disciplina: nt237 – tópicos especiais em taxonomia vegetal
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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE EESSTTAADDUUAALL DDEE CCAAMMPPIINNAASS
IINNSSTTIITTUUTTOO DDEE BBIIOOLLOOGGIIAA
PPRROOGGRRAAMMAA DDEE PPÓÓSS GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO EEMM BBIIOOLLOOGGIIAA VVEEGGEETTAALL
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas Caixa Postal 6109. 13083-970 Campinas, SP, Brasil
Fone (19) 3521 6382. Fax (19) 3521 6374. e-mail [email protected]
Disciplina: NT237 – Tópicos Especiais em Taxonomia Vegetal – turma F
(Princípios e métodos em sistemática filogenética)
Professor: André Olmos Simões
Condensada Período de 28/01 a 08/02/13, das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 17:00 h
Créditos: 05
Programa da disciplina / Cronograma:
Apresentação geral: Desde a proposição de seus princípios teóricos e metodológicos por
Hennig na década de 1950, a sistemática filogenética (cladística) têm se consolidado como
uma ferramenta essencial no estudo das relações entre seres vivos. O desenvolvimento de
metodologias em biologia molecular com o uso da seqüência de nucleotídeos do DNA e RNA
como fonte de caracteres, aliado à franca expansão da bioinformática a partir da década de
1990, alçaram os estudos nesta área a um novo patamar, tornando-a uma das mais
promissoras dentro das ciências biológicas. O considerável número de filogenias publicadas
nos últimos 15 anos envolvendo representantes de praticamente todas as famílias de
angiospermas trouxe mudanças significativas nos sistemas de classificação até então
propostos, além de possibilitar estudos integrados de biologia evolutiva, biogeografia
histórica e evo-devo.
Objetivos: Em linhas gerais, este curso tem por objetivo fornecer aos estudantes de pós-
graduação um conhecimento teórico-prático sobre os princípios da sistemática filogenética
(cladística) e métodos de reconstrução de relacionamentos filogenéticos baseados nos critérios
de parsimônia, máxima verossimilhança e inferência bayesiana. Espera-se que, ao final do
curso, os alunos sejam capazes de ler e interpretar artigos científicos em sistemática
filogenética, construir matrizes de dados moleculares e não-moleculares e utilizar programas
para reconstrução filogenética, como PAUP e MrBayes.
Conteúdo: O curso focará na apresentação da metodologia cladística e de seus conceitos
fundamentais, complementado por aulas práticas onde os alunos terão a oportunidade de
aplicar os conhecimentos adquiridos ao utilizar diferentes programas de computador. Além
disso, pretende-se desenvolver atividades complementares no laboratório de Biologia
Molecular, de forma que os alunos possam desempenhar atividades rotineiras em sistemática
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filogenética molecular, como extração de DNA, amplificação de framentos via reação de PCR
e checagem dos resultados via eletrofose em gel de agarose.
Avaliação: Os alunos serão avaliados pelo desempenho geral nas atividades práticas
programadas e pela apresentação de seminário em tema selecionado no início da disciplina.
Programa: A disciplina será dividida em dois núcleos semanais de seis horas diárias. O
período da manhã será reservado às aulas teóricas, e o período da tarde será reservado às aulas
práticas. O conteúdo programático da disciplina foi dividido da seguinte forma, para um total
de dez dias:
Aula 1
Teórica: Apresentação da disciplina. Introdução aos conceitos teóricos em sistemática
filogenética: ancestralidade e derivação, homologia/analogia, sinapomorfias e plesiomorfias,
árvores filogenéticas.Breve histórico da sistemática filogenética: da botânica clássica à
moderna sistemática molecular.
Prática: extração de DNA total
Aula 2
Teórica: Conceitos teóricos em sistemática filogenética – continuação: monofilia, parafilia e
polifilia; convergências e paralelismos, árvores filogenéticas. Caracteres e estados de caráter.
Fontes de caracteres moleculares e não-moleculares para reconstrução filogenética.
Introdução à metodologia de amplificação de fragmentos do genoma via reação de PCR
Prática: amplificação de fragmentos por reação de PCR
Aula 3
Teórica: Métodos em biologia molecular: da extração de DNA ao sequenciamento, e
perspectivas futuras.
Prática: amplificação de fragmentos por reação de PCR e checagem dos resultados em gel de
agarose
Aula 4
Teórica: Construção de matrizes de dados. Alinhamento de matrizes: princípios e métodos.
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Prática: montagem e alinhamento de matrizes de dados com o uso dos programas Mesquite e
Mega5.
Aula 5
Teórica: Modelos evolutivos: princípios e aplicações. Introdução aos métodos de inferência
filogenética: métodos de distância, parcimônia, máxima verossimilhança e inferência
bayesiana.
Prática: Teste de modelos evolutivos com o uso do programa Jmodeltest
Aula 6
Teórica: Reconstrução filogenética pelo critério de máxima parcimônia: princípios, métodos e
estudos de caso.
Prática: Reconstrução filogenética por máxima parsimônia pelo uso do programa PAUP
Aula 7
Teórica: Reconstrução filogenética pelo critério de máxima verossimilhança : princípios,
métodos e estudos de caso.
Prática: Reconstrução filogenética por máxima verossimilhança pelo uso dos programas
PAUP e MEGA5
Aula 8
Teórica: Reconstrução filogenética por inferência bayesiana: princípios, métodos e estudos de
caso.
Prática: Reconstrução filogenética por inferência bayesiana pelo uso do programa Mr.Bayes.
Aula 9
Teórica: Expansão dos métodos filogenéticos: o uso de filogenias na reconstrução da história
evolutiva de caracteres. Princípios, métodos, direções futuras e estudos de caso.
Prática: Reconstrução de estados de caráter ancestrais pelo uso do programa Mesquite
Aula 10
Apresentação de seminários e fechamentod a disciplina
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Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas Caixa Postal 6109. 13083-970 Campinas, SP, Brasil
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Pré-requisitos: Não serão exigidos pré-requisitos para esta disciplina.
Bibliografia recomendada:
Amorim, D.S. 1994. Elementos básicos de sistemática filogenética. Sociedade Brasileira de
Entomologia, São Paulo, Brasil.
Hall, B.G. 2004. Phylogenetic trees made easy: A How-To Manual (2nd ed.). Sinauer
Associates, Sunderland, Massachusetts, USA.
Hillis, D.M., C. Moritz e B.K. Mable. 1996. Molecular systematics (2nd ed.). Sinauer
Associates, Sunderland, Massachusetts, USA.
Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009.
Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ª. edição. Artmed Editora, Porto Alegre,
RS.
Maddison, W.P. & Maddison, D.R. 2003. MESQUITE, A Modular System for Evolutionary
Analysis. Disponível on-line em: http://mesquiteproject.org
Matioli, S.R. (ed.) 2001. Biologia molecular e evolução. Editora Holos, Ribeirão Preto,
Brasil.
Moore, B.R. & Donoghue, M.J. 2007. Correlates of diversification in the plant clade
Dipsacales: geographic movement and evolutionary innovations. The American
Naturalist 170 (sup.): S28-S55.
Ridley, M. 1996. Evolution (2nd ed.). Blackwell Science, Cambridge, Massachusetts, USA.
Ronquist, F. & Huelsenbeck, J.P. 2003. Mr Bayes 3: Bayesian phylogenetic inference under
mixed models. Bioinformatics, 19: 1572-1574.
Ronquist, F.; Huelsenbeck, J.P. & van der Mark, P. 2005. MrBayes 3.1 manual. Disponível
em: http://mrbayes.csit.fsu.edu/
Soltis, P.S., D.E. Soltis e J.J. Doyle. 1998. Molecular systematics of plants II: DNA
sequencing. Kluwer Acad. Publ., Boston, USA.
Soltis, D.E., P.S. Soltis, P.K. Endress e M.W. Chase. 2005. Phylogeny and evolution of
angiosperms. Sinauer Associates, Sunderland, Massachusetts, USA.
Swofford, D.L. 2000. PAUP*: Phylogenetic analysis using parsimony, version 4.0b. Sinauer
Associates, Sunderland, Massachussets.