discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming departamento de...

27
Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen www.letras.ufrj.br/clipsen Aniela Improta França Aniela Improta França Primeiro Encontro Maryland – UFRJ de Sintaxe e Neurociência da Linguagem Jan 2006

Upload: internet

Post on 21-Apr-2015

103 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Discriminating perception of initial sounds: phonology and

morphology priming

Departamento de Lingüística – UFRJLaboratório Clipsen www.letras.ufrj.br/clipsen

Aniela Improta FrançaAniela Improta França

Primeiro Encontro Maryland – UFRJ de Sintaxe e Neurociência da Linguagem

Jan 2006

Page 2: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Acesso Lexical Acesso Lexical

carry

turf tea teach turkey teen

sport

door turmoil figure

water turbo turquoise

team teacher

Antes da estimulação: palavras virtualmente desativadas

Depois da estimulação: “corrida” para fazer o pareamento entre estímulo e a representação mental correspondente

Page 3: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

O problema da ativação múltipla

carry

turf tea teach turkey teen sport

door turmoil figure

water turbo turquoise

team teacher

Corrida para ativação

carry

turf tea teach turkey teen sport

door turmoil figure

water turbo turquoise

team teacher

Estimulação

TEACHQual o critério para a

ativação?

/thiy:t/

Semelhança fonológica?

Só este?

Page 4: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Evidências PsicolingüísticasEvidências Psicolingüísticas

TESTE DE PRIMING: (RASTLE et al. 2000)Alvos demoram mais para serem reconhecidas quando

precedidas por palavras que soam parecido

SPINACH spin

alvoPRIME

oceanSPINACH

705 ms

Tempo de

Reação

662 ms

Demora mais para ser

reconhecida !?!

Page 5: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Isel, & Bacri, (1999): Experimento de priming semântico

• TROMBONE prima (facilita) rib (costela) via BONE (osso)

Ponto em comum entre os dois estudos:

• Parece haver atraso no reconhecimento de alvos que se assemelham fonologicamente com seus primes

Evidências PsicolingüísticasEvidências Psicolingüísticas

• Mas CARGO não prima BUS via CAR !

Page 6: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Evidências neurofisiológicasEvidências neurofisiológicas

Aquisição de biosinais através do MEG

Grupo do MIT liderado por Alec MarantzGrupo do MIT liderado por Alec Marantz

Page 7: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

tempo de reação

± 500msM170 M250 M350

Evidências neurofisiológicasEvidências neurofisiológicas

Page 8: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Disambiguating the source of phonological inhibition effects in

lexical decision: an MEG study

Liina Pylkkänen, Laura Gonnerman, Andrew Stringfellow and Alec Marantz (2003)

- Experimento multimodal (palavras alvo visual / palavras competidoras auditivas) nas quatro condições seguintes :

Série 1 - Correspondência fonológica pelo início: spinach - SPIN Série 2 - Correspondência fonológica pelo meio: teacher - REACH Série 3 - Correspondência morfológica transparente: teacher – TEACH Série 4 - Correspondência morfológica com pseudo affix: corner – CORN

- Também foram testados grupos controles elicitando comparações entre as mesmas palavras competidoras, usadas nos grupos acima, e palavras alvo sem possibilidade de pareamento. Exemplo: ocean-SPIN

Artigo seminal Artigo seminal

Page 9: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Resultados Resultados CONDIÇÃO 2

Correspondência fonológica pelo meioCONDIÇÃO 1

Correspondência fonológica pelo início

Page 10: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Semelhança fonológica pelo início

SPINACH

PRIME

ocean

SPIN

SPIN

TR

OCEAN TR

nív

el

de

ati

vaç

ão

tempo

SPINACH Início de ativação mais rápido

alvo

spin

SPINACHSPIN

AC

H

Page 11: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

tempo

Nív

el d

e at

ivaç

ão

Nível de repouso

teacher

reach

excitação

Palavra alvo: teacherCompetidores: teacher, reach

Semelhança fonológica pelo meio

Page 12: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Resultados Resultados

Raiz vRaiz v

vv

teach teach ØØ

Concatenação de raizConcatenação de raiz++

Primeiro morfema categorizadorPrimeiro morfema categorizador

nn

nn

erer

Herda a leitura da base Herda a leitura da base [Raiz + v] feita antes [Raiz + v] feita antes

++o agentivo -er que entra o agentivo -er que entra

composicionalmentecomposicionalmente

Leitura idiossincrática Leitura idiossincrática feita pela Enciclopédiafeita pela Enciclopédia

Pseudo Pseudo afixoafixo

Page 13: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

ETIMOLOGIA E PRIMING MORFOLÓGICO E FONOLÓGICO

Miriam Lemle Aniela Improta França

Isabella Lopes Pederneira – bolsista FAPERJ Glauber Romling da Silva – bolsista Museu Nacional

Lincoln Marco da Silva Salles

Page 14: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Série 1 – 80 pares de palavras que compartilham raízes: deduzir-dedução

Séries de estímulos:

Série 2 – 80 pares de palavras que compartilham o início fonológico: prezar- pressão

Importante: Os contrastes fonológicos entre os pares da Série 1 são os mesmos encontrados nos pares da Série 2.Série 1 – deduzir -dedução [z] [s]Série 2 – prezar - pressão [z] [s]

Série 3 (grupo controle) – 80 pares de palavras sem relacionamento morfológico ou fonológico: polar-costura

Série 4 (tarefa do experimento) – 240 pares de palavras e não palavras: colar-frutido

Page 15: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Metodologia do Experimento:

Voluntários: total = 30 (16 mulheres e 14 homens), idade média = 21, 2 anos, alunos da graduação de

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

80 pares de palavras nas séries 1, 2 e 3. Total 240 palavras;

Formato: Prime encoberto - prime 38 ms / alvo 200 ms;

Pergunta feita aos voluntários: palavra ou não-palavra?

240 pares de prime / não-palavras na série 4;

Estimulação com os pares misturados aleatoriamente;

Page 16: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Resultados:

Page 17: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

COMPARAÇÃO 1COMPARAÇÃO 1: : Série 1 ((deduzir-deduçãodeduzir-dedução)) e e Série 2 ((prezar- pressãoprezar- pressão))

• Esta comparação nos mostra que a diferença entre as duas séries é estatisticamente significativa.

• O compartilhamento de unidades morfológicas é um facilitador mais efetivo do que o compartilhamento de segmentos fonológicosmesmo quando os segmentos fonológicos discrepantes são igualadosnas duas condições.

Resultados:

Série 1 Série 2

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

Tem

po(m

s)

BoxPlot dos Grupos Analisados

p = 0p = 0

Page 18: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

COMPARAÇÃO 2COMPARAÇÃO 2: : Série 1 ((deduzir-deduçãodeduzir-dedução)) e e Série 3 ((polar-costurapolar-costura))

• Esta comparação nos mostra que a diferença entre as séries de relacionamento morfológico e de não-prime é significativa estatisticamente.

• O compartilhamento de unidades morfológicas é um facilitador muito mais efetivo do reconhecimento do alvo do que o acesso lexical a partir de palavras que não sofreram o efeito de prime (nível de ativação basal)

Série 1 Série 3

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

Tem

po(m

s)

BoxPlot dos Grupos Analisados

p = 0p = 0

Page 19: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

• A comparação revela que há diferença estatisticamente significativa entre as duas séries.• Estas são séries opostas: a Série 1 é a de tempo de resposta mais rápido (morfologia) e a Série 4, mais lento (não palavra).

COMPARAÇÃO 3COMPARAÇÃO 3: : Série 1 ((deduzir-deduçãodeduzir-dedução)) e e Série 4 ((colar-frutidocolar-frutido))

Série 1 Série 4200

400

600

800

1000

1200

1400

Tem

po(m

s)

BoxPlot dos Grupos Analisados

p = 0p = 0

Page 20: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

COMPARAÇÃO 4COMPARAÇÃO 4: : Série 2 ((prezar-pressãoprezar-pressão) ) e e Série 3 ((generoso-posturageneroso-postura))

• A comparação nos mostra que não há diferença estatisticamente significativa entre as duas séries.• O valor de “p”, no entanto, está muito próximo do limiar 0,05, o que nos leva a crer que o teste neurofisiológico poderia vir a captar priming positivo para a série com relacionamento fonológico.

Série 2 Série 3

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

Tem

po(m

s)

BoxPlot dos Grupos Analisados

p = 0,06p = 0,06

Page 21: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Conclusão:

• Nosso teste teve êxito em captar diferenças entre semelhanças morfológicas e fonológicas.

• A partir disso, pretendemos fazer a testagem neurofisiológica.

Page 22: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Resultados / Contagem: Resultados / Contagem:

Page 23: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Aniela Improta FrançaHeloísa Macedo Coelho (CNPq/PIBIC)

Juliana Novo Gomes (CNPq/PIBIC)Roberto Lopes Cordero

Hipótese da Ativação ContínuaHipótese da Ativação Contínua

Faculdade de LetrasDepartamento de Lingüística - UFRJwww.letras.ufrj.br/clipsen

Page 24: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Série 1Série 1: Pares de palavras com relação fonológica pelo início ( CABEÇA-cabide);

Série 2Série 2: Pares de palavras com relação fonológica pelo meio ( BEIJO-queijo);

Série 3Série 3: Pares de palavras com relação morfológica : Pares de palavras com relação morfológica ((ÁCIDOÁCIDO--acidezacidez ); );

Série 4Série 4: Pares cujo alvo é uma não palavra : Pares cujo alvo é uma não palavra ((PREGOPREGO--niteconiteco).).

Hipótese da Ativação Contínua no Português

Comparar o tempo de resposta, o tempo de ativação e também o nível de ativação de palavras-alvo a partir de semelhanças fonológicas localizadas no início ou no meio do prime. Comparar resultados com priming morfológico.

Objetivo:

Page 25: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

Metodologia do teste Metodologia do teste comportamental:comportamental:

Voluntários: total = 31 (16 mulheres e 15 homens), idade média = 22,9 anos, alunos de graduação e mestrado

da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Formato: Prime encoberto - prime 38 ms / alvo 200 ms;

Pergunta feita aos voluntários: palavra ou não-palavra?

Séries 1, 2 e 3: 40 pares de palavras em cada. Total 120

palavras;

Série 4: 120 pares de prime / não-palavras;

Estimulação com os pares misturados aleatoriamente;

Page 26: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

ResultadosResultados:

* Estatística de significância das amostras processadas pelo teste ANOVA.

O limiar estatisticamente significativo que atesta que as amostras comparadas são

realmente diferentes é p ≤ 0,05.

Comparações:

Série 1Série 1 com Série 2Série 2: p = 0,09Série 1Série 1 com Série 3Série 3: p = 0,009

Série 2Série 2 com Série 3Série 3: p = 3,3

Page 27: Discriminating perception of initial sounds: phonology and morphology priming Departamento de Lingüística – UFRJ Laboratório Clipsen

1.1. Apesar dos tempos de resposta mostrarem a Apesar dos tempos de resposta mostrarem a progressão prevista pela Hipótese da Ativação progressão prevista pela Hipótese da Ativação Contínua, a metodologia utilizada não teve Contínua, a metodologia utilizada não teve sucesso em captar a diferença do efeito de sucesso em captar a diferença do efeito de prime prime entre as séries 1 e 2. Ou seja, não foi possível entre as séries 1 e 2. Ou seja, não foi possível discriminar entre semelhança fonológica pelo discriminar entre semelhança fonológica pelo início e pelo meio.início e pelo meio.

CONCLUSÃO:CONCLUSÃO:

3. Diante disso, agora vamos testar a nossa hipótese3. Diante disso, agora vamos testar a nossa hipótese neurofisiologicamente.neurofisiologicamente.

2.2. A condição de identidade morfológica foi captada A condição de identidade morfológica foi captada com sucessocom sucesso..