho foi realizado em conjunto com a equipe do Jardim Botânico de Belo

Horizonte que classificou também as espécies quanto à demanda de água 

áreas de passagens de pessoas, outras coberturas e vegetações que substituam

o gramado. Deve-se observar as necessidades de podas do gramado e escolher

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as espécies resistentes à seca que demanda menos água em sua manutenção.

e) Irrigação

O monitoramento cuidadoso das plantas pode ajudar a determinar a quantidade

de água de que elas precisam. É importante manter a água ao nível do solo para

evitar que ela se espalhe em direção a locais desnecessários e evapore.

Ao organizar o projeto de paisagismo em hidrozonas, a primeira contribuiçãopara a irrigação eficiente é conceber um sistema que possa fornecer apenas a

quantidade de água necessária para as plantas. Um sistema eficiente de

irrigação visa minimizar as perdas de água de percolação profunda, evaporação

e de escoamento indesejado, e requer acompanhamento de umidade do solo,

controle de uniformidade de aplicação e determinação da demanda de

evapotranspiração da planta. Todos estes elementos podem ser realizados com

diferentes níveis de detalhe e tecnologia, dependendo do tamanho do projeto. O

teor de umidade do solo pode ser avaliado com a inspeção visual em um

pequeno jardim, ou com tensiômetros e cálculo contínuo do balanço hídrico do

solo com base em dados meteorológicos automaticamente gravados.

Entre as tecnologias de aplicação de água, a irrigação localizada (por exemplo, a

irrigação por gotejamento, irrigação subsuperficial e microaspersão) é a mais

eficiente, uma vez que a água é distribuída mais próxima das raízes das plantas,

minimizando os problemas com a uniformidade de aplicação, as perdas por

evaporação e os efeitos adversos do vento.

f) Utilização de matéria vegetal em decomposição

O uso de cobertura de matéria vegetal como lascas de madeira, palhas, cascas

secas, recortes de paisagem fragmentada e outras ajuda na maior retenção de 

por água das plantas com as ervas daninhas. A fertilidade adequada das plantas

garantirá um crescimento controlado não estimulando a demanda excessiva de

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água. Além disso, deve-se promover a aeração regular de solos argilosos para

melhorar a capacidade de exploração de água e prevenir o escoamento.

Sistemas de irrigação eficiente 

Quanto aos sistemas de irrigação eficiente, objetiva-se reduzir as perdas de

água por evaporação, escoamento superficial ou escoamento fora da zona dasraízes das plantas, aplicando a quantidade certa de água para manter as plantas

saudáveis (USEPA, 2002).

Para o bom funcionamento do sistema, deve-se considerar, além da tecnologia

empregada, o tipo de solo, a condição das plantas, a época e as condições

meteorológicas. A irrigação pode ser feita manualmente ou de forma automática.Segundo Coelho et al ., (2005), o uso eficiente da água de irrigação pode ser

alcançado atuando-se: a) na estrutura de irrigação existente, sistemas de

irrigação e gestão do uso de água; b) nos métodos de manejo da irrigação e c)

nas técnicas que permitem aumento da eficiência do uso da água.

Apenas a conversão dos sistemas de irrigação para sistemas do tipo “conformea demanda” (on demand ), em que o usuário pode decidir a sua necessidade de

água, já poderia ser um fator substancial de aumento da eficiência de irrigação

(COELHO et al ., 2005).

O uso desses sistemas operacionais conforme a demanda pode oferecer uma

melhora significativa na eficiência, no entanto, sistemas automatizados deirrigação residencial são conhecidos por consumir mais água do que os sistemas

não-automatizados (MCCREADY e DUKES, 2011). De fato, em USEPA (2002),

residências com irrigação manual (mangueira por exemplo) apresentou um 

gerida de forma adequada, considerando, por exemplo, a ocorrência de dias de

chuva, estações do ano e posicionamento adequado na paisagem.

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Segundo Azevedo; Rizzi (2001), no método da irrigação localizada, a água é, emgeral, aplicada em apenas uma fração do sistema radicular das plantas,

empregando-se emissores pontuais (gotejadores), lineares (tubo poroso ou

"tripa") ou superficiais (microaspersores). Os gotejadores podem ser do tipo on 

line  que compreendem os que são acoplados à tubulação de polietileno, após

perfuração da mesma; ou gotejadores in line, emissores que já vêm inseridos na

tubulação de polietileno.

Na irrigação localizada, o gotejamento subsuperficial é o de maior eficiência

(acima de 90%), uma vez que as perdas de água por evaporação são as

menores possíveis, pela própria posição do emissor no solo (COELHO et al .,

2005).

Os aspersores são emissores de água, podendo ser de pequeno porte,

microaspersores, possuir partes móveis (rotativos ou dinâmicos) ou serem do

tipo sprays ou estáticos (AZEVEDO; RIZZI, 2001). No caso da irrigação por

aspersão, os sistemas convencionais de alta pressão do tipo canhão são os de

mais baixa eficiência (50% - 60%). Os de baixa e média pressão, tanto portáteis

como móveis (side-roll ), apresentam eficiência entre 60% e 75% (COELHO et al ., 2005). Sistemas que produzem névoas finas ou projetos muito altos devem

ser evitados (USEPA, 2002).

Aliado a esses equipamentos, pode-se automatizar o sistema de irrigação que

passa a ser realizada em dias e horários pré-programados, com a duração de

tempo determinado para atender às necessidades específicas de cada área e dotipo de vegetação. Esses sistemas são compostos por redes hidráulicas,

secundária e principal; emissores de água (sprays, rotores, gotejadores, micro

sprays borbulhadores); rede elétrica; válvulas solenoides (registros); e 

adoção de tecnologias e equipamento de alta eficiência e sensores e a

implantação da medição setorizada de água.

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O uso racional de água, além das vantagens ambientais, também proporcionavantagens econômicas. A mais direta é a economia do usuário no faturamento

da água, além da redução no consumo de energia elétrica e na manutenção dos

equipamentos, bombas e aquecedores. Os gastos com água tratada em uma

residência ou condomínio já não são mais desprezíveis como a 20 ou 30 anos

atrás, e respondem por uma parcela significativa dos gastos totais com

manutenção.

A sociedade também é beneficiada com a redução nos custos de operação dos

sistemas de suprimento de água e de esgotamento sanitário, uma vez que, com

uma menor demanda de água, há uma redução na necessidade de tratamento

da mesma. Além disso, os sistemas de saneamento, incluídas as elevatórias e

as estações de tratamento de água e esgotos, têm sua vida útil e capacidadeaumentadas, prorrogando as expansões e evitando a construção de novas

infraestruturas hidráulicas (HAFNER, 2007).

A informação e a conscientização da sociedade são condições importantes para

a aceitação e o sucesso de qualquer programa de uso racional de água. Desde

as ações mais simples, como fechar a torneira enquanto se escova os dentes,até os sistemas mais complexos de tratamento e reuso de esgotos. A

participação e apoio público são essenciais para se alcançar os objetivos

propostos.

Para a implantação de um programa de redução de consumo de água, a

detecção e o reparo de vazamentos são ações indispensáveis. Os vazamentosocorrem, entre outros fatores, pelo desgaste natural de sistemas hidráulicos

antigos e instalações hidráulicas mal feitas. Alguns são de fácil detecção,

percebidos por meio de testes rápidos ou da simples inspeção nos produtos e 

Além dessas práticas, há os equipamentos economizadores de água que

auxiliam na redução do uso da água em edificações, por meio do controle da

ã d tili ã d t d d bi ã d iá i

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vazão de utilização e do tempo de uso ou de uma combinação dessas variáveis.

Exemplos de equipamentos hidráulicos e componentes economizadores de água

organizados e sintetizados durante a presente pesquisa são apresentados nas

Tabelas de 13 a 16.

Tabela 13 - Torneiras e dispositivos economizadores de água

Equipamento Descrição Economia

Torneiras defechamento

automático de

pressão(hidromecânica)

Acionada manualmente libera ofluxo de água e, após alguns

segundos, ocorre o fechamentoautomaticamente.

A economia pode ser de 20%até 55%, considerando que o

consumo de uma torneiraconvencional é de 2,2

l/utilização. As torneiras depressão utilizam em média 1,0l cada vez, mas podem variar

de 0,2 a 1,4 l por utilização.(HAFNER, 2007). SegundoGonçalves & Hespanhol(2004); Gonçalves et al .

(2005) apud Nunes (2006) aeconomia de água é, em

média, de 48%.

Torneiras de

fechamentoautomático comsensor eletrônico

O comando e ciclo defuncionamento ocorrem pela ação

de um sensor de presença.

A economia pode ser de 40%até 70% em relação à

convencional e um consumode 0,7 l/utilização (HAFNER,2007). Para Nunes (2006) aeconomia é, em média, de

58%.

Torneiraseletrônicas

embutidas

Possuem o mesmo princípio defuncionamento das torneiras

eletrônicas convencionais, porém

ficam embutidas na parede. Sãomais resistentes a vandalismos.

A economia é, em média, de58% em relação à

convencional (NUNES, 2006).

Torneiras comacionamento por

ál l d é

Caracteriza-se pela presença deum dispositivo de acionamentoinstalado no piso, em frente à

A economia é em média de52% em relação à

i l (NUNES 2006) 

vazão paratorneiras

a vazão das torneiras sendoconectados à tubulação dealimentação da mesma ou

substituir o “flexível” ou “rabicho”

40% em relação àconvencional (NUNES, 2006).

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substituir o flexível ou rabicho

localizado abaixo da torneira.

Tabela 14 - Dispositivos economizadores para chuveiros e duchas

Equipamento Descrição Economia

Válvula defechamentoautomático

Possui o mesmo princípio defuncionamento das torneiras

hidromecânicas, mas com umtempo de abertura de 30 a 35segundos. 

A economia é, em média, de

40%. (NUNES, 2006).

Restritor ouregulador de vazão

para chuveiro

Dispositivos que permitem regulara vazão de água a níveis

confortáveis e econômicos.

Existem no mercado restritoresde vazão para 6, 8, 10, 12, 14 e

16 l/minuto.

A economia de água dosdispositivos acoplados ao

chuveiro depende da pressãoda água. Em locais com

pressão até 6 mca, a utilizaçãodo restritor de vazão de 8

litros/minuto reduz o consumoem 32%, e se for utilizado emlocais de pressão entre 15 e

20 mca, a economia é de 62%(HAFNER, 2007). A economia

é, em média, de 42%.(NUNES, 2006).

Misturadores parachuveiro

Esses dispositivos evitam odesperdício de água na

regulagem da temperatura nomomento em que se abrem osregistros do chuveiro. A

proporção da mistura de águaquente e fria é mantida de uma

utilização até a próxima.

-

Tabela 15 – Bacias sanitárias e dispositivos de descarga

Equipamento Descrição Economia

Bacia sanitária devolume de

descarga reduzido

Bacias sanitárias com design etamanho que propiciam a limpezacom descarga de até 6 litros de

Redução de 50% no consumode água se comparada à

convencional (9 a 12 litros pord ) (NUNES 2006 

ao mesmo tempo, um jato deágua limpa o vaso sanitário.

Válvula deTambém conhecida como dual 

flush pode ser acionada de duas Economia média entre 50 e75% l ã à d

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descarga comduplo acionamento

p

formas: volume de 3 litros paradejetos líquidos e volume de 6litros para sólidos.

75% em relação à descargaconvencional (9 a 12 litros pordescarga) (HAFNER, 2007).

Válvula dedescarga por

sensor

O acionamento da descarga éfeito por sensor de presença,

onde o usuário deve permanecerpor um período de tempo no raio

de alcance do sensor para osistema se armar, após a saída

do usuário é efetuada a descargapela válvula solenoide.

Redução de 50% no consumode água em relação à

descarga convencional (9 a 12litros por descarga) (NUNES,

2006; HAFNER, 2007).

Microflush 

A bacia sanitária possui umalçapão no fundo que é aberto no

momento do acionamento daválvula de descarga,

potencializando o fluxo e alimpeza da bacia. O ciclo é de 12segundos e o consumo de água

para a descarga é de 2 litros.

Economia de até 90% noconsumo de água se

comparado aos sistemasconvencionais (9 a 12 litros

por descarga), e em usodoméstico, esse índice fica em

torno de 40% (HAFNER,

2007).

Tabela 16 – Mictórios e Dispositivos de descarga para mictórios

Equipamento Descrição Economia

Mictório sem água

A louça sanitária possui umdesenho e um tratamento queimpede a aderência da urina à

superfície e apresenta umcartucho que, juntamente com umlíquido selante, impede o retorno

de odores para o ambiente.

Economia de 100% no

consumo de água.

Válvula de mictóriotemporizada

A válvula de descarga éperiodicamente acionada efunciona por um período de

tempo programado. -

Válvula de mictóriocom fechamento

automático

Os tipos de acionamento podem

ser hidromecânico (de pressão)ou por válvulas eletrônicas comsensores de presença

infravermelho ou ultra som. Ofechamento é temporizado.

Redução de 50% no consumode água (NUNES, 2006)

podendo chegar a 70% secomparado a locais onde o

registro de pressãopermanece aberto (HAFNER,

2007) 

volume de descarga reduzido e de fechamento automático, regulador de vazão,

em diferentes situações.

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Tabela 17 – Redução do consumo de água utilizando dispositivos economizadores

Equipamento Baixa pressão2 a 10 mca

Alta pressão

10 a 40 mca

Com dispositivoseconomizadores

de água

% de

economia

Torneira de

lavabo

10 l/min 20 l/min 8 l/min 20% a 60%

Misturador de

cozinha12 l/min 20 l/min 6 l/min 50% a 70%

Torneira de

 jardim/tanque12 l/min 20 l/min 8 l/min 33% a 60%

Mictório comregistro

10 l/min 15 l/min 8 l/min 20% a 47%

Chuveiro 15 l/min 20 l/min 14 l/min 7% a 30%

Fonte: HAFNER, 2007

Outra pesquisa sobre a economia de consumo de água, por meio da adoção de

medidas de conservação, é apresentada por Santos (2002), o qual cita um

estudo realizado pela American Water Works Association - AWWA publicado por

Gelt et al ., 2001, conforme a Tabela 18.

As medidas de conservação consideradas são a substituição das bacias

sanitárias, chuveiros e máquinas de lavar roupas por equipamentos similareseconomizadores, substituição das torneiras por outras com arejadores e

detecção, correção e minimização das perdas físicas de água. 

Banheira 4,92 4,92 0%

Lavadora de pratos 3,79 3,79 0%

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Lavadora de roupas 63,59 44,67 30%

Perdas 35,58 17,79 50%

Outros usos 6,06 6,06 0%

Total 280,12 196,46 30%

Fonte: adaptado de Gelt et al . (2001) apud Santos (2002)

2.3.3 Tratamento e reuso de água residuárias e pluviais

Águas residuárias podem ser classificadas como águas negras (provenientes

dos vasos sanitários); e águas cinza (provenientes de chuveiros, lavatórios,

tanques e máquinas de lavar roupa).A utilização de tecnologias para água residuárias visa a descentralizar os

sistemas de tratamento e reduzir a produção dessas águas, o que diminui a

quantidade e a carga para o sistema público de recolhimento e tratamento, além

de reduzir a demanda por água potável. Estas tecnologias, no contexto das

edificações, vão desde a utilização de águas residuárias para fins menos nobres

até o seu tratamento, podendo ser reutilizadas no local ou enviadas ao sistema

público com uma menor carga de poluentes.

A água pluvial pode ser captada após o escoamento por áreas de cobertura,

telhados ou grandes superfícies impermeáveis e permeáveis. Estas águas

podem ser utilizadas para finalidades específicas como lavagem de áreas

externas, alimentação de bacias sanitárias, lavagem de veículos, entre outros,

desde que haja controle de sua qualidade e verificação da necessidade de

tratamento, de forma a não comprometer a saúde de seus usuários, nem a vida 

podendo ser substituída, com vantagens, inclusive econômicas, nas indústrias e

em grandes condomínios residenciais e comerciais. A água originária de

efluentes com resíduos de bacias sanitárias só deve ser utilizada novamente

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para os mesmos fins após tratamento (HESPANHOL, 2003 apud  FIORI et al .,

2006).

Reuso de águas cinzas

As águas cinza podem ser aproveitadas de duas formas, com ou sem

tratamento, o que envolve concepções distintas do reuso.

Na utilização residencial, o uso das águas cinza de forma direta, sem tratamento,

para irrigação dos jardins tem sido reportado na literatura (HAFNER, 2007). Esta

irrigação ocorre sem qualquer contato da água com as pessoas, por sistemas de

irrigação enterrados. Tal utilização é difundida e aceita, por exemplo, na

Austrália, onde as residências utilizam a expressiva parcela de 47% do consumo

de água para a irrigação dos gramados e jardins no entorno das casas,

representando uma economia importante de água tanto para o proprietário da

residência como para todo o sistema de abastecimento público (HAFNER, 2007).

A segunda utilização possível das águas cinza envolve sistemas mais complexos

de tratamento e distribuição da água que normalmente é utilizada em várias

atividades não potáveis. Essas águas podem ser recolhidas separadamente dos

demais esgotos e levadas a estações de tratamento em que, através de filtros,

processos biológicos e desinfecção, a qualidade da água é adequada a padrões

da legislação local. Depois de tratada, é distribuída por redes independentes até

os pontos de utilização como descargas sanitárias e outros. Assim, o sistema

exige sistemas independentes do convencional tanto na distribuição quanto nacoleta dos efluentes (HAFNER, 2007).

Segundo Elmitwalli, Otterpohl (2006); Li et al . (2009) o tratamento de águas 

UASB (upflow anaerobic sludge blanket ) para o tratamento desse tipo de

efluente.

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Reuso de águas pluviaisQuanto ao reuso das águas pluviais, deve-se, inicialmente, coletá-las em áreas

impermeáveis e permeáveis, ou seja, telhados, pátios, ou áreas de

estacionamento, sendo, em seguida, encaminhadas a reservatórios de

acumulação. O uso de sistema de coleta e aproveitamento desse tipo de água

propicia, além de benefícios de conservação de água, a redução do escoamento

superficial e a consequente redução da carga nos sistemas urbanos de coleta de

águas pluviais e o amortecimento dos picos de enchentes, contribuindo para a

redução de inundações.

O emprego desse sistema é considerado uma tecnologia relativamente simples e

econômica, que consiste na coleta (captação e transporte), tratamento

simplificado e armazenamento, fornecendo água de qualidade para usos menos

nobres que não necessitam ser potáveis (NUNES, 2006).

Segundo Oliveira et al . (2007), os principais elementos dos sistemas prediais de

aproveitamento de água de chuva são:

• Sistema de captação: definido pelas áreas impermeáveis que

contribuem com a interceptação da água de chuva, conduzida a um reservatório

de armazenamento. A água proveniente do escoamento superficial de pisos

impermeáveis no nível térreo, na maioria dos casos, não é conduzida ao sistema

de aproveitamento, por ser considerada como a que transporta maior volume de

sólidos e carga poluidora.

• Sistema de transporte: constituído por calhas e condutores verticais e

horizontais, responsáveis pela condução do fluxo da água de chuva aos

sistemas de reservação, tratamento e distribuição. 

• Sistema de gradeamento: é composto por elementos utilizados para

reter materiais sólidos em suspensão, tais como: folhas, gravetos, penas, papéis,

entre outros, que entram no sistema de aproveitamento com a água de chuva

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coletada. Esse sistema geralmente é introduzido anteriormente ao reservatório

de armazenamento de água de chuva, de modo a evitar que haja sedimentação

e acúmulo de impurezas dentro do mesmo.

• Sistema de reservação: tem a função de armazenar a água captada,

utilizada posteriormente para fins não potáveis. Neste reservatório deverá ser

instalado um extravasor que possibilitará a condução do excesso de água de

chuva ao sistema de drenagem pluvial, quando o reservatório de

armazenamento estiver operando totalmente cheio.

• Sistema de tratamento e desinfecção: visando obter água com a

qualidade desejada para o uso, recomenda-se a instalação de um sistema de

tratamento e desinfecção da água de chuva armazenada. Apesar da qualidadeda água de chuva ser distinta de região para região, a utilização de filtros de

múltiplas camadas ou filtro de areia mostra-se como solução adequada ao

tratamento eficiente na maioria dos sistemas prediais de aproveitamento de água

de chuva. Como complementação do tratamento, procede-se à desinfecção da

água, que pode ser realizada por meio da cloração, radiação ultravioleta,

ionização, entre outros.

• Sistema de recalque: constituído por um conjunto de motores e bombas

que são utilizados para transportar a água do reservatório de armazenamento de

água de chuva, quando situado abaixo do nível de utilização, a um reservatório

elevado que distribuirá a água, por gravidade, aos pontos de uso de água não

potável.

• Sistema de distribuição: constituído por um conjunto de ramais que

di t ib á d h t t d t d tili ã P t t d 

Para viabilizar o reuso das águas negras, provenientes das edificações, existem

no mercado inúmeros sistemas industrializados de tratamento de esgoto

doméstico. A escolha do equipamento ideal consiste no tipo de efluente a ser

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tratado e de sua vazão diária de contribuição.

Alguns tipos de tratamento disponíveis podem ser utilizados em sistemas

prediais de tratamento de águas negras, conjugados ou não a sistemas de reuso

de água na própria edificação. Alguns exemplos são apresentados na Tabela 19.

Tabela 19 – Exemplos de sistemas de tratamento para águas negras

Sistemas de tratamento deáguas negras

Descrição

Filtro de múltiplas camadas

Filtro de múltiplas camadas com agregadosespecíficos que promove o tratamento biológico emecânico reduzindo a DBO5,2013, retendo com

eficiência os sólidos sedimentáveis e removendo,parcialmente ou totalmente, as concentrações denitrogênio amoniacal, nitrato, fosfato e coliformesfecais. Recomenda-se desinfecção.

Sistema tanque séptico + filtroanaeróbio

Também conhecido como sistema fossa-filtro, otanque séptico remove a maior parte dos sólidos emsuspensão, os quais são sedimentados e sofrem oprocesso de digestão anaeróbia no fundo do tanque.O filtro anaeróbio efetua a remoção complementar de

DBO, especialmente a fração solúvel no esgoto.

Reator Anaeróbio de FluxoAscendente e manta de lodo

(RAFA)

Também conhecido como reator UASB (upflow anaerobic sludge blanket ). A DBO é convertidaanaerobicamente por um consórcio de bactériaspresentes no manto de lodo do reator. O fluxo dolíquido é ascendente. A parte superior do reator édividida nas zonas de sedimentação e de coleta degás. A zona de sedimentação permite a saída do

efluente clarificado e o retorno dos sólidos (biomassa)ao sistema, aumentando a sua concentração aoreator.

Praticamente todos os processos de tratamento deesgoto podem ser utilizados como pós-tratamento dos 

energia, bem como a produção de lodo são bemmenores.

Os filtros biológicos percoladores (tambémconhecidos como filtros biológicos aeróbios) têm

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Reatores UASB + filtrosbiológicos percoladores

encontrado aplicação como pós-tratamento deefluentes de reatores anaeróbios. O lodo aeróbiogerado no filtro biológico percolador, ainda nãoestabilizado é enviado ao reator UASB, onde sofreadensamento e digestão, juntamente com o lodoanaeróbio

Fonte: adaptado de Oliveira, 2007; Sperling, 2005.

A Tabela 20 apresenta algumas características e eficiências de remoção de

alguns métodos de tratamento de águas residuárias.

Tabela 20 – Características e eficiências de remoção de nutrientes de alguns sistemasde tratamento de águas residuárias

Sistemas

Características

Tanque

séptico +

filtro

UASB14 UASB +

filtro

anaeróbio

UASB +

filtro

percolador

Eficiência deremoção DBO5 (%)

80-85 60-75 75-87 80-93

Eficiência de

remoção DQO15

 (%)70-80 55-70 70-80 73-88

Eficiência deremoção SS16 (%)

80-90 65-80 80-90 87-93

Lodo líquido a sertratado (l/hab.ano)

180-1000 70-220 150-300 180-400

Lodo líquido a serdisposto (l/hab.ano)

25-50 10-35 10-50 15-55

Custo deimplantação

(R$/hab.ano)*80-130 30-50 45-70 60-90

Custo de 

Além dos sistemas citados, há ainda as estações compactas que são sistemas

modulares, fabricados industrialmente, podendo ser utilizados tanto em

residências unifamiliares como em grandes conjuntos residenciais. Eles

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possibilitam o reuso de água tratada para fins como irrigação de jardins, limpeza

de calçadas, automóveis e descarga de bacias sanitárias e mictórios. Podem

ficar totalmente sob a superfície do solo, não impedindo a reutilização desta área

para outros fins, como estacionamento, jardins, play-grounds dentre outros.

Um exemplo desse sistema é o Mizuno Family , fabricado em tanques de plástico

reforçado com fibra de vidro - PRFV com alta proteção química, para vazões de

1,6 e 3,2 m3  /dia, atendendo até 20 usuários. O processo de tratamento é

composto por dois reatores anaeróbios, um filtro aeróbio de leito fixo com difusão

de ar por bolhas finas, decantador secundário e desinfecção por pastilhas de

cloro. Sua eficiência é acima de 90% de remoção da Demanda Bioquímica de

Oxigênio - DBO e a implantação pode ser feita tanto acima do solo comoenterrada.

 

3. MATERIAIS E MÉTODOS

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O método de pesquisa aplicado para elaboração deste trabalho pode ser divido

em 4 etapas: 1) elaboração da revisão bibliográfica; 2) adaptação do checklis t de

critérios e determinação da amostra de edifícios; 3) levantamento de dados da

amostra de edifícios; 4) definição dos parâmetros de referência (benchmark ).

Os requisitos de sustentabilidade em relação ao uso da água a serem avaliados

partiram do checklist elaborado por Fossati (2008), que considerou requisitos de

métodos internacionais de avaliação da sustentabilidade e a opinião de

especialistas brasileiros. O checklist  foi complementado com outros requisitos

considerados por métodos internacionais, de forma a contemplar a maioria dos

critérios existentes nos métodos estudados nesta pesquisa: BREEAM, GBTool,

LEED, HQE, AQUA e Casa Azul.

A determinação da amostra de projetos novos de edifícios comerciais, de salas e

lojas avaliados foi estabelecida com base em projetos aprovados na Prefeitura

de Belo Horizonte nos anos de 2007 e 2008. A partir dessa amostra, foi

realizado o levantamento de dados para a definição dos benchmarks, meio da

análise dos projetos arquitetônicos e hidráulicos desses edifícios.Optou-se por trabalhar com edifícios comerciais, a exemplo de Fossati (2008),

cujo checklist de requisitos a serem avaliados foi adaptado nesta pesquisa.

O trabalho desenvolvido por Fossati (2008) foi considerado pelo fato de o

mesmo levantar os benchmarks  locais (no caso, Florianópolis), sugerindo o

levantamento destes em outras regiões ou cidades como, por exemplo, BeloHorizonte; e também por considerar requisitos de vários outros sistemas

internacionais, aplicáveis no Brasil. 

projetos de edificações não residenciais, aprovadas nos anos de 2007, 2008 e

2009. Optou-se por trabalhar com os dados mais recentes possíveis devido à

necessidade de restrição da amostra, de forma a tornar possível a análise dos

j t t di í l i t ú d õ d j t

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projetos no tempo disponível, visto que o número de aprovações de projetos na

prefeitura de Belo Horizonte é alto, além do fato de que a incorporação de

princípios sustentáveis na construção civil ser recente no Brasil.

Houve a tentativa de se trabalhar com as aprovações de 2009, no entanto, por

se tratar de processos muito recentes e por ser um período pós crise econômica

mundial, a maioria deles não havia finalizado os projetos complementares daedificação, mas apenas o projeto arquitetônico que é o exigido para ser

aprovado na Prefeitura. Por esse motivo a amostra foi definida dentre os projetos

aprovados nos anos de 2007 e 2008 somente.

Para a avaliação dos requisitos, foram solicitados os projetos arquitetônico,

hidráulico e paisagístico. No entanto, os edifícios selecionados para amostra nãopossuíam projeto paisagístico, dessa forma os requisitos relacionados a essa

área não foram avaliados.

Os projetos aprovados na Prefeitura de Belo Horizonte são divididos em três

tipologias: residencial, não residencial e misto. A lista disponibilizada para a

presente pesquisa foi a de projetos não residenciais, que contém as seguintesinformações: datas de início do processo de aprovação na prefeitura, número do

processo, título de aprovação (projeto inicial, levantamento ou projeto de

modificação), regional de locação da construção/projeto, área comercial e

quantidade de unidades comerciais (UC). Não há a especificação do uso da

edificação, isto é, qual atividade não residencial será exercida durante a

operação do edifício.

Sendo assim, segundo orientação do chefe de Gabinete da Secretaria de

Regulação Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte selecionaram-se os 

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Figura 11 - Quantidade de projetos aprovados em 2007 e 2008 classificada emcategorias de unidades comerciais.

Do total de 497 projetos aprovados em 2007 e 2008, 74 possuem 5 ou mais

unidades comerciais. Desses projetos, optou-se por aqueles que possuíam área

> 500 m2. Esse critério se deve ao fato de que, a proposta inicial da pesquisa

incluía também a análise dos requisitos da categoria, energia, que abrangia a

aplicação do regulamento de Etiquetagem de Nível de Eficiência Energética deEdifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. Para a aplicação da etiquetagem,

as edificações devem ter área > 500 m2 ou serem atendidos por alta tensão

(grupo tarifário A). Como não era possível levantar essa última informação, por

meio da vista aos projetos necessários à aprovação na prefeitura, utilizou-se a

área para restringir a amostra.

A partir do momento em que se decidiu trabalhar apenas com a categoria água,

devido à: restrição de tempo, dificuldade de se conseguir projetos luminotécnicos

e necessidade de focar e aprofundar na questão do uso da água em edificações 

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Figura 12 - Classificação dos projetos quanto à área comercial

Dos 64 projetos restantes, ainda selecionaram-se apenas os do tipo projeto

inicial, ou seja, projetos de edificações novas. Além dessa categoria de

aprovação, o relatório de projetos aprovados na prefeitura ainda continha

projetos em levantamento e modificações (com acréscimo ou decréscimos)17.

A Figura 13 apresenta graficamente a classificação dos projetos quanto ao tipo

de aprovação.

 

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Figura 13 - Classificação dos projetos quanto ao tipo de aprovação

Realizada a triagem dos processos disponibilizados no relatório da prefeitura,

solicitaram-se vistas aos 34 projetos selecionados, com o intuito de delimitar

uma amostra de edifícios que fossem de salas e lojas e que possuíssem 3 ou

mais pavimentos. Observou-se que edificações com menos de 3 pavimentos

possuíam características de galpões ou pequenos centros comerciais com lojasapenas.

Ao analisar, na Prefeitura de Belo Horizonte, os projetos arquitetônicos dos 34

projetos selecionados, observou-se que 9 deles eram edificações de, no

máximo, 2 pavimentos, destinados a centros comerciais com lojas ou galpões,

não configurando, dessa forma, a tipologia de edificação analisada nesta

pesquisa.

Quanto aos 25 projetos restantes, entrou-se em contato com os responsáveis 

amostra a ser analisada reduziu-se a 15 edifícios, correspondendo a 60% de

uma população de 25 projetos dentro da tipologia adotada para este estudo.

A Tabela 21 apresenta a síntese dos critérios de seleção e restrição da amostra

d j t d difí i li d

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dos projetos de edifícios a serem analisados.

 

Tabela 21 – Resumo dos critérios de triagem da amostra de edifícios a serem analisados

Critérios de triagem da amostra 2007 2008 Total

Projetos não residenciais aprovados 247 250 497

C

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Projetos > 5 UCs 29 45 74

Projetos > 5 UCs e área > 500m2 23 41 64

Projetos > 5 UCs, área > 500m2 do tipo projeto

inicial9 25 34

Projetos que não atendem tipologia estudada 1 8 9

Amostra parcial 8 17 25

Não possuem projetos complementares 3 5 8

Projetos não disponibilizados (não autorizado) 0 2 2

Amostra final 5 10 15

Para o levantamento de dados dos edifícios, utilizou-se, como ponto de partida,

os checklists para a categoria água, seguindo as instruções auto-explicativas das

colunas “Como avaliar” e “Como obter a informação” existentes para cada

requisito a ser avaliado, bem como o uso das planilhas de apoio, ambos

adaptados de Fossati (2008). Esse checklist  foi ampliado com a inclusão de

outros requisitos considerados por métodos internacionais estudados nesta

pesquisa. O checklist final de requisitos para a categoria água será apresentado

no capítulo 4, na Tabela 22, e o anexo 2 apresenta as planilhas de apoio para

levantamento de dados.

Esse levantamento foi realizado por meio da análise dos projetos arquitetônico e

hidráulico dos edifícios que compõem a amostra. Todos os dados levantados

foram registrados nas planilhas de apoio do checklist . 

considerados benchmarks  conhecidos internacionalmente pelos métodos de

avaliação estudados.

Similar ao adotado pela metodologia elaborada por Fossati (2008), o

desempenho obtido pelas edificações frente aos requisitos foi classificado

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desempenho obtido pelas edificações, frente aos requisitos, foi classificado

segundo três níveis:

B - boa prática corrente ou desempenho mínimo esperado de uma

edificação sustentável;

I - desempenho intermediário;S - desempenho avançado em relação à pratica corrente, definido de

forma que possa ser alcançado por meio de tecnologias e práticas

existentes.

Considera-se desempenho B quando: 1) a maioria dos edifícios (mais da

metade) atender ao requisito verificado, representando prática de mercado; 2) orequisito não foi atendido pela maioria dos edifícios, mas é regido por normas ou

legislações vigentes que determinam seu atendimento; 3) o requisito não foi

atendido pela maioria dos edifícios, mas é de fácil implementação, requer baixo

investimento e proporciona alto benefício ambiental e/ou social.

Será considerado desempenho S quando: 1) apenas um edifício atender ao

requisito; 2) alguns edifícios atenderam ao requisito, por meio de práticas

superiores, fundamentadas em inovações tecnológicas identificadas no

levantamento de dados; 3) o requisito não foi atendido por nenhum dos edifícios,

mas o desempenho pode ser alcançado, por meio de tecnologias e práticas

existentes. Nesses casos, benchmark  dos métodos internacionais  serão

utilizados como referência, sempre as confrontando com a realidade brasileira.

O nível I, por sua vez, constitui um desempenho intermediário, observado no

levantamento de dados ou nas metodologias internacionais 

P i i i t d l i d li ã

Conceito de construção sustentável

1. REVIS O BIBLIOGRÁFICA

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Figura 14 – Etapas da metodologia de pesquisa

2. AMOSTRA DE EDIFÍCIOS E REQUISITOS DE SUSTENTABILIDADE AVALIADOS

Definição do Checklist final

Definição da amostra de edifícios comerciais

Análise dos dados

Definição dos benchmark  

4. DEFINIÇ O DOS BENCHMARKS  

Realização do levantamento de dados

3. LEVANTAMENTO DE DADOS

Eficiência no uso da água

Principais metodologias de avaliação

 

4. DEFINIÇÃO DO CHECKLIST FINAL DE REQUISITOS AVALIADOS

Para a definição do checklist final dos requisitos avaliados referente ao uso

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Para a definição do checklist  final dos requisitos avaliados, referente ao uso

eficiente de água nos projetos dos edifícios que compõem a amostra analisada,

partiu-se do checklist elaborado por Fossati (2008), apresentado no tópico 2.2.7.

Essa lista foi ampliada e adaptada, incluindo-se outros requisitos presentes em

métodos internacionais de avaliação da sustentabilidade de edifícios, estudados

nesta pesquisa. Os requisitos do checklist final são relacionados a seguir.

4.1. Redução do consumo de água 

O objetivo deste requisito é diminuir o consumo de água potável para usos

menos nobres, quais sejam: irrigação de jardins, descargas de bacias sanitárias

e mictórios, limpeza de ambientes (calçadas, vidros e fachadas), proteção contra

incêndio, torre de resfriamento de sistemas de condicionamento de ar e outras

possíveis máquinas e equipamentos que utilizam água em seus processos. A

redução no consumo também ajuda a diminuir a carga sobre o sistema de

tratamento de efluentes local.

Dentre as opções para gestão do consumo da água em uma edificação, a

inclusão de aparelhos que utilizam menos água em detrimento de aparelhos

convencionais é a prática mais difundida (FOSSATI, 2008).

A literatura pesquisada aponta algumas tecnologias voltadas à economia de

água, dentre elas bacias sanitárias de volume de descarga reduzido (sistema a

vácuo, sistema dual flush , com válvula de acionamento por sensor de presença);

torneiras (dotadas de arejadores, com funcionamento hidromecânico, acionadas

por sensor de presença, por pedal, torneiras de comando restrito); 

A localização do aquecedor de água, de maneira a minimizar sua distância dos

pontos de consumo de água quente, também contribui para que quantidade

menor de água seja desperdiçada ao se abrir a válvula ou registro. Esse

descarte é relativo à água, que não esteja na temperatura esperada de uso,

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indo, portanto, para o sistema de coleta de esgoto sanitário. Essa alteração na

temperatura também pode se dar pelo isolamento inadequado da tubulação de

água quente, acarretando a perda de calor para o ambiente. A NBR 7.198

(ABNT, 1993) recomenda que o projeto e execução de tubulações, reservatórios

de água quente e aquecedores sejam realizados de modo a racionalizar oconsumo.

Outro aspecto relevante é a medição setorizada ou individualizada que, por si só,

configura uma ferramenta de incentivo à economia de água, uma vez que o

pagamento individual pode propiciar o uso consciente da água, evitando

desperdícios. Além disso, facilita a otimização do desempenho referente ao

consumo de água, por meio da medição, monitoramento, detecção e correção de

eventuais desperdícios e vazamentos.

4.2. Sistema de gestão da água pluvial 

Esse requisito tem por objetivo propiciar o aumento da infiltração da água noslimites do terreno, de forma a não sobrecarregar o sistema de drenagem pluvial

com a água escoada no horário de pico, prevenindo enchentes e contribuindo

para a recarga dos aquíferos subterrâneos de abastecimento, bem como

auxiliando no controle da interrupção dos cursos d’água.

Práticas que permitam a infiltração segura da água da chuva no solo devem serempregadas também com o intuito de aliviar a carga do sistema de drenagem e

de tratamento local. A infiltração pode ocorrer através da utilização de 

Somando-se a isso, a recuperação e tratamento das águas de escoamento

superficial, potencialmente poluídas, antes do descarte ou utilização, ajudam a

manter as características da água em aquíferos subterrâneos, áreas inundadas e

corpos d’água localizados no terreno ou proximidades a jusante que recebam a

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descarga.

4.3. Manutenção dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários 

Os objetivos deste requisito são: propiciar adequada manutenção dos sistemas

prediais e hidráulicos, visando a garantir seu desempenho e aumentar sua vida

útil; facilitar o acesso à manutenção e substituição de material e componentes do

sistema, evitando a geração de resíduos resultantes da necessidade de criação

de acessos não previstos e consequentes custos.

A NBR 5.626 (ABNT, 1998) que estabelece exigências e recomendações

relativas à manutenção da instalação predial de água fria, determina que o

projeto seja de manutenção fácil e econômica. Para possibilitar a manutenção de

qualquer parte da rede predial de distribuição, dentro de um nível de conforto

previamente estabelecido, a norma recomenda a previsão de instalação de

registros de fechamento (ou de outros dispositivos que cumpram a mesma

função) no barrilete, nas colunas de distribuição e nos ramais de distribuição de

água. Já o projeto de norma 02.136.01-001/6 (ABNT, 2007b) prevê a

necessidade de manutenção preventiva e corretiva nos sistemas, propondo que

estes sejam inspecionáveis, em qualquer parte, sem que haja necessidade de

quebra ou desmonte de partes dos mesmos.

4 4 Q lid d d h d i t di i hid á li 

dinâmicas mínimas de cada aparelho sanitário. Este requisito objetiva

proporcionar conforto aos usuários pelo fornecimento de água com temperatura,

pressão, volume e vazão compatíveis ao uso associado a cada ponto de

utilização no momento em que estes dele necessitem.

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Quanto à organização e proteção dos sistemas prediais hidráulicos o projeto

deve assegurar que os sistemas que transportam água potável sejam

diferenciados daqueles que transportam água não-potável (águas pluviais, água

de reuso ou água proveniente de outras fontes alternativas como poços). Esta

estratégia reduz os riscos de ligação acidental - e a consequente utilização daágua para finalidades que não as especificadas - ocasionando contaminação da

água potável transportada (gerando desperdício ao inutilizar água com padrão

de potabilidade, principalmente se houver a necessidade de tratamento para que

atingisse tal padrão).

A NBR 6.493 (ABNT, 1994), visando a essa diferenciação, fixa padrões paraidentificação de tubulações pelo emprego de cores distintas, recomendando que

a tubulação que transporta água potável seja identificada de forma inconfundível

das de outros tipos. A recomendação para adoção do uso das cores é que a de

água fria receba pintura verde; a de combate a incêndio, vermelha; a de

eletrodutos, cinza escuro; a de tubulação de águas pluviais, marrom; e a de

esgoto sanitário, preta.

No que diz respeito à água de reuso, a NBR 13.969 (ABNT, 1997) também prevê

a utilização de cores distintas das demais empregadas no sistema que

transporta água potável, recomendando a clara identificação do sistema de

reserva e distribuição dessa água. Ela deve ser realizada pelo emprego de

placas indicativas nos reservatórios, na tubulação e nas torneiras, alertando aosusuários que se trata de água não potável. Outra alternativa seria utilizar

torneiras com acesso restrito, evitando, assim, o uso indevido. 

De acordo com Fossati (2008), a avaliação do requisito controle da temperatura

nos sistemas prediais hidráulicos objetiva minimizar os riscos relacionados à

legionella Pneumophila  e aos acidentes com queimaduras. Para inibir o

desenvolvimento dessa bactéria, as temperaturas devem ser superiores a 50ºC,

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o que aumenta os riscos de ocorrência de acidentes envolvendo queimaduras.

Nesse caso, a intenção é conciliar os dois objetivos que se contradizem:

- isolar o sistema predial de água fria do sistema de água quente;

- manter todo o sistema predial de água quente a uma temperatura ótima: em

todos os pontos a temperatura deve estar acima de 50ºC, exceto nas duchas,

em que a temperatura deve estar limitada a 50ºC;

- controlar a manutenção da temperatura: a NBR 7.198 (ABNT, 1993) e a norma

02.136.01-001/6 (ABNT, 2007b) fazem recomendações para um sistema de

controle e gestão da temperatura nos sistemas.

Já no requisito projeto dos reservatórios, o objetivo é avaliar se os mesmos

foram projetados de forma a garantir a potabilidade da água e evitar o

desperdício ao inutilizar água com padrão de consumo. Para tanto, os

reservatórios devem ser protegidos (fechados com tampas) impedindo a entrada

de animais e corpos estranhos, além de líquidos que possam contaminar a água

potável. A tampa ou a superfície superior externa deve ter declividade mínima de1:300 no sentido das bordas (não permitindo acúmulo de água sobre o

reservatório) e deve ser elevada, no mínimo 10cm em relação ao piso acabado.

Eles devem permitir inspeção e limpeza e possuir dispositivos de extravasão,

limpeza e ventilação (ABNT 02.136.01-001/6, 2007b).

A NBR 5.626 (ABNT, 1998) recomenda ainda que reservatórios de maiorcapacidade sejam divididos em dois ou mais compartimentos para permitirem

operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição de água. 

A avaliação do requisito geração de ruídos, grandes vibrações e sobre pressão

nos componentes dos sistemas objetiva limitar os ruídos produzidos pelo

funcionamento destes a níveis aceitáveis e restringir a ocorrência de vibrações

dos equipamentos, de maneira a não causar desconforto aos usuários e danost i i

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materiais.

Os ruídos gerados em sistemas prediais hidráulicos e sanitários não se

restringem apenas aos ambientes sanitários, podendo causar incômodos aos

ocupantes de outros ambientes do edifício. A fim de se minimizarem esses

ruídos, a NBR 5.626 (ABNT, 1998) limita a velocidade de escoamento da águanos sistemas prediais de suprimento de água fria em 3,0m/s. A norma

02.136.01-001/6 (ABNT, 2007b) preconiza o isolamento de tubulações,

equipamentos e demais componentes sujeitos a esforços dinâmicos, de modo a

não propagarem vibrações à estrutura de sustentação do edifício.

Em se tratando da avaliação do requisito entrada de gases no interior dosambientes sanitários, o objetivo é evitar o desconforto gerado pela presença de

odores desagradáveis no edifício. A norma 02.136.01-001/6 (ABNT 2007b)

preconiza que os ambientes sanitários não devem apresentar odores

desagradáveis durante os períodos de não utilização. A estanqueidade aos

gases por, meio de desconectores, e a liberação de gases, a partir do sistema de

ventilação, estão relacionados ao impedimento do retorno de gases aos

ambientes internos pela tubulação: as extremidades dos tubos ventiladores,

situados na cobertura do edifício, devem ter distâncias da própria cobertura, das

 janelas e portas, de acordo com o previsto na NBR 8.160 (ABNT, 1999).

No que se refere ao risco de choques elétricos, os sistemas prediais hidráulicos

e equipamentos de aquecimento de água (aquecedores de passagem ou deacumulação) devem oferecer segurança aos usuários, quando em operação bem

como durante o uso normal. Para tanto, todas as tubulações, equipamentos e 

4.5. Tratamento e qualidade dos efluentes 

O objetivo deste requisito é garantir o padrão de qualidade exigido pela

legislação, para tratamento de efluentes e reduzir a carga sobre a infra-estrutura

de coleta e tratamento de esgotos sanitários.

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Para a coleta de esgoto sanitário em rede pública, o padrão de qualidade do

efluente deve estar dentro do exigido pela legislação local. No caso da não

existência de rede pública de coleta, deve ser previsto um sistema de tratamento

dos efluentes do edifício in loco  que atenda, da mesma maneira, à legislação

local pertinente. No caso de condomínios próximos a mananciais superficiais

onde ainda não existe rede de coleta de esgoto, deve ser observada a

Resolução 357/05 do CONAMA (BRASIL, 2005), onde é determinado que

efluentes de qualquer fonte poluidora somente possam ser descartados em

corpos d’água (direta ou indiretamente), obedecendo a condições estabelecidas

(padrão de emissão), como pH, temperatura, vazão, substâncias orgânicas einorgânicas, proporção de materiais sedimentáveis e de óleos e graxas, além do

enquadramento do corpo d água receptor.

A NBR 13.969/97 (ABNT, 1997) atesta a possibilidade de lançamento de esgoto

sanitário, após tratamento adequado, em galerias de águas pluviais, atendidos

alguns requisitos pré-estabelecidos. Em contrapartida, a NBR 8.160 (ABNT,1999) estabelece que não deve haver nenhuma ligação entre o sistema predial

de esgoto sanitário e o sistema de águas pluviais, uma vez que estas, lançadas

no sistema de coleta e tratamento de esgotos, tornam o efluente mais diluído, o

que pode sobrecarregar o sistema em termos de vazão, diminuindo sua

eficiência.

4.6. Materiais componentes dos sistemas prediais hidráulicos e  

interferir nas condições físico-químicas da água a ser consumida. Além disso,

devem ser respeitadas as normas aplicáveis a cada um. Quanto à vida útil dos

sistemas prediais hidráulicos e sanitários, a norma 02.136.01-001/6 (ABNT,

2007b) recomenda que a qualidade do projeto e da execução garanta suadurabilidade no que se refere à manutenção das funções essenciais durante a

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durabilidade no que se refere à manutenção das funções essenciais durante a

vida útil, em condições normais de uso e operação.

No critério de adaptação ergonômica dos equipamentos, a norma 02.136.01-

001/6 (ABNT, 2007b) propõe que as peças de utilização possuam volantes com

formatos e dimensões adequadas ao uso específico.

Os aparelhos sanitários devem ser adequadamente instalados, de modo a

respeitarem as alturas e espaços mínimos, garantindo assim, o conforto dos

usuários.

A Tabela 22 apresenta o checklist  final utilizado no levantamento de dados da

presente pesquisa.

 

Tabela 22 - Checklist final de requisitos

Categoria ÁguaRef Subcategoria Requisito Como avaliar Como obter a

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92

g qinformação

1

Redução doconsumo deágua potável

1.1 Utilização de equipamentoseconomizadores de água

Verificar se são utilizados componentes economizadores deágua nos lavatórios, bacias sanitárias, mictórios, chuveiros,outros

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

1.2 Redução do consumo de água

potável para irrigação

Verificar se o paisagismo é eficiente (utilização de espécies

da flora local). Verificar a existência de: tecnologiaseficientes de irrigação; uso de água da chuva ou reúso deágua para irrigação; ou não utilização de sistema deirrigação permanente instalado. Caso aplicável, verificar aporcentagem de redução do consumo de água potável parairrigação.

Análise de projeto

arquitetônico,paisagístico e deinstalações hidráulicas

1.3 Redução do consumo de águapotável para descarga de baciassanitárias e mictórios

Verificar a existência de fontes alternativas de água (uso deágua da chuva e/ou reuso de água) para descarga dasbacias sanitárias e mictórios. Verificar a existência de fontes

alternativas de água (uso de água da chuva e/ou reuso deágua) em outros pontos de consumo (torneiras, chuveiro,máquinas de lavar louça, máquina de lavar roupa e outros).Caso aplicável, verificar a porcentagem de redução doconsumo da água potável.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

1.4 Redução do consumo de águapotável na torre de resfriamento

Verificar a redução do consumo de água na torre deresfriamento por meio do uso eficiente, da não utilização detorres de resfriamento de água ou se o sistema de

resfriamento utiliza água não potável.

Análise de projetohidráulico e de arcondicionado.

1.5 Redução do consumo de águapotável para limpeza de ambientes

Verificar a possibilidade de redução do consumo de águapotável para limpeza de ambientes por meio do uso deágua da chuva e/ou reuso de águas. Caso aplicável,verificar a porcentagem de redução do consumo da água

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

 

potável.

1.6 Redução do consumo de águapotável para abastecimento da reserva

Verificar a redução do consumo de água potável paraabastecimento da reserva técnica contra incêndio por meio

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

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93

técnica contra incêndio do uso de água da chuva e/ou reuso de águas. Casoaplicável, verificar a porcentagem de redução do consumoda água potável.

1.7 Localização otimizada deaquecedores e isolamento da tubulaçãode água quente

Verificar a localização dos aquecedores de água e oisolamento da tubulação de água quente.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

1.8 Detecção de vazamentos  Verificar a utilização de um sistema capaz de detectarvazamentos importantes em toda a instalação deabastecimento de água.

Sistema demonitoramento devazamentos de água

1.9 Medição setorizada Verificar se há medição setorizada de água por sala, loja oupavimento do consumo de água.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

2

Sistema degestão da águapluvial

2.1 Uso de sistemas de infiltração eretenção de água

(1) Verificar se há retenção das águas pluviais durante asprecipitações com posterior utilização;

(2) Verificar se são utilizadas medidas de infiltração da águapluvial no solo;

(3) Verificar a % de área impermeabilizada em relação àárea total do terreno.

Análise de projetoarquitetônico e de

instalações hidráulicas

3 Manutenção dossistemasprediais

hidráulicos e

sanitários

3.1 Facilidade de acesso paramanutenção e substituição de materiaise componentes do sistema hidráulico esanitário

Verificar se o acesso a sistemas técnicos centrais edistribuídos é facilitado, para manutenção e substituição,por meio de shafts , áreas técnicas, salas de controle, entreoutros.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

4 Qualidade edesempenhodos sistemas

prediais

4.1 Organização e proteção dossistemas prediais hidráulicos

Verificar se as tubulações que transportam água potávelsão diferenciadas das tubulações que transportam água defontes alternativas; se os reservatórios e torneiras sãoidentificados, alertando o usuário de que a água não é

Análise de projetoarquitetônico e deinstalações hidráulicas

 

hidráulicos e

sanitários

potável; e se existe ligação cruzada entre tubulações.

4.2 Controle da temperatura nossistemas prediais hidráulicos

Verificar se há controle da temperatura da água do sistemapredial de água quente. Verificar a temperatura máxima daá id i tê i d di iti d

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

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94

água aquecida e a existência de dispositivos de segurançaem aquecedores de acumulação elétricos e a gás.

4.3 Projeto dos reservatórios Verificar se os reservatórios de água são fechados comtampas; a declividade da superfície superior externa; sepermitem a inspeção e limpeza e se possuem dispositivosde extravasão, limpeza e ventilação. Verificar se os

reservatórios são enterrados e, caso afirmativo, se há umaabertura que permite sua manutenção.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

4.4 Continuidade do fornecimento deágua

Verificar a existência de reservatório compatível comnúmero de usuários do edifício. Verificar se o volume doreservatório supre as necessidades do edifício conformeNBR 5.626/98. Verificar o dimensionamento dosreservatórios de água da chuva, caso aplicável.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

4.5 Provisão de água com a qualidade

requerida, vazões, pressões etemperaturas adequadas ao uso ehorários em que o usuário necessita

Verificar se os sistemas prediais hidráulicos e sanitários

foram projetados de maneira a proporcionar conforto aosusuários, com temperatura, pressão, volume e vazãocompatíveis com o uso associado a cada ponto deutilização.

Análise de projeto de

instalações hidráulicas

4.6 Geração de ruídos, grandesvibrações e sobrepressão noscomponentes dos sistemas

Verificar se o funcionamento dos sistemas gera ruídos ouvibrações que causam desconforto aos usuários: verificar avelocidade de escoamento da água nos sistemas e oisolamento das tubulações, equipamentos e outroscomponentes sujeitos a esforços dinâmicos, de forma quevibrações não sejam propagadas à estrutura desustentação do edifício.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

4.7 Entrada de gases para o interiordos ambientes sanitários

Verificar se existem desconectores para garantir aestanqueidade aos gases e se as extremidades dos tubosventiladores foram projetadas para evitar liberação de

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

 

gases a partir do sistema de ventilação.

4.8 Segurança e aterramento datubulação metálica, de equipamentos,de acessórios e de aquecedores

Verificar se foi realizado o aterramento (direto ou indireto)das tubulações, equipamentos e acessórios metálicos; seos aquecedores elétricos foram interligados ao sistema de

Análise de projeto deinstalações hidráulicas ede SPDA

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95

de acessórios e de aquecedoreselétricos.

os aquecedores elétricos foram interligados ao sistema deaterramento através de condutor de proteção.

de SPDA

5 Tratamento equalidade dos

efluentes

5.1 Sistema de coleta de esgoto e tipode tratamento do efluente.

Verificar a coleta de esgoto e o tipo de tratamento dosefluentes. Verificar o % tratado e o reutilizado para fins nãopotáveis.

Análise de projeto deinstalações hidráulicas

6

Materiaiscomponentesdos sistemas

prediaishidráulicos e

sanitários

6.1 Qualidade e durabilidade dosmateriais

Verificar se os materiais especificados para os sistemasprediais hidráulicos e sanitários são compatíveis com anatureza da água distribuída e se foram respeitadas asnormas vigentes referentes aos materiais. Verificar se osmateriais são produzidos por empresas em conformidadecom o Sistema de Qualificação de Materiais, Componentese Sistemas Construtivos (SiMaC) do PBQP-H oucertificadas NBR ISO 9001.

Análise de projeto eespecificação demateriais e equipamentos

6.2 Ergonomia Verificar se os aparelhos sanitários respeitam as alturas e

áreas mínimas, conforme dimensionamento do projeto denorma 02.136.01-001/1 (ABNT, 2007a) e NBR 9050/2004(ABNT, 2004) para o conforto ergonômico dos usuários.

Análise de projeto e

especificação demateriais e equipamentos

 

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DEDADOS E DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE REFERÊNCIA

Este capítulo apresenta resultados e discussões referente ao levantamento de

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p p

dados, realizado para avaliação da sustentabilidade de projetos de edifícios de

escritórios, relacionado ao uso da água. O levantamento foi realizado em

empreendimentos de Belo Horizonte – Minas Gerais. A partir desses resultados

foram definidos os parâmetros de referência (benchmark ) observados nasedificações.

5.1. Resultados do Levantamento de Dados 

A amostra dos edifícios foi definida com base em um relatório de projetos

aprovados na Prefeitura de Belo Horizonte nos anos de 2007 e 2008.

Consideraram-se edifícios com 3 ou mais pavimentos, área superior a 500m2 e

que possuíam, além do projeto arquitetônico, pelo menos o projeto hidráulico

finalizado e que poderiam ser disponibilizados para a pesquisa.

A amostra compreendeu 15 edifícios. As edificações não são identificadas em

função da confidencialidade das informações levantadas. Por esta razão, nãosão apresentados os nomes dos edifícios, das construtoras e dos projetistas,

bem como fotografias que os identifiquem. Os edifícios foram numerados,

sequencialmente, de 1 a 15.

O levantamento dos dados foi conduzido a partir do checklist  definido para a

avaliação da categoria água, apresentado no capítulo 4, e os dados levantadosforam registrados em planilhas de apoio, (anexo 2). O levantamento de dados

consistiu na análise de projetos arquitetônicos e hidráulicos. 

levantamentos. Na tabela 23 são apresentadas as principais características dos

edifícios analisados.

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Tabela 23 - Características dos edifícios estudados

Edifícios 

Características

Áreaconstruídaaprovada

(m2)

Áreaterreno(m2)

Localização Descrição Área pav.tipo (m2)

Nº de salaspor pav.tipo

Zoneamento

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98

( )

1 1814,2 448,0 Centro Sul

12 pavimentos, 29 vagas de garagem

1º pav.: 1 loja, estacionamento (8 vagas)

2º pav.: estacionamento (9 vagas)

3º pav.: estacionamento (12 vagas)

4º ao 12º pav.: 2 salas por pavimento

178,8 Duas salas ZC8H

2 834,48 389,0 Leste

1 subsolo + 6 pavimentos, 15 vagas de garagem

1º subsolo: 2 lojas, 12 vagas garagem

1º pav.: 3 lojas, 3 vagas garagem

2º ao 6º pav.: 4 salas por pavimento

143,31 Quatrosalas

ZAP

3 4234,01 2322,15 Oeste

2 subsolos + 4 pavimentos, 102 vagas de garagem2º subsolo: estacionamento (53 vagas)

1º subsolo: 1 loja, estacionamento (49 vagas)

1º pav.: 4 lojas

2º pav. (pilotis): terraço e uma sala

3º pav.: andar corrido

4º pav.: andar corrido

260,01Uma sala

(andarcorrido)

ZAR1

4 2353,02 420,0 Centro Sul

2 subsolos + 11 pavimentos, 36 vagas garagem

2º subsolo: estacionamento (17 vagas)

1º subsolo: estacionamento (15 vagas)

113,94 Andarcorrido

ZCBH

 

1º pav. 1 loja, estacionamento (4 vagas)

2º pav.: 2 salas

3º pav.: 2 salas

4º pav.: pilotis

5º ao 10º pav.: andar corrido

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99

11º pav.: cobertura e terraço privativo

5 3066,5 595,05 Centro Sul

10 pavimentos, 56 vagas garagem

1º pav.: 1 loja

2º pav.: estacionamento (18 vagas)

3º pav.: estacionamento (18 vagas)

4º pav.: estacionamento (20 vagas)

5º pav.: 1 sala

6º pav.: pilotis

7º pav.: 2 salas

8º e 9º pav.: andar corrido

10º pav.: 1 sala e terraço

425,18 Andarcorrido

ZHIP

6 11505,7 3082,17 Oeste

6 subsolos + 5 pavimentos, 114 vagas garagem

6º subsolo: estacionamento (34 vagas)

5º subsolo: 2 salas

4º subsolo: 3 salas

3º subsolo: estacionamento (80 vagas)

2º subsolo: 6 salas

1º subsolo: 2 salas

1º pav.: 2 salas

1.593,89Duas salas ZAP

 

2º pav.: 2 salas + terraço

3º pav.: 2 salas

4º pav.: caixa d’água

5º pav.: terraço descoberto

Subsolo + 6 pavimentos, 38 vagas garagem

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100

7 2043,03 987,20 VendaNova

Subsolo: estacionamento (38 vagas)

1º pav.: 2 lojas

2º ao 6º pav.:10 salas

330,64 Dez salas ZCVN

8 1627,93 894,00 Centro-Sul

Subsolo + 3 pavimentos, 29 vagas garagem

Subsolo: estacionamento (29 vagas)

1º pav.: 5 lojas

2º pav.: 5 salas

3º pav.: terraço

452,9 Três salas ZA

9 2182,51 578,15 Centro-Sul

14 pavimentos, 42 vagas garagem

1º pav.: 3 lojas

2º pav.: estacionamento (13 vagas)

3º pav.: estacionamento (13 vagas)

4º pav.: estacionamento (16 vagas)

5º pav.: pilotis

6 ao 13º pav.: 1 sala

14º pav.: 1 sala + terraço

172,9 Uma sala ZCBH

10 2855,98 420,0 Centro-Sul

2 subsolos + 11 pavimentos, 42 vagas garagem

1º subsolo.: estacionamento (12 vagas)

2º subsolo.: estacionamento (30 vagas)

197,24 e

139,54

Andarcorrido ZCBH

 

1º pav.: 1 loja

2º pav.: andar corrido

3º pav.: pilotis

4º ao 10º pav.: andar corrido

11º pav.: cobertura

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101

11 4962,73 600,17 Centro-Sul

10 pavimentos, 61 vagas garagem

1º pav.: 1 loja

2º pav.: sobreloja

3º pav.: garagem 01 (19 vagas)

4º pav.: garagem 02 (20 vagas)

5º pav.: garagem 03 (22 vagas)

6º pav.: 1 sala

7º pav.: pilotis

8º pav.: 1 sala

9º pav.: 2 salas

10º pav.: 1 sala e terraço

499,32 Uma sala ZHIP 

12 1929,50 474,00 Centro-Sul

12 pavimentos, 34 vagas garagem

1º pav.: 1 loja

2º e 3º pav.: garagem (15 vagas por pavimento)

4º pav.: 1 sala, pilotis e garagem (4 vagas)

5º ao 11º pav.: 2 salas por pavimento

12º pav.: 2 salas e terraço

181,91 Duas salas ZCBH

13 4127,80 927,50 Centro-Sul9 pavimentos, 44 vagas de garagem

1º pav.: 2 lojas387,00 Quinze

salas ZP-3 

 

2º pav.: garagem (26 vagas)

3º pav.: garagem (18 vagas)

4º pav.: 4 auditórios, 2 foyer, 2 salas

5º ao 8º pav.: 15 salas

9º pav.: 6 salas e terraço

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102

14 8638, 21 1171,29 Centro-Sul

17 pavimentos, 109 vagas garagem

1º pav.: 5 lojas + 6 vagas de garagem

2º pav.: garagem (29 vagas)

3º pav.: garagem (38 vagas)

4º pav.: garagem (36 vagas)

5º pav.: 2 salas

6º ao 16°pav.: 11 salas

17º pav.: 2 salas e terraço

340,00 Onze salas ZHIP 

15 2445,90 1034,52 Noroeste

5 pavimentos, 54 vagas garagem

1º pav.: 4 lojas

2º pav.: estacionamento (29 vagas)

3º pav.: estacionamento (25 vagas)

4º pav.:duas salas

5º pav.: uma sala

- - ZAP

 

5.1.1 Atendimentos aos requisitos do checklist 

A Tabela 24 apresenta uma síntese dos resultados obtidos no levantamento de

dados e indica se um requisito constante no checklist  foi atendido (identificado

por “sim”), se não foi atendido (identificado por “não”) ou se foi atendido

parcialmente (parc.). O atendimento parcial ocorreu em situações em que mais

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de uma questão é analisada para verificação do atendimento ao requisito e a

edificação atendeu positivamente a algumas questões e negativamente a outras.

Por exemplo, no requisito que analisa a utilização de equipamentos

economizadores de água, vários componentes são verificados, nesse caso podehaver a existência de alguns e de outros não.

Em algumas situações, o requisito é identificado como não aplicável (N.A.)

quando o mesmo não possui a característica avaliada. Por exemplo, alguns

edifícios não possuem sistema de aquecimento de água (requisito 1.7) e,

portanto, sistema de controle da temperatura nos sistemas prediais hidráulicos

(requisito 4.2), logo esses requisitos não são aplicáveis. Por fim, em outras

situações não foi possível avaliar o requisito (N.P.A.), por diversos motivos,

como os apresentados a seguir.

O requisito “1.8 Detecção de vazamentos” não foi avaliado, pois não havia

nenhuma indicação de sistema de detecção, o que normalmente é realizado

durante teste de estanqueidade na fase de execução da obra. A NBR 5626

(ABNT, 1998) recomenda que o ensaio deve ser realizado após a execução da

instalação predial de água fria, com a instalação totalmente cheia de água de

forma que peças de utilização estejam sob condições normais de uso. Todas as

peças de utilização devem estar fechadas e mantidas sob carga, durante o

período de 1h. Os registros de fechamento devem estar todos abertos e osreservatórios devem estar preenchidos até o nível operacional. Deve-se observar

se ocorrem vazamentos nas juntas das peças de utilização, nos registros de 

Os requisitos “4.5 Provisão de água com a qualidade requerida, vazões,

pressões e temperaturas adequadas ao uso e horários em que o usuário

necessita”; “4.6 Geração de ruídos, grandes vibrações e sobre pressão nos

componentes dos sistemas”; “6.1 Qualidade e durabilidade dos materiais” e “6.2Ergonomia” não foram possíveis de ser avaliados por demandarem análise e

identificação de componentes não especificados nos projetos e medições

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identificação de componentes não especificados nos projetos e medições,

cálculos ou pesquisa detalhada, fugindo do escopo do trabalho.

O requisito “4.8 Segurança e aterramento da tubulação metálica, de

equipamentos, de acessórios e de aquecedores elétricos” não foi possível seravaliado, pois demandaria a análise dos projetos elétricos e de Sistemas de

Proteção Contra Descargas Atmosféricas – SPDA, não solicitados aos

projetistas e construtoras.

Para a análise do requisito “4.4 Continuidade do fornecimento de água” realizou-

se o cálculo de consumo diário, conforme sugerido, entre outros autores, por

Creder (1984), Borges (1992) e Macintyre (1996).

Em que:

Cd = consumo diário, em l/dia

P = população

q = consumo “per capita”, em l/dia

Para a taxa de ocupação de edifício de escritórios, Creder (1984) sugere uma

pessoa a cada 6 m2 de área, Borges (1992) e Macintyre (1996), uma pessoa por

7m2 de área para edifícios de escritórios de uma só entidade e uma pessoa por

5m2 de área para edifícios de escritórios de mais de uma entidade.

Quanto à estimativa de consumo diário de água, Creder (1984) sugere 50 litros

(3)

 

forma, pôde-se avaliar se o volume de água de consumo projetado para o

edifício era suficiente ou não para a demanda estimada.

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Tabela 24 - Síntese dos resultados obtidos no levantamento de dados

Requisitos Ed1 Ed2 Ed3 Ed4 Ed5 Ed6 Ed7 Ed8 Ed9 Ed10 Ed11 Ed12 Ed13 Ed14 Ed15

1.1 Utilização deequipamentoseconomizadores de água

Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc.

1.2 Redução do consumode água potável parairrigação

Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc.

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106

1.3 Redução do consumode água potável paradescarga de baciassanitárias e mictórios

Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

1.4 Redução do consumode água potável na torrede resfriamento

Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

1.5 Redução do consumode água potável paralimpeza de ambientes

Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

1.6 Redução do consumode água potável para

abastecimento da reservatécnica contra incêndio

Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

1.7 Localização otimizadade aquecedores eisolamento da tubulaçãode água quente

N.A N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A N.A N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A.

1.8 Detecção devazamentos

N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.

1.9 Medição setorizada Parc. Sim Sim Parc. Parc. Não Parc. Parc. Sim Parc. Não Não Sim Parc. Parc.

2.1 Usos de sistemas deinfiltração e retenção deágua

Não  Parc.  Parc Não  Não  Não  Parc.  Não  Não  Não  Não  Não  Não  Não  Não 

 

3.1 Facilidade de acessopara manutenção esubstituição de materiais ecomponentes do sistemahidráulico e sanitário

Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Não Parc. Não Parc. Parc. Parc. Parc. Sim Sim Não

4.1 Organização e

proteção dos sistemasprediais hidráulicos

N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. 

4.2 Controle dat t i t

N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A.

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107

temperatura nos sistemasprediais hidráulicos

4.3 Projeto dosreservatórios

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

4.4 Continuidade dofornecimento de água Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Não Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Não Sim  Sim  Sim 

4.5 Provisão de água coma qualidade requerida,vazões, pressões etemperaturas adequadasao uso e horários em queo usuário necessita

N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. 

4.6 Geração de ruídos,grandes vibrações esobrepressão noscomponentes dossistemas

N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. 

4.7 Entrada de gases parao interior dos ambientessanitários

Sim Sim Sim Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  N.P.A. Sim Sim Sim

4.8 Segurança eaterramento da tubulaçãometálica, deequipamentos, deacessórios e de

N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. 

 

aquecedores elétricos.

5.1 Sistema de coleta deesgoto

Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc. Parc.

6.1 Qualidade edurabilidade dos materiais

N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. 

6.2 Ergonomia N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A. N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A.  N.P.A. 

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108

Legenda:

sim – atende ao requisito não – não atende ao requisito parc. – atende parcialmente ao requisito

N.A. – não aplicável N.P.A. – não foi possível avaliar no momento

 

5.2. Definição dos Parâmetros de Referência 

A definição dos benchmarks  foi realizada com base nos resultados obtidos na

análise dos projetos dos 15 edifícios. A partir dos dados levantados nos projetos,

foi possível estabelecer os parâmetros de referência (benchmark ) para cada

requisito, por meio do percentual de atendimento ou não dos requisitos

avaliados

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avaliados.

Seguindo o critério utilizados por Fossati (2008), o desempenho obtido, frente à

avaliação dos requisitos, foi classificado segundo três níveis:

B - boa prática corrente ou desempenho mínimo requerido a uma

edificação sustentável;

I - desempenho intermediário;

S - desempenho avançado em relação à prática corrente, definido de forma

a ser alcançado por meio de tecnologias e práticas existentes.

Dessa forma, o parâmetros de referência (benchmark ) é B quando:

1) a maioria dos edifícios (mais da metade) atendeu ao requisito verificado,

representando prática corrente do mercado;

2) o requisito não foi atendido pela maioria dos edifícios, mas é regido por

normas ou legislações vigentes que determinam seu atendimento;

3) o requisito não foi atendido pela maioria dos edifícios, mas é de fácil

implementação, requer baixo investimento e proporciona alto benefício

ambiental e/ou social.

Foi considerado desempenho S quando:

1) apenas um edifício atendeu ao requisito;

2) minoria dos edifícios atenderam ao requisito, por meio de práticas 

Para os requisitos que não foram possíveis avaliar na amostra de edifícios,

utilizou-se benchmark s de outros métodos internacionais estudados nessa

pesquisa. A coluna origem mostrada na Tabela 25 indica qual a referência

considerada.

Por fim, os requisitos são apresentados com seus respectivos critérios de

desempenho, definidos e estruturados conforme mostra a Tabela 25.

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p ,

 

Tabela 25 - Parâmetros de referência definidos para a categoria água

Água Nível Origem benchmark  Levantamento dados Outros

1 - Redução do consumo de água potável  B I S

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1.1 Redução do consumo de água nos pontos de utilização

xUtilização de componenteseconomizadores de água 

As bacias sanitárias possuem volume de descargareduzido (VDR = 6 litros). 

As bacias sanitárias possuem volume de descargareduzido (VDR = 6 litros) e sistema dual de descargae torneira com redutor de vazão. 

As bacias sanitárias possuem sistema dual dedescarga; as torneiras possuem ciclo de fechamentoautomático ou acionadas por sensor de proximidade;

e os demais pontos (caso existam) tambémapresentam componentes economizadores de água.

1.2 Redução de consumo de água potável para irrigação 

LEEDEmprego de paisagismo esistema de irrigação eficientes

Usar estratégias que reduzam em pelo menos 20%do uso da água, de acordo com cálculos de usos

padrões em edifícios comerciais.Redução de 50% do uso por meio da utilização de

espécies de plantas nativas ou adaptadas, irrigaçãoeficiente, utilização de águas pluviais e residuaiscaptadas, paisagismo que não requer sistema de

irrigação permanente.

Redução de 100% do uso de água potável parairrigação e redução do uso total da água de pelo

menos 50%.1.3 Utilização de fontes alternativas de água  LEED

 

Emprego de fontesalternativas de água para

descarga de bacias sanitáriase mictórios, torre de

Redução mínima de 30% no consumo de águapotável utilizando fontes alternativas de água (águada chuva, águas cinza ou águas negras) para usos

não potáveis da edificação, com exceção dairrigação paisagística (descarga de mictórios e

bacias sanitárias, limpeza de ambientes, torres def i )

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resfriamento, limpeza deambientes, abastecimento do

reservatório de combate aincêndio.

resfriamento, etc).

Idem ao critério do nível "I" mas, considerando 35%.

Idem ao critério do nível "I" mas, considerando 40%.

1.4 Medição setorizada 

Utilização de hidrômetroseparado por sala, loja ou

pavimento 

Hidrômetro separado para cada loja e outro paramedição do consumo do condomínio (incluindo todas

as salas). x

Hidrômetro separado por pavimento comercial ou por

loja e sala.2 - Sistema de gestão da água pluvial B I S

2.1 Limitação do volume de água pluvial encaminhado para a rede pública de drenagem

HQEUso de sistemas de infiltração

e retenção de água 

A vazão de água pluvial destinada ao sistemapúblico de drenagem urbana é de 40% a 80% da

vazão gerada no lote (retenção de no mínimo 20%do volume). Estratégias para reduzir a vazão incluem

(mas, não são limitados a): captação e utilização daágua da chuva, pavimentos semipermeáveis, valas,trincheiras e poços de infiltração, redução das áreas

impermeabilizadas no terreno, aumento davegetação no terreno, telhado jardim.

 

A vazão de água pluvial destinada ao sistemapúblico de drenagem urbana é de 20% a 40% da

vazão gerada no lote (retenção de no mínimo 60%do volume).

A vazão de água pluvial destinada ao sistemapúblico de drenagem urbana é de 0% a 20% da

ã d l t ( t ã d í i 80%

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vazão gerada no lote (retenção de no mínimo 80%do volume).

3 - Manutenção dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários B I S

3.1 Provisão de facilidades para as atividades de manutenção 

x Fossati (2008)Facilidade de acesso paramanutenção e substituição demateriais e componentes dosistema hidráulico e sanitário 

Previsão de espaços para manutenção e reforma demodo que toda a tubulação possa ser substituída

sem danificar elementos estruturais.Previsão de espaços para manutenção e reforma etubulação embutida em dutos ou no forro, de modo

que toda a tubulação possa ser substituída semdanificar elementos estruturais ou acabamentos.

Previsão de espaços para manutenção e reforma de

sistemas isolados e outras medidas que permitamfácil substituição da tubulação sem danificar osacabamentos.

4 - Desempenho dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários B I S

4.1 Organização e proteção dos sistemas prediais hidráulicos 

Fossati (2008)Identificação dos

componentes do sistemapredial hidráulico e sanitário 

Identificação das tubulações suspensas aparentescom cores diferenciadas de acordo com a norma

NBR 6493/94. Os reservatórios e torneiras de água

da chuva ou de reúso (caso existentes) sãoidentificados com frases alertando os usuários de

que a água não é potável.

4.2 Qualidade da água destinada ao consumo humano, confiabilidade e segurança dos sistemas prediais x Fossati (2008)

 

hidráulicos e sanitários 

Desempenho dos sistemashidrossanitários

Atendimento à NBR 5626/98, reservatório de águacompatível com o número de usuários, atendimento

à NBR 8160/99 e aterramento das tubulaçõesmetálicas, de equipamentos e acessórios metálicos.

B I S

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5 - Tratamento e qualidade dos efluentes  B I S

5.1 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto 

xFossati (2008)

(nível I e S)Tipo de tratamento deefluentes

Coleta de esgoto sanitário realizada pela rede

públicaRealização de tratamento dos efluentes no local,com uma Estação de Tratamento de Esgoto local ou

tratamento dos efluentes por zonas de raízes,respeitando as condições e padrões de lançamento

de efluentes fixados na Resolução do CONAMA357/2003.

Realização de tratamento de 100% dos efluentes nolocal, com uma Estação de Tratamento de Esgoto

local ou tratamento dos efluentes por zonas deraízes e reuso da água tratada para fins nãopotáveis.

 

5.3. Discussão dos resultados 

Na análise dos componentes economizadores de água, 9 edifícios (60%)

utilizam bacias sanitárias com caixa acoplada e volume de descarga igual a 6

litros (volume de descarga reduzido – VDR), são os edifícios 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9, 12

e 15. Todos os edifícios possuem volume de descarga reduzido – VDR.

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e 5 odos os ed c os possue o u e de desca ga edu do

O edifício 5 (0,07% da amostra) também utiliza bacia sanitária com caixa de

descarga acoplada e também caixa de descarga embutida com volume de

descarga de 6 litros . Já 26,7% dos edifícios amostrados (4, 6, 10 e 11) possuem

apenas bacia sanitária com descarga embutida e volume de 6 litros. 13,3% dos

edifícios amostrados (13 e 14) utilizam bacias sanitárias com caixa acoplada e

sistema dual flush de descarga e torneiras com redutores de vazão.

A utilização de outros componentes economizadores de água não foi observada

em nenhum dos projetos hidráulicos.

Dessa forma, propôs-se um nível de desempenho básico (B), a utilização de

bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (VDR = 6 litros), por ser

prática corrente de mercado. A utilização de bacias sanitárias com sistema dual 

flush  de descarga, associado ao uso de torneiras que possuem ciclo de

fechamento automático ou acionado por sensor de proximidade, foi consideradoum nível superior (S) de desempenho por não ter sido apresentado por nenhum

edifício, mas pode ser alcançado por meio de tecnologias e práticas existentes.

O nível intermediário de desempenho (I) pode ser definido pela utilização de

bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (VDR = 6 litros) e sistema

dual de descarga e torneira com redutor de vazão, o que foi apresentado por

13,3% da amostra de edifícios.

Quanto ao consumo de água para irrigação todos os edifícios possuem 

eficiente (ou não há sistema de irrigação permanentemente instalado), e nível S

de desempenho para utilização de vegetação que consome pouca água e não

requer o uso de pesticidas e fertilizantes para sua manutenção e apresenta um

sistema de irrigação que utiliza 100% de água de fontes alternativas. Apesar denenhum edifício utilizar fontes alternativas de água para irrigação, esta prática

pode ser implementada por meio de tecnologias existentes.

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Nenhum edifício utiliza água da chuva ou de reuso para fins não potáveis ou

menos nobres, como descargas de bacias sanitárias, limpezas de ambientes,

torre de resfriamento ou reservatório de combate a incêndio, entre outros. Dessa

forma, pela falta de dados para embasamento de parâmetro de desempenho a

ser atingido, o benchmark proposto segue as referências do LEED níveis B, I e S

(redução de 30, 35 e 40%, respectivamente).

Quanto à medição setorizada, apenas 3 edifícios (6, 11 e 12 - 20% do total

amostrado) não fazem a medição do consumo de água de forma separada.

Outros 53,3% (1, 4, 5, 7, 8, 10, 14 e 15) somente fazem essa medição separada

para as lojas, quando existentes, praticando a medição do consumo de água das

salas com a do condomínio, atingindo, então, nível B de desempenho. Os

restantes 26,7% (2, 3, 9, 13) apresentam medição setorizada do consumo de

água por salas e lojas ou por pavimento comercial (nível de desempenho S).

No que se refere ao sistema de gestão da água pluvial, constatou-se que, com

exceção do edifício 6, todos os demais edifícios, 93,3%, possuem caixa de

captação de águas pluviais, no entanto, não possuem sistema de

reaproveitamento dessas águas que são direcionadas para a sarjeta e

encaminhando-as ao sistema público de coleta de águas superficiais. Em 20%

dos edifícios (2, 3 e 7) observou-se a utilização de pavimentos semipermeáveis,pavimento intertravado com grama (80% de permeabilidade) como medida de

infiltração da água da chuva no solo. Uma vez que não foi possível calcular o 

zoneamento o percentual de permeabilização dos terrenos em edificações de

Belo Horizonte.

O nível I de desempenho é obtido quando a vazão de água pluvial destinada ao

sistema público de drenagem urbana é de 20% a 40% da vazão gerada no lote(retenção de no mínimo 60% do volume) e o nível S, quando a vazão de água

pluvial destinada ao sistema público de drenagem urbana é de 0% a 20% da

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vazão gerada no lote (retenção de no mínimo 80% do volume).

Apenas 13,3% dos edifícios analisados (edifícios 13 e 14) possuem facilidade

de acesso para manutenção e substituição de componentes do sistemahidráulico e sanitário do edifício (shafts  inspecionáveis, áreas técnicas, registros

no barrilete e colunas de distribuição). As áreas técnicas consideradas foram:

casa de máquinas, casa de bombas, sala de automação predial, casa de

máquinas para ar condicionado, sala de barrilete, entre outros.

20% dos edifícios (6, 8 e 15), não possuem shaft , nem mesmo nãoinspecionável. Os 10 edifícios restantes (66,7% da amostra) possuem shaft não

inspecionável. Todos os edifícios, exceto o 8, (93,3%) possuem áreas técnicas.

Os edifícios 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 13 e 14 (80% do total) possuem registro

no barrilete.

Propõe-se um nível de desempenho B a previsão de espaços para manutençãoe reforma, de modo que toda a tubulação possa ser substituída sem danificar

elementos estruturais; nível I a previsão de espaços para manutenção e reforma

e tubulação embutida em dutos ou no forro, de modo que toda a tubulação

possa ser substituída sem danificar elementos estruturais ou acabamentos; e

nível S, a previsão de espaços para manutenção e reforma de sistemas isolados

e outras medidas que permitam fácil substituição da tubulação sem danificar os

acabamentos, conforme estabelecido por Fossati (2008) utilizando 

Quanto aos requisitos projeto dos reservatórios e entrada de gases para o

interior dos ambientes sanitários, todos os edifícios atenderam aos critérios

avaliados, no entanto, o projeto hidráulico do edifício 12 não dispunha de

informações suficientes para se analisar a entrada de gases, inviabilizando,portanto, a avaliação. O requisito continuidade do fornecimento de água foi

atendido em 86,7% dos edifícios (excetuaram-se os edifícios 6 e 12),

considerando os cálculos já descritos anteriormente e as recomendações das

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considerando os cálculos já descritos anteriormente e as recomendações das

NBR 5626/98.

Dessa forma, quanto ao desempenho dos sistemas hidráulicos, propôs-se um

nível B de desempenho o atendimento à NBR 5626/98, reservatório de água

compatível com o número de usuários, atendimento à NBR 8160/99 e

aterramento das tubulações metálicas, de equipamentos e acessórios metálicos,

por se tratar de critérios atendidos pela maioria dos edifícios, configurando-se

como prática corrente. Para os requisitos que não puderam ser analisados,

utilizou-se como referência o nível de desempenho estabelecido por Fossati(2008) nos levantamento de dados realizados em Florianópolis – SC.

Quanto ao tratamento e qualidade dos efluentes, todos os edifícios direcionam

seus efluentes sanitários ao sistema público de coleta e tratamento de esgoto,

não apresentando, portanto, sistema de tratamento local de efluentes. Propôs-se

para esse requisito o nível de desempenho B a coleta de esgoto sanitáriorealizada pela rede pública, por ser prática comum a todos os edifícios.

O nível I de desempenho proposto contempla a realização de tratamento dos

efluentes no local, por uma unidade de Tratamento de Esgoto de pequeno porte

ou tratamento dos efluentes por zonas de raízes, respeitando as condições e

padrões de lançamento de efluentes fixados na Resolução do CONAMA357/2003. O nível S de desempenho contempla a realização de tratamento de

100% dos efluentes no local, também por uma Estação de Tratamento de Esgoto 

6. CONCLUSÕES

A água deve ser considera um insumo finito, tanto em termos de quantidade

como de qualidade, pois se trata de um bem de valor econômico, indispensável

à garantia da saúde pública e à manutenção da vida. Por esta razão, a água

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deve ser conservada em quantidade e qualidade de maneira a prorrogar o

atendimento às necessidades dos usuários e à sustentabilidade do edifício e de

seu entorno.

A gestão da água em edifícios é indispensável, uma vez que contribui para

mitigar os problemas de escassez, amenizar a poluição em águas superficiais e

profundas e, ainda, reduzir os riscos de inundação em centros urbanos. Assim, a

gestão do uso da água em edifícios, considerando entre outros aspectos, o

suprimento de água potável; a gestão de águas pluviais; e    

o esgotamentosanitário, devem ser incentivada e valorizada utilizando-se tecnologias e práticas

  já existentes no mercado, visando o melhor desempenho ambiental das

edificações. 

Nesse contexto, por meio da presente pesquisa, foi possível a sistematização

das principais tecnologias e práticas existentes, voltadas para o uso eficiente da

água em edificações, de forma a promover a sustentabilidade dos edifícios no

que concerne ao uso desse recurso.

A pesquisa relacionou diversas práticas e tecnologias existentes, destinadas ao

tratamento e reuso de água residuárias e pluviais, possíveis que podem ser

implementadas sem prejudicar as necessidades e o conforto dos usuários.

Aliado a essas ações, práticas que permitam a infiltração segura da água da

chuva no solo devem ser empregadas também com o intuito de abastecer o 

A lista de espécies nativas com potencial ornamental sistematizada nesta

pesquisa é uma importante contribuição aos profissionais da área, no sentido de

servir de orientação e incentivo de uso e valorização da flora local, aliada à

menor demanda hídrica dessas espécies, o que justifica seu emprego nopaisagismo eficiente.

Observou-se, com o estudo dos principais métodos de avaliação da

sustentabilidade de edifícios que os requisitos relacionados ao uso da água são

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sustentabilidade de edifícios, que os requisitos relacionados ao uso da água são

sempre considerados e valorizados, o que demonstra preocupação com a

gestão desse recurso e com a minimização dos impactos gerados pelos

empreendimentos.

A evolução dos métodos e o aumento das certificações de edifícios no Brasil e

no mundo sinaliza a aceitação e a busca por construções mais sustentáveis. A

adaptação dos métodos internacionalmente difundidos aos contextos regionais

tem sido feita no sentido de considerar as particularidades e necessidades dos

locais de aplicação e de se aproximar ao máximo da realidade praticada.

No Brasil, além das adaptações que vem sendo feitas no método LEED, tem-se

o referencial AQUA adaptado da metodologia francesa HQE e, mais

recentemente, o lançamento da certificação Casa Azul da Caixa Econômica

Federal que demonstram os esforços e a pertinência da utilização de uma

metodologia orientada para a promoção da sustentabilidade em edificações, emforma de certificação.

O desenvolvimento da pesquisa possibilitou a compreensão e a compilação dos

requisitos e parâmetros considerados na avaliação da eficiência do uso da água

em edificações, utilizados por métodos internacionais e nacionais de avaliação

da sustentabilidade de edifícios. A sistematização dos requisitos mais relevantese coerentes com as práticas construtivas locais em um checklist  pode ser

utilizado como uma ferramenta norteadora e um ponto de partida de projetos 

edifícios de alto padrão, destinados a escritório de luxo. Nenhuma edificação

avaliada pleiteava alguma certificação ambiental.

Conclui-se, ainda, que o tema sustentabilidade ainda é pouco priorizado no

momento de elaboração dos projetos dos edifícios, não configurando, pois,prática comum da construção local, observando-se os limites e

representatividade desta pesquisa. Além disso, percebeu-se a desinformação e

resistência de muitos projetistas em relação ao tema no entanto em geral

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resistência de muitos projetistas em relação ao tema, no entanto, em geral,

demonstraram interesse e solicitaram feedback  dos resultados obtidos pela

pesquisa.

Muitos projetistas demonstraram preocupação em disponibilizar os projetos, não

elaborados em consonância com diretrizes sustentáveis, justificando que muitas

vezes não é de interesse do cliente por demandarem um investimento inicial

maior. No entanto, mostraram interesse em introduzir requisitos sustentáveis nos

projetos das edificações a médio e longo prazo.

Acredita-se que a definição clara de requisitos de sustentabilidade auxiliará os

construtores e projetistas a incorporá-los aos empreendimentos e definirá

objetivamente quais aspectos uma edificação deve apresentar para ser

considerada sustentável.

A definição desses parâmetros de referência, além de sinalizar o panorama da

construção civil em Belo Horizonte, é um importante indicador da situação atual,

e de estabelecimento de metas de sustentabilidade a que se deseja chegar.

Esses resultados podem auxiliar também na adaptação e atualização dos

referenciais das metodologias de avaliação existentes, de forma a refletirem o

padrão de construção local e ser coerentes com a realidade de onde se quer

aplicar a certificação.

Dessa forma, defende-se que esses levantamentos de dados deveriam ser 

6.1. Sugestões para trabalhos futuros 

Devido às restrições de tempo, em um programa de mestrado, não foi possível

contemplar nesta pesquisa outras categorias de sustentabilidade, tais como

energia, materiais, uso e ocupação do solo, transporte e acessibilidade,qualidade do ambiente interno, entre outros, ou, ainda, outras tipologias de

edificações como a residencial.

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Dessa forma, sugere o estudo de outras categorias de sustentabilidade, outras

tipologias de edificações e de projetos de reformas ou de desconstrução,

considerando que a pesquisa restringiu-se a projetos de novos edifícios.

Em função de o levantamento de dados ter sido realizado apenas em Belo

Horizonte, os benchmarks definidos (obtidos no levantamento de dados) podem

variar significativamente de região para região. Sugere-se, portanto, que

levantamentos de dados, pautados nos mesmos parâmetros ou outros, sejam

realizados em outras localidades com o objetivo de gerar um banco de dadosconsistente e nacionalmente representativo.

 

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ANEXOS

ANEXO 1 – Lista de espécies vegetais nativas com potencial ornamental

Plantas com alta demanda de água (necessitam de água diariamente)

Família Nome científico Nome popular Bioma Tipo

Mata

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CerradoMata

Atlântica Arbusto Erva Trepadeira

Acanthaceae Chamaeranthemum venosum  prateadinha X X

Acanthaceae Justicia brasiliana    jacobina-vermelha X XAcanthaceae Justicia carnea    justícia X XAcanthaceae Justicia pectoralis  trevo-do-pará X XAcanthaceae Justicia rizzinii  farroupinha XAcanthaceae Justicia scheidweileri  camarão-rosa XAcanthaceae Ruellia elegans  ruélia-vermelha XAcanthaceae Ruellia makoyana  planta-veludo D DAmaryllidaceae Crinum americanum  crino-cor-de-rosa X X X

Araceae Caladium bicolor  tinhorão X X XAraceae Philodendron bipinnatifidum  banana-de-imbê X X XAraceae Philodendron imbe  folha-de-fonte D D XAraceae Philodendron martianum  babosa-de-árvore X XAraceae Philodendron renauxii  filodendro-rasteiro X XAraceae Philodendron hederaceum  filodendro-brasil X XAraceae Philodendron selloum  guaimbê XAraceae Philodendron speciosum  filodendro X X

Araceae Philodendron undulatum  guaimbê-da-folha-ondulada X X X

 

Araceae Philodendron williamsii  imbê X XAraceae Pistia stratiotes  alface-d'água X X XAraceae Xanthosoma sagittifolium  taiá-variegado X XAristolochiaceae Aristolochia gigantea  papo-de-peru-grande X X X

Begoniaceae Begonia aconitifolia  begônia-metálica X XBegoniaceae Begonia coccinea  begônia-asa-de-anjo X XBegoniaceae Begonia cucullata  azedinha-do-brejo X X XBegoniaceae Begonia inciso-serrata  begônia-folha-de-leque X XBegoniaceae Begonia paulensis  begônia-teia-de-aranha X XBegoniaceae Begonia reniformis  begônia-folha-de-videira X X XB i B i b ô i t d X X

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Begoniaceae Begonia venosa  begônia-prateada X XCommelinaceae Dichorisandra thyrsiflora  dicorisandra X

Compositae(Asteraceae) Sphagneticola trilobata  mal-me-quer X X

Convolvulaceae Evolvulus glomeratus  azulzinha X X XDicksoniaceae Dicksonia sellowiana  samambaiaçu XEquisetaceae Equisetum giganteum  cavalinha-gigante X X XGesneriaceae Gloxinia perennis  gloxínia X XGesneriaceae Seemania sylvatica  semânia X XGesneriaceae Nautilocalyx sp  planta-chocolate X XGesneriaceae Nautilocalyx forgetii  planta-chocolate X XGesneriaceae Nematanthus gregarius  peixinho X XGesneriaceae Nematanthus wettsteinii  peixinho X XGesneriaceae Sinningia speciosa  gloxínia X XGleicheniaceae Gleichenella pectinata  samambaia-de-barranco X X XLimnocharitaceae Limnocharis flava  mureré X X XMarantaceae Calathea aemula  calatéia X XMarantaceae Calathea backemiana  maranta D D XMarantaceae Calathea burle-marxii  cristal X X

Marantaceae Calathea cylindrica  maranta-de-burle-marx-verde

X X

 

Marantaceae Calathea insignis  maranta-cascavel X XMarantaceae Calathea leopardina  maranta-leopardo D D XMarantaceae Calathea louisae  maranta X XMarantaceae Calathea makoyana  maranta-pavão X X

Marantaceae Calathea medio-picta  maranta-franjada D D XMarantaceae Calathea rufibarba  maranta-peluda X XMarantaceae Calathea zebrina  calatéia-zebra X XMarantaceae Ctenanthe oppenheimiana  maranta-variegada D D XMarantaceae Ctenanthe setosa  maranta-cinza X XMarantaceae Maranta bicolor  maranta-bicolor X XMarantaceae Maranta leuconeura maranta bigode de gato X

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Marantaceae Maranta leuconeura  maranta-bigode-de-gato XMarantaceae Maranta leuconeura  maranta-pena-de-pavão X X X

Marantaceae Stromanthe schottiana  caetê-bravo X XMelastomataceae Tibouchina heteromalla  orelha-de-onça X XMelastomataceae Tibouchina moricandiana  quaresmeira-arbustiva X XMelastomataceae Tibouchina mutabilis  manacá-da-serra X XMelastomataceae Tibouchina radula  orelha-de-urso-branca X XMelastomataceae Tibouchina stenocarpa  quaresmeirinha X XMusaceae(Heliconiaceae)

Heliconia acuminata  tracoá X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia angusta  Helicônia-vermelha X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia bihai  caetê-vermelho X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia chartacea  caetê-bravo X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia episcopalis  chapéu-do-bipo X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia hirsuta  pacová X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia latispatha  heliconia-asa-de-arara X X

 

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia pseudoaemygdiana  helicônia-amarela X X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia psittacorum  helicônia-papagaio X X X

Musaceae(Heliconiaceae) Heliconia psittacorum  caetê-tocha X XMusaceae(Heliconiaceae)

Heliconia x rauliniana  caetê-papagaio X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia richardiana  caetê-pequeno X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia rostrata  helicônia X X

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(Heliconiaceae)Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia stricta  caetê-sanguíneo X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia velloziana  helicônia X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia wagneriana  tracoá X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Phenakospermum guyanensis 

pacová-sororoca X X

Musaceae(Heliconiaceae)

Heliconia bihai  banana-do-mato X X

Nymphaeaceae Victoria regia  vitória-régia X XOnagraceae Fuchsia regia  brinco-de-princesa-da-

mataX X

Passifloraceae Passiflora alata  maracujá-peroba X X XPassifloraceae Passiflora coccinea  maracujá-de-flor-

vermelhaX X

Piperaceae Piper umbellatum  pariparoba X X XPolypodiaceae Blechnum brasiliense  samambaiaçu-do-brejo XPontederiaceae Eichornia azurea  aguapé X X X

Pontederiaceae Eichornia crassipes  aguapé; mureré X X XPteridaceae Adianthum raddianum  avenca X X

 

Pteridaceae Adianthum subcordatum  avencão X X

Plantas com média demanda de água (necessitam de água em dias alternados)Família Nome científico Nome popular Bioma Tipo

CerradoMata

Atlântica Arbusto Erva Trepadeira

Amaranthaceae Alternanthera dentata  periquito-gigante X XAmaryllidaceae Alstroemeria caryophyllacea    jacinto X X

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Amaryllidaceae Alstroemeria psittacina  alstreméria X X XAmaryllidaceae Hippeastrum puniceum  amarílis X X XAmaryllidaceae Hippeastrum reginae  açucena X X XAmaryllidaceae Hymenocallis littoralis  lírio-aranha X X XArecaceae Allagoptera arenaria  caxondó XArecaceae Allagoptera brevicalyx  caxandó XArecaceae Allagoptera campestris  buri XArecaceae Allagoptera leucocalyx  coco-da-chapada XArecaceae Attalea geraensis  indaiá-do-campo XArecaceae Acrocomia aculeata  macaúba X

Arecaceae Acrocomia hassleri  coquinho do campo XArecaceae Allagoptera campestris  XArecaceae Astrocaryum campestre    jarivá XArecaceae Attalea dubia  camarinha XArecaceae Attalea exigua  coco-catolé XArecaceae Attalea humilis  catolé XArecaceae Attalea oleifera  andaiá XArecaceae Butia capitata  butiá-capitata X

Arecaceae Butia archeri  butiá XArecaceae Euterpe edulis  palmito-doce X

 

Arecaceae Geonoma rubescens  ouricana-de-folha-larga XArecaceae Geonoma schottiana  aricanga-do-brejo XArecaceae Geonoma brevispatha  ouricana XArecaceae Geonoma elegans  guarincanga-de-bengala X

Arecaceae Lytocaryum weddellianum  palmeira-de-petrópolis XArecaceae Mauritiellla armata  caraná XArecaceae Syagrus flexuosa  acumã XArecaceae Syagrus comosa  babão XArecaceae Syagrus duartei  coqueirinho XArecaceae Syagrus flexuosa  coco-do-campo XArecaceae Syagrus glaucescens palmeirinha-azul X

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y g g c c pa e a a uArecaceae Syagrus macrocarpa  maria-rosa X X

Arecaceae Syagrus oleracea  gueiroba XArecaceae Syagrus petrea  coco-vassoura XArecaceae Syagrus pleioclada  palmeirinha XArecaceae Syagrus romanzoffiana    jerivá X XArecaceae Syagrus ruschiana  coco-de-pedra XBromeliaceae Aechmea blanchetiana  bromélia X XBromeliaceae Aechmea fasciata  vaso-prateado X XBromeliaceae Alcantarea imperialis  bomélia-imperial X XBromeliaceae Alcantarea regina  bromélia-raínha X XBromeliaceae Ananas bracteatus  ananás-vermelho X X XBromeliaceae Guzmania ligulata  gusmânia-cherry X XBromeliaceae Neoregelia carolinae  bromélia X XBromeliaceae Pitcairnia flammea  bromélia X XBromeliaceae Vriesea incurvata  gravatá X XClusiaceae Clusia fluminensis  clúsia X XCombretaceae Combretum fruticosum  escovinha X X XIridaceae Neomarica caerulea  pseudo-iris-azul X XIridaceae Neomarica candida  íris-da-praia X X

 

Leguminosae-Caesalpinioideae

Senna alata  maria-preta X X X

Leguminosae-Caesalpinioideae

Senna appendiculata  fedegoso-rasteiro X X X

Leguminosae-Caesalpinioideae

Senna polyphylla  cássia-baiana X X

Leguminosae-Papilionoideae

Arachis repens  amendoim-rasteiro X X

Leguminosea-Mimosoideae

Calliandra brevipes  esponja X X

Leguminosea-Mimosoideae

Calliandra harrisii  caliandra X X

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Leguminosea-Mimosoideae

Calliandra tweedii  esponjinha-vermelha X X

Lythraceae Cuphea fruticosa  cuféia X X XMalpighiaceae Banisteriopsis oxyclada  cipó-prata X XMalpighiaceae Galphimia brasiliensis  resedá-amarelo X XMalpighiaceae Peixotoa reticulata  cipó-de-ouro X XMalpighiaceae Stigmaphyllon ciliatum  estigmafilo X XMalpighiaceae Stigmaphyllon tomentosum  cipó-ouro X XPortulaceceae Portulaca grandiflora  portulaca X X XPortulaceceae Talinum tringulare  beldroega-graúda X X

Rubiaceae Galianthe brasiliensis  poaia-do-campo X X XRubiaceae Manettia coccinea  trepadeira-sanguínea X XRubiaceae Randia armata  randia X XRubiaceae Tocoyena bulatta  araçarana X X XSolanaceae Brunfelsia uniflora  manacá-de-cheiro X X XSolanaceae Cestrum corymbosum  coerana-amarela X XSolanaceae Lycianthes asarifolia  folha-de-batata XSolanaceae Nicotiana alata    jasmim-tabaco X

Solanaceae Petunia axillaris  petúnia X XSolanaceae Petunia integrifolia  petúnia-perene X X

 

Solanaceae Solandra grandiflora  solandraSolanaceae Solanum seaforthianum  trepadeira-doce-amarga XSterculiaceae Helicteres brevispira  saca-rolha XTropaeolaceae Tropaeolum warmingianum  chagas X X

Urticaceae Pilea nummularifolia  dinheiro-em-penca XVerbenaceae Duranta parvifolia  violeteira X XVerbenaceae Lantana camara  lantana-cambará X X XVerbenaceae Lantana fucata  cambará-lilás X X XVerbenaceae Lantana undulata  lantana-branca X XVerbenaceae Petrea subserrata  flor-de-são-miguel X XVerbenaceae Stachytarpheta cayennensis  gervão-azul X X X

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Verbenaceae Stachytarpheta martiana  gervão-de-jardim X X

Verbenaceae Verbena rigida  erva-arame XZingiberaceae(Costaceae) 

Chamaecostus cuspidatus cóstus-de-fogo  X X

Zingiberaceae(Costaceae

Costus spiralis  caatinga X X X

Plantas com baixa demanda de água (necessitam de água uma vez por semana)

Família Nome científico Nome popular Bioma Tipo

CerradoMata

AtlânticaArbusto Erva Trepadeira

Agavaceae Furcraea foetida  piteira X XApocynaceae Allamanda cathartica  alamanda-amarela X X XApocynaceae Allamanda laevis  alamanda-arbustiva X X XApocynaceae Allamanda polyantha  alamanda-ereta X

Apocynaceae Tabernaemontana laeta    jasmim-de-leite X XBignoniaceae Cuspidaria convoluta  cuspidária X X

 

Bignoniaceae Cuspidaria convoluta "Alba"  cuspidária-branca X XBignoniaceae Cuspidaria floribunda  cuspidária X XBignoniaceae Distictella elongata  cipó-trombeta X XBignoniaceae Fridericia speciosa  cipó-vermelho X X

Bignoniaceae Macfadyena unguis-cati  unha-de-gato X XBignoniaceae Mansoa difficilis  cipó-de-sino X X X XBignoniaceae Memora axillaris  caroba-amarela X XBignoniaceae Memora peregrina  cipó-arame X XBignoniaceae Pyrostegia venusta  flor-de-são-joão X XBignoniaceae Arrabidaea brachypoda  cipó-una X XBignoniaceae Arrabidaea candicans  cipó-roxo X X

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Bignoniaceae Arrabidaea florida  cipó-neve X X

Bignoniaceae Arrabidaea patellifera  cipó-roxo X XCactaceae Opuntia vulgaris  palma-brava X XCactaceae Schlumbergera truncada  flor-de-maio X XCompositae(Asteraceae)

Bidens rubifolia  picão-amarelo X X

Compositae(Asteraceae)

Centratherum punctatum  perpétua-roxa X X X

Convolvulaceae Evolvulus pusillus  gota-de-orvalho X X XConvolvulaceae Ipomoea asarifolia  Salsa-brava X X

Convolvulaceae Ipomoea cairica  corriola X X XConvolvulaceae Ipomoea carnea  algodão-bravo X X XConvolvulaceae Ipomoea hederifolia    jitirana X X XConvolvulaceae Turbina corymbosa  lençol-branco X X

Legenda:

D – domínio fitogeográfico desconhecido

 

ANEXO 2 – Planilha de apoio para levantamento de dados

AGUA

1 - Redução do consumo de água potável1.1 Componentes economizadores de águaAssinalar os componentes economizadores de água especificados para o edifício: ( ) torneira com funcionamento hidromecânico  ( ) mictório com válvula de acionamento por sensor de presença ( ) torneira com sensor de presença  ( ) mictório com válvula de descarga temporizada ( ) torneira com acionamento por válvula de pé  ( ) mictório sem água 

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( ) torneira com acionamento por pedal  ( ) bacias sanitárias com caixa acoplada e volume de descarga igual a 6 litros 

( ) torneira de comando restrito ( ) bacias sanitárias com caixa acoplada e válvula de comando acionamentopor sensor de presença ( ) arejadores ( ) bacias sanitárias com caixa acoplada e sistema dual flush  ( ) mictórios de acionamento hidromecânico ( ) dispositivos restritores de vazão ( ) outro:1.2 Redução de consumo de água potável para irrigaçãoHá vegetação a ser irrigada no terreno? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo: 

São utilizadas espécies da flora local?  Sim ( )  Não ( ) 

Há sistema de irrigação permanente instalado?  Sim ( )  Não ( ) 

Caso exista sistema permanente instalado:  São utilizadas tecnologias eficientes de irrigação?  Sim ( )  Não ( ) Descrever quais: 

A irrigação será feita com água da chuva captada?  Sim ( )  Não ( ) 

A irrigação será feita com água de reuso?  Sim ( )  Não ( ) 

Caso esteja prevista irrigação com água da chuva ou de reuso, verificar a porcentagem de redução do consumo de água potável parairrigação:

 

Caso a irrigação não seja feita com água da chuva ou de reuso, como será feita?  

1.3 Redução do consumo de água potável para descarga de bacias sanitárias e mictórios É utilizada água da chuva para descargas? Sim ( ) Não ( )É utilizada água de reuso para descargas? Sim ( ) Não ( )Caso aplicável, verificar a porcentagem de redução do consumo de água potável para descarga de bacias sanitárias e mictórios:Água da chuva é utilizada em outros pontos de consumo (torneiras, chuveiros,...)? Sim ( ) Não ( )Água de reuso é utilizada em outros pontos de consumo (torneiras, chuveiros,...)? Sim ( ) Não ( )1.4 Redução do consumo de água potável na torre de resfriamento Existe torre de resfriamento de água servindo o edifício? Sim ( ) Não ( )Caso afirmativo, o sistema de resfriamento utiliza água potável? Sim ( ) Não ( )

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Caso não utilize água potável, descrever a procedência da água utilizada na torre de resfriamento:

1.5 Redução do consumo de água potável para limpeza de ambientes Será utilizada água potável para limpeza de calçadas? Sim ( ) Não ( )Caso negativo, como será feita? Utilização de água da chuva ( ); água de reuso ( ); outra fonte:_____________ para a limpeza de calçadasSerá utilizada água potável para limpeza de vidros e fachadas? Sim ( ) Não ( )Caso negativo, como será feita? Utilização de água da chuva ( ); água de reuso ( ); outra fonte:_____________ para limpeza de vidros e fachadasCaso aplicável, verificar a porcentagem de redução do consumo de água potável para limpeza dos ambientes:1.6 Redução do consumo de água potável para abastecimento do reservatório de combate a incêndio É utilizada água da chuva ou água de reuso para abastecimento do reservatório de combate a incêndio? Sim ( ) Não ( )

1.7 Localização otimizada de aquecedores e isolamento da tubulação de água quente Existe aquecedor para aquecimento da água? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo:Qual o tipo do aquecedor? (a gás, solar,...)A localização do aquecedor minimiza as distâncias aos pontos de consumo de água quente? Sim ( ) Não ( )Foi realizado o isolamento da tubulação de água quente? Sim ( ) Não ( )

1.8 Detecção de vazamentosÉ prevista a verificação de vazamentos na rede hidráulica? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo, qual método de detecção?1.9 Medição setorizada

 

É realizada medição setorizada (em cada sala, loja ou pavimento) do consumo de água? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )Existem sistemas de medição do consumo de água instalados nos sistemas de irrigação? Sim ( ) Não ( )

2 - Sistema de gestão da água pluvial

2.1 Uso de sistemas de infiltração e retenção de águaÉ feita a retenção das águas pluviais durante as precipitações? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo:É feito o aproveitamento de águas pluviais captadas? Sim ( ) Não ( )Onde é aplicada a água da chuva captada?

São utilizadas medidas de infiltração da água pluvial no solo (pavimentos semipermeáveis, valas ou poços de infiltração, calçadas emcubos de pedra, entre outros)?

Sim ( ) Não ( )

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3 - Manutenção dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários 

3.1 Facilidade de acesso para manutenção e substituição de materiais e componentes do sistema hidráulico e sanitárioO acesso a materiais e componentes do sistema hidráulico e sanitário, para manutenção e substituição, é facilitado pela existência de:- shafts inspecionáveis? Sim ( ) Não ( )- áreas técnicas? Sim ( ) Não ( )- outros:Existem registros de fechamento:- no barrilete? Sim ( ) Não ( )

- nas colunas de distribuição de água? Sim ( ) Não ( )

4 – Qualidade e desempenho dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários 4.1 Organização e proteção dos sistemas prediais hidráulicos As tubulações suspensas são aparentes? Sim ( ) Não ( )Será feita a separação dos sistemas prediais pela identificação com cores diferentes? Sim ( ) Não ( )Caso negativo, que método é utilizado para a diferenciação?Caso afirmativo, identificar as cores utilizadas:

- tubulação de água potável:- tubulação de combate à incêndio:

 

- tubulação da água de reuso:- tubulação que transporta águas pluviais:- tubulação que transporta esgoto sanitário:Os reservatórios de água da chuva ou de reuso são identificados com alerta aos usuários de que a água não é potável? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )

As torneiras de água da chuva ou de reuso são identificadas com frases alertando os usuários que a água não é potável? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )São utilizadas torneiras de acesso restrito, operadas com sistemas de chaves destacáveis, para evitar o consumo de formaincorreta?

N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )

É feita a proteção das conexões dos diferentes sistemas, evitando a ligação cruzada do sistema de esgotos sanitários ou de sistemasque transportam água proveniente de fontes alternativas com os sistemas prediais que transportam água potável?

Sim ( ) Não ( )

4.2 Controle da temperatura nos sistemas prediais hidráulicos Existem pontos de abastecimento de água quente? Sim ( ) Não ( )

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Caso afirmativo:

Quais/quantos?

O sistema predial de água fria é isolado do sistema predial de água quente? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )Existem aquecedores de água? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo:Os aquecedores são dotados de dispositivos automáticos de controle da temperaturamáxima admissível da água?

Sim ( ) Não ( )

Atendem a NBR 7198/93 (Tmáx = 70ºC)? Sim ( ) Não ( )Existem aparelhos de acumulação elétrica? Sim ( ) Não ( )Existem aparelhos de acumulação a gás? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo:Os aparelhos de acumulação serão providos de dispositivos de alívio para o caso de sobrepressão? Sim ( ) Não ( )E de dispositivo de segurança que corte a alimentação de energia/gás em caso de superaquecimento? Sim ( ) Não ( )

Existe torre de resfriamento servindo o edifício? Sim ( ) Não ( )Caso afirmativo,

será feito o controleda temperatura:

Nos ramais de distribuição? Sim ( ) Não ( )

Nos dispositivos de acumulação? Sim ( ) Não ( )

4.3 Projeto dos reservatórios Os reservatórios são fechados com tampas? Sim ( ) Não ( )A localização dos reservatórios de água permite inspeção e limpeza periódicas? Sim ( ) Não ( )Os reservatórios possuem dispositivos de extravasão, limpeza e ventilação? Sim ( ) Não ( )

 

4.4 Continuidade do fornecimento de água O projeto do sistema predial de suprimento de água prevê reservatório compatível com o número de usuários do edifício? (consumodiário de 60 litros/dia percapita e taxa de ocupação de uma pessoa por 6,00 m2 de área)

Sim ( )  Não ( ) 

O volume do reservatório supre as necessidades do edifício conforme NBR 5626/98? Sim ( ) Não ( )

Caso aplicável, verificar o dimensionamento do reservatório de água da chuva:O dimensionamento do reservatório de água da chuva é adequado? Sim ( ) Não ( )4.5 Provisão de água com a qualidade requerida, vazões, pressões e temperaturas adequadas ao uso e horário em que o usuário necessita Verificar volumes e cotas dos reservatórios:Verificar atendimento das pressões dinâmicas mínimas de cada aparelho sanitário:Verificar o dimensionamento dos diâmetros das tubulações:Os sistemas prediais hidráulicos e sanitários foram projetados de maneira a proporcionar conforto aos usuários, com temperatura,pressão volume e vazão compatíveis com o uso associado a cada ponto de utilização?

Sim ( ) Não ( )

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pressão, volume e vazão compatíveis com o uso associado a cada ponto de utilização?

4.6 Geração de ruídos, grandes vibrações e sobrepressão nos componentes dos sistemas  A velocidade de escoamento da água especificada em projeto é menor que 3,0m/s? Sim ( ) Não ( )As tubulações, equipamentos e outros componentes sujeitos a esforços dinâmicos foram isolados, de forma que vibrações não sejampropagadas à estrutura de sustentação do edifício?

Sim ( ) Não ( )

Foram especificados componentes que não permitem fechamentos repentinos? Sim ( ) Não ( )4.7 Entrada de gases para o interior dos ambientes sanitários Existem desconectores para garantir a estanqueidade aos gases? Sim ( ) Não ( )Verificar se as extremidades abertas dos tubos ventiladores primários (ou coluna de ventilação) situados na cobertura do edifício guardam distâncias da

cobertura, janelas e portas de acordo com o previsto na NBR 8160/99.4.8 Segurança: aterramento da tubulação metálica, de equipamentos, acessórios e de aquecedores elétricos  

Foi realizado o aterramento (direto ou indireto) das tubulações, equipamentos e acessórios metálicos? Sim ( ) Não ( )

Caso afirmativo, quais os componentes aterrados?

Os aquecedores elétricos foram interligados ao sistema de aterramento através de condutor de proteção? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )

 

5 - Tratamento e qualidade dos efluentes5.1 Sistema de Coleta de EsgotoA coleta do esgoto sanitário é feita pela rede pública? Sim ( ) Não ( )Caso afirmativo, está previsto um pré-tratamento dos efluentes observando o padrão de qualidade exigido pela legislação local? Sim ( ) Não ( )

Caso negativo, o tratamento do esgoto é realizado no local? Sim ( ) Não ( )Caso o tratamento

do esgoto sejarealizado no local:

Como é feito? (fossa séptica, filtro anaeróbio, tratamento dos efluentes com zona de raízes, ETE...)Verificar a porcentagem do esgoto tratado no local:Caso seja realizado tratamento dos efluentes com zona de raízes, descrever as plantas e sistema utilizado:

No caso de descartede efluentes emcorpos d’água:

Serão obedecidas às condições estabelecidas pela Resolução 357 do CONAMA? N.A. ( ) Sim ( ) Não ( )

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6 Materiais componentes dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários 

6.1 Qualidade e durabilidade dos materiais 

Houve a preocupação com a especificação de produtos da cesta básica de materiais em conformidade com o PBQP-H? Sim ( ) Não ( )

A escolha dos materiais foi compatível com a natureza da água distribuída? Sim ( ) Não ( )

Listar materiais e respectivos fabricantes. Comparar com a lista de fabricantes em conformidade e não conformidade do site do PBQP-H

tubos e conexões de PVC:metais sanitários:

louças sanitárias:

Caso não sejam de empresas qualificadas, verificar se os produtos e componentes são adequados às legislações e normas técnicas (consultarfornecedores)

tubos e conexões de PVC:

metais sanitários:

 

louças sanitárias:

6.2 Ergonomia 

Verificar as dimensões (em metros) de:

Banheiro: Vaso sanitário: Vaso sanitário com caixa acoplada: Lavatório: Lavatório com bancada:Copa:

Os aparelhos sanitários respeitam as alturas e dimensões mínimas, definidas no código de obras e no projeto de norma dedesempenho (ABNT 02.136.01-001/1, 2007a; ABNT 02.136.01-001/6, 2007b), para o conforto ergonômico dos usuários?

Sim ( ) Não ( )

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