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Diário Oficial Eletrônico Caderno dos Conselhos do Município de São José dos Pinhais Edição 524, Ano 2 20/12/2019 Sumário Parecer CME/SJP nº 02/2019 Aprovado em: 17/12/2019 ................................................ 1 Resolução nº 049/2019 CMDCA/SJP ........................................................................................ 17 Deliberação CME/SJP nº 04/2019. ............................................................................................... 17

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Diário Oficial Eletrônico

Caderno dos Conselhos do Município de São José dos Pinhais

Edição 524, Ano 2 – 20/12/2019

Sumário

Parecer CME/SJP nº 02/2019 Aprovado em: 17/12/2019 ................................................ 1

Resolução nº 049/2019 – CMDCA/SJP ........................................................................................ 17

Deliberação CME/SJP nº 04/2019. ............................................................................................... 17

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Prefeitura de São José dos Pinhais Rua Passos de Oliveira, 1.101 - Centro - CEP 83030-720 - São José dos Pinhais – PR PABX (41) 3381-6800 CNPJ: 76105543/0001-35

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PARECER CME/SJP nº 02/2019 Aprovado em: 17/12/2019

DELIBERAÇÃO Nº 04/2019 (ANEXA) APROVADA EM: 17/12/2019

MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/ESTADO DO PARANÁ

INTERESSADO: Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais

RELATORA: Ana Lucia Rodrigues

Conselheiros Participantes: Andréia Alves Correa, Chayane E. Costa, Márcia Valaski, Marinês

Andriguetto da Rocha, Patricia Coraleski Pereira Francisco, Rosiliane Aparecida Messias Torres,

Tatiana Bidinotto, Cristian Viviane da Rosa Rodrigues, Carolline P. de Araújo Maia, Cláudia

Grabarski T. de Mantova, Domingas de Fátima Cardoso Amaral, Henrique Erich Wiens, Rodrigo

Cristiano de Oliveira, Tainara Maria Mota, Valdelíria Afonso Nascimento, Carlos Alberto Cardoso.

Conselheiros Participantes não nomeados: Juliana Grebe Rosa Ferraz, Luciana Haluch de

Bastos, Queila Cristina L. Batista Martins.

ASSUNTO: Institui o Referencial Curricular de São José dos Pinhais fundamentado na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, no Referencial Curricular do Paraná e orienta a sua implementação no Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais. De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 02/2017.

I - DO HISTÓRICO

Os trabalhos na SEMED de SJP para a Tessitura do Referencial Curricular de São José

dos Pinhais – RCSJP- teve seu início em 2013 com as consultas e participações nas Audiências

Públicas da BNCC.

Com as exigências em relação à implementação da Base Nacional Comum Curricular

aprovada em 2017 por meio da Resolução CNE/CEB nº 02/2017, com validade em todo o país,

houve a necessidade de elaboração de uma nova organização curricular para a Rede Municipal

de Ensino de São José dos Pinhais.

Em 26/06/2018 foi assinado um Termo de Colaboração e Cooperação, firmado entre o

Sistema Estadual de Ensino do Paraná e o Sistema Municipal de Ensino de São José dos

Pinhais, com a participação e mediação do Comitê Executivo Estadual Pró-BNCC composto pela

da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED, do Conselho Estadual do Paraná -

CEE/PR União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/PR), da União

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Nacional dos Conselhos Municipais de Educação- UNCME/PR, representada pela Presidente do

CME/SJP Ana Lucia Rodrigues, Coordenadora/Presidente da UNCME Paraná.

Com a assinatura do Termo de Colaboração e Cooperação o município de São José dos

Pinhais foi convidado a participar da construção do Referencial Curricular do Estado do Paraná,

tendo enviado para Foz do Iguaçu, em duas etapas as representantes da Secretaria Municipal

de Educação - SEMED e do Conselho Municipal de Educação - CME. Na ocasião foram

realizadas discussões com representantes de vários municípios além de estudos e

apontamentos no documento em construção. A Presidente do CME/SJP Ana Lucia Rodrigues

participou dos trabalhos compondo a mesa de abertura e nas discussões.

Em novembro de 2018, o Conselho Municipal de Educação participou, como um dos

organizadores, do Encontro Nacional da UNCME, realizado em Londrina com a temática: os

Conselhos Municipais de Educação e os desafios do regime de colaboração entre a União,

Estados e os Municípios na implementação da BNCC. Foram enviados como representantes a

Presidente Ana Lucia Rodrigues e os Conselheiros Carlos Alberto Cardoso, Letícia Brandt

Jorgensen de Almeida, Rodrigo Cristiano de Oliveira. Em dezembro de 2018, foi realizado o I

Fórum Ampliado dos Conselhos Municipais de Educação por solicitação da UNCME/PR, para

que o Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR) apresentasse os atos normativos de

aprovação do Referencial Curricular do Paraná. O CME/SJP participou desse evento por

intermédio da Presidente Ana Lucia Rodrigues e da Secretária Geral Patricia Coraleski Pereira

Francisco.

A Deliberação CEE/PR nº 03/18 que institui o Referencial Curricular do Paraná no

Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná considera a autonomia dos municípios com

Sistema Municipal de Ensino organizado nos termos da lei, quando normatiza em seu art. 31 que

fica a critério destes municípios optar por seguir ou não o documento na readequação dos seus

currículos.

Art. 30. Os municípios que não possuem Sistema de Ensino organizado nos termos da lei devem atender a presente Deliberação. Art. 31. Os Sistemas Municipais de Ensino, organizados nos termos da lei, podem aderir a esta Deliberação. (PARANÁ, 2018).

O Termo de Colaboração e Cooperação, em seu inciso IV estabelecia que os Municípios

com Sistema Municipal de Ensino como SJP deveriam:

a) indicar e disponibilizar profissionais das Equipes de Ensino para as

formações sobre BNCC participando dos encontros formativos,

presenciais, organizados pela SEED, CEE/PR, UNDIME/PR,

UNCME/PR;

b) garantir e viabilizar as condições necessárias para que o profissional

indicado pela Secretaria Municipal de Educação repasse todas as

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informações recebidas nas formações sobre a implementação da

BNCC nos municípios;

c) elaborar um Plano de Ação específico pelo Sistema Municipal de

Ensino, considerando as Diretrizes Curriculares Municipais e outros

documentos do Sistema Municipal, articulando com a BNCC e com

as ações gerais sugeridas pelo MEC, com calendário próprio do

Sistema Municipal;

d) assegurar as condições necessárias para o desenvolvimento de

estudos e reorganização das Diretrizes Municipais de Educação,

junto às Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino,

considerando a BNCC;

e) disponibilizar as condições necessárias, como internet e computador,

para que o(a) profissional responsável pela coordenação das ações

de estudos e reorganização das Diretrizes Municipais de Educação,

considerando a BNCC, participe sempre que necessário, de reuniões

técnico-formativas promovidas pela Secretaria Estadual da

educação, CEE/PR, UNDIME/PR e UNCME/PR, via chamadas

online dentre outras ações.

f) “É também da alçada dos entes federados responsáveis pela

implementação da BNCC o reconhecimento da experiência curricular

existente em seu âmbito de atuação” (BRASIL, 2017, p. 18).

Para cumprir com o termo de Colaboração e Cooperação, o trabalho local para a

construção da nova organização curricular teve início no 2º semestre de 2018, a partir de

estudos internos realizados tanto nos Departamentos de Ensino da SEMED, quanto no CME

com a participação dos conselheiros.

A partir de julho de 2018, os pedagogos e diretores das Unidades de Ensino participaram

das primeiras discussões na rede pública municipal para a organização curricular com base na

BNCC. A Presidente do CME e Coordenadora da UNCME/PR apresentou os marcos legais que

embasaram a BNCC, o caráter normativo dos documentos, a estrutura e as competências da

BNCC, com reflexões preliminares sobre a necessidade de estabelecer uma análise comparativa

entre as Diretrizes Municipais de Educação/Planejamento Referencial e o documento nacional, o

Comitê Executivo Estadual Pró-BNCC, o Termo de Cooperação e a estrutura organizacional do

Pró-BNCC do Paraná.

Em 2019, o trabalho sistemático e intensivo da tessitura do Referencial Curricular de

SJP, centrado no Pensar Complexo, dentro da opção assumida pela secretaria, seguiu as

orientações da BNCC e do Referencial do Paraná, privilegiando a educação integral, a equidade,

os direitos de aprendizagens e a formação para a cidadania.

O Fluxograma do Referencial tecido coletivamente:

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A tessitura do Referencial Curricular de SJP garante em sua constituição o Currículo

Integrado com a Matriz Transdisciplinar –cosmovisão, conhecimento, sujeitos – e a Raiz

Epistemológica – dialética da (↔) complexidade – os campos de experiências e as áreas de

conhecimento. A partir desta elaboração, acontecerá a tessitura do Projeto Político Pedagógico

pelas Unidades de Ensino e demais passos previstos neste fluxograma.

Educação Infantil

A Educação Infantil tece a concepção específica desse nível da Educação Básica,

centrada no Educar↔Cuidar, tendo as Interações e Brincadeiras como Eixos Centrais e os

Campos de Experiências como os espaços específicos do trato com os Objetos do

Conhecimento e Objetivos de Aprendizagem na relação direta entre

desenvolvimento↔aprendizagem e na interlocução com a base geral do Currículo.

Os cinco Campos de Experiências buscam, dialogam, também com os seis direitos de

aprendizagem propostos pela BNCC e Referencial do Paraná, além dos Eixos articuladores do

Referencial Curricular de SJP. No entanto, a transposição efetiva deste caminho se dará na

elaboração do PPP em reposta às realidades locais das Unidades de Ensino e do referencial

teórico de SJP que aponta para a Cosmovisão (contexto e referencial educativo), o

Conhecimento (centrado no pensar complexo) e os Sujeitos (estudantes, educadores e famílias)

como elementos indispensáveis para a ação educativa situada e de excelência.

A proposta de trabalho com os campos de experiência, no RCSJP, exige, portanto, a

dialogia e o diálogo permanente entre eles e a decorrente interdependência com os projetos, os

quais focam temáticas ou ações educativas específicas, contemplando as três dimensões,

PENSAR, SER e AGIR, dentro dos eixos Interações e Brincadeiras.

Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento “se explicitam em relação aos princípios

éticos, políticos e estéticos, nos quais se fundamentam as Diretrizes Curriculares Nacionais”

(BRASIL, 2016, p. 33).

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Os campos de experiência no RCSJP contemplam ações centrais que descrevem o foco

do desenvolvimento infantil que se pretende ao longo dessa modalidade de ensino.

O eu, o outro e o nós: que tem como centralidade a interação social.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: que pretende o

desenvolvimento da observação analítica.

Traços, sons, cores e formas: que deverá promover a experimentação criativa.

Escuta, fala, pensamento e imaginação: tendo como intento a argumentação criativa.

Corpo, gestos e movimento: que pretende o desenvolvimento da expressão corporal.

A relação entre os campos deverá ser dialógica, sendo que as organizações de práticas

educativas permeiem o cotidiano das unidades educacionais e estarão sendo delineadas através

dos PPPs a serem tecidos no decorrer de 2020.

O RCSJP para a Educação Infantil estabelece, ainda, a inter-relação dos campos de

experiência com os projetos institucionais, que têm a sua centralidade e estão visualizados nos

fluxogramas multidirecionais da Educação Infantil.

Autosserviço: pretende a escolha livre.

Comunidade leitora: pretende o estabelecimento de uma rede literária.

Lavagem das mãos: pretende a consciência corporal.

Do meu nariz cuido eu: pretende o autocuidado.

Educação Ambiental: pretende a Consciência planetária.

Mídias e tecnologias: pretende a cultura digital.

Articulação aos direitos fundamentais: pretende o respeito aos direitos fundamentais.

ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental focou a tessitura específica deste nível da Educação Básica e,

posteriormente, as Áreas de Conhecimento e Componentes Curriculares, estabelecendo a

estrutura de escrita com um histórico de cada componente, com a concepção específica do

mesmo e, depoisa estrutura o quadro organizador dos objetos de conhecimento e objetivos de

aprendizagem e o encaminhamento metodológico↔avaliativo.

Estes Componentes Curriculares estão articulados em dialogia com os Projetos

específicos deste nível de ensino, a saber: Educação Ambiental, Mídias e Tecnologias,

Programa de Articulação dos Direitos da Criança - PADIC, Programa Ampliando os Saberes -

PAS e Fonoaudiologia Educacional.

Os textos que se seguem mostram tais especificidades e visualizam a concepção teórica

e caminho dos Componentes Curriculares.

LÍNGUA PORTUGUESA

O ensino de Língua Portuguesa no Brasil foi marcado pela tradição de centralizá-lo na

gramática de forma tradicional. Na década de 1980, com a abertura política, teóricos da

Sociolingüística, da Análise do Discurso, da Semântica e da Linguística Textual, entre outros,

passaram a questionar a eficácia das aulas de gramática e a linguagem passa por uma

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transformação importante nesse momento, já que é agora concebida como uma forma de

interação humana, na qual são produzidos os efeitos de sentidos entre os interlocutores em

situações de comunicação, em contexto sócio-histórico ideológico.

A ênfase do ensino da Língua Portuguesa centra-se, portanto, no domínio das práticas

sociais da língua falada e escrita. O ensino gramatical fica subordinado a essas práticas, e o

texto é definido como a unidade de ensino. Mais recentemente, a Base Nacional Comum

Curricular (2017) traz a Língua Portuguesa como um componente das áreas de linguagem e

destaca que esta mantém um diálogo com os PCNs, no sentido de conceber esse ensino numa

perspectiva enunciativo-discursiva. A proposta de ensino-aprendizagem mantém a centralidade

do texto como uma unidade de trabalho, de maneira a relacioná-lo aos seus contextos de

produção, e a promover o desenvolvimento de habilidades para o uso significativo da linguagem

em atividades de leitura, escuta e produção de textos, em várias mídias e semioses.

LÍNGUA INGLESA

A Língua Inglesa adentrou no cotidiano das pessoas, difundindo-se grandemente na

linguagem e está presente em inúmeras relações sociais, marcadas pelo desenvolvimento

tecnológico com forte impacto no ambiente e na intensidade das relações culturais, comerciais

econômicas e políticas que impactam em um novo formato de organização social, em que “o

tempo de comunicação implodindo e encolhendo para insignificância do instante, o espaço e os

delimitadores de espaço deixam de importar” (BAUMANN, 1999, P.16); deste modo as crianças e

jovens também se comunicam e interagem nesse novo formato de mundo e de comunicação, por

meio de jogos, desenhos, filmes ou em busca de informações e curiosidades. Se o território

deixou de ser um limitador aos poucos o idioma, também, vai deixando de ser, à medida que se

adota uma língua franca.

A língua inglesa ao se aproximar dos anos iniciais pode contribuir na formação integral

do estudante em suas dimensões do pensar, ser e agir diante de si, do outro e do ambiente ao

se tornar capaz de atuar no contexto do mundo globalizado.

Na perspectiva do pensar complexo, proposta pelo Referencial de São José dos Pinhais,

trata-se de perceber a relação entre a especificidade e a totalidade, o local e o global, a parte e o

todo, do texto ao contexto. Por isso,numa proposta transdisciplinar, a partir de sua base centrada

na cosmovisão, conhecimento e sujeitos, o processo formativo se articula de modo em que esses

elementos perpassem entre, através, e além das áreas do conhecimento, a Língua Inglesa se

relaciona com as demais a partir da atitude do docente em que na relação com objetos de

conhecimento desta área, como “Familiarização com os sons da língua” há a possibilidade de se

efetivar com todas das demais áreas, indo além, pois é possível também uma relação com o

cotidiano e interesse e aliada a uma prática reflexiva contribui para construção integral do

estudante.

O componente curricular da Língua Inglesa se organiza em cinco unidades temáticas -

sonoridade, oralidade, leitura, conhecimento linguístico e dimensão intercultural - de modo a se

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complementarem, a fim de garantir a função da Língua Inglesa como linguagem, para

compreensão e comunicação no atual contexto global e local d etransformações.

ARTE

O ensino de Arte deve assegurar aos estudantes a possibilidade de se expressar

criativamente em seu fazer investigativo, por meio da ludicidade, propiciando uma experiência de

continuidade em relação à Educação Infantil. Tendo em vista o desenvolvimento das

competências, possibilitando o acesso à leitura, à criação e à produção nas diversas linguagens

artísticas, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades relacionadas tanto à linguagem

verbal quanto às linguagens não verbais, proporcionando a educação integral, garantindo o

desenvolvimento do sujeito nas dimensões do PENSAR, SER e AGIR.

No Ensino Fundamental, as linguagens artísticas são apresentadas como unidades

temáticas, e está centrado nas Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, e Artes Integradas, que

sugerem caminhos para ampliar o acesso a experiências estéticas, colocando-os como sujeitos

do processo de ensino↔aprendizagem, podendo expressar seus sentimentos e criatividade por

meio do fazer artístico.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física é um Componente Curricular que pertence a Área de Conhecimento

da Linguagem, e passou durante sua história por diversas tendências, que ainda hoje

influenciam e se fazem presentes no contexto escolar, entre elas podemos citar: Tendência

Higienista (até meados de 1930);Tendência Militarista (1930 – 1945);Tendência Pedagogicista

(1945 – 1964);Tendência Competitivista (pós 1964)e Tendência Popular. O seu Objeto de

Estudo Central é a Cultura Corporal De Movimento, ou seja, as práticas corporais

contextualizadas nas perspectivas culturais e não apenas o fazer por fazer e, sim, um fazer

consciente de toda a história e contexto em que elas foram criadas e são até hoje realizadas,

trazendo sua identidade e também identificando e valorizando as práticas presentes na realidade

dos estudantes. Sua concepção está voltada para a Consciência Corporal, ou seja, a

consciência do corpo como um todo (cognição, membros e órgãos) e suas determinadas

funções. Esse reconhecimento de consciência corporal é a base para o processo de

aprendizagem para outras áreas do conhecimento, pois o estudante entende seu corpo como um

ponto de referência estável.

A metodologia da Educação Físicaacontece através da Experimentação e Prática

Contextualizada, desenvolvendo a autonomia para a atuação na comunidade em que vive,

percebendo que essas práticas podem ir além da perspectiva do lazer. Esse componente

curricular tem por objetivo principal trabalhar com o lúdico e através dele aperfeiçoar outros

aspectos como: a convivência social, tessitura de valores, manifestações da Cultura Corporal do

Movimento e desenvolvimento de habilidades motoras. Isso proporciona ao estudante a

autonomia e a capacidade de reconhecer os limites e potencialidades do próprio corpo e o do

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outro, contribuindo, assim, no processo de Educação Integral (ser humano↔mundo↔ser

humano↔universo).

Ao destacar esse processo de formação integral, é importante levar em consideração os

novos meios de comunicação, locomoção, facilidades tecnológicas que substituem postos de

trabalhos e hábitos sociais (alimentares, consumo, socialização, lazer/entretenimento, entre

outros). Além disso, considerar a evolução do debate sobre a inclusão e participação social de

todas as pessoas – independente das suas condições físicas, sociais, étnicas, gênero e opção

religiosa – desafia a superação de qualquer preconceito ou exclusão no que tange à Cultura

Corporal, criando e recriando jogos, brincadeiras, esporte, lutas, dança, ginástica e práticas

corporais de aventura com uma preocupação inclusiva e ética. Os Direitos de Aprendizagem,

abordados pelos documentos norteadores o federal (BRASIL, 2017) e o estadual (PARANÁ,

2018) são elementos da tessitura da formação integral, nas dimensões do PENSAR, SER e

AGIR. Para que esse processo se efetive, é necessário que se desenvolva instrumentos e

estratégias avaliativas contínuas. A observação sempre estará presente no processo de

avaliação, pois é através dela que o professor irá perceber a evolução dos estudantes, e se a

metodologia utilizada está sendo adequada para o objetivo proposto. Porém essa observação

deve ser bem articulada com outros instrumentos de avaliação, para que não seja apenas o

“observar por observar”. Sendo assim, o quadro de critérios pode ser um instrumento de

sistematização do conjunto de atividades metodológico↔avaliativas desenvolvidas para formar,

diagnosticar, qualificar e quantificar o ensino↔aprendizagem. A elaboração de um instrumento

de sistematização adequado e eficiente, seja ele o quadro de critérios ou outro estabelecido pelo

professor, faz-se necessário o pensar em um processo formativo, contínuo, qualitativo,

diagnóstico e quantitativo, bem como as características específicas dessa disciplina, sendo ela

prática e dinâmica, com elementos técnicos, porém vistos pela ótica da experimentação e

vivências das práticas aliadas ao conhecimento histórico cultural de cada unidade temática.

HISTÓRIA

A proposta curricular de São José dos Pinhais no Componente de História, apresenta um

referencial baseado no pensamento complexo, estabelecendo a tessitura entre os objetos de

conhecimento do componente curricular de História e sua realidade social, buscando alinhar as

orientações metodológicas curriculares do município à Base Nacional Comum Curricular

(BRASIL, 2017), tendo como norteador o Referencial Curricular do Estado do Paraná.

O ensino de História deve ter como ponto de partida o sujeito na sua realidade social, suas

experiências e o universo da comunidade escolar, contextualizando os elementos investigados

em processo constante de noções de tempo ou temporalidade. O processo de ensino e

aprendizagem dos estudantes, no componente curricular de História, acontecerá de maneira

progressiva, em um movimento de espiralidade que irá considerar os direitos de

aprendizagem, articulados com as competências propostas para a Área de Ciências Humana

pela BNCC (2017). Nesse processo é importante reconheceras particularidades e aprendizagens

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próprias das etapas e faixas etárias atendidas, além, das especificidades e dos momentos de

transição entre elas.

O eixo metodológico da proposta curricular do componente de História propõe-se formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo e que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos, através da visão crítica, reflexiva e transformadora, na

perspectiva da educação integral, a ação educativa será tecida a partir de uma dialogia entre o

PENSAR, SER E AGIR.

A prática investigativa norteia constantemente o ensino de História e a organização

metodológica precisa estar alinhada com os objetivos propostos, com os objetos de

conhecimento e com o nível de desenvolvimento dos estudantes enquanto sujeitos da ação

educativa.

Propõe-se um currículo baseado numa concepção transdisciplinar, que entende a

elaboração da avaliação também planejada, problematizadora e integrada de modo contínuo,

pessoal e coletivo, viabilizada nas dimensões formativa, qualitativa e diagnóstica.

GEOGRAFIA

Na concepção do pensar complexo, a abordagem proposta pelo município de São José

dos Pinhais, para o ensino de Geografia, é ancorada em uma educação integral, centrada no

pensamento espacial e o raciocínio geográfico. Compreende, assim, que a educação deve

garantir o desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões: física, intelectual,

emocional, social e cultural. Portanto, o grande compromisso do ensino de Geografia é trabalhar

nesta visão, utilizando a tríade PENSAR, SER e AGIR, pois para atingir todas as dimensões do

sujeito, a ação educativa deve ser pautada na abrangência sistêmica da pessoa toda e de todas

as pessoas.Diante dessa abordagem de ensino, este componente curricular vem para desafiar a

todos os sujeitos envolvidos no processo ensino↔aprendizagem a viabilizar uma prática de

ensino que possibilite aos estudantes a compreensão e atuação no mundo. Nesse sentido, o

estudante poderá realizar uma leitura do lugar, como também compreender o contexto em que

se insere a unidade educacional e os demais arranjos espaciais, promovendo-lhe um atuar

crítico no espaço em que vive. Nessa visão, ensinar os estudantes a realizarem a leitura do

espaço é um ato político, por isso faz-se necessário que o professor saiba para que e para quem

servem as noções e os conceitos geográficos.

ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso enquanto componente curricular busca a sistematização e a análise

do Conhecimento Religioso, contextualizando as diferentes matrizes religiosas. Tais matrizes,

outrora divididas por suas origens geopolíticas e sociais, atualmente são redefinidas

principalmente pela sua influência cultural e a democratização dos saberes no contexto brasileiro.

Enquanto componente curricular contribui com a formação geral do cidadão, em suas

expressões simbólicas e valorativas, pois se trata de uma educação “sobre” a religião, diferente

da educação “para” a prática religiosa (o que compete às confissões religiosas e vivências

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Prefeitura de São José dos Pinhais Rua Passos de Oliveira, 1.101 - Centro - CEP 83030-720 - São José dos Pinhais – PR PABX (41) 3381-6800 CNPJ: 76105543/0001-35

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familiares). Articula as dimensões da formação integral dos estudantes, na perspectiva da inter-

culturalidade, direitos humanos e cultura para a paz. Contribui para que os sujeitos repensem

seus valores, hábitos e atitudes individuais e coletivas e conduz para as mudanças necessárias a

condições e qualidade de vida, ambiental, local e global.

O Conhecimento Religioso, nessa visão, desempenha um papel reconstrutivo,

transformador e trans-religioso. Desenvolve um processo de aprendizagem crítico sobre a

espiritualidade e não religiosidade. Promove ações educativas com pensamentos globalizados e

favorece o diálogo inter-religioso entre e para além das religiões. Desse modo, constitui um dos

elementos da formação integral e tem em vista uma melhor compreensão da sociedade e do

mundo, com a intenção de salvaguardar a liberdade de expressão religiosa ou não religiosa,

assegurar a promoção e a defesa da dignidade humana. Além do mais, gera processos de

aprendizagem colaborativo e compromissados através das vivências e rompe com o conteudismo

abstrato e fragmentado, pois traduz pedagogicamente processos de aprendizagem libertária e

ações educativas esperançosas.

Contempladas e tratadas no âmbito dos Direitos e Objetivos de aprendizagem, as

Competências Gerais e Específicas do Ensino Religioso visam à formação integral e se articulam

nas dimensões do PENSAR, SER e AGIR.

Nessa perspectiva, os anos iniciais foram estruturados nas seguintes Unidades

Temáticas, o Ensino Fundamental I foi dividida em três unidades temáticas que estabelecem os

objetos de conhecimento para cada ano:

• Identidade, Diversidades e Alteridades: possibilita a percepção da distinção entre o eu, o

outro e o nós, por meio da identificação e respeito às semelhanças e às diferenças em seus

vários aspectos. Consequentemente, o reconhecimento, a valorização e o acolhimento do caráter

singular e diverso do ser humano, compreendendo os símbolos, os significados e a relação entre

imanência e transcendência1. Possibilitam a percepção da distinção entre o eu, o outro e o nós;

reconhece, valoriza e acolhe o caráter singular e diverso do ser humano. Essa abordagem será

realizada do 1º ao 3º ano.

• Manifestações Religiosas: busca proporcionar o conhecimento, valorização e respeito às

distintas experiências ↔ manifestações religiosas e as diferentes formas pelas quais as pessoas

manifestam sentimentos, ideias, memórias, gostos e crenças em diferentes tempos e espaços.

Ainda, oportuniza compreender as relações estabelecidas entre as lideranças, dominações

religiosas e as distintas esferas sociais, contemplando os símbolos, os ritos e territórios

sagrados. Cujo objetivo é conhecer, valorizar e respeitar as experiências e manifestações

religiosas, será abordada do 1° ao 5° ano.

• Crenças Religiosas e Filosofias de Vida: proporciona a compreensão das narrativas

religiosas transmitidas pela oralidade de geração em geração, apresentando aspectos

estruturantes das culturas, tradições religiosas e filosofias de vida, incluindo os mitos, ideia(s) de

divindade(s), crenças e doutrinas religiosas, tradições orais e escritas, concepções de

imortalidade, princípios e valores éticos. Proporciona a compreensão das narrativas religiosas,

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transmitidas de geração em geração pela oralidade, e destaca aspectos estruturantes das

tradições e/ou culturas religiosas e culturas de vida, abordadas no 4° e 5° ano.

Enfim, o diálogo inter-religioso coloca-se na perspectiva de superar o grande desafio da

humanidade: viver em paz com respeito e alteridade.

MATEMÁTICA

A Matemática é apresentada no Referencial Curricular de São José dos Pinhais, como

Área do Conhecimento e Componente Curricular, organizado neste documento em cinco

unidades temáticas, sendo: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas e

Probabilidade e Estatística.

No teor deste Referencial, tal ciência é apontada desde os primórdios como fruto da

necessidade humana, mas que ao longo do tempo, esse conhecimento historicamente

acumulado esteve, por vezes, dissociado de significados. Nesta proposta, o Letramento

Matemático é tido como uma perspectiva que visa integrar conhecimento e vivência a fim de

instigar o raciocínio, argumentação, experimentação que oportunize uma efetiva compreensão.

Para tanto, destaca-se a Resolução de Problemas como o encaminhamento metodológico

condutor no Ensino da Matemática, visto que a partir de situações do cotidiano é possível

contemplar as dimensões do PENSAR, SER e AGIR, como fundamentais para a formação

integral do estudante.

CIÊNCIAS DA NATUREZA

No decorrer da história,o ensino de Ciências da Natureza passou por inúmeras

transformações, à medida que foram surgindo necessidades em diversos momentos e contextos.

O objeto de estudo do ensino de Ciências da Natureza são os elementos do ambiente e as

relações de interdependência que nele ocorrem, tendo como compromisso uma formação que

prepare o estudante para interagir e atuar em ambientes diversos, considerando a capacidade de

compreender e interpretar o mundo natural, social e tecnológico.

Com o objetivo de efetivar o processo ensino↔aprendizagem, dentro da proposta de

trabalho de ensino em espiral, o componente curricular de Ciências foi organizado, conforme

propõe a BNCC e o Referencial Curricular do Paraná, em três unidades temáticas: Matéria e

Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo, organizadas a partir dos objetos de conhecimento

e objetivos de aprendizagem, que tem características comuns e são constituídas em elementos

centrais do processo ensino↔aprendizagem do componente. No Referencial Curricular de São

José dos Pinhais, optou-se por fundamentar o trabalho em Ciências da Natureza nas dimensões

do conhecimento PENSAR, SER E AGIR, articulando-os aos Direitos de Aprendizagem, previstos

nos documentos oficiais.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

A EJA, como modalidade do Ensino Fundamental no município, reconhece a educação

como direito humano e tem objetivos maiores que a alfabetização, visando à educação integral

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do estudante. É nesse sentido que se propõe uma aprendizagem significativa, valorizando os

conhecimentos prévios dos jovens e adultos, levando-os a estabelecer relações entre os objetos

do conhecimento e o cotidiano de maneira interdisciplinar.

Em razão das mudanças contextuais e familiares faz-se necessário formar sujeitos que

sejam capazes de tecer uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva,

sustentável e solidária. Para isso, a Educação de Jovens e Adultos deverá se orientar por uma

concepção de Educação Integral (que não se trata apenas de mais tempo na escola).

Para a tessitura do trabalho na EJA em São José dos Pinhais, considera-se o ambiente,

diversidade, cidadania, inclusão digital e sujeito como eixos articuladores.

O eixo do ambiente trata da consciência planetária busca repensar a relação entre o ser

humano e a natureza. Parte-se da premissa de que o indivíduo faz parte do planeta e como tal

deve assumir sua responsabilidade para cuidar do mesmo, com ações sustentáveis, projetos

ambientais, políticas públicas, entre outros.

Em relação à diversidade, o indivíduo necessita aprender a conviver e respeitar as

diferenças, eliminando preconceitos para que interaja e amplie seus relacionamentos,

contribuindo para uma sociedade com menos racismo, homofobia, preconceito de gênero, entre

outras discriminações, e preparando-se para uma convivência harmônica com as diferenças.

No que se refere à cidadania, é essencial que o estudante saiba que justiça,

democracia, direitos sociais (saúde, moradia, educação) e deveres são essenciais para a

constituição de uma sociedade mais justa e se perceba como um agente de transformação

social, garantindo a cidadania plena e a cultura da paz.

A inclusão digital também faz parte desse processo de tessitura da cidadania, pois

possibilita a inserção dos indivíduos na sociedade da informação, simplificando sua rotina diária,

maximizando seu tempo, trazendo benefícios para a vida pessoal e profissional do cidadão.

Inclusão digital não é apenas ter um celular com acesso à internet para trocar mensagens ou

participar das redes sociais, mas conseguir utilizar esse suporte para melhorar suas condições

de vida, a fim de buscar novas oportunidades de emprego e formas de tecer seu aprendizado.

A Educação de Jovens e Adultos busca levar o estudante a compreender a

complexidade das relações sociais que o cercam, sendo considerado sujeito de seu processo de

aprendizagem na perspectiva da formação cidadã.

Os pilares, para que o ensino ↔ aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos ocorra

efetivamente, são representados da seguinte forma: na dimensão do PENSAR são explicitadas

capacidades como: questionar a realidade, analisar, argumentar, empregar o conhecimento

historicamente acumulado na tessitura de novos conhecimentos individual e coletivamente. Na

dimensão SER são apontados valores e concepções que o estudante traz (conhecimento prévio,

valores, cultura da paz, ética, justiça). Na perspectiva do AGIR espera-se responsabilidade para

intervir, desenvolvimento da autonomia, compreensão com o outro e atitudes conscientes acerca

do planeta, da diversidade e da vida.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

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A Educação especial define-se no/pelo diálogo e ação prática com a Educação Infantil e

Ensino Fundamental, já que trabalha com os mesmos estudantes e se desenvolvem em torno da

igualdade de oportunidades, atendendo as diferenças individuais, desta forma, todos os

estudantes podem ter acesso a uma educação capaz de responder as suas necessidades

específicas na relação entre o desenvolvimento↔aprendizagem, centrado nas demandas

pessoais que os estudantes vão apresentando no decorrer de sua ação formativa pessoal e

trajetórias de vida, com as exigências próprias das Unidades de Ensino, das famílias e do

contexto em que elas vivem. O objetivo é atendê-las em seu direito de uma educação de

excelência e seus direitos e especificidades respeitados, o que se dá através de diversos

serviços oferecidos pelo município.

Os profissionais da Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva,

participaram das formações, juntamente com os profissionais da Educação Infantil e Ensino

Fundamental, visto que, a Educação Especial no contexto inclusivo trabalha com adaptação de

currículo, em casos específicos, mas também, com adaptação de atividades, materiais e

encaminhamentos metodológicos diferenciados.

O Consultor do Referencial Curricular de São José dos Pinhais Adalberto Fávero

ressalta que o documento tem a perspectiva da formação permanente dos educadores e a ação

educativa intencional dos estudantes em ação da especificidade da EI e EF e suas modalidades,

no cuidado pessoal e coletivo, em inserção de educadores e estudantes como sujeitos

autônomos e de direitos, no contexto local em relação às demandas globais na/e para a

formação cidadã e ação de inclusão, sempre na direção da educação integral com equidade no

trabalho com a educação da pessoa toda e todas as pessoas.

Em novembro de 2019, foi finalizada a sistematização do documento e encaminhada

cópia ao Conselho Municipal de Educação para aprovação. Após o recebimento, as Câmaras de

Ensino Fundamental e Educação Especial, Educação Infantil e Planejamento e Normas iniciaram

a análise e estudos do documento em toda a sua trajetória de iniciação e finalização para

aprovação do CME.

As conselheiras representantes da SEMED, Márcia Valaski, Andréia Alves Correia,

Rosiliane Aparecida Messias Torres, Tatiana Bidinotto, Cristian Viviane da Rosa Rodrigues

informaram ao CME que além das formações, o documento foi enviado a todas as Unidades de

Ensino com ampla divulgação, tendo como objetivo apresentar a sistematização do trabalho

realizado, abrindo a possibilidade do recebimento de novas contribuições.

O resultado do trabalho foi apresentado aos demais conselheiros na Reuniões de doze

de junho, quatorze, dezenove e vinte e seis de novembro, onze de dezembro de dois mil e

dezenove, obtendo aprovação do Conselho Pleno.

II - DO MÉRITO

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi aprovada pelo Conselho Nacional de

Educação (CNE) em 15 de dezembro de 2017, passando a orientar os currículos da educação

básica em todo o território nacional, nas redes públicas e privadas de ensino. A BNCC

estabeleceu os conhecimentos, competências e habilidades para nortear os sistemas

educacionais atendendo ao estabelecido na Constituição Federal de 1988 e na Lei Federal nº

9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).

III - DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA

O Constituição Federal de 1988, em seu art. 210, determinou que “serão fixados

conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum

e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. A LDBEN, em seu artigo 9º,

define como uma das incumbências da União, em seu inciso V: V - estabelecer, em colaboração

com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação

infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos

mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. (BRASIL, 1996).

O Conselho Nacional de Educação, enquanto órgão normativo da União, emitiu em 1998

as primeiras Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Ensino Médio. Em

2010, por meio das Diretrizes Nacionais Gerais para a Educação Básica e das Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos foi apontada de forma

contundente a necessidade da construção de uma base nacional comum. A Meta 7 do Plano

Nacional de Educação aprovado pela Lei Federal nº 13.005/2014, na estratégia 7.1 contempla a

necessidade de:

7.1 estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a

educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de

aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos(as) para cada ano do ensino fundamental e

médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local. (BRASIL, 2014).

Diante das exigências legais, previstas na Constituição Brasileira, na LDBEN e no Plano

Nacional de Educação, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), foi construída como: um

documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens

essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da

Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e

desenvolvimento. (BRASIL, 2017, p. 7).

No processo de construção nacional da BNCC ocorreram diversas modificações no

texto, por divergências entre concepções de educação, tendo recebido propostas e passado por

audiências públicas a partir de 2015. Na versão final da BNCC: competência é definida como a

mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e

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socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do

pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (BRASIL, 2017, p. 8).

Em relação à estrutura da BNCC estar organizada por competências e habilidades, o

próprio documento explica que é preciso enfatizar que os critérios de organização das

habilidades do Ensino Fundamental na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento

aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam

um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser

tomados como modelo para odesenho dos currículos. A forma de apresentação adotada na

BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que

todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração

de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos. (BRASIL, 2017, p. 31).

Conforme disposto no Plano Nacional de Educação (2014) competências e habilidades

são equivalentes a direitos e objetivos de aprendizagens. O Parecer CNE/CP nº 15/2017 do

Conselho Nacional faz apontamentos com relação a possibilidade do ajuste das avaliações a

partir da implementação da BNCC nos currículos das escolas brasileiras.

Na implementação da BNCC, a avaliação processual e formativa ganha destaque nos

processos de construção e aplicação dos currículos, tornando-se sua aliada. Apoiados na

mesma referência comum, a BNCC e as referências curriculares dos dois sistemas de avaliação,

larga escala e processual formativa, devem estar articulados em suas bases conceituais, embora

cumprindo objetivos e funções diferentes no processo educacional, e apoiando a garantia dos

direitos de aprendizagem, na medida em que oferecem subsídios para atuação de dois

importantes atores da cena educacional: os gestores e os professores. (BRASIL, 2017, p. 30).

A BNCC padronizou os conteúdos mínimos para a Educação Básica, conforme o art. 26

da LDBEN que prevê uma parte dos conteúdos obrigatórios, deixando a critério dos sistemas de

ensino a complementação dos currículos por meio da parte diversificada, que poderá ser de até

40%. Essa possibilidade pode ser considerada importante na medida em que respeita as

especificidades regionais da cultura local dos estados e municípios, porém não poderá ser

deixada para segundo plano. Existe uma pressão social em relação à elevação dos níveis do

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). As provas do sistema de Avaliação

Nacional abordarão a parte comum obrigatória dos currículos e não a parte diversificada, sendo

necessário garantir que o ensino contemple em sua organização pedagógica essas duas partes.

O RCSJP foi construído atendendo as exigências contidas na Base Nacional Comum

Curricular - BNCC, mantendo a estrutura adotada pelo documento nacional. Nesse processo a

SEMED incluiu o Referencial Curricular do Estado do Paraná nas análises comparativas entre o

documento nacional e o estadual, estabelecendo relações com as Diretrizes Municipais de

Educação e com o RCSJP.

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O Referencial Curricular de São José dos Pinhais é um documento direcionador para a

elaboração ou adequação curricular das Propostas Pedagógicas das Unidades de Ensino do

Sistema Municipal de Ensino que ofertam a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. É

composta por uma parte comum obrigatória e uma parte diversificada, assegurando os direitos e

objetivos de aprendizagem das crianças e estudantes, em cada ano de estudo, tendo em vista

os contextos sociais, econômicos e culturais de cada Unidade de Ensino.

IV – DO VOTO DA RELATORIA

O Conselho Municipal de Educação de São José dos Pinhais no uso de suas atribuições

legais, com respaldo no inciso III do art. 11 da Lei Federal nº 9.394/96, à vista da Lei Municipal

no 3.055, de 10 de julho de 2018, ouvidas as Câmaras de Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Educação Especial, com fundamento na Resolução CNE/CP nº 02/2017 e na

Deliberação CEE/CP nº 03/18, é favorável à implementação do Referencial Curricular de São

José dos Pinhais no Sistema Municipal de Ensino por meio da Deliberação CME/SJP nº 04/2019.

À Secretaria Municipal de Educação de São José dos Pinhais cabe orientar, subsidiar e

assessorar os gestores e a Equipe Pedagógica sobre os processos de reorganização curricular

das Propostas Pedagógicas, garantindo as condições necessárias para que as Unidades de

Ensino desenvolvam seu trabalho em conformidade com a legislação educacional vigente.

Nesse sentido, o Conselho Municipal de Educação também orienta, que haja encontros

entre os profissionais da Educação Especial com os demais profissionais do Ensino Regular,

para tratar das peculiaridades dessa modalidade de ensino, para implementação do Referencial

Curricular de São José dos Pinhais.

Será necessário também ofertar formação continuada aos profissionais da educação em

relação à implementação e uso do Referencial Curricular de São José dos Pinhais, garantindo a

transição, entre os conteúdos utilizados até 2019 e os conteúdos novos ou reorganizados,

garantindo a sequência aos conteúdos estudados, evitando lacunas no percurso educacional das

crianças e estudantes.

É o Parecer.

São José dos Pinhais, sala de Reuniões da SEMED, 17 de dezembro de 2019.

ANA LUCIA RODRIGUES

Presidente do Conselho Municipal de Educação

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Resolução nº 049/2019 – CMDCA/SJP

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA/ SJP, no uso de

das atribuições que lhe confere a Lei Municipal nº 024/91 de 28 de maio de 1991, que constituiu

o CMDCA, e, considerando deliberação em Reunião Extraordinária do dia 26 de novembro de

2019, vem por meio deste:

RESOLVE: APROVAR o Plano de Ação e o Termo de Adesão à Deliberação nº

089/2019 – CEDCA/PR como cofinanciamento para Fortalecimento de Projetos de Atenção a

Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social - Incentivo Atenção à

Criança e Adolescente na modalidade de transferência Fundo a Fundo, no importe de R$

100.000,00 (cem mil reais).

São José dos Pinhais, 26 de novembro de 2019.

Cleverson Luis Nogueira

Presidente do CMDCA

Deliberação CME/SJP nº 04/2019.

Aprovado em 17/12/2019. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/ESTADO DO PARANÁ INTERESSADO: Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais RELATORA: Ana Lucia Rodrigues Conselheiros Participantes: Andréia Alves Correa, Chayane E. Costa, Márcia Valaski, Marinês

Andriguetto da Rocha, Patricia Coraleski Pereira Francisco, Rosiliane Aparecida Messias Torres,

Tatiana Bidinotto, Cristian Viviane da Rosa Rodrigues, Carolline P. de Araújo Maia, Cláudia

Grabarski T. de Mantova, Domingas de Fátima Cardoso Amaral, Henrique Erich Wiens, Rodrigo

Cristiano de Oliveira, Tainara Maria Mota, Valdelíria Afonso Nascimento, Carlos Alberto Cardoso,

Fábio Braun, Márcia Dulcinéia B. Castelhano, Elmari Moreschi, Lúcia Valente Schuster, Thiago

B. W. Flores.

Conselheiros Participantes não nomeados: Juliana Grebe Rosa Ferraz, Luciana Haluch de

Bastos, Queila Cristina L. Batista Martins,Stela Regina G. Wontroba.

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Orienta a implementação da Base Nacional Comum Curricular

- BNCC, do Referencial Curricular Paraná e institui o

Referencial Curricular de São José dos Pinhais como

obrigatórios ao longo das etapas e respectivas modalidades

da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino.

O Conselho Municipal de Educação de São José dos Pinhais, no uso de suas

atribuições de acordo com a Lei Municipal nº 3055/2018 e pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, 1996 art. 3º inciso 8º e pela Lei Municipal Nº 632, 29 de outubro de 2004

que “Cria a Sistema Municipal de Ensino”, nas normas do Sistema Municipal de Ensino.

CONSIDERANDO:

Constituição Federal de 1988:

Art. 205: define que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento

da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”;

Art. 210: define que “serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de

maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,

nacionais e regionais”;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996:

Art. 2º: que reafirma “a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho”;

Art. 9º: ao definir umas das incumbências da União, em seu inciso V, como a de

“estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio,

que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica

comum”;

Art. 22: esclarece que “a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe

meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”;

Art. 26: na redação dada pela Lei nº 12.796/2013, estipula que “os currículos da

educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum,

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Prefeitura de São José dos Pinhais Rua Passos de Oliveira, 1.101 - Centro - CEP 83030-720 - São José dos Pinhais – PR PABX (41) 3381-6800 CNPJ: 76105543/0001-35

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a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por

uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da

cultura, da economia e dos educandos”;

Art. 32: na redação dada pela Lei nº 11.274/2006, determina que “o ensino

fundamental obrigatório, com duração de 09 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-

se aos 06 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social”;

O Plano Nacional de Educação, PNE Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014 em suas Metas e

respectivas Estratégias, bem como as Metas e Estratégias correspondentes no Plano Municipal

de Educação, PME/SJP Lei 2.585, de 23 de junho de 2015

A Resolução CNE/CP Nº02, de 22 de dezembro de 2017 “Institui e orienta a

implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo

das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica.”;

Parecer CNE/CP Nº15, 15 de dezembro de 2017 “Que fundamenta a Resolução

CNE/CP Nº02 que “Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser

respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da

Educação Básica.”;

Resolução CEE/PR Nº 03, 12 de dezembro de 2018, “Institui e orienta a

implementação do Referencial Curricular do Paraná, elaborado em Regime de Colaboração, a

ser respeitado obrigatoriamente ao longo das etapas, e respectivas modalidades, da

Educação Infantil e do Ensino Fundamental, que embasa o currículodas unidades escolares,

no território estadual.”

exarado de forma colaborativa com (UNCME-PR);

CONSIDERANDO que as orientações presentes nesta Resolução embasam a revisão

dos Projetos Político Pedagógicos, Regimentos Escolares e documentos correlatos das

Unidades de Ensino pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino garantida a autonomia

pedagógica de cada Unidade.

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Res

olve:

TITULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Capítulo I

Do Referencial Curricular de São José dos Pinhais- RCSJP

Art. 1º - A presente Resolução institui a implementação do Referencial Curricular de São

José dos Pinhais, como documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e

progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito da

Educação Básica, nas etapas, Educação Infantil e Ensino Fundamental e suas respectivas

modalidades, nas Unidades de Ensino Públicas e Privadas que fazem parte do Sistema Municipal

de Ensino do município de São José dos Pinhais.

Capítulo II

Da BNCC e do REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ

Art. 2º - As orientações e os conceitos normatizados na Resolução CNE/CP Nº 02, de 17 de

dezembro de 2017, que “Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser

respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação

Básica.”, estão referendados pela presente Deliberação.

Art. 3º - Ficam ratificadas as definições estabelecidas na Resolução CEE/PR Nº 03, de 22 de

novembro de 2018, que “instituem o Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e

orientações, com fundamento na Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e do Ensino

Fundamental e orientam a sua implementação no âmbito do Sistema Estadual de Ensino do Estado

do Paraná.”, pela presente Deliberaçãopara o Sistema Municipal de Ensino do município de São

José dos Pinhais.

TÍTULO II

DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO, DO

REGIMENTO ESCOLAR E DO CURRÍCULO

Capítulo I

Do Projeto Político-pedagógico

Art. 4º - No exercício da autonomia das Unidades de Ensino, prevista nos artigos 12, 13 e 23

da LDB, no processo de construção de seus Projetos Políticos-pedagógicos - PPP, atendidos todos

os direitos e objetivos de aprendizagem instituídos na BNCC, no Referencial Curricular do Paraná e

no Referencial Curricular de São José dos Pinhais, podem adotar formas de organização,

metodologias, formas de avaliações e propostas de progressão que julgarem necessários

devidamente construído com a Comunidade Escolar respeitando as normativas do respectivo

Sistema de Ensino.

Art. 5º - O Referencial Curricular de São José dos Pinhais é referência municipal para todas

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as Unidades de Ensino Públicas e Privadas da Educação Básica, que atendam a Educação Infantil

e/ou Ensino Fundamental, para construírem ou para revisarem os seus Projetos Políticos-

pedagógicos e documentos correlatos.

Parágrafo Único. A implementação da BNCC, do Referencial Curricular do Paraná e do

Referencial Curricular de São José dos Pinhais, tem como objetivo superar a fragmentação da

Educação balizando a qualidade ao desenvolver a equidade.

Art. 6º - Os Projetos Políticos-pedagógicos das Unidades de Ensino, para desenvolvimento

dos currículos das etapas da Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental, e em suas respectivas

modalidades, devem ser (re)elaborados com efetiva participação da Comunidade Escolar e

executado pelos/as professores/as, os quais definirão seus planos de trabalho coerentemente com

os respectivos PPPs, nos termos dos artigos 12 e 13 da LDB.

Parágrafo Único. As propostas pedagógicas e os currículos devem considerar a educação

integral dos/as estudantes, visando ao seu pleno desenvolvimento.

Art. 7º - Os PPPs, das Unidades de Ensino, abarcam todas as suas respectivas etapas e

modalidades, tem a BNCC, o Referencial Curricular do Paraná e o Referencial Curricular de São

José dos Pinhais, como referência obrigatória e, ainda, incluirão as suas especificidades definidas

pela Comunidade Escolar de acordo com a LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais e as normas

complementares do respectivo Sistema de Ensino para o atendimento das características regional e

local.

Parágrafo Único. De acordo com o Artigo 26 da LDB, a “parte diversificada, exigida pelas

características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos” forma

juntamente com a BNCC, Referencial Curricular do Paraná e no Referencial Curricular de São José

dos Pinhais, um único bloco, indissociável, tanto para as atividades pedagógicas, como para os

processos avaliativos.

Capítulo II

Do Regimento Escolar

Art.8º - O Regimento Escolar das Unidades de Ensino Públicas e Privadas do município

serão elaborados ou revisados a partir do PPP construído ou revisado a luz da BNCC, Referencial

Curricular do Paraná e no Referencial Curricular de São José dos Pinhais,uma vez que esse

documento rege toda a vida escolar nas questões de gestão democrática, administrativa, financeira

e pedagógica.

Art. 9º O Regimento Escolar das Unidades de Ensino Públicas e Privadas do município serão

elaborados ou revisados a partir das normativas exaradas pelo respectivo Sistema Municipal de

Ensino.

CAPÍTULO III

Do Currículo

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Art. 10 O Currículo é desenvolvido a partir do que está proposto no PPP e normatizado no

Regimento Escolar.

Art. 11 - As ações realizadas no cotidiano escolar são embasadas em Metodologias Ativas,

definidas com a Comunidade Escolar, que proporcione aos/as estudantes um currículo vivo

identificado com suas necessidades e interesses.

TÍTULO IV

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Capítulo I

Da BNCC e do REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ

Art.12 Considerando as normativas elencadas na presente Resolução, a etapa da Educação

Infantil, primeira da Educação Básica, tem como foco principal as interações e as brincadeiras como

direitos essenciais a serem garantidos às crianças para seu pleno desenvolvimento.

Art.13 Esta etapa prima pela aprendizagem lúdica dos objetivos propostos pela BNCC,

Referencial Curricular do Paraná e no Referencial Curricular de São José dos Pinhais por meio dos

direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

Art.14 Os campos de experiência no RCSJP contemplam: O eu, o outro e o nós; Espaços,

tempos, quantidades, relações e transformações; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala,

pensamento e imaginação e Corpo, gestos e movimento.

Capítulo II

REFERENCIAL CURRICULAR DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Art. 15 O Referencial Curricular de São José dos Pinhaisdestaca outros aspectos que vão ao

encontro dos normatizados na BNCC e no Referencial Curricular do Paraná a serem considerados

na construção e revisão dos PPPs e seu documentos correlatos.

TÍTULO V

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Capítulo I

Ensino Fundamental

Art.16 O Ensino Fundamental, independentemente da forma de organização curricular,

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deve assegurar os direitos e objetivos de aprendizagem, de acordo com áreas de conhecimento

definidas no art. 14, da Resolução CNE/CP n.º 02/17.

Art.17 O Ensino Fundamental é a etapa que aprofunda os conhecimentos desenvolvidos na

Educação Infantil a partir dos objetivos de conhecimento e das habilidades propostas pela BNCC,

Referencial Curricular do Paraná e no Referencial Curricular de São José dos Pinhais.

Art. 18 O Referencial Curricular de São José dos Pinhais destaca outros aspectos que vão

ao encontro dos normatizados na BNCC e no Referencial Curricular do Paraná e a serem

considerados na construção e revisão dos PPPs e seus documentos correlatos.

Art. 19 O Ensino Fundamental focou a tessitura específica nas Áreas de Conhecimento e Componentes Curriculares: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte, Educação Física, História, Geografia, Ensino Religioso, Matemática e Ciências da Natureza.

Parágrafo Único: De acordo com a BNCC e o Referencial Curricular do Paraná fica normatizado o Ensino da Língua Inglesa nas Unidades Públicas de Ensino Fundamental-Fase l do município de São José dos Pinhais a partir do 1º Ano.

Art. 20 A educação na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, na forma presencial, deverá atender as Diretrizes Nacionais e ao Referencial Curricular de São José dos Pinhais, mediante procedimentos adequados à população que não tiveram acesso ou não concluíram seus estudos no Ensino Fundamental na idade obrigatória.

Capítulo II

Do processo de Alfabetização

Art. 21 Considerando o processo de alfabetização das crianças definido na BNCC (2017,

p.87) “é nos anos iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que se espera que ela se

alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica” no Bloco

Pedagógico, com ênfase nos dois primeiros anos e aprofundamento no terceiro ano do Ensino

Fundamental.

Parágrafo Único – O Bloco Pedagógico é formado pelos três primeiros anos do Ensino Fundamental, definido no Artigo 30 da Resolução CNE/CEB nº 007/2010.

TÍTULO Vl

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Capítulo I

Educação Especial

Art. 22 A Educação Especial no âmbito do Sistema Municipal de Educação de São José

dos Pinhais tem como objetivo assegurar a inclusão de todos os estudantes com Necessidades Educacionais, favorecendo as potencialidades, o desenvolvimento de capacidades, atitudes, habilidades, acesso ao conhecimento e o exercício da cidadania.

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Parágrafo Único. Cabe a Secretaria Municipal de Educação, através do Departamento de Educação Especial as orientações necessárias às Unidades de Ensino para a implementação do Referencial Curricular de São José dos Pinhais.

TÍTULO VIl DA TRANSIÇÃO

Capítulo I

Art. 23 A transição entre os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental requer a construção de estratégias entre as redes públicas e privadas, mantenedoras e Unidadesde Ensino, por meio de suas equipes diretivas e docentes, para que os Currículos sejam utilizados com a finalidade de potencializar a progressão de aprendizagem dos estudantes, evitando lacunas, rupturas ou prejuízos no seu percurso educacional.

Art. 24 A transição entre família e Unidade de Ensino, entre etapas e entre anos é

efetivada mediante a interação dos/as professores/as das respectivas etapas e turmas ao realizarem:

I – estratégias de acolhimento afetivo e adaptação individualizada para as crianças, professores/as e suas famílias.

II – formas de registrar a vida estudantil que descreva as vivências, os processos de aprendizagens e os objetivos desenvolvidos e alcançados;

III – ações pedagógicas que garantam a continuidade no processo ensino-aprendizagem; IV – a globalização da aprendizagem, evitando assim a fragmentação da Educação. V – planejamento compartilhado entre etapas e anos, com acompanhamento da

supervisão pedagógica, a fim de promover troca de experiências, dirimir dúvidas, atingir objetivos de aprendizagem significativas, para promover o avanço do/a estudante em todas as etapas.

Parágrafo Único: A transição entre etapas e anos deverão ser iniciadas no início do

segundo semestre do ano letivo, respeitada as formações continuadas dos profissionais da educação para a implementação do Referencial Curricular Municipal e a fase de adaptação dos estudantes no primeiro semestre do ano escolar.

TÍTULO VII DA FORMAÇÃO CONTINUADA

Capítulo I

Das Mantenedoras

Art. 25 As Mantenedoras, Secretaria Municipal de Educação e Unidades de Ensino Privadas, envidarão esforços para desenvolverem com as/os profissionais a formação continuada sobre o Referencial Curricular de São José dos Pinhais e as normativas que foram exaradas a partir deste documento.

Art. 26 As formações a serem desenvolvidas terão um caráter de transformação das

ações pedagógicas a serem realizadas nas Unidades de Ensino.

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Parágrafo Único. As formações para serem transformadoras devem acontecer em forma de seminário, oficinas práticas, reuniões pedagógicas e outras que contemplem práticas significativas.

Art. 27 As mantenedoras poderão firmar parcerias com Instituições de Ensino Superior

Públicas e Privadas, ONGS, entre entes federados, Secretarias Municipais e Estaduais e outros que considerar pertinente para realização destas formações.

Capítulo II

Das Unidades de Ensino

Art. 28 As Unidades de Ensino realizarão formações continuadas, no mínimo, no período de suas reuniões pedagógicas, previstas em seus calendários escolares.

Art. 29 O caráter das formações segue o que está descrito nos Artigos 18, 19 e 20 da

presente Resolução.

Capítulo III

Das/os Profissionais

Art. 30 As/os profissionais que participarão das formações continuadas, de acordo com

os planos de cargos e carreiras e/ou especificidades do regime de trabalho, realizadas pelas

suas respectivas Mantenedoras em Unidades de Ensino para qualificarem suas práticas

pedagógicas.

Art. 31 A própria formação contínua é de responsabilidade de cada profissional. Parágrafo Único. É dever da/o profissional a participação nas formações continuadas

sempre que convocados/as pela Mantenedora.

TÍTULO VIII

Disposições Finais

Art. 32 A implementação obrigatória da BNCC, do Referencial Curricular do Paraná e do

Referencial Curricular de São José dos Pinhaisé, impreterivelmente, no início do ano letivo de

2020 para toda etapa da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Parágrafo Único – Para implementação descrita no caput deste artigo, torna-se

obrigatória a revisão dos PPPs em 2020, dos Regimentos escolares em 2021 e

consequentemente as devidas aprovações pelas Mantenedoras, Conselho Municipal de

Educação, Conselhos Escolares e Conselhos CMEIS de cada Unidade de Ensino.

Art. 33 Os documentos escolares referentes a presente Resolução terão vigência de dois, após a sua aprovação de acordo com as normativas exaradas pelos respectivo Sistema Municipal de Ensino.

Art. 34 Fica determinado o prazo de dois anos para revisão do Referencial Curricular de

São José dos Pinhaisa contar da data de sua aprovação.

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Art. 35 Caberá à Secretaria Municipal de Educação, orientar, apoiar e supervisionar as atividades desenvolvidas pelas Unidades de Ensino integrantes do Sistema Municipal de Ensino relativas ao cumprimento do disposto nesta Resolução.

Art. 36 Caberá ao Conselho Municipal de Educação de São José dos Pinhaismonitorar e avaliar o cumprimento do disposto nesta Deliberação.

Parágrafo Único. A avaliação prevista no caput deve contemplar amplo processo de

discussão e debate com a comunidade escolar e entidades integradas ao Sistema

Municipal de Educação de São José dos Pinhais e ocorrer a cada 02 (dois) anos, a partir da sua implementação.

Art. 37 Esta Deliberação deve ser revisada pelo Conselho Municipal de Educação, até

março do ano de 2022, com base na avaliação de que trata o Parágrafo único do art. 32, ou a qualquer momento, caso necessário.

Art. 38 Os casos omissos nesta Deliberação serão apreciados e definidos pelo CME de

São José dos Pinhais.

Art. 39 Esta Deliberação entra em vigor na data de sua aprovação pelo Conselho Municipal de Educação.

São José dos Pinhais, 17 de dezembro de 2019.

Ana Lucia Rodrigues Presidente do Conselho Municipal de Educação