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PÓS-GRADUAÇÃO EM MBA EM GESTÃO PÚBLICA DISCIPLINA DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR PROFESSOR DR. CLÁUDIO SILVEIRA MAIA GUARANTÃ DO NORTE – MT MARÇO/2016

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PÓS-GRADUAÇÃO EM

MBA EM GESTÃO PÚBLICA

DISCIPLINA

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

PROFESSOR

DR. CLÁUDIO SILVEIRA MAIA

GUARANTÃ DO NORTE – MT MARÇO/2016

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AJES - FACULDADE DO NORTE DE MATO GROSSO Credenciada pela Portaria MEC nº 538 de 03/06/2015, publicado no D.O.U. de 05/06/2015

Autorizada pela Portaria nº 488, de 26/06/2015, publicada no D.O.U. de 29/06/2015

Rua dos Oityz, nº 150, Bairro Jardim Vitória, CEP: 78520-000 - Guarantã do Norte-MT

www.pos.ajes.edu.br – [email protected] Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.

De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.

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CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR

É Doutor em Estudos Literários (CAPES 5) pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual de São Paulo, campus de Araraquara (FCLAr/UNESP). Possui graduação em Letras, com habilitação Português/Inglês, pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e mestrado em Estudos Literários pela FCLAr/UNESP. Atualmente é Professor Titular dos Programas de Graduação e Pós-Graduação da FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA, e do INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA, mantidos pela AJES, em Juína-MT. (Texto informado pelo autor) Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/2200891450855355

EMENTA E BIBLIOGRAFIA EMENTA Dimensões do processo didático e seus eixos norteadores: ensinar, aprender, pesquisar e avaliar. A centralidade da avaliação em suas diferentes dimensões: avaliação da aprendizagem, do trabalho pedagógico e institucional. Planejamento do trabalho pedagógico. A relação pedagógica nos diversos contextos formativos. Impacto das políticas de avaliação na organização do trabalho pedagógico. Funções sociais da educação superior. Conceito de trabalho e trabalho pedagógico universitário em diferentes contextos. Importância e necessidade da formação pedagógica do professor universitário. Princípios metodológicos do trabalho pedagógico universitário: intencionalidade, criticidade, construção, reflexão, criatividade, parceria, auto-avaliação, autonomia, inclusão e indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. BIBLIOGRAFIA ALARCÃO, I. (org.) Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto, Portugal: Editora Porto, 1996. BIREAUD, A. Os métodos pedagógicos no ensino superior. Porto, Portugal: Porto Editora, 1995. GOODSON, I. A construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997. GARRIDO Pimenta, Maria Isabel de Almeida (Orgs). Pedagogia universitária: caminhos para a formação de professores. São Paulo: Cortez, 2011. GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. MASSETO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2003 MASSETO, Marcos (org). Docência na universidade. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1998 PARRENOUD, Philipe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. VASCONCELOS, Lúcia M. Carvalho. A formação do professor do ensino superior. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 2000. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de ensino: por que não? Campinas: Papirus, 1991.

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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

ENSINAGEM: TEORIA E PRÁTICA

Apostila de autoria do Professor Me. João Luiz Derkoski, COM RECORTES, REVISÃO E ADAPTAÇÕES do Prof. Dr. Cláudio Silveira Maia

Apresentação

A expansão do ensino superior em número de instituições e alunos tem criado uma demanda por professores preparados, acima do que o mercado está podendo oferecer. Fenômeno que leva a uma reflexão sobre a preparação dos professores que estão preenchendo esta carência.

O esforço de se colocar bons professores nem sempre é compensado quando nos referimos à qualidade da prática de ensino. Nem sempre um bom bacharel ou pós-graduado, com conhecimentos suficientes para o trabalho, consegue atender as necessidades que o ensino e a aprendizagem exigem.

O que acontece na maioria das vezes é que esta pessoa de bons conhecimentos técnicos adormece técnica e acorda professor decorrendo daí toda uma exigência de competência feita pela instituição e pelos alunos que ele não adquiriu como educador.

Propiciar a estes professores a oportunidade de capacitação e de atualização pedagógica será contribuir para a qualidade do ensino, com resultados imediatos de satisfação dos alunos, o objetivo mais importante das nossas instituições.

Siga conosco!

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Objetivo:

Refletir e discutir o processo ensino-aprendizagem, considerando a importância dos aspectos metodológicos no fazer do professor.

Programa:

Apresentação

Relações interpessoais.........................................

A prática das relações interpessoais.....................

Alguns lembretes sobre a prática.........................

Aprendizagem......................................................

Aprendizagem e a memória.................................

Algumas idéias atuais para a ensinagem.............

Caso I – Faculdade Estácio de Sá........................

Caso II – Universidade São Francisco.................

Práticas da ensinagem..........................................

Novos pensadores da educação............................

Planejamento do ensino........................................

Atividades práticas...............................................

Algumas práticas recomendáveis.........................

Direito autoral......................................................

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* Ensinagem: Termo adotado para significar uma situação de ensino da qual necessariamente decorra a aprendizagem, sendo a parceria professor e alunos a condição fundamental para o enfrentamento do conhecimento, necessário à formação do aluno durante o curso de graduação. A Expressão ensinagem foi inicialmente explicada no texto de ANASTASIOU, L.G. C. resultante da pesquisa de doutorado: Metodologia do ensino superior: da prática docente a uma possível teoria pedagógica. Curitiba IBPEX, 1998, 193-201.

Relação interpessoais:

As pessoas são diferentes.

Têm personalidades diferentes e comportamentos diferentes.

Cor, raça, credo, aspirações ... Nos fazem diferentes.

Mas, tudo isso, não nos faz desiguais.

O preconceito é que nos torna desiguais.

Não existem relações interpessoais produtivas onde existe o preconceito.

(DERKOSKI, 2003)

E... o que é ensinar senão manter relações interpessoais produtivas?

As relações interpessoais se caracterizam pelo processo relacional entre pessoas sobre tudo diferentes. E é pelo reconhecimento e respeito dessas diferenças que tudo deve começar.

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O primeiro passo no aperfeiçoamento de sua habilidade no tratar com as pessoas (relações humanas plenas de sucesso) é propriamente o entendimento das pessoas e de sua natureza.

Se você entender a natureza humana e as pessoas, se souber porque as pessoas fazem as coisas que fazem, se souber porque as pessoas irão reagir sob certas condições, só então você poderá se tornar um hábil “diplomata de pessoas”.

É das origens nas relações interpessoais no processo de formação do estudante que gostaria de me estender um pouco.

Isto porque “quando refletimos sobre nossa prática também trazemos à reflexão nossa história, nossos habitus, nossa família, nossa cultura, nossos gostos e nossas aversões, nossa relação com os outros, nossas angústias e nossas obsessões” (PERRENOUD, 2002).

“Visando prepara-se para isso, não basta ler Freud ou Bordieu em uma edição de bolso, ainda que isso não seja inútil. A formação deve acrescentar ao olhar sobre si mesmo um pouco de sociologia e da psicanálise, dando-lhe, sobretudo, um status profissional, claro e positivo. Nem narcisismo, nem autodesvalorização: deve-se buscar a compreensão de onde vêm nossas relações com os outros” (PERRENOUD, 2002).

Para que os professores não tenham a tendência de querer homogeneizar seus alunos como se fossem robôs, capaz de responderem à programação neles implantada cumpre verificar mesmo que não profundamente suas diferenças.

Primeiro existem nossas diferenças biológicas, genéticas, congênitas e funcionais: cor da pele, estatura, resistência física, composição do sistema nervoso, muscular e ósseo, portador ou não de alguma deficiência, mental ou orgânica etc.

Segundo da influência e as diferenças patrocinadas pelas ações ambientais, representadas pela cultura, solo, fauna, flora, clima.

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Terceira pela estrutura psíquica, personalidade, neoroses, psicoses, normalidades, complexos e outros fenômenos ligados ao consciente, inconsciente, pré-consciente, id, ego, superego.

Assim podemos afirmar: Somos todos diferentes. Porém, diferença não pode ser confundida com desigualdade, desigualdade é preconceito e num clima preconceituoso, nunca prosperará um ambiente propício para a aprendizagem.

O preconceito se reflete nas relações pessoais como um julgamento sumário baseado nas aparências e ranços culturais. O agente de um preconceito se esquece o sofredor nunca.

Aquilo que se refere ao reconhecimento e aceitação dessas diferenças tem-se chamado relativamente de “alteridade”.

“Tentar compreender a alteridade, isto é, a relação com os/as outros/as, é um tema candente no cenário internacional contemporâneo. A xenofobia e o racismo, as guerras étnicas, o preconceito e os estigmas, a segregação e a discriminação baseadas na raça, na etnia, no gênero, na idade ou na classe social são todos fenômenos amplamente disseminados no mundo, e que implicam em altos graus de violência. Todos eles são manifestações de não reconhecimento dos/das outros/as como seres humanos cabais, com os mesmos direitos que os nossos” (JELIN, 2003).

Alteridade seria, portanto, a capacidade de conviver com o diferente, de se proporcionar um olhar interior a partir das diferenças. Significa que eu reconheço “o outro” também com o sujeito de iguais direitos. É exatamente essa constatação das diferenças que gera a alteridade.

“A intolerância, geralmente pela incapacidade de perceber o universo de inter-relações sócias e culturais determinantes de uma dada situação, exige um culpado para satisfazer um erro” (JELIN, 2003).

Assim para avançarmos um pouco mais vamos rever estas diferenças.

Diferenças biológicas

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Vejamos o comentário (THOMASON, 1978) sobre as diferenças biológicas:

“A partir do início da vida do germe da célula fertilizada, cada indivíduo difere do outro de alguma forma. Como diz Elizabeth Gregg MacGibbon, ‘Parte do grande mistério de toda a natureza é que não existem duplicatas. Em suas fábricas, o homem produz centenas, milhares e até milhões de duplicatas. Mas tal não se dá no grande universo’. Duas folhas, dois flocos de neve, duas pessoas (nem mesmo gêmeos idênticos), são absolutamente iguais. Este princípio de individualidade é conhecido como ‘variação’”.

É útil na apresentação de um estudo sobre a natureza humana a exposição rápida de algumas dessas características comuns adaptadas de (THOMASON, 1978):

Admite-se geralmente que os seres humanos herdam certos atributos básicos, quer físicos quer mentais. Isto inclui órgãos do sentido, os músculos, as glândulas, o cérebro, e a estrutura nervosa da qual depende a possibilidade e a capacidade de aprendizado. Em outras palavras, nascemos com um corpo que funciona e com uma mente que é parte fisiológica deste corpo, e que dirige quase toda sua atividade. Isto parece por demais óbvio para ser mencionado, mas precisamos considerá-lo seriamente, pois que muito comportamento humano resulta da própria natureza do corpo como um organismo vivo.

Qualquer organismo vivo e especialmente o corpo humano, que é o mais complexo organismo vivo, depende de certos materiais e condições para a manutenção da própria vida. Nisto está incluído o alimento, a água, os reparos pelo descanso, a reprodução, e a temperatura tolerável. Além disso, herdamos por meio de nossos corpos, certos impulsos ou necessidades tais como a fome, a sede, a urgência do sono, o impulso sexual e o instinto de proteger-se contra os elementos. Se nos detivermos um pouco veremos que se o corpo não carregasse consigo esses impulsos básicos, muito facilmente “esqueceria” de continuar a viver.

Parece que também herdamos um pequeno número de reflexos – certas formas de atividade ou reação que não são dirigidas pela consciência – tais como o reflexo do joelho, ou o cerrar as pálpebras diante do brilho súbito da luz. Os reflexos são muitas vezes denominados “instintos” à medida que se complicam, e são mais fáceis de observar tanto em número como em importância aos estudarmos as atividades das formas inferiores de vida.

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Uma abelha, por exemplo, parece ser muito mais controlada pelo instinto do que pela razão, enquanto que o comportamento do homem, que é mais racional de todos os animais, parece ser o menos controlado pelos instintos ou reflexos.

Há ainda outro impulso que pertence a todos os organismos e que consiste na procura do “prazer” e no evitar o “desagradável”. Este é o impulso da “segurança”. Na humanidade isto dá margem a uma série de características comuns que exigem especial atenção neste trabalho sobre a Natureza Humana.

O primeiro deles é a “curiosidade”, sem a qual dificilmente saberíamos o que procurar ou o que evitar em nossos esforços para obter segurança.

O outro é o “desejo de ser reconhecido” que, quando satisfeito, dá uma espécie de segurança espiritual, e no melhor dos casos pode mesmo produzir certa segurança material.

Uma terceira característica comum é a “rivalidade ou o espírito de competição”, que leva o homem a conquistar algumas das satisfações da vida que parecem não existir em quantidade suficiente para que todos possam largamente gozá-las.

O quarto impulso é o espírito “gregário”, ou o desejo de viver agrupado a fim de aumentar a segurança pela proximidade dos outros.

O quinto é o espírito “criador, ou o impulso de fazer”, de compor, de realizar, ou de qualquer modo modificar o meio ambiente para nossa maior satisfação.

Todos estes impulsos – curiosidade, desejo de ser reconhecido, rivalidade, espírito gregário e espírito criador – variam de indivíduo para indivíduo apenas em graus. Eles merecem nossa particular atenção, pois, tendo compreendido que não são apenas uma parte vital da nossa formação, mas sim também da formação de todos os outros indivíduos com os quais entramos em contato, temos aí o início da compreensão das pessoas que nos auxiliarão quando a elas nos associarmos.

Diferenças psicológicas

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As pessoas são diferentes devido à estrutura psicológica de cada um, explicada pela psicologia e psicanálise.

A psicologia tentando explicar o como e o porquê das ações dos indivíduos e dos grupos de indivíduos, seus pontos de semelhanças e suas diferenças, e a forma pela qual são influenciados pelo ambiente que os cerca. Procura esclarecer a natureza original das pessoas, seus traços adquiridos, e a maneira pela qual os adquiriu e as modificações que acarretaram à natureza humana em suas relações mútuas e em suas formas de sustento (THOMASON, 1978).

Já os conceitos principais da teoria psicanalítica são os de energia, libido e catéxis; as subdivisões da personalidade (id, ego e superego); as qualidades mentais (consciente pré-consciente e inconsciente); os instintos; as defesas do ego e a formação das características individuais (AGUIAR, 1988).

De acordo com a teoria vigente, todas as pessoas possuem a mesma estrutura psíquica, porém os conteúdos dos elementos citados acima diferem entre elas.

Existem em cada um de nós e entre nós e de forma diferente, uma maior ou menor normalidade/anormalidade, que se aponta como, histerias, neuroses, fobias e complexos de inferioridade expostos a todo o momento às outras pessoas que compartilham conosco do mesmo espaço comunitário que influenciam nosso relacionamento diário.

Diferenças ambientais

O homem é também resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquirida pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade. (LARAIA, 1992).

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O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, processo que chamamos de socialização, composta da família, mídia, conhecimentos adquiridos, símbolos, mitos, religião, tradições etc. sintetizado de cultura, em decorrência de uma educação diferenciada.

Mas, também na história das sociedades, com exceção da coletora, até nossos dias, constatamos um poder ideológico que as organiza em duas classes, a opressora e a oprimida:

A opressora que mantém e conserva a seu favor, todo um aparato, de aparelhos de estado, de intelectuais orgânicos e da própria religião, para gerar um comportamento subalterno e conformado - “consciência ingênua” (FREIRE, 1983).

A dominada que vive a espera de um milagre para a superação de suas mazelas entregue ao assistencialismo caritativo da classe dominante.

Compreender que no nosso dia-dia escolar estamos expostos a essa realidade se torna importante para uma convivência mais respeitosa, crítica, motivadora e de construção conjunta.

A sala de aula é uma comunidade de pessoas diferentes que sendo despertadas sinergéticamente podem criar, fazer ciência e até mudar determinados conceitos e procedimentos.

“No mundo e com o mundo, o homem se relaciona com outros homens. A consciência de si e do mundo, acrescenta a consciência do outro. Dois sujeitos que conhecem o mesmo mundo, criam o mundo da comunicação que se faz pela palavra e pensar no plural. A expressão da comunicação que se define como ação e reflexão. A palavra fundamenta o diálogo, que se realiza no encontro de sujeitos que buscam o significado do mundo” (NEMES, 1983).

A prática das relações interpessoais

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Como diz (FREIRE, 1980): É pela reflexão que o ser humano se diferencia do animal, este “reflexo” porque aderido é incapaz de admirar, admirando-se. Por isso convido todos a fazer este ato de admiração em nosso cotidiano escolar.

Costumo afirmar: O indivíduo para tornar-se pessoa, precisa da interação com outros indivíduos, isto é, influenciando ou sendo influenciado pelo outro, outros ou pelo grupo a que pertence.

Não se vive sem relacionamento. É um diálogo permanente, mesmo na mudez da verbalização.

O sujeito só é através do outro ser. Ao não procurar fazer o outro ser, acaba não sendo (DERKOSKI, 2003).

Daí que sobre essa felicidade, as relações interpessoais podem contribuir de duas maneiras: Nos fazendo mais feliz ou menos feliz, dependendo da qualidade do relacionamento estabelecido no ambiente escolar em que vivemos.

Após esta pequena introdução sobre as origens do comportamento, mas

suficientes para começarmos refletir por que agimos desta ou de outra maneira,

poderemos iniciar o desenvolvimento das relações interpessoais na escola. Como diz THOMASON e CLEMENTE (1978): “O primeiro passo no aperfeiçoamento de sua

habilidade no tratar com as pessoas (relações humanas plenas de sucesso) é

propriamente o entendimento das pessoas e de sua natureza”.

“Se você entender a natureza humana e as pessoas, se souber por que as pessoas

fazem as coisas que fazem, se souber por que as pessoas irão reagir sob certas

condições, só então você poderá se tornar um hábil diplomata de pessoas”.

+ F - F

0

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Alguns lembretes

Para o desenvolvimento de relações interpessoais e melhorar o resultado

pedagógico na educação, me atrevo apresentar algumas sugestões.

Comunicação/interação – Não se pode conceber educação sem comunicação, e sem ela

não se processa a influenciação de umas pessoas sobre as outras necessárias ao

desenvolvimento da cidadania.

A educação “dialógica” de Paulo Freire (1983) tem seu fundamento no diálogo

permanente: Ensina-se aprendendo e aprende-se ensinando. Quando os obstáculos

interrompem o fluxo emissor-receptor e vice-versa, se torna necessário uma pausa para

reflexão sobre a causa desses obstáculos, esperar sua desobstaculação para continuar o

diálogo, sob pena de um desgaste maior e um resultado inferior ao esperado.

A percepção – Nada melhor para refletir sobre a percepção, a história contada por THOMASON (1978):

Há alguns anos atrás, o “Buffalo News” imprimia este epitáfio a um caçador:

“Sob o salso-chorão jaz Edward Bier que por outro caçador foi confundido com um veado”.

Poderia parecer que neste caso alguém foi culpado de um julgamento precipitado, isto é, de má percepção. Este alguém imaginou ter visto um veado; tinha tanta certeza que descarregou a espingarda. Teria sido um defeito de visão a causa deste erro? Ou será que nosso espírito nos prega peças? Para isso devemos observar o processo do comportamento humano a que os psicólogos chamam de percepção.

A + I = P

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A: Tomar consciência

B: Interpretação

P: Percepção

Um dos fatos básicos que cada um deveria compreender sobre julgamentos precipitados, é que a exatidão depende tanto da pessoa sobre a qual estendemos nosso julgamento com também sobre a coisa julgada. Isto se torna perfeitamente lógico quando lembramos que o julgamento é na realidade uma percepção, e que a percepção se encontra no espírito de quem julga e não fora da pessoa, e em qualquer objeto inanimado.

Voltando então à equação A + I = P, vemos que se desejamos uma interpretação de confiança, devemos obter primeiro uma tomada de consciência e uma interpretação digna de confiança.

As principais influências que determinam a perfeição ou imperfeição da tomada de consciência de um indivíduo podem ser classificadas sob três títulos principais: Condições físicas, experiência e formação mental.

A inferência – Nossa experiência passada conduz-nos a conclusões rápidas sem levar em

conta a percepção isto porque (SENGE, 1997), vivemos num mundo de crenças

autogeradoras que em grande parte permanecem não-testadas.

Adotamos essas crenças por que elas se baseiam em conclusões inferidas do que

observamos, acrescidas de nossa experiência passada. Nossa capacidade de alcançar os

resultados que verdadeiramente desejamos é corroída por nossas opiniões de que:

Nossas crenças são verdades; A verdade é óbvia; Nossas crenças se baseiam em dados reais; Os dados que selecionamos são dados reais.

Dou um exemplo verídico:

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Em uma instituição de ensino ouve-se o estrondo de uma bomba no banheiro e a saída de um aluno correndo que entra em sua sala de aula.

Um professor que passa naquele momento no corredor vê esse aluno, manda parar e sai correndo atrás dele. Como o aluno não obedece, entra na sala de aula e grita:

-- Foi você!

O aluno responde assustado: -- Não fui eu!

O professor: -- Então porque correu?

O aluno: -- Me apavorei por que estava matando a aula.

O professor: -- Deixa disso você é um mentiroso eu vi que foi você! Vem comigo para a sala da coordenação.

O aluno: -- Não vou!

A situação ficou tensa, aluno e professor se envolveram em luta corporal, indo parar na delegacia de policia.

Após horas de tensão, descobriram o que aconteceu: Um ex-aluno afastado do curso veio buscar sua transferência. Enquanto a secretaria aprontava a documentação, armou a bomba para explodir dali uns 15 minutos, pegou os papéis e sentou no jardim para assistir toda cena.

Pergunto: Como ficou o professor que acusou o aluno inocente? Como fica sua autoridade perante os alunos dali para frente?

Na realidade não se pode viver a vida sem se acrescentar significado ou tirar conclusões. Isto seria um modo de viver ineficiente e enfadonho. Mas podemos melhorar nossas comunicações através da reflexão, e usando de três maneiras a escada da inferência:

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Tornando-nos mais conscientes do nosso próprio pensamento e raciocínio (reflexão).

Tornando nosso pensamento e raciocínio mais transparente para outros (argumentação).

Inquirindo o pensamento e raciocínio de outros (inquirição).

Exemplo:

Quais os dados observáveis em que se baseia essa afirmação? Alguém concorda quanto ao que os dados são? Pode você fazer-me percorrer sua linha de raciocínio? Como saímos desses dados para esses pressupostos abstratos?

Integração no grupo – (FRITZEN, 1988), Consegue identificar três necessidades

interpessoais: a necessidade de inclusão, a necessidade de controle e a necessidade de

afeição. Todo indivíduo ao entrar num grupo preocupa-se inicialmente, com a inclusão

passando, a seguir para o controle e, finalmente, procura satisfazer sua necessidade de

afeição.

Inclusão

Define-se a necessidade de inclusão como a necessidade que experimenta, todo membro novo de um grupo, de se sentir aceito, integrado, valorizado totalmente por aqueles aos quais se junta.

Nesta primeira fase, o indivíduo se formula as seguintes perguntas:

Como serei aceito? Quem me aceitará? Quem me rejeitará? Que devo fazer para ser aceito?

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Todo participante de um grupo pode colaborar para a sua própria inclusão e a dos outros.

Controle

Uma vez satisfeita a necessidade de inclusão, a atenção do indivíduo se dirige para a influência e o controle. Para Schutz, a necessidade de controle consiste, para cada membro, em definir, para si mesmo, suas próprias responsabilidades no grupo e também às de cada um que com ele forma o grupo. Em outras palavras, é a necessidade que experimenta o novo membro de se sentir responsável por aquilo que constitui o grupo: suas estruturas, suas atividades, seus objetivos, seu crescimento, seus progressos.

Nessa segunda fase o indivíduo formula as seguintes perguntas para si:

O grupo, do qual participo, está sob controle de quem? Quem tem autoridade sobre quem, em que e por quê? Como posso influenciar este grupo? Que poder tenho eu neste grupo?

Afeição

Uma vez satisfeitas as necessidades de inclusão e controle, o membro do grupo confronta-se com as necessidades emocionais e de amizade. Assim como acontece com a necessidade de controle, também há necessidade de afeição, a pessoa quer experimentar o máximo da aproximação com as outras pessoas do grupo.

Nesta terceira fase o indivíduo se pergunta:

Quem gosta de mim? A quem eu considero mais?

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Quais as normas usadas no grupo para expressar afeição e amizade?

Convivência - Conviver é viver com. Consiste em partilhar a vida. As atividades com os outros. São encontros para conviver, para buscar juntos um objetivo, e onde se partilha a vida, as experiências e se busca uma projeção futura. É um momento extraordinário de vida, principalmente em se tratando de viver princípios essenciais: a partilha dos bens materiais e espirituais, o respeito e a ajuda mútuos, a alegria, a disponibilidade e a caridade.

Exigências de uma boa convivência (FRITZEM, 1992):

Nunca jogar com os sentimentos dos outros. Não causar vergonha a ninguém e muito menos diante de outras pessoas.

Não queira mortificar os outros com ocorrências, subtilezas e genialidades, embora acredite ser superior na inteligência, cultura, dinheiro, posses, poder, beleza, aptidões... Quem for humilhado, jamais esquecerá.

Procura sempre agir com justiça, melhor ainda, com cordialidade. Assim evitará ressentimentos e hostilidades. Uma maneira ótima de servir o próximo é amando-o.

Não se deixe levar por nervosismos, impaciências e egoísmos. Conduzem irremediavelmente para a insatisfação e o descrédito.

Jamais corte as asas da ilusão e a da esperança para os seus colaboradores; esperança e a ilusão alegram o coração do homem e o impulsionam até outras realidades e espaços às vezes insuspeitos.

Seja respeitoso com os outros. Seja correto no falar. Procure nunca falsear a verdade ou disfarçá-la. Jamais prejudique alguém com palavras ou por escrito.

Saiba acolher com um sorriso. Às vezes é difícil sorrir. Porém oferecer um sorriso para alguém num momento determinado pode trazer satisfações interiores e recompensas inesperadas.

Seja uma pessoa emocionalmente estável. Não Passe de gritos a sussurros; alegria incontrolada para depressão e as lágrimas.

Interessar-se por quem anda ao nosso lado triste, acabrunhado, preocupado, mas com o maior respeito por sua intimidade. Saber-se

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acompanhado nos momentos difíceis de uma maneira incondicional é o melhor remédio e a demonstração de uma autêntica amizade. É uma das grandes conquistas humanas.

Se queres triunfar diante dos outros, saiba escutar, tenha paciência. Fale ponderadamente e saiba colocar-se no sapato do outro.

A delicadeza – A delicadeza é a uma virtude forte, difícil, indispensável aos grosseiros, aos intempestivos, aos estúpidos, aos intolerantes, aos indiscretos, os descontrolados, aos nervosos, aos tímidos, aos mal-educados, e aos, aos egoístas de todos as matizes (Mohana).

Parece que as pessoas estão se esquecendo gradativamente de serem delicados, e isto tem tornada as relações mais ásperas, grosseiras e sem aquele tom de sensibilidade com que todos gostamos de receber. É necessário prestar atenção de nosso comportamento diante de outras pessoas, porque muitas vezes somos grosseiros sem nos aperceber.

A ternura - Ternura é uma atitude, um valor, uma expressão afável, afetuosa de amor, de querer bem ao outro.

Urge recuperar a ternura, por que:

Sem ternura as palavras tornam-se duras e as atitudes indesejáveis. Sem ternura não existe diálogo efetivo, nem calor humano. Sem ternura existe agressividade e revolta. Sem ternura não existe aproximação real à pessoa doente e nem a

pessoa que sofre. Sem ternura as pessoas idosas morrem de frio Sem ternura não existe compreensão para o entendimento. Sem ternura não existe fraternidade entre as pessoas. Sem ternura é incompreensível uma entrega ao próximo. (Adaptado de

FRITZEM, 1992).

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A cooperação – Por falta de cooperação vemos em inúmeras oportunidades o

individualismo, a falta de comprometimento e participação, por em risco, o

desenvolvimento e o êxito de excelentes projetos.

Ao analisarmos a palavra nos sugere (Cooper + ativa = ação de união organizada), que uma união organizada e ação devem estar sempre presente impulsionadas por uma necessidade que dá motivação (motor da ação) à uma pessoa incapaz e sozinha para buscar no coletivo (outros de mesma necessidade) a sua realização.

As organizações inteligentes sabem muito bem disto.

Em meados do século XX, o psicólogo Abraham Maslow já apontou essas necessidades e agora recentemente Deppak Chopra, guru espiritual favorito das empresas norte americana em Alma da liderança - Management (2002) volta a reavivá-las:

“Há algo que necessitamos, desde a necessidade primitiva de alimentação e abrigo até as necessidades mais elevadas de auto-estima, amor e significado espiritual”;

“Há alguma resposta ou re(ação) para satisfazer essa necessidade, desde a disputa e a competição até a descoberta criativa e a inspiração divina”.

E conclui mencionando Bertolt Brecht:

“Não me fale de minha alma antes de ter enchido meu estômago”.

O mesmo autor mostra que para cada atendimento ou não de uma necessidade existe uma forma de resposta correspondente e utiliza a mesma pirâmide de Maslow.

A satisfação ou não de uma necessidade vem sempre acompanhada de uma resposta que corresponde ao seu nível.

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Exemplificando:

A necessidade de sobrevivência poderá desencadear um sentimento de luta pelo grupo ou de uma fuga (falta de participação) dependendo do grau de sua satisfação.

A liberdade alcançada pela pessoa dentro do grupo se traduz em criatividade, caso contrário em mesmice e falta de idéias inovadoras para o atendimento da evolução científica e tecnológica.

Unidade

Orientação elevada

Criatividade

Conhecimento/intuição

Conhecimento/intuição Direção interna

Ego

Luta/fuga

Luta/fuga

Valor espiritual

Amor

Liberdade

Auto-estima

Expressão Sentido de pertencer

Realização

Segurança

Sobrevivência

Necessidades Respostas

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Burin (1995) nos fala das principais motivações que levam as pessoas participarem de grupos e cooperar:

Para satisfazer alguma necessidade (trabalho, alimento, casa para morar, defender seus direitos etc.);

Pela necessidade de se sentirem mais seguros e protegidos; Por vontade de participar do que o grupo lhes oferece; Por respeito ou admiração a alguns membros; Por medo de enfrentar responsabilidades individuais; Por interesse em experimentar formas de organização diferentes; Por coincidir com a forma de pensar dos outros membros.

Além destas colocações, não pretendendo esgotar o assunto, podemos apontar outros fatores que influenciam na cooperação:

Competição - inicialmente quando crianças somos forçados ser o mais bonito, mais educado, mais inteligente; depois quando jovens e adultos vencer os concorrentes em concursos, empregos, esportes e finalmente, nas empresas galgar os melhores postos e chegar no topo. O vencer individual a qualquer preço, mina qualquer esforço da participação coletiva.

Individualismo - É o modo de ser e resolver suas tarefas individualmente, sem buscar apoio através da interação. São formas comportamentais das estrelas, dos que sabem tudo, ou dos tímidos que receiam externar suas deficiências. Formam barreiras de isolamento para as atividades cooperativas.

Falta de foco - Quando o grupo não compartilha da mesma missão e da mesma visão, a falta do senso de direção deixa o grupo disperso. Sem orientação dos esforços para os mesmos resultados, os constantes insucessos acabam enfraquecendo a cooperação.

Desorganização - Desorganizado é o grupo em que cada participante, não recebe funções claras, nem sabe o porquê de cada uma, não existe integração entre participantes e funções e é incapaz de dar os

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resultados esperados. A cooperação presume a ação conjunta dos participantes de um grupo em que cada um sabe fazer e faz aquilo que lhe é destinado com eficiência, para na agregação alcançarem os objetivos esperados.

Falta de confiança - Desfavorece a cooperação o clima de desconfiança estabelecida entre as pessoas do grupo. Contudo para que haja confiança, se torna necessário o desvelamento das pessoas, para que no autoconhecimento grupal, no desvelar da história individual e grupal, diminuam-se as distâncias e aumente-se a confiança entre si.

Programa oculto - É determinante o conhecimento da existência de programas ocultos, como afirma (BURIN,1995):

“Uma das coisas que se tem descoberto é que em toda reunião não só há uma ‘agenda ou ordem do dia (assuntos a discutir, idéias, problemas), senão também um programa oculto, formado pelo complicado mundo das relações interpessoais: simpatias, antipatias, amores e ódios”.

O programa oculto pode ser representado por reflexões como estas: ...Não gosto do modo de falar do Guilherme... Que linda esta Maria hoje... Que combinação existe entre Pedro e Joana?... O que vou dizer, se não entendo deste assunto... Este cara só fala besteira... Este tipo de reunião só me cansa e não chega a lugar nenhum.

A desconsideração e desrespeito pelo outro - A falta de empatia, o exercício de se colocar na posição do outro, de entender e respeitar as diferenças individuais, sem atitudes de preconceito, muitas vezes afastam as pessoas, cancelando o ambiente propício à cooperação.

Falta de comunicação adequada - É pela comunicação verbal e não verbal que a interação se efetua. Um ambiente propício ao diálogo é pré-requisito para cooperação. Formas inadequadas de comunicação, ordens confusas, normas polemicas e sem clareza nada contribuem e até atrapalham o clima de cooperação.

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As frustrações – Muitas vezes as pessoas sob certas necessidades, se carregam de energia motivacional e por se depararem com certas barreiras não conseguem os resultados esperados, sobre vindo daí uma sensação de decepção que pode evoluir até mesmo ao desânimo. Aguiar (1998) chama esse estado de frustração e a define como barreira ou o impedimento à satisfação de um motivo e distingue três tipos principais:

Barreiras situacionais – podem ser de dois tipos: o O primeiro deles é a barreira física como, por exemplo, a ausência

de uma ponte que impede a travessia de um rio ou a perda da chave por uma pessoa que quer entrar em casa.

o Outro tipo de barreira situacional é a ambigüidade, caracterizada por uma ausência de indicadores claros, que impedem o indivíduo de realizar um objetivo. Exemplos: Um motorista que se encontra numa cidade desconhecida,

onde os sinais de trânsito não são bem claros, perde-se e não consegue atingir o seu objetivo.

Indefinição de tarefas definição de tarefas e do espaço organizacional do indivíduo dentro da instituição. Quando tarefas e espaço organizacional não são bem definidos, torna difícil atingir seus objetivos, isto é sua realização profissional.

o A situação de ambigüidade também se caracteriza quando uma pessoa é punida e recompensada pelo mesmo tipo de comportamento, em condições semelhantes.

Barreiras interpessoais – São constituídas por uma pessoa ou grupo de pessoas que impedem a satisfação do motivo. Esse tipo de barreira pode ser observado quando um professor impede um aluno criativo ou com experiência mais ampla de usar sua experiência e de colaborar mais ativamente no trabalho. Outro exemplo ocorre quando membros de um grupo impedem a participação de um aluno pertencente a um grupo de trabalho e que queira participar.

Barreiras interpessoais - Finalmente compreendem dois tipos. o O primeiro observado quando a pessoa não pode atingir seus

objetivos devido alguma deficiência física ou mental, ou à ausência de uma habilidade específica.

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o O segundo é caracterizado pela existência de motivos conflitantes da própria pessoa. Exemplos: o indivíduo que deseja manter sua independência intelectual, mas acha necessário subordinar-se às idéias de seu chefe par fazer carreira.

Finalmente após vários períodos contínuos de frustração a pessoa pode começar apresentar reações psicológicas:

o Esforçando-se para vencer uma necessidade intensa, a falta resultado pode se converter em raiva e agressão, mais adiante em ansiedade, medo e insegurança, que se não forem convenientemente tratados poderão desaguar em stress persistente e até mesmo em desajustamento.

o Em muitos casos a necessidade é tão intensa que diante da falta de possibilidades a pessoa opta pela desistência da luta, não apresentando mais esboço de qualquer de resistência.

o Saber reconhecer um estado de frustração de uma pessoa em nossas relações pode ser o primeiro passo para ajudá-la vencer seu estado de crença na impossibilidade.

Ser inteligente - Pergunte a alguém que passa na rua o que significa ser inteligente

nas relações interpessoais e você poderá obter uma resposta com “Ah, é uma pessoa que

sabe realmente como fazer as coisas... alguém que sabe como conquistar aliados”.

Uma segunda pessoa poderia responder “alguém simpático, receptivo e divertido”.

Embora algumas poucas pessoas possam queixar-se por que têm esses dois

atributos, eles representam uma visão muito limitada do que significa ter talento com

pessoas.

Ser inteligente para pessoas é ter uma inteligência multifacetada, não limitada às

suas habilidades políticas ou sua generosidade social, mas que inclui uma gama de

capacidades interpessoais. Ser inteligente para pessoas significa que você é bom em oito

habilidades (SILBERMAN, 2001)”:

Compreender as Pessoas.

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Expressar-se Claramente. Declarar suas Necessidades. Dar e Receber Feedback. Influenciar os Outros. Resolver Conflitos. Atuar em Equipe. Mudar e Inovar.

Ao desenvolver essas habilidades, você também descobrirá muitos benefícios:

Quando você compreende outra pessoa, você é apreciado. Ao explicar-se claramente, você e compreendido. Ao afirmar suas opiniões, você é respeitado. Ao dar e receber feedback, você resolve dúvidas. Ao influenciar os outros positivamente, você é valorizado. Ao resolver conflitos eficientemente, você se torna confiável. Ao colaborar com colegas, você é recompensado. Ao mudar de rumo, seus relacionamentos são renovados.

Os dez procedimentos – (WEIL,1966) nos recomenda para melhorar nossas relações na

vida em grupo:

I. Respeitar o próximo com ser humano. II. Evitar cortar a palavra a quem fala.

III. Controlar suas reações agressivas, evitando ser indelicado ou mesmo irônico.

IV. Evitar o “pular” por cima de seu chefe imediato; quando o fizer, dar uma explicação.

V. Procurar conhecer melhor os membros do seu grupo, a fim de compreendê-los e de se adaptar à personalidade de cada um.

VI. Evitar tomar a responsabilidade atribuída a outro, a não ser a pedido deste ou em caso de emergência.

VII. Procurar as causas de suas antipatias. VIII. Estar sempre sorridente.

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IX. Procurar definir bem o sentido das palavras no caso de discussões em grupo, para evitar mal-entendidos.

X. Ser modesto nas discussões; pensar que talvez o outro tenha razão, e, se não, procurar compreender-lhe as razões.

Em minhas reflexões penso sempre:

Nada justifica a prática das relações interpessoais se não for para fazer o outro melhor.

Na medida que eu procuro fazê-lo melhor (mais ser) eu também sou melhorado e o mundo se torna melhor.

Deve existir um propósito, quando eu vos deixar, devo ter contribuído para cada um ser melhor de que quando os encontrei. Quem sabe isto se chame o amor.

Isto com certeza contribuirá com a felicidade. Peculiaridade de cada um, pequena ou grandes satisfações, encontradas pelo mundo das relações sociais. A felicidade a só é uma doença, engano e desilusão.

Se você não conseguir que o outro desperte para a necessidade de mudar, seus argumentos serão em vão. É o que acontece com certos tipos de argumentação ou aconselhamento, se não forem oferecidos sob a ótica de quem vai receber, e dos resultados que ele espera, para satisfazer seus desejos e sonhos, nada será alcançado.

A VIDA

Ë um conjunto de influências boas e ruins que você traz antes do berço e

continua recebendo até seu último berço.

Busque na reflexão diária:

Refletir sobre ela;

Planejar sua vida em harmonia com a força criativa e organizadora do

universo (Deus);

Procure deixar para seus filhos e as gerações futura um mundo melhor do

que aquele que você encontrou e...

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Com certeza sua vida valeu ser vivida.

(DERKOSKI, 2000)

Algumas ideias atuais para a ensinagem na graduação

Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade nas ciências e na prática educativa, para nós todos, descendentes de uma cultura moderna, onde as especializações dão um ar de aprofundamento científico e tecnológico, parece no primeiro momento um andar na contramão da história.

Torna-se difícil a nós professores, acostumados ao trabalho e ao estudo específico das disciplinas, de uma hora para outra, praticar uma forma diferente, onde o resultado ou a avaliação do aluno, já não é mais valorizado pela memória, ou o conhecimento em si da disciplina, mas por um conjunto de habilidades e competências capazes de aumentar sua chance de sobrevivência no contexto histórico da vida social.

As dúvidas que sentimos, de como fazer, avaliar, integrar professores e assuntos, obre como ministrar conteúdos e outras mais nos enche de insegurança.

Mesmo assim, com o reconhecimento de que pouco está feito e nada está acabado seguimos em frente no desejo de mostrar a possibilidade da prática da interdisciplinaridade no fazer pedagógico, como meio de proporcionar às pessoas que buscam na educação superior uma vida mais cidadã.

Quem somos nós professores? Qual é a nossa prática?

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Lembra-se das últimas aulas que você deu; entrou em classe, falou, explicou, deu exemplo e se desdobrou para que a turma aprendesse a matéria?

Alguns até levantaram a mão para fazer uma ou outra pergunta, mas no geral, todos ficaram quietos, “prestando atenção”.

Será que eles estavam realmente interessados? Depende, é consenso entre os pensadores da educação que o estudante só interioriza o que você ensina se estivar, de alguma forma, ligado ao conteúdo por um desafio, uma motivação. Ou se perceber a importância e aplicação de tudo aquilo que você transferir. (GENTILE e BENCINI, 2000)

O aluno perde o interesse diante de disciplinas que nada Têm a ver com a sua vida ou com as suas preocupações. Decora muitas vezes aquilo que precisa saber (de forma forçada) para prestar exames e concursos. Passadas as provas, tudo cai no esquecimento. (GADOTTI, 1986)

Os paradigmas

A civilização da qual somos parte tem apresentada a natureza como algo separado de nós. Forjou em nossas mentes uma concepção de mundo onde os fatos, os fenômenos, a existência, se apresentam de forma fragmentada, desconexa, cuja consequência é a angústia, a incompreensão da totalidade, o medo e o sofrimento.

Contudo, nem sempre as coisas se passaram dessa maneira. Quando esta mesma civilização desabrochou entre os gregos do século VI a.C., o mundo e seus elementos eram vistos como uma unidade. Essa cultura na separava filosofia, ciência, arte e religião: havia apenas o “conhecimento”, a investigação do fenômeno em sua totalidade e, nessa época, chamava-se de physis todo e qualquer ente.

É essa volta às raízes, esse “re-nascimento” da visão holística de mundo que constitui a essência da interdisciplinaridade. Por isso ser interdisciplinar é

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saber que o universo é um todo, que dele fazemos parte como fazem parte do oceano as suas ondas. Num momento a própria substância oceânica se encrespa, se agita, toma forma e se dilui sem jamais ter-se do seu todo separado ou ter deixado de ser o que sempre foi. (Fazenda, 1991)

Sobre a Crise de paradigma Capra (1982, pp.19-46) subsidia e amplia a nossa reflexão, colocando-nos a crise que se apresenta em vários ângulos e presente nas mais diversas áreas: a crise energética, econômica, na área de saúde, social, do meio ambiente, política... Sua tese básica é que tudo isso são facetas diferentes de uma só crise. Acrescenta-nos ainda que os especialistas, das diversas áreas do saber, pelo fato de tratarem os problemas de forma fragmentada, ao perderem a noção do todo, tornam-se incapazes de encontrar uma solução para a crise. Afirma, ainda, a necessidade de se substituir a noção de estruturas sociais estáticas por uma percepção de padrões dinâmicos de mudança. Dessa forma, a crise é entendida como um aspecto de transformação.

Morin (1973, pp. 138 e 139) considera a crise como um aumento de desordem e da incerteza num sistema econômico ou social. E afirma também o autor:

“A crise pode resolver-se no regresso in statu quo ante (ao estado anterior), mas o que é próprio do sistema hipercomplexo em crise é desencadear soluções novas, e estas podem ser tanto imaginárias, mitológicas ou mágicas, como, pelo contrário, práticas e criativas. Deste modo, a crise é potencialmente geradora de ilusões e/ou atividades inventivas. Duma maneira mais geral, a crise pode ser fonte de progresso (solução nova, para além das contradições ou doublé-binds – junção dupla – contraditória, ambígua, aumentando a complexidade do sistema) e/ou fonte de regressão (solução das contradições, levando o Sistema a um estado de menor complexidade)”.

De acordo com Crema (1988 p. 59):

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“O paradigma holístico (relembrando, do grego holos: totalidade) representa uma evolução científica e epistemológica que emerge como resposta à perigosa e alienante tendência fragmentária e reducionista do antigo paradigma. É um novo sistema de aprender a aprender que sustenta o florescente movimento holístico mundial”.

Continua o mesmo autor:

“O paradigma holístico desenvolveu-se a partir de uma concepção sistêmica, nele subjacente. Em suma, essa abordagem consiste na consideração de que todos os fenômenos ou eventos se interligam e se inter-relacionam de uma forma global; tudo é interdependente”.

Conceituação

Para iniciarmos o trabalho de introduzir a compreensão de interdisciplinaridade, utilizar-nos-emos de uma metáfora: O conhecimento é uma sinfonia. Para a sua execução será necessária a presença de muitos elementos: os instrumentos, as partituras, os músicos, o maestro, o ambiente, a platéia, os aparelhos eletrônicos etc...

Também na construção do conhecimento a integração das muitas ciências não garante a sua perfeita execução. A interdisciplinaridade surge, assim, como possibilidade de enriquecer e ultrapassar a integração dos elementos do conhecimento. (Fazenda, 1991)

Como descreve em seu texto - Um novo paradigma curricular, Rosamaria Calaes de Andrad e (Internet, 2007):

O termo interdisciplinaridade não possui ainda um sentido único e estável. Trata-se de um neologismo cuja significação nem sempre é a mesma e cujo papel nem sempre é compreendido da mesma forma. (Fazenda, 1979)

Para discutirmos o tema “interdisciplinaridade”, começaremos pela compreensão de alguns termos específicos, conceituando-os com clareza.

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Inter/disciplinar/idade deriva da palavra primitiva disciplinar (que diz respeito à disciplina), por prefixação (inter-ação recíproca, comum) e sufixação (dade - qualidade, estado ou resultado da ação).

Disciplina refere-se à ordem conveniente a um funcionamento regular. Originariamente significa submissão ou subordinação a um regulamento superior. Significa também “MATÉRIA (campo de conhecimento determinado que se destaca para fins de estudo) tratada didaticamente, com ênfase na aquisição de conhecimentos e no desenvolvimento de habilidades intelectuais.” É uma palavra muito presente em instituições como o exército, a fábrica e a Igreja, que valorizam a disciplina na formação de seu pessoal.

De posse destes conceitos básicos, vamos analisar os diversos tipos de composição curricular:

· Multidisciplinar - modelo fragmentado em que há justaposição de disciplinas diversas, sem relação aparente entre si;

· Pluridisciplinar - quando se justapõem disciplinas mais ou menos vizinhas nos domínios do conhecimento, formando-se áreas de estudo com conteúdos afins ou coordenação de área, com menor fragmentação;

· Interdisciplinar - com nova concepção de divisão do saber, frisando a interdependência, a interação, a comunicação existente entre as disciplinas e buscando a integração do conhecimento num todo harmônico e significativo;

· Transdisciplinar - quando há coordenação de todas as disciplinas num sistema lógico de conhecimentos, com livre trânsito de um campo de saber para outro.

Para Jolibert (1994), “a pedagogia de projetos permite viver numa escola alicerçada no real, aberta a múltiplas relações com o exterior: nela a criança trabalha “pra valer” e dispõe dos meios para afirmar-se como agente de seus aprendizados, produzindo algo que tem sentido e unidade.”

Realiza-se, assim, a proposta da interdisciplinaridade de buscar o sentido e a unidade do conhecimento e do ser.

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Embora as distinções terminológicas sejam inúmeras, o princípio delas é o mesmo:

“A interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa” (Japiassú, 1976).

Entendemos por interdisciplinaridade o processo de construção de conhecimentos teóricos e de práticas científicas que envolvem a compreensão de realidades complexas que, anteriormente fragmentadas permitiram análises e sínteses disciplinares. A reconstrução interdisciplinar daquela complexidade envolve assim campos disciplinares em trabalho conjunto, interligados por um objetivo unificado. (Kuhn, 1989) (Moreira e Rocha, 2002).

Do ponto de vista epistemológico, consiste no método de pesquisa e de ensino voltado para a interação em uma, de duas ou mais disciplinas, num processo que pode ir da simples comunicação de idéias até a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, terminologia, metodologia, procedimentos, dados e formas de organizá-los e sistematizá-los no processo de elaboração do conhecimento (Bordom, 2002).

Interdisciplinaridade – Neste caso, várias disciplinas se reúnem e interagem entre si. Há correlação e integração entre elas, o que permite que daí surja uma síntese, que se manifesta por uma nova forma de expressão, diferente das linguagens das disciplinas separadas. Aqui existe uma sinergia, o todo é maior do que a soma de suas partes. Esta síntese é apresentada sob forma de uma linguagem comum às disciplinas que estão interagindo, e significa que se conseguiu chegar a uma unidade de pensamento surgida da interação. Ou seja: uma unidade que nasceu da diversidade e da multiplicidade (MARIOTT, 1996).

Interdisciplinaridade – Interação existente entre duas ou mais disciplinas. Esta interação pode ir de simples comunicação de idéias à integração mútua dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados, e da organização referentes ao ensino e à pesquisa.

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Um grupo interdisciplinar compõe-se de pessoas que receberam sua formação em diferentes domínios do conhecimento (disciplinas) com seus métodos, conceitos, dados e termos próprios (Fazenda, 1979).

A interdisciplinaridade não é uma proposta pedagógica definida, uma vez que não há uma pedagogia da interdisciplinaridade, pois não existe um formato que a caracterize e nenhuma descrição procedimental elaborada para explicar sua utilização. Igualmente, pode ser considerada como uma aspiração emergente que surge da iniciativa de integração de diferentes saberes disciplinares (HERNANDEZ & HERNANDEZ, 1999).

Competências

Há necessidade de o professor apropriar-se do conhecimento científico, de saber organizá-lo e articulá-lo, de ter competência. Mas essa competência, para o verdadeiro educador, deve estar impregnada de humildade, de simplicidade de atitudes. É necessário enxergar o outro, construir com ele o alicerce do conhecimento, não só para servir a sociedade, mas para enaltecer a vida.

É necessário despojar-se de preconceitos, questionar os valores arraigados no consciente, e transcender à busca do ser maior que está dentro de nós mesmos. É sentir-se livre para poder falar e, principalmente, ouvir. Ouvir você e o outro.

É assim que concebo o ato de educar. É assim que entendo o educador interdisciplinar. (Peña, 1991)

É preciso saber que os professores não possuem apenas saberes, mas também competências profissionais que não se reduzem ao domínio dos conteúdos a serem ensinados, e aceitar a idéia de que a evolução exige que todos os professores possuam competências antes reservadas aos inovadores ou aqueles que precisavam lidar com públicos difíceis. (PERRENOUD, 2000)

Estas competências dividem-se em 10 grandes famílias:

i. Organizar e estimular situações de aprendizagem. ii. Gerar a progressão das aprendizagens.

iii. Conceber e fazer com que os dispositivos de diferenciação evoluam.

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iv. Envolver os alunos em suas aprendizagens e no trabalho. v. Trabalhar em equipe.

vi. Participar da gestão da escola. vii. Informar e envolver os pais.

viii. Utilizar novas tecnologias. ix. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão. x. Gerar a sua própria formação contínua (Perrenoud, 2000).

Interdisciplinaridade como meio

Em 1970, um grupo de “peritos” de diferentes Universidades, representantes dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia, Alemanha, e Áustria reuniu-se sob os auspícios da OCDE para estabelecer o papel da interdisciplinaridade em diferentes domínios, e consequentemente demonstrar sua utilidade e aplicabilidade. Com base em algumas de suas principais conclusões, serão considerados o valor e aplicabilidade da interdisciplinaridade através (Fazenda, 1979):

De melhorar a formação geral

a) Inicialmente, o objetivo é de permitir aos estudantes melhor desenvolver suas atividades, melhor assegurar sua orientação, a fim de definir o papel que deverão desempenhar na sociedade.

b) é também necessário que “aprendam aprender”.

c) é importante que se situem no mundo de hoje, criticando e compreendendo as inumeráveis informações que os agridem cotidianamente (Fazenda: cf. C.C. Abt, Jantsch etc. – L’Interdisciplinarité).

“A possibilidade de ‘situar-se’ no mundo de hoje, de compreender e criticar as inúmeras informações que nos agridem cotidianamente só pode acontecer na superação das barreiras existente entre as disciplinas. A

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preocupação com a verdade de cada disciplina, seria substituída pela verdade do homem enquanto ser no mundo” (Fazenda, 1979).

De atingir uma formação profissional

a) Na maior parte dos casos, a atividade profissional exige atualmente o aporte de muitas disciplinas fundamentais.

b) Reconhece-se que no futuro, todo indivíduo terá oportunidade de mudar muitas vezes de profissão durante sua vida; pelo fato dessa mobilidade de emprego, há necessidade de uma plurivalência na formação profissional (Fazenda: cf. C.C. Abt, Jantsch etc. – L’Interdisciplinarité).

De incentivo à formação de pesquisadores e pesquisa

a) O objetivo é de preparar os estudantes à pesquisa (pela pesquisa), quer dizer, saber analisar as situações, saber colocar os problemas de uma forma geral e a conhecer os limites de seu próprio sistema conceitual. A formação de pesquisadores deve ser no sentido de prepará-los para que possam dialogar de maneira frutuosa com os pesquisadores de outras disciplinas.

b) Assim, não somente a confrontação de métodos, mas, a “interação” de disciplinas parece ser condição primordial do progresso da pesquisa; essa “interação” tem seus métodos próprios; ela própria implica a elaboração prévia de um modelo das ciências, fazendo aparecer suas inter-relações (Fazenda: cf. C.C. Abt, Jantsch etc. – L’Interdisciplinarité).

De condição para uma educação permanente

É necessário formar-se os estudantes, de tal forma que, uma vez adultos, sejam capazes de continuar a sua “educação” após sair da escola.

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Esse prolongamento da formação geral e profissional ao longo da vida se torna necessário a partir da consideração de três aspectos essenciais:

a) Reciclagem no domínio da atividade profissional.

b) Engajamento na vida social e política da cidade.

c) Aperfeiçoamento da personalidade, numa civilização de fazeres (FAZENDA: cf. C.C. Abt, Jantsch etc. – L’Interdisciplinarité).

De superação da dicotomia ensino pesquisa

O que se pretende ao propor a interdisciplinaridade como atitude capaz de revolucionar os hábitos já estabelecidos, como forma de passar de um saber setorizado a um conhecimento integrado, a uma intersubjetividade, é, sobretudo frisar que a partir desse novo enfoque pedagógico, já não e mais possível admitir-se a dicotomia ensino-pesquisa, visto que nela, a pesquisa constitui a única forma possível de aprendizagem.

Entretanto, a superação desta dicotomia se admitirá na medida em que houver condições do ensino preparar suficientemente para uma pesquisa interdisciplinar, através de metodologia adequada, e conceitos de uma metodologia interdisciplinar (JAPIASSÚ, 1976).

De compreender e modificar o mundo

O homem está no mundo, e pelo próprio fato de estar no mundo, ser gente e sujeito do próprio mundo, e deste mundo ser Múltiplo e não Uno, tornar-se necessário que o homem o conheça em suas múltiplas e variadas formas, para que possa compreendê-lo e modificá-lo.

Neste sentido o homem que se deixa encerrar em uma única abordagem do conhecimento, vai adquirindo uma visão deturpada da realidade. Ao viver, encontra uma realidade multifacetada, produto desse mundo, e, evidentemente

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mais oportunidade, terá em modificá-la, na medida em que a conhecer como um todo, em seus inúmeros aspectos.

De uma ideia deturpada de cultura com “transmissão de conhecimentos”, o valor do indivíduo passou a ser medido pelo maior número de conhecimentos que ele pudesse adquirir. Isto fez com que o homem deixasse de ser o sujeito-efetivo, o agente de transformações para constituir-se no homem objeto, o receptor das transformações (FAZENDA, 1979).

Como fazer

Parece que em todas as tentativas de conceituação existem alguns pontos comuns: Atitude, integração, interação de pessoas e disciplinas.

Estes pontos passam a ser fatores que podem favorecer ou prejudicar o desenvolvimento da interdisciplinaridade, e que se encontram presentes nas pessoas, entre as pessoas, nas instituições educacionais e ainda nas políticas públicas. Estes fatores podem ser assim resumidos:

a) Intrapessoais – a atitude que o professor toma com respeito a buscar ou não a interdisciplinaridade é uma decisão muito própria e pode levar em consideração para tomá-la sua capacitação e entendimento do que isto venha ser, já que sua formação foi é fragmentária e sua prática sempre foi disciplinar.

A interdisciplinaridade não nasce dentro do professor do dia para noite ou através de uma reunião, convite ou imposição. É uma desconstrução e reedificação por etapas. Mudanças que geram medo, ansiedade e insegurança.

b) Interpessoais – A cultura das disciplinas, torna difícil um professor, “especialista”, muitas vezes contaminado pelo estrelismo, de achar que é “o único”, ver que sua disciplina sai desta individualidade, da particularidade e se dilui na complexidade multifacetada de outras disciplinas em proveito comum do conhecimento e das ciências. É como se perdesse o domínio, seu valor e até mesmo o poder. Isso da medo!

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Como integrar e interagir pessoas e disciplinas em conflito?

Será pela capacitação e um forte apoio de evoluir coletivo, nos eventos destinados à reciclagem, no diálogo das vivências “do tentar fazer” que o professor poderá perder a insegurança e se aventurar aos novos afazeres interdisciplinares.

c) Institucionais – Para ser implantada a interdisciplinaridade em uma instituição existe um pré-requisito inquestionável do ponto pedagógico: A instituição educa para quem? Ou seja, Qual e sua missão?

Pela missão clara e comprometida com as mudanças teremos uma idéia de seu apoio pedagógico e de recursos para o desenvolvimento da interdisciplinaridade. Será uma temeridade o esforço docente sem esta sinalização positiva e comprometida.

d) Políticas públicas. – Não podemos esquecer que embora os PCNs e os últimos documentos oficiais apontem para a transversalidade e a interdisciplinaridade, devemos verificar até que ponto oferecem apoio efetivo para este novo projeto na escola.

De repente, vamos sentir que temos que começar fazer com o que temos por isso uma avaliação dos recursos pode nos indicar projetos iniciais mais modestos e futuramente à medida que aprendemos com a prática e a reflexão sobre ela, passarmos para mais sofisticados.

Na graduação, onde predominam as disciplinas, sempre em liberdade de escolha entre desenvolver ou não a interdisciplinaridade, a decisão deve ser tomada por grupos de professores de mesmas séries/anos/semestres, aderentes ao método, capazes de se integrarem, interagirem, com tempo disponível para reuniões. Torna-se imprescindível um plano em forma de projeto que contemple um tema inserido na missão da instituição. As outras integrações valem para estes também.

Algumas recomendações do fazer

Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferramentas para compreender detalhes.

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Como um professor especialista, você tem a função de um consultor da turma, tirando dúvidas relativas à sua disciplina.

Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia,

pesquise com os estudantes. Faça um planejamento que leve em consideração quais os conceitos

podem ser explorados por outras disciplinas. Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu

planejamento anual para quem quiser fazer parceria. Recorra ao coordenador. Ele é a peça-chave e percebe a

possibilidade de trabalho. Lembre-se que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em

grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho (CAVALCANTE, 2004)

Caso I

Da Faculdade Estácio de Sá, SC.

Em virtude da necessidade de algumas práticas pedagógicas, observadas a partir das experiências construídas em março de 2001. a Cultura Interdisciplinar da Faculdade Estácio de Sá passou por algumas alterações.

Tendo como base o projeto pedagógico de cada curso e o perfil de seus acadêmicos, as ações desenvolvidas devem atentar para as exigências da comunidade e do mercado e para as tendências às quais o profissional está submetido. Desse modo, em todas as atividades curriculares interdisciplinares proposta, será dada ênfase ao desenvolvimento das competências esperadas pelo campo de atuação profissional do acadêmico que a instituição anseia formar.

Temos a missão de: “Ampliar a capacidade produtiva e reflexiva da comunidade estaciona por meio da construção e sistematização do conhecimento compartilhado”.

No projeto interdisciplinar atual sustentamos o objetivo de: “Promover o desenvolvimento de competências e habilidades requeridas pelo mercado de

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trabalho e de atuação profissional do acadêmico, respeitando cada etapa de sua formação curricular”.

Então, o que mudou?

No entanto, mesmo que as atividades praticadas até então tenham trazido grandes benefícios à qualidade de ensino, é possível aprimorar ainda mais a filosofia interdisciplinar para fomentar resultados mais significativos ao corpo docente e discente.

A prova interdisciplinar aplicada nos semestres anteriores trouxe muitos debates em função do conteúdo exigido e de seu processo de aplicação, colocando sua validade em debate. Por isso, a partir de março de 2004, adotamos o termo Avaliação Interdisciplinar, por ser considerado mais coerente com as modernas práticas pedagógicas. Segundo Zimmer, a avaliação não tem caráter punitivo, mas tem consequências. Em um futuro próximo, poderemos adotar a Avaliação por Competência, mas isso será construído paulatinamente.

Na prática, teremos a Avaliação voltada para os assuntos cotidianos, que irão abordar de modo abrangente os conteúdos das disciplinas. O acadêmico será questionado sobre conhecimentos gerais exigidos por sua profissão e pela especificidade da etapa em que se encontra na sua formação. Portanto, será considerada a cultura geral adquirida com base nas disciplinas e na experiência profissional. Dessa forma, eliminaremos as questões objetivas e focalizaremos a atenção em questões abertas.

Neste tipo de questão, serão avaliadas a argumentação, a coesão textual e a relação com o conhecimento técnico mínimo a ser dominado pelo aluno. Os critérios de avaliação serão definidos de acordo com o perfil de cada curso e suas exigências da fase. A avaliação toma um caráter mais subjetivo, por buscar extrair da visão do mundo dos alunos a consciência de sua atuação profissional. Todo o processo de aplicação da Avaliação e de enquadramento dos alunos nas fases será em breve divulgado.

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Foi designado um professor por curso e por habilitação para acompanhar o desenvolvimento das atividades, gerar debates e se aprofundar na filosofia interdisciplinar, enfocando a visão pedagógica para formação do aprendiz.

A alteração significativa apresentada para esta Avaliação Interdisciplinar é a proposta de desenvolver projetos interdisciplinares ao longo de todo semestre, estimulando a pesquisa, que culminará com a avaliação já que seu objetivo é o crescimento do aluno e não somente a mensuração de seu suposto conhecimento. Isso possibilitará a geração de debates, a busca por informações e uma melhor preparação do aluno.

Todas as fases de cada curso têm seu projeto, cujo roteiro de elaboração está disponível na página da Faculdade para consultas a qualquer momento por alunos e professores, inclusive de outros cursos.

Com esta nova abordagem, os cursos da Faculdade Estácio de Sá têm possibilidade de compor a avaliação e o trabalho de acordo com suas necessidades e com o nível de maturidade das práticas interdisciplinares conquistado, dando mais flexibilidade e coerência ao processo.

Finalmente, acreditamos que as iniciativas interdisciplinares estimulem a construção de mais pontes e menos paredes, de mais possibilidades e menos barreiras, de mais cidadãos e menos especialistas.

Caso II

Da Universidade São Francisco/ SP

O projeto didático-pedagógico interdisciplinar do Campus São Paulo vai além da integração das áreas de conhecimento e da associação de conteúdos programáticos.

A proposta nasce de um esboço de uma ideia inacabada encaminhada pelo coordenador dessa pesquisa na USF, professor Milton Greco, em sintonia com a direção maior da Universidade.

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Por tratar-se de uma proposta inédita, com ausência de modelos práticos ou teóricos, foi lançada ao grupo, no sentido de juntos passarmos a construí-la e moldá-la, adaptando-a às nossas possibilidades e à nossa realidade; lapidando-a tal como um cristal que tornar-se-ia, em consonância com os princípios da Universidade, a realidade de nosso alunado e com os ideias do corpo docente, construtor, o Projeto Educacional Interdisciplinar do campus São Paulo.

Como afirma Greco (1991):

“Um programa interdisciplinar curricular tem de ir além de um processo formal de compatibilização de áreas do conhecimento, de currículos e programas. Tem ele um componente humano fundamental e que precisa ser compreendido, tocado e, principalmente, cultivado. Interdisciplinaridade não é modismo, pois já existe desde os tempos muito antigos e muito anteriores à criação do próprio termo. Ela insere-se num contexto histórico, enfrentando sua problemática e os seus desafios. Exige compromisso social, cultivo humano e, sobretudo, a coragem da proposta de poeta, que com amor e esperança procura dar sua humilde contribuição para a busca de novos horizontes para aqueles que se propõem a abrir novos caminhos, vencendo obstáculos que pareciam intransponíveis para seguir...”.

Dessa forma, norteados pelos princípios balizadores de PAZ, JUSTIÇA e AMBIENTALISMO ECOLÓGICO, o projeto segue as seguintes vertentes:

1. Meta – Melhoria de qualidade de ensino de 3º grau no Campus São Paulo da USF, no período de 1990 a 1995.

2. Objetivo – Integrar áreas de conhecimento para a formação do ser harmônico e global.

3. Conteúdo – O conteúdo programático de cada disciplina, indistintamente. Todas aquelas que os respectivos professores quiserem participar.

4. Metodologia: 4.1 . Tema – Curso 4.2 . Projeto – Série 4.3 . Disciplinas – Professores voluntários 4.4 . Estratégia – Variadas

Cada curso, a partir do 2º semestre de 90, em reuniões de departamento, elegeu um tema amplo, para nortear os trabalhos.

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Cada série escolheu a partir de 1992 um projeto específico vinculado ao tema para ser conduzido através das disciplinas, cujos professores estiveram envolvidos desde o início do processo ou integraram-se depois voluntariamente, a partir de 91.

Esses professores, pelo menos dois em cada série, independentemente da disciplina ministrada, adotaram estratégias comuns que canalizariam para a delimitação do projeto, necessariamente consonante ao tema do curso.

Estas estratégias comuns poderiam variar em torno de filmes, textos ou livros, estudados através de projeções, leituras, seminários, produções de textos, dinâmicas de grupos e outras.

Os trabalhos, frutos de amadurecimento e estudos, solicitados pelos professores, também serviriam como instrumentos para avaliação do desempenho do aluno e algumas vezes o sistema de avaliação também foi integrado, ou seja, o aluno fazia um único trabalho, sobre determinado assunto (ministrado em duas ou mais disciplinas) salientando os diferentes aspectos observados.

Assim, acerca de leitura de um único texto, os alunos deveriam ser capazes de perceber e relacionar os aspectos entre se, produzindo um trabalho harmônico e global.

5. Instrumento – Professor como agente animador do processo. 6. Sujeito – Aluno com construtor do seu próprio conhecimento. 7. Cronograma de desenvolvimento:

Preparação – de fevereiro a dezembro/90: construção da proposta e cultivo do professor. Experiência, aplicação e continuidade no cultivo do professor – de fevereiro a dezembro/91. Delimitação dos projetos por série e continuidade no cultivo do professor – de fevereiro a dezembro/92. Implantação dos projetos – a partir de agosto de 92.

8. Avaliação – Contínua A avaliação durante o desenvolvimento do processo realizar-se-á através da observação do corpo docente, quanto à:

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a) Elaboração do pensamento crítico expresso pela emissão de idéias e juízos na participação em sala de aula.

b) Acréscimo de leituras realizadas.

c) Interpretação e fixação de ideias.

d) Produção de textos.

e) Frequência às aulas.

f) Participação e desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso e Estágio Supervisionado para alunos de último ano.

9. Um exemplo de aplicação nos Cursos da FECS – da USF.

Curso

Pedagogia

Tema

“Construtivismo – O aluno como construtor de seu próprio conhecimento”.

Disciplinas que se integram

1ª Série: Psicologia da Educação I, História da Educação, Filosofia da Educação I e Didática I.

2ª Série: Sociologia da Educação I, Metodologia do Ensino de 1º grau, Psicologia da Educação II, Didática II, Filosofia da Educação II, Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º E 2º Graus I.

3ª Série: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus II, Sociologia da Educação II e Métodos de Administração Escolar e Administração de Recursos Humanos.

Metodologia

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No primeiro semestre de 91 os professores selecionaram, metodologicamente, três estratégias que possibilitaram a integração dos conhecimentos específicos desenvolvidos durante o curso.

a) Levantamento de textos ou livros que pudessem ser trabalhados em duas ou mais disciplinas.

b) Seleção de filmes que, em concordância com o conteúdo desenvolvido, fossem trabalhados nos diferentes enfoques das diversas disciplinas, no 2º semestre. 1ª Série: Guerra do fogo

2ª Série: Sociedade dos poetas mortos.

3ª Série: A Escola da desordem.

c) Elaboração de um momento de avaliação comum durante o curso entre as disciplinas das diferentes séries.

Avaliação

Para avaliação do 2º bimestre foi solicitado, aos alunos da 2ª série, um único trabalho para todas as disciplinas que participaram do projeto interdisciplinar. Deveriam ser explicitados e analisados, com relação ao filme “Sociedade dos poetas mortos”, os aspectos”: Filosóficos, sociológicos, psicológicos, didáticos, metodológicos e legais. Incorporando-se a eles, as ideias discutidas e os conceitos estudados no semestre.

Cronograma

1º Bimestre:

a) Reunião de departamento para escolha de estratégias de trabalho comuns: textos bibliográficos e filmes.

b) Estudo de texto comum, nas disciplinas Didática I e Psicologia da educação I, na 1ª série.

2º Bimestre:

a) Reunião de departamento com discussão específica por série para a troca e estudo de programas curriculares.

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b) Apresentação dos filmes para as 2ª e 3ª séries, com debates...

c) Avaliação conjunta na 2ª série. 3º Bimestre:

a) Filme para a 1ª série. b) Avaliação conjunta na 2ª série. c) Reunião do departamento conjunta e específica por série,

para avaliação do processo do 1º semestre e delineamento de estratégias para os 3º e 4º Bimestres.

d) Estudo de temas para escolha de projetos por série. 4º Bimestre:

a) Reunião de departamento para discussão dos projetos. b) Continuidade da operacionalização do projeto

interdisciplinar. c) Avaliação do trabalho com professores, alunos e

Faculdade. d) Fechamento e delineamento de projetos por série.

Práticas de ensinagem

Alguns aspectos históricos da didática

“A história da didática é fundalmentamente diferente da história de outras áreas de conhecimento. (...) a didática ao contrário de outras áreas do conhecimento, difiniu-se logo no início, como um conjunto de princípios e normas de orientação de uma prática, ou seja: começou por onde as outras áreas terminaram; não se constituiu por uma conquista progressista de autonomia, através de pesquisas e reflexão que conduzissem à identificação e delimitação de sua especificidade.” (SOARES, 1983)

As práticas educativas sempre acompanharam o contexto histórico dos povos e no caso do Brasil não foi diferente, a seguir apresenta-se um resumo das fases da educação brasileira.

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Fase: JESUÍTICA – COLONIAL (1592/1670)

Contexto:

Sociedade de economia agrária -exportadora dependente da metrópole; Pacto colonial; Exploração do Brasil; A educação não era importante para a mão-de-obra braçal.

Foco da educação:

Catequese – do índio Diferenciada para a elite

Base prática pedagógica - Ratio Studiorum:

Instrumentos e regras metodológicas; Estudo privado; O mestre é que: Prescrevia o método de estudo; A matéria; Os horários; Aula expositiva: Expor, repetir e memorizar. “Repetitium mater estudiorum”:

o Disputa e competição; o Exames escritos e orais; o Caráter formal; o Base no intelecto e dogmas – visão essencialista e contra o pensamento

crítico; o Cultura geral e enciclopédica, alheia a realidade da vida na colônia.

Conceito:

Etimológico – (signare) – colocar dentro, gravar no espírito; Ensinar é transmitir conhecimento; O professor é o centro; Conjunto de regras e normas prescretivas visando a orientação do ensino e do

estudo.

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Fase da influência de COMÊNIO (1651)

Contexto europeu:

Sociedade feudal em transição para o capitalismo comercial; Expansão do comércio traz o crescimento das cidades, mercadores, burgos

etc.; Estabelece-se uma atmosfera de liberdade em contradição com a feudal de

prisão; As leis feudais estagnadas não se adaptavam as de comércio dinâmicas,

mutáveis e resistentes a barreiras; A vida da cidade era diferente da vida do feudo e novos padrões tinham que

ser criados. COMÊNIO – Síntese dessa nova realidade apresenta uma nova proposta

didática: o Pondo em questionamento, os valores e as habilidades necessárias à

vida humana, também à sociedade em base de superação e propôs a sua transformação;

o Através da DIDÁTICA MAGNA - tratado da arte universal de ensinar tudo a todos;

o Seu propósito era de definir um método para ensinar todas as ciências, todos os costumes bons e piedade, segundo o grau de inteligência e a aptidão de cada um.

o Seu método estava calcado na habilidade expositiva do professor (sol que ilumina a todos) e nas ótimas qualidades do livro didático;

o Sua influência durou por mais de 150 anos.

Fase da EXPANSÃO CAFEEIRA (1870/1930)

Contexto:

Passagem de um modelo agrário-exportador para um urbano-comercial-exportador;

O Brasil vive seu iluminismo; Maior independência da influência religiosa; Suprime-se o ensino religioso nas escolas públicas; 1890 – reforma de Beijamin Constant.

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Missão: Na visão burguesa do mundo e sociedade - garantir a consolidação da burguesia como classe dominante.

Conceito: Compreendida como um conjunto de regras visando assegurar aos professores as orientações necessárias ao trabalho docente.

Base prática:

Influência positivista – método científico; Centrada no professor; Ensino humanístico; Relação professor-aluno hierarquizada (verticalizada); O aluno segue atentamente o professor; Baseada nos passos de Herbert:

o Preparação. o Apresentação. o Comparação. o Generalização. o Atividade autônoma – dissociada das questões entre escola e sociedade.

Praticada no currículo das escolas normais desde sua criação 1835 até 1934.

Fase da DIDÁTICA TRADICIONAL

RENOVAÇÃO (1930/1945)

Contexto:

Transformações na sociedade brasileira e mundial. Modificação do modelo socioeconômico com a crise cafeeira. Substituição a importações. Revolução de 1930 – Ditadura de Vargas. 1930 – manifesto dos pioneiros da “escola nova” para reconstrução da escola

na sociedade urbano-industrial; 1931/1932 – reforma Francisco campos:

o Ensino comercial. o Regime universitário – primeira universidade brasileira – São Paulo. o A didática tem origem como disciplina nos cursos de formação de

professores de nível superior.

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19041 – Curso independente para ser cursado após o bacharelado. Conceito: conjunto de idéias e métodos, privilegiando a dimensão da técnica do processo de ensino, fundamentada nos pressupostos psicológicos, psicopedagógicos e experimentais cientificamente validados na experiência e constituídos em teoria, ignorando o contexto sócio-político-econômico.

Base prática:

Busca o equilíbrio entre a influência da concepção humanista tradicional (católica) e o humanismo moderno (os pioneiros) da escola nova.

Visão do homem centrado na existência, na vida e na atividade. Predomina o aspecto psicológico sobre o lógico. Proposição de um novo tipo de homem. Defende os princípios democráticos “todos têm o direito de se

desenvolverem”. Não considera a realidade brasileira. O problema da escola é resolvido pela técnica:

o Métodos e técnicas (Candau, 1982). Centros de interesses. Estudo dirigido. Método de projetos. Ficha didática. Contrato de ensino.

o O professor técnico.

Fase das NOVAS IDÉIAS (1945/1960)

Contexto:

Aceleração e diversificação do processo de importação e penetração do capital estrangeiro.

Estado populista desenvolvimentista. Aliança entre empresários e setores populares contra a oligarquia. 1946 – decreto lei 9053 – desobrigou o curso de didática – substituído pela

prática de ensino sob forma de estágio. Lutas ideológicas entre escolas particulares e públicas.

Conceito: o mesmo da fase anterior.

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Base prática:

Acentuada predominância nos processos metodológicos em detrimento da própria aquisição de conhecimento;

O processo é mais valorizado que o contexto político-social

Fase do ESTADO MILITAR (1964/1980)

Contexto:

Projeto para acelerar o crescimento socioeconômico do país. A educação deveria preparar os recursos humanos para o crescimento. 1960/1968 – crise da pedagogia nova e a articulação da tendência tecnicista

assumida pelo grupo tecnocrata militar. Instala-se na escola a divisão técnica do trabalho – quem planeja não executa. O sistema educacional sofreu a influência do acordo Mec/Usaid. 1974 – com o início da abertura política aparecem estudos críticos da

educação dominante:: as teorias critico-reproducionistas. A didática é questionada e os movimentos apontam novos rumos.

Conceito: como estratégia para o alcance dos produtos previstos para o processo ensino - aprendizagem.

Base prática:

Busca a eficiência e a eficácia no processo e ensino. Perspectiva ingênua da neutralidade científica. Centra-se na organização do processo do ensino:

o Planejamento. o Elaboração de materiais motivacionais. o Livros didáticos descartáveis. o O processo é que diz o que o professor e os alunos: Devem fazer –

quando fazer – como fazer.

Fase ATUAL (1980/...)

Contexto:

A situação econômica dificulta a vida do brasileiro.

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Inflação – desemprego – dívida (externa e interna). Política recessiva do FMI. A luta dos professores ganha força e nasce a pedagogia crítica. A educação não está mais centrada no professor ou no aluno, mas na

formação do homem. Conceito: procura compreender e analisar a realidade social onde está inserida.

Base prática:

Voltada para o ser humano e sua realização na sociedade. A educação deve humanizar. Se compromete com os interesses do homem das camadas economicamente

desfavorecidas.

OS NOVOS PENSADORES DA EDUCAÇÃO

Resumindo (MARANGON & LIMA, 2002, P.19-25):

EDGAR MORIN

Principais livros publicados

• O método – 1977 – inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade. • A cabeça feita – 1999. • Os sete saberes necessários à educação para o futuro – 1999.

O que ele diz

• Defende a incorporação dos problemas cotidianos ao currículo e a integração dos saberes. Critica o ensino fragmentado.

• “É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une”.

• “O conjunto beneficia o ensino porque o aluno busca relações para entender. Só quando sai da disciplina e consegue contextualizar é que ele vê ligação com a vida”.

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• “Só assim vamos compreender que a simplificação não exprime a unidade e a diversidade presentes no todo”.

Um alerta

• Sem uma reforma do pensamento, é impossível aplicar suas idéias. O ser humano é reducionista por natureza e, por isso, é preciso esforçar-se para compreender a complexidade e combater a simplificação.

PHELIPPE PERRENOUD

Principais obras

• 10 novas competências para ensinar. • A prática reflexiva no ofício de professor. • As competências para ensinar no século XXI. • Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza.

O que ele diz

• Relaciona em um de seus livros as dez novas competências para ensinar. Também fala sobre a avaliação, pedagogia diferenciada e formação.

• “Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) Para solucionar uma série de situações”.

Um alerta

• As 10 competências não contemplam todas as relações que se estabelecem em sala de aula. Por isso, nunca deixa de lado sua sensibilidade e afetividade.

CESAR COLL

Principais obras

• Ensino, aprendizagem e discurso em sala de aula; • Psicologia e currículo;

O que ele diz

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• A preparação de um currículo precisa satisfazer todos os níveis da escola. O que importa é o que o aluno efetivamente apreende, não o conteúdo transmitido pelo professor.

• “se o conteúdo trabalhado tiver relação com a vida do aluno , o êxito será maior”.

• “Não se separa o que cabe ao professor – as aulas - do que é responsabilidade dos alunos – o conhecimento prévio e a atividade”.

Um alerta

• Um bom funcionamento de um currículo depende não só do professor, mas também dos alunos, pais, funcionários, coordenadores e diretores.

ANTÔNIO NÓVOA

Principais obras

• Profissão professor. • Vidas de professores.

O que ele diz

• O desafio dos profissionais da área escolar é manter-se atualizados sobre as novas pedagogias de ensino e desenvolver práticas pedagógicas eficientes.

• “o aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”.

Um alerta

• A busca isolada pela atualização é difícil e, por isso, é aconselhável um vínculo com uma instituição. Mas o mais importante é entender que o local de trabalho é o espaço ideal para a formação continuada.

Observações

• Novoa quebra a idéia que para ensinar bem é preciso ter vocação sacerdotal. • Nenhuma reforma educacional tem valor se a formação de docentes não for

encarada como prioridade.

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FERNANDO HERNÁNDEZ

Principal obra

• Transgressão e mudança na educação . O que ele diz

• A organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores.

• As diferentes fazes que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem.

• “Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar as evidências sobre o assunto”.

• “É bom e necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações”.

Um alerta

• Todo o projete deve estar relacionado com os conteúdos, para não perder o foco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão do trabalho.

BERNARDO TORO

Principal obra

• Códigos da modernidade O que ele diz

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• Criou os códigos da modernidade, que são sete competências mínimas para a participação produtiva e a inserção social do ser humano no século 21. Para desenvolvê-los, o ensino deve ser contextualizado.

• “A escola tem a obrigação de formar jovens capazes de criar, em cooperação com os demais, uma ordem social na qual todos possam viver com dignidade”.

• “Para que seja eficiente e tenha sentido, a educação deve servir a um projeto da sociedade como um todo”.

Um alerta

• Contextualizar não significa utilizar qualquer tema da atualidade. Canalize suas energias para assuntos que fazem sentido na vida dos alunos.

CICLO DOCENTE

PLANEJAMENTO DO ENSINO

O planejamento é a atividade ou ação de planejar, antigamente era um ato individual, hoje passa ser uma atividade coletiva participativa. Principalmente o planejamento educacional que não se admite mais ser um ato isolado e burocratizado de uma pessoa que se presume entender de tudo que é bom e mau para os estudantes.

Quando se planeja: “Sempre que se buscam determinados fins, relacionando-se alguns meios necessários para atingi-los. Isto de certa forma é planejamento” (Dalmás, 1972: p. 23). Já para GANDIN (1983, p.16) “planejar é: Organizar a própria ação; implantar um processo de intervenção na realidade; explicitar os fundamentos da ação do grupo; e realizar um conjunto de ações, propostas para aproximar uma realidade de um ideal”.

Deve existir no planejamento um estado coletivo de busca pelas mudanças escolhidas. Passar de um estado crítico (situação atual) para um estado futuro melhor (situação desejada).

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O planejamento gera um plano geral, que é a parte escrita do planejamento, é o mapa da caminhada. Este por sua vez se divide em programas que agrupam planos menores de afinidade de objetivos. E estes planos menores, especificados em detalhes técnicos qualitativos e quantitativos chamamos de projetos.

Tipos

• Educacional: Tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento do país.

• De currículo: Formulação de objetivos educacionais a partir dos objetivos expressos nos documentos oficiais e tendo como em vista a realidade da instituição

Observações sobre currículo:

o É tudo que acontece na vida do estudante e o cerca em todas as horas;

o É muito mais do que o conteúdo a ser aprendido; o Significa toda vida escolar do estudante; o Consiste em experiências, por meio das quais os estudantes alcançam

a auto-realização e, ao mesmo tempo, aprendem a contribuir para a construção de uma sociedade e de um futuro melhor. (Adaptado: RAGAN, 2003) e pode ser: Explicito: o que aparece e está escrito. Oculto: Transmissão de valores, normas, privilegias e

comportamento desenvolvidos informalmente. o Elaboração: por todos que direta ou indiretamente estão ligados ao

processo educativo para definição: Dos objetivos. Dos conteúdos básicos. Dos métodos. Das estratégias. Dos recursos disponíveis.

• De ensino: Especificação do planejamento de currículo – consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Deve observar:

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o Os objetivos estabelecidos através dos objetivos educacionais. o Os conhecimentos a serem adquiridos pelos estudantes, no sentido

dos objetivos estabelecidos. o Os procedimentos e recursos de ensino de estímulo às atividades de

aprendizagem. o O processo de avaliação que possibilite verificar, até que ponto os

objetivos foram alcançados. o Conhecimento da realidade – diagnóstico – situação atual; o Na elaboração do plano:

Determinação dos objetivos. Seleção e organização dos conteúdos. Seleção e organização dos procedimentos de ensino. Seleção dos recursos. Seleção de procedimentos de avaliação. Montagem do plano.

o Avaliação e flexibilização do plano. o Conhecimento da realidade:

Do aluno: Aspirações, Frustrações, Necessidades e Possibilidades.

Do meio: Institucional, Social e Comunitário. • De aula (regência): Mais específico em seus objetivos levando em

consideração as mudanças comportamentais esperadas. Deve observar:

o Deve estar relacionado com os objetivos gerais da área de estudo que por sua vez com os educacionais e estes com os do plano curricular.

Elaboração dos planos

Determinação dos objetivos: o Do curso: Qualificar professores e profissionais de outras áreas para atuar

no magistério em nível superior, possibilitando - lhe a refletir os fundamentos filosóficos, históricos sociológicos, antropológicos e psicológicos do conhecimento para compreender e construir o saber sistematizado no processo educativo.

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o Da disciplina: Capacitar os alunos para desenvolverem práticas de ensino de acordo com os princípios da pedagogia centrada no homem e seu desenvolvimento social.

o Da unidade: Levar os alunos participantes desta unidade a desenvolverem procedimentos capazes de melhorarem suas práticas em sala de aula.

o Da aula: que os alunos sejam capazes de ilustrar aulas com retroprojeções.

Subdivisão de objetivos por domínios (competências): o Domínio cognitivo – sobre a razão, a inteligência e a memória,

informações e conhecimentos intelectuais, princípios científicos, habilidades mentais de análise e síntese. Exemplos: Conceituar matemática financeira. Contextualizar a história da Didática com as situações históricas da

economia e da sociedade brasileira. o Domínio afetivo – refere-se a valores, atitudes, ética, formação do

estudante. Exemplos: Reconhecer e respeitar pela dignidade e integridade cada ser

humano. Praticar a cooperação diante das necessidades coletivas.

o Domínio psicomotor – dispõe sobre as habilidades operativas ou motoras, operar máquinas e equipamentos. Exemplos: Desenhar o mapa do Brasil. Operar um computador. Construir um barco.

Conteúdos o Seleção e organização dos conteúdos – é um procedimento básico para

atingir os objetivos. o Observações: Existem guias curriculares oficiais que oferecem a relação de

conteúdos das várias áreas para serem desenvolvidos. Importante, não esquecer a realidade da classe. Deve progredir do mais simples ao mais complexo. O conteúdo não importa tanto. O mais importante é o fato do

professor estar apto a levantar a idéia central do conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocorrência se verifique é indispensável que o professor conheça em profundidade a natureza do fenômeno que pretende alcançar com seus alunos.

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Exemplos:

» Unidade: Juros simples » Pré-requisito: Razão e proporção » Conteúdo:

1. Conceitos: capital, taxa de juros, montante.

2. Dedução da fórmula.

3. Fluxo de caixa: valor presente, valor futuro.

Atividades das práticas

Procedimentos o São ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor

para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta em função dos objetivos previstos. (TURRA. C. M. e outros)

o Corresponde a descrever atividades relacionadas ao professor e aos alunos.

Exemplo: Aula de administração geral – tema o poder

Sensibilização - O sorriso abre os corações

Recursos disponíveis – os alunos, o professor e um texto reproduzido com 30 cópias.

Teorização - O poder nas organizações.

Método ativo

Dinâmicas:

a) Ler o caso do Pedro b) Refletir sobre o caso de Pedro c) Tirar conclusões individuais e coletivas

Método Passivo:

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d) Exposição – Teoria do poder nas organizações. e) Perguntas e respostas – Avaliação sobre o entendimento do

tema.

Técnicas: o É a operacionalização do método, utilização adequada de uma determinada

prática didática ou um meio utilizado pelo professor para atingir os objetivos.

o Variedades: Do cala boca – tradicional – passiva. Da intimidação – Tradicional – passiva. Do trabalho em grupo – oferece ao aluno a oportunidade de

estabelecer trocas de idéias e opiniões, desenvolvendo as habilidades necessárias para a prática da conivência com as pessoas.

Do estudo dirigido – mediante o fornecimento de instruções de como realizar, o aluno recebe suas tarefas.

Do cine-forum – após assistido um filme os alunos fazem um fórum de discussão, contextualizando os assuntos com o conteúdo em desenvolvimento.

Do júri simulado – escolhido o tema dentro do conteúdo em desenvolvimento, criam-se condições para a simulação de um júri.

Metaplan – com o auxilio de tarjetas, de forma participativa, os alunos vão construindo o conhecimento de um determinado tema.

Dinâmicas – são situações vivenciais apresentadas aos alunos para sensibilização, reflexão ou reforçar a construção do conhecimento.

Jogos cooperativos – se o importante é competir o fundamental e cooperar!

Seleção dos recursos o São componentes do ambiente da aprendizagem que estimulam o aluno

apreender. Humanos: Professor, alunos, pessoas da instituição e da

comunidade. Materiais: Dependências físicas, materiais, ambiente interno e

externo, aparelhos e equipamentos, biblioteca, indústrias, lojas. o Importante: Sempre que precisar fazer uma demonstração aos alunos:

mostrar material por material explicando a sua utilidade.

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Fazer um chek-list e conferir antes da demonstração para verificar se não está faltando alguma coisa.

Testar com antecedência os materiais, instrumentos, aparelhos e equipamentos.

Ter competência psicomotora para usar o material a sua disposição. Avaliação dos alunos

o É o processo pelo qual se determinam o grau e a quantidade de resultados alcançados pelos alunos em relação aos objetivos propostos.

o Etapas da avaliação: a) Estabelecer critérios - indicadores que possam mostrar o êxito

alcançado. b) Estabelecer as condições – as situações em que o processo de

avaliação será realizado. c) Selecionar as técnicas e os instrumentos – dependendo o que se quer

avaliar – por exemplo, não é recomendável um teste objetivo de o que se pretende é verificar se o aluno sabe redigir um texto em português.

d) Realizar a aferição dos resultados – verificar os resultados alcançados – comparar com os parâmetros estabelecidos pelo planejamento.

o Tipos: a) Diagnóstica – Para verificar a situação atual do conhecimento dos

alunos a respeito do tema a ser abordado. Serve para constatar o nivelamento ou o desnivelamento do saber da sala sobre o tema proposto.

b) Formativa – É a que se processo durante o processo ou as atividades do ensino, através de perguntas sobre o entendimento, exercícios e reflexões do professor e dos alunos – corrige os alunos e orienta o professor.

c) Somativa – Mede no final até que ponto os objetivos propostos foram alcançados. Procurar avaliar as competências afetivas, cognitivas e psicomotoras.

Algumas práticas recomendáveis

A Tecnologia Educacional está diretamente relacionada ao fazer educativo – à didática, ao projeto político-pedagógico e ao contexto social onde se insere.

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"O livro tem um caso com a aparelhagem de som, a TV flerta com o jornal, o cinema com o satélite, o telefone com o videocassete... Todos abençoados pelo computador, que é o sacerdote supremo dessa promiscuidade cibernética, a multimídia". (TAS, 2004)

Podemos definir como tecnologias educacionais todos os recursos que permitem enriquecer a arte de ensinar. (RISCHBIETER, 2004)

Multimídia

Para entender o conceito de multimídia não devemos, porém, nos limitar apenas a idéia de reunião de diferentes linguagens em um mesmo suporte, uma vez que no jornal impresso o texto vem acompanhado de fotografias e tanto na televisão como no cinema é possível ter ao mesmo tempo texto, som e imagem.

O grande diferencial das tecnologias multimidiáticas reside justamente na tão proclamada interatividade. Ou seja, a participação ativa do usuário e a capacidade de manipulação do conteúdo da informação.

A Internet, por exemplo, é um ambiente multidirecional onde não há qualquer espécie de hierarquia ou gestão centralizada. O modelo comunicacional "um-todos", que caracterizou os sistemas tradicionalmente cunhados de comunicação de massa, dá lugar ao modelo "todos-todos", com o surgimento das redes telemáticas.

Ao mesmo tempo em que são criadas tecnologias radicalmente novas como CD-ROMs e homepages, outros meios surgem como prolongamento dos tradicionais. Graças ao desenvolvimento dos cabos, satélites e fibras ópticas, observamos a consolidação das TVs por assinatura.

Olhando as raízes da palavra multimídia – meios, ou seja, habilidade de transferir informação através de mais de um meio, isto é, por intermédio de mais de um dos sentidos. A multimídia é, portanto, a utilização de muitos meios como

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textos, gráficos, sons, imagens, animação e simulação combinados para se conseguir um determinado efeito. (CASAS et al. 1996)

Finalmente... “Como a maioria das tecnologias, estas podem ser usadas como instrumentos de domínio ou de emancipação, podem fortalecer os trabalhadores ou podem ser usadas pelo capital como poderosos instrumentos de dominação”. (ADORNO E HORKHEIMER, 1985)

"Educadores, de um modo geral, deveriam se preocupar com o potencial que tais tecnologias tem para alterar a percepção da realidade e, assim, modificar, substancialmente, o modo como as pessoas, adquirem novos conhecimentos, influindo, dessa forma, nos processos de educação formal e informal. (RISCHBIETER, 2000)

O ambiente escolar

Lugar limpo e aprazível não o que se mais limpa e conserta; é o que menos se suja e menos se quebra.

A sala de aula é um ambiente de relações interpessoais que favoreçam o ensino/aprendizagem, de libertação, não de opressão, triste e feio;

A tecnologia existente pode ajudar em muito melhor o ambiente escolar por que não usá-la?

A escrita

A invenção da escrita possibilitou pela primeira vez a comunicação à distância e in absentia, rompendo com as dimensões até então indissociáveis do espaço e do tempo.

Deve ser clara, legível e que propicie o entendimento.

Quadro de giz

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O quadro de giz é uma tecnologia que não envelhece hoje muitas vezes substituído pelo plástico e pincéis especiais o seu uso adequado comunica e complementa muitas explicações e é insubstituível para exercícios.

Uso adequado:

Ser organizado. Letra legível, desenhos e esquemas claros. O uso do giz ou pincel colorido destaca o mais importante. Dar tempo para as anotações.

Uso inadequado

Dar aula com o quadro carregado com assunto de outras aulas. Falar escrevendo no quadro. Apagar com a mão. Passar um texto extenso inteiro para os alunos copiarem.

A ficha de aula

O plano de aula, elaborado em uma ficha, organizada em fichário para aqueles que ainda não dispõe de computador a sua disposição é um instrumento que demonstra a importância que professor dá ao seu planejamento das aulas.

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Com as aulas planejadas em fichas os conteúdos a serem tratados são esquematizados, os procedimentos estão prescritos, os meios e recursos relacionados, tudo de acordo com os objetivos a serem atingidos.

Tarjetas e fitas adesivas

O surgimento da fita adesiva para paredes possibilitou a ampliação da idéia do flanelógrafo.

Com o seu emprego pode-se tornar as aulas mais coloridas e participativas.

Flanelógrafo

Consiste em uma prancha rija (compensado eucatex, etc.) que tem um lado revestido de flanela ou feltro onde são aplicados peças recortadas em cartolina através de pequenos pedaços de lixa coladas nas costas destas peças.

Permite ao professor colocar, retirar e acrescentar peças a medida que vai desenvolvendo o seu conteúdo ou história dentro de uma seqüência lógica.

Álbum seriado

É uma coleção de folhas organizadas, numa encadernação fixa em um suporte de material firme.

Permite abordar e enriquecer temas mais ou menos gerais de forma organizada e seqüencial.

Pode ser utilizado diversas vezes.

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Cavalete - flip Sharp

É uma coleção de folhas em branco, numa encadernação fixa em um suporte de material firme.

Substitui a lousa com uma vantagem, nas folhas escritas ficam registrados os tópicos abordados disponíveis para revisões, anotações e rememoração sobre o que foi apresentado.

Fotocópias

Quando a fotografia surgiu, havia a crença de que a alma daqueles que fossem retratados ficaria presa para sempre à película sensível.

Com o evento das fotocopiadoras as reproduções de textos e fotos se tornaram comum e acessível.

Este tipo de tecnologia permite além da reprodução mais rápida e com melhor qualidade, de tudo que o mimeografo fazia mais a edição de fotos.

Deve-se observar a que em todo cópia autorizada deve conter a fonte e o autor do texto, isto é ético.

Mimeógrafo

Para muitos, aparelho obsoleto, mas ainda de grande utilidade nas localidades onde meios de impressão mais atualizados ainda não estão disponíveis.

Tanto a álcool como a tinta serve para inúmeras atividades educativas, desde a reprodução de textos como confecção de convites, avisos, pequenos jornais etc.

Imprensa – Jornal

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O jornal impresso deve ser encarado como um aliado do professor: “como meio pedagógico, tem a vantagem de basear-se na cultura e sua situação local, o que não ocorre com os livros didáticos. Por oferecer diariamente o movimento da sociedade, significa o laço que prende o cidadão a comunidade em que vive e atua. (BORELI, 2001)

O importante em seu uso são as relações que se podem fazer:

Projetores – eslaides e lâminas

Os diversos tipos de projetores, tanto de eslaides quanto de lâminas, foram um avanço bastante importante nos recursos visuais.

Bem utilizados ajudam como os álbuns seriados, organizar o conteúdo, destacar os assuntos mais importantes e diminuir a possibilidade do professor fazer divagações, trazendo constantemente para o assunto em tela.

O professor deve estar familiarizado com o aparelho antes de operá-lo.

Reprodução do som

A tecnologia da reprodução de som disponível é acessível no mercado, está tornando seu uso rotineiro.

Jornal/assunto Disciplinas Economia Geografia Reportagens Português

Esportes Educação Física

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A criatividade do professor faz desta tecnologia mais ou menos importante.

Ouve-se música, história, rádio, ensina-se canto, contextualizam-se canções etc.

Radiodifusão

A conhecida emissão de Orson Welles (1938) sobre a invasão marciana foi uma pequena demonstração de como o rádio poderia propiciar o envolvimento em massa.

O advento do rádio, que transmitia suas mensagens através do ar, revolucionou as comunicações.

No Brasil a primeira emissão radiofônica oficial brasileira ocorreu no Rio de Janeiro em 7 de setembro de 1922, como parte das comemorações do centenário da Independência.

Hoje todo o Território Nacional está coberto pelas suas ondas. Por que não usá-las na educação.

Cinema

Tamanha foi a perplexidade provocada pelo cinema, que alguns dos que assistiram a exibição do primeiro filme desviaram-se com medo de serem atingidos pelo trem em movimento.

A utilização didática das fitas de filmes, hoje facilitada pelos vídeos e DVDs, constituem uma alternativa que não deve ser desprezada.

Hoje já existem catálogos de filmes com assuntos relacionados a temas educacionais.

A técnica do Cine-forum é excelente nestes casos.

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Televisão

Meio de comunicação de maior penetração no mundo atual, é um instrumento por excelência da cultura de massa, pelo modo direto com que atinge um público numerosíssimo e pela capacidade de determinar comportamentos.

Após as verdadeiras transmissões na década de 1920, a televisão trouxe o mundo para as nossas casas e ultrapassou os limites da esfera terrestre.

Imagens

As pessoas vivem cercadas de imagens, sejam da televisão, videocassete, outdoor ou internet, mas viver rodeado de imagens não significa que saibam interpretá-las. (GOMES, 2001)

Com o vídeo, eu vejo o que quero como quero, quantas vezes eu quero e só o pedaço que me interessa. (SABECK, 2001)

As escolas ganham televisores, aparelhos de vídeo, antena parabólica, receptor de satélite e uma caixa com 10 fitas – a cada dois meses recebem a grade de programação. (SABECK, 2001)

Pergunto o que isto mudou na prática de ensino nestas escolas?

Não há como enfrentar a problemática educacional se não se fizer uso de multimeios, das tecnologias modernas e métodos que revolucionaram a escola convencional. (FORMIGA, 2000)

Informática

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A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.

Houve época em que era necessário justificar a introdução da Informática na escola. Hoje já existe consenso quanto à sua importância. Entretanto o que vem sendo questionado é da forma com que essa introdução vem ocorrendo. (LOPES, 2004)

“Quem acha isso pouco não deve ainda ter experimentado procurar algo na internet. Neste exato momento em que escrevo o artigo, para dar um exemplo, abro uma janela na web e uso a ferramenta de busca ‘alta vista’. Forneço a palavra-chave ‘avaliação’ em inglês, depois em português. A resposta quase imediata indica 4.496.894 e 107.700 páginas respectivamente. Tento delimitar melhor meu interesse: palavras-chaves ‘avaliação e escola’, paradoxalmente, as refer6encias aumentam: agora temos 5.222.340 páginas relacionadas em inglês e 564.625 em português”. (RAMAL, 2000).

A um clique novos comandos são acionados e rapidamente temos a nossa disposição novas páginas. Páginas nas quais a leitura e a escrita não são mais lineares, mas obedecem uma lógica multilinear, hipertextual. (FREITAS, 2002).

(MARÇAL FLORES - 1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”.

“As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação”. (SANTOS VIEIRA, 2001)

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A Internet e aprendizagem

“Utilizando a Internet como uma ferramenta, os alunos podem explorar ambientes, gerar perguntas e questões, colaborar com os outros e produzir conhecimentos, em vez de recebê-los passivamente”. (HEIDE, 2000)

É com esta visão que gostaríamos de enxergar as possibilidades pedagógicas da Internet, ou seja, como espaço – não físico nem real, mas virtual – para a realização de projetos de autoria, que levem o aluno à investigação e à resolução de problemas, em que ele possa experimentar e explorar diferentes ambientes e, em um trabalho cooperativo, construir novos conhecimentos a partir de suas próprias descobertas e realizações (NOGUEIRA, 2002)

A Internet pode ser empregada nas seguintes atividades:

Troca de mensagens eletrônicas (e-mail) entre todas as partes do mundo.

Compartilhamento de informações em busca de apoio para a solução dos problemas.

Participação em discussões entre membros da comunidade Internet sobre inúmeros tópicos – os usuários colocam questões para as outras pessoas que compartilham com o mesmo interesse (newsgroups).

Acesso a arquivos de dados, incluindo som, imagem e textos, e de mecanismos de busca na rede de uma determinada informação.

O Ciberespaço

“A aldeia global representava a transformação do mundo linear, especializado e visual – criado pela mídia impressa – num mundo simultâneo, holístico e multissensorial”. (GUIZZO, 1999)

“Antes, era uma coisa atrás da outra, uma de cada vez. Hoje, é tudo ao mesmo tempo em todo lugar. Na aldeia global tudo se fala tudo se ouve” (GUIZZO, 1999).

“O ato de conectar-se ao ciberespaço sugere versões dos ritos de agregação e de separação, onde a tela do monitor possibilita a passagem a um outro mundo. A tela

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é a fronteira entre o individual e o coletivo; entre o orgânico e o artificial; entre o corpo e o espírito. O ciberespaço é onde se realizam ritos de passagem do espaço físico e analógico ao espaço digital sem fronteiras, do corpo átomo ao corpo bit”. (http”//www.facom.ifba.br/ ciberpesquisa/lemos/ estrcyl. html).

Hipertexto

Quando se tem a concepção de conhecimento como cadeia, a idéia de linearidade e pré-requisitos é fundamental nessa linha cartesiana de pensamento.

“Nas cadeias cartesianas, os elos deveriam ser construídos linear e paulatinamente, ordenados por uma bem definida hierarquia que conduzirá do mais simples ao mais complexo, não se hesitando em delimitar com nitidez critérios de simplicidade/complexidade. É possível reconhecer ainda hoje a situação hegemônica de tal concepção, responsável por grande parte dos argumentos que suportam as retenções nos degraus das seriações escolares, como por exemplo, a ideia de pré-requisito” (MACHADO, 1996).

Complexo

Livro

didático

Simples

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Um sistema de hipertexto cria conexões entre textos, o que lhe permite encontrar facilmente informações relacionadas. As informações estão organizadas em relação a outras informações.

Você pode "se movimentar" de um documento para outro através de links (vínculos) de palavras. Cada palavra marcada, destacada, possui um vínculo com outro documento. Desta forma, o processo de leitura torna-se não linear.

Dúvidas podem ser resolvidas no instante em que aparecem, sem a necessidade de procurar referências. Enfim, conforme a leitura das informações vai sendo feita, você "mergulha" nas informações relacionadas. Vejamos um exemplo (http://www.tche.br/hipertxt.html):

Você está lendo a biografia de Getúlio Vargas e vê uma referência a sua famosa "Carta Testamento". Selecionando esta referência, você é remetido para o conteúdo completo da "Carta Testamento". Depois de lê-la, você pode retornar ao ponto em que estava na biografia de Vargas ou selecionar outras referências dentro da Carta, passando de um "caminho" de informação para outro, que vai sendo criado à medida que você se move dentro dos diversos textos.

Da linearidade ao hipertexto

No hipertexto, hipermídias, links etc. não existe necessariamente uma rigidez de linearidade e pré-requisitos, já que teoricamente cada indivíduo pode seguir caminhos diferentes.

Hipermídia estende o conceito de hipertexto, pois une este a diversos outros tipos de informações, tais como: animação, áudio e gráficos.

O hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertexto. Os itens de formação são ligados linearmente, como nó em uma corda, mas cada um deles, ou a maioria estende suas conexões em estrela, de modo reticular. (LÉVY, 1993)

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Prof. Ms. João Luiz DerkoskiProf. Ms. João Luiz Derkoski 5050

O hipertexto/redes

Tipos de utilização como alternativas para a educação e busca de novos conhecimento.

O E-MAIL

Por meio dele, diferentes alunos de diferentes regiões e realidades podem se comunicar, trocar, comparar, etc. dados e informações sobre um determinado assunto.

“Quando os alunos comunicam-se com as pessoas em lugares estranhos e distantes, eles começam a entender, apreciar e respeitar as diferenças e similaridades culturais, políticas, ambientais, geográficas e lingüísticas” (HEIDE, 200).

Outra possibilidade do e-mail é a tutoria de uma investigação ou pesquisa, pois, normalmente, um site sobre um tema específico é criado por alguém que já pesquisou muito a respeito e em muitos casos seu elaborador é um especialista no assunto.

Grupos de discussão – newsgroups

Por meio desses grupos ou listas de discussão, os alunos podem se inscrever e participar com suas idéias e opiniões sobre diferentes temas, bem como ler o relato de experiências e informações de vários outros membros do grupo.

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Assim, os processos de pesquisa ficam mais interativos e de uma certa forma a coleta de dados e de informações é mais realista, pois eles provêm de outras pessoas que já vivenciaram uma determinada situação. (NOGUEIRA, 2002).

Bate-papos on-line – Chat

Dinâmico e interativo, pois necessita de troca de informações é em tempo real, ou seja, num mesmo momento várias pessoas podem trocar informações sobre um determinado tema ou conteúdo.

Ainda pouco explorado como ferramenta pedagógica, mas de grande potencial e possibilidades, já que está se tornando um hábito muito utilizado pela maioria dos alunos internautas. (NOGUEIRA, 2002).

Download

Consiste em fazer uma cópia de arquivo remoto da rede para o seu computador pessoal. O oposto, transferir um arquivo de sua máquina local para a rede, chama-se upload.

Down em Inglês significa abaixar e Load significa carga. Ou seja, download é o ato de "baixar um arquivo" disponível na Internet para o computador remoto, salvando como documento normal.

Site

É um local na Internet, com conteúdo, cuja porta de entrada é sempre sua home page.

Direito autoral

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Os noticiários da imprensa em geral tem constantemente mencionado o termo “pirataria”.

O Brasil, como o resto do mundo, luta pelo respeito ao direito do autor.

Constantemente, nos últimos anos, a pirataria de CD’s, DV’s, programas de computador, distribuição gratuita de músicas pela internet e a reprodução em fotocópias de livros sem autorização vem sendo denunciadas.

A utilização deste meio na educação é muito comum. É só observarmos, como muitas apostilas são feitas, os textos são distribuídos e os trabalhos escritos de nossos alunos são apresentados.

A moral profissional recomenda que ninguém (mesmo professores), deve se apropriar de trabalhos realizados por outros e quando seja necessário para basear, colorir, ilustrar e exemplificar trabalhos, dependendo da lei, se peça autorização e se dê os créditos aos seus autores.

Anteriormente foi exposto a importância do caráter (ser) do professor(a) e é neste sentido que desenvolveremos este tema.

O que diz a lei

Segundo Mello (2007, p.11) As primeiras medidas de proteção aos direitos autorais no Brasil são bem antigas. O Código Criminal do Império, de 1830, foi o primeiro a regulamentar o assunto. Estabelecia que o responsável pelo que popularmente é chamado hoje de “pirataria” – ou juridicamente, “contrafação” – deveria pagar ao autor ou tradutor da obra copiada uma multa.

Jorge Amado (1912-2001) quando deputado federal e constituinte em 1946 defendeu a regulamentação dos tradutores, mas referindo-se a distância entre o autor da obra e o tradutor.

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Em 1985 o deputado federal Lúcio Alcântara propôs um projeto de lei cujo objetivo final era designar ao tradutor 1% do preço final de cada edição cuja vendagem superasse os cinco mil exemplares. Este projeto nunca foi aprovado.

Em fevereiro de 1998, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9.610, que consolidou as regras de direito autorais.

Texto integral da Lei do Direito Autoral

...

Comentários de Mello (2007, ps.27-31):

Desafios

Os livros são outro problema crônico relacionado ao desrespeito de direitos autorais.

Um dos desafios dos editores e autores é fazer valer a lei que proíbe a reprodução integral de livros pelo sistema de fotocópia. O assunto é regulamentado pelo artigo 46 da lei de 1998, pela qual não constitui ofensa aos 11 direitos autorais à reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários.

A lei permite também a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro; a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagem de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; e a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de

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qualquer natureza, ou obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e não prejudique a exploração normal da obra produzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.

Registro

Uma importante fonte para se orientar quanto a questão de direitos autorais é o site www.parceirodolivro.com.br.

Outra alternativa é o Escritório de Direitos Autorais (EDA)...

Em Mato Grosso o registro pode ser encaminhado por...

Endereço...

Fundação Biblioteca Nacional – Lei do Depósito Legal...

Endereço: Fundação Biblioteca Nacional – sede

Rua da Imprensa, 16 - 12° andar.

Rio de Janeiro (RJ)

CEP: 20030-120

Tel.: (21) 2220 0039

Fax: (21) 2220 4173

Tópicos importantes sobre Direito Autoral publicados por Plínio Cabral

Obras protegidas

São todas as obras que expressam uma criação do espírito, como diz a lei 9.610/98, tais como romances, crônicas, livros didáticos, músicas (composição e letra), fotografias, desenhos, pintura, gravura, traduções.

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Obras não protegidas

Idéias, normas, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos, formulários em branco para completar ou corrigir sentenças, leis, tratados internacionais, decretos, regulamentos – todos os atos oficiais, nomes e títulos, informações de uso comum (calendários, agendas).

Titular do direito autoral

É o autor, pessoa física ou pessoa jurídica quando a lei permitir. A pessoa jurídica não escreve não pinta, não canta. Mas pode ser titular do direito por cessão ou outra disposição legal.

Direito patrimonial

É o direito que tem o autor sobre sua obra. Ela é um patrimônio. Para fins jurídicos, a lei considera o direito autoral como um bem móvel. Portanto, com ta, pode ser negociado, através de contratos específicos.

Direitos morais

Esses direitos não podem ser negociados. São irrenunciáveis e imprescritíveis. É o direito à paternidade da obra, que o autor pode reclamar a qualquer tempo; a integridade do texto, que não pode ser alterado sem a autorização do autor; ter seu nome ou pseudônimo vinculado à obra, daí porque não se pode alterar o título de uma obra.

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Múltiplas utilizações de uma obra.

As diferentes formas de utilização de uma obra não se comunicam. Adquirido o direito de edição para livro, o adquirente não poderá utilizá-la na televisão, internet ou outro sistema de comunicação. As utilizações devem, sempre, constar do contrato; caso contrário, o autor deverá emitir autorização para a nova forma ou meio o meio de divulgar a obra. Atenção: muitas vezes o adquirente do direito de edição julga que pode autorizar sua autorização por outro meio, o que é errado e viola os direitos do autor.

A quem pedir a autorização

Por facilidade, pode-se pedir ao editor ou ao autor diretamente. A autorização dependerá do tipo de contrato que o autor com seu editor. O editor pode ter o direito de autorizar reproduções ou uso e pode não tê-lo.

Quem autoriza o uso de fotografias

É o fotógrafo. Mas isso não basta. Quando se trata de uma pessoa, ela deve autorizar o uso da imagem. Não é direito autoral. É direito constitucional. Trata-se do direito de imagem que abrange o corpo e partes isoladas, além da voz.

Fotos de homens públicos

O homem público é por definição público. Logo sua foto pode ser utilizada, menos para fins comerciais. Comentários sobre o apagão podem incluir as fotos incluir as fotos do ministro da área de energia. Mas não se pode, com esse pretexto, utilizar, sem autorização, a foto do Ministro do apagão para propaganda de um livro que economize energia... A foto-notícia é livre. Mas seu comércio é vedado. As fotos

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emblemáticas podem ser utilizadas (caso do jovem opondo-se a um tanque, na China).

Mudança do título de uma obra ou alterá-la

Não é permitido. A obra e seu título são intocáveis. Só o autor pode modificá-los.

Citação

A citação é livre, desde que no contexto de obra maior. Não confundir citação com transcrição. A citação é um elemento de sustentação do que se afirma ou nega. Retirada a citação, a obra pode perder força, mas não perde a substância. Ela sobrevive sem a citação, que é, assim, um elemento auxiliar. Na citação é obrigatório referir a fonte: autor e editor, utilizando-se os requisitos comuns à apresentação da bibliografia.

O texto na aula

O professor pode usar, em sala de aulas, textos diversos e, inclusive, composições musicais. Mas o professor não pode mandar- como é comum – xerocar textos de livros por todos os alunos. A cópia não substitui o livro. O sentido e o objetivo da lei autoral é não permitir que se cause um prejuízo injustificável ao autor. A lei permite, no recinto da aula, a exibição teatral ou musical, sem intuito de lucro.

Reprodução

É a cópia da obra, o que a lei proíbe, a não ser sob condições especiais. A cópia xerográfica de textos para vários alunos é proibida pela lei.

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Coletâneas

Nas coletâneas temos: a) o direito do organizador da coletânea, que pode ser pessoa física ou jurídica; b) o direito dos vários participantes da coletânea.

Notas de aula

O aluno pode tomar notas de aula para seu uso pessoal. Mas não pode depois reproduzi-las para distribuição geral, seja a título oneroso ou não sem autorização do professor.

Videoconferência

O texto de uma videoconferência é protegido. O conferencista tem Direito Autoral sobre seu trabalho. Quem assiste à videoconferência é como um aluno: pode tomar notas para seu uso, mas não pode distribuí-las.

Material na internet

A internet é um meio de comunicação. Isso já foi decidido pelos tribunais, inclusive pela Suprema Corte dos Estados Unidos. A Lei brasileira prevê, também, que ‘são obras protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro’. Portanto, a obra de criação colocada não pode ser utilizada ou reproduzida livremente.

Artes plásticas

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As obras plásticas são protegidas. Mas ainda: o fato de alguém adquirir um quadro não lhe dá o direito de reproduzi-lo ou autorizar sua reprodução. Só o autor pode fazê-lo. Entretanto a obra de artes plásticas pode ser utilizada no contexto de outra obra.

Domínio público

A obra entra em domínio público 70 anos depois da morte do autor. Mas atenção com as obras estrangeiras: a tradução gera direito autoral. A obra pode estar em domínio público, mas a tradução não.

Aulas á distância

Um professor, em aula a distância, pode utilizar com citação, vários textos. O mesmo pode acontecer na aula a distância. Mas se a aula a distância envolver textos como indicação de leitura, publicadas na tela (ou seja: transcritos), é necessário autorização do autor. Aqui não se trata de uma citação, mas de uma reprodução de textos protegidos.

Direitos conexos

O executante ou intérprete tem direitos autorais. Escrita uma peça de teatro, ela só adquire vida pela representação dos artistas. Eles têm direito, chamados direitos conexos.

Poesia

A poesia é uma obra. Para aproveitá-la é necessário seguir os preceitos da Lei. A Lei diz que é permitido ‘a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos

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de obras preexistentes, de qualquer natureza’. Portanto, só se pode reproduzir pequenos trechos nunca e nunca a obra integral.

Obras em logradouros públicos

As obras que estão em logradouros públicos podem ser utilizadas. Por logradouro público, entende-se não apenas praças públicas, mas todo e qualquer local colocado à disposição publica. Essas obras podem ser representadas, mas não reproduzidas para o comércio.

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