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MBA Finanças e Controladoria Disciplina: Cenários Econômicos Professor: Helvidio Prisco Ricardo de Albuquerque Junior E mail: [email protected]

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Page 1: Disciplina: Cenários Econômicos · Microeconomia, Mercados Financeiros e de Capital, e Cenários Econômicos e Economia Aplicada ao Esporte no MBA. UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO –Professor

MBA Finanças e Controladoria

Disciplina: Cenários Econômicos

Professor: Helvidio Prisco Ricardo de Albuquerque Junior

E mail: [email protected]

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Mini Currículo do professor

Formado em economia UFMG, MBA UNA em Finanças, Mestrado em Economia

UFMG, Doutorando em Economia UNICAMP.

FUNDAÇÃO DOM CABRAL Professor das cadeiras de Macroambiente, Finanças

e Estratégia dos programas de desenvolvimento de competências gerenciais

para varias empresas e EAD para o curso de MBA, e Economia de Empresas,

Mercados Globais, Custos, Orçamento e Finanças para os cursos de

Especialização em Gestão de Negócios.

UNIVERSIDADE ANCHIETA– Professor da cadeira de Economia e Finanças

Empresariais do Curso de MBA em Administração de Comercio Exterior,

Marketing, Finanças e Pequenas e Médias Empresas.

TREVISAN ESCOLA DE NEGÓCIOS Professor da cadeira de Economia,

Microeconomia, Mercados Financeiros e de Capital, e Cenários Econômicos e

Economia Aplicada ao Esporte no MBA.

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – Professor das cadeiras de economia: de

empresas, industrial, brasileira, de custos e internacional.

FACULDADE TABOÃO DA SERRA – Professor da cadeira de Administração

Financeira II no curso de Comercio Exterior e Economia e Gestão Financeira

no MBA Empresarial.

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Apresentação da Disciplina

Cenários EconômicosJustificativa:

O curso reforça a importância de se conhecer o macroambiente e oscenários nacionais e internacionais a partir da ótica damacroeconomia, enfatizando as variáveis relevantes para o processode decisão empresarial. Desenvolvendo no aluno a capacidade deformular soluções para os problemas nacionais em consonância comas diretrizes da moderna ciência gerencial.

Objetivo:

Mostrar a evolução do ambiente de negócios suasinterpretações pela ciência econômica, a criação endógena dodinheiro modernamente, a globalização econômica e afinanceirização do capital, as estratégias das empresas nessescontextos, permitindo ao aluno compreender essas mudançase se posicionar frente aos desafios da gerencia.

InterdisciplinaridadeDisciplina relacionada com todas as demais disciplinas do curso.

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1º Módulo Fundamentos Básicos HORAS

Contabilidade Financeira e IFRS 30

Cálculo Financeiro- aplicados 20

Métodos Quantitativos Aplicados 20

Cenários Econômico 10

Planejamento Tributário 20

Direito Empresarial 20

Subtotal 120

2º Módulo de Finanças Corporativas Gestão de Finanças Empresariais 30

Avaliação de Empresas - Valuation 30

Mercado Financeiro e Derivativos 30

Decisões de Fin. Estr. de Capital 30

Subtotal 120

3º Módulo de Controladoria e Gestãao Empresarial Gestão Esrtatégica de Custos 30

Planejamento Estratégico 10

Orçameto Empresarial 30

Sistemas de avaliação de desempenho 20

Marketing Empresarial 20

Negociação Empresarial 10

Total 120

4º Metodoolgia da Pesquisa-on-line 40

TOTAL GERAL 400

MBA EM FINANÇAS E CONTROLADORIA

MÓDULOS

É importante informar aos alunos a correlação da sua disciplina com os módulos do curso.

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Bibliografia básicaKRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à economia. Tradução de Helga Hoffman. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

COSTA, Fernando Nogueira. Economia em 10 lições. São Paulo: Makron Books, 2000.

PEREIRA, José Matias. Economia brasileira: governabilidade e políticas de austeridade,dimensões macroeconômicas, desigualdades socioeconômicas. São Paulo (SP): Atlas, 2003.154 p.,

Bibliografia complementar:MANKIW, N. Gregory. Princípios de macroeconomia. Tradução de Allan Vidigal Hastings,

Elisete Paes e Lima, Ez2 Tanslate. 6. ed. São Paulo, SP: Cengage Learning, 2013.

SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento econômico. 6.ed. São Paulo (SP): Atlas, 2012.

VASCONCELLOS, Marco Antonio; GARCIA, Manuel. Fundamentos De Economia. 2ª. Edição,

São Paulo: Saraiva, 2005.

Referências Bibliográficas

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Nas economias primitivas a troca era direta.

Ou se produzia para autoconsumo, ou se trocavamercadoria por mercadoria.

M – M

Nesse momento não existia a possibilidade dedesequilíbrio

As trocas e a criação do valor

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Nas economias mais avançadas surge o dinheiro,

que é uma mercadoria de valor universal:

M – D – M

O objetivo dessa troca é o valor de uso da

mercadoria, não existe a possibilidade de realizar

lucro.

As Trocas e a Criação do Valor

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No capitalismo mercantil, o que interessa ao trocar não

é mais o valor de uso, mas o valor de troca das

mercadorias:

D – M – D’

O dinheiro é usado para comprar uma mercadoria, que é

revendida por um preço superior ao seu valor.

A diferença é o lucro comercial ou especulativo.

O valor de uso é um pressuposto, nunca um objetivo.

As Trocas e a Criação do Valor

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A mercadoria é a forma mais elementar do valor,da riqueza.

A mercadoria tem duas dimensões de valor:

1.Valor de uso, relativo à utilidade da mercadoria, a sua qualidade.

2.Valor de troca, elas são transacionáveis, a sua quantidade.

É no mercado que as coisas são trocadas.

O valor é resultado das relações econômicas dohomem com outros homens, isto é, das relaçõessociais de produção.

As Trocas e a Criação do Valor

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As trocas e a criação do valor

No capitalismo industrial o dinheiro compra meiosde produção e os transforma, no processoprodutivo, em mais mercadorias, ou com maisvalor, do que as inicialmente compradas.

Esse valor maior em mercadorias é transformadoem dinheiro, e reinicia-se o fluxo do capital, em umnível mais alto.

Ciclo do capital produtivo

Ciclo do capital-dinheiro

Ciclo do capital-mercadoria

D I d M’ D’ Ix dx M’’

MP MPx

L LxCs

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COMPRADORES, VENDEDORES, FIRMAS E

MERCADOS

Mercado

de

insumos

Mercado

de

produtos

Custos Demanda

Receitas Oferta

Oferta Renda

Demanda Gastos

Consumidores

e proprietáriosProdutores

$

$

terra, trabalho, capital, talento...

bens e serviços

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“Moeda não cresce em árvore”

Não se pode empregar mão de obra para“plantar” (produzir) moeda.

Desde que a moeda não é produzível peloemprego de trabalho no setor privado, oaumento da sua demanda (ou retençãodevido ao não-gasto) implica em desempregoinvoluntário.

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O Dinheiro e a Moeda

Funções:

1. Meio de circulação

2. Medida de valor

3. Reserva de valor

4. Liberatória

5. Padrão de pagamento diferido

6. Instrumento de poder econômico

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O Dinheiro e a Moeda

Na teoria moderna :

Moeda: é um ativo normalmente oferecido ou recebido pela

compra ou venda; é aquilo que o Estado recebe como pagamento

de imposto.

Dinheiro : é o ativo monetário (criado pelas forças do mercado

e/ou pelo poder do Estado) com aceitação geral - legal e social -

para desempenhar todas suas funções clássicas.

“Todo dinheiro é moeda, mas nem toda moeda é dinheiro.”

“Numa economia monetária, o dinheiro não é neutro.”

“Dinheiro é a forma geral e abstrata da riqueza.”

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Existem três fontes principais de entrada de moeda na economia :

a primeira está nos empréstimos de capital de giro, que

multiplicam os depósitos na rede bancária;

diferentemente dos governos, banqueiros não podem

criar, isoladamente, meios de pagamento para financiar

seus próprios gastos; a relação débito-crédito entre o

sistema bancário e seus clientes que “cria” moeda

(depósitos à vista) como passivo, igualado no lado ativo

do balanço contábil consolidado.

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a segunda depende diretamente dos instrumentos de

política monetária, inclusive a emissão monetária

para cobertura de déficit do orçamento geral da União

não amparado pela colocação de títulos de dívida

pública (política fiscal).

operações de open market com compra ou venda de

títulos da dívida publica;

empréstimos de assistência financeira de liquidez do

banco central aos bancos comerciais (operação

conhecida como “redesconto”);

exigências de depósitos compulsórios dos bancos no

banco central.

Existem três fontes principais de entrada de moeda na

economia :

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terceira é devido ao impacto monetário do balanço de

pagamentos, ou seja, depende do regime cambial e do

fluxo externo liquido : o superávit do balanço de

pagamentos leva a uma variação positiva do estoque de

moeda estrangeira (reservas internacionais) que é

convertida em moeda nacional; o banco central

“compra”, mais dólares do que “vende”; através da

variação da taxa de câmbio e da taxa de juros, a política

cambial e a política de juros influenciam esta relação

entre reservas e base monetária.

Existem três fontes principais de entrada de

moeda na economia :

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Criação e destruição de moeda

O suprimento de moeda cresce com o uso, ou seja,

expande-se por meio do endividamento.

Vice-versa, se todos tomadores de empréstimos os

amortizassem, liquidando-os, simultaneamente, toda a

oferta de moeda criada seria extinta, isto é, aconteceria

processo de “destruição da moeda”.

Repentinamente, ela deixaria de existir como ativos, na

contabilidade bancária.

A moeda, portanto, é criada e destruída em função,

respectivamente, do endividamento e do pagamento de

dívidas.

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Sistema Econômico

A trajetória do sistema econômico e de suasramificações é um processo evolutivo:

• Complexo

• Aberto

• Não-determinístico onde impera a incerteza

• Não-estacionário

• Onde as posições competitivas das empresas semodificam tanto ou mais do que se ajustam

• Os mercados são espaços onde ocorrem mudançastécno-econômicas que criam ambientes seletivos, quegeram e/ou perpetuam desigualdades e assimetrias

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Evolução do Sistema Econômico

Crescente concentração e centralização do capital;

Interpenetração das esferas industrial e financeirado capital;

Égide do capital financeiro (facilitada na fase atual,pela desregulamentação e globalização financeira epelas novas tecnologias);

Aumento da diversificação e internacionalizaçãodas empresas, resultando na crescente dimensãodas empresas (culminado nas chamadas “empresas-rede”) e no aumento do intercâmbiointracorporativo (com implicações sobre os fluxosde comércio, investimento, etc.);

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Prevalência das estratégias privadas das empresasmultinacionais sobre as estratégias nacionais;

Propensão à mobilidade do capital, inclusive do capitalprodutivo (seja via investimento, seja via terceirização);

Crescimento da produtividade do trabalho.

O desenvolvimento e a difusão acelerada das tecnologias deinformação favorecem e intensificam a mobilidade do capital, ea globalização financeira.

O eixo de tudo isso é sempre a valorização do capital.

Evolução do Sistema Econômico

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A busca permanente de vantagens competitivas é otraço fundamental do processo seletivo daconcorrência no capitalismo.

Cada empresa tenta diferenciar-se em relação aosconcorrentes para sobre eles prevalecer.

Vencer no capitalismo significa que as empresasprecisam obter lucros e se expandir.

Lucrar e crescer no longo prazo são objetivoscomplementares e que se reforçam mutuamente.

A ausência de normas é a norma da concorrência.

A CONCORRÊNCIA SOB CONDIÇÕES OLIGOPOLISTAS

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Sob condições de incerteza, a busca de rentabilidadee crescimento se faz apoiada, não na racionalidadeformal maximizadora (no sentido matemático), massim em outras formas de manifestação daracionalidade, especialmente a baseada em rotinas econvenções

O que permite à empresa a obtenção de ganhosextraordinários costuma tomar forma de ativosespeciais (intangíveis), que lhe são específicos, nãointeiramente reprodutíveis pelos vários rivais(existentes e potenciais) e cuja imitação só é possívelcom grande dispêndio de tempo e de dinheiro.

A CONCORRÊNCIA SOB CONDIÇÕES OLIGOPOLISTAS

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Globalização é a resultante da interação de doismovimentos básicos: no plano doméstico daprogressiva liberalização financeira e no planointernacional da crescente mobilidade dos capitais.

A dominância da acumulação financeira é quedetermina a onda de inovações que temtransformado os processos produtivos e aorganização dos mercados, promovendo umcrescimento sem paralelo do Investimento DiretoEstrangeiro, além de ditar os seus limites.

Globalização financeira

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A preponderância da riqueza financeira sobre aacumulação produtiva.

A proeminência das finanças tem influenciado osgastos correntes conduzindo a uma crescenteinstabilidade cuja expressão maior seria o ciclo deativos.

Globalização financeira

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A liberalização financeira deu origem a um tipo de capitalismocom menor dinamismo e maior instabilidade quando comparadoao sistema vigente no pós-guerra e, mais ainda, inverteu osentido de determinação das crises que passaram a originar-se naórbita financeira deslocando-se a partir daí para o planoprodutivo.

Os ativos tangíveis têm um valor que é dado pelo seu custo dereposição ou custo de produção.

Os ativos intangíveis têm o seu valor calculado exclusivamentepela capitalização do fluxo de rendimentos.

A nova dinâmica da economia

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Em termos bem simples, Globalização significa que nãoexiste mais interior no mundo. De qualquer lugar doplaneta, graças ao comércio eletrônico e graças àsfacilidades de logística e distribuição, uma empresapode dominar mercados mundiais.

A outra realidade da Globalização é de que NADA,

absolutamente nada, ficará fora da competição

global. Não estamos mais competindo com nossas

empresas do Brasil ou mesmo do Mercosul.

A competição é global!

A INSTABILIDADE...

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Mundialização do Capital

São os processos de internacionalização de capitais (produtivo, comercial e financeiro)

O triunfo do capital financeiro e especulativo sobre o capital produtivo

A centralidade do capital financeiro no processo de acumulação e regulação da economia mundial

A crise contemporânea do capital como expressão e resultado de sua mundialização

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Mundialização do Capital

Esse "novo regime de acumulação", predominantemente

financeiro das grandes firmas oligopolistas surgiu a partir

dos anos de 1980, tendo por berço os EUA e o Reino

Unido, face à iniciativa desses países de implementarem

políticas de liberalização e desregulamentação.

O crescimento da esfera financeira foi tamanho que, nos

últimos anos, deu-se "em ritmos qualitativamente

superiores aos dos índices de crescimento do

investimento, ou do PIB (inclusive nos países da OCDE),

ou do comércio exterior.

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Mundialização do Capital

O que ocorre atualmente é que uma parcela cada vezmais elevada dos rendimentos produtivos édirecionada para a esfera financeira, e dentro docampo fechado da esfera financeira, váriosprocessos, em boa parte fictícios, de valorização,fazem inchar ainda mais o montante nominal dosativos financeiros.

É o desmanche do fundamento capitalista do lucrocom base no valor-trabalho.

É uma valorização fictícia da riqueza em velocidadeinigualável pela performance de rentabilidade naprodução de bens e serviços.

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A HIPERCOMPETIÇÂO

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NOVAS FRONTEIRAS DAS EMPRESAS

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CRESCIMENTO ANUAL DO PIB EM %

Fonte: Banco Central do Brasil

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PIB Brasil 2017 – 6,6 Trilhões

72,50%

20,80%

6,70%

Serviços Indústria Agropecuária

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NEOLIBERALISMO

Maior liberdade para as forças de mercado.

Menor intervenção estatal.

Desregulamentação.

Privatização do patrimônio público.

Abertura para o exterior.

Ênfase na competitividade internacional.

Menor compromisso com a proteção social.

Reação ao Estado do bem estar Keynesiano

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1) Disciplina fiscal

2) Priorizarão dos gastos públicos

3) Reforma tributária

4) Liberalização financeira

5) Regime cambial

6) Liberalização comercial

7) Investimentos direto estrangeiro

8) Privatização

9) Desregulamentação

As politicas convergem para dois objetivos básicos:

drástica redução do Estado e a corrosão do conceito de Nação;

máximo de abertura à importação de bens e serviços e à entrada

de capitais de risco.

Políticas Ortodoxas Liberais

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A realidade econômica é histórica;

O mercado não é capaz de regular automaticamente o sistema

econômico;

O objetivo das políticas econômicas é de maximizar a taxa de

desenvolvimento econômico e a distribuição de renda;

Além da política fiscal e monetária é necessário controlar a

taxa de câmbio e a taxa de juros;

Equilíbrio orçamentário obtido gradualmente sem afetar o

crescimento econômico;

Regular a mobilidade de capital;

Maior compromisso com a proteção social.

Políticas Keynesianas

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Três fases do desenvolvimento no Brasil (1950-2014)

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Ele é composto de três frentes de expansão potencialmentepoderosas (três “motores de investimento” energizados pordemanda efetiva):

1) Investimento movido por crescimento com redistribuição derenda, na modalidade de produção e consumo de massa;

2) Investimento em infraestrutura produtiva e social;

3) Atividades baseadas em recursos naturais e em suas cadeiasprodutivas.

O padrão de desenvolvimento 2003 – 2014

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Resultado primário do Governo Central% PIB

2003 3,32004 3,72005 3,82006 3,22007 3,32008 3,42009 22010 2,72011 3,12012 2,42013 1,92014 -0,42015 -22016 -2,62017 -2

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0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

6,1

8,6

1,5

2,5

3,9

Década de 60

Década de 70

Década de 80

Década de 90

Década de 00 (2001-2010)

TAXAS MÉDIAS DE CRESCIMENTO DO PIB %

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Motores de Desenvolvimento Econômico e Social

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POLÍTICA DE AUSTERIDADE NEOLIBERAL

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POLÍTICA DE AUSTERIDADE NEOLIBERAL

Desemprego,

Aumento da pobreza e das desigualdades,

Comprometimento dos investimentos públicos e dos serviços públicos essenciais,

Estagnação econômica,

Alienação desabrida do patrimônio público,

Venda acelerada do pré-sal e de outras riquezas estratégicas,

Queda do protagonismo internacional do Brasil, comprometimento grave da imagem do país no exterior,

Destruição de amplos setores produtivos, como o da construção civil pesada e a indústria naval

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CRESCIMENTO REAL DO GASTO DA UNIÃO NA FUNÇÃO EDUCAÇÃO

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TAXA DE INFORMALIDADE DAS PESSOAS OCUPADAS DE 14 ANOS OU

MAIS DE IDADE POR SEXO E RAÇA

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Finalmente, a grande pergunta:

Quais são as atitudes que a empresa deve adotar nesse cenário?

Qual estratégia pretendo adotar?

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[email protected]

Obrigado!