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22
DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊNCIAS PROFESSORA: NEYVA ROMEIRO PERÍODO: 4 0 BIMESTRE SEQUÊNCIA Uma sequência é uma função f cujo domínio é o conjunto dos inteiros positivos e seu gráfico no plano xy é do tipo, ou ainda, sequência é um conjunto de pares ordenados do tipo ( ) ( , n f n , como pode ser observado nas Figuras 1 e 2. Figura 1: Representação de uma sequência Figura 2: Representação de uma sequência Exemplo 1: a) { } K K , , , , , , , 5 4 3 2 1 n a a a a a a descreve uma sequência infinita; b) { } n a a a a a a , , , , , , 5 4 3 2 1 K descreve uma sequência finita. OBS: Sendo f uma sequência, os números do contradomínio são do tipo ) ( , ), 4 ( ), 3 ( ), 2 ( ), 1 ( n f f f f f K , ou ainda na k a k f = ) ( , notação indicial, para cada inteiro positivo k . Exemplo 2: a) Se 1 ) ( + = n n n f , então 2 1 ) 1 ( = f , 3 2 ) 2 ( = f , 4 3 ) 3 ( = f , 5 4 ) 4 ( = f , K , então os termos da sequência finita pode ser representado por: + = + 1 , , 7 6 , 6 5 , 5 4 , 4 3 , 3 2 , 2 1 1 n n n n K e consequentemente os termos da sequência infinita pode ser representado por: + = + K K , 1 , , 7 6 , 6 5 , 5 4 , 4 3 , 3 2 , 2 1 1 n n n n Exercício 1: Sendo 1 2 ) ( + = n n n f , encontre os termos da sequência infinita. Exercício 2: Sendo 2 3 4 7 2 + - = n n a n , ache os quatro primeiros termos da sequência. Exercício 3: Ache os termos das sequências: a) n n f 1 ) ( = b) + = par for se , 2 2 impar for se , 1 ) ( n n n n f c) Observe os termos das sequências descritas em a) e b). d) Esboce os gráficos das sequências de a) e de b). Observando estes gráficos, o que você pode concluir sobre as sequências descritas em a) e b)?

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Page 1: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

DISCIPLINA: CÁLCULO A

CONTEÚDO: SEQUÊNCIAS

PROFESSORA: NEYVA ROMEIRO

PERÍODO: 40 BIMESTRE

SEQUÊNCIA

Uma sequência é uma função f cujo domínio é o conjunto dos inteiros positivos e seu gráfico no plano xy é do tipo, ou ainda, sequência é um conjunto de pares ordenados do tipo ( ))(, nfn ,

como pode ser observado nas Figuras 1 e 2.

Figura 1: Representação de uma sequência

Figura 2: Representação de uma sequência

Exemplo 1:

a) { }KK ,,,,,,, 54321 naaaaaa descreve uma

sequência infinita;

b) { }naaaaaa ,,,,,, 54321 K descreve uma

sequência finita.

OBS: Sendo f uma sequência, os números do contradomínio são do tipo

)(,),4(),3(),2(),1( nfffff K , ou ainda na

kakf =)( , notação indicial, para cada inteiro

positivo k .

Exemplo 2:

a) Se 1

)(+

=n

nnf , então

2

1)1( =f ,

3

2)2( =f ,

4

3)3( =f ,

5

4)4( =f , K , então os

termos da sequência finita pode ser representado por:

+=

+ 1,,

7

6,

6

5,

5

4,

4

3,

3

2,

2

1

1 n

n

n

nK

e consequentemente os termos da sequência infinita pode ser representado por:

+=

+KK ,

1,,

7

6,

6

5,

5

4,

4

3,

3

2,

2

1

1 n

n

n

n

Exercício 1: Sendo 12

)(+

=n

nnf , encontre os

termos da sequência infinita.

Exercício 2: Sendo 23

47 2

+−=n

nan , ache os

quatro primeiros termos da sequência.

Exercício 3: Ache os termos das sequências:

a) n

nf1

)( =

b)

+

=par for se ,

2

2

imparfor se ,1

)(n

n

n

nf

c) Observe os termos das sequências descritas em a) e b).

d) Esboce os gráficos das sequências de a) e de b). Observando estes gráficos, o que você pode concluir sobre as sequências descritas em a) e b)?

Page 2: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

2

Definição 1: Uma sequência { }na tem por limite

L (ou converge para L) se para todo 0>ε existe um número positivo N tal que

ε<− Lan sempre que Nn >

ou Lann

=∞→

lim

Se tal número L não existe, a sequência não tem limite (ou diverge).

Teorema 1: Se Lxfx

=∞→

)(lim e f estiver definida

para todo inteiro positivo, então Lann

=∞→

lim

quando n for um inteiro positivo.

Exemplo 3:

a) A sequência n

nf1

)( = é convergente, pois ,

01

lim)(lim ==∞→∞→ x

xfxx

para todo 0>x , em

particular o então 01

lim =∞→ xx

para todo x inteiro

positivo, consequentemente

01

lim)(lim ==∞→∞→ n

nfnn

.

b) A sequência

+

=par for se ,

2

2

imparfor se ,1

)(n

n

n

nf é

divergente pois não há um número definido para a função )(xf , isto é:

02

2lim =

+∞→ nx e 11lim =

∞→x

Assim, o )(lim xfx ∞→

não existe, portanto a série

dada é divergente.

Definição 2: Se uma sequência { }na tiver um

limite, dizemos que ela é convergente, e na

converge para o limite. Se a sequência não for convergente, ela será divergente.

Propriedade 1: Se { }na e { }nb forem sequências

convergentes e c for uma constante, então:

i) nn

nn

acca∞→∞→

= limlim

ii) ( ) nn

nn

nnn

baba∞→∞→∞→

±=± limlimlim

iii) ( ) ( )( )nn

nn

nnn

baba∞→∞→∞→

= limlimlim

iv) n

n

nn

n

n

n b

a

b

a

∞→

∞→

∞→=

lim

limlim se 0lim ≠

∞→ nn

b e todo .0≠nb

Teorema 2 (Teorema do Confronto adaptado para sequências): Se nnn cba ≤≤ para onn ≥ e

nn

nn

cLa∞→∞→

== limlim então Lbnn

=∞→

lim .

Teorema 3: Se 0lim =∞→ n

na então 0lim =

∞→ nn

a .

A sequência { }nr é convergente se 11 ≤<− r e

divergente para todos os outros valores de r.

=<<

=∞→ 1 se 1,

11- se ,0lim

r

rr n

n

Exemplo 4: Use os resultados acima para

determinar se a sequência

−n

6

56 converge

ou diverge. Se converge, determine seu limite.

Solução: Usando o resultado acima, onde

0lim =∞→

n

nr , se 1<r , observa-se que r na

sequência dada é 1833.06

5 <−≅−=r ,

portanto 06

56lim =

−∞→

n

n e consequentemente

a sequência é convergente e seu limite é zero. Tais resultados podem ser verificados graficamente (Figura 3) e por meio do cálculo do limite, como segue:

Analisando o limite do modulo, pois se 0lim =

∞→ nn

a então 0lim =∞→ n

na ,assim,

n

n

n

n

n

n

=

−=

−∞→∞→∞→ 6

56lim

6

56lim

6

56lim e

considerando n

y

=6

5 ⇒

n

y

=6

5lnln

=6

5lnln ny ⇒ ny 182.0ln −= , sendo

que .182.06

5ln −≅

Ou ainda,

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3

⇒ ny ee 182.0ln −= ⇒ ney 182.0−= ou

ney

182.0

1= , e portanto .01

limlim182.0

==∞→∞→ nnn e

y

Assim, 06

56lim =

∞→

n

n e consequentemente

.06

56lim =

−∞→

n

n

Figura 3: Gráfico da sequência n

nf

−=6

56)(

Exercício 4: Use os resultados acima para determinar se a sequência converge ou diverge. Se converge, determine seu limite. Use um recurso gráfico para esboçar o gráficos de cada sequência.

a)

−+

12

1

n

n

b)

−+

nn

n2

2

3

12

c)

+

n

n 12

d)

2

ln

n

n

e)

−+ nn 1

12

f)

n

en

g)

n

n)1(

h) { }n−1

Definição 3: Uma sequência { }na é denominada

crescente se 1+< nn aa para todo 1≥n , isto é

L<<<< 4321 aaaa Uma sequência { }na é

denominada decrescente se 1+> nn aa para todo

1≥n , isto é L>>>> 4321 aaaa

Definição 4: Uma sequência é dita monotônica (ou é monótona) se for crescente ou decrescente.

Definição 5: Uma sequência { }na é limitada superiormente se existir um número M tal que

Man ≤ para todo 1≥n . E é limitada inferiormente se existir um número m tal que

nam≤ para todo 1≥n .

OBS: Se ela for limitada superior e inferiormente então { }na é uma sequência limitada.

Exemplo 5: A sequência nnf =)( é monótona (pois é crescente), porém não é limitada (uma vez que não possui limitante superior). Ainda mais, a sequência não é convergente, pois

+∞=∞→

nnlim . Tais resultados também podem ser

observados na Figura 4.

Figura 4: Gráfico da sequência nnf =)(

Toda sequência limitada, monotônica, é convergente

OBS: Nem toda sequência convergente é limitada e monotônica.

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4

Exemplo 6: A sequência n

nfn)1(

)(−

= é

convergente, porém não é monotônica, como pode ser observado na Figura 5.

Figura 5: Gráfico da sequência n

nfn)1(

)(−

=

Exemplo 7: Investigue a sequência { }na , onde

nan

1= .

Solução:

nan

1= e 1

11 +

=+ nan

nn

1

1

1 <+

pois 1+< nn para todo n inteiro

positivo, logo a sequência { }na é decrescente, e portanto monotônica.

Observa-se que 01

lim =∞→ nn

e que os termos da

sequência são:

=

KK ,1

,,5

1,

4

1,

3

1,

2

1,1

1

nn,

portanto a sequência

n

1 é limitada

superiormente por 1 e inferiormente por zero, sendo a sequência limitada, Figura 6.

Figura 6: Gráfico da sequência n

nf1

)( =

Exercício 5: Investigue a sequência { }na , onde

a) 1+

=n

nan .

b) n

an

n

1)1( +−= .

Exercício 6: Verifique se a sequência é monotônica (decrescente ou decrescente)

a)

+−

54

12

n

n

b)

!

2

n

n

Exercício 7: Verifique se a sequência

2

221

n

n

é convergente, se for calcule seu limite.

SÉRIES INFINITAS

Frequentemente escrevemos funções como polinômios infinitos

LL ++++++=−

nxxxxx

3211

1 1 <x

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5

Figura 1: Gráfico das funções 1, x+1 ,

21 xx ++ , K , ∑∞

=1n

nx para 1 <x .

Assim, podemos avaliar o polinômio x−1

1 como

uma soma infinita de constantes, a qual chamaremos de série infinita.

SÉRIES E SOMAS PARCIAIS

Uma soma finita de números reais sempre produz um real, mas uma soma infinita de números reais é algo completamente diferente. Essa é a razão pela qual precisamos de uma definição cuidadosa de séries infinitas.

Definição 1: Dada uma sequência de números { }na , uma expressão da forma

LL ++++ naaaa 321

é uma série infinita. O número na é o enésimo termo da série.

As somas parciais da série formam uma sequência

11 aS =

212 aaS +=

3213 aaaS ++=

M

nn aaaaS ++++= L321

de números reais, cada um definido como uma soma finita. Se a sequência de soma parciais tem um limite S quando ∞→n , dizemos que a série converge para a soma S e escrevemos

Saaaaai

in ==+++++ ∑∞

=1

321 LL .

Podemos interpretar tal resultado observando as Figuras 2 e 3

Figura 2: Gráfico

Figura 3: Gráfico

onde

11 =S

2

112 +=S

232

1

2

11 ++=S

3242

1

2

1

2

11 +++=S

M

nnS2

1

2

1

2

11

2++++= L

M

Pode-se observar que

22

1

2

1

2

11

2=+++++ LL

n, logo a sequência de

soma parciais tem um limite 2=S quando ∞→n , dizemos, assim, que a série converge

para a soma 2.

Exemplo 1: Determine as quatro primeiras somas

parciais da série ∑∞

= +1 )1(

1

n nn.

Solução:

2

11 =S

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6

3

2

6

1

2

1

32

1

2

12 =+=

⋅+=S

4

3

12

1

6

1

2

1

43

1

32

1

2

13 =++=

⋅+

⋅+=S

5

4

20

1

12

1

6

1

2

1

54

1

43

1

32

1

2

14 =+++=

⋅+

⋅+

⋅+=S

OBS: A série ∑∞

= +1 )1(

1

n nn é chamada de série

telescópica.

Exemplo 2: Por meio dos resultados apresentados acima pode-se afirmar que a série telescópica

∑∞

= +1 )1(

1

n nn é convergente e sua soma converge

para 1=S , isto é

1)1(

1

54

1

43

1

32

1

2

1 =+

++⋅

+⋅

+⋅

+=nn

Sn L .

Figura 4:

Figura 5:

Exercício 1:

a) Determine as quatro primeiras somas parciais

da série ∑∞

=−

112

1

nn

.

b) Utilize o item a) para verificar se a série é convergente, em caso afirmativo determine o valor para o qual sua soma converge.

Uma série ∑∞

=1n

na é convergente (ou converge)

se a sua sequência de somas parciais { }nS

converge, isto é, se SSnn

=∞→

lim para algum

número real S.

Se SSnn

=∞→

lim não existir a série será divergente.

OBS: n

n

i

in aaaaaS ++++==∑=

L321

1

Logo, Saaaa n =++++ L321 ou San

i

i =∑=1

.

Exemplo 3: Mostre que a série ∑∞

= +1 )1(

1

n nn é

convergente e determine o valor para o qual sua soma converge.

Solução: Do Exemplo 2 temos que

)1(

1

54

1

43

1

32

1

2

1

+++

⋅+

⋅+

⋅+=

nnSn L

assim,

2

11 =a ,

32

12 ⋅

=a , 43

13 ⋅

=a , 54

14 ⋅

=a , K ,

)1(

1

+=

nnan

simplificando esta expressão usando uma decomposição por frações parciais, temos

)1()1(

1

++=

+ n

B

n

A

nn

)1(

)1(

)1(

1

+++

=+ nn

BnnA

nn

ou

BnnA ++= )1(1

AnBA ++= )(1

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7

==+

1

0

A

BA ⇒ 1−=B

Logo )1(

11

)1(

1

+−=

+ nnnn e assim,

∑∑∑===

+−=

+==

n

i

n

i

n

i

in iiiiaS

111 1

11

)1(

1

+

−+

−+

−=

+−=∑

= 4

1

3

1

3

1

2

1

2

1

1

1

1

11

1

n

i ii

+−++

−+1

11

5

1

4

1

nnL

1

111

1

1

4

1

3

1

3

1

2

1

2

11

+−+−

−++−+−+−=

nnnnL

1

11

+−=

n

Portanto

11

11lim

)1(

1limlim

1

=

+−=

+=

∞→

=∞→∞→ ∑ nnn

Sn

nn

nn

.

Exercício 2: Dado a série ∑∞

= −12 14

1

n n,

a) ache 1S , 2S , 3S e 4S ;

b) ache nS ;

c) verifique se a série converge ou diverge;

d) se converge, determine o valor para o qual sua soma converge.

Exercício 3: Dado a série ∑∞

= −+1 )23)(13(

1

n nn,

determine se a série é convergente.

SÉRIE GEOMÉTRICA

Séries geométricas são séries da forma

∑∞

=

−− =++++++1

1132

n

nn ararararara LL

onde a e r são números reais fixos e 0≠a . A razão r pode ser positiva ou negativa.

Definição 2: A série geométrica são séries da forma

LL ++++++= −∞

=

−∑ 132

1

1 n

n

n ararararaar

( )LL ++++++= −1321 nrrrra

i) converge e tem soma r

aS

−=

1, se

1 <r

ii) diverge se 1 ≥r .

Exemplo 4: Verifique se a série ∑∞

=

1

1

3

25

n

n

converge ou diverge.

Solução:

5=a , 3

2=r ; 166.03

2 <==r

portanto a série converge e sua soma converge

para 15

3

21

5 =−

=S , como pode ser observado na

Figura 6.

Figura 6: Convergência da série ∑∞

=

1

1

3

25

n

n

para a soma 15=S .

Exemplo 5: Mostre que a série harmônica

LL ++++++++=∑∞

= nnn

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

1

1

é divergente.

Solução:

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8

nS

S

S

S

S

S

n

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

5

1

4

1

3

1

2

11

4

1

3

1

2

11

3

1

2

11

2

11

1

5

4

3

2

1

+++++++=

++++=

+++=

++=

+=

=

L

M

porém

2

11

1

2

1

+=

=

S

S

22

21

4

1

4

1

2

11

4

1

3

1

2

114

=+=

+++>

+++=S

5.22

5

2

31

2

1

2

1

2

11

8

1

8

1

8

1

8

1

4

1

3

1

2

11

8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

118

==+=+++=

++++

+++>

++++

+++=S

32

41

2

1

2

1

2

1

2

11

16

1

16

1

8

1

8

1

4

1

3

1

2

11

16

1

9

1

8

1

5

1

4

1

3

1

2

1116

=+=++++=

+++

+++

+++>

+++

+++

+++=

LL

LLS

Similarmente 5.32

7

2

5132 ==+>S ,

2

6164 +>S

e, em geral 2

12

nS n +> . Como ∞=

+∞→ 2

1limn

n,

temos que a série harmônica é divergente

Figura 6: Divergência da série harmônica.

Teorema 1: Se a série ∑∞

=1n

na for convergente,

então 0lim =∞→ n

na .

Teste 1: Teste da divergência: Se o nn

a∞→

lim não

existir ou se 0lim ≠∞→ n

na , então a série ∑

=1n

na é

divergente.

OBS: Se 0lim =∞→ n

na a série ∑

=1n

na pode ser

convergente ou divergente.

Exemplo 6: Mostre que a série ∑∞

= +1 1n n

n é

divergente.

Solução: Calculando o limite, temos

01/11

1lim

1lim ≠=

+=

+ ∞→∞→ nn

nnn

logo a série é divergente, como afirma o Teste da divergência.

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9

Teorema 2: Se ∑∞

=1n

na e ∑∞

=1n

nb forem séries

convergentes, então também os serão as séries

∑∞

=1n

nca e ( )∑∞

=

±1n

nn ba , e

i) ∑∑∞

=

=

=11 n

n

n

n acca

ii ) ( ) ∑∑∑∞

=

=

=

±=±111 n

n

n

n

n

nn baba

Exemplo 7: Calcule a soma da série

∑∞

=

+

+1 2

1

)1(

3

nnnn

A série ∑∞

=1 2

1

nn

é a série geométrica com 2

1=a e

2

1=r , 1<r , logo convergente, assim

112

1

21

21

1

=−

=∑∞

=nn

. Vimos, no Exemplo 2 que a

série ∑∞

= +1 )1(

1

n nn é convergente e sua soma

converge para 1, assim

3)1(

13

)1(

3

11

=+

=+

= ∑∑∞

=

= nn nnnnS .

Logo, pelo Teorema (acima) temos que

∑∞

=

+

+1 2

1

)1(

3

nnnn ∑∑

=

=

=++

=11

42

1

)1(

13

nn

n nn.

Teorema 3: Se ∑∞

=1n

na e ∑∞

=1n

nb são duas séries

infinitas que diferem somente pelos seus m primeiros termos, isto é kk ba = se mk > , então

ambas convergem ou ambas divergem.

Exemplo 8: Determine se a série ∑∞

= +1 4

1

n n é

divergente ou convergente.

Solução:

Como 0/41

/1lim

4

1lim =

+=

+ ∞→∞→ n

n

n nn, não podemos

afirmar nada sobre sua convergência ou divergência.

Porém, a série

LL ++

+++++=+∑

= 4

1

8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

1 nnn

mas, sabe-se que a série harmônica

LL ++++++++++=∑∞

= nnn

1

8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

1

1

é divergente e como a série dada difere da série harmônica somente pelos 4 primeiros termos, ou seja

∑∑∞

=

=

+−−−−=+ 11

1

4

1

3

1

2

11

4

1

nn nn, temos que a

série dada é divergente. Poderíamos ainda escrever

∑∑∞

=

=

=+ 51

1

4

1

nn nn.

Exercício 4: Já vimos e também mostramos que a

série telescópica ∑∞

= +1 )1(

1

n nn é divergente

(Exemplo 2), porém, usando o resultado acima, mostre a divergência da mesma.

Exercício 5: Verifique se as séries convergem ou divergem

a) ∑∞

= +12

2

1

3

n n

n

b) ∑∞

=−

113

2

nn

c) ∑∞

=

1

1ln

n n

d) ∑∞

=

1n

ne

e) ∑∞

=1n

ne

f) ( )∑∞

=

− +1n

nn ee

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10

h) ∑∞

=

++

1 )1(

1

8

1

nn nn

SÉRIE HIPERHARMÔNICA

Uma série-p ou hiperharmônica é da forma:

LL +++++++=∑∞

=ppppp

np nn

1

5

1

4

1

3

1

2

11

1

1

p inteiro positivo.

A série ∑∞

=1

1

npn

• converge se 1>p ;

• diverge 1≤p

SÉRIES DE TERMOS NÃO NEGATIVOS

Teste 2: Teste da Comparação: Se ∑ na e

∑ nb são séries de termos não negativos:

• Se ∑ nb converge e nn ba ≤ para todo

n inteiro então ∑ na converge

• ii) Se ∑ nb diverge e nn ba ≥ para

todo n inteiro então ∑ na diverge

Exemplo 9: Mostre que a série ∑∞

=1

1

n n é

divergente.

Sabe-se que a série ∑∑ =n

bn1

é divergente e

que nn

11 ≤ ⇒ nn ≤

Logo, pelo teste da comparação a série ∑∞

=1

1

n n é

divergente.

Exemplo 10: Mostre que a série ∑∞

=1

2

2nn

nsen é

convergente.

Sendo nnnnn bnsennsen

a =≤==2

1

2

1

22

2

nn ba ≤ .

Como ∑∑ =nnb

2

1 é a série geométrica

convergente

<= 12

1r , logo, pelo teste da

comparação a série ∑∞

=1

2

2nn

nsen é convergente.

A seguinte afirmação foi dada em sala de aula:

A série harmônica

LL ++++++++=∑∞

= nnn

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

1

1

é divergente.

Segue abaixo uma demonstração da afirmação:

Observa-se qu

e 01 →n

quando ∞→n não implica que a série

é convergente. Para isto faz-se necessário uma investigação melhor.

Considerando apenas 16 termos, isto é:

++++

+++=∑= 8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

116

1nn

∑=

=++++>

+++5

0 2

1

16

1

8

1

4

1

2

11

16

1

9

1

nn

L

Sendo ∑∑ =nnb

2

1 uma série geométrica

convergente, comparando nnb

2

1= e n

an1=

pode-se observar que nn 2

11 > não satisfaz a

condição nn ba ≤ logo a série ∑∞

=1

1

nn

é

divergente.

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11

Teste 3: Teste Limite da Comparação: Sejam

∑ na e ∑ nb séries de termos não negativos se

0lim >=∞→

cb

a

n

n

n então ambas as séries convergem

ou ambas as séries divergem.

Exemplo 11: Determine se a série ∑∞

= +13

2

14n n

n

converge ou diverge comparando com a série

∑∞

=1

1

n n

Solução: usando o teste limite da comparação temos:

14114

3

33

2

+=+=

n

n

n

n

n

b

a

n

n , logo,

04

1

14limlim

3

3

>=+

=∞→∞→ n

n

b

ann

n

n

Como a série ∑∞

=1

1

n n é divergente, tem-se pelo

teste limite da comparação que a série

∑∞

= +13

2

14n n

n também é divergente.

Tabela 1: Exemplos de como escolher nb

na Termo de maior magnitude nb

14 3

2

+n

n

nn

n

n

n

4

1

414 3

2

3

2

==+

n

1

24

1323 −+

+nn

n

2323 4

3

4

3

24

13

nn

n

nn

n ==−+

+

2

1

n

2

22 ++ nn

16

42

3 2

−−

+

nn

n

Exercício 6: Determine se a série converge ou diverge:

a) ∑∞

= −13 54

1

n n

b) ∑ ++

5

ln12n

nn

OBS: nn

n

n

nn 1lnln2

>= , para 3≥n , como pode-

se verificar na Figura 1.

0 10 20 30 40 500

0.2

0.4

0.6

0.8

1

f x( )

f1 x( )

x

1

x

x ln x( )⋅

x2

Figura 7: Gráfico das funções 21

ln)(

n

nnxf = e

nxf

1)(2 = .

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12

Teste 4: Teste da Razão: Seja ∑ na uma série

de termos não negativos. Supondo que

La

a

n

n

n=+

∞→1lim

• se ⇒< 1L a série é convergente

• se 1>L ou ∞=+∞→ n

n

n a

a 1lim ⇒ a série é

divergente

• se ⇒= 1L o teste da razão nada pode afirmar. Deve-se aplicar outro teste.

Teste 5: Teste da Raiz: Seja ∑ na uma série

de termos não negativos. Supondo que

Lann

n=

∞→lim

• se ⇒< 1L a série é convergente

• se 1>L ou ∞=∞→

nn

nalim ⇒ a série é

divergente

• se ⇒= 1L o teste da raiz nada pode afirmar. Deve-se aplicar outro teste.

Lista 1 de Exercícios: Use um dos testes: comparação, limite da comparação, da integral, da raiz ou o da razão, para determinar se a série converge ou diverge:

1- ∑+n

n

2

13 2- ∑ nn

1

3- ∑ +1

2

n

n

4-∑ nn

n!

5- ( )∑ −++

12

34 nnn

n 6- ∑ − 2

12n

7-∑ + 2)23(

1

n 8- ∑ n

nln

9- ∑nnln

1 10- ∑ +− 125 3 nn

n

11- ∑ 2

)!(n

n

n

n 12- ∑ n

n

n

7

13-∑≥ −−

+

24 1

25

n nn

n 14- ∑ 2

4

n

n

15- ( )

∑ nn

n n

!

2 16-∑ nn

n

7

8

17- ∑ −−

2

134n

n 18-

[ ]∑ +

−5

34 2

14

6

n

nnn

OBS: nnn

n

nn

nn

n

+

=

+=

+ 11

1

1

1

)1( e

1 →

quando ∞→n ,

como pode ser observado nas Figuras 8 e 9

0 20 40 60 80 1002

2.2

2.4

2.6

2.8

3

f x( )

f1 x( )

x

e 2.718=

11

x+

x

Figura 8: Gráfico das funções n

xxf

+= 11)(

e )1exp()(1 =xf .

0 20 40 60 80 1000.3

0.34

0.38

0.42

0.46

0.5

f2 x( )

f3 x( )

x

1

11

x+

x

1

e0.368=

Figura 9: Gráfico das funções n

x

xf

+

=1

1

1)(2

e e

xf1

)(3 = .

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13

0 9.75 19.5 29.25 391.5

0.75

0

0.75

1.5

f x( )

x

x!

xx

Figura 10: Gráfico das funções xx

xxf

!)( = e

0!

lim =∞→ xx x

x (gráfico e limite referente ao

exercício 4 da Lista 1 de Exercícios)

0 9.75 19.5 29.25 391.5

0.75

0

0.75

1.5

f x( )

x

1 ln x( )−x

Figura 11: Gráfico das funções x

linxxf

−= 1)(

(gráfico referente ao exercício 8 da Lista 1 de Exercícios)

Lista 2 de Exercícios:: Use o seguinte resultado:

"Se 0lim ≠∞→ n

na a série ∑ na é divergente" para

mostrar que a série dada é divergente.

1- ∑≥ −

+

21

1

nn

n 2- ∑ −12n

n

3- ∑ n

n

ln 4- ∑n

5- ∑ −+−12

12

n

nn 6- ∑

+−2

1)1( n

7- ∑ − n)1(

TESTE DA INTEGRAL

Seja { }na uma sequência de termos positivos.

Supondo )(xfan = onde f é uma função de x

contínua, positiva e decrescente para todo Nx ≥ (N é intero positivo). Então tanto a série

∑ na quanto a integral ∫∞

Ndxxf )( convergem ou

tanto uma quanto a outra divergem.

Exemplo 12: Aplique o teste da integral para

verificar se a série ∑∞

=1

1

n nn é convergente ou

divergente.

Solução:

Verifica-se primeiro se o teste da integral pode ser utilizado, isto é, verifica-se se a função de x é contínua, positiva e decrescente para todo Nx ≥ .

• xx

xf1

)( = ⇒ domínio de f é todos

os Reais positivos exceto o zero ⇒

{ }0−= +RD f . Portanto f é contínua

para todo 0>x .

• f é positiva para todo 0>x .

• f é decrescente para todo 0>x , de fato:

xxxf

1)( =

⇒ 2/3

2/32/1

11)( −=== x

xxxxf

02

3

2

3

2

3

2

3)(

5

2/5

2/512/3

<−=

−=−=−=′ −−−

x

xxxxf

e pelo teste da derivada primeira, se 0)( <′ xf para todo x em um intervalo, )(xf

é decrescente neste intervalo.

logo, a função xx

xf1

)( = é decrescente.

Sendo então f contínua, positiva e decrescente para todo 0>x , pode-se aplicar o teste da integral para verificar se a série dada é convergente ou divergente.

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14

∫∞

Ndxxf )( ⇒ 1=N

∫∫∫−

∞→

∞−

∞==

t

tdxxdxxdx

xx 1

2/3

1

2/3

1lim

1

( )

21

2lim

2lim

1

22lim

2lim2lim

11

2/1

=

+

−=

+−=

−=−=

∞→∞→∞→

∞→

∞→

ttt

t

t

t

t

tt

xx

pois 02

lim =

∞→ tt.

Como a integral ∫∞

1

1dx

xx converge, logo a

série ∑∞

=1

1

n nn

também converge.

SÉRIES ALTERNADAS

L−+−+−=−∑∞

=4321

1

)1( aaaaann

n

L+−+−=−∑∞

=

−4321

1

1)1( aaaaann

n

Teste 6: Teste da Série Alternada: A série alternada é convergente se:

• 1+≥ nn aa para todo n ( na é

decrescente)

• 0lim =∞→ n

na

Exemplo 13: Mostre que a série alternada

∑∞

=

−1

1)1(

n

n

n é convergente.

Verificando:

• na é decrescente,

nan

1= e 1

11 +

=+ nan

como nn

1

1

1 <+

ou 1

11

+>

nn tem-se que

na é decrescente.

Uma outra forma para verificar se na é

decrescente é obtida utilizando o teste da derivada primeira, onde

0)( ≤′ naf ⇒ que na é decrescente,

assim, 2

1)(

naf n −≤′ que, para qualquer n

sempre será negativa.

• 0lim ≠∞→

nn

a ,

01

limlim ==∞→∞→ n

an

nn

Portanto, pelo teste de séries alternadas, a série

∑∞

=

−1

1)1(

n

n

n é convergente.

Exemplo 14: Determine se a série alternada

∑∞

−−2

1 ln)1(

n

n

n

n converge ou diverge.

x

xxf

ln)( = ⇒

( )0

ln/1)(

2<−=′

x

xxxxf para

que f seja decrescente, assim:

( ) 0ln10ln/1 <−⇒<− xxxx

xln1<⇒ ou 1ln >x . Como 1ln >x para 3>x (ver Tabela 1 e Figura 6), temos que

x

xxf

ln)( = é decrecente para 3>x e

consequentemente,a série alternada

∑∞

>

−−3

1 ln)1(

n

n

n

n será decrescente para 3>n .

Resta verificar se 0lim =∞→

nn

a para garantir a

convergência da série dada.

Sendo n

nan

ln= , temos que 0ln

lim =∞→ n

nn

, como

pode ser verificado usando a Regra de L’Hopital, ou seja:

01

lim1

/1lim

lnlim ===

∞→∞→∞→ n

n

n

nnnn

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15

Tabela 1: Valores de xln

x xln

1 0

2 0.693

3 1.098

4 1.386

1 10.5 20 29.5 390

0.1

0.2

0.3

0.4

f x( )

x

ln x( )

x

Figura 6: Gráfico da função x

xxf

ln)( = .

Portanto, graficamente a função é decrescente para 3>x .

Definição: Uma série ∑ na é absolutamente

convergente se a série

nn aaaaa ++++=∑ L321

for convergente.

Exemplo 15: Verifique se a série alternada

∑∞

=

−−1

2

1 1)1(

n

n

n é absolutamente convergente.

Solução:

∑∑∞

=

=

− =−1

21

2

1 11)1(

nn

n

nn

que é a série-p com 12 >=p e portanto

convergente. Como a série dada converge em módulo, logo ela é absolutamente convergente.

Definição: Uma série ∑ na é condicionalmente

convergente se a série ∑ na for convergente, e

se a série ∑ na for divergente .

Teorema: Se a série ∑ na é absolutamente

convergente ⇒ que a série ∑ na é

convergente.

OBS: a convergência da não implica na convergente absoluta da mesma. Exemplo 16: Vimos que a série alternada

∑∞

=

−1

1)1(

n

n

n é convergente, mas

∑∑∞

=

=

=−11

11)1(

nn

n

nn é divergente (série

Harmônica).

Lista 3 de Exercícios: 1) Determine se a série alternada converge ou diverge:

a) ∑∞

−−

2

1

14

3)1(

n

n

n

n b) ∑

+−

23

21

1)1(

n

n

n

n

2) Para quais valores de p cada série é convergente?

a) ∑∞

=

−−1

1 1)1(

np

n

n b) ∑

= +−

1

1)1(

n

n

pn

3) Mostre que a série ∑∞

=

−−1

1)1(n

n

n b , onde

nbn /1= se n for ímpar e 2/1 nbn = se n for par, é

divergente. Porque o teste de série alternada não se aplica? 4) Determine se a série

L+++=∑∞

=22

12 3

3cos

2

2cos

1

1coscos

n n

n

é convergente ou divergente.

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16

5) Teste a série para convergência absoluta

∑∞

=

−−1

31

3)1(

nn

n n

6) Determine se a série é absolutamente convergente, condicionalmente convergente ou divergente:

a)∑∞

=

−−1

1)1(

n

n

nn b) ∑

=

−1

3

)3(

n

n

n

c)∑∞

= +−

1 5)1(

n

n

n d) ∑

= +−

1 51

)1(n

n

n

e)∑∞

=1 )!2(1

n n f) ∑

=+

1313nn

nn

7) Para quais inteiros positivos k a série

∑∞

=1

2

)!()!(

n kn

n

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17

SÉRIES DE POTÊNCIAS

Vimos que a série geométrica

( )LL ++++++=∑∞

=

− n

n

n rrrrara 32

1

1 1

converge para a r

aS

−=

1, se 1 <r .

Considerando 1=a e xr = , podemos observar que

LL ++++++=−

nxxxxx

3211

1

para 1 <x , logo, escrevemos a

funçãox

xf−

=1

1)( como um polinômio infinito

equivalente a LL ++++++ nxxxx 321 . ou simplesmente, temos )(xf representada por uma série de potências.

Para achar um valor particular desta função, basta

fazer cx = . Por exemplo, para 2

1=x , tem-se:

22/11

1

2

1

2

1

2

1

2

11

2

132

=−

=

+

++

+

+

+=

LL

n

f

Definição: Uma série de potências de x, x uma variável, é da forma

LL ++++++=∑∞

=

nn

n

nn xaxaxaxaaxa 3

32

2100

onde cada ka é um número real.

OBS: toda série de potencias em x converge se 0=x pois:

LL ++++++=∑∞

=

nn

n

nn aaaaaa 00000 3

32

2100

00 =a

Para encontrar outros valores que produzem a convergencia utiliza-se o teste da razão para convergência absoluta.

Exemplo 17: Ache todos os valores de x para os quais a série abaixo é absolutamente convergente.

n

n

xn∑

=

+0

4

1

Solução:

LL +

+++++=

+∑∞

=

nn

n

xn

xxxn 4

1

6

1

5

1

4

1

4

1 2

0

Fazendo

4+=

n

xa

n

n ⇒4)1(

1

1 ++=

+

+ n

xa

n

n

e usando o teste da razão para convergencia absoluta, tem-se:

xn

nx

n

n

x

n

n

x

x

nn

x

a

an

n

n

n

n

n

5

4

5

4

4

4)1(44)1( 1

1

1

++=

++=

+++

=+++=

+

+

+

Logo

xxn

n

a

ann

n

n=

++=

∞→+

∞→

5

4limlim 1

Pelo teste da razão para convergencia absoluta, tem-se que a série é convergente se 1<L , como dada xL = , consequentemente 1<= xL para

que a série dada seja convergente )1 ,1(−∈x .

Os valores dos extremos 1−=x e 1=x , devem ser estudados separadamente.

1−=x ⇒ n

nn

)1( 4

1

0

+∑∞

=

é a série alternada.

• 1+≥ nn aa para todo n ( na é

decrescente)

• 0lim =∞→ n

na

De fato:

1+≥ nn aa ⇒ 4)1(

1

4

1

++>

+ nn

⇒ 5

1

4

1

+>

+ nn

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18

⇒ 45 +>+ nn o que é verdade. Logo na é

decrescente

Ou poderia analisar usando o fato de que a primeria derivada é negativa.

1)4(4

1)( −+=

+= x

xxf

xx

xxf ∀<+

−=+−=′ − ,0)4(

1)4()(

22

E portanto f é decrescente.

Resta agora avaliar o nn

a∞→

lim

04

1limlim =

+=

∞→∞→ na

nn

n

Portanto a série alternada é convergente.

1=x ⇒ ∑∑∞

=

=

+=

+00

4

1)1(

4

1

n

n

nnn

44444 344444 21LL

4 para Harmônica série0

4

1

7

1

6

1

5

1

4

1

4

1

=

++

+++++=

+∑n

nnn

Como

∑∑∞

=

=

+04

1

4

1

nnnn

a série de potências para

1=x é divergente.

Portanto a série de potências n

n

xn∑

=

+0

4

1

converge para todo )1 ,1[−∈x .

Definição: Uma série de potências de ( )cx − é da

forma

+−++−+

−+−+=−∑∞

=n

n

n

nn

cxacxa

cxacxaacxa

)()(

)()()(

33

2210

0

L

onde cada ka é um número real.

Teorema:

i) Se uma série de potências ∑∞

=0

n

nn xa é

convergente para um número 0≠c , então é

absolutamente convergente sempre que cx < .

ii) Se uma série de potências ∑∞

=0

n

nn xa é

divergente para um número 0≠d , então é

divergente sempre que . dx >

Teorema: Se ∑∞

=0

n

nn xa é uma série de potências,

então ou:

i) a série converge somente se 0=x ,

ii) a série é absolutamente convergente para todo x.

iii) existe um número 0>r tal que a série é absolutamente convergente se ( )rrx ,−∈

e diverge se rx −< ou rx > .

OBS: r é o raio de convergência da série.

Exemplo 18: Ache intervalo de convergência da série.

n

n

xn

∑∞

=

+02

1

1

Solução: Fazendo

12 +=

n

xa

n

n ⇒1)1( 2

1

1 ++=

+

+n

xa

n

n

e usando o teste da razão para convergencia absoluta, tem-se:

xnn

nx

n

nx

n

n

x

n

n

x

x

n

n

x

a

an

n

n

n

n

n

22

1

1)1(

1

1)1(

1

1

1)1(1

1)1(

2

2

2

2

2

2

2

2

1

2

2

1

1

+++=

+++=

+++=

+++

=+

++=+

+

+

Page 19: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

19

Logo

xxnn

n

a

ann

n

n=

+++=

∞→+

∞→

22

1limlim

2

21

Pelo teste da razão para convergencia absoluta, tem-se que a série é convergente se 1<L , como dada xL = , consequentemente 1<= xL para

que a série dada seja convergente )1 ,1(−∈x .

Os valores dos extremos 1−=x e 1=x , devem ser estudados separadamente.

1−=x ⇒ n

n n)1(

1

1

02

+∑∞

=

é a série alternada.

• 1+≥ nn aa para todo n ( na é

decrescente)

• 0lim =∞→ n

na

De fato:

1+≥ nn aa ⇒ 1)1(

1

1

122 ++

>+ nn

⇒ 1)1(

1

1

122 ++

>+ nn

⇒ 11)1( 22 +>++ nn o que é verdade. Logo

na é decrescente

Ou poderia analisar usando o fato de que a primeria derivada é negativa.

122

)1(1

1)( −+=

+= x

xxf

xx

xxxxf ∀<

+−=+−=′ − ,0

)1(

2)1( 2)(

2222

E portanto f é decrescente.

Resta agora avaliar o nn

a∞→

lim

01

1limlim

2=

+=

∞→∞→ na

nn

n

Portanto a série alternada é convergente.

1=x ⇒ ∑∑∞

=

=

+=

+ 02

02

1

1)1(

1

1

n

n

n nn

LL ++

+++++=

+∑∞

= 1

1

10

1

5

1

2

11

1

12

02 nnn

Usando o teste da comparação, observa-se que:

∑∞

=02

1

n n, que é a série-p, 2=p , logo série

convergente, e verificando que

22

1

1

1

nn<

+, tem-se que a série dada é

convergente. Logo o intervalo de convergência da série

n

n

xn

∑∞

=

+02

1

1 é ]1 ,1[− e o raio de convergência

é 1=r .

Lista 1 de Exercícios (Séries de Potências): 1) Ache intervalo de convergência da série.

a) ∑∞

=0

2

2n

nn

xn

b) ∑∞

=

−+

0

)4(10

1

n

nn

xn

c) ∑∞

=0

1

n

nxn

d) ∑∞

=0

!

1

n

nxn

REPRESENTAÇÃO DE FUNÇÕES POR SÉRIES DE POTÊNCIAS

Uma série de potências ∑∞

=0

n

nn xa define uma

função f cujo domínio é o intervalo de convergência da série. Especificamente, para cada x nesse intervalo, tem-se

LL ++++++= nnxaxaxaxaaxf 3

32

210)(

Se uma função f é assim definida, dizemos aque

∑∞

=0

n

nn xa é uma representação de funções por

séries de potências.

Page 20: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

20

Teorema: Suponha que uma série de potências

∑∞

=0

n

nn xa tenha raio de convergência 0>r , e f

definida por:

LL ++++++==∑∞

=

nn

n

nn xaxaxaxaaxaxf 3

32

2100

)(

para todo x no intervalo de convergência. Se rxr <<− , então:

i) LL +++++=′ −12321 32)( n

nxnaxaxaaxf

∑∞

=

−=1

1 n

nnxna

ii) LL ++

++++=+

∫ 132)(

13

2

2

100 n

xa

xa

xaxadttf

n

n

x

∑∞

=

+

+=

0

1

1

n

n

n n

xa

Similarmente:

Teorema: Suponha que uma série de potências

( )∑∞

=

−0

n

nn cxa tenha raio de convergência 0>r , e

f definida por:

( ) ( ) ( )

( ) ( ) LL +−++−+

−+−+=−=∑∞

=n

n

n

nn

cxacxa

cxacxaacxaxf

33

2210

0

)(

para todo x no intervalo de convergência. Se rxr <<− , então:

i) ( )∑∞

=

−−=′1

1)( n

nn cxnaxf

ii) ( )∑∫

=

+

+−==

0

1

0 1)(

n

n

n

x

n

cxadttf

Exemplo 19: Use a reprensentação em série de

potências de x

xf−

=1

1)( para obter uma

representação para a série ( )21

1)(

xxg

+= , se

.1<x

Solução:

LL

LL

++++++=

++++++=−

n

n

xxxxx

xxxxx

3210

32

11

1

Logo

LL +−++−+−+−=−−

nxxxxx

)()()()()(1

1 210

ou

LL +−++−+−=+

nn xxxxx

)1(11

1 32 , .1<x

( ) LL +−++−+−=+ − nn xxxxx )1(11 321

Derivando ambos os lados, tem-se:

( ) LL +−++−+−=+− −− 122 n )1(3211 nn xxxx

ou

( )LL +−++−+−=

+− −12

2n )1(321

1

1 nn xxxx

ou ainda

( )LL +−++−+−=

+−132

2n )1(4321

1

1 nn xxxxx

Portanto a representação em série de

( )21

1)(

xxg

+= é

( ) ∑∞

=

−−=+ 1

12

n )1(1

1

n

nn xx

, 1 <x

Page 21: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

21

Exemplo 20: Encontre a reprensentação em série de potências da função )1ln()( xxg −= .

Solução: Sabe-se que

dtt

xxgx

∫ −−=−=

0 1

1)1ln()( ,

mas

LL ++++++=−

nxxxxx

3211

1

Agora, integrando ambos os lados, obtemos

( )∫∫ ++++++=−

tn

xdtttttdt

t 0

32

01

1

1LL

xnx

n

ttttdt

t0

32

0 321

1

+++++=

−∫ LL

+++++=

−∫ LLn

xxxxdt

t

nx

321

1 32

0

∑∑∫∞

=

+∞

= +==

−0

1

10 11

1

n

n

n

nx

n

x

n

xdt

t

logo

∑∫∞

=

+

+−=

−−=−=

0

1

0 11

1)1ln()(

n

nx

n

xdt

txxg

Tabela 2: funções e séries de potências

LL +++++==− ∑

=

n

n

n xxxxx

2

0

11

1

LL +++++==∑∞

= !!2!11

!

2

0 n

xxx

n

xe

n

n

nx

L+++−=+

−=∑∞

=

+

!7!5!3)!12()1(

753

0

12 xxxx

n

xsenx

n

nn

L+++−=−=∑∞

= !6!4!21

)!2()1(cos

642

0

2 xxx

n

xx

n

nn

∑∞

=

+− +++−=

+−=

0

753121

!7!5!312)1(tan

n

nn xxx

xn

xx L

APROXIMAÇÕES DA FUNÇÃO

L+++−=+

−=∑∞

=

+

!7!5!3)!12()1(

753

0

12 xxxx

n

xsenx

n

nn

Exemplo 1: Mostre que a representação em série

de potências da função x1tan− é ∑∞

=

+

+−

3

12

12)1(

n

nn

n

x

Solução: Para mostrar, observa-se que:

duuaa

utg

a ∫ +=−

22

1 11,

no exemplo 1=a e xxu =)( , logo:

dxx

xtg ∫ +=−

2

1

1

1

como

∑ −=+−++−+−=+

nnnn xxxxxx

)1()1(11

1 32 LL

logo

LL +−++−+−=+

nn xxxxx

)()1()()(11

1 232222

2

∑ −=+−++−+−= nnnn xxxxx 22642 )1()1(1 LL

Page 22: DISCIPLINA: CÁLCULO A CONTEÚDO: SEQUÊ · PDF fileconcluir sobre as sequências descritas em a) e b)? 2 Definição 1: ... SÉRIES E SOMAS PARCIAIS Uma soma finita de números reais

22

Portanto

dxx

xtg ∫ +=−

2

1

1

1

( )dxxxxx nn

∫ +−++−+−= LL 2642 )1(1

xnn

n

xxxxx

0

12753

12)1(

753

++

−++−+−=+

LL

∑ +−=

+

12)1(

12

n

xn

n

Assim, mostrou-se que =− x1tan ∑∞

=

+

+−

3

12

12)1(

n

nn

n

x.

Exemplo 2: Mostre que a representação em série

de potências da função x1tan− é

∑ +−=

+

12)1(

2/)12(

n

x nn

Solução: Para mostrar usa-se o fato de que

( ) dttt

xxfx

+== ∫

−2

0

1

1

1

2

1tan)(

ou

dttt

xxfx

+== ∫

11

2

1tan)(

0

1

mas

LL +−++−+−=+

nnttttt

)1(11

1 32

( )LL +−++−+−=

+nntttt

ttt)1(1

2

11

1

2

1 32

( )LL +−++−+−=−

nn ttttt

)1(12

322/1

( )LL +−++−+−= −− 2/)12(2/52/32/12/1 )1(2

1 nnttttt

Logo,

dxtt

x

+0 1

1

2

1

( )dxttttx

nn∫ +−+−+−= −−

0

2/)12(2/32/12/1 )1(2

1LL

x

nn tn

tt0

2/)12(2/32/1

12

2)1(

3

22

2

1

++

−++−= + LL

∑ +−=

+

12)1(

2/)12(

n

x nn

Assim, dxtt

x

+0 1

1

2

1∑ +

−=+

12)1(

2/)12(

n

x nn

Lista 2 de Exercícios (Séries de Potências, série de Maclaurin, série de Taylo): 1) Encontre o raio e o intervalo de convergência da série:

a) ∑∞

=1n

n

n

x b) ∑

=1 !n

n

n

x

c) ∑∞

=

+−1

)2()1(

nn

nn

n

x

2) Mostre que a representação em série de potências das funções são:

a) ∑∞

=+

−=+ 0

12)1(

21

n

n

n

n

xx

b) n

nn

n

xx

x∑

=−

−−=+ 3

2

13

2)1(

2

c) ∑∞

=

+−

+−=

0

121

12)1(

tann

nn

xn

x

3) Encontre a série de Taylor para xexf =)( em

2=c . 4) Represente senxxf =)( como a soma de uma

série de Taylor centrada em 3/π . 5) Usando a Tabela 1, determine a representação das funções em séries de potências:

a) 2xe− b) senxex

c) xx 2cos d) xπcos 6) Calcule e com um erro menor que 610− . 7) Mostre que a série de Taylor gerada por

xexf =)( em 0=c converge para )(xf para

todo valor real de x.

OBS: use o fato de que 0!

lim =∞→ n

xn

x