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Prefeitura de Uberlândia
PORTARIA Nº 39.385, DE 7 DE MARÇO DE 2016
DISPÕE SOBRE A PUBLICAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES AOSAGENTES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIANAS ELEIÇÕES DE 2016. O Procurador Geral do Município de Uberlândia no uso de
suas atribuições legais previstas nos arts. 2º, IX e 6º, XXXI da LeiMunicipal nº 12.068, de 23 de dezembro de 2014 e com fundamento naLei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 e suas alterações,
Considerando as eleições no exercício de 2016,
Considerando as vedações contidas no art. 73 da Lei Federalnº 9.504, de 30 de setembro de 1997 e suas alterações,
Considerando a importância do princípio da publicidade,um dos princípios basilares da administração pública,
R E S O LV E :
Art. 1º Publicar no Diário Oficial do Município asOrientações aos Agentes Públicos do Município de Uberlândia nasEleições de 2016, constante do Anexo que a esta se integra.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de suapublicação.
Uberlândia, 7 de março de 2016.
Adir Claudio CamposProcurador Geral do Município
AVR/PGMNº 2.629/2016.
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ORIENTAÇÕES AOSAGENTES PÚBLICOSDO MUNICÍPIO DEUBERLÂNDIA NASELEIÇÕES DE 2016
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Eleições Municipais 2016: Como Proceder
1. Conceitos básicos2. Visão geral do abuso de poder político e de autoridade3. Cronograma – Condutas Vedadas4. Vedações aos Agentes Públicos Municipais nas Eleições de20165. Considerações Finais6. Fontes
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1.Conceitos básicos
Agente Público para fins eleitorais
Aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração poreleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma deinvestidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãosou entidades da Administração Pública Municipal Direta, Indireta ouFundacional, conforme dispõe o § 1º, do art. 73, da Lei nº 9.504, de 30 desetembro de 1997 e suas alterações.
Verifica-se que a definição dada pela Lei nº 9.504, de 1997 e suasalterações é a mais ampla possível, estando compreendidos no gêneroagentes públicos, portanto:
a) os agentes políticos: Presidente da República, Governadores, Prefeitoe respectivos Vices, Ministros de Estado, Secretários, Senadores,Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Secretários Municipais,dentre outros;
b) os servidores titulares de cargos, empregos ou funções públicos,sujeitos aos regimes estatutário ou celetista, em órgão ou entidadepública – autarquias e fundações, empresa pública ou sociedade deeconomia mista;
c) as pessoas requisitadas para prestação de atividade pública, porexemplo, membro da Mesa receptora ou apuradora de votos, membrosde conselhos municipais, recrutados para o serviço militar obrigatório, eoutros;
d) os gestores de negócios públicos;
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e) os estagiários;
f) os que se vinculam contratualmente com o Poder Público(prestadores terceirizados de serviço, concessionários oupermissionários de serviços públicos e delegados de função ou ofíciopúblico).
Administração Pública Centralizada ou Direta
Administração Pública Centralizada ou Direta “se constitui dos serviçosintegrados na estrutura administrativa da Presidência da República edos Ministérios”, nos termos inc. I, do art. 4º, do Decreto-Lei nº 200, de25 de fevereiro de 1967 e suas alterações. É exercida diretamente pela União, Estados e Municípios que, para talfim, utiliza-se de Ministérios, Secretarias e outros Órgãos,apresentando, assim, uma estrutura eminentemente piramidal.
No Município de Uberlândia são Órgãos da Administração PúblicaMunicipal Direta: Secretarias, Gabinete do Prefeito.
Administração Pública Descentralizada ou Indireta
Administração Pública Descentralizada ou Indireta “compreende asseguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídicaprópria: a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades deEconomia Mista; e d) Fundações públicas,” nos termos do inciso II, doart. 4º, do Decreto-Lei 200, de 1967 e suas alterações.
É exercida por outras pessoas jurídicas que não se confundem com osEntes Federados, dotadas de personalidade jurídica própria evinculadas ao órgão em cuja área de competência se enquadrar sua
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principal atividade, gozando, entretanto, de autonomia administrativa efinanceira.
No Município de Uberlândia são entidades da Administração PúblicaMunicipal Indireta:
1. Departamento Municipal de Água e Esgoto - DMAE2. Empresa Municipal de Apoio e Manutenção - EMAM 3. Fundação de Excelência Rural de Uberlândia – FERUB4. Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer - FUTEL5. Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município
de Uberlândia - IPREMU6. Processamento de Dados de Uberlândia - PRODAUB
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2.Visão geral do abuso de poderpolítico e de autoridade
A disciplina legal contida nos arts. 73 a 78 da Lei Federal nº 9.504, de 30de setembro de 1997 e suas alterações - Lei das Eleições, e na LeiComplementar Federal nº 64, de 18 de maio de 1990 e suas alterações -Lei de Inelegibilidades, mormente em seu art. 22, visa impedir o uso doaparelho burocrático da administração pública de qualquer esfera depoder, federal, estadual, distrital ou municipal em favor decandidatura, para, com isso, manter a igualdade de condições nadisputa eleitoral.
Assim, os agentes públicos da Administração devem ter cautela paraque seus atos não estejam de alguma forma interferindo na isonomianecessária entre os candidatos ou violando a moralidade e alegitimidade das eleições.
Deve-se alertar que, na Lei Federal nº 4.737, de 15 de julho de 1965 esuas alterações – Código Eleitoral Brasileiro, bem como na LeiComplementar Federal nº 64, de 1990 e suas alterações, há vedação decaráter amplo e genérico para a administração pública e seus gestores.Trata-se da responsabilização da autoridade e do candidato na hipótesede “uso indevido ou abuso do poder de autoridade”, em beneficio decandidato ou partido político.
Isso implica que, além das hipóteses expressamente previstas na Lei dasEleições, a Justiça Eleitoral também tem competência para analisar epunir casos que entender possa ter havido abuso do poder deautoridade. Dessa forma, atos de governo, em determinadas hipóteses eformas, também poderão, mesmo que legais, ser entendidos como
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abusivos se, de algum modo, puderem ser associados como benefício acerto candidato, partido político ou coligação. Por exemplo, segundo oTribunal Superior Eleitoral – TSE:
“RECURSO ESPECIAL. PLEITO MUNICIPAL.CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS A SERVIDORES PÚBLICOSESTADUAIS. PROXIMIDADE DA ELEIÇÃO.FAVORECIMENTO A CANDIDATO A PREFEITO. ABUSODO PODER POLÍTICO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃOJUDICIAL ELEITORAL. ART. 22 DA LC Nº 64/90.PROCEDÊNCIA. INELEGIBILIDADE. CONDUTAVEDADA. ART. 73 DA LEI Nº 9.504/97. MULTA.INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO E DE NULIDADE DOSACÓRDÃOS DO TRE. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAMEDE PROVA. APLICAÇÃO DE MULTA EMINVESTIGAÇÃO JUDICIAL. FALTA DEPREQUESTIONAMENTO.CANDIDATO NÃO ELEITO. ABUSO DO PODER.RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO EIMPROVIDO.I - Não há o que se falar em afronta aos arts. 275, II, do CE e535, II, do CPC, quando a decisão regional enfrenta todas asmatérias pontuadas no recurso.II - Se as instâncias ordinárias assentaram estar configuradoabuso de poder político, por serem os fatos incontroversos epotencialmente capazes de influir no pleito, não se poderever esta conclusão sem o reexame do quadro fático.Incidência das Súmulas nos 7/STJ e 279/STF.III - A concessão de benefícios a servidores públicosestaduais nas proximidades das eleições municipais podemcaracterizar abuso do poder político, desde queevidenciada, como na hipótese, a possibilidade de haverreflexos na circunscrição do pleito municipal, diante dacoincidência de eleitores.IV - Inexistência de nulidade da decisão proferida eminvestigação judicial que apure, em eleições municipais,abuso do poder e contrariedade a dispositivos da LeiEleitoral, por ser o juiz eleitoral competente para ambas asações e por ser o rito do art. 22 da LC nº 64/90 mais benéfico
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para as partes que o procedimento previsto no art. 96 da Leinº 9.504/97.V - Não é fator suficiente para desconfigurar o abuso dopoder político de que cuida o art. 22 da LC nº 64/90, o fato deo candidato por ele beneficiado não ter sido eleito, pois o quese leva em consideração na caracterização do abuso do podersão suas características e as circunstâncias em que ocorrido.VI - Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte,improvido.(RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 26054,Acórdão de 08/08/2006, Relator(a) Min. FRANCISCO CESARASFOR ROCHA, Publicação: DJ - Diário de justiça, Data25/8/2006, Página 169 ). (grifo nosso)
Ressalte-se que, do ponto de vista eleitoral, o ato do agente público éilícito quando sua ação intervier no processo político-eleitoral,beneficiando partido, coligação ou candidato, de maneira a influenciara consciência eleitoral do cidadão e, consequentemente, interferir noequilíbrio do pleito. No entanto, os atos que, mesmo não afetando aigualdade de oportunidades entre os candidatos, desviam da suafinalidade pública podem ser considerados atos de improbidadeadministrativa, implicando em punição aos agentes que os tenhampraticado, bem como ao eventual candidato beneficiário da ação.
Nada obstante, não se deve olvidar o fato de que a participação emcampanhas eleitorais é direito de todos os cidadãos, claro, com asressalvas e limites legais. Portanto, não é vedado ao agente públicoparticipar, fora do horário de trabalho, de eventos de campanhaeleitoral a partir de 02 de julho de 2016, quando por força do art. 36, daLei nº 9.504, de 1997, é permitida a realização de propaganda eleitoral,devendo observar, no entanto, e como já dito, os limites impostos pelalegislação e pelos princípios éticos que regem a Administração Pública.
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3. Cronograma – Condutas Vedadas
ProibiçõesA partir de
1º.01.2016
A partir de
05.04.2016
A partir de
02.07.2016
Não sofre
limitação
temporal
Ceder, permitir ou usar, em
benefício de candidato,
partido ou coligação, bens
móveis ou imóveis
pertencentes à
Administração Direta ou
Indireta do Município,
ressalvada a realização de
convenção partidária.
Art. 73, I, Lei nº 9.504, de
1997 e suas alterações.
Permitir o uso de materiais e
serviços públicos a bem de
candidatos, partidos ou
coligações - Art. 73, II, Lei nº
9.504, de 1997 e suas
alterações.
Ceder servidor público ou
empregado da
Administração Direta ou
Indireta Municipal do Poder
Executivo, ou usar os seus
serviços para comitês de
campanha eleitoral de
candidato, partido ou
coligação, durante o horário11
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de expediente normal,
SALVO se o servidor ou
empregado estiver – Art. 73,
III, Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
Fazer ou permitir uso
promocional em favor de
candidato, partido ou
coligação, de distribuição
gratuita de bens e serviços
de caráter social custeados
ou subvencionados pelo
Poder Público - Art. 73, IV,
Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
Nomear, contratar, admitir,
demitir sem justa causa,
suprimir ou readaptar
vantagens ou por outros
meios dificultar ou impedir
o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover,
transferir ou exonerar
servidor público,
ressalvados:
a) a nomeação ou
exoneração de cargos em
comissão;
b) a designação ou dispensa
de funções de confiança;
c) a nomeação dos
aprovados em concursos12
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públicos homologados até 02
de julho de 2016;
d) a nomeação ou
contratação necessária à
instalação ou ao
funcionamento inadiável de
serviços públicos essenciais,
com prévia e expressa
autorização do Prefeito - Art.
73, V, Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
O Município não poderá
receber recursos advindos
de transferência voluntária
do Estado e da União,
exceto:
a) se houver obrigação
formal preexistente para a
execução de obra ou serviço
em andamento (aqueles que
já foram fisicamente
iniciados), com cronograma
prefixado (os três requisitos
devem estar presentes); ou
b) para atender situações de
emergência e calamidade
pública. - Art. 73, VI, “a”, Lei
nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
Em regra, a legislação proíbe
a publicidade institucional
no âmbito municipal13
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(Administrações Pública
Municipal Direta e Indireta)
no período indicado. Tal
somente poderá ocorrer
após o envio de petição à
Justiça Eleitoral, para que ela
reconheça grave e urgente
necessidade pública,
autorizando a sua veiculação
- Art. 73, VI, “b”, Lei nº
9.504, de 1997 e suas
alterações.
Fazer pronunciamento em
cadeia de rádio e televisão,
fora do horário eleitoral
gratuito, salvo quando, a
critério da Justiça Eleitoral,
tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das
funções de governo - Art. 73,
VI, “c”, Lei nº 9.504, de 1997
e suas alterações.
Realizar, no primeiro
semestre do ano de eleição,
despesas com publicidade
que excedam a média dos
gastos no primeiro semestre
dos três últimos anos que
antecedem o pleito - Art. 73,
VII, Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
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Fazer revisão geral da
remuneração dos servidores
públicos que exceda a
recomposição da perda de
seu poder aquisitivo ao
longo do ano da eleição -
Art. 73, VIII, Lei nº 9.504, de
1997 e suas alterações.
Fica proibida a distribuição
gratuita de bens, valores ou
benefícios por parte da
Administração Pública
Municipal, exceto nos casos
de calamidade pública, de
estado de emergência ou de
programas sociais
autorizados por lei e já em
execução orçamentária no
exercício anterior. - Art. 73, §
10, Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
Os programas sociais
referidos acima não poderão
ser executados por entidade
nominalmente vinculada a
candidato ou por este
mantida - Art. 73, § 11 Lei nº
9.504, de 1997 e suas
alterações.
Contratar shows artísticos
com recursos públicos na
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realização de inaugurações -
Art. 75, Lei nº 9.504, de 1997
e suas alterações.
O Município não pode
permitir que candidato
participe, a partir de 2 de
julho de 2016, de
inaugurações de obras
públicas - Art. 77, Lei nº
9.504, de 1997 e suas
alterações.
Configura abuso de
autoridade, para os fins do
disposto no art. 22 da Lei
Complementar nº 064, de 18
de maio de 1990 e suas
alterações, a infringência ao
disposto no § 1º do art. 37 da
Constituição da República,
in verbis: "A publicidade dos
atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter
caráter educativo,
informativo ou de orientação
social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem
promoção pessoal de
autoridades ou servidores
públicos" - Art. 74, Lei nº
9.504, de 1997 e suas16
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alterações.
É proibida a veiculação de
propaganda eleitoral nos
bens cujo uso dependa de
cessão ou permissão do
Poder Público, ou que a ele
pertençam, e nos bens de
uso comum, inclusive postes
de iluminação pública,
sinalização de tráfego,
viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos - Art.
37, Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
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4. Vedações aos Agentes PúblicosMunicipais nas Eleições de 2016
CONDUTAS VEDADAS EXCEÇÃO
Nos bens cujo uso dependa de cessão ou
permissão do poder público, ou que a ele
pertençam, e nos bens de uso comum,
inclusive postes de iluminação pública,
sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus e
outros equipamentos urbanos, é vedada a
veiculação de propaganda de qualquer
natureza, inclusive pichação, inscrição a
tinta e exposição de placas, estandartes,
faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados –
art. 37 da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
Nas dependências do Poder Legislativo,
cabe à respectiva Mesa Diretora decidir
sobre sua autorização.
Ceder ou usar, em prol de candidato, bens
móveis ou imóveis públicos empregados
na realização ou prestação de serviço
público, inclusive os pertencentes a
concessionárias de serviço público, ainda
que sejam empresas privadas.
Ex.: empresas de transporte coletivo, inciso
I, do art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
Excluem-se da proibição:
- os bens de uso comum, como ruas,
praças e parques.
- o uso de transporte oficial pelo
Presidente da República, Governadores
e Prefeitos que disputam a reeleição.
Nesse caso, entretanto, as despesas terão
de ser ressarcidas aos cofres públicos
pelo partido ou coligação – Art. 76,
caput, §§ 1º e 2º Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
- as residências oficiais desses agentes
políticos, desde que não sirvam como
comitês políticos.
Utilizar bens ou serviços públicos em prol O TSE decidiu que só é proibida a
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de determinada candidatura - inciso II, do
art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
utilização que exceder a quota de
material e serviços prevista nos
regimentos internos dos órgãos e desde
que esse material apenas divulgue a
atividade parlamentar, sem fazer
propaganda eleitoral.
Ceder ou utilizar servidor público para
comitê de campanha eleitoral - inciso III,
do art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
- O servidor pode trabalhar por vontade
própria, fora do horário do expediente.
- O servidor pode trabalhar no horário
do expediente se estiver licenciado.
Distribuir gratuitamente bens, valores ou
benefícios de caráter social para promover
determinado candidato - inciso IV, do art.
73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
A distribuição pode ser feita:
- quando for destinada a socorrer
pessoas por calamidade pública, ou
estado de emergência;
- quando se tratar de programas sociais
autorizados por lei e que já estavam
sendo executados financeiramente
desde o ano anterior.
§ 10, art. 73 da Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações.
Nomear, contratar, admitir, demitir sem
justa causa, suprimir ou readaptar
vantagens ou por outros meios dificultar
ou impedir o exercício funcional e, ainda,
ex officio, remover, transferir ou exonerar
servidor público nos três meses antes da
eleição até a posse dos eleitos – inciso V,
art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações – 02 de julho de 2016.
É permitida:
- a nomeação ou exoneração de cargos
em comissão ou designação ou a
dispensa de funções de confiança;
- a nomeação para cargos do Poder
Judiciário, do Ministério Público, dos
Tribunais ou Conselhos de Contas e dos
órgãos da Presidência da República;
- a nomeação dos aprovados em
concursos públicos homologados até
essa data (03 meses antes da eleição) –
02 de julho de 2016;
- a nomeação ou contratação necessária
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à instalação ou ao funcionamento
inadiável de serviços públicos
essenciais;
- a transferência ou remoção ex officio de
militares, policiais civis e de agentes
penitenciários.
Transferir recursos da União aos Estados e
Municípios, e dos Estados aos Municípios
– inciso VI, art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997
e suas alterações.
- Não se proíbe os repasses
constitucionais, como os relativos aos
Fundos de Participação ou os do SUS.
- Também são permitidos os repasses de
recursos destinados a cumprir obrigação
formal preexistente para a execução de
obra ou serviço em andamento, com
cronograma fixo e os destinados a
atender situações de emergência e
calamidade pública.
- São permitidos os repasses a entidades
privadas, como associações e fundações.
Realizar propaganda institucional, nos 03
(três) meses que antecedem a eleição, de
atos, programas, obras, serviços e
campanhas de órgãos públicos, ou
entidades da administração indireta –
alínea b, do inciso VI, do art. 73, da Lei nº
9.504, de 1997 e suas alterações – 02 de
julho de 2016.
- Em caso de grave e urgente
necessidade pública, com autorização
expressa da Justiça Eleitoral.
- Quando se tratar de propaganda de
produtos e serviços que tenham
concorrência no mercado.
Fazer pronunciamento em cadeia de rádio
e televisão, fora do horário eleitoral
gratuito, nos 03 (três) meses que
antecedem a eleição - alínea c, do inciso VI
e § 3º do art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações – 02 de julho de 2016.
O pronunciamento é permitido quando
se tratar de matéria urgente e relevante e
devidamente autorizado pela Justiça
Eleitoral.
Realizar, durante o período eleitoral, Não há exceções.
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propaganda institucional com nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal, art. 74, da Lei nº 9.504,
de 1997 e suas alterações.
Realizar, no primeiro semestre de 2016,
propaganda institucional que exceda a
média de gastos no primeiro semestre dos
03 (três) últimos anos que antecedem a
eleição - inciso VII, do art. 73, da Lei nº
9.504, de 1997 e suas alterações.
A propaganda poderá ser feita em caso
de grave e urgente necessidade pública,
assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.
A partir do dia 05 de abril de 2016, não se
pode conceder aumento salarial a
servidores públicos, se esses aumentos
forem superiores à recomposição das
perdas ocorridas durante o ano - inciso
VIII, do art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e
suas alterações e Resolução TSE nº 22.252,
de 20 de junho de 2006.
São permitidos reajustes salariais para
recomposição do poder aquisitivo.
Nos anos eleitorais, os programas sociais
do Município não poderão ser executados
por entidade nominalmente vinculada a
candidato ou por este mantida - § 11 do art.
73 da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
Não há exceções.
Contratar, nos (03) três meses que
antecedem as eleições, shows artísticos
pagos com recursos públicos para
inaugurações - art. 75, da Lei nº 9.504, de
1997 e suas alterações – 02 de julho de
2016.
Não há exceções.
Qualquer candidato comparecer a
inaugurações de obras públicas nos 03
(três) meses que antecedem as eleições -
A simples presença física do candidato,
sem nenhuma manifestação de caráter
eleitoral é o bastante para caracterizar a
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art. 77, da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações – 02 de julho de 2016.
conduta vedada.
O Tribunal Superior Eleitoral entretanto,
vem mudando o entendimento:
“Representação. Conduta vedada.
Inauguração de obra pública. Art. 77 da
Lei nº 9.504/97. 1. A mera presença do
candidato na inauguração de obra
pública, como qualquer pessoa do
povo, sem destaque e sem fazer uso da
palavra ou dela ser destinatário, não
configura o ilícito previsto no art. 77 da
Lei nº 9.504/97. 2. Entendimento do
acórdão regional em consonância com a
interpretação do TSE sobre o art. 77 da
Lei nº 9.504/97, conforme precedentes
[...]” (grifo nosso)
(Ac. de 5.11.2013 no AgR-AI nº 178190,
rel. Min. Henrique Neves;no mesmo
sentido oAc. de 14.6.2012 no AgR-RO nº
890235, rel. Min. Arnaldo Versiani, o Ac.
de 7.6.2011 no REspe nº 646984, rel. Min.
Nancy Andrighi e o Ac. de 15.9.2009 no
AgR-AI nº 11173, rel. Min. Marcelo
Ribeiro.)
É vedada na campanha eleitoral a
confecção, utilização, distribuição por
comitê, candidato, ou com a sua
autorização, de camisetas, chaveiros,
bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou
quaisquer outros bens ou materiais que
possam proporcionar vantagem ao eleitor -
§ 6º, art. 39 da Lei nº 9.504, de 1997 e suas
alterações.
O TSE tem entendimento de que são
permitidas a confecção, distribuição e a
utilização de displays, bandeirolas e
flâmulas em veículos automotores
particulares, pois não proporcionam
vantagem ao eleitor.
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5.Considerações Finais
- A mera previsão em Lei Orçamentária Anual dos recursos destinadosa programas sociais, não tem o condão de legitimar sua criação.
- A regra disposta no art. 73, VI, "b", Lei nº 9.504, de 1997 e suasalterações que proíbe a publicidade institucional no âmbito municipal apartir de 2 de julho de 2016 abrange a permanência da logomarca emobras, projetos e serviços realizado pelo Município, inclusive nas obras,projetos e parcerias realizadas com a União e o Estado de Minas Gerais.
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- A norma constante do § 10, do art. 73, da Lei nº 9.504, de 1997 e suasalterações é obstáculo a ter-se, no ano das eleições, o implemento debenefício fiscal referente à dívida ativa do Município bem como oencaminhamento à Câmara de Vereadores de projeto de lei, no aludidoperíodo, objetivando a previsão normativa voltada a favorecerinadimplentes.
- É permitido o custeio de despesas com viagens e hospedagens dosservidores, agentes públicos e convidados, em interesse do Município,por verbas provenientes de recursos vinculados, vez que tal condutanão se enquadra no rol das proibições previstas na legislação eleitoral.
- É possível o uso de bens públicos municipais em ano eleitoral pormeio de concessões, permissões, cessões e autorizações de uso, bemcomo a renovação desses instrumentos, desde que não se desvirtue embenefício de qualquer candidato, partido político ou coligação, e ainda,desde que não possua o condão de desequilibrar o pleito.
- A Resolução TSE nº 23.396, de 17 de dezembro de 2013 dispõe quequalquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penaleleitoral deverá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la ao JuizEleitoral. Outra disposição importante da referida Resolução é a ordemde prioridade que a Polícia Federal deverá dar às atribuições eleitorais.
- A Resolução TRE/MG nº 974, de 18 de junho de 2014 e suas alteraçõesdispõe que qualquer eleitor em todo o Estado de Minas Gerais que tiverconhecimento da existência de irregularidades relativas à propagandaeleitoral poderá utilizar o canal de denúncia, por meio do site do TRE-MG, em que o denunciante deverá se identificar, mas sua identidadeficará restrita à administração da Justiça Eleitoral, não constando emeventual apuração ou representação que vier a ser intentada. O“Denúncia On Line”, como foi chamado, não responderá a consultas e
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Prefeitura de Uberlândia
não receberá denúncias de propagandas eleitorais relativas a rádio, TVe imprensa escrita — que têm um tipo de tramitação específica.
Eram estas as considerações que julgamos importantes e procedentesserem divulgadas a todos os servidores e gestores públicos e demaisinteressados.
6.Fontes
Constituição da República de 1988; Lei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 e suas alterações; Lei Complementar Federal nº 64, de 18 de maio de 1990 e suasalterações; Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967 e suas alterações; Lei Federal nº 4.737, de 15 de julho de 1965 e suas alterações –Código Eleitoral Brasileiro; RESOLUÇÃO TSE nº 22.252, DE 20 DE JUNHO DE 2006;
Resolução TSE nº 23.457, de 15 de dezembro de 2015; Resolução TSE nº 23.450, de 3 de dezembro de 2015;
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