diário da república, 2.ª série — n.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. ·...

122
Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25991 MUNICÍPIO DE CASTELO DE PAIVA Aviso (extrato) n.º 10260/2015 Cessação de vínculo de emprego público/desligação do serviço Torna-se público, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 100.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei 498/72, de 9 de dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei 309/2007, de 7 de setembro, e da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei 35/2014, de 20 de junho, que foi desligada do Serviço, para efeitos de aposentação, a partir de 1 de agosto/2015, inclusive, a assistente operacional Maria Manuela Bessa Gomes, colocada entre a 1.ª e 2.ª posição remuneratória. O montante da pensão foi-lhe fixado pela Caixa Geral de Aposentações no valor de 405,26 €; a desligação do Serviço originou a vacatura de um posto de trabalho do mapa de pessoal desta Autarquia, na categoria de assistente operacional. 3 de agosto de 2015. — O Vereador dos Recursos Humanos, José Manuel Moreira Carvalho. 308865227 MUNICÍPIO DE CUBA Aviso n.º 10261/2015 Em cumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 36.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, na sua redação atual, torna-se pública a Lista Unitária de Ordenação Final do procedimento concursal comum, para provimento de um posto de trabalho na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, na Carreira/cate- goria de Assistente Operacional — Motorista de pesados de mercadorias e passageiros, aberto pelo Aviso n.º 13425/2014 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada pelo Presidente da Câmara a 16 de março de 2015. Do Despacho da homologação do Presidente, cabe recurso contencioso nos termos do direito. Candidatos aprovados: Posição Nome Classificação final 1.º António Francisco Correia da Conceição Vasco 16,32 Candidatos excluídos: Motivo da exclusão José Luís Maurício das Dores Tapisso . . . . . . . . . . . . . . . (a) Ricardo Jorge do Carmo Rosa Rodrigues . . . . . . . . . . . . (b) (a) Por não ter comparecido ao método de seleção “Prova Escrita de Conhecimentos”, a que faz referência o ponto 15.1.1 do aviso de abertura n.º 13425/2014, publicado do Diário da República, 2.ª série, n.º 233 de 02 de dezembro de 2014; (b) Por não ter comparecido ao método de seleção “Avaliação Psicológica”, a que faz refe- rência o ponto 15.1.2 do aviso de abertura n.º 13425/2014, publicado do Diário da República, 2.ª série, n.º 233 de 02 de dezembro de 2014.” Em cumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 36.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, na sua redação atual, torna-se pú- blica a Lista Unitária de Ordenação Final do procedimento concursal comum, para provimento de um posto de trabalho na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo, por um período de 4 meses, na Carreira/categoria de Assistente Operacional, na área de Nadador Salvador, aberto pelo Aviso n.º 3955/2015 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 72, de 14 de abril de 2015, a qual foi homologada pelo Presidente da Câmara a 14 de maio de 2015. Do Despacho da homologação do Presidente, cabe recurso contencioso nos termos do direito. Candidatos Aprovados: Posição Nome Classificação final 1.º Manuel José Mestre Caeiro . . . . . . . . . . . . 14,72 2.º Francisco José Pólvora Batista Cabaça . . . 12,38 Candidatos Excluídos: Não houve. Em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprova a LGTFP, torna-se público que, realizado que foi o procedimento concursal comum, para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado, tendo em vista o preenchimento de um posto de trabalho na Carreira/categoria de Assistente Operacional — motorista de veículos pesados de passageiros e de veículos pesados de mercadorias, aberto pelo Aviso n.º 13425/2014, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, o Município de Cuba, celebrou contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para a Carreira/categoria de Assis- tente Operacional, com remuneração base de € 505,00 correspondentes à 1.ª Posição, Nível 1, da Tabela Remuneratória Única, em 23 de março de 2015, com António Francisco Correia da Conceição Vasco. Em cumprimento do disposto na alínea d) n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, torna-se público que, cessou a relação jurídica de emprego público, por motivo de aposentação, o trabalhador, António José Perdigão Mósca, Carreira/categoria de Assistente Técnico, colocado na 8.ª posição remuneratória, nível 13, com efeitos a partir do dia 09 de outubro de 2014. 27 de agosto de 2015. — O Presidente da Câmara, Dr. João Manuel Casaca Português. 308912855 MUNICÍPIO DE LAGOA (ALGARVE) Aviso n.º 10262/2015 Licença sem remuneração Para os devidos efeitos se torna público que, por despacho do Vice- -Presidente da Câmara, datado de 12 de agosto de 2015, ao abrigo do disposto no artigo 280.º da Subsecção III do Anexo da Lei n.º 35/2014 de 20 de junho, foi concedida licença sem remuneração, pelo período de seis meses a Ana Cristina Gonçalves Catarino, Técnica Superior, com início em 17 de agosto de 2015. 26 de agosto de 2015. — Por delegação do Presidente da Câmara, o Vice-Presidente, Nuno Dinis Encarnação Amorim. 308912296 MUNICÍPIO DE LISBOA Aviso n.º 10263/2015 Torna-se público que, por deliberações tomadas nas reuniões de Câmara Municipal realizadas e na Assembleia Municipal em 17 de junho e 27 de julho de 2015, respetivamente, foi aprovada a alteração ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa, nos termos constantes dos anexos que fazem parte integrante do presente Aviso, cuja republicação é efetuada ao abrigo do n.º 2 do artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março. 28 de julho de 2015. — A Diretora do Departamento de Apoio aos Órgãos e Serviços do Município, Paula Levy (Despacho n.º 7/SG/2015 de 10 de julho). Urbanismo, nas horas normais de expediente e na página do município de Bragança em www.cm-braganca.pt 28 de agosto de 2015. — O Presidente da Câmara, Hernâni Dinis Venâncio Dias, Dr. 208911786

Upload: others

Post on 27-Sep-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25991

MUNICÍPIO DE CASTELO DE PAIVA

Aviso (extrato) n.º 10260/2015

Cessação de vínculo de emprego público/desligação do serviço

Torna -se público, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 100.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto -Lei 498/72, de 9 de dezembro, na redação dada pelo Decreto -Lei 309/2007, de 7 de setembro, e da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei 35/2014, de 20 de junho, que foi desligada do Serviço, para efeitos de aposentação, a partir de 1 de agosto/2015, inclusive, a assistente operacional Maria Manuela Bessa Gomes, colocada entre a 1.ª e 2.ª posição remuneratória. O montante da pensão foi -lhe fixado pela Caixa Geral de Aposentações no valor de 405,26 €; a desligação do Serviço originou a vacatura de um posto de trabalho do mapa de pessoal desta Autarquia, na categoria de assistente operacional.

3 de agosto de 2015. — O Vereador dos Recursos Humanos, José Manuel Moreira Carvalho.

308865227

MUNICÍPIO DE CUBA

Aviso n.º 10261/2015Em cumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 36.º da Portaria

n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, na sua redação atual, torna-se pública a Lista Unitária de Ordenação Final do procedimento concursal comum, para provimento de um posto de trabalho na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, na Carreira/cate-goria de Assistente Operacional — Motorista de pesados de mercadorias e passageiros, aberto pelo Aviso n.º 13425/2014 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada pelo Presidente da Câmara a 16 de março de 2015.

Do Despacho da homologação do Presidente, cabe recurso contencioso nos termos do direito.

Candidatos aprovados:

Posição Nome Classificaçãofinal

1.º António Francisco Correia da Conceição Vasco 16,32

Candidatos excluídos:

Motivoda exclusão

José Luís Maurício das Dores Tapisso. . . . . . . . . . . . . . . (a)Ricardo Jorge do Carmo Rosa Rodrigues . . . . . . . . . . . . (b)

(a) Por não ter comparecido ao método de seleção “Prova Escrita de Conhecimentos”, a que faz referência o ponto 15.1.1 do aviso de abertura n.º 13425/2014, publicado do Diário da República, 2.ª série, n.º 233 de 02 de dezembro de 2014;

(b) Por não ter comparecido ao método de seleção “Avaliação Psicológica”, a que faz refe-rência o ponto 15.1.2 do aviso de abertura n.º 13425/2014, publicado do Diário da República, 2.ª série, n.º 233 de 02 de dezembro de 2014.”

Em cumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 36.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, na sua redação atual, torna-se pú-blica a Lista Unitária de Ordenação Final do procedimento concursal comum, para provimento de um posto de trabalho na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo, por um

período de 4 meses, na Carreira/categoria de Assistente Operacional, na área de Nadador Salvador, aberto pelo Aviso n.º 3955/2015 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 72, de 14 de abril de 2015, a qual foi homologada pelo Presidente da Câmara a 14 de maio de 2015.

Do Despacho da homologação do Presidente, cabe recurso contencioso nos termos do direito.

Candidatos Aprovados:

Posição Nome Classificaçãofinal

1.º Manuel José Mestre Caeiro . . . . . . . . . . . . 14,722.º Francisco José Pólvora Batista Cabaça . . . 12,38

Candidatos Excluídos: Não houve.Em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei

n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprova a LGTFP, torna-se público que, realizado que foi o procedimento concursal comum, para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado, tendo em vista o preenchimento de um posto de trabalho na Carreira/categoria de Assistente Operacional — motorista de veículos pesados de passageiros e de veículos pesados de mercadorias, aberto pelo Aviso n.º 13425/2014, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, o Município de Cuba, celebrou contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para a Carreira/categoria de Assis-tente Operacional, com remuneração base de € 505,00 correspondentes à 1.ª Posição, Nível 1, da Tabela Remuneratória Única, em 23 de março de 2015, com António Francisco Correia da Conceição Vasco.

Em cumprimento do disposto na alínea d) n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, torna-se público que, cessou a relação jurídica de emprego público, por motivo de aposentação, o trabalhador, António José Perdigão Mósca, Carreira/categoria de Assistente Técnico, colocado na 8.ª posição remuneratória, nível 13, com efeitos a partir do dia 09 de outubro de 2014.

27 de agosto de 2015. — O Presidente da Câmara, Dr. João Manuel Casaca Português.

308912855

MUNICÍPIO DE LAGOA (ALGARVE)

Aviso n.º 10262/2015

Licença sem remuneraçãoPara os devidos efeitos se torna público que, por despacho do Vice-

-Presidente da Câmara, datado de 12 de agosto de 2015, ao abrigo do disposto no artigo 280.º da Subsecção III do Anexo da Lei n.º 35/2014 de 20 de junho, foi concedida licença sem remuneração, pelo período de seis meses a Ana Cristina Gonçalves Catarino, Técnica Superior, com início em 17 de agosto de 2015.

26 de agosto de 2015. — Por delegação do Presidente da Câmara, o Vice -Presidente, Nuno Dinis Encarnação Amorim.

308912296

MUNICÍPIO DE LISBOA

Aviso n.º 10263/2015Torna -se público que, por deliberações tomadas nas reuniões de

Câmara Municipal realizadas e na Assembleia Municipal em 17 de junho e 27 de julho de 2015, respetivamente, foi aprovada a alteração ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa, nos termos constantes dos anexos que fazem parte integrante do presente Aviso, cuja republicação é efetuada ao abrigo do n.º 2 do artigo 62.º do Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março.

28 de julho de 2015. — A Diretora do Departamento de Apoio aos Órgãos e Serviços do Município, Paula Levy (Despacho n.º 7/SG/2015 de 10 de julho).

Urbanismo, nas horas normais de expediente e na página do município de Bragança em www.cm -braganca.pt

28 de agosto de 2015. — O Presidente da Câmara, Hernâni Dinis Venâncio Dias, Dr.

208911786

Page 2: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

25992 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitasdo Município de Lisboa

Com a aprovação do Regulamento n.º 391 -A/2010, publicado no Diário da República, n.º 84, de 30 de abril de 2010, a Câmara Mu-nicipal de Lisboa procedeu à codificação dos procedimentos gerais quanto à liquidação, cobrança e pagamentos de taxas, bem como normas sobre preçários devidos ao município de Lisboa, com base, entre outros, no Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, na Lei das Finanças Locais, na Lei Geral Tributária, no Código de Procedimento e de Processo Tributário e no Código do Procedimento Administrativo.

Dando continuidade ao esforço de codificação das taxas e tarifários do Município de Lisboa procedeu -se à introdução no Capítulo III das novas taxas e preços com regime especial, a saber, os tarifários do Serviço de Saneamento de Águas Residuais e do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos, a Taxa Municipal de Proteção Civil e a Taxa Municipal Turística, tendo -se procedido à eliminação da Taxa de Con-servação de Esgotos.

A aprovação dos Tarifários subjacentes ao Serviço de Saneamento de Águas Residuais e ao Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e correspondentes Tabelas de Preços, resulta de um imperativo le-gal em cumprimento da atual legislação dos respetivos setores, bem como das recomendações da Entidade Reguladora da Água e Resíduos (ERSAR).

A Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, Lei de Bases da Proteção Civil, trouxe consigo um novo enquadramento a esta atividade levada a cabo pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais que exige a parti-cipação ativa e o esforço financeiro da administração pública nos seus vários níveis, bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas.

A Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro, ao fixar novo enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, reco-nhece a importância que os municípios têm na gestão destes riscos, em virtude da sua proximidade ao território e às populações.

As atribuições que assim se confiam aos municípios não podem ser desvalorizadas, tão pouco se pode desvalorizar o esforço financeiro que estas funções acarretam, pela quantidade, qualidade e prontidão dos meios a afetar a estas atribuições, a somar à proteção de pessoas e bens perante acidentes e ocorrências de menor gravidade, pelo que é criada a taxa municipal de proteção civil, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam.

A atividade turística no Município de Lisboa tem crescido assina-lavelmente, sob todos os indicadores, assumindo uma importância fundamental no contexto da dinamização da atividade económica da cidade e áreas circundantes.

Por outro lado, o sucesso do destino turístico, acarretando a presença temporária de uma população na Cidade que se junta à população resi-dente, coloca um acréscimo de pressão no espaço urbano, nas infraes-truturas e equipamentos públicos, reivindicando maior limpeza, reforço na segurança de pessoas e bens, na manutenção de espaço público, na sinalética e organização, sob pena da excessiva ocupação/lotação e precoce degradação colocar em causa a sustentabilidade do crescimento do destino turístico. A par, é também verdade que a dinâmica turística induz um esforço adicional nas dinâmicas de vida da cidade como sejam as de natureza cultural e recreativa, artística, estatuária pública e monumental.

Pelo exposto, importa assegurar o financiamento do esforço que a cidade tem de desenvolver para ser e se manter um destino turístico atrativo, conciliando este objetivo com a necessidade de confinar o valor a pagar pelos turistas em patamares comportáveis no quadro da competitividade internacional e garantir a equidade do tributo face à intensidade do usufruto da cidade (entrada versus estada).

Assim sendo, estes meios necessários ao desenvolvimento do Tu-rismo terão que ser procurados na própria atividade turística, maximena contribuição dos próprios turistas, pelo que é criada a taxa municipal turística, assegurando -se, contudo, que este desiderato é prosseguido na procura de soluções que não sejam demasiado onerosas para o turista, preservando a competitividade relativa de Lisboa no contexto internacional de destinos turísticos.

A Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que aprovou o novo regime financeiro das autarquias locais possibilita que os municípios criassem taxas, designadamente, pelas utilidades prestadas aos particulares, ge-radas pela atividade do município ou por atividades dos particulares, geradoras de impacto ambiental negativo.

Por fim, optou -se por eliminar a figura do preparo, tendo -se verifi-cado, na prática, que o seu pagamento não cumpre a função de desin-

centivo a pedidos desnecessários, pelo que foi substituído, nas taxas em que era aplicável, pelo pagamento integral da taxa no momento do pedido.

Pelo exposto, procedeu -se à presente alteração do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas, dela fazendo parte integrante a Tabela de Taxas Municipais para o ano de 2015, cujo Projeto foi submetido a apreciação pública, tendo sido promovidos, durante o período de discussão pública, a audição direta de entidades e, após o período de discussão pública o apuramento e a ponderação dos respe-tivos resultados.

TÍTULO IDisposições comuns

Artigo 1.º

Lei habilitante

1 — O presente Regulamento e a correspondente Tabela de Taxas Municipais são elaborados ao abrigo e nos termos dos artigos 112.º e 241.º da Constituição da República Portuguesa, do Regime Finan-ceiro das Autarquias Locais, estabelecido pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, da Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, que estabelece o Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, e das alíneas b), e) e g) do n.º 1 do ar-tigo 25.º e das alíneas e), k) e ccc) do n.º 1 do artigo 33.º, ambos da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

2 — São ainda leis habilitantes deste Regulamento:

a) A Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), alterada pelo Decreto -Lei n.º 245/2009, de 22 de setembro e pelo Decreto -Lei n.º 130/2012, de 22 de junho;

b) O Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 junho (Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos), bem como o Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto (Regime Jurídico dos Serviços Muni-cipais de Abastecimento Público de Água, de Saneamento de Águas Residuais e de Gestão de Resíduos Urbanos), com as alterações in-troduzidas pelo Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março, bem como o Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de novembro (Regime Geral da Gestão de Resíduos) e pela deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril (Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos);

c) A Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, bem como a Lei de Bases da Proteção Civil, aprovada pela Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro.

Artigo 2.º

Âmbito de aplicação

1 — O presente Regulamento estabelece o regime a que ficam sujei-tos a incidência, liquidação, cobrança e o pagamento de taxas e outras receitas na área do Município de Lisboa, fazendo parte integrante do mesmo a Tabela de Taxas Municipais.

2 — O presente Regulamento estabelece, igualmente, as formas de liquidação, cobrança e pagamento das taxas do Município de Lisboa, as isenções, reduções e agravamentos.

3 — O presente Regulamento estabelece, ainda, as regras gerais a que fica sujeita a fixação dos preços pela Câmara Municipal de Lisboa.

Artigo 3.º

Legislação subsidiária

De acordo com a natureza das matérias, às relações jurídico — tri-butárias geradoras da obrigação de pagamento de taxas ao Município de Lisboa aplicam -se ainda, subsidiária e sucessivamente:

a) O Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais;b) O Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades

Intermunicipais;c) A Lei Geral Tributária;d) O Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais;e) O Código de Procedimento e de Processo Tributário;f) O Código de Processo nos Tribunais Administrativos;g) O Código do Procedimento Administrativo;h) O Código Civil e o Código de Processo Civil.

Page 3: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25993

TÍTULO IIRegulamentação de taxas

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 4.ºIncidência objetiva

1 — As taxas previstas na Tabela de Taxas Municipais, anexa ao presente Regulamento, nele definidas, bem como noutros regulamentos, são devidas como contrapartida, entre outras, pela:

a) Concessão de permissões administrativas e pela mera comunica-ção prévia, prática de atos administrativos e satisfação administrativa de outras pretensões de caráter particular, a qual se denomina taxa administrativa;

b) Utilização e aproveitamento de bens do domínio público e pri-vado municipal, a qual se denomina taxa pela ocupação e utilização do espaço público;

c) Outras atividades previstas no presente regulamento, na lei ou em outros regulamentos municipais.

2 — O presente Regulamento não se aplica aos atos e factos previstos no Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas.

Artigo 5.ºIncidência subjetiva

1 — O sujeito ativo da relação jurídico — tributária geradora da obrigação de pagamento das taxas e outras receitas previstas no presente Regulamento é o Município de Lisboa.

2 — O sujeito passivo da relação jurídico — tributária geradora da obrigação de pagamento das taxas e outras receitas previstas no presente Regulamento é a pessoa singular ou coletiva, o património ou a organi-zação de facto ou de direito que, nos termos da lei e dos regulamentos, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária ou de outro tipo, seja como contribuinte direto, substituto ou responsável.

3 — Caso sejam vários os sujeitos passivos, todos são solidariamente responsáveis pelo pagamento, salvo disposição em contrário.

Artigo 6.ºFundamentação económica e financeira

O valor das taxas e outras receitas foi fixado de acordo com o princípio da proporcionalidade, tendo em conta o custo da atividade dos órgãos e serviços do Município, designadamente os custos diretos e indiretos, os encargos financeiros, amortizações e futuros investimentos reali-zados ou a realizar, e o benefício auferido pelo particular, bem como, em casos específicos, de incentivo ou desincentivo à prática de certos atos e operações, conforme Tabela de Taxas Municipais, Relatório de Fundamentação Económica e Fundamentação das Isenções e Reduções, anexos ao presente Regulamento.

Artigo 7.ºPrincípios do procedimento tributário

Na liquidação, cobrança e pagamento de taxas e outras receitas, são realizadas todas as diligências necessárias à satisfação do interesse público e à descoberta da verdade material, de acordo com os princí-pios da legalidade, da igualdade, da proporcionalidade, da justiça, da imparcialidade e da celeridade.

Artigo 8.ºAtualização

1 — Os valores das taxas previstas na Tabela de Taxas Municipais, anexa ao presente Regulamento, são atualizados nos termos previstos na lei.

2 — Se da atualização resultar um valor não múltiplo de € 0,05, o valor da taxa será arredondado por defeito para o múltiplo de € 0,05 mais próximo se o valor que excede esse múltiplo for igual ou inferior a € 0,05 e, por excesso, para o múltiplo de € 0,05 mais próximo nos restantes casos.

CAPÍTULO II

Das isenções e reduções

SECÇÃO I

Isenções

Artigo 9.ºIsenções subjetivas

1 — Com exceção da taxa municipal de direitos de passagem, das taxas devidas pela atividade da Comissão Arbitral Municipal e sem prejuízo dos regimes especiais previstos no presente Regulamento, estão isentos do pagamento de taxas, além dos casos previstos por lei:

a) As pessoas com deficiência com grau de incapacidade superior a 70 %;

b) As pessoas em situação de insuficiência económica;c) Os partidos políticos, coligações e associações sindicais e ainda

os movimentos de cidadãos, desde que registados de acordo com a lei, quanto às taxas de ocupação da via pública, de ruído, de licenciamento de recintos itinerantes e improvisados, de publicidade exterior ou da cedência de equipamentos e materiais logísticos e de divulgação para as suas atividades próprias;

d) As autarquias locais no que tange à realização de atividades pró-prias, organizadas em exclusivo pelas próprias autarquias e dispo-nibilizadas em exclusivo e de forma não onerosa para os respetivos participantes;

e) As empresas municipais instituídas pelo Município, relativamente aos atos e factos decorrentes da prossecução dos seus fins, diretamente relacionados com as atividades objeto de contrato-programa ou contrato de gestão com o Município;

f) Os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa.

2 — Estão isentos da taxa de cremação e inumação em sepultura temporária, de depósito temporário de urna em câmara frigorífica, de utilização da capela, de transferência de circunscrição, de autorização para inumação/cremação de não falecidos ou recenseados em Lisboa, de certidões, atestados, termo de autenticação e requerimentos e de uti-lização de água e energia dentro dos cemitérios municipais, os pedidos formalizados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou atestados pela Segurança Social.

3 — Estão isentos do pagamento das taxas de ruído e ocupação do espaço público as coletividades, as associações e os grupos de cidadãos organizados, relativamente às atividades inseridas nas Festas da Cidade de Lisboa, durante o mês de junho.

4 — Estão isentos do pagamento de taxa municipal de proteção civil, os Estados estrangeiros quanto aos prédios destinados às respetivas embaixadas ou consulados, quando haja reciprocidade de tratamento.

5 — Estão, ainda, isentas do pagamento do valor das taxas de ocupa-ção do espaço público, de ocupação pontual em mercados e feiras, de ruído, de licenciamento de recintos itinerantes e improvisados, de publi-cidade exterior ou da cedência de equipamentos e materiais logísticos e de divulgação, bem como das taxas administrativas, as pessoas coletivas de utilidade pública, as instituições particulares de solidariedade social, as associações empresariais, comerciais, associações ou fundações culturais, sociais, religiosas, desportivas ou recreativas, legalmente constituídas, relativamente a atos e factos que se destinem à direta e imediata realização dos seus fins, desde que:

a) A ocupação seja no seu exclusivo interesse ou a publicidade se refira exclusivamente à sua pessoa;

b) A pessoa coletiva não distribua quaisquer resultados ou por outro meio proporcione vantagens económicas aos associados ou membros dos órgãos sociais;

c) O exercício dos cargos sociais não seja remunerado.

6 — Os artistas de rua encontram -se isentos do pagamento de taxa administrativa, no âmbito da Ocupação do Espaço Público.

Artigo 10.ºIsenções objetivas

1 — Estão isentos de pagamento de taxa:a) Os atestados que se destinem a instruir processos para concessão

de abono de família e quaisquer outros que estejam isentos de Imposto do Selo;

Page 4: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

25994 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

b) As certidões que comprovadamente sejam necessárias para instruir processos junto dos serviços de finanças e das conservatórias;

c) As trasladações realizadas dentro do mesmo cemitério, prove-nientes de exumações;

d) As filmagens, gravações ou sessões fotográficas, com ou sem fins académicos, de relevante interesse cultural ou artístico;

e) As filmagens e as gravações dos espaços ou de exposições ou com tomada de vistas gerais, com o objetivo de promover a sua di-vulgação;

f) As filmagens e as gravações promovidas pelas associações sem fins lucrativos e pelos estabelecimentos de ensino;

g) As afixações obrigatórias relativas a estabelecimentos comerciais e serviços.

2 — Estão isentos do pagamento da taxa municipal de proteção civil os prédios que tenham sido classificados como Monumentos Nacionais, Imóveis de Interesse Público ou Imóveis de Valor Municipal, nos termos da legislação aplicável.

Artigo 11.ºIsenções em projetos de interesse municipal

1 — As pessoas singulares ou coletivas, de natureza privada, que executem, sem qualquer contrapartida de caráter pecuniário, comercial ou urbanístico, nomeadamente ao abrigo do estatuto do Mecenato, projetos de intervenção no âmbito das operações de qualificação, reabilitação e modernização do espaço, equipamentos e infraestru-turas públicas, definidos pela Câmara Municipal de Lisboa, ficam isentas de taxas relativamente aos atos e factos constantes do respetivo programa.

2 — Podem ser isentos do pagamento de taxas os projetos de investi-mento considerados de relevante interesse para a cidade, nomeadamente que induzam à fixação de empresas em Lisboa, à criação de postos de trabalho, à inovação tecnológica, à coesão social e à proteção do ambiente.

3 — Serão aplicadas reduções, isenções ou suspensões temporárias das taxas devidas pelo exercício de atividades económicas, quando estas sofrerem alterações na sua atividade, provocadas por intervenções diretas do Município nomeadamente enquanto decorrerem obras de infraestruturas na rede viária ou outras.

Artigo 12.ºReconhecimento da isenção

1 — As isenções referidas nos números 1, 2 e 6 do artigo 9.º e nas alíneas a) a c) e f) do n.º 1 do artigo 10.º são reconhecidas pelo serviço competente para a liquidação da taxa e são de reconhecimento auto-mático e de forma oficiosa.

2 — As isenções referidas nos números 3 a 5 do artigo 9.º, nas alí-neas d), e) e g) do n.º 1 do artigo 10.º dependem de requerimento dos interessados e são reconhecidas mediante despacho do Presidente da Câmara ou do Vereador com competência subdelegada na área dos serviços liquidadores.

3 — A isenção prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º é reconhe-cida segundo os mesmos critérios previstos no n.º 2 do artigo 44.º do presente regulamento.

4 — As isenções referidas nos n.os 1 e 3, bem como as reduções ou suspensões temporárias referidas no n.º 3, ambos do artigo 11.º, são reconhecidas pela Assembleia Municipal, podendo ser objeto de protocolo que formalize as respetivas condições.

5 — As isenções referidas no n.º 2 do artigo 11.º são reconhecidas pela Assembleia Municipal, podendo ser objeto de protocolo que con-sagre as referidas condições.

6 — Os requerimentos para reconhecimento de isenção devem ser acompanhados dos documentos comprovativos de todos os factos dos quais depende esse reconhecimento.

7 — Previamente ao reconhecimento da isenção, devem os Servi-ços, no respetivo processo, informar fundamentadamente o pedido e proceder à determinação do montante da taxa a que se reporta o pedido de isenção.

8 — O despacho que reconhece a isenção pode fazê -lo até ao limite de cinco (5) anos, bem como para futuros atos da mesma natureza e da mesma pessoa coletiva, até ao mesmo limite de cinco (5) anos, sem prejuízo da sua prorrogação nos termos da lei.

9 — A existência de dívidas ao Município de Lisboa, sem processo de reclamação graciosa ou outro legalmente admissível e garantia prestada, determina a perda dos benefícios fiscais referidos no nú-mero anterior.

10 — A taxação de ocupação do espaço público por toldos, esplanadas e outros elementos físicos tem por referência o valor de 12,5€/m2/mês,

cabendo à Câmara Municipal, ouvidas a AHRESP e a UACS, propor anualmente à Assembleia Municipal, até à aprovação do Orçamento para o ano seguinte, as reduções e isenções, totais ou parciais, anuais ou plurianuais, que incidirão sobre aquela base de cálculo.

11 — A taxação de publicidade e ocupação do espaço público com mobiliário urbano, bem como a ocupação de espaço público por eventos de qualquer natureza, com exclusão das ocupações por obras, estaleiros ou bombas de combustível, tem por referência o valor de 12,5€/m2/mês,cabendo à Câmara Municipal, ouvidos os operadores interessados, pro-por anualmente à Assembleia Municipal, até à aprovação do Orçamento para o ano seguinte, as reduções e isenções, totais ou parciais, anuais ou plurianuais, que incidirão sobre aquela base de cálculo.

SECÇÃO II

Das reduções do valor das taxas

Artigo 13.ºCemitérios

1 — As taxas relativas à transladação e à inumação de ossadas e cinzas em, jazigos particulares ou municipais beneficiam de uma redução de 50 % e 75 %, respetivamente.

2 — A inumação de restos mortais subsequentes em compartimentos municipais beneficia de uma redução de 50 %.

3 — As isenções referidas nos números anteriores são reconhecidas pelo serviço competente para o deferimento do pedido e são de reco-nhecimento automático e de forma oficiosa.

Artigo 14.ºMercados e feiras

1 — As taxas de ocupação referentes aos mercados têm as seguintes reduções relativamente à taxa normal definida na Tabela de Taxas Municipais:

a) Nos mercados de categoria A, nas áreas superiores a 40m2, cada m2,redução de 38 %;

b) Nos mercados de categoria A, nos lugares de peixe, por cada metro linear, redução de 4 %;

c) Nos mercados de categoria A, nos restantes lugares, por cada metro linear, redução de 24 %;

d) As lojas dos mercados de categoria B e as lojas dos mercados de categoria A, com área superior a 100m2, nos primeiros 40m2, por cada m2, redução de 27 %;

e) As lojas dos mercados de categoria B e as lojas dos mercados de categoria A, com área superior a 100m2, nas áreas excedentes a 40m2,por cada m2, redução de 52 %;

f) Nos mercados de categoria B, nos lugares de peixe, por cada metro linear, redução de 24 %;

g) Nos mercados de categoria B, restantes lugares, por cada metro linear, redução de 39 %;

h) As arrecadações privativas, por cada m2, redução de 53 %;i) As arrecadações coletivas, por cada m2, redução de 78 %.

2 — São mercados da categoria A os mercados de Alvalade Norte, Arroios, Benfica, Campo de Ourique, Ribeira e 31 de janeiro, sendo os restantes da categoria B.

3 — As taxas de ocupação para venda de artigos usados na Feira da Ladra têm uma redução de 75 % relativamente à taxa de ocupação de feiras e venda ambulante.

4 — Sofrem, igualmente, redução as seguintes taxas:a) As renovações ou segundas vias de cartão de comerciante, em-

pregados e moços têm uma redução de 75 % relativamente à taxa aplicável à inscrição/emissão de cartão, sendo aquela de 50 % no caso das renovações quando pedidas fora do prazo;

b) As taxas de publicidade em mercados, aplicada a fachadas interio-res de lojas e lugares, têm uma redução de 75 % e de 60 % relativamente à taxa aplicável à publicidade em edifícios e à publicidade em edifícios, luminosa ou diretamente iluminada, respetivamente;

c) O estacionamento em mercados para residentes, em período no-turno, e para os comerciantes, em período diurno, tem uma redução de 50 %.

Artigo 15.ºOutras reduções

Beneficiam de uma redução de 50 % do pagamento de taxa adminis-trativa, com reprodução de documentos, os estudantes e professores.

Page 5: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25995

Artigo 16.ºRegime simplificado

As taxas que incidam sobre licenças ou autorizações limitadas no tempo, serão reduzidas, de acordo com os coeficientes estabelecidos na Tabela de Taxas Municipais, em caso de novo licenciamento ou autori-zação, desde que não ocorra alteração dos elementos do licenciamento ou autorização anteriores.

CAPÍTULO III

Taxas e preços com regime especial

SECÇÃO I

Taxa Municipal de Direitos de Passagem

Artigo 17.ºTaxa municipal de direitos de passagem

1 — Nos termos previstos no artigo 106.º da Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro, no n.º 1 do artigo 12.º e no n.º 4 do artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 123/2009, de 21 de maio, é devida a taxa munici-pal de direitos de passagem (TMDP) prevista na Tabela de Taxas Municipais anexa ao presente Regulamento, pela utilização e apro-veitamento dos bens do domínio público e privado municipal para a construção ou instalação de infraestruturas aptas ao alojamento de comunicações eletrónicas e pela utilização de infraestruturas aptas ao alojamento de redes de comunicações eletrónicas que pertençam ao domínio público ou privativo das autarquias locais, por parte de empresas que ofereçam redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público.

2 — A TMDP é determinada com base na aplicação de um percentual sobre a fatura emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público.

3 — O percentual referido no número anterior é aprovado anualmente pelo Município até ao final do mês de dezembro do ano anterior a que se destina a sua vigência e não pode ultrapassar os 0,25 %.

SECÇÃO II

Comissão Arbitral Municipal

Artigo 18.ºTaxas no âmbito da atividade da Comissão Arbitral Municipal1 — De acordo com o artigo 20.º do Decreto -Lei n.º 161/2006, de

8 de agosto, são devidas taxas pela determinação do coeficiente de conservação, pela definição das obras necessárias para a obtenção de nível de conservação superior e pela submissão de um litígio a decisão da Comissão Arbitral Municipal (CAM) no âmbito da respetiva com-petência decisória.

2 — As taxas constituem receita municipal, a afetar ao funcionamento da Comissão, com os seguintes valores:

a) 1 Unidade de Conta (UC), pela determinação do coeficiente de conservação;

b) 0,5 UC pela definição das obras necessárias para a obtenção de nível de conservação superior;

c) 1 UC pela submissão de um litígio a decisão da CAM, sendo de 2UC nos casos em que haja discordância do nível de conservação que serviu de base ao coeficiente de conservação.

3 — Em tudo o mais, nomeadamente no que diz respeito à forma de pagamento dos valores previstos nas alíneas a) a c) do número anterior, rege o disposto no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 8 de agosto.

SECÇÃO III

Tarifário do Serviço de Saneamento de Águas Residuais Urbanas

Artigo 19.ºTarifas do serviço de saneamento de águas residuais urbanasSão devidas tarifas pela prestação de serviços em gestão direta,

assegurada pelas unidades orgânicas municipais ou por serviços mu-

nicipalizados no âmbito da atividade de gestão do sistema municipal de saneamento em baixa de águas residuais, constantes do Tarifário do Serviço de Recolha de Águas Residuais e respetivo Relatório de Fundamentação Económica, anexo ao presente regulamento.

Artigo 20.ºIncidência das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Estão sujeitos às tarifas relativas ao serviço de saneamento de

águas residuais urbanas, os utilizadores finais da área do Município de Lisboa, que disponham de contrato com a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., empresa responsável pelo abastecimento de água no Município de Lisboa.

2 — Para efeitos da determinação das tarifas fixas e variáveis os utilizadores são classificados da seguinte forma:

a) Utilizador Doméstico, aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacionais;

b) Utilizador Não Doméstico, aquele que não esteja abrangido pelo número anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos setores empresariais do Estado e das autarquias.

Artigo 21.ºEstrutura tarifária do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Pela prestação do serviço de saneamento de águas residuais

urbanas são faturados aos utilizadores finais domésticos e não domés-ticos, as seguintes tarifas:

a) A tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia;

b) A tarifa variável, devida em função do volume de água consumido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressa em euros por m3 por cada 30 dias.

2 — As tarifas previstas no número anterior englobam a prestação dos seguintes serviços/atividades:

a) Execução, manutenção, limpeza, desobstrução e renovação de ramais de ligação do sistema predial ao sistema público, com as ressalvas previstas no artigo 25.º;

b) Construção, manutenção e renovação do sistema público de sa-neamento;

c) Recolha e encaminhamento de águas residuais urbanas;d) Celebração ou alteração de contrato de recolha de águas residuais

urbanas.

3 — É ainda faturado o montante correspondente à repercussão do encargo suportado pelo Município relativo à Taxa de Recursos Hí-dricos nos termos do Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho e do Despacho 444/2009, do Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, publicado na 2.ª série do DR de 9 de janeiro.

Artigo 22.ºServiços auxiliares de recolha de águas residuais urbanas

1 — Para além das tarifas de serviço de saneamento de águas residuais urbanas referidas no artigo 21.º, são cobradas pela Câmara Municipal de Lisboa, nos termos definidos na legislação aplicável, valores como contrapartida dos seguintes serviços auxiliares:

a) Análise de projetos de ramais de ligação;b) Análise dos projetos dos sistemas públicos de saneamento inte-

grados em operações de loteamento/urbanísticas;c) Execução de ramais de ligação, nas situações previstas no ar-

tigo 25.º;d) Informação sobre o sistema público de saneamento em plantas

de localização;e) Informação sobre o ponto de ligação do sistema predial ao sistema

público em planta;f) Recolha, transporte, tratamento de lamas provenientes de fossas

séticas recolhidas através de meios móveis;g) Realização de vistorias aos ramais de ligação a pedido dos uti-

lizadores;h) Outros serviços a pedido do utilizador.

Page 6: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

25996 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Artigo 23.ºTarifa de disponibilidade do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Aos utilizadores domésticos do serviço de águas residuais ur-

banas, aplica -se uma tarifa de disponibilidade única, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias.

2 — Aos utilizadores não domésticos aplica -se uma tarifa de disponi-bilidade, em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, e em função do calibre do contador:

a) 1.º Nível: Contadores de calibre 15 mm;b) 2.º Nível: Contadores com calibres > 15 mm.

Artigo 24.ºTarifa variável do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — A tarifa variável do serviço de saneamento de águas residuais

urbanas aplicável aos utilizadores finais domésticos, é devida em função do volume de águas residuais recolhidas, expresso em m3, durante o período objeto de faturação por cada trinta (30) dias:

a) 1.º Escalão: até 5 m3;b) 2.º Escalão: superior a 5 e até 15 m3;c) 3.º Escalão: superior a 15 e até 25 m3;d) 4.º Escalão: superior a 25 m3.

2 — A tarifa variável do serviço prestado através de redes fixas, aplicável aos utilizadores não domésticos é única e expressa em euros por m3.

3 — O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

4 — O valor final da componente variável do serviço de águas resi-duais devido pelos utilizadores domésticos é calculado pela soma das parcelas correspondentes a cada escalão.

5 — Para aplicação do coeficiente de recolha previsto no n.º 3 e sempre que o utilizador não disponha de serviço de abastecimento de água ou comprovadamente produza águas residuais urbanas a partir de origens de água próprias, o respetivo consumo é estimado em função do consumo médio dos utilizadores com características similares, no âmbito do território municipal, verificado no ano anterior, ou de acordo com outra metodologia de cálculo definida no contrato de recolha.

6 — Quando não exista medição através de medidor de caudal e o utilizador comprove ter -se verificado uma rotura na rede predial de abastecimento de água, o volume de água perdida e não recolhida pela rede de saneamento não é considerado para efeitos de faturação do serviço de águas residuais, aplicando -se o coeficiente de recolha previsto no n.º 3 da seguinte forma:

a) Ao consumo médio apurado entre as duas últimas leituras reais efetuadas pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A.;

b) Ao consumo médio de utilizadores com características similares no âmbito do território municipal verificado no ano anterior, na ausência de qualquer leitura subsequente à instalação do contador.

7 — O coeficiente de recolha previsto no n.º 3 pode não ser aplicado nas situações em que comprovadamente haja consumo de água de ori-gens próprias e não seja adequado o método previsto no n.º 5, devendo a metodologia de cálculo ser definida no contrato de recolha.

Artigo 25.ºExecução de ramais de ligação

1 — A construção de ramais de ligação superiores a 20 metros está sujeita a uma avaliação técnica e económica pela Câmara Municipal de Lisboa.

2 — Se da avaliação prevista no número anterior resultar que existe viabilidade, os ramais de ligação instalados pela Câmara Municipal de Lisboa apenas são faturados aos utilizadores no que respeita à extensão superior à distância referida no número anterior, através da aplicação de uma taxa de ramal.

3 — A taxa de ramal pode ainda ser aplicada nos seguintes casos:a) Alteração de ramais de ligação por alteração das condições de

recolha de águas residuais, por exigências do utilizador;b) Construção de mais ramais de ligação para o mesmo utilizador e

por sua solicitação;c) As situações descritas nas alíneas anteriores estão sujeitas a uma

avaliação técnica.

Artigo 26.º

Tarifários especiais do serviço de recolhade águas residuais urbanas

1 — Os utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários especiais nas seguintes situações:

a) Utilizadores domésticos:

i) Tarifário social, os utilizadores domésticos que se encontrem numa situação de carência económica comprovada pelo sistema de segurança social;

ii) Tarifário familiar, os utilizadores domésticos cuja composição do agregado familiar ultrapasse quatro elementos;

b) Utilizadores não domésticos que sejam instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem fins lucrativos ou entidades de declarada utilidade pública, legalmente constituídas, quanto aos prédios destinados diretamente à realização dos seus fins estatutários.

2 — Consideram -se em situação de carência económica os utilizado-res domésticos que se enquadrem nas seguintes situações:

a) Carência económica comprovada pelo sistema de segurança social, com benefício em pelo menos uma das seguintes prestações sociais:

i) Complemento Solidário para Idosos;ii) Rendimento Social de Inserção;iii) Subsídio Social de Desemprego;iv) 1.º Escalão do Abono de Família;v) Pensão Social de Invalidez;

b) Utilizadores domésticos cujo agregado familiar possua rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) que não ultrapasse:

i) O valor anual da retribuição mínima mensal garantida, nas situações em que existe apenas um sujeito passivo com rendimentos; e

ii) O dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida nas restantes situações;

c) A aplicação dos tarifários sociais será objeto de protocolo a celebrar entre a EPAL e o Município de Lisboa, podendo ser transitoriamente aplicados os parâmetros utilizados pela EPAL para esta finalidade na tarifa de abastecimento da água.

3 — O tarifário social para utilizadores domésticos consiste:

a) Na isenção das tarifas fixas.b) Na aplicação da tarifa variável do primeiro escalão até ao limite

mensal de 15 m³.

4 — O tarifário familiar traduz -se na utilização dos seguintes escalões do volume de águas residuais:

a) 1.º escalão — até 5 m3/30 dias.b) 2.º escalão — consumos obtidos pela diferença entre o resultado

da aplicação da fórmula [“n” X 3,6 m3/30 dias + 2, em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar], e os consumos iguais a 5 m3/30 dias faturados no 1.º escalão.

c) 3.º escalão — consumos que excedem o resultado da aplicação da fórmula [“n” X 3,6 m3/30 dias + 2, em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar].

5 — O tarifário social para utilizadores não domésticos consiste na aplicação de uma redução de 25 %, dos valores das tarifas aplicadas a utilizadores não domésticos.

Artigo 27.º

Acesso aos tarifários especiais do serviçode recolha de águas residuais

1 — Os utilizadores finais que pretendam beneficiar da aplicação dos tarifários especiais previstos no artigo 26.º, devem fazer prova dos requisitos exigidos, nos termos fixados pela Câmara Municipal de Lisboa, a publicar no respetivo sítio na Internet.

2 — A aplicação dos tarifários especiais tem o período de duração de um (1) ano, findo o qual deve ser renovada a prova referida no número anterior, por iniciativa do interessado e nos 30 dias que antecedem o final daquele período.

Page 7: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25997

Artigo 28.º

Aprovação dos tarifários do serviço de recolhade águas residuais urbanas

1 — O tarifário do serviço de recolha de águas residuais é aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, nos termos da legislação em vigor, até ao termo do mês de novembro do ano civil anterior àquele a que respeita.

2 — A informação sobre a alteração dos tarifários a que se refere o número anterior deve ser publicitada pela Câmara Municipal de Lisboa antes do envio ao utilizador da primeira fatura calculada com o novo tarifário.

3 — O tarifário é disponibilizado nos locais de afixação habitual-mente utilizados pela Câmara Municipal de Lisboa de Lisboa, nomea-damente no respetivo sítio na internet

Artigo 29.º

Periodicidade e requisitos da faturação das tarifas do serviçode saneamento de águas residuais urbanas

1 — A tarifa do serviço de saneamento de águas residuais urba-nas é cobrada conjuntamente com a fatura do serviço de abasteci-mento de água, emitida pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., e obedece à mesma periodicidade.

2 — As faturas emitidas discriminam os serviços prestados e as correspondentes tarifas, bem como as taxas legalmente exigíveis.

3 — Os serviços auxiliares previstos no artigo 22.º são cobrados por via de fatura -recibo específica, emitida pela Câmara Municipal de Lisboa no ato de prestação do serviço, sendo o utilizador informado do respetivo tarifário aquando da solicitação do serviço.

Artigo 30.º

Prazo, forma e local de pagamento das tarifas do serviçode saneamento de águas residuais urbanas

1 — O pagamento da fatura emitida pela EPAL — Empresa Por-tuguesa das Águas Livres, S. A. é efetuado no prazo, forma e locais indicados na mesma.

2 — Para efeitos de pagamento, a fatura é indivisível, não se ad-mitindo o pagamento individualizado de cada uma das suas compo-nentes.

3 — A apresentação de reclamação escrita com fundamento em erro na medição do consumo de água suspende o prazo de pagamento das tarifas do serviço de saneamento de águas residuais urbanas incluídas na respetiva fatura.

4 — São aplicáveis às dívidas emergentes do serviço de saneamento de águas residuais urbanas em mora há mais de 30 dias juros, desde a constituição em mora, à taxa legal.

Artigo 31.º

Arredondamento dos valores a pagar nas tarifas do serviçode saneamento de águas residuais urbanas

As tarifas são aprovadas com quatro casas decimais.

Artigo 32.º

Acertos de faturação do serviço de saneamentode águas residuais urbanas

1 — Os acertos de faturação do serviço de recolha de águas residuais são efetuados:

a) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. proceda a um acerto de faturação do serviço de abastecimento de água, nos casos em que não haja medição direta do volume de águas residuais recolhidas;

b) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. proceda a uma leitura, efetuando -se o acerto relativamente ao período em que esta não se processou;

c) Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma ano-malia no volume de efluentes medido.

2 — Quando se verificar, na sequência de acertos de faturação, um crédito a favor do utilizador final, pode o mesmo optar por receber esse valor no prazo de 30 dias. Não sendo essa a opção, a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., procede à respetiva compensação nos períodos de faturação subsequentes.

Artigo 33.ºPrescrição e caducidade das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — A dívida resultante da liquidação da tarifa prescreve no prazo

de seis (6) meses após a prestação do serviço.2 — O prazo de caducidade para a realização de acertos de fatura-

ção não se inicia enquanto a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., não puder realizar a leitura do contador, por motivos imputáveis ao utilizador.

3 — Se, por qualquer motivo, incluindo erro da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., tiver sido paga importância infe-rior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca no prazo de seis (6) meses após o pagamento.

Artigo 34.ºRegime transitório das tarifas serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Os utilizadores não domésticos, excluindo entidades de natureza

pública e do Setor Empresarial do Estado, com um consumo superior a 50 m3 por 30 dias, beneficiam de uma tarifa variável reduzida enquanto vigorar o regime transitório.

2 — O regime transitório aplica -se aos consumos realizados em 2015, 2016 e 2017.

3 — A tarifa variável reduzida incide sobre os consumos de água que excedam os 50 m3 por 30 dias, e é calculada da seguinte forma:

a) Ano de 2015 — a tarifa variável reduzida será 25 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

b) Ano de 2016 — a tarifa variável reduzida será 50 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

c) Ano de 2017 — a tarifa variável reduzida será 75 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes

Artigo 35.ºLegislação subsidiária das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanasDe acordo com a natureza da matéria e em tudo o que não se en-

contre especialmente previsto neste Regulamento, é subsidiariamente aplicável o disposto na legislação em vigor, na regulamentação setorial e, sucessivamente:

a) O Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto--Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março;

b) A Lei n.º 23/96, de 26 de julho, com as alterações introduzidas pelas Leis n.º 12/2008, de 26 de fevereiro, n.º 24/2008, de 2 de junho, n.º 6/2011, de 10 de março, n.º 44/2011, de 22 de junho e n.º 10/2013, de 28 de janeiro;

c) O Decreto -Lei n.º 114/2014, de 21 de julho;d) O Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho;e) O Decreto -Regulamentar n.º 23/1995, de 23 de agosto.

SECÇÃO IV

Tarifário de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos

Artigo 36.ºTarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos

São devidas tarifas pela prestação de serviços, em gestão direta das unidades orgânicas municipais, incluindo a gestão por via de serviços municipalizados, no âmbito da atividade de gestão de resíduos urbanos, constantes do Tarifário de Resíduos Urbanos e respetivo Relatório de Fundamentação Económica, anexos ao presente Regulamento.

Artigo 37.ºIncidência do tarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos

1 — Estão sujeitos às tarifas, fixa e variável, relativas ao serviço de gestão de resíduos urbanos todos os utilizadores finais da área do Município de Lisboa, a quem sejam prestados os respetivos serviços, dispondo ou não de contrato com a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. empresa responsável pelo abastecimento de água no Município de Lisboa, sendo as mesmas devidas a partir da entrada em vigor do presente Regulamento.

2 — Para efeitos da determinação das tarifas, os utilizadores finais, a quem seja assegurado de forma continuada o serviço de gestão de

Page 8: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

25998 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

resíduos urbanos, cuja produção diária seja inferior a 1100 litros e que não tenha como objeto da sua atividade a prestação desse mesmo serviço a terceiros, são classificados da seguinte forma:

a) Utilizador Doméstico: aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacionais;

b) Utilizador Não doméstico: aquele que não esteja abrangido pelo número anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos setores empresariais do Estado e das autarquias.

Artigo 38.ºEstrutura tarifária do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Pela prestação do serviço de gestão de resíduos urbanos são

faturados aos utilizadores finais, domésticos e não domésticos, as se-guintes tarifas:

a) A tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia;

b) A tarifa variável, devida em função do nível de utilização do serviço durante o período objeto de faturação, expressa em euros por m3 de água consumida ou estimada.

2 — As tarifas previstas no número anterior, englobam a prestação dos seguintes serviços:

a) Instalação, manutenção e substituição de equipamentos de depo-sição de resíduos urbanos;

b) Recolha, transporte, tratamento e eliminação adequada dos resí-duos urbanos;

c) Recolha e encaminhamento adequado de resíduos volumosos e verdes provenientes de habitações inseridas na malha urbana, quando inferiores aos limites previstos para os resíduos urbanos na legislação em vigor.

3 — É ainda faturado o montante correspondente à repercussão do encargo suportado pelo Município relativo à Taxa de Gestão de Resíduos nos termos da Portaria 72/2010, de 4 de fevereiro.

Artigo 39.ºServiços auxiliares de gestão de resíduos urbanos

Para além das tarifas do serviço de gestão de resíduos urbanos, re-feridas no artigo anterior, o Município de Lisboa cobra ainda valores adicionais pela prestação dos seguintes serviços:

a) Serviços auxiliares de limpezas coercivas em habitações;b) Serviços de recolhas específicas de resíduos;

Artigo 40.ºTarifa de disponibilidade do serviço de gestão

de resíduos urbanosAos utilizadores do serviço de gestão de resíduos urbanos, aplica-

-se uma tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia (doméstico ou não doméstico) dos utilizadores.

Artigo 41.ºTarifa variável do serviço de gestão de resíduos urbanos

1 — A tarifa variável do serviço de gestão de resíduos, aplicável aos utilizadores domésticos, é única e devida em função do volume de água consumida, expressa em euros por m3, durante o período objeto de faturação.

2 — A tarifa variável do serviço de gestão de resíduos, aplicável aos utilizadores não domésticos é única e devida em função do volume de água consumida, expressa em euros por m3, durante o período objeto de faturação.

Artigo 42.ºBase de cálculo da tarifa de resíduos urbanos

1 — A tarifa variável de resíduos urbanos é devida em função do consumo de água faturada.

2 — Sempre que os utilizadores domésticos e não domésticos não disponham de serviço de abastecimento de água, o respetivo consumo estima -se em função do consumo médio tendo por referência os utiliza-

dores com características similares, no âmbito do território municipal, verificado no ano anterior.

3 — Excecionalmente e quando se demonstre que a indexação ao consumo de água das tarifas variáveis aplicáveis aos utilizadores não domésticos possa não se mostrar adequada por razões atinentes a ativi-dades específicas que prosseguem, nomeadamente ginásios, restauração e cabeleireiros, o Município poderá numa base setorial ou individual definir outro método de cálculo da tarifa.

Artigo 43.ºTarifários especiais do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Os utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas seguintes situações:a) Utilizadores domésticos que se encontrem numa situação de ca-

rência económica;b) Utilizadores não domésticos que sejam pessoas coletivas de de-

clarada utilidade pública.

2 — O tarifário social para utilizadores domésticos consiste na isen-ção das tarifas de disponibilidade.

3 — O tarifário social para utilizadores não domésticos consiste na aplicação da tarifa de disponibilidade e da tarifa variável aplicáveis a utilizadores domésticos.

Artigo 44.ºAcesso aos tarifários especiais do serviço

de gestão de resíduos urbanos1 — Os utilizadores finais que pretendam beneficiar da aplicação

dos tarifários especiais previstos nos números anteriores, devem fazer prova dos requisitos exigidos nos termos fixados pelo Município de Lisboa.

2 — Consideram -se em situação de carência económica os utilizado-res domésticos que se enquadrem numa das seguintes situações:

a) Carência económica comprovada pelo sistema de segurança social, com benefício em pelo menos uma das seguintes prestações sociais:

i) Complemento Solidário para Idosos;ii) Rendimento Social de Inserção;iii) Subsídio Social de Desemprego;iv) 1.º Escalão do Abono de Família;v) Pensão Social de Invalidez;

b) Utilizadores domésticos cujo agregado familiar possua rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) que não ultrapasse:

i) O valor anual da retribuição mínima mensal garantida, nas situações em que existe apenas um sujeito passivo com rendimentos;

ii) O dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida nas restantes situações;

c) A aplicação dos tarifários sociais será objeto de protocolo a celebrar entre a EPAL e o Município de Lisboa, podendo ser transitoriamente aplicados os parâmetros utilizados pela EPAL para esta finalidade na tarifa de abastecimento da água.

3 — A aplicação dos tarifários especiais tem o período de duração de 1 ano, findo o qual deve ser renovada a prova referida no número anterior, por iniciativa do interessado e nos 30 dias que antecedem o final daquele período.

Artigo 45.ºAprovação dos tarifários do serviço de gestão

de resíduos urbanos1 — O tarifário do serviço de gestão de resíduos é aprovado pela

Câmara Municipal de Lisboa, nos termos da legislação em vigor.2 — A informação sobre a alteração dos tarifários a que se refere o

número anterior deve ser publicitada pela Câmara Municipal de Lisboa, antes do envio ao utilizador final da primeira fatura que contenha o novo tarifário.

3 — Os tarifários produzem efeitos relativamente às produções de resíduos entregues a partir de 1 de janeiro de cada ano civil.

4 — O tarifário é disponibilizado nos locais de afixação habitual-mente utilizados pelo Município de Lisboa, nomeadamente no respetivo sítio na internet.

Page 9: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 25999

Artigo 46.ºPeriodicidade e requisitos da faturação do tarifário

do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — A tarifa de resíduos urbanos é cobrada conjuntamente com a fa-

tura do serviço de abastecimento de água, emitida pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. e obedece à mesma periodicidade.

2 — A fatura emitida discrimina os serviços prestados e as corres-pondentes tarifas, bem como as taxas legalmente exigíveis.

3 — Os serviços auxiliares previstos no artigo 39.º, são cobrados por intermédio de fatura -recibo própria, emitida pelo Município Lisboa no ato de prestação do serviço, sendo o utilizador informado do valor a pagar aquando da sua solicitação.

Artigo 47.ºPrazo, forma e local de pagamento das tarifas

de serviço de gestão de resíduos urbanos1 — O pagamento da fatura emitida pela EPAL — Empresa Por-

tuguesa das Águas Livres, S. A. é efetuado no prazo, forma e locais indicados na mesma.

2 — Para efeitos de pagamento, a fatura é indivisível, não se ad-mitindo o pagamento individualizado de cada uma das suas compo-nentes.

3 — São aplicáveis às dívidas emergentes do serviço de gestão de resíduos urbanos em mora há mais de 30 dias juros, desde a constituição em mora, à taxa legal.

Artigo 48.ºArredondamento dos valores a pagar nas tarifas

de serviço de gestão de resíduos urbanosAs tarifas são expressas com quatro casas decimais.

Artigo 49.ºAcertos de faturação do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Os acertos de faturação do serviço de gestão de resíduos são

efetuados:a) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A.

proceda a uma leitura, relativamente ao período em que esta não se processou;

b) Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma ano-malia no volume de água.

2 — Quando se verificar, na sequência de acertos de faturação, um crédito a favor do utilizador final, pode o mesmo optar por receber esse valor no prazo de 30 dias, ou optar por proceder à respetiva compensação nos períodos de faturação subsequentes.

Artigo 50.ºPrescrição e caducidade das tarifas de serviço

de gestão de resíduos urbanos1 — A dívida resultante da liquidação da tarifa prescreve no prazo

de 6 meses após a prestação do serviço.2 — O direito à liquidação caduca no prazo de 6 meses após a pres-

tação do serviço.3 — O prazo de caducidade para a realização de acertos de fatura-

ção não se inicia enquanto a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. não puder realizar a leitura do contador, por motivos imputáveis ao utilizador.

4 — Se, por qualquer motivo, incluindo erro da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., tiver sido paga importância inferior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao re-cebimento da diferença caduca no prazo de 6 meses após o pagamento.

SUBSECÇÃO

Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos a Grandes Produtores

Artigo 51.ºDefinição de grandes produtores

1 — Consideram -se grandes produtores todas as entidades com uma produção média diária de resíduos superior a 1.100 litros.

2 — Para efeitos do número anterior, a produção respeita a cada local de recolha.

Artigo 52.ºResponsabilidade dos resíduos urbanos de grandes produtores1 — Nos termos do Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de novembro

(Regime Geral da Gestão de Resíduos), a deposição, recolha, transporte, armazenagem, valorização ou recuperação e eliminação dos resíduos urbanos provenientes de grandes produtores são da sua exclusiva res-ponsabilidade.

2 — Sem prejuízo do número anterior, os grandes produtores podem recorrer à Câmara Municipal de Lisboa para a prestação dos serviços de resíduos urbanos através da celebração de um contrato de recolha.

Artigo 53.ºRecenseamento de Grandes Produtores e responsabilidade

da recolha e tratamento1 — Os Grandes Produtores estão obrigados ao recenseamento junto

da CML, no prazo de 120 dias após a entrada em vigor do presente regulamento para os produtores existentes, ou, quando se trate de novos estabelecimentos produtores, no prazo de 30 dias antes da sua entrada em funcionamento.

2 — O recenseamento é atualizado em outubro de cada ano de acordo com rotina a fixar no contrato de recolha a celebrar entre as partes.

3 — O recenseamento será efetuado, por estabelecimento produ-tivo ou morada, através do envio, por via eletrónica, para o endereço RUGrandesProdutores@cm -lisboa.pt do formulário em Anexo a este Regulamento.

4 — O recenseamento dos Grandes Produtores pode ser efetuado a qualquer momento, salvaguardando que, após o prazo estabelecido em 1, não serão efetuados acertos de faturação.

5 — No processo de recenseamento, o GP informará o Município se pretende optar pelo recurso aos serviços municipais de recolha e tratamento dos resíduos ou se opta por assumir a responsabilidade dessas tarefas através da entrega de uma declaração que identificará os termos em que irá concretizar a mesma (recurso a entidades terceiras, indicando -as ou assegurando -as pelos seus próprios meios).

6 — No caso do GP optar por recolher e tratar os resíduos sob a sua responsabilidade, o Município deixará de prestar os respetivos serviços nas moradas em causa.

Artigo 54.ºTarifa de serviço de gestão de resíduos urbanos

aplicável a grandes produtores1 — Os grandes produtores que tenham optado pelos serviços mu-

nicipais de recolha de resíduos urbanos ficam sujeitos a uma tarifa a variar no intervalo [45€, 80€] sobre os resíduos indiferenciados (RI), em resultado da aplicação da seguinte fórmula:

Tf = 80 € – 50 € × RCRC + RI

onde:Tf — tarifa em € por tonelada incidente sobre RI entregues ao mu-

nicípioRC — Resíduos recicláveis, expressos em toneladas, entregues ao

municípioRI — Resíduos indiferenciados, expressos em toneladas, entregues

ao município

A fórmula não é aplicável sempre que a relação RC/(RC+RI) seja superior a 70 %, situações em que a tarifa sobre indiferenciados será de 45€.

2 — A quantidade mensal em toneladas de resíduos recicláveis (RC) e de resíduos indiferenciados (RI) é obtida com base na seguinte fór-mula:

Qtd = V × F × D1000

onde:Qtd — quantidade mensal de resíduos expressos em toneladasV — volume total em litros correspondente aos contentores instala-

dos/disponibilizadosF — frequência de recolha em 30 diasD — densidade estimada em [tonelada/m3] a fixar em cada contrato

face aos diferentes tipos de resíduos.

3 — Transitoriamente e até à assinatura de contrato após recensea-mento aplica -se o tarifário do regime geral em função do consumo de água.

Page 10: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26000 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

4 — Sempre que o recenseamento observe os prazos estipulados no n.º 1 do artigo 53.º, os valores pagos antes da data da entrada em vigor do contrato de recolha serão obrigatoriamente objeto de acerto de contas por confronto entre os valores anteriormente liquidados e os resultantes do contrato de recolha.

5 — O disposto nos números anteriores não se aplica aos GP abran-gidos pelo Sistema de Recolha Pneumática de Resíduos Urbanos do Parque das Nações, sujeitos a regulamentação específica.

Artigo 55.ºRecusa da realização do serviço de gestão de resíduos

urbanos a grandes produtoresO Município de Lisboa pode recusar a realização do serviço de gestão

de resíduos urbanos, designadamente, quando:a) O tipo de resíduos depositados nos contentores não se enquadrar

na categoria de resíduos urbanos, conforme previsto na legislação em vigor;

b) Se verificar a inacessibilidade dos contentores à viatura de reco-lha, quer pelo local, quer por incompatibilidade do equipamento ou do horário de recolha;

c) Não forem cumpridas as regras municipais de separação de re-síduos.

Artigo 56.ºRegime transitório do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Os utilizadores não domésticos com um consumo de água su-

perior a 50 m3 por 30 dias, beneficiam de uma tarifa variável reduzida enquanto vigorar o período de recenseamento de 60 dias dos grandes produtores.

2 — Durante este período, os utilizadores beneficiam da aplicação de uma tarifa variável reduzida, que consiste numa redução de 50 % do tarifário.

3 — Após aquele período haverá lugar à regularização da faturação em função dos seguintes critérios:

a) Os utilizadores que sejam classificados como grandes produtores por encontro de contas;

b) Os utilizadores que não sejam classificados como grandes produ-tores, passam a pagar a totalidade da tarifa em função dos consumos de água, devendo o valor descontado durante o período de recenseamento ser reposto na fatura subsequente ou passam a ficar sujeitos aos métodos de cálculo específicos definidos ao abrigo do número três do artigo 42.º com os acertos a que houver lugar.

Artigo 57.ºLegislação subsidiária do tarifário de serviço

de gestão de resíduos urbanosDe acordo com a natureza da matéria, e em tudo o que não se en-

contre especialmente previsto neste Regulamento, é subsidiariamente aplicável o disposto na legislação em vigor, na regulamentação setorial e sucessivamente:

a) O Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro;b) O Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto alterado pelo

Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março;

c) A Lei n.º 23/96, de 26 de julho, com as alterações introduzidas pelas Leis n.º 12/2008, de 26 de fevereiro, n.º 24/2008, de 2 de junho, n.º 6/2011, de 10 de março, n.º 44/2011, de 22 de junho e n.º 10/2013, de 28 de janeiro;

d) O Decreto -Lei n.º 114/2014, de 21 de julho;e) A Deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril — Tarifário do serviço

de gestão de Residupos Sólidos Urbanas, publicado no Diário da Re-pública, 2.ª série, n.º 74, de 15 de abrilAbril, aprovado por deliberação do Conselho Diretivo da ERSAR n.º 928/2014.

SECÇÃO V

Taxa Municipal de Proteção Civil

Artigo 58.ºTaxa municipal de proteção civil

É devida taxa municipal de proteção civil, em conformidade com o n.º 2 do artigo 5.º da Lei n.º 53 -E/2006, de 22 de dezembro, que visa, em particular, remunerar os serviços assegurados pelo Serviço Muni-

cipal de Proteção Civil nos domínios da proteção civil, do combate aos incêndios e da garantia da segurança de pessoas e bens.

Artigo 59.ºIncidência objetiva da taxa municipal de proteção civil

1 — A taxa municipal de proteção civil incide sobre o valor patri-monial tributário dos prédios urbanos ou frações destes, situados no concelho de Lisboa, tal como esse valor é determinado para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis.

2 — A taxa municipal de proteção civil incide também sobre o valor patrimonial tributário dos prédios urbanos ou frações destes, situados no concelho de Lisboa, com risco acrescido por relação com a condição de degradado, devoluto ou em estado de ruína.

3 — A taxa municipal de proteção civil incide ainda sobre as ativi-dades e usos de risco acrescido em edifícios, recintos ou equipamentos, situados no concelho de Lisboa, tal como identificados em Anexo ao presente regulamento.

Artigo 60.ºIncidência subjetiva da taxa municipal de proteção civil

1 — É sujeito passivo da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 1 do artigo anterior o sujeito passivo do correspondente Imposto Municipal sobre Imóveis.

2 — É sujeito passivo da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 2 do artigo anterior, o sujeito passivo do correspondente Imposto Municipal sobre Imóveis.

3 — São ainda sujeitos passivos da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 3 do artigo anterior, as pessoas singulares ou coletivas que no concelho de Lisboa exerçam as atividades ou usos de risco acrescido identificadas em Anexo ao presente regulamento, na condi-ção de entidade que explora o edifício, recinto ou equipamento ou de entidade gestora dos mesmos quando disponham de espaços comuns ou partilhados ou serviços coletivos.

4 — Para efeito da identificação das categorias de risco por utilização--tipo, aplica -se o disposto no Anexo ao presente Regulamento.

Artigo 61.ºFacto gerador e periodicidade da taxa municipal de proteção civil

O facto gerador da taxa municipal de proteção civil reside na titula-ridade dos prédios tributáveis, tal como resultante do artigo anterior, a 31 de dezembro de cada ano, ou no exercício a essa data dos usos ou das atividades tributáveis.

Artigo 62.ºIsenções da taxa municipal de proteção civil

1 — Estão isentos da taxa municipal de proteção civil, no âmbito exclusivo do n.º 1 do artigo 60.º, os proprietários dos imóveis cujo valor patrimonial seja inferior a € 20.000.

2 — Estão isentos no âmbito exclusivo do n.º 3 do artigo 60.º e por relação unicamente com as utilizações -tipo com a 1.ª e 2.ª categorias de risco, conforme anexo ao presente Regulamento:

a) “Estacionamentos” com áreas brutas ≤ 9.600 m2;b) “Administrativos” com efetivo ≤ 1.000;c) “Espetáculos e reuniões públicas” com efetivo ≤ 1.000 ou ≤ 15.000

se ao ar livre;d) “Comerciais e gares de transporte” com efetivo ≤ 1.000;e) “Desportivos e de lazer” com efetivo ≤ 1.000 ou ≤ 15.000 se ao

ar livre.

Artigo 63.ºValor da taxa municipal de proteção civil

1 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente aos prédios a que se refere o n.º 1 do artigo 60.º é de 0,0375 % do valor patrimonial tributário.

2 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente aos prédios a que se refere o n.º 2 do artigo 60.º é de 0,3 % no tocante aos prédios degradados e de 0,6 % no caso dos prédios devolutos ou em ruína, como tal considerados para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis.

3 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente aos prédios, equipamentos e usos a que se refere o n.º 3 do artigo 60.º, é o que resulta da aplicação das disposições do anexo ao presente Regulamento.

Page 11: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26001

4 — As entidades que estando enquadradas numa das categorias referidas no Anexo a este Regulamento por relação com as atividades /usos de risco acrescido e não apresentem as medidas de autoproteção nos termos e prazos definidos no Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, terão um agravamento de 50 % na respetiva categoria.

Artigo 64.ºLiquidação da taxa municipal de proteção civil

1 — A liquidação da taxa municipal de proteção civil será feita por relação com o cadastro do valor patrimonial dos prédios relativos a 31 de dezembro do ano anterior àquele a que respeita, no caso do n.º 1 e 2 do artigo 60.º, e de acordo com o cadastro de atividades de risco e respetivos titulares reportado ao mesmo momento, no caso do n.º 3 do mesmo artigo.

2 — A liquidação será feita no segundo semestre de cada ano econó-mico, por iniciativa dos serviços municipais, da Autoridade Tributária e Aduaneira ou de outra entidade com quem o Município celebre acordo neste sentido, nos termos que para tal vierem a ser fixados.

3 — Em matéria de liquidação aplicam -se supletivamente as regras que nesta matéria ficarem vertidas em acordo a celebrar com outra entidade, nos termos previstos no número anterior, com as devidas adaptações.

Artigo 65.ºDispensa de pagamentos suplementares

Aos sujeitos passivos da taxa municipal de proteção civil que man-tenham regularizado o respetivo pagamento não pode ser exigido o pagamento de qualquer outra taxa em virtude de serviços que lhes sejam prestados pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa ou outros serviços no dominio da proteção civil.

Artigo 66.ºPagamento da taxa municipal de proteção civil

1 — O pagamento voluntário da taxa municipal de proteção civil é efetuado em duas prestações, sendo a primeira em outubro e a segunda em março, podendo os sujeitos passivos antecipar o pagamento da segunda prestação.

2 — A falta de pagamento da primeira prestação importa o venci-mento imediato da segunda.

3 — São excluídas da faculdade de pagamento em duas prestações as liquidações cujo valor total seja igual ou inferior a 50 euros, montante que será atualizado anualmente em função do valor da inflação.

4 — Decorrido o prazo de pagamento voluntário da primeira pres-tação poderá o mesmo ser efetuado, acrescido de juros de mora, nos 60 dias subsequentes.

5 — Em matéria de pagamento aplicam-se supletivamente as regras que nesta matéria ficarem vertidas em acordo a celebrar com outra entidade, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 64.º, com as devidas adaptações.

Artigo 67.ºPublicidade dos serviços objeto da taxa municipal

de proteção civilAs prestações realizadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de

Lisboa ou outros serviços da Câmara Municipal de Lisboa no domínio da proteção civil são objeto de divulgação pública no sítio da internet da Câmara Municipal de Lisboa.

SECÇÃO VI

Taxa Municipal Turística

Artigo 68.ºTaxa municipal turística

As taxas municipais turísticas previstas no presente regulamento são devidas em contrapartida do singular aproveitamento turístico propor-cionado pelo conjunto de atividades e investimentos relacionados direta e indiretamente com a atividade turística, designadamente, através da realização de obras de construção, de manutenção, de reabilitação e de requalificação urbanas e das demais benfeitorias efetuadas em bens do domínio público e privado municipal, em zonas de cariz potencialmente turístico, e do benefício originado pela prestação do serviço público de informação e apoio aos turistas, e ainda pelo serviço público de dinamização cultural e recreativa da cidade.

Artigo 69.ºModalidades da taxa municipal turística

A taxa municipal turística institui -se nas modalidades de:a) Taxa de dormida;b) Taxa de chegada por via aérea;c) Taxa de chegada por via marítima.

SUBSECÇÃO I

Taxa de dormida

Artigo 70.ºIncidência e valor da taxa de dormida

A taxa de dormida é devida por hóspede com idade superior a 13 anos e por noite nos empreendimentos turísticos e nos estabelecimentos de alojamento local, localizados no Município de Lisboa com valor unitário conforme Anexo a este Regulamento, até a um máximo de7 (sete) noites por pessoa.

Artigo 71.ºIsenções da taxa de dormida

Ficam isentos da taxa de dormida os hóspedes cuja estada seja mo-tivada pela obtenção de serviços médicos.

SUBSECÇÃO II

Taxa de chegada por via aérea

Artigo 72.ºIncidência e valor da taxa de chegada por via aérea

A taxa de chegada por via aérea é devida por passageiro que de-sembarque no Aeroporto Internacional de Lisboa, com valor unitário conforme Anexo a este Regulamento.

Artigo 73.ºIsenções da taxa de chegada por via aérea

1 — Ficam isentos da taxa de chegada:a) Passageiros em relação aos quais não seja emitido bilhete autó-

nomo;b) Os passageiros em trânsito ou transferência no Aeroporto Inter-

nacional de Lisboa, na medida em que a sua chegada a Lisboa não tem fins turísticos;

c) Os passageiros com domicílio fiscal em território nacional.

2 — A isenção prevista na alínea c) do número anterior concretiza -se, quando aplicável, pelo reembolso ao passageiro da verba liquidada e cobrada, mediante pedido a efetuar no prazo de 1 ano a contar da data da chegada.

3 — Os procedimentos de liquidação e reembolso serão estabelecidos através de regulamento de execução específico para o efeito.

SUBSECÇÃO III

Taxa de chegada por via marítima

Artigo 74.ºA taxa de chegada por via marítima é devida por passageiro que

desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa, com valor unitário conforme Anexo a este Regulamento.

SUBSECÇÃO IV

Liquidação e pagamento da Taxa Municipal Turística

Artigo 75.ºLiquidação, arrecadação e pagamento da taxa municipal turística

1 — A liquidação e arrecadação da taxa de dormida compete às pes-soas singulares ou coletivas que explorem os empreendimentos turísticos e os estabelecimentos de alojamento local, que devem fazer refletir, de forma autónoma, na fatura o valor correspondente a esta taxa.

Page 12: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26002 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

2 — A liquidação e arrecadação da taxa de chegada por via aérea e da taxa de chegada por via marítima compete, respetivamente à con-cessionária do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil no aeroporto internacional de Lisboa e às entidades incumbidas da exploração dos terminais de navios de cruzeiro.

3 — Não é admitido o pagamento em prestações da taxa municipal turística.

4 — As entidades identificadas no n.º 1 não podem emitir faturas respeitantes ao serviço de alojamento nem aceitar o respetivo pagamento por parte dos hóspedes sem que seja somado o valor da taxa de dormida.

5 — As entidades envolvidas na liquidação, arrecadação, controle e fiscalização da aplicação das taxas turísticas poderão ser compensadas pelas despesas administrativas com um montante a definir.

6 — A operacionalização dos procedimentos previstos nos números 1, 2 e 5 poderão ser objeto de protocolo a celebrar entre a Município de Lisboa e as entidades responsáveis.

Artigo 76.ºObrigação declarativa e de transferência

da taxa municipal turística1 — As entidades responsáveis pela liquidação e arrecadação da

taxa municipal turística devem apresentar, por transmissão eletrónica de dados, até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeitam as operações sujeitas, uma declaração relativa às verbas arrecadadas.

2 — O modelo da declaração prevista no número anterior e o proce-dimento de envio de declarações por transmissão eletrónica de dados são aprovados pela Câmara Municipal de Lisboa.

3 — A taxa deve ser transferida, pelas entidades referidas no n.º 1, até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeitam as operações sujeitas, sendo devidos juros de mora à taxa legal aplicável pelo não pagamento dentro deste prazo.

4 — Em alternativa ao disposto no número anterior poderá o Mu-nicípio de Lisboa definir um modelo de transferência mensal por es-timativa.

Artigo 77.ºGestão das operações de liquidação e arrecadação

da taxa municipal turísticaO Município de Lisboa poderá delegar noutra entidade a gestão das

operações de liquidação e arrecadação da taxa prevista na presente secção, ao abrigo do disposto no artigo 51.º do Código do Procedimento e Processo Tributário.

CAPÍTULO IV

Da liquidação e da cobrança das taxas

SECÇÃO I

Regras gerais

Artigo 78.ºLiquidação

1 — A liquidação é o ato tributário através do qual é fixado o montante a pagar por um certo munícipe, sendo efetuada pelo serviço a quem, na orgânica municipal, tenha sido atribuída essa competência.

2 — O cálculo das taxas e outras receitas municipais cujo quanti-tativo esteja indexado ao ano, mês, semana ou dia, faz -se em função desse calendário.

3 — Para efeitos do disposto no número anterior considera -se semana de calendário o período de segunda -feira a domingo.

4 — Na liquidação das taxas devidas pela emissão de licença ou au-torização, se estas não corresponderem a um ano completo, levar -se -ão em conta tantos duodécimos quantos os meses contados até final do ano.

Artigo 79.ºNotificação da liquidação

1 — As notificações das liquidações periódicas são efetuadas por via postal simples.

2 — As notificações são efetuadas obrigatoriamente por carta re-gistada com aviso de receção, sempre que tenham por objeto atos ou decisões suscetíveis de alterarem a situação tributária dos munícipes ou a convocação destes para assistirem ou participarem em atos ou diligências.

3 — As notificações não abrangidas pelos números anteriores são efetuadas por carta registada.

4 — As notificações referidas nos n.os 1 e 3 do presente artigo podem ser efetuadas por telefax ou via Internet, quando exista conhecimento da caixa de correio eletrónico ou número de telefax do notificado e se possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.

5 — As notificações contêm a decisão, os seus fundamentos e meios de defesa e o prazo para reagir contra o ato notificado, a indicação da entidade que o praticou e se o fez no uso de delegação ou subdelegação de competências, bem como o prazo de pagamento voluntário se for o caso.

Artigo 80.ºReclamação graciosa

1 — Qualquer interessado pode reclamar da liquidação das taxas, no prazo de 30 dias a contar da notificação da liquidação, junto do Município de Lisboa.

2 — A reclamação deverá ser decidida no prazo de 60 dias, notifi-cando-se o interessado do teor da decisão e da respetiva fundamen-tação.

Artigo 81.ºRevisão, anulação e restituição de receitas

1 — A revisão de atos tributários, a anulação de documentos decobrança ou a restituição de importâncias pagas compete à Direção Municipal de Finanças, mediante proposta prévia dos serviços mu-nicipais, subscrita ou confirmada e devidamente fundamentada pelos respetivos diretores.

2 — Se se verificar que na liquidação das taxas e outras receitas houve erros ou omissões dos quais resultaram prejuízos para o Município, os serviços promovem de imediato a liquidação adicional, notificando o sujeito passivo, por carta registada, com aviso de receção, para liquidar a importância devida no prazo de 15 dias.

3 — Da notificação devem constar os fundamentos da liquidação adicional, o montante, o prazo para pagar bem como a comunicação de que em caso de não pagamento tempestivo o Município recorrerá à cobrança coerciva, por meio de processo de execução fiscal.

4 — Quando haja sido liquidada e cobrada quantia superior à devida e não tenham decorrido 4 anos sobre o pagamento, os serviços promo-vem a compensação, se for o caso, ou a restituição ao interessado, nos termos da lei, no prazo de 60 dias contados da confirmação do erro, da importância indevidamente cobrada.

5 — Em caso de indeferimento do pedido, não há lugar à restituição da taxa administrativa.

6 — Em caso de desistência do pedido, há lugar à restituição da taxa paga, desde que a desistência ocorra até ao 3.º dia útil, inclusive, após a submissão do pedido do ato gerador da obrigação tributária, dependendo sempre de requerimento do interessado.

Artigo 82.ºCobrança

1 — A cobrança das taxas e outras receitas municipais só poderá ser efetuada, por inteiro, no momento do pedido do ato, se a lei ou outros regulamentos assim o dispuserem.

2 — O pagamento total é devido no momento do pedido do ato gerador da obrigação — tributária, nos seguintes casos:

a) Taxas administrativas;b) Pedidos de urgência;c) Meras comunicações prévias;d) Procedimentos do pedido de autorização previstos no Decreto -Lei

n.º 48/2011, de 1 de abril, com a redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro;

e) Casos de autoliquidação.

3 — O disposto no número anterior não é aplicável quando seja requerida a isenção de taxas ao abrigo do n.º 4 do artigo 9.º, e o requerente revista a natureza de associação, fundação ou outra en-tidade legalmente constituída sem fins lucrativos, caso em que o pagamento é devido, se a ele houver lugar, na sequência da decisão sobre o pedido.

4 — O disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 não é aplicável nos casos em que a liquidação da taxa não possa ser efetuada de forma imediata, ficando dependente da análise dos elementos contantes do pedido.

Page 13: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26003

SECÇÃO II

Regras especiais

Artigo 83.ºTaxas cemiteriais

1 — A cedência de compartimentos municipais só pode ser feita por períodos de 5 e 25 anos, havendo lugar ao pagamento de taxa em função do período escolhido nos termos da Tabela de Taxas Municipais.

2 — As atuais cedências de compartimentos municipais mantêm os respetivos períodos e taxação anual, podendo transitar para o regime previsto no ponto anterior a requerimento do interessado.

3 — Na trasladação de jazigos municipais [perpétuos e por 50 anos] para jazigos particulares, sepulturas perpétuas e outros municípios há lugar ao reembolso da taxa paga, deduzidas as anuidades vencidas.

4 — A remarcação de qualquer serviço sujeito ao pagamento de taxa administrativa implica novo pagamento da respetiva taxa.

5 — A trasladação de compartimentos municipais perpétuos e por 50 anos para outro compartimento fica sujeita à mudança de modali-dade de 25 anos, não havendo lugar a qualquer reembolso e sendo a trasladação paga.

6 — A taxa de remoção, inutilização e transporte a vazadouro de revestimento de sepulturas temporárias é cobrada juntamente com a de licença de obra respetiva.

SECÇÃO III

Desincentivos

Artigo 84.ºDesincentivos

Ao valor das taxas constantes na Tabela de Taxas Municipais podem ser aplicados coeficientes de desincentivo à prática de certos atos ou operações, devidamente previstos na tabela.

CAPÍTULO V

Do pagamento e do não cumprimento

SECÇÃO I

Do pagamento

SUBSECÇÃO I

Artigo 85.ºDo pagamento

1 — As taxas e outras receitas municipais são pagas na tesouraria da Câmara Municipal, nos postos de cobrança admitidos, bem como noutros locais ou em equipamento de pagamento automático, sempre que tal seja permitido, até à data limite constante do documento de liquidação.

2 — As taxas e outras receitas municipais podem ser pagas por com-pensação e por dação em cumprimento quando tal seja compatível com a lei e o interesse público.

Artigo 86.ºPagamento em prestações

1 — É admissível o pagamento em prestações das taxas, salvo exis-tindo disposição legal ou regulamentar em contrário ou que o regule de forma especial, desde que cada prestação não seja inferior a 1 Unidade de Conta de acordo com o Código das Custas Judiciais.

2 — Os pedidos de pagamento em prestações devem conter a iden-tificação do requerente, a natureza da dívida e o número de prestações pretendidas, bem como os motivos que fundamentam o pedido.

3 — Apenas são admitidas até 12 prestações mensais e sucessivas, aplicando -se, com as necessárias adaptações, as regras previstas no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

4 — O pagamento de cada prestação deverá ocorrer durante o mês a que esta corresponder.

5 — A falta de pagamento de qualquer prestação implica o venci-mento imediato das seguintes, sendo extraída pelos serviços competentes

certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor, a fim de ser instaurado processo de execução fiscal se o acionamento da garantia, prestada nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário, não for suficiente.

6 — Aos serviços liquidadores das taxas cabe a instrução dos pe-didos de pagamento em prestações e ao Presidente da Câmara, com possibilidade de subdelegação nos Vereadores com o pelouro da área dos serviços liquidadores, a autorização dos pedidos.

SUBSECÇÃO II

Dos prazos

Artigo 87.ºPrazo geral

1 — O prazo para pagamento voluntário das taxas e outras receitas municipais é de 30 dias a contar da notificação para pagamento efetuada pelos serviços competentes, salvo nos casos em que a lei ou regulamen-tação específica fixe prazo diferente.

2 — Pelo não pagamento atempado são devidos juros de mora à taxa legal aplicável por mês de calendário ou fração.

3 — Nas situações em que o ato ou facto já tenha sido praticado ou utilizado sem a necessária permissão administrativa ou mera comuni-cação prévia, bem como nos casos de revisão do ato de liquidação que implique uma liquidação adicional, o prazo para pagamento voluntário é de 15 dias a contar da notificação para pagamento.

4 — Os prazos previstos nos números anteriores não podem ser alterados, salvo nos casos expressamente previstos na lei.

Artigo 88.ºContagem dos prazos

1 — Os prazos para pagamento são contínuos, isto é, não se suspen-dem aos sábados, domingos e feriados.

2 — O prazo que termine em sábado, domingo ou feriado, transfere--se para o primeiro dia útil imediatamente seguinte.

SECÇÃO II

Do não cumprimento

Artigo 89.ºFalta de pagamento de taxas ou despesas

1 — O procedimento administrativo extingue -se pela falta de paga-mento, no prazo devido, de quaisquer taxas ou despesas devidamente liquidadas.

2 — Os interessados podem obstar à extinção do procedimento se realizarem o pagamento em dobro da quantia em falta nos 10 dias seguintes ao termo do prazo fixado para o seu pagamento.

Artigo 90.ºExtração das certidões de dívida

Findo o prazo de pagamento voluntário estabelecido nas leis tribu-tárias, será extraída pelos serviços competentes certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor.

CAPÍTULO VI

Das contraordenações

Artigo 91.ºContraordenações

1 — Sem prejuízo do eventual procedimento criminal e das regras insertas em lei especial ou regulamento municipal, quando aplicável, constituem contraordenações:

a) As infrações às normas reguladoras das taxas;b) A inexatidão ou falsidade dos elementos fornecidos pelos inte-

ressados para liquidação das taxas e outras receitas municipais e para obtenção de isenções ou reduções.

2 — Os casos previstos no número anterior são sancionados com coima de 1 a 5 vezes a retribuição mínima mensal garantida para as pessoas singulares e de 2 a 10 vezes para as pessoas coletivas.

Page 14: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26004 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

CAPÍTULO VII

Regime transitório de taxas

Artigo 92.ºNormas de salvaguarda

1 — Nas licenças de ocupação de mercados municipais, lojas e luga-res, emitidas antes de 18 de julho de 2005, e nas licenças de atividade em feiras e venda ambulante, quando o comerciante for pessoa singular ou micro empresa, o valor da taxa a liquidar, em cada ano, corresponde ao valor em vigor no ano anterior para cada ocupação objeto de regime transitório, acrescido da diferença entre a taxa que se visa atingir e a do ano anterior, afeta do coeficiente anual aplicável, conforme a seguinte fórmula:Ttn = Ttn – 1 + [(Tbn – Ttn – 1) × Cn], sendo Tbn = Tbn – 1 × (Ca)

em que:Ttn — Taxa do regime transitório a liquidar no ano.Ttn –1 — Valor da taxa do regime transitório no ano anterior.Tbn — Taxa de ocupação em mercados e lojas, ocupações em mer-

cados — lugares e ocupação em feiras e venda ambulante, a publicar na Tabela do ano (valor da taxa a atingir).

Tbn –1 — Taxa de ocupação em mercados e lojas, ocupações em mercados — lugares e ocupação em feiras e venda ambulante publicada na Tabela relativa ao ano anterior.

Cn = Coeficiente anual aplicável para atingir a taxa no final dos anos de transição:

para 2015 — 0,4; para 2016 — 0,5; para 2017 — 0,6; para 2018 — 0,7;para 2019 — 0,8; para 2020 — 0,9; para 2021 — 1

Ca — Coeficiente de atualização anual da Tabela de Taxas.

2 — O montante das taxas de compensação pagas pelos comer-ciantes que sejam pessoas singulares ou microempresas será dedu-zido, ao longo do período de transição, na taxa de ocupação mensal devida, sendo que o valor mensalmente a pagar não poderá, em caso algum, ser inferior ao valor mensal da taxa que era devido em 31 de dezembro de 2009.

3 — O disposto nos números anteriores não prejudica as atualizações, permitidas por lei nem as isenções estabelecidas neste regulamento.

TÍTULO IIIRegulamentação de preços e outras receitas

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 93.ºObjeto

Estabelecem -se no presente título as disposições genéricas aplicáveis aos critérios e métodos, aos procedimentos a adotar para a fixação, sua alteração e publicitação de preços e outras receitas pela Câmara Municipal de Lisboa.

Artigo 94.ºÂmbito

1 — O presente título do Regulamento tem por âmbito os preços e outras receitas a aplicar em todas as relações que se estabeleçam entre o município e as pessoas singulares ou coletivas que não sejam classificadas no âmbito da relação jurídico tributária.

2 — Os preços e demais instrumentos de remuneração a cobrar pelo Município de Lisboa respeitam, entre outros, às atividades de sanea-mento de águas residuais, à gestão de resíduos urbanos e à utilização de instalações desportivas municipais de uso público.

3 — Os preços e outras receitas, previstos no presente título, são definidos e aprovados pela Câmara Municipal.

4 — Mantêm -se em vigor os preços que tenham sido objeto de definição anterior e que não sejam objeto de deliberação pela Câmara Municipal.

Artigo 95.ºCritério de fixação

1 — Os preços e outras receitas não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens, sendo medidos em situação de eficiência produtiva.

2 — A Câmara Municipal de Lisboa pode fixar preços diferenciados, por razões de promoção das correspondentes atividades, por razões sociais, culturais, do âmbito da educação formal e informal, de apoio, incentivo e desenvolvimento da prática, individual ou coletiva, de atividade física e do desporto ou de reciprocidade de benefícios com outras entidades.

Artigo 96.ºIndemnizações por prejuízos

As indemnizações por prejuízos sofridos pelo Município, nomea-damente por danos em bens do património municipal, são calculadas com base no custo da sua reposição ou reparação, dado pelos custos diretos e indiretos ocorridos, ou no valor resultante de normas legais aplicáveis.

TÍTULO IVDisposições finais

Artigo 97.ºOutros regulamentos municipais

1 — A entrada em vigor do presente Regulamento não afasta a aplica-ção dos regulamentos que definam taxas e outras receitas, não previstas no presente regulamento.

2 — As disposições do presente Regulamento constituem normas subsidiárias relativamente às disposições dos demais regulamentos municipais que regulem, em especial, os atos e os factos sujeitos às taxas previstas no presente regulamento, nomeadamente na Tabela de Taxas Municipais anexa.

3 — O “pedido de licenciamento inicial” para efeitos de licencia-mento de publicidade quando aplicado ao licenciamento de identificação de um estabelecimento comercial não carece de renovação anual ao abrigo do regime simplificado, previsto no artigo 16.º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

4 — Durante o ano de 2010, por razões de equidade, o valor das taxas pela ocupação do espaço público por toldos, esplanadas e ou-tros elementos físicos, continua a ser o do valor das taxas que eram devidas ao abrigo da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais agora revogada.

5 — Durante o ano de 2010, por razões de equidade, o valor das taxas de publicidade e de ocupação do espaço público com mobiliário urbano ou com eventos de qualquer natureza (à exceção das ocupações por obras estaleiros ou bombas de combustível), é o do valor das taxas que eram devidas ao abrigo da Tabela de Taxas e Outras Receitas Mu-nicipais agora revogada, acrescido de 5 %.

Artigo 98.ºNorma revogatória

Com a entrada em vigor do presente Regulamento ficam revogados:a) A parte da atual Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município

de Lisboa (TTORM), aprovada pela Assembleia Municipal por meio da Deliberação n.º 02/AM/2009, publicada no 1.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 777, de 8 de janeiro de 2009, referente às taxas, permane-cendo em vigor todos os outros valores, bem como as disposições dos regulamentos, posturas e editais aprovados pelo Município de Lisboa em data anterior à data de entrada em vigor do presente Regulamento e que com ele não estejam em contradição;

b) O Edital n.º 53/88, de 20 de maio e a deliberação n.º 11/AM/96, relativos a Tarifa de Saneamento do Município de Lisboa.

Artigo 99.ºEntrada em vigor

1 — O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2 — Excetua-se do disposto no número anterior a subsecção II da secção VI do capítulo III, a qual entra em vigor no dia 1 de abril de 2015,

Page 15: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26005

bem como as subsecções I e III da mesma secção e capítulo, as quais entram em vigor a 1 de janeiro de 2016.

ANEXO

(ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitasdo Município de Lisboa)

Relatório de fundamentação económica e financeira

1 — IntroduçãoO Regime Geral de Taxas das Autarquias Locais (RGTAL), insti tuído

pela Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, fixa que as taxas das autarquias locais assentam na prestação concreta de um serviço público local, na utilização privada de bens de domínio público e privado das autarquias ou na remoção de um obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares.

O RGTAL estipula que as taxas municipais e os seus montantes devem ser fundamentados por estudos económicos e financeiros que evidenciem:

A recuperação pela Autarquia dos custos incorridos (diretos e indire-tos) com os benefícios/serviços proporcionados aos munícipes;

A equidade do montante fixado face ao benefício para o munícipe, garantindo que este não é inferior àquele (“o valor das taxas das autar-quias locais é fixado de acordo com o principio da proporcionalidade e não deve ultrapassar o custo da atividade pública local ou o benefício auferido pelo particular”);

Preserva, contudo, a possibilidade de a política de taxas adotada pela Autarquia poder ser também utilizada como instrumento de promoção ou inibição de determinadas práticas/comportamentos por parte dos munícipes.

Compete à Assembleia Municipal deliberar sobre taxas municipais mediante a aprovação de Regulamento que, obrigatoriamente, deve integrar:

A base de incidência objetiva e subjetiva das taxas;O seu valor ou fórmula de cálculo;A sua fundamentação económica e financeira;O regime de isenções e sua fundamentação;Os modos e periodicidade de pagamento.

A Câmara Municipal de Lisboa fez, em 2010, a devida adequação aos imperativos da Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, antes re-ferida, com a elaboração de um Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa e de um relatório de fun-damentação económica e financeira das taxas municipais, configu-rando a atual Tabela de Taxas Municipais (TTM), objeto de discussão pública e de aprovação pelos órgãos municipais, por deliberações tomadas nas reuniões de Câmara Municipal realizadas em 24 de março, (Proposta n.º 104/CM/2010), 14, 20 e 26 de abril de 2010, (Propostas n.º 165/CM/2010, n.º 166/CM/2010 e n.º 167/CM/2010, respetivamente), e aprovação da Assembleia Municipal, na sua sessão de 27 de abril de 2010, (Deliberações n.º 26/AM/2010 n.º 27/AM/2010 n.º 28/AM/2010 e n.º 29/AM/2010), após inquérito público e com publicação no Boletim Municipal n.º 834, 1.º suplemento, de 15 de fevereiro de 2010.

Foi assim aprovado o Regulamento n.º 391 -A/2010, publicado no Diário da República n.º 84, de 30 de abril de 2010, pelo qual a Câmara Municipal de Lisboa procedeu à codificação dos procedimentos gerais quanto à liquidação, cobrança e pagamentos de taxas, bem como normas sobre preçários devidos ao município de Lisboa, com base, entre outros, no Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, na Lei das Finanças Locais, na lei Geral Tributária, no Código de Procedimento e de Processo Tributário e no Código do Procedimento Administrativo.

É ora necessária uma atualização do trabalho então efetuado, com alteração dos quantitativos e/ou âmbito de algumas taxas, bem como da criação de outras, para adequação da atual tabela de Taxas Muni-cipal e à Tabela de Preços (tarifários) à evolução verificada, quer em termos e quadro legal, desde logo reportando à entrada em vigor do Licenciamento Zero, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, de 11 de julho, bem como da regulação do setor das águas e dos resíduos urbanos, quer dos comportamentos e práticas manifestas na Cidade, quer de organização e procedimentos dos serviços municipais

Na continuidade do esforço de codificação das taxas e tarifários do Município de Lisboa é alterada a tarifa de saneamento, é criada a tarifa de resíduos urbanos, é criada a Taxa de Proteção Civil, é criada a Taxa Turística e são alteradas outras taxas municipais, por modificação de descritivos, âmbito, e/ou valor, com criação, substituição e eliminação de taxas municipais incluídas nas atividades que já estão patenteadas na atual Tabela de Taxas.

O presente relatório contempla a metodologia, fórmulas e conceitos de fundamentação económica para o estabelecimento das taxas a incorporar na atual Tabela de Taxas Municipal (TTM), bem como do tarifário de recolha de águas residuais e de resíduos urbanos, em linha com o estabe-lecido no RGTAL e demais legislação aplicável, que é complementado com o custeio de taxas (Anexo 2.1), o quadro dos coeficientes aplicados à ocupação de espaço público, publicidade e atividades económicas (anexo 2.2) e tabela de taxas com modificações (anexo 2.3).

2 — Tarifa de Serviço de Saneamentode Águas Residuais Urbanas (AR)

2.1 — Enquadramento geralA gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais urbanas é

um serviço público essencial ao bem -estar das populações, à atividade económica e à proteção da saúde pública e do meio ambiente, e que se deve pautar por princípios de universalidade no acesso, de continuidade e de qualidade do serviço prestado. Em paralelo, deve -se garantir, a eficiência e a sustentabilidade da atividade, através da equipartição dos respetivos encargos, pelos utilizadores dos serviços, no respeito pelo princípio do “utilizador -pagador”.

No quadro legal são de considerar, desde logo, o Decreto -Lei n.º 194/2009 de 20 de agosto, e alterações subsequentes através do Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de junho, e da Lei n.º 12/2014 de 6 de março que estabeleceu o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de águas, saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos, a Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprovou os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta legislação, procura garantir e proteger os utilizadores destes serviços, salvaguardando o acesso a informação mais correta e pertinente, que evite possíveis abusos decorrentes de posições monopolistas, controlar a qualidade dos serviços prestados e assegurar a supervisão dos preços praticados.

Concomitantemente, do ponto de vista das entidades prestadoras, visa assegurar condições de igualdade e transparência no acesso ao exercício da atividade, acautelando a sustentabilidade económico -financeira,estrutural e operacional dos sistemas, bem como a eficiência e equidade nos tarifários aplicados, promovendo, deste modo, a solidariedade económica e social.

Com esta tarifa tem -se em vista o ressarcimento dos custos em que se incorre com a atividade, por forma a assegurar a sua sustentabili-dade no tempo e a qualidade do serviço prestado, dando concretização às normas regulamentares emanadas do Regulador e às respetivas recomendações, bem como dar cumprimento à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro — Regime Financeiro das Autarquias Locais — que fixa no n.º 1 do artigo 21.º os «[…] instrumentos de remuneração a fixar pelos municípios […] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens».

Em conformidade com a legislação em vigor e as orientações ema-nadas da Entidade Reguladora, são aqui apresentados os elementos que fundamentam a política tarifária a adotar.

O tarifário parte dos custos totais (fixos e variáveis) suportados pelo Município na atividade em causa e procura a sua repartição pelos utilizadores finais numa ótica de recuperação integral dos mesmos, atenta a necessidade de assegurar o funcionamento dos sistemas e os investimentos de substituição e renovação que lhe são inerentes.

2.2 — Fundamentação económico -financeira do Tarifário

2.2.1 — Enquadramento do CusteioO custeio foi construído tendo em conta as seguintes classificações:Custos da atividade (diretos e indiretos) — custos de materiais, mão

de obra e serviços diretamente incorporados na prestação dos serviços objeto de análise, que apresentam uma relação inequívoca com essa prestação e os que refletem a utilização de recursos adicionais de outros serviços/atividades que contribuem para a função.

Custos indiretos ou custos comuns — custos cuja ocorrência se jus-tifica pela atividade global do Município, correspondendo a custos administrativos/e gestão.

Paralelamente os custos foram segmentados de acordo com a sua natureza e variabilidade com o nível de atividade:

Custos fixos — custos que se mantêm inalterados, no seu valor global, independentemente de variações do nível de atividade geradora do custo (custos associados a uma determinada capacidade instalada);

Page 16: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26006 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Custos variáveis — custos que variam, no seu valor global, em função do nível de atividade, i.e., o grau de utilização de recursos geradores do custo varia com o nível da atividade em causa.

2.2.2 — Metodologia do CusteioImputação direta ou indireta dos custos e proveitos, afetos aos ser-

viços/atividade que determinaram a sua realização.Identificação dos custos e proveitos registados na contabilidade pa-

trimonial, designadamente nas contas de classe 6 e 7, de acordo com a sua classificação orgânica e funcional; foram usados dados históricos relativos a 2012 e 2013 e estimativa para 2014.

2.2.3 — Natureza e englobamento dos custos1 — Natureza dos custos

Custos Fixos Variáveis

Diretos . . . . . . . . . Pessoal — custos com pessoal afetos à função;FSE — custos fixos com atividades de conservação e manu-

tenção da rede secundária e de limpeza de coletores;Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros,

afetos à função saneamento.

Pessoal — custos com pessoal cujo valor varia em função do nível de atividade.

FSE — custos suportados com o tratamento de águas resi-duais (SIMTEJO); custos de liquidação e cobrança da tarifa; custos variáveis associados a atividades de conservação e manutenção da rede secundária e de limpeza de coletores.

Frota — encargos com as viaturas afetas à função saneamento.Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-

timentos no sistema.

Indiretos . . . . . . . . 5 % Custos diretos (nível de custos indiretos no Município na ordem dos 19,9 %).

2 — Imputação às Atividades e Critérios de Repartiçãoa) Custos Fixos

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações.Subsídios.Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Divisão de Saneamento.

FSE. . . . . . . . . . . . Custos fixos associados à manutenção e conservação da rede de saneamento.

Amortizações . . . . Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros, afetos à função saneamento.

Bens registados no inventário municipal, incluindo rede nova no alto do lumiar e investimento programado no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL).

Taxas conforme o CIBE.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que estejam a ser partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

b) Custos Variáveis

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações.Subsídios.Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Brigada Lx Alerta; Restantes funcionários do De-partamento de Construção e Manutenção de Infraestruturas e Via Pública.

FSE. . . . . . . . . . . . Aquisição de serviços de tratamento de águas residuais(SIMTEJO).

Encargos de liquidação e cobrança.Outros custos variáveis associados atividades de conservação

e manutenção da rede secundária e de limpeza de cole-tores.

Frota . . . . . . . . . . . Combustíveis.Seguros e inspeções.Reparações, pneus e lavagens.Amortizações.

Viaturas afetas, parcial ou exclusivamente à função sanea-mento.

Análise dos custos e proveitos afetos às funções saneamento ou águas residuais (AR), e classificação em fixos e variáveis de acordo com a sua natureza.

Apuramento dos custos indiretos de cada função, decorrentes de ativi-dades acessórias ou complementares com impacto naquelas atividades, mediante a aplicação dos respetivos coeficientes de imputação.

Determinação dos custos indiretos gerais em função dos custos diretos e indiretos apurados para a função específica a custear; não dispondo a Câmara Municipal de Lisboa de um sistema estruturado de contabilidade analítica, o apuramento de custos fez -se com base na informação da orgânica com a função específica de gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais.

Page 17: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26007

Tipo Natureza Premissas

Encargos financeiros Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-timentos no sistema.

100 %.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que estejam a ser partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

3 — Custos apurados(milhares de euros)

Custos Fixos Variáveis Totais

Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 867 307 1 174FSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 014 31 402 34 417Frota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 161 161Amortizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 532 0 10 532Encargos Financeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 4 255 4 255

Total Diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 414 36 125 50 539

Total Indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 721 1 806 2 527

Total Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 135 37 931 53 066

As tarifas fixas e variáveis são diferenciadas consoante os utiliza-dores finais sejam:

Domésticos: aqueles que usem os prédios urbanos para fins habitacio-nais, com exceção das utilizações para as partes comuns, nomeadamente as dos condomínios;

Não domésticos: os restantes utilizadores, incluem -se neste grupo, o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades que integram o setor empresarial do Estado e o setor em-presarial local.

2 — Cálculo do Tarifário de Saneamentoa) Tarifas de DisponibilidadePara o apuramento do valor médio das tarifas fixas consideram -se

os custos fixos resultantes do custeio (15.135 milhares de euros) e o número de contadores ativos em 2013, que foi de 346.108, conforme dados facultados pela EPAL (corrigido dos contadores municipais afetos aos consumos públicos).

Foi definido um escalão único para os utilizadores domésticos com a demarcação de dois níveis de tarifa para os utilizadores não domésticos, com o objetivo de despenalizar os utilizados do calibre mais baixo, Desta forma as tarifas fixas apuradas foram as seguintes:

Utilizadores domésticos:Escalão único — 2,9990 €/30 dias;

Fórmula: Tfd =

Cf

(Utd + Ut

nd× Coef

r) × 12

em que:Tf

d — Tarifa fixa para utilizadores domésticos

Cf — Total dos custos fixosUt

d — Número total dos utilizadores domésticos

Utnd

— Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos doscontadores afetos aos consumos públicos

Coefr — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-

ticos e não domésticos — 2,58

Utilizadores não domésticos:Tarifa média (antes da aferição da tarifa por escalões) — 7,7374 €/

30 dias (Coeficiente de diferenciação 2,58)Fórmula — Tarifa média: Tf

nd = Tf

d× Coef

r

em que:Tf

nd — Tarifa fixa para utilizadores não domésticos

Tfd — Tarifa fixa para utilizadores domésticos

2.2.4 — Metodologia e cálculo dos tarifáriosEm conformidade com o disposto no artigo 21.º da Lei n.º 73/2013,

de 3 de setembro, (Regime Financeiro das Autarquias Locais), os preços devidos pelo saneamento de águas residuais a cobrar nos termos de regu-lamento tarifário a aprovar pelo Município, devem observar o disposto no artigo 82.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), no Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho (Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos), e nas Recomendações n.º 01/2009 e n.º 02/2010 da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Ainda nos termos do regime financeiro das autarquias locais, n.º 1 do artigo 21.º, os “[…] instrumentos de remuneração a fixar pelos muni-cípios […] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens”. No que se reforça o princípio da recuperação dos custos instituindo -se que a tarifa de saneamento de águas residuais urbanas visa remunerar o Município pelos serviços prestados e bens fornecidos, em sistema de gestão direta, aos utilizadores finais desses serviços, no âmbito da atividade de gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais.

Neste sentido, apuraram -se os custos relacionados com a atividade de saneamento (53.066 milhares de euros), que foram repercutidos nas tarifas em função do volume de consumos e do calibre dos contadores, por tipo de utilizador, tendo em conta as estatísticas fornecidas pela EPAL, para ao ano de 2013, e o tarifário da EPAL, para o abastecimento em baixa, para 2014 (1).

1 — Estrutura dos TarifáriosDe acordo com as recomendações da ERSAR, os tarifários «devem

compreender uma componente fixa e uma componente variável, de forma a repercutirem equitativamente os custos por todos os consumidores»:

A componente fixa destina -se a remunerar a disponibilidade do ser-viço público prestado, é devida por contador ligado à rede de abasteci-mento de água, em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada trinta dias;

A componente variável destina -se a remunerar a intensidade da utili-zação, é devida em função dos consumos (2) realizados durante o período objeto de faturação, e expressa em euros por unidade de medida (m³)

Os custos fixos e variáveis, imputados à componentes fixa e variável da tarifa, foram os seguintes:

Custos (m €) (%)

Fixos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 135 29 %Variáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 931 71 %

Total. . . . . . . . . . . 53 066 100 %

Page 18: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26008 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Coefr — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-

ticos e não domésticos — 2,58

Tarifa fixa aplicável a utilizadores não domésticos diferenciada de forma progressiva em função do diâmetro (Ø) do contador instalado:

1.º Nível — Ø 15 mm — 7,4453 €/30 dias;2.º Nível — Ø > 15 mm — 8,9343 €/30 dias.

Fórmulas das tarifas por escalões:

1.º Nível:

1.º Nível:

em que:

Tfnd15

— Tarifa fixa para utilizadores não domésticos — contado -res com Ø 15 mm

Utnd15 — Número de utilizadores com contadores de calibre == Ø 15 mm

Utnd>15

— Número de utilizadores com contadores de calibre >> Ø 15 mm

Coef>15

— Coeficiente de diferenciação entre os contadores de calibre Ø 15 mm, e os contadores de calibre > Ø 15 mm — 1,20

Rfnd

— Estimativa da receita fixa proveniente de utilizadores não domésticos:

Rfnd

= Tfnd

× Utnd

× 12

Tfnd

— Tarifa fixa média para utilizadores não domésticosUt

nd — Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos dos

contadores afetos aos consumos públicos

2.º Nível:Tf

nd> 15 = Tf

nd15 × Coef> 15

em que:

Tfnd15

— Tarifa fixa para utilizadores não domésticos — contadorescom Ø 15 mm

Coef>15

— Coeficiente de diferenciação entre os contadores de calibre Ø15 mm, e os contadores de calibre > Ø 15 mm — 1,20

b) Tarifas Variáveis

As tarifas variáveis, devidas em função do volume de água consu-mido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressa em euros por m³, resultam da aplicação dos seguintes coeficientes de custo específico sobre o tarifário de abastecimento da EPAL:

Fórmula:

Coef médioA =

CvCons

A

em que:

Coef médioA — coeficiente de custo específico médio

Cv — Custos variáveis a repercutir nas tarifasCons

A — Consumos de água em valor

O valor de Coef médioAobtido (relacionando o total dos custos variá veis

apurados com o consumo de água em valor faturado pela EPAL) é de 91,39 %.Este coeficiente foi diferenciado entre consumidores domésticos e

não domésticos de acordo com os fatores constantes do quadro seguinte. Multiplicando -se o Coef médio

A por estes fatores de diferenciação foram

obtidos os seguintes Coeficientes Específicos:

Utilizadores Média FatorDiferenciação

Coeficienteespecífico

(% sobre água)

Domésticos. . . . . . . . .91,39 %

0,8754 80,00 %Não Domésticos . . . . . 1,0558 96,49 %

Aplicando os Coeficientes Específicos sobre as tarifas aplicadas no abastecimento de água (tabela EPAL 2014), são obtidas as tarifas do saneamento a aplicar em 2015:

Utilizadores domésticos

Valores em €/m3, considerando 80 % sobre o tarifário da EPAL para 2014:

1.º Escalão — até 5 m3: 0,2198 €/m3;2.º Escalão — superior a 5 e até 15 m3: 0,5787 €/m3;

3.º Escalão — superior a 15 e até 25 m3: 1,3621 €/m3;4.º Escalão — superior a 25 m3: 1,7165 €/m3;Transitoriamente não sujeitos a escalões — 1,0266 €/m3

Utilizadores não domésticosValores em €/m3, considerando 96,49 % sobre o tarifário da EPAL

para 2014:Escalão único — 1,6428 €/m3.

As tarifas variáveis incidem sobre o volume de águas residuais reco-lhidas, que corresponde à aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

3 — Tarifários EspeciaisOs utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas seguintes situações:Utilizadores domésticos:Tarifário social — aplicável aos utilizadores finais domésticos, que se

encontrem numa situação de carência económica conforme Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa

Tarifário familiar — aplicável a utilizadores domésticos cuja com-posição do agregado familiar ultrapasse quatro elementos.

Utilizadores não domésticos:Tarifário especial — aplicável a instituições particulares de soli-

dariedade social, organizações não -governamentais sem fim lucra-tivo ou outras entidades de reconhecida utilidade pública, legalmente constituídas.

a) Tarifários Sociais/EspeciaisUtilizadores domésticos:Tarifa fixa: isenção da tarifa fixa;Tarifas variáveis, prolongamento do primeiro escalão até ao limite

de 15 m³/30 dias:1.º Escalão — até 15 m3: 0,2198 €/m3;2.º Escalão — superior a 15 e até 25 m3: 1,3621 €/m3;3.º Escalão — superior a 25 m3: 1,7165 €/m3.

Utilizadores não domésticos:Redução de ≈ 25 % (3), dos valores das tarifas gerais aplicadas aos

utilizadores não domésticos:Tarifas fixa:1.º Escalão — Calibre Ø 15mm — 5,6112 €/30 dias;2.º Escalão — Calibre > Ø 15mm — 6,7334 €/30 dias.

Tarifas variáveis: 1,2321 €/m3.

b) Tarifário familiar:Traduz -se na utilização dos seguintes escalões do volume de águas

residuais:Tarifa Fixa: 2,9990 €/30 diasTarifa Variável:1.º Escalão — até 5 m3/30 dias — 0,2198 €/m3;2.º Escalão — consumos obtidos pela diferença entre o resultado

da aplicação da fórmula [“n” × 3,6 m3/30 dias + 2], em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar, e os consumos iguais a 5 m3/30 dias faturados no 1.º escalão — 0,5076 €/m3;

3.º Escalão — consumos que excedem o resultado da aplicação da fórmula [“n” × 3,6 m3/30 dias + 2], em que “n” é igual ao n.º de ele-mentos do agregado familiar — 1,3621 €/m3.

4 — Regime transitório — Utilizadores Não DomésticosConsiderando que a ERSAR permite a implementação dos novos

tarifários de forma gradual (4), considerando ainda que o aumento na fatura decorrente da implementação do novo tarifário poderá ser muito penalizante para os utilizadores não domésticos com maiores níveis de consumo de água, o Município prevê a aplicação de um regime transitório a vigorar em 2015, 2016 e 2017.

Assim, os utilizadores não domésticos, com um consumo mensal de água superior a 50 m3 podem recorrer ao regime transitório, beneficiando de uma tarifa variável reduzida durante esse período.

A tarifa variável reduzida incide sobre os consumos de água que excedam os 50 m3 por trinta (30) dias e é calculada da seguinte forma:

Ano de 2015 — tarifa variável reduzida será 25 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

Page 19: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26009

Ano de 2016 — tarifa variável reduzida será 50 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

Ano de 2017 — tarifa variável reduzida será 75 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes.

Assim, os tarifários aplicáveis aos consumos mensais de água que ex-cedam o consumo mínimo de referência estabelecido serão os seguintes:

Utilizadores não domésticos — comerciais, industriais e agrícolas, outras pessoas coletivas e profissionais liberais (exclui entidades de natureza pública e do Setor Empresarial do Estado):

0,4107 €/m3 em 2015 (25 % do tarifário geral);0,8214 €/m3 em 2016 (50 % do tarifário geral);

procura garantir e proteger os utilizadores destes serviços, salvaguar-dando o acesso a informação mais correta e pertinente que evite possí-veis abusos decorrentes de posições monopolistas, controlar a qualidade dos serviços prestados e assegurar a supervisão dos preços praticados.

Concomitantemente, do ponto de vista das entidades prestadoras, visa assegurar condições de igualdade e transparência no acesso ao exercício da atividade, acautelando a sustentabilidade económico -financeira,estrutural e operacional dos sistemas, bem como a eficiência e equidade nos tarifários aplicados, promovendo, deste modo, a solidariedade económica e social.

Com este novo enquadramento legislativo e com a revisão do quadro legal dos sistemas multimunicipais e municipais de gestão de resíduos urbanos, o Município de Lisboa é compelido a suprir a ausência de uma Tarifa de Resíduos Urbanos (TRU) para a prestação dos serviços de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eli-minação de resíduos urbanos e equiparáveis.

Com esta tarifa tem -se em vista o ressarcimento dos custos em que se incorre com a atividade, por forma a assegurar a sua sustentabilidade no tempo e a qualidade do serviço prestado, dando concretização às normas regulamentares emanadas do Regulador e às respetivas reco-mendações, bem como dar cumprimento à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro — Regime Financeiro das Autarquias Locais — que fixa no n.º 1 do artigo 21.º que os «[…] instrumentos de remuneração a fixar pelos municípios […] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens».

Assim, a criação de uma Tarifa de Resíduos Urbanos (TRU) aplicável ao Município de Lisboa decorre do cumprimento incontornável da legis-lação em vigor que impõe o ressarcimento dos custos dos operadores nas atividades de deposição, recolha e transporte de resíduos urbanos para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos, transferindo--os através de uma tarifa autónoma para os utilizadores finais.

Em conformidade com a legislação em vigor e as orientações ema-nadas da Entidade Reguladora, são apresentados os elementos que fundamentam a política tarifária a adotar neste domínio.

O tarifário proposto assenta nos princípios gerais estabelecidos no artigo 5.º da Deliberação n.º 928/2014 de 15 de abril, da ERSAR, de-signadamente, nos previstos nas alíneas d) e e), a saber: “Princípio da sustentabilidade económica e financeira dos serviços” e “Princípio da autonomia local, o qual se traduz […] no respeito pelas competências legais das autarquias em matéria de aprovação de tarifas, sem prejuízo da salvaguarda do Princípio da recuperação de custos”.

O tarifário parte dos custos totais (fixos e variáveis) suportados pelo Município na atividade em causa e procura a sua repartição pelos utilizadores finais numa ótica de recuperação integral dos mesmos, atenta a necessidade de assegurar o funcionamento dos sistemas e os investimentos de substituição e inovação que lhe são inerentes.

3.2 — Fundamentação económico -financeira do tarifário

3.2.1 — Enquadramento do custeioO custeio foi construído tendo em conta as seguintes classificações:Custos da atividade (diretos e indiretos) — custos de materiais, mão

de obra e serviços diretamente incorporados na prestação dos serviços

1,2321 €/m3 em 2017 (75 % do tarifário geral).

Utilizadores não domésticos especiais (Pessoas Coletivas de declarada utilidade pública):

0,3080 €/m3 em 2015 (25 % do tarifário geral);0,6161 €/m3 em 2016 (50 % do tarifário geral);0,9241 €/m3 em 2017 (75 % do tarifário geral).

5 — Receita perspetivada para consumo de águas residuais

Considerando o efeito dos tarifários apresentados, a receita respetiva para consumos de referência de água será a seguinte:

Utilizadores Consumos m3

(AR) (1) N.º de contadores

Receita potencial m€/ano

Receita estimadaFixa Variável (1) Total

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 889 855 298 990 10 760 10 268 21 028 19 977Não Domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 614 145 47 118 4 375 27 663 32 038 28 084

Total . . . . . . . . . . . . . . 43 504 000 346 108 15 135 37 931 53 066 48 061

O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

O quadro supra faz a demonstração da receita potencial associada à tarifa, sendo a receita estimada o resultado da subtração àquela do valor dos tarifários sociais e familiar, dos consumos municipais e do impacto do regime transitório.

Assim, este tarifário recupera potencialmente os custos suportados com o serviço de tratamento das águas residuais. Os proveitos a serem obtidos com a aplicação do presente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime transitório, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos.

2.3 — ConclusãoO presente documento sintetiza o estudo de fundamentação das

tarifas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente aos serviços de saneamento de águas residuais.

Os valores propostos, com base na análise económico -financeira e com ponderação social/especial, correspondem aos valores a praticar para o ano de 2015.

No apuramento dos custos atendeu -se, ao estabelecido no POCAL, procedendo -se à sua reclassificação em variáveis/fixos, no sentido de propor uma estrutura de tarifa bipartida, de acordo com as recomenda-ções da entidade reguladora.

Por último, os proveitos a serem obtidos com a aplicação do pre-sente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime transitório, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos. Em simultâneo salvaguardou -se um tarifário mais reduzido para os grupos mais carenciados e equitativo para as famílias mais numerosas, praticando também uma tarifa especial para as entidades de interesse público.

Os pressupostos e a metodologia adotados basearam -se na legislação em vigor e na observância das orientações da ERSAR.

3 — Tarifa de resíduos urbanos

3.1 — Enquadramento geralA gestão de resíduos urbanos é um serviço público essencial ao bem-

-estar das populações, à atividade económica e à proteção da saúde pú-blica e do meio ambiente, que se deve pautar por princípios de universa-lidade no acesso, de continuidade e de qualidade do serviço prestado. Em paralelo, deve -se garantir a eficiência e a sustentabilidade da atividade, através da equipartição dos respetivos encargos pelos utilizadores dos serviços, no respeito pelo princípio do “utilizador -pagador”, induzindo nos utilizadores finais comportamentos que fomentem a reutilização, a reciclagem e a redução do desperdício.

No quadro legal são de considerar, o Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, e alterações subsequentes através do Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de junho, e da Lei n.º 12/2014, de 6 de março, que estabeleceu o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de águas, saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos, a Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprovou os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e ainda a sua Deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril, referente ao regula-mento tarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos. Esta legislação

Page 20: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26010 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

objeto de análise que apresentam uma relação inequívoca com essa prestação e os que refletem a utilização de recursos adicionais de outros serviços/atividades que contribuem para a função.

Custos indiretos ou custos comuns — custos cuja ocorrência se jus-tifica pela atividade global do Município, correspondendo a custos administrativos/de gestão.

Paralelamente os custos foram segmentados de acordo com a sua natureza e variabilidade com o nível de atividade:

Custos fixos — custos que se mantêm inalterados, no seu valor global, independentemente de variações do nível de atividade geradora do custo (custos associados a uma determinada capacidade instalada);

Custos variáveis — custos que variam, no seu valor global, em função do nível de atividade, i.e., o grau de utilização de recursos geradores do custo varia com o nível da atividade em causa.

Relativamente aos proveitos e uma vez que resultam diretamente da prestação do serviço de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos e equiparáveis, apresen-tam uma relação inequívoca com a sua prestação, refletindo -se apenas como proveitos diretos e sendo, pela sua própria natureza — prestação de serviços auxiliares e receitas por venda de recicláveis — todos va-riáveis.

3.2.2 — Metodologia do custeioImputação direta ou indireta dos custos e proveitos afetos aos servi-

ços/atividade que determinaram a sua realização.Identificação dos custos e proveitos registados na contabilidade pa-

trimonial, designadamente nas contas de classe 6 e 7, de acordo com a sua classificação orgânica e funcional — foram usados dados históricos relativos a 2012 e 2013 e estimativa para 2014.

Análise dos custos e proveitos diretamente decorrentes do exercício desta atividade e consequente classificação em fixos e variáveis de acordo com a sua natureza.

Apuramento dos custos indiretos de cada função, decorrentes de ativi-dades acessórias ou complementares com impacto naquelas atividades, mediante a aplicação dos respetivos coeficientes de imputação.

Determinação dos custos indiretos gerais em função dos custos diretos e indiretos apurados para a função específica a custear; não dispondo a Câmara Municipal de Lisboa de um sistema estruturado de contabili-dade analítica, o apuramento de custos e proveitos fez -se com base na informação da orgânica com a função específica de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos e equiparáveis.

Dedução dos proveitos correspondentes às receitas recebidas pela Câ-mara Municipal de Lisboa relativamente à entrega/venda de recicláveis, a prestações de serviços auxiliares ou outras receitas correlacionadas.

3.2.3 — Natureza e englobamento dos custos1 — Natureza dos custos

Custos Fixos Variáveis

Diretos . . . . . . . . . Pessoal — custos com pessoal afeto à função.Amortizações de bens móveis e imóveis afetos à função re-

moção de resíduos urbanos.Frota — seguros.

Pessoal — custos com pessoal cujo valor varia em função do nível de atividade.

FSE — custos suportados com a remoção e tratamento de RU; encargos de liquidação e cobrança; outros custos variáveis associados à atividade.

Frota — encargos com as viaturas afetas à função RU.Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-

timentos na atividade.Outros investimentos associados à atividade.

Indiretos . . . . . . . . 5 % Custos diretos (nível de custos indiretos no Município na ordem dos 19,9 %).

2 — Imputação às Atividades e Critérios de Repartiçãoa) Custos Fixos

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações.Subsídios.Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Unidade Orgânica (UO) com imputação de 40 %.

Frota . . . . . . . . . . . Seguros.Amortizações.

Amortizações . . . . Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros, afetos à atividade.

Taxas conforme o CIBE.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que, pela sua natureza, não lhe possam ser diretamente imputados ou que sejam partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

b) Custos Variáveis

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações.Subsídios.Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Unidade Orgânica (UO) com imputação de 40 %.

FSE. . . . . . . . . . . . Aquisição de serviços de tratamento de resíduos urbanos (VALORSUL);

Encargos de liquidação e cobrança;Outros custos variáveis.

Page 21: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26011

Tipo Natureza Premissas

Frota . . . . . . . . . . . Combustíveis.Seguros e inspeções.Reparações, pneus e lavagens.

Repartição dos custos totais da Unidade Orgânica (UO) im-putação de 40 %.

Encargos financeiros Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-timentos na atividade.

Repartição dos custos totais da Unidade Orgânica (UO) im-putação de 40 %.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que sejam partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

c) Proveitos Variáveis

Tipo Natureza Premissas

Venda de materiais Receitas de venda de materiais recicláveis. 100 %.

Prestações de servi-ços auxiliares.

Prestação de serviços auxiliares considerados na Tabela de Taxas e/ou de Preços e Outras receitas municipais.

100 %.

3 — Custos apurados(milhares de euros)

Custos Fixos Variáveis Totais

Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 195 6 043 14 238FSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 11 161 11 161Frota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 194 3 980 5 174Amortizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 322 0 2 322Encargos Financeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 4 4

Total Diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 711 21 188 32 899

Total Indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 586 1 059 1 645

Total Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 297 22 247 34 544

Proveitos da atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ( 0) ( 3 929) ( 3 929)

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 297 18 318 30 615

cadores de base especifica que apresentem uma correlação estatística significativa com a efetiva produção de resíduos pelos utilizadores finais, nomeadamente o consumo de água […]”.

O Município de Lisboa não tem, à data, condições para implementar um sistema de medição direta, com base no peso ou volume de resíduos (sistema PAYT — pay as you throw), pelo que a tarifa de resíduos urbanos é desenhada em função do consumo de água dos utilizadores finais.

O tarifário para o serviço de recolha e transporte de resíduos urbanos assenta no consumo de água para a componente variável da mesma e no n.º de contadores para a repercussão da componente fixa ou de disponibilidade de serviço.

Neste sentido, apuraram -se os custos relacionados com a atividade de exploração do sistema municipal de gestão de resíduos urbanos (30.615 milhares de euros), que foram repercutidos em tarifas em função do volume de consumos e do n.º de contadores, por tipo de utilizador, tendo em conta as estatísticas definidas pela EPAL, para 2013, e o tarifário da EPAL, para o abastecimento em baixa, para 2014.

1 — Estrutura dos Tarifários

De acordo com a deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril, pela prestação dos serviços de gestão de resíduos urbanos aos utilizadores finais, o tarifário tem de ser bipartido, compreendendo:

Uma tarifa fixa, designada tarifa de disponibilidade destinada a remunerar a disponibilidade do serviço público prestado; é devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada trinta (30) dias;

Nota. — Em linha com as orientações da ERSAR, os custos apurados repercutem -se nas tarifas fixas e variáveis.

3.2.4 — Metodologia e cálculo dos TarifáriosEm conformidade com o disposto no artigo 21.º da Lei n.º 73/2013

de 3 de setembro, (Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades intermunicipais), alterada pela Retificação n.º 46 -B/2013 de 1 de novembro, as tarifas devidas pela gestão dos resíduos urbanos a cobrar nos termos de regulamento tarifário a aprovar pelo Município, devem observar o disposto no artigo 82.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), no Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setem-bro (Regime Geral de Gestão de Resíduos Urbanos), e na deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril (Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos), emitida pela Entidade Reguladora dos serviços de águas e resíduos — ERSAR.

Ainda nos termos do regime financeiro das autarquias locais, n.º 1 do artigo 21.º, os “[…] instrumentos de remuneração a fixar pelos muni-cípios […] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens”. No que se reforça o princípio da recuperação dos custos instituindo -se que a tarifa de resíduos urbanos visa remunerar o Muni-cípio pelos serviços prestados e bens fornecidos, em sistema de gestão direta, aos utilizadores finais desses serviços, no âmbito da atividade de exploração do sistema municipal de gestão de resíduos urbanos.

O Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos fixa, no caso de procura de uma alternativa à medição, que “A quanti-dade de resíduos objeto de recolha deve ser estimada a partir de indi-

Page 22: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26012 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Uma tarifa variável, devida em função do nível ou intensidade de utilização do serviço durante o período objeto de faturação e expressa em euros por unidade de medida (m³).

Os custos imputados às componentes fixas e variável, com a corres-pondente afetação às tarifas de disponibilidade e variável, são:

Custos Milharesde euros

Afetação dos custos

% Tarifa

Fixos. . . . . . . . . . . . 12 297 40,17 % Tarifa de Disponibilidade.Variáveis. . . . . . . . . 18 318 59, 83 % Tarifa Variável.

Total. . . . . 30 615 100,00 %

As tarifas de disponibilidade e variável dos serviços de resíduos são ainda diferenciadas consoante o utilizador final seja:

Doméstico — aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacio-nais, com exceção das utilizações das partes comuns, nomeadamente as dos condomínios;

Não doméstico — os restantes utilizadores; incluem -se neste grupo, o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades que integram o setor empresarial do Estado e o setor em-presarial local.

2 — Cálculo do tarifário de resíduos urbanosa) Tarifas de DisponibilidadePara apuramento do valor médio das tarifas fixas consideram -se os

custos fixos resultantes do custeio (12.297 milhares de euros), e o nú-mero total de contadores ativos em 2013, que foi de 346.108 conforme dados obtidos junto da EPAL (com correção dos contadores municipais afetos aos consumos públicos).

Desta forma as tarifas de disponibilidade apuradas foram as seguintes:Utilizadores domésticos:Tarifa de disponibilidade — 2,2333 €/30 dias;

Fórmula: Tfd =

Cf

(Utd + Ut

nd× Coef

r) × 12

em que:Tf

d — Tarifa de disponibilidade para utilizadores domésticos

Cf — Total dos custos fixosUt

d — Número total dos utilizadores domésticos

Utnd

— Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos doscontadores afetos aos consumos públicos

Coeft — Coeficiente de diferenciação entre os utilizadores domésticos e não domésticos — 3,5354

Utilizadores não domésticos:Tarifa de disponibilidade — 7,8956 €/30 diasFórmula: Tf

nd = Tf

d× Coeft

em que:Tf

nd — Tarifa de disponibilidade para utilizadores não domésticos

Tfd — Tarifa de disponibilidade para utilizadores domésticos

Coeft — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-ticos e não domésticos — 3,5354

b) Tarifas VariáveisAs tarifas variáveis são devidas em função do volume de água consu-

mido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressas em euros por m³, resultam da aplicação dos coeficientes de custo específico sobre o tarifário de abastecimento da EPAL:

Fórmula: Coef médioA = CvCons

A

em que:Coef médio

A — coeficiente de custo específico médio

Cv — Custos variáveis a repercutir nas tarifasCons

A — Consumos de água em valor

O valor de Coef médioA

obtido (relacionando o total dos custos variá-veis apurados com o consumo de água em valor faturado pela EPAL) é de 44,13 %.

Este coeficiente foi diferenciado entre consumidores domésticos (1) e não domésticos de acordo com os fatores constantes do quadro seguinte. Multiplicando -se o Coef médio

A por estes fatores de diferenciação foram

obtidos os seguintes Coeficientes Específicos:

Utilizadores Média Razãoentre coeficientes

Coeficienteespecífico

(% sobre água)

Domésticos (1) . . . . . .44,13 %

0,6288 27,75 %Não Domésticos . . . . . 1,3579 59,93 %

(1) Inclui não domésticos/Instituições de utilidade pública

Aplicando os Coeficientes Específicos sobre as tarifas aplicadas ao abastecimento de água (tabela EPAL 2014) são obtidas as tarifas de RU a aplicar em 2015:

Utilizadores domésticos e Instituições de Utilidade Públi -ca — 0,1710 €/m3

Outros utilizadores não domésticos — 0,8023 €/m3

3 — Tarifários especiaisOs utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas situações previstas no Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos compreendendo:

Tarifário social para utilizadores domésticos, aplicável em função das regras estabelecidas para a determinação da condição de recursos do Instituto de Segurança Social, I. P.

Este tarifário especial concretiza -se pela isenção da tarifa fixa.

Tarifário social para utilizadores não domésticos, aplicável a instituições particulares de solidariedade social, organizações não--governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades de reconhecida utilidade pública, legalmente constituídas, cuja ação social o justifique. Este tarifário especial concretiza -se pela aplicação de um tarifário idêntico ao aplicado aos utilizadores domésticos:

Tarifa fixa: 2,2333 €/30 dias;Tarifa variável: 0,1710 €/m3.

4 — Tarifário para grandes produtores (GP)Em conformidade com a legislação em vigor, designadamente o

Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro (Regime Geral de Gestão de Resíduos), considera -se Grande Produtor (GP) toda a entidade com uma produção média diária de resíduos superior a 1.100 litros.

Pese embora a deposição, recolha, transporte, armazenagem, valori-zação ou recuperação e eliminação dos resíduos urbanos provenientes de Grandes Produtores sejam de sua exclusiva responsabilidade, o Município de Lisboa entendeu pertinente poder prestar o serviço a essas entidades, caso estas assim o pretendam, criando para o efeito, um tarifário apropriado às suas características.

Desta forma, os GP que optem pelos serviços municipais de recolha de resíduos urbanos ficam sujeitos a uma tarifa que varia no intervalo [45€ a 80€], em resultado da aplicação da seguinte fórmula:

Tf = 80 € - 50 € × RC

RC + RI

em que:Tf — tarifa em € por tonelada incidente sobre RI entregues ao mu-

nicípioRC — Resíduos recicláveis, em toneladas, entregues ao municípioRI — Resíduos indiferenciados, em toneladas, entregues ao município

A fórmula não é aplicável sempre que a relação RC/(RC+RI) seja su-perior a 70 %, situações em que a tarifa sobre indiferenciados será de 45€.

A quantidade mensal em toneladas de resíduos recicláveis (RC) e de resíduos indiferenciados (RI) é obtida com base na seguinte fórmula:

Qtd = V × F × D1000

em que:Qtd — quantidade mensal de resíduos expressos em toneladasV — volume total em litros correspondente aos contentores instala-

dos/disponibilizadosF — frequência de recolha em 30 diasD — densidade estimada em [tonelada/m3] a fixar em cada contrato

face aos diferentes tipos de resíduos.

Page 23: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26013

O disposto nos números anteriores não se aplica aos GP abrangidos pelo Sistema de Recolha Pneumática de Resíduos Urbanos do Parque das Nações, sujeitos a regulamentação específica.

5 — Regime transitório aplicável durante o período de recenseamento

Os utilizadores não domésticos, que não entidades de natureza pú-blica, com um consumo mensal de água superior a 50 m3 beneficiam de uma tarifa variável reduzida que será aplicável durante o período de recenseamento dos GP (60 dias).

Durante este período, os utilizadores beneficiam da aplicação de uma tarifa variável reduzida, correspondente a uma redução de 50 % do tarifário.

Após aquele período haverá lugar à regularização da faturação em função dos seguintes critérios:

a) Os utilizadores que sejam classificados como Grandes Produtores, por encontro de contas;

b) Os utilizadores que não classificados como Grandes Produtores, passam a pagar a totalidade da tarifa em função dos consumos de água, devendo o valor descontado durante o período de recenseamento ser reposto na fatura subsequente.

6 — Receita prevista do tarifário de RUOs impactos esperados na receita municipal, para o mesmo perfil/

volume de consumos (conforme dados da EPAL de 2013) constam do quadro seguinte:

Utilizadores Consumos m3 N.º de contadores

Receita potencial m€/anoReceita estimada

m€/anoFixa Variável Total

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 544 283 298 990 8 013 4 538 12 551 11 923Não Domésticos Subtotal. . . . . . . . . . . . . . . 22 312 342 47 118 4 284 13 781 18 065 14 498Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 785 694 44 467 4 213 12 665 16 878Utilidade Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 526 648 2 651 71 1 116 1 187

Total . . . . . . . . . . . . . . 48 856 625 346 108 12 297 18 319 30 616 26 421

O quadro supra faz a demonstração da receita potencial associada à tarifa, sendo a receita estimada o resultado da subtração àquela do valor dos tarifários sociais, dos consumos municipais e do impacto dos Grandes Produtores.

Assim, este tarifário recupera potencialmente os custos suportados com o serviço de recolha, transporte e tratamento de resíduos urbanos. Os proveitos a serem obtidos com a aplicação do presente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime dos Grandes Produtores, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos.

3.3 — ConclusãoO presente documento sintetiza o estudo de fundamentação das

tarifas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente aos serviços associados à deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos e equiparáveis.

Os valores propostos, com base na análise económico -financeira e com ponderação social, correspondem aos valores a praticar para o ano de 2015.

No apuramento dos custos atendeu -se, sempre que possível, ao es-tabelecido no POCAL, procedendo -se à sua reclassificação em variá-veis/fixos, no sentido de propor uma estrutura de tarifa bipartida, de acordo com as orientações da entidade reguladora.

Os pressupostos e a metodologia adotados, basearam -se na legislação em vigor e na observância das orientações da ERSAR.

4 — Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC)

4.1 — Enquadramento GeralA Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, Lei de Bases da Proteção Civil,

trouxe consigo um novo enquadramento a esta atividade levada a cabo pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais que exige a parti-cipação ativa e o esforço financeiro da administração pública nos seus vários níveis, bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas.

Nos termos deste diploma «a Proteção Civil é a atividade desen-volvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram». Neste âmbito, «são objetivos gerais da Proteção Civil prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe dele resultante; atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos; socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo, proteger bens e valores culturais, ambien-tais e de elevado interesse público e apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe».

A Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro, ao fixar novo enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, reco-

nhece a importância que os municípios têm na gestão destes riscos, em virtude da sua proximidade ao território e às populações.

As atribuições que assim se confiam aos municípios não podem ser desvalorizadas e tão pouco o esforço financeiro que estas funções acar-retam, pela quantidade, qualidade e prontidão dos meios a afetar a estas atribuições, a somar à proteção de pessoas e bens perante acidentes e ocorrências de menor gravidade, pelo que é criada a Taxa Municipal de Proteção Civil, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam.

No quadro de referência técnico -jurídico usado na fundamentação da taxa de proteção civil objeto do presente Relatório destacamos a Avaliação Nacional de Risco, elaborada de acordo com as “Risk Assess-ment and Mapping Guidelines for disaster Management” emitidas pela Comissão (documento SEC 2010) 1626 final, de 21.12.2010 e adotada pela Comissão Nacional de Proteção Civil, e ainda o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios consagrado no Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro.

Desta avaliação resulta: em primeiro lugar, a identificação e caracte-rização dos perigos de génese natural, tecnológica ou mista, suscetíveis de afetar o território do município, designadamente sismos, galgamentos costeiros, acidentes graves de tráfego, incêndios urbanos, rotura de infraestruturas estratégicas, acidentes com substâncias perigosas ou concentrações humanas;

Em segundo lugar, uma identificação mais precisa dos riscos de natu-reza tecnológica, potenciados pela utilização humana, a que o município de Lisboa pelas suas características está mais exposto. Destacam -se, por exemplo, os riscos de incêndio e colapso de estruturas, os acidentes de tráfego ferroviário, marítimo e aéreo ou os acidentes em infraestruturas de serviços urbanos (gás, eletricidade e água);

Em terceiro lugar, a identificação de fatores de agravamento de risco associados a atividades ou usos de edifícios, equipamentos ou recintos, nomeadamente os decorrentes das suas características específicas, da intensidade dos seus usos, bem como do nível de adoção de estratégicas de mitigação de riscos por parte das entidades gestoras dos mesmos.

A par com a configuração dos riscos, procedeu -se à avaliação dos custos que concorrem para a disponibilização de infraestruturas, equi-pamentos, de meios materiais e humanos que constituem a capacidade instalada do Município ao nível da prevenção do risco e da capacidade operacional de resposta em sede da proteção civil. Destacam -se entre esses meios, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, meios próprios do município, com largo historial de intervenção e atividade, indispensáveis num concelho com a ocupação do território e a densidade populacional que tem Lisboa.

Todos os cidadãos têm o direito de ter à sua disposição informações concretas sobre os riscos coletivos e como prevenir e minimizar os seus efeitos, caso ocorram e têm também, o direito a ser prontamente socorridos sempre que aconteça um acidente ou uma catástrofe, competindo aos mu-nicípios, dentro da sua circunscrição territorial assegurar a prestação desse serviço, no âmbito das competências que lhes estão atribuídas na matéria.

A Proteção Civil é assim uma atividade que exige uma participação ativa e um esforço financeiro da administração pública a vários níveis,

Page 24: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26014 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas. É uma atividade que assenta num princípio de prevenção, exigindo a mobilização de recursos importantes, de modo continuado, com o propósito de eliminar a própria causa das situações de acidente ou catástrofe que se quer evitar.

Na modelação da taxa há que considerar que sempre que levada a cabo pelos municípios, a proteção civil constitui uma atividade que tem por fito proteger pessoas e bens, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam. Se os riscos associados à vida das pessoas são mais difusos e quanto a eles se justifica levar mais longe a assunção do custo da proteção pelos municípios, já os riscos associados ao património são mais concretos e quanto a estes justifica -se exigir que os particulares comparticipem os meios que são postos ao serviço da sua proteção.

A Taxa Municipal de Proteção Civil que se visa criar é uma taxa que tem funções idênticas às de um prémio de seguro, servindo para custear os meios que o Município de Lisboa coloca diariamente à dis-posição dos munícipes na proteção da sua pessoa e bens, em especial na proteção do seu património imobiliário, ao qual tanta da atividade das autarquias está ligada.

Este constitui o primeiro universo de repercussão dos custos incor-ridos, configurando -se a taxa por relação com o valor patrimonial dos prédios urbanos sitos no concelho, que se toma como uma base de cálculo adequada a este fim, na medida em que, desde logo, pondera a área dos prédios. A Taxa Municipal de Proteção Civil assenta, assim, num princípio manifesto de equivalência, tendo como objetivo exigir dos titulares dos imóveis o correspetivo do serviço de proteção que aos seus bens é garantido pelo Município.

No que se pode configurar como um segundo universo, ou um segmento específico do antes explicitado, foi considerado que nos prédios urbanos há especial risco associado ao património degradado, devoluto ou em estado de ruína, que deve ser imputado aos respetivos proprietários, sendo aqui apli-cável uma taxa agravada sobre o valor patrimonial dos prédios respetivos.

Por fim demarcaram -se, num terceiro universo tributável, utilizações associadas a equipamentos, recintos ou edifícios identificados como geradores de risco acrescido impondo o princípio da equivalência a aplicação de taxas específicas que estarão a cargo das entidades ex-ploradoras ou gestoras das atividades em causa.

O Município de Lisboa tem vindo, ao longo dos anos, a investir de forma significativa na área da proteção civil e da prevenção de riscos. Para além do Regimento de Sapadores Bombeiros, tem em permanente funcionamento o Serviço Municipal de Proteção Civil, promovendo de forma regular e continuada atividades de formação cívica com especial incidência nos domínios da prevenção contra os riscos de génese natural, tecnológicos ou mista, suscetíveis de afetar o território do município, designadamente: sismos, galgamentos costeiros, acidentes ferroviários, acidentes aéreos, incêndios urbanos, entre outros, merecendo especial destaque as ações de formação junto das escolas e da população.

4.2 — Fundamentação económico -financeira da taxa

4.2.1 — Enquadramento da atividade e do custeioA Taxa Municipal de Proteção Civil (doravante designada de forma

abreviada de TMPC) prevista na alteração do regulamento de taxas, preços e outras receitas do Município de Lisboa (projeto) refere -se ao serviço público prestado pelos diversos agentes de proteção civil, no âmbito dos serviços de:

Prevenção dos riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe deles resultantes;

Atenuação dos riscos coletivos e limitação dos seus efeitos no caso de ocorrência de acidente grave ou de catástrofe;

Socorro e assistência às pessoas e outros seres vivos em perigo e prote-ção de bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;

Reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe.

No caso particular do Município de Lisboa, o Departamento de Proteção Civil realiza todo um trabalho de análise de riscos, planea-mento, operações e sensibilização pública, tendo registado em 2013, 1281 ocorrências de vários tipos (incêndios, queda de estruturas, inunda-ções, queda de revestimento, intervenção social no apoio às populações vítimas de acidentes, etc.) e realizado 21 exercícios de simulacro, envol-vendo mais de 7000 participantes, pela preparação de planos de contin-gência para os sem -abrigo perante vagas de frio, ou pela integração de dispositivos de segurança nas grandes festas e eventos da cidade. Por seu lado, o Regimento de Sapadores Bombeiros, organizado em Com-panhias Operacionais de intervenção diferenciada, desenvolve intensa atividade, atendendo a mais de 18.000 ocorrências por ano, incluindo aproximadamente 1800 incêndios, 1000 acidentes, 1900 urgências médicas e 3200 ocorrências relativas a estruturas e vias de comunicação.

O estudo procurou demonstrar os critérios de determinação dos custos da atividade pública na área da proteção civil para a fixação da taxa, tendo em conta os aspetos inerentes aos mesmos de forma a garantir uma maior equidade na sua aplicação.

Inicialmente, foram identificados os processos que conduzem a ser-viços prestados na área da Proteção Civil pelo Município de Lisboa aos particulares, empresas e demais entidades e pelos quais os mesmos têm de pagar taxa, tendo sido definido que intervenções, no âmbito das funções e competências da Proteção Civil Municipal, são passíveis de ocorrerem nas seguintes situações/tipologias:

Em prédios urbanos;Em outras infraestruturas e equipamentos, nomeadamente redes de

gás, água, eletricidade e ferroviária, entre outras;Às atividades económicas e aos usos específicos de risco acrescido

de equipamentos, edifícios e recintos.

O valor da taxa foi calculado com base nos custos suportados pelo Município para a prestação do serviço, sendo que:

No caso do valor da taxa prevista para os prédios urbanos, o valor da taxa incidirá sobre o valor patrimonial tributário;

Quanto aos prédios degradados, devolutos e em ruínas, o Município aplica um agravamento dado o elevado risco de ocorrência de eventos graves na área da proteção civil;

Relativamente a prédios, recintos e equipamentos (redes e outros), com usos considerados de risco acrescido para o Município, o valor pre-visto da taxa corresponde ao custo da atividade pública de proteção civil.

Salienta -se que os custos que o município incorre com o serviço de proteção civil não são repercutidos na sua totalidade aos beneficiários, as-sumindo o município de lisboa parte destes custos (custo social), funcio-nando como uma comparticipação ao custo real da prestação de serviço associado à TMPC, decorrente da proteção e segurança dos munícipes.

Na modelação da taxa foi atendida a legislação que vem sendo citada e, desse logo, aos princípios da proporcionalidade e da equivalência jurídica previstas na Lei.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, patenteando ainda critérios sociais e políticos expressos na existência de uma sub-venção municipal da atividade (não repercussão integral dos custos incorridos)

4.2.2 — Metodologia de custeioO método de cálculo foi suportado nos dados contabilísticos relativos

aos custos diretos (pessoal, aquisições de bens e serviços, transferências, amortizações e investimentos futuros) relacionados com o exercício da atividade de Proteção Civil (Regimento Sapadores de Bombeiros e Departamento de Proteção Civil), referentes ao exercício económico de 2013. Não foi aditada a componente de custos indiretos dada a pre-missa de partida quanto à não repercussão de todos os custos suportados na taxa (subvenção municipal da atividade).

Foram consideradas as seguintes categorias de custeio:Custos com pessoal;Aquisição de bens e serviços;Amortizações;Transferências correntes e de capital para terceiros;Investimentos futuros.

A imputação de custos foi realizada com base numa relação direta, sendo, pois, premissa uma utilização de recursos comum a todas as atividades efetivada de forma proporcional ao dispêndio de recursos com o ato ou operação específica da proteção civil.

Com base neste racional, obteve -se um custo total associado à Pro-teção Civil de 25,2 milhões de euros, conforme tabela infra:

1 — Custos (Diretos) da Proteção Civil

(Un: milhares euros)

Rubricas

Custos com Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 984Aquisição de Bens e serviços. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453Transferências Correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Amortizações:

Investimentos Correntes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 622Investimentos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 125

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 204

Page 25: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26015

2 — Taxas a aplicar (valores anuais)Considerando os universos de aplicação da taxa temos os seguintes

valores unitários:i) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil relativamente

aos prédios urbanos é de 0,0375 % do valor patrimonial tributário;ii) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil para os prédios

degradados e para os devolutos ou em ruínas, como tal considerados para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis, é de respetivamente, 0,3 e de 0,6 % do valor patrimonial tributário;

iii) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil relativamente aos prédios, equipamentos e usos de risco acrescido são os seguintes:

Edifícios, recintos e equipamentos — atividades ou usos de risco acrescido

Prédio/Equipamento Valor anual da Taxa

Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de eletricidade . . . . . . . 50 000€/entidadeRede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura portuária . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadePostos de abastecimento de combustíveis . . . 2 500€ /por posto

Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos

Utilização -tipo

Categoria de risco

1 2 3 4

II) Estacionamentos . . . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €III) Administrativos . . . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €VI) Espetáculos e reuniões públicas – – 2 400 € 4 800 €VIII) Comerciais e gares de transportes – – 2 400 € 4 800 €IX) Desportivos e lazer . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €

Para efeito da classificação do risco aplicam -se as tabelas que figuram em Anexo ao projeto de alteração do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

Em conformidade com o quadro supra, consideram -se isentas da taxa de risco acrescido todas as utilizações de risco 1 e 2, que se tomam como cobertas pela TMPC incidente sobre o Valor Patrimonial Tributário.

Foi também considerada a isenção de TMPC para os proprietários de prédios urbanos inferiores a 20.000 euros, com vista a minimizar os custos sociais a proprietários com património de valor muito baixo e de reduzir encargos administrativos com cobranças de valor muito reduzido.

3 — Receita estimadaAtento os universos considerados e os valores unitários previstos,

estima -se uma receita associada à Taxa de Proteção Civil:

(Un: milhares euros)

Âmbito da aplicação ReceitaPrevista (*)

Prédios urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 850Atividades/Usos de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 000

Transferências Correntes . . . 18 850

(*) Salvaguarda -se o efeito da majoração de prédios urbanos degradados, devolutos e em ruínas e das atividades e usos de risco acrescido.

4.3 — ConclusãoO presente capítulo do Relatório de fundamentação económica e fi-

nanceira que acompanha o regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa ponto, sistematiza a fundamentação das taxas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente à relativamente à Taxa Municipal de Proteção Civil e aos correspondentes valores unitários.

5 — Taxa Municipal Turistica (TMT)

5.1 — Enquadramento geralA Lei n.º 73/2013, de 03 de setembro que aprova o regime financeiro

das autarquias locais e a Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro que aprova o Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais — RGTAL

estabelecem os instrumentos fundamentais reguladores das faculdades reconhecidas aos municípios de se compensarem, no todo ou em parte, dos custos e investimentos ligados às atividades que desenvolvem e das quais dimanam utilidades ou benefícios prestados a particulares.

A atividade turística no Município de Lisboa tem crescido assina-lavelmente, sob todos os indicadores, assumindo uma importância fundamental no contexto da dinamização da atividade económica da cidade e áreas circundantes.

O sucesso de Lisboa como destino turístico resulta também de inves-timentos e despesas próprias por parte do Município. Em primeiro lugar os investimentos e despesas especificamente dirigidas para o turismo e para os turistas e os investimentos e despesas que foram priorizados, face a outros, também ou até fundamentalmente em função do seu impacto no turismo. Destacam -se nos últimos anos, meramente a título de exemplo, os investimentos e as despesas incluídas nos vários Planos Estratégicos de Turismo, como os Postos de informação e atendimento turístico, a sinalética turística, a requalificação do Terreiro Paço e da frente ribeirinha, a requalificação do Arco da Rua Augusta, a dinami-zação das várias microcentralidades com pendor turístico, ou o reforço da animação da cidade através da atração de grandes eventos culturais e desportivos como a Volvo Ocean’s Race. Em segundo lugar, o turismo induziu custos acrescidos em várias rúbricas de atividade e investimento do município, i.e., uma sobrecarga sobre os custos normais atribuíveis à população residente, de que se destacam, meramente a título de exem-plo, os associados à manutenção de forte dinâmica artística e cultural como os espetáculos de rua e multimédia, os de reforço de segurança e vigilância em zonas de vocação turística ou os associados aos serviços urbanos como sejam a limpeza ou a manutenção de espaços verdes.

Não é razoável pedir aos munícipes que suportem a totalidade destes custos, pois não são deles exclusivos beneficiários (não sendo sequer aliás, em muitas das situações, os principais beneficiários).

Assim sendo, os recursos necessários ao desenvolvimento do Turismo deverão ser também procurados na própria atividade turística, máxime na contribuição dos próprios turistas, assegurando naturalmente uma base de proporcionalidade, ponderação e equilíbrio, tendo em vista preservar a competitividade relativa de Lisboa no contexto internacional de destinos turísticos.

Esta tem sido aliás a prática de diversas cidades e destinos de há largos anos, designadamente na Europa, de que se pode citar, a título de exemplo: Paris, Roma, Viena, Varsóvia, Bruxelas, Barcelona, Veneza, Florença ou Berlim.

No mesmo sentido pronunciou -se recentemente em Portugal aComissão para a reforma da Fiscalidade Verde, que propôs a criação de uma Taxa Municipal de Ocupação Turística «configurada como contrapartida pelo encargo assumido pelo Município no que respeita à intensidade do desgaste proporcionado pelo Turismo ao nível das infraestruturas» considerando que «os municípios têm vindo a criar as necessárias infraestruturas que sustentam a atividade turística e, nesse sentido, prestam um serviço de utilidade pública de âmbito nacional que cria desequilíbrios orçamentais de caráter estrutural. Neste contexto, importa assegurar alguma forma de compensação aos municípios pelo desequilíbrio entre o investimento público incorrido na criação de condições estruturais para a constituição de uma oferta turística adequada e as fontes de receita que decorrem dessa atividade, sob pena da pressão adicional sobre a população residente».

5.2 — Fundamentação económico -financeira da Taxa

5.2.1 — Enquadramento da atividade e do custeioForam identificadas um conjunto de atividades que geram valor na

área do Turismo, direta ou transversalmente à cidade ponderado a partici-pação no financiamento deste esforço no uso que o Turista faz da cidade.

Foram assim consideradas três bases de ressarcimento do investimento municipal associado à constituição de Lisboa como um destino turístico:

Uma Taxa de dormida, por hóspede com idade superior a 13 anos e por noite nos empreendimentos turísticos e nos estabelecimentos de alojamento local, localizados no Município de Lisboa, até a um máximo de sete noites por pessoa.

Uma taxa de chegada por via aérea, por passageiro que desembarque no Aeroporto Internacional de Lisboa;

Uma taxa de chegada por via marítima, por passageiro que desembar-que de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa.

5.2.2 — Metodologias de CusteioA metodologia adotada para a determinação dos valores a considerar

no custeio, atenta a sinalagmática da taxa, foi a seguinte:A base de incidência de custeio assenta nos investimentos e despesas

especificamente dirigidas para o turismo e para os turistas e os inves-

Page 26: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26016 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

timentos e despesas que foram priorizados, face a outros, também ou até fundamentalmente em função do seu impacto no turismo e ainda custos de sobrecarga sobre os custos normais atribuíveis à população residente, de que se destacam:

a) Espaço público — requalificação de espaço público, com forte vocação turística;

b) Cultura — dinamização artística e cultural, incluindo a dinamiza-ção de espaços museológicos;

c) Serviços urbanos — sobrecarga com serviços urbanos como sejam a segurança e vigilância, limpeza ou a manutenção de espaços verdes em zonas de vocação turística;

d) Dinamização da cidade — Eventos desportivos, de animação da cidade e promoção turística.

Para o cálculo dos custos foram usados os dados históricos dos exercícios de 2011, 2012 e 2013 relacionados com o exercício da ati-vidade turística.

Os custos diretos foram apurados com base numa relação de custos afetos à função Turismo, adotando um critério que tem por base o pressuposto da utilização de recursos comuns a esta função, de forma proporcional ao dispêndio de recursos com o ato ou operação específica de utilização turística;

Deste modo, obteve -se um total de despesa associada à área do turismo de 20,46M€, distribuída pelas diversas rubricas, conforme demonstra o Quadro apresentado em seguida.

Os valores obtidos correspondem a cerca de 3 % do total do orça-mento do Município, o que constitui uma estimativa muito prudente e conservadora face ao número de turistas que usufruem da cidade e aos padrões de utilização de infraestruturas e serviços da cidade que os mesmos apresentam.

1 — Custos Totais da Atividade Turística

Área de Atividade Total

Espaço Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,2Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,1Serviços Urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,0Dinamização Cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,1

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . 20,4

2 — Valor unitário da taxa

Taxa de Dormida — 1,00 €, por noite e por pessoa;Taxa de chegada por via aérea — 1,00 €, por passageiro, que de-

sembarque no aeroporto de lisboa;Taxa de chegada por via marítima — 1,00 €, por passageiro, que

desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa

3 — Receita estimada

A receita estimada associada ao lançamento desta taxa permitirá a recuperação de parte dos custos incorridos:

Taxas Valor (euros)

Dormida (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 242 507Chegada via aérea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 500 000Chegada via marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 000

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 242 507

(*) Em 2015 a taxa de dormida e de chegada por via marítima não será arrecadada em face dos contratos já assinados com os operadores turisticos.

5.3 — ConclusãoO presente capítulo do Relatório de fundamentação económica e

financeira que acompanha o Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, sistematiza a fundamentação das taxas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente à Taxa Mu-nicipal Turística e aos correspondentes valores unitários.

6 — Repercussão de taxas

6.1 — Taxa de Gestão de Resíduos (TGR)O Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, que aprova o regime

geral de resíduos, estabelece no seu artigo 58.º uma taxa de gestão de resíduos (TGR), incidente sobre as entidades gestoras de sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos, individuais ou coletivos, de centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos, de instalações de incineração e coincineração de resíduos e de aterros sujeitos a licenciamento da Autoridade Nacional de Resíduos (ANR) ou das Autoridades Regionais dos Resíduos.

A Portaria n.º 72/2010, de 4 de fevereiro que estabelece as regras respeitantes à liquidação, pagamento e repercussão da TGR, estipula no seu artigo 7.º que esta taxa deve ser repercutida nas tarifas e prestações financeiras cobradas aos utilizadores finais dos serviços de recolha, transporte e tratamento de resíduos urbanos, devendo estes valores estar devidamente desagregados nas faturas.

O Município de Lisboa irá repercutir esta taxa, conforme previ-são legal, a partir de 2015, considerando um valor unitário por m3 de água consumida e considerando a sua repercussão junto dos Grandes Produtores que utilizem o sistema municipal, conforme condições a acordar em contrato a celebrar entre as partes, que, neste caso assen-tará na capacidade instalada/resíduos produzidos versus valores por quantidade suportado.

Assim:No caso dos utilizadores, cuja tarifa é calculada com base no consumo

de água, na repercussão sobre o utilizador da TGR média unitária, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TGR a pagarUtilizador Final

(€) = TGR média unitárian (€/m3) ×

× Volume de abastecimento de água Utilizador Final

(m3),

em que:TGR média unitária

n (€/m3) = TGR total

n (€)/

/Volume de abastecimento de água n (m3);

sendo,TGR total

n= TGR suportada pela CML no ano n, feitos os acertos

de contas que se revelem necessários;Volume de abastecimento de água

n = Volume de abastecimento de

água na cidade de Lisboa, excluindo consumos CML;Volume de abastecimento de água

Utilizador Final = Volume de água fa-

turado pela EPAL ao Utilizador Final

No caso dos Grandes Produtores (GP), na repercussão da TGR, com base no tarifário da entidade gestora “em alta”, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TGR a pagar GP (€) = TGR n (€) × Volume de resíduos GP (t)

sendo,TGR

n= TGR cf Tarifário entidade em “alta”, para o ano n;

Volume de resíduos GP = Volume de resíduos entregues ao município

Não se trata de uma taxa municipal mas da mera repercussão da taxa suportada pelo Município pelo conjunto dos utilizadores, sendo um custo específico não incluído no cálculo da tarifa de resíduos urbanos e dela independente, sendo incluído neste Relatório para efeitos de comunica-ção e fundamentação da metodologia a adotar na repercussão.

6.2 — Taxa de Recursos hídricos (TRH)O Município de lisboa já está a repercutir esta taxa que, conforme

estipulado no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de ju-nho — Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos, «Quando a taxa não seja devida pelo utilizador final dos recursos hídricos, deve o sujeito passivo repercutir sobre o utilizador final o encargo económico que ela representa, juntamente com os preços ou tarifas que pratique.»

O Despacho n.º 484/2009 de 8 de janeiro, que institui as normas orientadoras à aplicação daquele decreto -lei refere explicitamente no seu ponto B — Repercussão da taxa sobre utilizadores finais, que as entidades gestoras «[…] devem repercutir a totalidade da TRH que lhe for liquidada, equitativamente, pelos diferentes utilizadores, com base nos volumes objeto de serviço de águas a cada um deles […], pelo que se calcula a TRH média unitária» «[…] devida pela carga descarregada nos recursos hídricos […]», determinada da seguinte forma:

TRH média unitária (€/m3) = TRH total ano n (m3)/volume total a descarregar no sistema relativamente ao ano n (m3)

Page 27: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26017

Assim, ao valor a pagar por m3 pelo serviço de recolha de águas residuais acresce a Taxa de Recursos Hídricos, que consiste na reper-cussão sobre o utilizador da TRH média unitária, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TRHUtilizador Final

(€) = TRH média unitárian (€/m3) ×

× Volume de abastecimento de água Utilizador Final

(m3),

em que:TRH média unitária

n (€/m3) = TRH total

n (€)/Volume faturado

n (m3)

sendo,TRH total

n= TRH suportada pela CML no ano n, feitos os acertos

de contas que se revelem necessários;Volume faturado

n = Volume de água residual faturada pela entidade

gestora em “alta”;Volume de abastecimento de água = Volume de água faturado pela

EPAL ao Utilizador Final

(1) O Tarifário da EPAL para 2014, entrou em vigor em 1 de agosto de 2014, e encontra -se publicado na sua página da internet: http://www.epal.pt/epal.

(2) A ERSAR preconiza ainda, a aplicação aos serviços prestados a utilizadores finais domésticos de tarifas variáveis estruturadas de forma crescente de acordo com escalões de consumo.

(3) Utilização da mesma % de desconto que é aplicada pela EPAL(≈ 25%) às Entidades coletivas de declarada utilidade pública.

(4) Ver ponto 3.3.1.1 da Recomendação nº 01/2009 da ERSAR, de agosto/2009.

Alterações à Fundamentação das isençõese reduções de taxas

Artigo 9.º[…]

1 — […]a) […]b) As pessoas em situação de insuficiência económica;c) Anterior alínea b)d) Anterior alínea c)e) Anterior alínea d)f) Anterior alínea e)

2 — […]3 — […]4 — […]a) […]b) […]

5 — Estão, ainda, isentas do pagamento do valor das taxas de ocupa-ção do espaço público, de ruído, de licenciamento de recintos itinerantes e improvisados, de publicidade exterior ou da cedência de equipamentos e materiais logísticos e de divulgação as pessoas coletivas de utilidade pública, as instituições particulares de solidariedade social, as asso-ciações empresariais, comerciais, associações ou fundações culturais, sociais, religiosas, desportivas ou recreativas, legalmente constituídas, relativamente a atos e factos que se destinem à direta e imediata reali-zação dos seus fins, desde que:

a) […]b) […]c) […]

6 — Os artistas de rua encontram -se isentos de pagamento de taxa administrativa, no âmbito da Ocupação de Via Pública.

Fundamentação:

1 — […]2 — Em caso de comprovada insuficiência económica dos sujeitos

passivos das taxas, aplica -se um princípio de discriminação positiva, pretendendo -se garantir que a falta de recursos económicos não seja um entrave ao acesso, pelos munícipes mais carenciados, à atividade Administrativa do Município, em consonância com valores previstos na Constituição da República Portuguesa, tais como a dignidade da pessoa humana e a solidariedade social.

3 — Anterior n.º 24 — Anterior n.º 35 — Anterior n.º 46 — Anterior n.º 57 — Anterior n.º 68 — Anterior n.º 79 — Anterior n.º 810 — Anterior n.º 911 — Anterior n.º 1012 — A isenção dos artistas de rua do pagamento da taxa administra-

tiva no âmbito da Ocupação de Via Pública, por um período de cinco anos, visa a promoção desta atividade com o objetivo de transformar a cidade de Lisboa num local de referência da arte de rua.

Artigo 71.ºIsenções da taxa de dormida

Ficam isentos da taxa de dormida os hóspedes cuja estada seja mo-tivada pela obtenção de serviços médicos.

Fundamentação:Esta isenção tem como fundamento não sobrecarregar financeira-

mente a pessoa que visita a cidade de Lisboa para obtenção de serviços médicos de saúde, na medida em que se considera que o principal mo-tivo da estada em Lisboa difere dos motivos normalmente atribuíveis aos turistas.

Artigo 73.ºIsenções da taxa de chegada por via aérea

1 — Ficam isentos da taxa de chegada:a) Os passageiros em trânsito ou transferência no Aeroporto Inter-

nacional de Lisboa, na medida em que a sua chegada a Lisboa não tem fins turísticos;

b) Os passageiros com domicílio fiscal em território nacional.c) Passageiros em relação aos quais não seja emitido bilhete autó-

nomo;

Fundamentação:1 — A isenção da alínea c) fundamenta -se no fato de não existindo

a emissão de bilhete ser excessivamente onerosa e complexa a imple-mentação de uma forma alternativa de tributação da taxa. Esta situação verifica -se, regra geral, em relação a menores com idade inferior a 2 anos.

2 — Os passageiros em trânsito ou transferência no Aeroporto In-ternacional de Lisboa, na medida em que a sua chegada a Lisboa não tem fins turísticos.

3 — A isenção dos passageiros com domicílio fiscal em território nacional fundamenta -se no fato desta medida evitar a tributação de passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional de Lisboa sem fins turísticos.

Artigo 62.ºIsenções da taxa municipal de proteção civil

1 — Estão isentos da Taxa Municipal de Proteção Civil, no âmbito exclusivo do n.º 1 do artigo 60.º, os proprietários dos imóveis cujo valor patrimonial (VPT) seja inferior a € 20.000.

2 — Estão isentos no âmbito exclusivo do n.º 3 do artigo 3.º e por rela-ção unicamente com as utilizações -tipo com categoria de risco de tipo 1 e tipo 2, conforme Anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa a tabela 2 do Anexo I nomeadamente:

a) “Estacionamentos” com áreas brutas <= 9.600 m;b) “Administrativos” com efetivo <= 1.000;c) “Espetáculos e reuniões públicas” com efetivo <= 1.000 ou

<= 15.000 se ao ar livre;d) “Comerciais e gares de transporte” com efetivo <= 1.000;e) “Desportivos e de lazer” com efetivo <= 1.000 ou <= 15.000 se

ao ar livre.

Fundamentação:1 — A isenção de taxa municipal de proteção civil aos proprietários

de prédios urbanos inferiores a 20.000 euros (cerca de 125.000 frações), fundamenta -se no facto de minimizar os custos sociais de proprietários com património de valor muito baixo e na redução de encargos admi-nistrativos com cobranças de valor muito reduzido.

2 — A isenção de taxa municipal de proteção civil relativa às cate-gorias de risco 1 e 2, no âmbito das utilizações -tipo, fundamenta -se na avaliação de que esses riscos já estão cobertos na incidência sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos.

Page 28: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26018 D

iário da República, 2.ª série — N.º 175 —

8 de setembro de 2015

Tabela de Taxas Municipais 2015Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

1. Taxas Administrativas Gerais1.1. Atos Administrativos de Caráter Geral:1.1.1. Certidões, Atestados e Termos de Autenticação . . . . . . . . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 35,25 Valor de liquidação até à quarta folha.1.1.2. Certidões, Atestados e Termos de Autenticação . . . . . . . . . . . . Por cada folha adicional. . . 2,00 Valor de liquidação a partir da quinta folha, por cada folha adicional.1.1.3. Averbamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 9,801.1.4. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A4. . . . . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 3,10 Valor de liquidação até à quarta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.1.1.5. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A4. . . . . . . . . Por cada folha adicional. . . 0,25 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.1.1.6. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A4. . . . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 3,90 Valor de liquidação até à quarta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-trativos.

1.1.7. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A4. . . . . . . . Por cada folha adicional. . . 0,45 Valor de liquidação a partir da quinta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.8. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A3. . . . . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 3,40 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-

trativos.1.1.9. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A3. . . . . . . . . Por cada folha adicional. . . 0,40 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-trativos.

1.1.10. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A3. . . . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 4,25 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-

trativos.1.1.11. Reprodução de Documentos a Cores — Formato A3. . . . . . . . . Por cada folha adicional. . . 0,60 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-trativos.

1.1.12. Reprodução de Documentos — P/B — Outros Formatos . . . . . Pelas quatro primeiras folhas 3,75 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-

trativos.1.1.13. Reprodução de Documentos — P/B — Outros Formatos . . . . . Por cada folha adicional. . . 0,50 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-trativos.

1.1.14. Reprodução de Documentos, a Cores — Outros Formatos . . . . Pelas quatro primeiras folhas 4,55 Valor de liquidação para as quatro primeiras folhas.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos adminis-

trativos.1.1.15. Reprodução de Documentos, a Cores — Outros Formatos . . . . Por cada folha adicional. . . 0,70 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.1.1.16. Digitalização de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 7,951.1.17. Outros serviços ou atos administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 10,15 Esta taxa aplica -se a todos os atos administrativos gerais não especificados na Tabela

de Taxas.1.1.18. Certificado de Registo de Residência de Cidadãos da União

Europeia.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 % da taxa

aplicávelPor aplicação do disposto na Lei n.º 37/2006, de 9 de agosto e Portaria n.º 1334-D/2010.

1.2. Atos Administrativos e Decisórios da Comissão Arbitral Mu-nicipal:

1.2.1. Determinação do coeficiente de conservação — 1.ª unidade da mesma incidência.

Por unidade . . . . . . . . . . . . 1 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89,

de 30/06.Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de

3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

Page 29: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série —

N.º 175 — 8 de setem

bro de 2015 26019

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

1.2.1.1. Determinação do coeficiente de conservação — segundas uni-dades da mesma incidência.

Por unidade . . . . . . . . . . . . 1/4 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 212/89, de 30/06.Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192-B/2006, de

3/11, e as taxas no Decreto-Lei n.º 161/2006, de 08/08.1.2.2. Definição das obras necessárias para a obtenção de nível de

conservação superior.Por unidade . . . . . . . . . . . . 1/2 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192-B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto-Lei n.º 161/2006, de 08/08.

1.2.3. Submissão de um litígio a decisão da CAM . . . . . . . . . . . . . . . Por unidade . . . . . . . . . . . . 1 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 212/89,

de 30/06.Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192-B/2006, de

3/11, e as taxas no Decreto-Lei n.º 161/2006, de 08/08.1.2.4. Submissão de um litígio a decisão da CAM — em caso de dis-

cordância do nível de conservação que serviu de base ao coe-ficiente de conservação.

Por unidade . . . . . . . . . . . . 2 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 212/89,

de 30/06.Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192-B/2006, de

3/11, e as taxas no Decreto-Lei n.º 161/2006, de 08/08.Taxa aplicável nos casos em que haja discordância do nível de conservação e/ou do

coeficiente de conservação.2. Infraestruturas e obras2.1. Obras:2.1.1. Planta de Cadastro da rede pública de drenagem de águas residuais. Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 33,052.1.2. Caderno de Saneamento (projeto de rede interna das águas re-

siduais e pluviais).Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 218,55

2.1.3. Modelo A (lançamento de efluentes industriais na rede de co-letores).

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 93,70

2.1.4. Vistorias para a verificação do cumprimento da condição 16.ª da Licença de Obras.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 140,55

2.1.5. Licenciamento e fiscalização da ligação de ramais à rede de saneamento.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 595,55

2.1.6. Licenciamento e fiscalização de boleamentos e entradas especiais. Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 314,002.1.7. Licenciamento de obras na via pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 201,552.1.8. Fiscalização de obras em faixa de rodagem e bermas . . . . . . . . Por m2/vala. . . . . . . . . . . . . 14,652.1.9. Fiscalização de obras em passeios, ilhas ou separadores. . . . . . Por m2/vala. . . . . . . . . . . . . 12,352.1.10. Fiscalização de obras em zonas não pavimentadas . . . . . . . . . . Por m2/vala. . . . . . . . . . . . . 3,552.2. Ascensores, Monta-Cargas Escadas Mecânicas e Tapetes Ro-

lantes.Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro e Decreto-Lei n.º 320/2002, de 28 de dezem-

bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro.2.2.1. Inspeções periódicas e inspeções extraordinárias . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 170,20 Cf. Regulamento de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes e

Despacho n.º 18853/2008, de 15 de julho.2.2.2. Reinspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 140,90 Cf. Regulamento de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes e

Despacho n.º 18853/2008, de 15 de julho.

3. Ocupação do Espaço Público3.1. Ocupações por concessionárias de serviços públicos:3.1.1. Taxa Municipal de Direitos de Passagem . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/ faturação. . . . . . . . . . . Até 0,25 % Em conformidade com o disposto no artigo 106.º da Lei n.º 5/2004: a taxa é determinada

c/ base na aplicação de um percentual sobre a faturação emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do Município, sendo esse percentual aplicado até ao final de dezembro do ano a que dizem respeito e não podendo ultrapassar os 0,25 %. A % aplicável em cada ano é a que resultar da deliberação dos órgãos municipais

Page 30: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26020 D

iário da República, 2.ª série — N.º 175 —

8 de setembro de 2015

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

3.1.2. Condutas de água — com diâmetro até 20 cm . . . . . . . . . . . . . M/ano . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,48 Conforme Protocolo, de 12/06/1992 celebrado entre a CMLisboa e a EPAL e “espetivaAdenda, de 31 de maio de 1995. A EPAL pagará, até 31 de Outubro de cada ano, ovalor de utilização do subsolo relativo ao respetivo ano, em conformidade com os n.os 2 e 3 da cláusula 2.ª da Adenda ao Protocolo; a taxa vigora até outubro de cada ano, mêsem que é atualizada por relação com o tarifário de preços que resulta de convençãoanual celebrada entre a Direção-Geral do Comércio e da Concorrência e a EPAL, aoabrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 230/91, de 21 de junho.

3.1.3. Condutas de água — com diâmetro superior a 20 cm . . . . . . . . M/ano . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,10 Conforme Protocolo, de 12/06/1992 celebrado entre a CMLisboa e a EPAL e respetivaAdenda, de 31 de maio de 1995. A EPAL pagará, até 31 de outubro de cada ano, o valorde utilização do subsolo relativo ao respetivo ano, em conformidade com os n.os 2 e3 da cláusula 2.ª da Adenda ao Protocolo; a taxa vigora até outubro de cada ano, mêsem que é atualizada por relação com o tarifário de preços que resulta de convençãoanual celebrada entre a Direção-Geral do Comércio e da Concorrência e a EPAL, aoabrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 230/91, de 21 de junho.

3.1.4. Tubos, Condutas, cabos condutores e afins — com diâmetro até 50 cm.

M/ano . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,35

3.1.5. Tubos, Condutas, cabos condutores e afins — com diâmetro superior a 50 cm.

M/ano . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,25

3.1.6. Postos de transformação, cabinas elétricas e afins — Até 3 m3 M3/ano . . . . . . . . . . . . . . . . 57,853.1.7. Postos de transformação, cabinas elétricas e afins — Por cada

m3 a mais ou fração.M3/ano . . . . . . . . . . . . . . . . 19,35

3.2. Procedimentos administrativos e Licenciamento da Ocupação e Utilização do Espaço Público e da Publicidade:

3.2.1. Pedido de informação prévia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 155,8 Aplica-se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publicidade.3.2.2. Pedido de licenciamento inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 397,00 Aplica-se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publici-

dade.3.2.3. Pedido de licenciamento simplificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 172,55 Aplica-se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publici-

dade.3.3. Ocupação e Utilização do Espaço Público — Mobiliário urbano

e Outros:3.3.1. Ocupação e utilização da superfície do espaço público — de

caráter duradouro ou anual.Ano/m2 ou fração . . . . . . . . 156,55

3.3.1.1. Ocupação e utilização da superfície do espaço público — com es-trutura fixa ao solo ou inamovível — de caráter duradouro.

Ano/m2 ou fração . . . . . . . . 313,15

3.3.2. Ocupação e utilização da superfície do espaço público — com instalações abastecedoras de carburantes líquidos.

Ano/m2 ou fração . . . . . . . . 939,40 Aplica-se a esta ocupação específica, sendo calculada em função dos m2 de ocupação.A liquidação mínima por unidade/ano é de 5.393,75 euros

3.3.3. Outras ocupações e utilizações do espaço público — de caráter não duradouro ou inferior a um ano.

Dia/m2 ou fração . . . . . . . . 0,40 A taxa é diária, sendo a taxa devida proporcional ao número de dias e aos m2 de ocupação (Taxa ×× n.º dias × m2).

3.3.3.1 Ocupação e utilização da superfície do espaço público — com estrutura fixa ao solo ou inamovível — de caráter não dura-douro ou inferior a um ano.

Dia/m2 ou fração . . . . . . . . 0,90 A taxa é diária, sendo a taxa devida proporcional ao número de dias e aos m2 de ocupação (Taxa ×× n.º dias × m2)

4. Publicidade4.1. Afixação, Inscrição, instalação e difusão de publicidade . . . . . A taxa aplicável à publicidade em edifícios e à publicidade em edifícios, luminosa ou

diretamente iluminada, tem uma redução de 75 % e de 60 %, respetivamente, quandoaplicada a fachadas interiores de lojas e lugares em mercados municipais.

4.1.1. Publicidade em mobiliário urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M2/dia /mensagem . . . . . . . 0,40 A taxa a liquidar resulta da aplicação da fórmula: [(Taxa × (1+ CR)) × CL].CR (condição de realização) assume três valores: a) 25 % quando a publicidade é lumi-

nosa ou diretamente iluminada; b) 150 % quando a publicidade utiliza dispositivoseletrónicos; c) 400 % quando a publicidade utiliza circuitos de televisão e vídeo.

CL (coeficiente de localização) é igual a 2 quando a publicidade for colocada fora do localonde o anunciante exerce a sua atividade, sendo igual a 1 em todos os demais casos.

Page 31: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série —

N.º 175 — 8 de setem

bro de 2015 26021

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

4.1.2. Publicidade em edifícios ou em outras construções, visível ou percetível do espaço público.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40

4.1.3. Outros tipos de publicidade, designadamente projeções publici-tárias, não incluídos nos números anteriores.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40

4.1.4. Publicidade em mobiliário urbano, edifícios ou em outras cons-truções, visível ou percetível do espaço público ou em outros tipos de publicidade — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

M2/dia /mensagem . . . . . . . 0,85 Taxa a liquidar quando se verifica CL= 2, i.e, publicidade feita fora do local onde oanunciante exerce a atividade e não se verificam outras condições de realização.

4.1.5. Utilização de projeção de focos ou feixes luminosos para difusão de publicidade.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 0,85 Esta taxa é liquidada quando se verifica a utilização de projeção de focos ou feixes lu-minosos. É multiplicada por 2 (CL= 2) quando feita fora do local onde o anuncianteexerce a atividade.

4.1.5.1. Utilização de projeção de focos ou feixes luminosos para difusão de publicidade — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 1,70 Taxa a liquidar quando se verifica CL= 2, i.e, publicidade feita fora do local onde oanunciante exerce a atividade.

4.1.6. Publicidade luminosa ou diretamente iluminada . . . . . . . . . . . . M2/dia /mensagem . . . . . . . 0,55 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — luminosa ou diretamenteiluminada.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL= 2) quando feita fora do local onde o anuncianteexerce a atividade.

4.1.6.1. Publicidade luminosa ou diretamente iluminada — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

M2/dia /mensagem . . . . . . . 1,05 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — luminosa ou diretamenteiluminada e CL= 2.

4.1.7. Publicidade difundida por meio de dispositivos eletrónicos . . . M2/dia /mensagem . . . . . . . 1,05 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — utilização de dispositivoseletrónicos.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL= 2) quando feita fora do local onde o anuncianteexerce a atividade.

4.1.7.1. Publicidade difundida por meio de dispositivos eletrónicos — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

M2/dia /mensagem . . . . . . . 2,10 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — utilização de dispositivoseletrónicos e CL= 2.

4.1.8. Publicidade com ligação a circuitos de TV e vídeo . . . . . . . . . . M2/dia /mensagem . . . . . . . 2,10 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — utilização de circuitosde TV e Vídeo.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL= 2) quando feita fora do local onde o anuncianteexerce a atividade

4.1.8.1. Publicidade com ligação a circuitos de TV e vídeo — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

M2/dia /mensagem . . . . . . . 4,20 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realização — utilização de circuitos deTV e Vídeo e CL= 2.

4.1.9. Publicidade em unidades móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M2/dia /mensagem . . . . . . . 0,40

5. Tráfego5.1. Transportes de Aluguer em Veículos de passageiros:5.1.1. Pedido de admissão a concurso de atribuição de licença para o

exercício da atividade de transportes de aluguer.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 15,10 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Trans-

porte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Município de Lisboa.5.1.2. Emissão de licença para o exercício da atividade de transportes

de aluguer para veículos ligeiros.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 371,60 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Trans-

porte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Município de Lisboa.5.1.3. Pedido de substituição de veículos, com licenças de aluguer

válida.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 94,00 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Trans-

porte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Município de Lisboa.5.1.4. Transmissão da licença para o exercício da atividade de trans-

portes de aluguer para veículos ligeiros.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 295,55 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Trans-

porte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Município de Lisboa.5.1.5. Passagem de duplicados, 2as vias ou substituição de documentos

relacionados com o exercício da atividade de transportes de aluguer.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 81,35 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Trans-porte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Município de Lisboa.

5.2. Outras Atividades:5.2.1. Licenças de condução e trânsito (ciclomotores e motociclos) Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 56,00 A taxa aplica-se também a 2.as vias, alterações e averbamentos.

Page 32: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26022 D

iário da República, 2.ª série — N.º 175 —

8 de setembro de 2015

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

5.2.2. Licenciamento para atribuição de zona de estacionamento proi-bido “Exceto Hotel” — 1.º Ano.

Por cada/zona . . . . . . . . . . . 296,10

5.2.2.1. Licenciamento simplificado para atribuição de zona de estacio-namento proibido “Exceto Hotel”

Por cada/zona . . . . . . . . . . . 98,70 O licenciamento simplificado pode ser requerido, em cada ano, durante um máximo detrês anos.

5.2.2.2. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona verde e restante cidade.

Por lugar/ano . . . . . . . . . . . 1 000,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacio-namento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.2.3. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona amarela.

Por lugar/ano . . . . . . . . . . . 1 500,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacio-namento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.2.4. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona vermelha.

Por lugar/ano . . . . . . . . . . . 2 000,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacio-namento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.3. Autorização para colocação de chapas do artigo 50 . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 52,205.2.4. Condicionamentos temporários de trânsito (por troço de via

e/ou cruzamento).Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 99,80

5.2.4.1. Alteração de data/local de condicionamento temporário de trân-sito.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 59,95

5.2.5. Instalação de posteletes (veículos pesados de transportes de passageiros, para fins turísticos).

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 181,00 Esta taxa tem associado o pagamento anual de 1/3 do seu valor para cobertura dos gastosde manutenção/reparação/reposição do equipamento envolvido.

5.2.5.1. Manutenção de posteletes (veículos pesados de transportes de passageiros, para fins turísticos) -

Por cada e por ano . . . . . . . 60,35

5.2.6. Paragem de início de circuitos regulares urbanos para veículos pesados de passageiros para fins turísticos.

Por cada/ano ou fração. . . . 3 914,20 O valor da taxa é dado pelo valor mês/m2 de ocupação do espaço público cf. RegulamentoMunicipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas(12,50 €) considerando uma ocupação padrão de 25 m e por 12 meses (12,50 € × 12× 25), com a atualização prevista no Regulamento Geral de Taxas, Preços e OutrasReceitas do Município de Lisboa.

5.2.7. Contagens de tráfego por gráfico de intensidade ou quadro es-tatístico.

Por ponto de contagem e por hora.

33,40

5.2.8. Pedidos de informação sobre sinalização existente (por troço de via e/ ou cruzamento).

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 62,25

6. Higiene Urbana, Saneamento e Resíduos Sólidos6.1. Serviços Médico-Veterinários:6.1.1. Incineração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 13,45

7. Gestão Cemiterial7.1. Inumações:7.1.1. Inumação em Sepultura Temporária ou compartimento de de-

composição aeróbia.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 85,00

7.1.2. Inumação em Sepultura Perpétua. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 145,657.1.3. Inumação em Cendrário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 52,007.1.4. Inumação em Jazigo Particular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 189,557.1.5. Inumação — Jazigo Municipal — 1 ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . . . . . . . . . 116,80 A Inumação em Jazigo Municipal (JM) por um ano é apenas permitida em caso de

renovações.7.1.6. Inumação — Jazigo Municipal — 5 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . Por 5 anos. . . . . . . . . . . . . . 306,157.1.7. Inumação — Jazigo Municipal — 25 anos . . . . . . . . . . . . . . . . Por 25 anos. . . . . . . . . . . . . 1 712,607.1.8. Inumação — Ossário Municipal — 1 ano . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . . . . . . . . . 98,10 A Inumação em Ossário Municipal (OM) por um ano é apenas permitida em caso de

renovações.7.1.9. Inumação — Ossário Municipal — 5 anos . . . . . . . . . . . . . . . . Por 5 anos. . . . . . . . . . . . . . 201,657.1.10. Inumação — Ossário Municipal — 25 anos . . . . . . . . . . . . . . . Por 25 anos. . . . . . . . . . . . . 615,107.1.11. Inumação — Columbário Municipal ou Individual — 1 ano Por ano . . . . . . . . . . . . . . . . 95,45 A Inumação em Columbário Municipal (CM) por um ano é apenas permitida em caso

de renovações.7.1.12. Inumação — Columbário Municipal ou Individual — 5 anos Por 5 anos. . . . . . . . . . . . . . 188,45

Page 33: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série —

N.º 175 — 8 de setem

bro de 2015 26023

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

7.1.13. Inumação — Columbário Municipal ou Individual — 25 anos Por 25 anos. . . . . . . . . . . . . 562,107.2. Exumações:7.2.1. Exumações — Sepultura Temporária ou compartimento de de-

composição aeróbia — Marcação e abertura de sepultura.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 34,75

7.2.2. Exumações — Sepultura Temporária ou compartimento de de-composição aeróbia — Exumação e limpeza ossada.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 62,45

7.2.3. Exumações — Sepultura Perpétua — Marcação e abert. sepul-tura.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 89,85

7.2.4. Exumações — Sepultura Perpétua — Exumação e limpeza os-sada.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 92,75

7.2.5. Verificação de Condições de Exumação em urna metálica em Jazigo Municipal ou Particular e exumação se possível.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 94,90

7.3. Cremações:7.3.1. Cremação — 1a marcação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 148,607.3.2. Cremações de ossadas dos Cemitérios Municipais de Lisboa Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 37,157.3.2.1. Cremações de ossadas provenientes de outros espaços cemi-

teriais.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 74,25

7.4. Depósitos Temporários:7.4.1. Depósito temporário de urnas — por 24 h/fração . . . . . . . . . . . Por 24h ou fração . . . . . . . . 15,55 Taxa aplicável aquando da tramitação de processo incompleta.7.4.2. Depósito temporário de urnas — por 15 d/fração . . . . . . . . . . . Por 15 dias ou fração . . . . . 18,55 Taxa aplicável para efeito de obras.7.4.3. Depósito temporário de urnas — por ano/fração. . . . . . . . . . . . Por ano ou fração . . . . . . . . 68,50 Taxa aplicável nos casos de inexistência temporária de ossários.7.4.4. Depósito Temporário de Urna em Câmara Frigorífica . . . . . . . Por 24h ou fração . . . . . . . . 30,507.5. Transladações:7.5.1. Transladações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 182,257.6 Outras atividades e serviços:7.6.1. Utilização da Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por 24 h . . . . . . . . . . . . . . . 74,807.6.2. Averbamento de JP ou de SP ou emissão de título ou alvará. . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 45,907.6.2.1. Emissão de vias de título ou alvará . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 166,607.6.3. Emissão/renovação cartão de: compartimento municipal, entrada

viaturas particulares, identificação de construtor funerário e respetivos empregados.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 41,65

7.6.3.1 2.ª via do cartão de compartimento municipal, entrada viaturas particulares, identificação de construtor funerário e respetivos empregados.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 83,30

7.6.4. Transferência de circunscrição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 114,407.6.5. Autorização p/ inumação/cremação de não falecidos nem resi-

dentes em Lisboa.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 284,60

7.6.6. Remoção, inutilização e transporte a vazadouro de revestimento de sepulturas temporárias.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 55,60 Inclui recolocação do revestimento nas sepulturas repetidas.

7.6.7. Soldagem de Urna de zinco dentro do cemitério . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 52,207.6.8. Entrada de betoneiras pequenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 20,807.6.8.1 Entrada de Betoneiras — Betoneiras grandes . . . . . . . . . . . . . . Por cada/dia . . . . . . . . . . . . 46,857.6.9. Utilização de água e energia dentro dos cemitérios. . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 20,807.7 Concessão de Terrenos:7.7.1. Concessão de terrenos para Sepulturas Perpétuas . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 9 718,107.7.2. Concessão de terrenos para Jazigos Particulares . . . . . . . . . . . . Por m2/fração . . . . . . . . . . . 1 619,70 Cf. Regulamento dos Cemitérios Municipais de Lisboa são devidos 50 % do valor pela

autorização da transmissão entre vivos dos concessionários.

Page 34: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26024 D

iário da República, 2.ª série — N.º 175 —

8 de setembro de 2015

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

8. Ambiente e Espaços Verdes

8.1. Licenças Especiais de Ruído:8.1.1. Licença Especial de Ruído — Licenciamento . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 164,858.1.2. Licença Especial de Ruído — Fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 81,35 A taxa a liquidar resulta da aplicação da seguinte fórmula, conforme fixado no Regu-

lamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa: Taxa aLiquidar = T × Base * (1 + ∑CR). A aplicação desta taxa implica, assim, a verificaçãoda ocorrência dos diferentes CR — condições de realização, para aplicação cumulativa,se mais do que uma, dos respetivos valores e apuramento do valor final a liquidar.

A T × Base é esta, publicada todos os anos para a componente de fiscalização dasLER.

∑CR é a soma do valor dado a cada uma das seguintes condições de realização:Duração do evento superior a 4 horas (25 %);Dimensão do evento: entre 1.000 e 5.000 pessoas (20 %); entre 5.001 e 20.000 pessoas

(250 %); superior a 20.000 pessoas (500 %); Potencia Sonora entre 2.000 e 10.000 W(30 %); entre 10.000 e 20.000 W (300 %); superior a 20.000 W (600 %);

Horário de Realização do Evento: das 20.00H às 23.00H (20 %); das 23.00H às 8.00H(100 %);

Obras de Construção Civil: quando ao Fim de Semana (50 %); Outros Eventos: quandoem dias Úteis (50 %); Proximidade de Recetores Sensíveis menor do que 100 m (30%); Espaço Aberto (30 %).

8.1.2.1. Duração do evento superior a 4 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 20,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.2. Dimensão do evento entre 1000 e 5000 pessoas . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 16,30 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.3. Dimensão do evento entre 5000 e 20000 pessoas . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 203,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.4. Dimensão do evento superior a 20000 pessoas . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 406,75 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.5. Potencia Sonora entre 2000 e 10000 W. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.6. Potencia Sonora entre 10000 e 20000 W. . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 244,00 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.7. Potencia Sonora superior a 20000 W. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 488,15 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.8. Horário de Realização do Evento — das 20.00H às 23.00H. . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 16,30 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.9. Horário de Realização do Evento — das 23.00H às 8.00H. . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 81,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.10. Obras de Construção Civil — Fim de Semana . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 40,65 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.11. Outros Eventos — Dias Úteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 40,65 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.12. Proximidade de Recetores Sensíveis — Menor que 100 m . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.13. Espaço Aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou defiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.2. Ocupação Temporária de Espaço Verde:8.2.1. Ocupação Temporária de Espaço Verde — Taxa administrativa Por processo . . . . . . . . . . . . 27,95

Page 35: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série —

N.º 175 — 8 de setem

bro de 2015 26025

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

8.2.2. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível I de manu-tenção.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 0,55 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras.Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desincentivo de 45 %

a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público do espaço verde(0,55 € × 1,45).

8.2.3. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível II de manu-tenção

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras.Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desincentivo de

45 % a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público doespaço verde (1,75 € × 1,45).

8.2.4. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível III de manu-tenção

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 3,85 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras.Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desincentivo de

45 % a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público doespaço verde (3,85 € × 1,45).

9. Atividades económicas

9.1. Mercados, Feiras e Venda Ambulante:9.1.1. Inscrição — Comerciantes, empregados e moços . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 75,15 Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa; a

renovação do cartão ou 2.ª via tem redução de 75 %. Se for fora de prazo, essa reduçãoé de 50 %.

9.1.2. Exercício anual — Moços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . . . . . . . . . 39,159.2. Feiras e Venda Ambulante:9.2.1. Taxa de Ocupação de Feiras e Venda Ambulante . . . . . . . . . . . M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 1,60 A taxa segue o regime transitório previsto no Regulamento Geral de Taxas, Preços e

Outras Receitas do Município de Lisboa para a sua integral aplicação num prazode 10 anos, com início em 2010. A Deliberação 13/AM/2013 suspende em 2013e 2014, a aplicação do coeficiente anual (Cn) definido no n.º 1 do artigo 38.º doRegulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa,relativo às normas de salvaguarda previstas para as licenças de ocupação atribuídasaté 18 de julho de 2005, mantendo-se em vigor os valores de 2012 durante aqueleperíodo para os detentores destas licenças e retomando-se a aplicação anual do citadocoeficiente em 2015.

A taxa a cobrar em 2015 será dada pela soma da taxa cobrada em 2014 (regime transitório —3.º ano), acrescida da diferença entre a taxa publicada em 2015 e a cobrada em 2014afeta de um coeficiente de 40 %. As reduções aplicáveis a esta ocupação são de 75 %para os artigos usados na Feira da Ladra.

9.2.1.1. Taxa de Ocupação de Feiras e Venda Ambulante — Lugares de venda a título acidental em feiras.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 2,40 Excetuam-se deste âmbito as taxas relativas às licenças de venda de artigos usados atri-buídas a título acidental na Feira da Ladra.

9.2.1.2. Licença para venda de artigos promocionais, venda de produ-tos alimentares em unidades amovíveis e venda de artigos desportivos.

M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 3,60 As reduções aplicáveis a esta ocupação são de 75 % para os artigos usados na Feira daLadra.

9.2.2. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máquinas de Diver-são — Título de Registo e Licença de Exploração Anual.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 159,55 Decreto-Lei n.º 264/2002 de 25 de novembro e Decreto-Lei n.º 310/2002 de 18 de dezem-bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de dezembro.

No caso da Licença de Exploração Anual a taxa respeita a cada ano civil.9.2.2.1. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máquinas de

Diversão — Licença de Exploração SemestralPor cada /semestre . . . . . . . 79,75

9.2.2.2. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máquinas de Di-versão — 2.ª Via Título de Registo, 2.ª Via da Licença de Exploração e Averbamentos ao registo por transferência de propriedade ou alteração do tema de jogo.

Por cada/ano. . . . . . . . . . . . 53,20 Decreto-Lei n.º 264/2002 de 25 de novembro e Decreto-Lei n.º 310/2002 de 18 de dezem-bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de dezembro.

Page 36: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26026 D

iário da República, 2.ª série — N.º 175 —

8 de setembro de 2015

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

9.2.3. Licenciamentos — Venda Ambulante de Lotarias; Arrumador de Automóveis; Guarda-Noturno.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 60,65 Decreto-Lei n.º 264/2002 de 25 de novembro e Decreto-Lei n.º 310/2002 de 18 dedezembro.

No caso da Venda Ambulante de Lotarias; Arrumador de Automóveis; Guarda Noturnoa taxa respeita a cada ano civil.

9.2.4. Licenciamento de Recintos Itinerantes ou Improvisados — Taxa de Emissão de licença

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 324,85 As lotações dos recintos são fixadas pela comissão das vistorias sendo expressas nocorrespondente auto e no título de licenciamento de funcionamento.

9.2.5. Licenciamento de Recintos Itinerantes ou Improvisados — Vis-toria Comissão de Vistoria.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 383,35 As lotações dos recintos são fixadas pela comissão das vistorias sendo expressas nocorrespondente auto e no título de licenciamento de funcionamento.

As vistorias só serão ordenadas depois de pagas as taxas.Não se realizando a vistoria por motivo alheio ao serviço municipal, só poderá ordenar-se

outra vistoria depois de pagas novas taxas.9.2.5.1. Licenciamento Recintos Itinerantes ou Improvisados — Taxa de

acompanhamento de evento/por semana.Por cada/semana. . . . . . . . . 383,35 Valor da taxa de comissão de vistoria.

9.3. Mercados, Lojas e Lugares:9.3.1. Taxa de Ocupação de Mercados (Taxa Normal) . . . . . . . . . . . . M2/mês . . . . . . . . . . . . . . . . 16,90 Aplica-se a 100 % a Lojas até 40 m2: 1) Mercados categoria A (Alvalade Norte, Arroios,

Benfica, Campo de Ourique, Ribeira e 31 de janeiro) com exceção de lojas com áreasuperior a 100 m2, com licenças concedidas depois de 19/07/2005, inclusive; 2) Mer-cados do Colégio Militar e Praça de Espanha.

Aplica-se com as reduções previstas no Regulamento Geral aos mercados de categoria B(todos os mercados que não são A) e às atividades/ocupações aí elencadas.

A taxa segue o regime transitório previsto no Regulamento Geral de Taxas, Preços eOutras Receitas do Município de Lisboa para a sua integral aplicação num prazo de10 anos, com início em 2010. A Deliberação 13/AM/2013 suspendeu em 2013 e 2014,a aplicação do coeficiente anual (Cn) definido no n.º 1 do artigo 38.º do RegulamentoGeral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, relativo às normas desalvaguarda previstas para as licenças de ocupação atribuídas até 18 de julho de 2005,mantendo-se em vigor os valores de 2012 durante aquele período para os detentoresdestas licenças e retomando-se a aplicação anual do citado coeficiente em 2015.

A taxa a cobrar em 2015 será dada pela soma da taxa cobrada em 2014 (regime transitório —3.º ano), acrescida da diferença entre a taxa publicada em 2015 e a cobrada em 2014afeta de um coeficiente de 40 % A conversão desta taxa em metros lineares resulta de1 ml=2,2 m2, pelo que a taxa de ocupação mensal, para 2015, é de 35,69€/ml.

9.3.2. Taxa de Ocupação de Mercados — Agências Bancárias e Si-milares

M2/mês . . . . . . . . . . . . . . . . 26,10 Aplica-se a todos os mercados.

9.3.3. Eventos pontuais- Ocupação até 10 m2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56,30 Taxa mínima cobrada é de 56,30 € /dia.9.3.3.1. Eventos pontuais — Área excedente a 10m2, de 11 m2 a 100 m2 M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 4,00 Desincentivo para área excedente a 10 m2, entre 11 m2 e 100 m2 (323 %).9.3.3.2. Eventos pontuais — Área excedente a 100 m2 . . . . . . . . . . . . . M2/dia. . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00 Desincentivo para área excedente a 100 m2 (112 %).9.3.3.3. Mercado das Coleções (Domingos) ou Equiparado —Mesa/

Expositor.Ml/mês . . . . . . . . . . . . . . . . 11,45 Resulta da taxa ocupação ml/dia multiplicado pelo n.º médio de domingos/mês, agravado

em 100 %.9.4. Taxa Municipal Turística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aplicam -se as isenções constantes no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras

Receitas do Município de Lisboa.9.4.1. Taxa de Dormida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por hóspede e por noite . . . 1,00 A Taxa de Dormida aplica-se por hóspede/noite, até a um máximo de 7 noites, com

aplicação das demais disposições constantes do Regulamento Geral de Taxas, Preçose Outras Receitas do Município de Lisboa.

9.4.2. Taxa de Chegada por Via Aérea. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por passageiro . . . . . . . . . . 1,00 A Taxa de Chegada aplica-se por passageiro que desembarque no Aeroporto de Lisboacom aplicação das demais disposições constantes do Regulamento Geral de Taxas,Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

9.4.3. Taxa de Chegada por Via Marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por passageiro . . . . . . . . . . 1,00 A Taxa de Chegada aplica-se por passageiro que desembarque de navio de cruzeiro emescala, nos terminais de navios no concelho de Lisboa com aplicação das demaisdisposições constantes do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas doMunicípio de Lisboa.

Page 37: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série —

N.º 175 — 8 de setem

bro de 2015 26027

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem Unidade Valor unitário da taxa Observações

10. Serviços de Bombeiros e Proteção Civil10.1. Serviços de Bombeiros:10.1.1. Recursos Humanos — Chefe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por homem/hora. . . . . . . . . 26,6510.1.2. Recursos Humanos — Subchefe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por homem/hora. . . . . . . . . 19,8510.1.3. Recursos Humanos — Sapador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por homem/hora. . . . . . . . . 16,5510.1.4. Viaturas — Administrativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Viatura/hora . . . . . . . . . . . . 10,0010.1.5. Viaturas — Ligeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Viatura/hora . . . . . . . . . . . . 21,6510.1.6. Viaturas — Pesadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Viatura/hora . . . . . . . . . . . . 25,8010.1.7. Viaturas — Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Viatura/hora . . . . . . . . . . . . 51,4010.1.8. Sistema Automático de Deteção de Incêndios — SADI — Liga-

ção nicial à central de Comunicações e Gestão de Meios Opera-cionais (CCGMO) do Regimento de Sapadores Bombeiros.

Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 279,85

10.1.9. SADI — Utilização (mês) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por mês. . . . . . . . . . . . . . . . 56,3010.1.10. SADI — Alarme injustificado, com deslocação de piquete de

reconhecimento.Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 128,30

10.2. Serviços de Proteção Civil:10.2.1. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasio-

nais.Por hora/equipa . . . . . . . . . 62,80

10.2.2. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasionais (após as 20 horas).

Por hora/equipa . . . . . . . . . 94,25

10.2.3. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasionais (ao fim de semana).

Por hora/equipa . . . . . . . . . 125,70

10.3. Taxa Municipal de Proteção Civil:10.3.1. Sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos ou frações10.3.1.1. Prédios urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/ o valor patrimonial do

imóvel.0,04 % Estão isentos os prédios urbanos cujo valor patrimonial seja inferior a 20.000 euros,

conforme Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município deLisboa.

10.3.1.2. Prédios urbanos degradados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/ o valor patrimonial do imóvel.

0,30 %

10.3.1.3. Prédios devolutos ou em ruínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/ o valor patrimonial do imóvel.

0,60 %

10.3.2. Sobre atividades ou usos de risco acrescido em edifícios, recintos ou equipamentos.

10.3.2.1. Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.2. Rede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.3. Rede de distribuição de eletricidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.4. Rede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.5. Infraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.6. Infraestrutura portuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 50 000,0010.3.2.7. Postos de abastecimento de combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . . . . . . . . . 2 500,0010.3.2.8. Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos:

Estacionamentos, Administrativos, Espetáculos e reuniões pú-blicas, Comerciais e gares de transportes, Desportivos e la-zer — Categoria de risco 3.

Por cada tipo de uso . . . . . . 2 400,00 Aplicam-se os critérios de avaliação das atividades/usos de risco acrescido que figuramno anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município deLisboa.

10.3.2.9. Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos:Estacionamentos, Administrativos, Espetáculos e reuniões pú-

blicas, Comerciais e gares de transportes, Desportivos e la-zer — Categoria de risco 4.

Por cada tipo de uso . . . . . . 4 800,00 Aplicam-se os critérios de avaliação das atividades/usos de risco acrescido que figuramno anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município deLisboa.

Page 38: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26028 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Tarifário do Serviço de Saneamento de Águas Residuais Urbanas 2015

Tarifas variáveis — € por m3 de águas residuais recolhidas (1)

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Geral. . . . . . . . 1.º Escalão (até 5 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,2198

2.º Escalão (>5 a 15 m3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,5787

3.º Escalão (>15 a 25 m3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,3621

4.º Escalão (mais de 25 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,7165

Familiar . . . . . 1.º Escalão (até 5 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,2198

2.º Escalão (> 5 m3 a [(n × 3,6 m3 + 2) - 5 m3]) (2) . . . . . . . . 0,5076

3.º Escalão (valores que excedam o 2.º escalão) . . . . . . . . . . 1,3621

Social . . . . . . . 1.º Escalão (até 15 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,2198

2.º Escalão (>15 a 25 m3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,3621

3.º Escalão (mais de 25 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,7165

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

1,6428

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (4) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,2321

Não domésticos regime transitório (3) . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, outras pessoas coletivas e profis-sionais liberais (exclui entidades de natureza pública e do Setor Empresarial do Estado).

0,4107

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (4) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,3080

Tarifas de disponibilidade — € por 30 dias

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Geral e Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,9990

Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Isentos

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrí-colas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

1.º Nível (calibre 15 mm) . . . 7,4453

2.º Nível (calibre > 15 mm). . . 8,9343

Pessoas coletivas de declarada utilidade pú-blica (4).

1.º Nível (calibre 15 mm) . . . 5,6112

2.º Nível (calibre > 15 mm). . . 6,7334

Notas(1) O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido. (2) n representa o n.º de elementos do agregado familiar.(3) Regime transitório (tarifário para 2015) — aplicável aos consumos de água que excedam o consumo mínimo de referência estabelecido no regulamento tarifário (50 m3 por 30 dias).(4) Instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades legalmente constituídas, de reconhecida utilidade pública cuja

ação social o justifique.

Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos 2015

Tarifas variáveis — € por m3

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Geral e social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1710

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

0,8023

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1710

Page 39: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 26029

Tarifas de disponibilidade — € por 30 dias

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,2333

Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Isentos

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

7,8956

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,2333

Grandes produtores — € por Ton

Grandes Produtores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Variável em função da fórmula expressa no artigo 54.º do regulamento Tarifário do Serviço de RU.

De 45,00a 80,00

Regime transitório não domésticos (2) . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

0,4012

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,0855

Notas(1) Instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem

fim lucrativo ou outras entidades legalmente constituídas, de reconhecida utilidade pública cuja ação social o justifique.

(2) Regime transitório: primeiros 2 meses — período de recenseamento dos grandes produtores; aplicável aos utilizadores não domésticos com consumos de água superiores a 50 m3 por 30 dias.

Valores da Taxa Municipal de Proteção Civil

TABELA 1

Edifícios, recintos e equipamentos — atividades ou usosde risco acrescido

Prédio/Equipamento Valor da taxa anual

Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de eletricidade . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura portuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadePostos de abastecimento de combustíveis . . . . 2 500€/por posto

TABELA 2

Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos

(Em euros)

Utilização — Tipo (UT)

Categoria de risco

1 2 3 4

II) Estacionamentos . . . . . . . . . . . . . . 2 400 4 800III) Administrativos . . . . . . . . . . . . . . 2 400 4 800VI) Espetáculos e reuniões públicas 2 400 4 800VIII) Comerciais e gares de transportes 2 400 4 800IX) Desportivos e lazer . . . . . . . . . . . 2 400 4 800

Categorias de risco por utilização -tipo definidas por referência ao Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro.

TABELA 3

Categorias de risco

Categoria Risco

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reduzido.2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Moderado.3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Elevado.4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Muito Elevado.

Critérios de avaliação das atividades/Usos de risco acrescido

Categorias de risco da utilização — Tipo II «Estacionamentos»

Caraterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifícios destinados exclusivamente à recolha de veículos e seus reboques, fora da via pública, ou recintos delimitados ao ar livre, para o mesmo fim.

Categoria

Critérios referentes à utilização — tipo II, quando integrada em edifício

Ao ar livreAltura da UT II Área bruta ocupada pela UT II

Números de pisos ocupadospela UT II abaixo

do plano de referência

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 3 200 m2 ≤ 1 —2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 9 600 m2 ≤ 3 —3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 32 000 m2 ≤ 5 Sim4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 32 000 m2 > 5 Sim

Page 40: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

26030 Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015

Categorias de risco da utilização — Tipo III «Administrativos»Caraterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifício onde se desenvolvam atividades administrativas, de atendimento ao público ou de

serviços, nomeadamente escritórios.

Categoria

Critérios referentes à utilização — tipo III

Altura da UT III Efetivo da UT III

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 1002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤ 5 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m > 5 000

Categorias de risco da utilização — Tipo VI «Espetáculos e reuniões públicas»Caraterização: Corresponde a edifícios, partes de edifícios, recintos itinerantes ou provisórios e ao ar livre que recebam público destinados a

espetáculos e reuniões públicas, podendo ser, ou não, polivalentes e desenvolver as atividades em regime não permanente, nomeadamente pavilhões multiúsos, discotecas, bares com música ao vivo, circos, coliseus, entre outros.

Categoria

Critérios referentes à utilização — tipo VI, , quando integradas em edifício Ao ar livre

Altura da UT VINúmero de pisos ocupados

pela UT VI abaixodo plano de referência

Efetivo da UT VI Efetivo da UT VI

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 100 ≤ 1 0002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 000 ≤ 15 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 000 ≤ 40 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000 > 40 000

Categorias de risco da utilização — Tipo VIII «Comerciais e gares de transporte»Caraterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifício, recebendo público, ocupados por estabelecimentos comerciais onde se exponham e

vendam matérias, produtos, equipamentos ou outros bens, destinados a ser consumidos no exterior desse estabelecimento, nomeadamente centros comerciais, grandes superfícies, entre outros, ou ocupados por gares destinados a aceder a meios de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial, ou aéreo, incluindo as gares intermodais, constituindo espaço de interligação entre a via pública e esses meios de transporte, com exceção das plataformas de embarque ao ar livre.

Categoria

Critérios referentes à utilização — tipo VIII, quando integradas em edifício

Altura da UT VIIINúmero de pisos ocupados

pela UT VIII abaixodo plano de referência

Efetivo da UT VIII

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 1002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000

Categorias de risco da utilização — Tipo IX «Desportivos e de Lazer»Caraterização: Corresponde a edifícios, partes de edifícios e recintos, recebendo ou não público, destinados a atividades desportivas e de lazer,

nomeadamente estádios, pavilhões desportivos, autódromos, motódromos, parques de campismo, parques aquáticos, ginásios, entre outros.

Categoria

Critérios referentes à utilização — tipo VI e IX, quando integradas em edifício Ao ar livre

Altura da UT VI e IXNúmero de pisos ocupados

pela UT VI ou IXabaixo do plano de referência

Efetivo da UT VI ou IX Efetivo da UT VI ou IX

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 100 ≤ 1 0002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 000 ≤ 15 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 000 ≤ 40 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000 > 40 000

Efetivo: O efetivo dos edifícios e recintos, dado pelo número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto, corresponde ao somatório dos efetivos de todos os espaços suscetíveis de ocupação.

Categorias de Risco da Utilização: Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro.

Valores da Taxa Municipal TurísticaTaxa de dormida — 1 € por hóspede e por noite A) A Taxa de dormida só entra em vigor em 1 de janeiro de 2016B) A aplicação da taxa tem como valor máximo 7 € por hóspede

Taxa de chegada por via aérea — 1 € por passageiro A) A Taxa de chegada por via aérea aplica -se por passageiro que desembarque no Aeroporto de LisboaB) A Taxa de chegada por via aérea só entra em vigor em 1 de abril de 2015

Taxa de chegada por via marítima — 1 € por passageiro A) A Taxa de chegada por via marítima aplica -se por passageiro que desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios no

concelho de LisboaB) A Taxa de chegada por via marítima só entra em vigor em 1 de janeiro de 2016

208875222

Page 41: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7865

vez que subsistem abonos não pagos ao referido trabalhador correm éditos de 30 dias, a contar da publicação deste anúncio no Diário da República, para as pessoas que se julguem com direito ao recebimento dos mesmos, apresentarem os documentos comprovativos dos seus direitos.

24 de fevereiro de 2016. — O Presidente da Câmara, Luís Manuel Santos Correia.

309383505

MUNICÍPIO DE CASTRO DAIRE

Aviso n.º 2924/2016Para os devidos efeitos, torna -se público que, por despacho do signa-

tário, exarado em 22 de fevereiro de 2016, ao abrigo dos poderes confe-ridos pela alínea a) do n.º 2 do artigo 35.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual redação, conjugada com a alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º de Decreto -Lei n.º 209/2009, de 3 de setembro, foi prorrogada até 1 de setembro de 2016, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 97.º da LTFP, anexa à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na sua atual redação, a mobilidade interna do Assistente Técnico, Luís Filipe da Conceição Correia de Castro, como Técnico Superior (engenheiro civil), com efeitos a 02 de março de 2016.

29 de fevereiro de 2016. — O Presidente da Câmara Municipal, José Fernando Carneiro Pereira.

309391743

MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ

Edital n.º 214/2016Ao abrigo do disposto no artigo 101.º do Código do Procedimento

Administrativo, aprovado pelo DL n.º 4/2015 de 07/01, faz -se publico que a Câmara Municipal, na reunião de 22 de fevereiro de 2016, delibe-rou submeter a consulta pública para recolha de sugestões, a proposta de Alteração ao Regulamento Geral dos Mercados Municipais, durante o período de trinta dias úteis, contados a partir da data desta publicação no Diário da República. Mais se torna público que a proposta de Alteração ao RGMM já com as alterações/modificações incorporadas se encontra disponível na página eletrónica do município em www.cm -figfoz.pt e será afixado nos locais do costume e mercados municipais.

24 de fevereiro 2016. — O Presidente, João Albino Rainho Ataíde das Neves.

309387215

MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓ DOS VINHOS

Aviso (extrato) n.º 2925/2016Jorge Manuel Fernandes de Abreu, Presidente da Câmara Municipal

de Figueiró dos Vinhos, torna público que nos termos do artigo 101.º do código do procedimento administrativo, aprovado pela Lei n.º 4/2015, de 07 de janeiro e durante o período de 30 dias a contar do dia seguinte ao da publicação deste aviso no Diário da República, 2.ª série, é submetido a consulta pública o projeto de regulamento interno de funcionamento e de horários de trabalho do município de Figueiró dos Vinhos que foi aprovado, por unanimidade, em reunião de Câmara Municipal de 24 de fevereiro de 2016.

Durante o referido período poderão os interessados consultar, no gabinete jurídico, nas horas normais de expediente e em www.cm--figueirodosvinhos.pt (edital n.º 12/2016) o mencionado projeto e sobre ele formular quaisquer sugestões, reclamações ou observações, as quais deverão ser dirigidas, por escrito, ao Presidente da Câmara Municipal.

26 de fevereiro de 2016. — O Presidente da Câmara, Jorge Manuel Fernandes de Abreu.

309388309

MUNICÍPIO DE LAGOA (AÇORES)

Louvor n.º 78/2016Cristina Calisto Decq Mota, Presidente da Câmara Municipal de

Lagoa — Açores:Torna público, que esta Câmara Municipal, em sua reunião realizada

a 31 de julho de 2015, deliberou, por unanimidade, atribuir um Voto de

Louvor ao Subcomissário Rui Manuel Pereira Rodrigues, pela forma exemplar como exerceu o seu cargo que o torna merecedor do nosso mais vivo apreço, reconhecimento e gratidão.

Durante os últimos anos, o Subcomissário Rui Manuel Pereira Ro-drigues, foi um colaborador no desenvolvimento, em particular na se-gurança, do Concelho de Lagoa -Açores. Considerando a sua saída da esquadra da Polícia de Segurança Pública de Lagoa para comandar a esquadra de Vila Franca do Campo, cumpre -nos reconhecer a sua dedicação num cargo cujas funções desempenhou com elevado profis-sionalismo, rigor, zelo, competência e ética.

O seu trabalho e dedicação constituem um exemplo daquilo que deve ser o trabalho em prol da causa pública, neste caso concreto, que pugnou pelo bem -estar e também qualidade de vida dos lagoenses, sempre em parceria com as forças vivas do concelho.

O Subcomissário Rui Manuel Pereira Rodrigues, ao longo do exercício das suas funções, revelou, igualmente, ser uma pessoa de grande caráter e de enorme sensibilidade, demonstrada no trabalho desenvolvido jun-tamente com os seus colaboradores, no qual a notoriedade foi evidente, onde, nos últimos anos, se patenteou ao melhoramento dos índices de segurança do concelho, contribuindo, desta feita, para minimizar as dificuldades e inseguranças sentidas por muitos lagoenses, derivado a problemáticas como as toxicodependências, tráfico, furtos e violência.

19 de fevereiro de 2016. — A Presidente da Câmara Municipal, Cris-tina Calisto Decq Mota.

309369193

MUNICÍPIO DE LISBOA

Aviso n.º 2926/2016Torna -se público que, por deliberações tomadas nas reuniões de Câmara

Municipal realizadas e na Assembleia Municipal em 23 de dezembro de 2015 e 12 de janeiro de 2016, respetivamente, foi aprovada a alteração ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa, nos termos constantes dos anexos que fazem parte integrante do presente Aviso, cuja republicação é efetuada ao abrigo do n.º 2 do ar-tigo 62.º do DL n.º 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março.

28 de janeiro de 2016. — O Secretário -Geral, Alberto Laplaine Guimarães.

Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa

Com a aprovação do Regulamento n.º 391 -A/2010, publicado no Diário da República n.º 84, de 30 de abril de 2010, a Câmara Municipal de Lisboa procedeu à codificação dos procedimentos gerais quanto à liquidação, cobrança e pagamentos de taxas, bem como normas sobre preçários devidos ao município de Lisboa, com base, entre outros, no Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, na Lei das Finanças Lo-cais, na Lei Geral Tributária, no Código de Procedimento e de Processo Tributário e no Código do Procedimento Administrativo.

Dando continuidade ao esforço de codificação das taxas e tarifários do Município de Lisboa procedeu -se à introdução no Capítulo III das novas taxas e preços com regime especial, a saber, os tarifários do Serviço de Saneamento de Águas Residuais e do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos, a Taxa Municipal de Proteção Civil e a Taxa Municipal Turística, tendo -se procedido à eliminação da Taxa de Con-servação de Esgotos.

A aprovação dos Tarifários subjacentes ao Serviço de Saneamento de Águas Residuais e ao Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e correspondentes Tabelas de Preços, resulta de um imperativo legal em cumprimento da atual legislação dos respetivos setores, bem como das re-comendações da Entidade Reguladora da Água e Resíduos (ERSAR).

A Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, Lei de Bases da Proteção Civil, trouxe consigo um novo enquadramento a esta atividade levada a cabo pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais que exige a participação ativa e o esforço financeiro da administração pública nos seus vários níveis, bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas.

A Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro, ao fixar novo enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, reco-nhece a importância que os municípios têm na gestão destes riscos, em virtude da sua proximidade ao território e às populações.

As atribuições que assim se confiam aos municípios não podem ser desvalorizadas, tão pouco se pode desvalorizar o esforço financeiro que estas funções acarretam, pela quantidade, qualidade e prontidão dos meios a afetar a estas atribuições, a somar à proteção de pessoas e bens perante acidentes e ocorrências de menor gravidade, pelo que é criada

Page 42: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7866 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

a taxa municipal de proteção civil, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam.

A atividade turística no Município de Lisboa tem crescido assinala-velmente, sob todos os indicadores, assumindo uma importância funda-mental no contexto da dinamização da atividade económica da cidade e áreas circundantes.

Por outro lado, o sucesso do destino turístico, acarretando a presença temporária de uma população na Cidade que se junta à população residente, coloca um acréscimo de pressão no espaço urbano, nas infraestruturas e equipamentos públicos, reivindicando maior limpeza, reforço na segurança de pessoas e bens, na manutenção de espaço público, na sinalética e orga-nização, sob pena da excessiva ocupação/lotação e precoce degradação colocar em causa a sustentabilidade do crescimento do destino turístico. A par, é também verdade que a dinâmica turística induz um esforço adicional nas dinâmicas de vida da cidade como sejam as de natureza cultural e recreativa, artística, estatuária pública e monumental.

Pelo exposto, importa assegurar o financiamento do esforço que a cidade tem de desenvolver para ser e se manter um destino turístico atrativo, conciliando este objetivo com a necessidade de confinar o valor a pagar pelos turistas em patamares comportáveis no quadro da competitividade internacional e garantir a equidade do tributo face à intensidade do usufruto da cidade (entrada versus estada).

Assim sendo, estes meios necessários ao desenvolvimento do Tu-rismo terão que ser procurados na própria atividade turística, maxime na contribuição dos próprios turistas, pelo que é criada a taxa municipal turística, assegurando -se, contudo, que este desiderato é prosseguido na procura de soluções que não sejam demasiado onerosas para o turista, preservando a competitividade relativa de Lisboa no contexto interna-cional de destinos turísticos.

A Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que aprovou o novo regime financeiro das autarquias locais possibilita que os municípios criassem taxas, designadamente, pelas utilidades prestadas aos particulares, ge-radas pela atividade do município ou por atividades dos particulares, geradoras de impacto ambiental negativo.

Por fim, optou -se por eliminar a figura do preparo, tendo -se verificado, na prática, que o seu pagamento não cumpre a função de desincentivo a pedidos desnecessários, pelo que foi substituído, nas taxas em que era aplicável, pelo pagamento integral da taxa no momento do pedido.

Pelo exposto, procedeu -se à presente alteração do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas, dela fazendo parte integrante a Tabela de Taxas Municipais para o ano de 2015, cujo Projeto foi submetido a apreciação pública, tendo sido promovidos, durante o período de discus-são pública, a audição direta de entidades e, após o período de discussão pública o apuramento e a ponderação dos respetivos resultados.

TÍTULO IDisposições comuns

Artigo 1.ºLei habilitante

1 — O presente Regulamento e a correspondente Tabela de Taxas Mu-nicipais são elaborados ao abrigo e nos termos dos artigos 112.º e 241.º da Constituição da República Portuguesa, do Regime Financeiro das Autar-quias Locais, estabelecido pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, da Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, que estabelece o Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, e das alíneas b), e) e g) do n.º 1 do artigo 25.º e das alíneas e), k) e ccc) do n.º 1 do artigo 33.º, ambos da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

2 — São ainda leis habilitantes deste Regulamento:a) A Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), alterada

pelo Decreto -Lei n.º 245/2009, de 22 de setembro e pelo Decreto -Lei n.º 130/2012, de 22 de junho;

b) O Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 junho (Regime Económico e Fi-nanceiro dos Recursos Hídricos), bem como o Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto (Regime Jurídico dos Serviços Municipais de Abasteci-mento Público de Água, de Saneamento de Águas Residuais e de Gestão de Resíduos Urbanos), com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março, bem como o Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de novembro (Regime Geral da Gestão de Resíduos) e pela deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril (Re-gulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos).

c) A Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, bem como a Lei de Bases da Proteção Civil, aprovada pela Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro.

Artigo 2.ºÂmbito de aplicação

1 — O presente Regulamento estabelece o regime a que ficam sujei-tos a incidência, liquidação, cobrança e o pagamento de taxas e outras receitas na área do Município de Lisboa, fazendo parte integrante do mesmo a Tabela de Taxas Municipais.

2 — O presente Regulamento estabelece, igualmente, as formas de liquidação, cobrança e pagamento das taxas do Município de Lisboa, as isenções, reduções e agravamentos.

3 — O presente Regulamento estabelece, ainda, as regras gerais a que fica sujeita a fixação dos preços pela Câmara Municipal de Lisboa.

Artigo 3.ºLegislação subsidiária

De acordo com a natureza das matérias, às relações jurídico-tributárias geradoras da obrigação de pagamento de taxas ao Município de Lisboa aplicam -se ainda, subsidiária e sucessivamente:

a) O Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais;b) O Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades

Intermunicipais;c) A lei Geral Tributária;d) O Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais;e) O Código de Procedimento e de Processo Tributário;f) O Código de Processo nos Tribunais Administrativos;g) O Código do Procedimento Administrativo;h) O Código Civil e o Código de Processo Civil.

TÍTULO IIRegulamentação de taxas

CAPÍTULO IDisposições gerais

Artigo 4.ºIncidência objetiva

1 — As taxas previstas na Tabela de Taxas Municipais, anexa ao presente Regulamento, nele definidas, bem como noutros regulamentos, são devidas como contrapartida, entre outras, pela:

a) Concessão de permissões administrativas e pela mera comunica-ção prévia, prática de atos administrativos e satisfação administrativa de outras pretensões de caráter particular, a qual se denomina taxa administrativa;

b) Utilização e aproveitamento de bens do domínio público e pri-vado municipal, a qual se denomina taxa pela ocupação e utilização do espaço público;

c) Outras atividades previstas no presente regulamento, na lei ou em outros regulamentos municipais.

2 — O presente Regulamento não se aplica aos atos e factos previstos no Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas.

Artigo 5.ºIncidência subjetiva

1 — O sujeito ativo da relação jurídico-tributária geradora da obri-gação de pagamento das taxas e outras receitas previstas no presente Regulamento é o Município de Lisboa.

2 — O sujeito passivo da relação jurídico-tributária geradora da obrigação de pagamento das taxas e outras receitas previstas no presente Regulamento é a pessoa singular ou coletiva, o património ou a organi-zação de facto ou de direito que, nos termos da lei e dos regulamentos, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária ou de outro tipo, seja como contribuinte direto, substituto ou responsável.

3 — Caso sejam vários os sujeitos passivos, todos são solidariamente responsáveis pelo pagamento, salvo disposição em contrário.

Artigo 6.ºFundamentação económica e financeira

O valor das taxas e outras receitas foi fixado de acordo com o princípio da proporcionalidade, tendo em conta o custo da atividade dos órgãos e serviços do Município, designadamente os custos diretos e indiretos, os encargos financeiros, amortizações e futuros investimentos reali-zados ou a realizar, e o benefício auferido pelo particular, bem como, em casos específicos, de incentivo ou desincentivo à prática de certos

Page 43: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7867

atos e operações, conforme Tabela de Taxas Municipais, Relatório de Fundamentação Económica e Fundamentação das Isenções e Reduções, anexos ao presente Regulamento.

Artigo 7.ºPrincípios do procedimento tributário

Na liquidação, cobrança e pagamento de taxas e outras receitas, são realizadas todas as diligências necessárias à satisfação do interesse público e à descoberta da verdade material, de acordo com os princí-pios da legalidade, da igualdade, da proporcionalidade, da justiça, da imparcialidade e da celeridade.

Artigo 8.ºAtualização

1 — Os valores das taxas previstas na Tabela de Taxas Municipais, anexa ao presente Regulamento, são atualizados nos termos previstos na lei.

2 — Se da atualização resultar um valor não múltiplo de € 0,05, o valor da taxa será arredondado por defeito para o múltiplo de € 0,05 mais próximo se o valor que excede esse múltiplo for igual ou inferior a € 0,05 e, por excesso, para o múltiplo de € 0,05 mais próximo nos restantes casos.

CAPÍTULO IIDas isenções e reduções

SECÇÃO I

Isenções

Artigo 9.ºIsenções subjetivas

1 — Com exclusão das taxas com regime especial, estão isentos do pagamento, além dos casos previstos por lei:

a) As pessoas com deficiência com grau de incapacidade superior a 70 %;

b) As pessoas em situação de insuficiência económica;c) Os partidos políticos, coligações e associações sindicais e ainda

os movimentos de cidadãos, desde que registados de acordo com a lei, quanto às taxas de ocupação da via pública, de ruído, de licenciamento de recintos itinerantes e improvisados, de publicidade exterior ou da cedência de equipamentos e materiais logísticos e de divulgação para as suas atividades próprias;

d) As autarquias locais no que tange à realização de atividades próprias, organizadas em exclusivo pelas próprias autarquias e disponibilizadas em exclusivo e de forma não onerosa para os respetivos participantes;

e) As empresas municipais instituídas pelo Município, relativamente aos atos e factos decorrentes da prossecução dos seus fins, diretamente relacionados com as atividades objeto de contrato-programa ou contrato de gestão com o Município;

f) Os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa.

2 — Estão isentos da taxa de cremação e inumação em sepultura temporária, de depósito temporário de urna em câmara frigorífica, de utilização da capela, de transferência de circunscrição, de autorização para inumação/cremação de não falecidos ou recenseados em Lisboa, de certidões, atestados, termo de autenticação e requerimentos e de uti-lização de água e energia dentro dos cemitérios municipais, os pedidos formalizados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou atestados pela Segurança Social.

3 — Estão isentos do pagamento das taxas de ruído e ocupação do espaço público as coletividades, as associações e os grupos de cidadãos organizados, relativamente às atividades inseridas nas Festas da Cidade de Lisboa, durante o mês de junho.

4 — Estão isentos do pagamento de taxa municipal de proteção civil, os Estados estrangeiros quanto aos prédios destinados às respetivas embaixadas ou consulados, quando haja reciprocidade de tratamento.

5 — Estão, ainda, isentas do pagamento do valor das taxas de ocupação do espaço público, de ocupação pontual em mercados e feiras, de ruído, de licenciamento de recintos itinerantes e improvisados, de publicidade exterior ou da cedência de equipamentos e materiais logísticos e de divulgação, bem como das taxas administrativas, as pessoas coletivas de utilidade pública, as instituições particulares de solidariedade so-cial, as associações empresariais, comerciais, associações ou fundações culturais, sociais, religiosas, desportivas ou recreativas, legalmente

constituídas, relativamente a atos e factos que se destinem à direta e imediata realização dos seus fins, desde que:

a) A ocupação seja no seu exclusivo interesse ou a publicidade se refira exclusivamente à sua pessoa;

b) A pessoa coletiva não distribua quaisquer resultados ou por outro meio proporcione vantagens económicas aos associados ou membros dos órgãos sociais;

c) O exercício dos cargos sociais não seja remunerado.

6 — Os artistas de rua encontram -se isentos do pagamento de taxa administrativa, no âmbito da Ocupação do Espaço Público.

Artigo 10.ºIsenções objetivas

1 — Estão isentos de pagamento de taxa:a) Os atestados que se destinem a instruir processos para concessão de

abono de família e quaisquer outros que estejam isentos de Imposto do Selo;b) As certidões que comprovadamente sejam necessárias para instruir

processos junto dos serviços de finanças e das conservatórias;c) As trasladações realizadas dentro do mesmo cemitério, provenientes

de exumações;d) As filmagens, gravações ou sessões fotográficas, com ou sem fins

académicos, de relevante interesse cultural ou artístico;e) As filmagens e as gravações dos espaços ou de exposições ou com

tomada de vistas gerais, com o objetivo de promover a sua divulgação;f) As filmagens e as gravações promovidas pelas associações sem fins

lucrativos e pelos estabelecimentos de ensino;g) As afixações obrigatórias relativas a estabelecimentos comerciais

e serviços.

2 — Estão isentos do pagamento da taxa municipal de proteção civil os prédios que tenham sido classificados como Monumentos Nacionais, Imóveis de Interesse Público ou Imóveis de Valor Municipal, nos termos da legislação aplicável.

Artigo 11.ºIsenções em projetos de interesse municipal

1 — As pessoas singulares ou coletivas, de natureza privada, que executem, sem qualquer contrapartida de caráter pecuniário, comercial ou urbanístico, nomeadamente ao abrigo do estatuto do Mecenato, projetos de intervenção no âmbito das operações de qualificação, reabilitação e modernização do espaço, equipamentos e infraestruturas públicas, definidos pela Câmara Municipal de Lisboa, ficam isentas de taxas relativamente aos atos e factos constantes do respetivo programa.

2 — Podem ser isentos do pagamento de taxas os projetos de investi-mento considerados de relevante interesse para a cidade, nomeadamente que induzam à fixação de empresas em Lisboa, à criação de postos de trabalho, à inovação tecnológica, à coesão social e à proteção do ambiente.

3 — Serão aplicadas reduções, isenções ou suspensões temporárias das taxas devidas pelo exercício de atividades económicas, quando estas sofrerem alterações na sua atividade, provocadas por intervenções diretas do Município nomeadamente enquanto decorrerem obras de infraestruturas na rede viária ou outras.

Artigo 12.ºReconhecimento da isenção

1 — As isenções referidas nos números 1, 2 e 6 do artigo 9.º e nas alíneas a) a c) e f) do n.º 1 do artigo 10.º são reconhecidas pelo serviço competente para a liquidação da taxa e são de reconhecimento automático e de forma oficiosa.

2 — As isenções referidas nos números 3 a 5 do artigo 9.º, nas alí-neas d), e) e g) do n.os 1 e 2 do artigo 10.º dependem de requerimento dos interessados e são reconhecidas mediante despacho do Presidente da Câmara ou do Vereador com competência subdelegada na área dos serviços liquidadores.

3 — A isenção prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º é reconhe-cida segundo os mesmos critérios previstos no n.º 2 do artigo 44.º do presente regulamento.

4 — As isenções referidas nos n.os 1 e 3, bem como as reduções ou suspensões temporárias referidas no n.º 3, ambos do artigo 11.º, são re-conhecidas pela Assembleia Municipal, podendo ser objeto de protocolo que formalize as respetivas condições.

5 — As isenções referidas no n.º 2 do artigo 11.º são reconhecidas pela Assembleia Municipal, podendo ser objeto de protocolo que consagre as referidas condições.

6 — Os requerimentos para reconhecimento de isenção devem ser acompanhados dos documentos comprovativos de todos os factos dos quais depende esse reconhecimento.

Page 44: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7868 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

7 — Previamente ao reconhecimento da isenção, devem os Servi-ços, no respetivo processo, informar fundamentadamente o pedido e proceder à determinação do montante da taxa a que se reporta o pedido de isenção.

8 — O despacho que reconhece a isenção pode fazê -lo até ao limite de cinco (5) anos, bem como para futuros atos da mesma natureza e da mesma pessoa coletiva, até ao mesmo limite de cinco (5) anos, sem prejuízo da sua prorrogação nos termos da lei.

9 — A existência de dívidas ao Município de Lisboa, sem processo de reclamação graciosa ou outro legalmente admissível e garantia prestada, determina a perda dos benefícios fiscais referidos no número anterior.

10 — A taxação de ocupação do espaço público por toldos, esplanadas e outros elementos físicos tem por referência o valor de 12,5€/m2/mês, cabendo à Câmara Municipal, ouvidas a AHRESP e a UACS, propor anualmente à Assembleia Municipal, até à aprovação do Orçamento para o ano seguinte, as reduções e isenções, totais ou parciais, anuais ou plurianuais, que incidirão sobre aquela base de cálculo.

11 — A taxação de publicidade e ocupação do espaço público com mobiliário urbano, bem como a ocupação de espaço público por eventos de qualquer natureza, com exclusão das ocupações por obras, estaleiros ou bombas de combustível, tem por referência o valor de 12,5€/m2/mês, cabendo à Câmara Municipal, ouvidos os operadores interessados, propor anualmente à Assembleia Municipal, até à aprovação do Orçamento para o ano seguinte, as reduções e isenções, totais ou parciais, anuais ou plurianuais, que incidirão sobre aquela base de cálculo.

SECÇÃO II

Das reduções do valor das taxas

Artigo 13.ºCemitérios

1 — As taxas relativas à transladação e à inumação de ossadas e cinzas em, jazigos particulares ou municipais beneficiam de uma redução de 50 % e 75 %, respetivamente.

2 — A inumação de restos mortais subsequentes em compartimentos municipais beneficia de uma redução de 50 %.

3 — As isenções referidas nos números anteriores são reconhecidas pelo serviço competente para o deferimento do pedido e são de reco-nhecimento automático e de forma oficiosa.

Artigo 14.ºMercados e feiras

1 — As taxas de ocupação referentes aos mercados têm as seguin-tes reduções relativamente à taxa normal definida na Tabela de Taxas Municipais:

a) Nos mercados de categoria A, nas áreas superiores a 40 m2, cada m2, redução de 38 %;

b) Nos mercados de categoria A, nos lugares de peixe, por cada metro linear, redução de 4 %;

c) Nos mercados de categoria A, nos restantes lugares, por cada metro linear, redução de 24 %;

d) As lojas dos mercados de categoria B e as lojas dos mercados de categoria A, com área superior a 100 m2, nos primeiros 40 m2, por cada m2, redução de 27 %;

e) As lojas dos mercados de categoria B e as lojas dos mercados de categoria A, com área superior a 100 m2, nas áreas excedentes a 40 m2, por cada m2, redução de 52 %;

f) Nos mercados de categoria B, nos lugares de peixe, por cada metro linear, redução de 24 %;

g) Nos mercados de categoria B, restantes lugares, por cada metro linear, redução de 39 %;

h) As arrecadações privativas, por cada m2, redução de 53 %;i) As arrecadações coletivas, por cada m2, redução de 78 %.

2 — São mercados da categoria A os mercados de Alvalade Norte, Arroios, Benfica, Campo de Ourique, Ribeira e 31 de janeiro, sendo os restantes da categoria B.

3 — As taxas de ocupação para venda de artigos usados na Feira da Ladra têm uma redução de 75 % relativamente à taxa de ocupação de feiras e venda ambulante.

4 — Sofrem, igualmente, redução as seguintes taxas:a) As renovações ou segundas vias de cartão de comerciante, empre-

gados e moços têm uma redução de 75 % relativamente à taxa aplicável à inscrição/emissão de cartão, sendo aquela de 50 % no caso das reno-vações quando pedidas fora do prazo;

b) As taxas de publicidade em mercados, aplicada a fachadas interiores de lojas e lugares, têm uma redução de 75 % e de 60 % relativamente à

taxa aplicável à publicidade em edifícios e à publicidade em edifícios, luminosa ou diretamente iluminada, respetivamente;

c) O estacionamento em mercados para residentes, em período no-turno, e para os comerciantes, em período diurno, tem uma redução de 50 %.

Artigo 15.º

Outras reduções

Beneficiam de uma redução de 50 % do pagamento de taxa adminis-trativa, com reprodução de documentos, os estudantes e professores.

Artigo 16.º

Regime simplificado

As taxas que incidam sobre licenças ou autorizações limitadas no tempo, serão reduzidas, de acordo com os coeficientes estabelecidos na Tabela de Taxas Municipais, em caso de novo licenciamento ou autori-zação, desde que não ocorra alteração dos elementos do licenciamento ou autorização anteriores.

CAPÍTULO IIITaxas e Preços com regime especial

SECÇÃO I

Taxa Municipal de Direitos de Passagem

Artigo 17.º

Taxa municipal de direitos de passagem

1 — Nos termos previstos no artigo 106.º da Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro, no n.º 1 do artigo 12.º e no n.º 4 do artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 123/2009, de 21 de maio, é devida a taxa municipal de direitos de passagem (TMDP) prevista na Tabela de Taxas Municipais anexa ao presente Regulamento, pela utilização e aproveitamento dos bens do domínio público e privado municipal para a construção ou instalação de infraestruturas aptas ao alojamento de comunicações eletrónicas e pela utilização de infra -estruturas aptas ao alojamento de redes de comuni-cações eletrónicas que pertençam ao domínio público ou privativo das autarquias locais, por parte de empresas que ofereçam redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público.

2 — A TMDP é determinada com base na aplicação de um percentual sobre a fatura emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público.

3 — O percentual referido no número anterior é aprovado anualmente pelo Município até ao final do mês de dezembro do ano anterior a que se destina a sua vigência e não pode ultrapassar os 0,25 %.

SECÇÃO II

Comissão Arbitral Municipal

Artigo 18.º

Taxas no âmbito da atividade da Comissão Arbitral Municipal

1 — De acordo com o artigo 20.º do Decreto -Lei n.º 161/2006, de 8 de agosto, são devidas taxas pela determinação do coeficiente de conservação, pela definição das obras necessárias para a obtenção de nível de conserva-ção superior e pela submissão de um litígio a decisão da Comissão Arbitral Municipal (CAM) no âmbito da respetiva competência decisória.

2 — As taxas constituem receita municipal, a afetar ao funcionamento da Comissão, com os seguintes valores:

a) 1 Unidade de Conta (UC), pela determinação do coeficiente de conservação;

b) 0,5 UC pela definição das obras necessárias para a obtenção de nível de conservação superior;

c) 1 UC pela submissão de um litígio a decisão da CAM, sendo de 2UC nos casos em que haja discordância do nível de conservação que serviu de base ao coeficiente de conservação.

3 — Em tudo o mais, nomeadamente no que diz respeito à forma de pagamento dos valores previstos nas alíneas a) a c) do número anterior, rege o disposto no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 8 de agosto.

Page 45: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7869

SECÇÃO III

Tarifário do Serviço de Saneamento de Águas Residuais Urbanas

Artigo 19.ºTarifas do serviço de saneamento de águas residuais urbanasSão devidas tarifas pela prestação de serviços em gestão direta, as-

segurada pelas unidades orgânicas municipais ou por serviços muni-cipalizados no âmbito da atividade de gestão do sistema municipal de saneamento em baixa de águas residuais, constantes do Tarifário do Serviço de Recolha de Águas Residuais e respetivo Relatório de Fun-damentação Económica, anexo ao presente regulamento.

Artigo 20.ºIncidência das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Estão sujeitos às tarifas relativas ao serviço de saneamento de

águas residuais urbanas, os utilizadores finais da área do Município de Lisboa, que disponham de contrato com a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., empresa responsável pelo abastecimento de água no Município de Lisboa.

2 — Para efeitos da determinação das tarifas fixas e variáveis os utilizadores são classificados da seguinte forma:

a) Utilizador Doméstico, aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacionais.

b) Utilizador Não Doméstico, aquele que não esteja abrangido pelo número anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos setores empresariais do Estado e das autarquias.

Artigo 21.ºEstrutura tarifária do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Pela prestação do serviço de saneamento de águas residuais

urbanas são faturados aos utilizadores finais domésticos e não domés-ticos, as seguintes tarifas:

a) A tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia.

b) A tarifa variável, devida em função do volume de água consumido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressa em euros por m3 por cada 30 dias.

2 — As tarifas previstas no número anterior englobam a prestação dos seguintes serviços/atividades:

a) Execução, manutenção, limpeza, desobstrução e renovação de ramais de ligação do sistema predial ao sistema público, com as ressalvas previstas no artigo 25.º

b) Construção, manutenção e renovação do sistema público de sa-neamento.

c) Recolha e encaminhamento de águas residuais urbanas.d) Celebração ou alteração de contrato de recolha de águas residuais

urbanas.

3 — É ainda faturado o montante correspondente à repercussão do encargo suportado pelo Município relativo à Taxa de Recursos Hídricos nos termos do Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho e do Despacho 444/2009, do Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, publicado na 2.ª série do DR de 9 de janeiro.

Artigo 22.ºServiços auxiliares de recolha de águas residuais urbanas

Para além das tarifas de serviço de saneamento de águas residuais urbanas referidas no artigo 21.º, são cobradas pela Câmara Municipal de Lisboa, nos termos definidos na legislação aplicável, valores como contrapartida dos seguintes serviços auxiliares:

a) Análise de projetos de ramais de ligação.b) Análise dos projetos dos sistemas públicos de saneamento integra-

dos em operações de loteamento/urbanísticas.c) Execução de ramais de ligação, nas situações previstas no ar-

tigo 25.ºd) Informação sobre o sistema público de saneamento em plantas

de localização.

e) Informação sobre o ponto de ligação do sistema predial ao sistema público em planta.

f) Recolha, transporte, tratamento de lamas provenientes de fossas séticas recolhidas através de meios móveis.

g) Realização de vistorias aos ramais de ligação a pedido dos utili-zadores.

h) Outros serviços a pedido do utilizador.

Artigo 23.ºTarifa de disponibilidade do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Aos utilizadores domésticos do serviço de águas residuais urbanas,

aplica -se uma tarifa de disponibilidade única, devida em função do inter-valo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias.

2 — Aos utilizadores não domésticos aplica -se uma tarifa de disponi-bilidade, em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, e em função do calibre do contador:

a) 1.º Nível: Contadores de calibre 15 mm.b) 2.º Nível: Contadores com calibres > 15 mm.

Artigo 24.ºTarifa variável do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — A tarifa variável do serviço de saneamento de águas residuais

urbanas aplicável aos utilizadores finais domésticos, é devida em função do volume de águas residuais recolhidas, expresso em m3, durante o período objeto de faturação por cada trinta (30) dias:

a) 1.º Escalão: até 5 m3.b) 2.º Escalão: superior a 5 e até 15 m3.c) 3.º Escalão: superior a 15 e até 25 m3.d) 4.º Escalão: superior a 25 m3.

2 — A tarifa variável do serviço prestado através de redes fixas, aplicável aos utilizadores não domésticos é única e expressa em euros por m3.

3 — O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

4 — O valor final da componente variável do serviço de águas resi-duais devido pelos utilizadores domésticos é calculado pela soma das parcelas correspondentes a cada escalão.

5 — Para aplicação do coeficiente de recolha previsto no n.º 3 e sempre que o utilizador não disponha de serviço de abastecimento de água ou comprovadamente produza águas residuais urbanas a partir de origens de água próprias, o respetivo consumo é estimado em função do consumo médio dos utilizadores com características similares, no âmbito do território municipal, verificado no ano anterior, ou de acordo com outra metodologia de cálculo definida no contrato de recolha.

6 — Quando não exista medição através de medidor de caudal e o utilizador comprove ter -se verificado uma rotura na rede predial de abastecimento de água, o volume de água perdida e não recolhida pela rede de saneamento não é considerado para efeitos de faturação do ser-viço de águas residuais, aplicando -se o coeficiente de recolha previsto no n.º 3 da seguinte forma:

a) Ao consumo médio apurado entre as duas últimas leituras reais efetuadas pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A.

b) Ao consumo médio de utilizadores com características similares no âmbito do território municipal verificado no ano anterior, na ausência de qualquer leitura subsequente à instalação do contador.

7 — O coeficiente de recolha previsto no n.º 3 pode não ser aplicado nas situações em que comprovadamente haja consumo de água de ori-gens próprias e não seja adequado o método previsto no n.º 5, devendo a metodologia de cálculo ser definida no contrato de recolha.

Artigo 25.ºExecução de ramais de ligação

1 — A construção de ramais de ligação superiores a 20 metros está sujeita a uma avaliação técnica e económica pela Câmara Municipal de Lisboa.

2 — se da avaliação prevista no número anterior resultar que existe viabilidade, os ramais de ligação instalados pela Câmara Municipal de Lisboa apenas são faturados aos utilizadores no que respeita à extensão superior à distância referida no número anterior, através da aplicação de uma taxa de ramal.

3 — A taxa de ramal pode ainda ser aplicada nos seguintes casos:a) Alteração de ramais de ligação por alteração das condições de

recolha de águas residuais, por exigências do utilizador.

Page 46: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7870 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

b) Construção de mais ramais de ligação para o mesmo utilizador e por sua solicitação.

c) As situações descritas nas alíneas anteriores estão sujeitas a uma avaliação técnica.

Artigo 26.ºTarifários especiais do serviço de recolha

de águas residuais urbanas1 — Os utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas seguintes situações:a) Utilizadores domésticos:i) Tarifário social, os utilizadores domésticos que se encontrem numa

situação de carência económica comprovada pelo sistema de segurança social.

ii) Tarifário familiar, os utilizadores domésticos cuja composição do agregado familiar ultrapasse quatro elementos.

b) Utilizadores não domésticos que sejam instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem fins lucrativos ou entidades de declarada utilidade pública, legalmente constituídas, quanto aos prédios destinados diretamente à realização dos seus fins estatutários.

2 — Consideram -se em situação de carência económica os utilizadores domésticos que se enquadrem nas seguintes situações:

a) Carência económica comprovada pelo sistema de segurança social, com benefício em pelo menos uma das seguintes prestações sociais:

i) Complemento Solidário para Idosos.ii) Rendimento Social de Inserção.iii) Subsídio Social de Desemprego.iv) 1.º Escalão do Abono de Família.v) Pensão Social de Invalidez.

b) Utilizadores domésticos cujo agregado familiar possua rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) que não ultrapasse:

i) O valor anual da retribuição mínima mensal garantida, nas situações em que existe apenas um sujeito passivo com rendimentos; e

ii) O dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida nas restantes situações.

c) A aplicação dos tarifários sociais será objeto de protocolo a celebrar entre a EPAL e o Município de Lisboa, podendo ser transitoriamente aplicados os parâmetros utilizados pela EPAL para esta finalidade na tarifa de abastecimento da água.

3 — O tarifário social para utilizadores domésticos consiste:a) Na isenção das tarifas fixas.b) Na aplicação da tarifa variável do primeiro escalão até ao limite

mensal de 15 m³.

4 — O tarifário familiar traduz -se na utilização dos seguintes escalões do volume de águas residuais:

a) 1.º escalão — até 5 m3/30 dias.b) 2.º escalão — consumos obtidos pela diferença entre o resultado

da aplicação da fórmula [“n” X 3,6 m3/30 dias + 2, em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar], e os consumos iguais a 5 m3/30 dias faturados no 1.º escalão.

c) 3.º escalão — consumos que excedem o resultado da aplicação da fórmula [“n” X 3,6 m3/30 dias + 2, em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar].

5 — O tarifário social para utilizadores não domésticos consiste na aplicação de uma redução de 25 %, dos valores das tarifas aplicadas a utilizadores não domésticos.

Artigo 27.ºAcesso aos tarifários especiais do serviço

de recolha de águas residuais1 — Os utilizadores finais que pretendam beneficiar da aplicação

dos tarifários especiais previstos no artigo 26.º, devem fazer prova dos requisitos exigidos, nos termos fixados pela Câmara Municipal de Lisboa, a publicar no respetivo sítio na Internet.

2 — A aplicação dos tarifários especiais tem o período de duração de um (1) ano, findo o qual deve ser renovada a prova referida no número anterior, por iniciativa do interessado e nos 30 dias que antecedem o final daquele período.

Artigo 28.ºAprovação dos tarifários do serviço de recolha

de águas residuais urbanas1 — O tarifário do serviço de recolha de águas residuais é aprovado

pela Câmara Municipal de Lisboa, nos termos da legislação em vigor, até ao termo do mês de novembro do ano civil anterior àquele a que respeita.

2 — A informação sobre a alteração dos tarifários a que se refere o número anterior deve ser publicitada pela Câmara Municipal de Lisboa antes do envio ao utilizador da primeira fatura calculada com o novo tarifário.

3 — O tarifário é disponibilizado nos locais de afixação habitualmente utilizados pela Câmara Municipal de Lisboa de Lisboa, nomeadamente no respetivo sítio na internet

Artigo 29.ºPeriodicidade e requisitos da faturação das tarifas do serviço

de saneamento de águas residuais urbanas1 — A tarifa do serviço de saneamento de águas residuais urbanas

é cobrada conjuntamente com a fatura do serviço de abastecimento de água, emitida pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., e obedece à mesma periodicidade.

2 — As faturas emitidas discriminam os serviços prestados e as cor-respondentes tarifas, bem como as taxas legalmente exigíveis.

3 — Os serviços auxiliares previstos no artigo 22.º são cobrados por via de fatura -recibo específica, emitida pela Câmara Municipal de Lisboa no ato de prestação do serviço, sendo o utilizador informado do respetivo tarifário aquando da solicitação do serviço.

Artigo 30.ºPrazo, forma e local de pagamento das tarifas do serviço

de saneamento de águas residuais urbanas1 — O pagamento da fatura emitida pela EPAL — Empresa Por-

tuguesa das Águas Livres, S. A. é efetuado no prazo, forma e locais indicados na mesma.

2 — Para efeitos de pagamento, a fatura é indivisível, não se admitindo o pagamento individualizado de cada uma das suas componentes.

3 — A apresentação de reclamação escrita com fundamento em erro na medição do consumo de água suspende o prazo de pagamento das tarifas do serviço de saneamento de águas residuais urbanas incluídas na respetiva fatura.

4 — São aplicáveis às dívidas emergentes do serviço de saneamento de águas residuais urbanas em mora há mais de 30 dias juros, desde a constituição em mora, à taxa legal.

Artigo 31.ºArredondamento dos valores a pagar nas tarifas do serviço

de saneamento de águas residuais urbanasAs tarifas são aprovadas com quatro casas decimais.

Artigo 32.ºAcertos de faturação do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Os acertos de faturação do serviço de recolha de águas residuais

são efetuados:a) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A.

proceda a um acerto de faturação do serviço de abastecimento de água, nos casos em que não haja medição direta do volume de águas residuais recolhidas.

b) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. proceda a uma leitura, efetuando -se o acerto relativamente ao período em que esta não se processou.

c) Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma anomalia no volume de efluentes medido.

2 — Quando se verificar, na sequência de acertos de faturação, um crédito a favor do utilizador final, pode o mesmo optar por receber esse valor no prazo de 30 dias. Não sendo essa a opção, a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., procede à respetiva compensação nos períodos de faturação subsequentes.

Artigo 33.ºPrescrição e caducidade das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — A dívida resultante da liquidação da tarifa prescreve no prazo de

seis (6) meses após a prestação do serviço.2 — O prazo de caducidade para a realização de acertos de fatura-

ção não se inicia enquanto a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas

Page 47: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7871

Livres, S. A., não puder realizar a leitura do contador, por motivos imputáveis ao utilizador.

3 — se, por qualquer motivo, incluindo erro da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., tiver sido paga importância infe-rior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca no prazo de seis (6) meses após o pagamento.

Artigo 34.ºRegime transitório das tarifas serviço de saneamento

de águas residuais urbanas1 — Os utilizadores não domésticos, excluindo entidades de natureza

pública e do Setor Empresarial do Estado, com um consumo superior a 50 m3 por 30 dias, beneficiam de uma tarifa variável reduzida enquanto vigorar o regime transitório.

2 — O regime transitório aplica -se aos consumos realizados em 2015, 2016 e 2017.

3 — A tarifa variável reduzida incide sobre os consumos de água que excedam os 50 m3 por 30 dias, e é calculada da seguinte forma:

a) Ano de 2015 — a tarifa variável reduzida será 25 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes.

b) Ano de 2016 — a tarifa variável reduzida será 50 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes.

c) Ano de 2017 — a tarifa variável reduzida será 75 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes

Artigo 35.ºLegislação subsidiária das tarifas do serviço de saneamento

de águas residuais urbanasDe acordo com a natureza da matéria e em tudo o que não se en-

contre especialmente previsto neste Regulamento, é subsidiariamente aplicável o disposto na legislação em vigor, na regulamentação setorial e, sucessivamente:

a) O Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto--Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março.

b) A Lei n.º 23/96, de 26 de julho, com as alterações introduzidas pelas Leis n.º 12/2008, de 26 de fevereiro, n.º 24/2008, de 2 de junho, n.º 6/2011, de 10 de março, n.º 44/2011, de 22 de junho e n.º 10/2013, de 28 de janeiro.

c) O Decreto -Lei n.º 114/2014, de 21 de julho.d) O Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho.e) O Decreto -Regulamentar n.º 23/1995, de 23 de agosto.»

SECÇÃO IV

Tarifário de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos

Artigo 36.ºTarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos

São devidas tarifas pela prestação de serviços, em gestão direta das unidades orgânicas municipais, incluindo a gestão por via de serviços municipalizados, no âmbito da atividade de gestão de resíduos urbanos, constantes do Tarifário de Resíduos Urbanos e respetivo Relatório de Fundamentação Económica, anexos ao presente Regulamento.

Artigo 37.ºIncidência do tarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Estão sujeitos às tarifas, fixa e variável, relativas ao serviço

de gestão de resíduos urbanos todos os utilizadores finais da área do Município de Lisboa, a quem sejam prestados os respetivos serviços, dispondo ou não de contrato com a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. empresa responsável pelo abastecimento de água no Município de Lisboa, sendo as mesmas devidas a partir da entrada em vigor do presente Regulamento.

2 — Para efeitos da determinação das tarifas, os utilizadores finais, a quem seja assegurado de forma continuada o serviço de gestão de resíduos urbanos, cuja produção diária seja inferior a 1100 litros e que não tenha como objeto da sua atividade a prestação desse mesmo serviço a terceiros, são classificados da seguinte forma:

a) Utilizador Doméstico: aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacionais.

b) Utilizador Não doméstico: aquele que não esteja abrangido pelo número anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos setores empresariais do Estado e das autarquias.

Artigo 38.ºEstrutura tarifária do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Pela prestação do serviço de gestão de resíduos urbanos são

faturados aos utilizadores finais, domésticos e não domésticos, as se-guintes tarifas:

a) A tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia;

b) A tarifa variável, devida em função do nível de utilização do serviço durante o período objeto de faturação, expressa em euros por m3 de água consumida ou estimada.

2 — As tarifas previstas no número anterior, englobam a prestação dos seguintes serviços:

a) Instalação, manutenção e substituição de equipamentos de depo-sição de resíduos urbanos;

b) Recolha, transporte, tratamento e eliminação adequada dos resí-duos urbanos;

c) Recolha e encaminhamento adequado de resíduos volumosos e verdes provenientes de habitações inseridas na malha urbana, quando inferiores aos limites previstos para os resíduos urbanos na legislação em vigor.

3 — É ainda faturado o montante correspondente à repercussão do encargo suportado pelo Município relativo à Taxa de Gestão de Resíduos nos termos da Portaria 72/2010, de 4 de fevereiro.

Artigo 39.ºServiços auxiliares de gestão de resíduos urbanos

Para além das tarifas do serviço de gestão de resíduos urbanos, re-feridas no artigo anterior, o Município de Lisboa cobra ainda valores adicionais pela prestação dos seguintes serviços:

a) Serviços auxiliares de limpezas coercivas em habitações;b) Serviços de recolhas específicas de resíduos;

Artigo 40.ºTarifa de disponibilidade do serviço de gestão de resíduos urbanos

Aos utilizadores do serviço de gestão de resíduos urbanos, aplica -se uma tarifa de disponibilidade, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada 30 dias, diferenciada em função da tipologia (doméstico ou não doméstico) dos utilizadores.

Artigo 41.ºTarifa variável do serviço de gestão de resíduos urbanos

1 — A tarifa variável do serviço de gestão de resíduos, aplicável aos utilizadores domésticos, é única e devida em função do volume de água consumida, expressa em euros por m3, durante o período objeto de faturação.

2 — A tarifa variável do serviço de gestão de resíduos, aplicável aos utilizadores não domésticos é única e devida em função do volume de água consumida, expressa em euros por m3, durante o período objeto de faturação.

Artigo 42.ºBase de cálculo da tarifa de resíduos urbanos

1 — A tarifa variável de resíduos urbanos é devida em função do consumo de água faturada.

2 — sempre que os utilizadores domésticos e não domésticos não disponham de serviço de abastecimento de água, o respetivo consumo estima -se em função do consumo médio tendo por referência os utiliza-dores com características similares, no âmbito do território municipal, verificado no ano anterior.

3 — Excecionalmente e quando se demonstre que a indexação ao consumo de água das tarifas variáveis aplicáveis aos utilizadores não domésticos possa não se mostrar adequada por razões atinentes a ativi-dades específicas que prosseguem, nomeadamente ginásios, restauração e cabeleireiros, o Município poderá numa base setorial ou individual definir outro método de cálculo da tarifa.

Artigo 43.ºTarifários especiais do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Os utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas seguintes situações:a) Utilizadores domésticos que se encontrem numa situação de

carência económica;b) Utilizadores não domésticos que sejam pessoas coletivas de

declarada utilidade pública.

Page 48: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7872 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

2 — O tarifário social para utilizadores domésticos consiste na isenção das tarifas de disponibilidade.

3 — O tarifário social para utilizadores não domésticos consiste na aplicação da tarifa de disponibilidade e da tarifa variável aplicáveis a utilizadores domésticos.

Artigo 44.ºAcesso aos tarifários especiais do serviço

de gestão de resíduos urbanos1 — Os utilizadores finais que pretendam beneficiar da aplicação dos

tarifários especiais previstos nos números anteriores, devem fazer prova dos requisitos exigidos nos termos fixados pelo Município de Lisboa.

2 — Consideram -se em situação de carência económica os utilizadores domésticos que se enquadrem numa das seguintes situações:

a) Carência económica comprovada pelo sistema de segurança social, com benefício em pelo menos uma das seguintes prestações sociais:

i) Complemento Solidário para Idosos;ii) Rendimento Social de Inserção;iii) Subsídio Social de Desemprego;iv) 1.º Escalão do Abono de Família;v) Pensão Social de Invalidez;

b) Utilizadores domésticos cujo agregado familiar possua rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) que não ultrapasse:

i) O valor anual da retribuição mínima mensal garantida, nas situações em que existe apenas um sujeito passivo com rendimentos;

ii) O dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida nas restantes situações.

c) A aplicação dos tarifários sociais será objeto de protocolo a celebrar entre a EPAL e o Município de Lisboa, podendo ser transitoriamente aplicados os parâmetros utilizados pela EPAL para esta finalidade na tarifa de abastecimento da água.

3 — A aplicação dos tarifários especiais tem o período de duração de 1 ano, findo o qual deve ser renovada a prova referida no número anterior, por iniciativa do interessado e nos 30 dias que antecedem o final daquele período.

Artigo 45.ºAprovação dos tarifários do serviço de gestão de resíduos urbanos

1 — O tarifário do serviço de gestão de resíduos é aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, nos termos da legislação em vigor.

2 — A informação sobre a alteração dos tarifários a que se refere o número anterior deve ser publicitada pela Câmara Municipal de Lisboa, antes do envio ao utilizador final da primeira fatura que contenha o novo tarifário.

3 — Os tarifários produzem efeitos relativamente às produções de resíduos entregues a partir de 1 de janeiro de cada ano civil.

4 — O tarifário é disponibilizado nos locais de afixação habitualmente utilizados pelo Município de Lisboa, nomeadamente no respetivo sítio na internet.

Artigo 46.ºPeriodicidade e requisitos da faturação do tarifário

do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — A tarifa de resíduos urbanos é cobrada conjuntamente com a fatura

do serviço de abastecimento de água, emitida pela EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. e obedece à mesma periodicidade.

2 — A fatura emitida discrimina os serviços prestados e as correspon-dentes tarifas, bem como as taxas legalmente exigíveis.

3 — Os serviços auxiliares previstos no artigo 39.º, são cobrados por intermédio de fatura -recibo própria, emitida pelo Município Lisboa no ato de prestação do serviço, sendo o utilizador informado do valor a pagar aquando da sua solicitação.

Artigo 47.ºPrazo, forma e local de pagamento das tarifas

de serviço de gestão de resíduos urbanos1 — O pagamento da fatura emitida pela EPAL — Empresa Por-

tuguesa das Águas Livres, S. A. é efetuado no prazo, forma e locais indicados na mesma.

2 —Para efeitos de pagamento, a fatura é indivisível, não se admitindo o pagamento individualizado de cada uma das suas componentes.

3 — São aplicáveis às dívidas emergentes do serviço de gestão de resíduos urbanos em mora há mais de 30 dias juros, desde a constituição em mora, à taxa legal.

Artigo 48.ºArredondamento dos valores a pagar nas tarifas

de serviço de gestão de resíduos urbanosAs tarifas são expressas com quatro casas decimais.

Artigo 49.ºAcertos de faturação do serviço de gestão de resíduos urbanos1 — Os acertos de faturação do serviço de gestão de resíduos são

efetuados:a) Quando a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A

proceda a uma leitura, relativamente ao período em que esta não se processou;

b) Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma anomalia no volume de água.

2 — Quando se verificar, na sequência de acertos de faturação, um crédito a favor do utilizador final, pode o mesmo optar por receber esse valor no prazo de 30 dias, ou optar por proceder à respetiva compensação nos períodos de faturação subsequentes.

Artigo 50.ºPrescrição e caducidade das tarifas de serviço

de gestão de resíduos urbanos1 — A dívida resultante da liquidação da tarifa prescreve no prazo de

6 meses após a prestação do serviço.2 — O direito à liquidação caduca no prazo de 6 meses após a pres-

tação do serviço.3 — O prazo de caducidade para a realização de acertos de fatura-

ção não se inicia enquanto a EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A. não puder realizar a leitura do contador, por motivos im-putáveis ao utilizador.

4 — se, por qualquer motivo, incluindo erro da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, S. A., tiver sido paga importância inferior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao re-cebimento da diferença caduca no prazo de 6 meses após o pagamento.

SUBSECÇÃO

Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos a Grandes Produtores

Artigo 51.ºDefinição de grandes produtores

1 — Consideram -se grandes produtores todas as entidades com uma produção média diária de resíduos superior a 1.100 litros.

2 — Para efeitos do número anterior, a produção respeita a cada local de recolha.

Artigo 52.ºResponsabilidade dos resíduos urbanos de grandes produtores1 — Nos termos do Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de novembro (Regime

Geral da Gestão de Resíduos), a deposição, recolha, transporte, armazena-gem, valorização ou recuperação e eliminação dos resíduos urbanos prove-nientes de grandes produtores são da sua exclusiva responsabilidade.

2 — sem prejuízo do número anterior, os grandes produtores podem recorrer à Câmara Municipal de Lisboa para a prestação dos serviços de resíduos urbanos através da celebração de um contrato de recolha.

Artigo 53.ºRecenseamento de Grandes Produtores e responsabilidade

da recolha e tratamento1 — Os Grandes Produtores estão obrigados ao recenseamento junto

da CML, no prazo de 120 dias após a entrada em vigor do presente re-gulamento para os produtores existentes, ou, quando se trate de novos estabelecimentos produtores, no prazo de 30 dias antes da sua entrada em funcionamento.

2 — O recenseamento é atualizado em outubro de cada ano de acordo com rotina a fixar no contrato de recolha a celebrar entre as partes.

3 — O recenseamento será efetuado, por estabelecimento produ-tivo ou morada, através do envio, por via eletrónica, para o endereço RUGrandesProdutores@cm -lisboa.pt do formulário em Anexo a este Regulamento.

Page 49: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7873

4 — O recenseamento dos Grandes Produtores pode ser efetuado a qualquer momento, salvaguardando que, após o prazo estabelecido em 1, não serão efetuados acertos de faturação.

5 — No processo de recenseamento, o GP informará o Município se pretende optar pelo recurso aos serviços municipais de recolha e tratamento dos resíduos ou se opta por assumir a responsabilidade dessas tarefas através da entrega de uma declaração que identificará os termos em que irá concretizar a mesma (recurso a entidades terceiras, indicando -as ou assegurando -as pelos seus próprios meios).

6 — No caso do GP optar por recolher e tratar os resíduos sob a sua responsabilidade, o Município deixará de prestar os respetivos serviços nas moradas em causa.

Artigo 54.ºTarifa de serviço de gestão de resíduos urbanos

aplicável a grandes produtores1 — Os grandes produtores que tenham optado pelos serviços mu-

nicipais de recolha de resíduos urbanos ficam sujeitos a uma tarifa a variar no intervalo [45 €, 80 €] sobre os resíduos indiferenciados (RI), em resultado da aplicação da seguinte fórmula:

Tf = 80 € –50 € × RCRC + RI

onde:Tf — tarifa em € por tonelada incidente sobre RI entregues ao mu-

nicípioRC — Resíduos recicláveis, expressos em toneladas, entregues ao

municípioRI — Resíduos indiferenciados, expressos em toneladas, entregues

ao município

A fórmula não é aplicável sempre que a relação RC/(RC+RI) seja superior a 70 %, situações em que a tarifa sobre indiferenciados será de 45€.

2 —A quantidade mensal em toneladas de resíduos recicláveis (RC) e de resíduos indiferenciados (RI) é obtida com base na seguinte fór-mula:

Qtd = V × F × D1000

onde:Qtd — quantidade mensal de resíduos expressos em toneladasV — volume total em litros correspondente aos contentores instala-

dos/disponibilizadosF — frequência de recolha em 30 diasD — densidade estimada em [tonelada/m3] a fixar em cada contrato

face aos diferentes tipos de resíduos.

3 — Transitoriamente e até à assinatura de contrato após recenseamento aplica -se o tarifário do regime geral em função do consumo de água.

4 — sempre que o recenseamento observe os prazos estipulados no n.º 1 do artigo 53.º, os valores pagos antes da data da entrada em vigor do contrato de recolha serão obrigatoriamente objeto de acerto de contas por confronto entre os valores anteriormente liquidados e os resultantes do contrato de recolha.

5 — O disposto nos números anteriores não se aplica aos GP abran-gidos pelo Sistema de Recolha Pneumática de Resíduos Urbanos do Parque das Nações, sujeitos a regulamentação específica.

Artigo 55.ºRecusa da realização do serviço de gestão de resíduos

urbanos a grandes produtoresO Município de Lisboa pode recusar a realização do serviço de gestão

de resíduos urbanos, designadamente, quando:a) O tipo de resíduos depositados nos contentores não se enquadrar na

categoria de resíduos urbanos, conforme previsto na legislação em vigor;b) Se verificar a inacessibilidade dos contentores à viatura de reco-

lha, quer pelo local, quer por incompatibilidade do equipamento ou do horário de recolha;

c) Não forem cumpridas as regras municipais de separação de re-síduos

Artigo 56.ºRegime transitório do serviço de gestão de resíduos urbanos

1 — Os utilizadores não domésticos com um consumo de água superior a 50 m3 por 30 dias, beneficiam de uma tarifa variável reduzida enquanto vigorar o período de recenseamento de 60 dias dos grandes produtores.

2 — Durante este período, os utilizadores beneficiam da aplicação de uma tarifa variável reduzida, que consiste numa redução de 50 % do tarifário.

3 — Após aquele período haverá lugar à regularização da faturação em função dos seguintes critérios:

a) Os utilizadores que sejam classificados como grandes produtores por encontro de contas;

b) Os utilizadores que não sejam classificados como grandes produ-tores, passam a pagar a totalidade da tarifa em função dos consumos de água, devendo o valor descontado durante o período de recenseamento ser reposto na fatura subsequente ou passam a ficar sujeitos aos métodos de cálculo específicos definidos ao abrigo do número três do artigo 42.º com os acertos a que houver lugar.

Artigo 57.ºLegislação subsidiária do tarifário de serviço

de gestão de resíduos urbanosDe acordo com a natureza da matéria, e em tudo o que não se en-

contre especialmente previsto neste Regulamento, é subsidiariamente aplicável o disposto na legislação em vigor, na regulamentação setorial e sucessivamente:

a) O Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro.b) O Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto alterado pelo Decreto-

-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e pela Lei n.º 12/2014, de 6 de março.c) A Lei n.º 23/96, de 26 de julho, com as alterações introduzidas

pelas Leis n.º 12/2008, de 26 de fevereiro, n.º 24/2008, de 2 de junho, n.º 6/2011, de 10 de março, n.º 44/2011, de 22 de junho e n.º 10/2013, de 28 de janeiro.

d) O Decreto -Lei n.º 114/2014, de 21 de julho.e) A Deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril — Tarifário do serviço de

gestão de Resíduos Sólidos Urbanas, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 74, de 15 de abril, aprovado por deliberação do Conselho Diretivo da ERSAR n.º 928/2014

SECÇÃO V

Taxa Municipal de Proteção Civil

Artigo 58.ºTaxa municipal de proteção civil

É devida taxa municipal de proteção civil, em conformidade com o n.º 2 do artigo 5.º da Lei n.º 53 -E/2006, de 22 de dezembro, que visa, em particular, remunerar os serviços assegurados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil nos domínios da proteção civil, do combate aos incêndios e da garantia da segurança de pessoas e bens.

Artigo 59.ºIncidência objetiva da taxa municipal de proteção civil

1 — A taxa municipal de proteção civil incide sobre o valor patri-monial tributário dos prédios urbanos ou frações destes, situados no concelho de Lisboa, tal como esse valor é determinado para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis.

2 — A taxa municipal de proteção civil incide também sobre o valor patrimonial tributário dos prédios urbanos ou frações destes, situados no concelho de Lisboa, com risco acrescido por relação com a condição de degradado, devoluto ou em estado de ruína.

3 — A taxa municipal de proteção civil incide ainda sobre as ativi-dades e usos de risco acrescido em edifícios, recintos ou equipamentos, situados no concelho de Lisboa, tal como identificados em Anexo ao presente regulamento.

Artigo 60.ºIncidência subjetiva da taxa municipal de proteção civil

1 — É sujeito passivo da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 1 do artigo anterior o sujeito passivo do correspondente Imposto Municipal sobre Imóveis.

2 —É sujeito passivo da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 2 do artigo anterior, o sujeito passivo do correspondente Imposto Municipal sobre Imóveis.

3 — São ainda sujeitos passivos da taxa municipal de proteção civil prevista no n.º 3 do artigo anterior, as pessoas singulares ou coletivas que no concelho de Lisboa exerçam as atividades ou usos de risco acrescido identificadas em Anexo ao presente regulamento, na condi-ção de entidade que explora o edifício, recinto ou equipamento ou de entidade gestora dos mesmos quando disponham de espaços comuns ou partilhados ou serviços coletivos.

4 — Para efeito da identificação das categorias de risco por utilização--tipo, aplica -se o disposto no Anexo ao presente Regulamento

Page 50: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7874 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Artigo 61.ºFacto gerador e periodicidade da taxa municipal de proteção civil

O facto gerador da taxa municipal de proteção civil reside na titulari-dade dos prédios tributáveis, tal como resultante do artigo anterior, a 31 de dezembro de cada ano, ou no exercício a essa data dos usos ou das atividades tributáveis.

Artigo 62.ºIsenções da taxa municipal de proteção civil

1 — Estão isentos da taxa municipal de proteção civil, no âmbito exclusivo do n.º 1 do artigo 60.º, os proprietários dos imóveis cujo valor patrimonial seja inferior a € 20.000.

2 — Estão isentos no âmbito exclusivo do n.º 3 do artigo 60.º e por relação unicamente com as utilizações -tipo com a 1.ª e 2.ª categorias de risco, conforme anexo ao presente Regulamento:

a) ”Estacionamentos” com áreas brutas ≤ 9.600 m2;b) “Administrativos” com efetivo ≤ 1.000;c) “Espetáculos e reuniões públicas” com efetivo ≤ 1.000 ou ≤ 15.000

se ao ar livre;d) “Comerciais e gares de transporte” com efetivo ≤ 1.000;e) “Desportivos e de lazer” com efetivo ≤ 1.000 ou ≤ 15.000 se ao

ar livre.Artigo 63.º

Valor da taxa municipal de proteção civil1 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente

aos prédios a que se refere o n.º 1 do artigo 60.º é de 0,0375 % do valor patrimonial tributário.

2 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente aos prédios a que se refere o n.º 2 do artigo 60.º é de 0,3 % no tocante aos prédios degradados e de 0,6 % no caso dos prédios devolutos ou em ruína, como tal considerados para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis.

3 — O valor anual da taxa municipal de proteção civil relativamente aos prédios, equipamentos e usos a que se refere o n.º 3 do artigo 60.º, é o que resulta da aplicação das disposições do anexo ao presente Regulamento.

4 — As entidades que estando enquadradas numa das categorias referi-das no Anexo a este Regulamento por relação com as atividades/usos de risco acrescido e não apresentem as medidas de autoproteção nos termos e prazos definidos no Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, terão um agravamento de 50 % na respetiva categoria.

Artigo 64.ºLiquidação da taxa municipal de proteção civil

1 — A liquidação da taxa municipal de proteção civil será feita por relação com o cadastro do valor patrimonial dos prédios relativos a 31 de dezembro do ano anterior àquele a que respeita, no caso do n.º 1 e 2 do artigo 60.º, e de acordo com o cadastro de atividades de risco e respetivos titulares reportado ao mesmo momento, no caso do n.º 3 do mesmo artigo.

2 — A liquidação será feita no segundo semestre de cada ano econó-mico, por iniciativa dos serviços municipais, da Autoridade Tributária e Aduaneira ou de outra entidade com quem o Município celebre acordo neste sentido, nos termos que para tal vierem a ser fixados.

3 — Em matéria de liquidação aplicam -se supletivamente as regras que nesta matéria ficarem vertidas em acordo a celebrar com outra entidade, nos termos previstos no número anterior, com as devidas adaptações.

Artigo 65.ºDispensa de pagamentos suplementares

Aos sujeitos passivos da taxa municipal de proteção civil que mantenham regularizado o respetivo pagamento não pode ser exigido o pagamento de qualquer outra taxa em virtude de serviços que lhes sejam prestados pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa ou outros serviços no domínio da proteção civil.

Artigo 66.ºPagamento da taxa municipal de proteção civil

1 — O pagamento voluntário da taxa municipal de proteção civil, que é de 30 dias, é efetuado em duas prestações, sendo a primeira em outubro e a segunda em março, podendo os sujeitos passivos antecipar o pagamento da segunda prestação.

2 — A falta de pagamento da primeira prestação importa o vencimento imediato da segunda.

3 — São excluídas da faculdade de pagamento em duas prestações as liquidações cujo valor total seja igual ou inferior a 50 euros.

4 — Decorrido o prazo de pagamento voluntário da primeira prestação poderá o mesmo ser efetuado, acrescido de juros de mora, nos 60 dias subsequentes.

5 — Em matéria de pagamento aplicam -se supletivamente as regras que nesta matéria ficarem vertidas em acordo a celebrar com outra entidade, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 64.º, com as devidas adaptações.

Artigo 67.ºPublicidade dos serviços objeto da taxa municipal

de proteção civilAs prestações realizadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de

Lisboa ou outros serviços da Câmara Municipal de Lisboa no domínio da proteção civil são objeto de divulgação pública no sítio da internet da Câmara Municipal de Lisboa.

SECÇÃO VI

Taxa Municipal Turística

Artigo 68.ºTaxa municipal turística

As taxas municipais turísticas previstas no presente regulamento são devidas em contrapartida do singular aproveitamento turístico proporcionado pelo conjunto de atividades e investimentos relacionados direta e indire-tamente com a atividade turística, designadamente, através da realização de obras de construção, de manutenção, de reabilitação e de requalificação urbanas e das demais benfeitorias efetuadas em bens do domínio público e privado municipal, em zonas de cariz potencialmente turístico, e do bene-fício originado pela prestação do serviço público de informação e apoio aos turistas, e ainda pelo serviço público de dinamização cultural e recreativa da cidade.

Artigo 69.ºModalidades da taxa municipal turística

A taxa municipal turística institui -se nas modalidades de:a) Taxa de dormida;b) Taxa de chegada por via aérea;c) Taxa de chegada por via marítima.

SUBSECÇÃO I

Taxa de Dormida

Artigo 70.ºIncidência e valor da taxa de dormida

A taxa de dormida é devida por hóspede com idade superior a 13 anos e por noite nos empreendimentos turísticos e nos estabelecimentos de alojamento local, localizados no Município de Lisboa com valor unitá-rio conforme Anexo a este Regulamento, até a um máximo de 7 (sete) noites por pessoa.

Artigo 71.ºIsenções da taxa de dormida

1 — Ficam isentos da taxa de dormida pelos dias necessários ao tra-tamento, acrescidos de uma dormida adicional, os hóspedes cuja estada seja motivada pela obtenção de serviços médicos, estendendo -se esta isenção a uma pessoa que esteja a fazer o acompanhamento de doente, mesmo que o doente em causa não pernoite, por razões de saúde, no respetivo estabelecimento.

2 — Fica isento do pagamento de taxa turística de dormida o hóspede cuja estadia seja objeto de oferta pelo empreendimento turístico ou alojamento local.

SUBSECÇÃO II

Taxa de Chegada por Via Aérea

Artigo 72.ºIncidência e valor da taxa de chegada por via aérea

A taxa de chegada por via aérea é devida por passageiro que desembarque no Aeroporto Internacional de Lisboa, com valor unitário conforme Anexo a este Regulamento.

Artigo 73.ºIsenções da taxa de chegada por via aérea

1 — Ficam isentos da taxa de chegada:a) Passageiros em relação aos quais não seja emitido bilhete autónomo;b) Os passageiros em trânsito ou transferência no Aeroporto Internacional

de Lisboa, na medida em que a sua chegada a Lisboa não tem fins turísticos;c) Os passageiros com domicílio fiscal em território nacional.

2 — A isenção prevista na alínea c) do número anterior concretiza -se, quando aplicável, pelo reembolso ao passageiro da verba liquidada e cobrada, mediante pedido a efetuar no prazo de 1 ano a contar da data da chegada.

Page 51: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7875

3 — Os procedimentos de liquidação e reembolso serão estabelecidos através de regulamento de execução específico para o efeito.

SUBSECÇÃO III

Taxa de Chegada por Via Marítima

Artigo 74.ºA taxa de chegada por via marítima é devida por passageiro que

desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa, com valor unitário conforme Anexo a este Regulamento.

SUBSECÇÃO IV

Liquidação e Pagamento da Taxa Municipal Turística

Artigo 75.ºLiquidação, arrecadação e pagamento da taxa municipal turística

1 — A liquidação e arrecadação da taxa de dormida compete às pessoas singulares ou coletivas que explorem os empreendimentos turísticos e os estabelecimentos de alojamento local, que devem fazer refletir, de forma autónoma, na fatura o valor correspondente a esta taxa.

2 — A liquidação e arrecadação da taxa de chegada por via aérea e da taxa de chegada por via marítima compete, respetivamente à con-cessionária do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil no aeroporto internacional de Lisboa e às entidades incumbidas da exploração dos terminais de navios de cruzeiro.

3 — Não é admitido o pagamento em prestações da taxa municipal turística.

4 — As entidades identificadas no n.º 1 não podem emitir faturas res-peitantes ao serviço de alojamento nem aceitar o respetivo pagamento por parte dos hóspedes sem que seja somado o valor da taxa de dormida.

5 — As entidades envolvidas na liquidação, arrecadação, controle e fiscalização da aplicação das taxas turísticas poderão ser compensadas pelas despesas administrativas com um montante a definir.

6 — A operacionalização dos procedimentos previstos nos números 1, 2 e 5 poderão ser objeto de protocolo a celebrar entre a Município de Lisboa e as entidades responsáveis.

Artigo 76.ºObrigação declarativa e de transferência

da taxa municipal turística1 — As entidades responsáveis pela liquidação e arrecadação da taxa

municipal turística devem apresentar, por transmissão eletrónica de dados, uma declaração periódica, relativa às dormidas ocorridas para determinação da taxa arrecadada a entregar ao Município.

2 — O modelo da declaração prevista no número anterior e o proce-dimento de envio de declarações por transmissão eletrónica de dados são aprovados pela Câmara Municipal de Lisboa.

3 — A taxa deve ser transferida, pelas entidades referidas no n.º 1, até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeita a respetiva declaração periódica, sendo devidos juros de mora à taxa legal aplicável pelo não pagamento dentro deste prazo.

4 — Em alternativa ao disposto no número anterior poderá o Municí-pio de Lisboa definir um modelo de transferência mensal por estimativa.

Artigo 77.ºGestão das operações de liquidação e arrecadação

da taxa municipal turísticaO Município de Lisboa poderá delegar noutra entidade a gestão das

operações de liquidação e arrecadação da taxa prevista na presente secção, ao abrigo do disposto no artigo 51.º do Código do Procedimento e Processo Tributário.

CAPÍTULO IVDa liquidação e da cobrança das taxas

SECÇÃO I

Regras gerais

Artigo 78.ºLiquidação

1 — A liquidação é o ato tributário através do qual é fixado o montante a pagar por um certo munícipe, sendo efetuada pelo serviço a quem, na orgânica municipal, tenha sido atribuída essa competência.

2 — O cálculo das taxas e outras receitas municipais cujo quantitativo esteja indexado ao ano, mês, semana ou dia, faz-se em função desse calendário.

3 — Para efeitos do disposto no número anterior considera -se semana de calendário o período de segunda -feira a domingo.

4 — Na liquidação das taxas devidas pela emissão de licença ou au-torização, se estas não corresponderem a um ano completo, levar -se -ão em conta tantos duodécimos quantos os meses contados até final do ano.

Artigo 79.ºNotificação da liquidação

1 — As notificações das liquidações periódicas são efetuadas por via postal simples.

2 — As notificações são efetuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de receção, sempre que tenham por objeto atos ou decisões suscetíveis de alterarem a situação tributária dos munícipes ou a con-vocação destes para assistirem ou participarem em atos ou diligências.

3 — As notificações não abrangidas pelos números anteriores são efetuadas por carta registada.

4 — As notificações referidas nos n.os 1 e 3 do presente artigo podem ser efetuadas por telefax ou via Internet, quando exista conhecimento da caixa de correio eletrónico ou número de telefax do notificado e se possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.

5 — As notificações contêm a decisão, os seus fundamentos e meios de defesa e o prazo para reagir contra o ato notificado, a indicação da entidade que o praticou e se o fez no uso de delegação ou subdelegação de competências, bem como o prazo de pagamento voluntário se for o caso.

Artigo 80.ºReclamação graciosa

1 — Qualquer interessado pode reclamar da liquidação das taxas, no prazo de 30 dias a contar da notificação da liquidação, junto do Município de Lisboa.

2 — A reclamação deverá ser decidida no prazo de 60 dias, notifican-do-se o interessado do teor da decisão e da respetiva fundamentação.

Artigo 81.ºRevisão, anulação e restituição de receitas

1 — A revisão de atos tributários, a anulação de documentos de cobrança ou a restituição de importâncias pagas compete à Direção Municipal de Finanças, mediante proposta prévia dos serviços mu-nicipais, subscrita ou confirmada e devidamente fundamentada pelos respetivos diretores.

2 — Se se verificar que na liquidação das taxas e outras receitas houve erros ou omissões dos quais resultaram prejuízos para o Município, os serviços promovem de imediato a liquidação adicional, notificando o sujeito passivo, por carta registada, com aviso de receção, para liquidar a importância devida no prazo de 15 dias.

3 — Da notificação devem constar os fundamentos da liquidação adicional, o montante, o prazo para pagar bem como a comunicação de que em caso de não pagamento tempestivo o Município recorrerá à cobrança coerciva, por meio de processo de execução fiscal.

4 — Quando haja sido liquidada e cobrada quantia superior à devida e não tenham decorrido 4 anos sobre o pagamento, os serviços promo-vem a compensação, se for o caso, ou a restituição ao interessado, nos termos da lei, no prazo de 60 dias contados da confirmação do erro, da importância indevidamente cobrada.

5 — Em caso de indeferimento do pedido, não há lugar à restituição da taxa cobrada.

6 — Em caso de desistência do pedido, há lugar à restituição da taxa paga, desde que a desistência ocorra até ao 3.º dia útil, inclusive, após a submissão do pedido do ato gerador da obrigação tributária, dependendo sempre de requerimento do interessado.

Artigo 82.ºCobrança

1 — A cobrança das taxas e outras receitas municipais só poderá ser efetuada, por inteiro, no momento do pedido do ato, se a lei ou outros regulamentos assim o dispuserem.

2 — O pagamento total é devido no momento do pedido do ato gerador da obrigação — tributária, nos seguintes casos:

a) Taxas administrativas;b) Pedidos de urgência;c) Meras comunicações prévias;d) Procedimentos do pedido de autorização previstos no Decreto -Lei

n.º 48/2011, de 1 de abril, com a redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro;

e) Casos de autoliquidação.

Page 52: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7876 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

3 — O disposto no número anterior não é aplicável quando seja re-querida a isenção de taxas ao abrigo do n.º 5 do artigo 9.º, e o requerente revista a natureza de associação, fundação ou outra entidade legalmente constituída sem fins lucrativos, caso em que o pagamento é devido, se a ele houver lugar, na sequência da decisão sobre o pedido.

4 — O disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 não é aplicável nos casos em que a liquidação da taxa não possa ser efetuada de forma imediata, ficando dependente da análise dos elementos constantes do pedido.

SECÇÃO II

Regras especiais

Artigo 83.ºTaxas cemiteriais

1 — A cedência de compartimentos municipais só pode ser feita por períodos de 5 e 25 anos, havendo lugar ao pagamento de taxa em função do período escolhido nos termos da Tabela de Taxas Municipais.

2 — As atuais cedências de compartimentos municipais mantêm os respetivos períodos e taxação anual, podendo transitar para o regime previsto no ponto anterior a requerimento do interessado.

3 — Na trasladação de jazigos municipais [perpétuos e por 50 anos] para jazigos particulares, sepulturas perpétuas e outros municípios há lugar ao reembolso da taxa paga, deduzidas as anuidades vencidas.

4 — A remarcação de qualquer serviço sujeito ao pagamento de taxa administrativa implica novo pagamento da respetiva taxa.

5 — A trasladação de compartimentos municipais perpétuos e por 50 anos para outro compartimento fica sujeita à mudança de modali-dade de 25 anos, não havendo lugar a qualquer reembolso e sendo a trasladação paga.

6 — A taxa de remoção, inutilização e transporte a vazadouro de revestimento de sepulturas temporárias é cobrada juntamente com a de licença de obra respetiva.

SECÇÃO III

Desincentivos

Artigo 84.ºDesincentivos

Ao valor das taxas constantes na Tabela de Taxas Municipais podem ser aplicados coeficientes de desincentivo à prática de certos atos ou operações, devidamente previstos na tabela.

CAPÍTULO VDo pagamento e do não cumprimento

SECÇÃO I

Do pagamento

SUBSECÇÃO I

Artigo 85.ºDo pagamento

1 — As taxas e outras receitas municipais são pagas na tesouraria da Câmara Municipal, nos postos de cobrança admitidos, bem como noutros locais ou em equipamento de pagamento automático, sempre que tal seja permitido, até à data limite constante do documento de liquidação.

2 — As taxas e outras receitas municipais podem ser pagas por com-pensação e por dação em cumprimento quando tal seja compatível com a lei e o interesse público.

Artigo 86.ºPagamento em prestações

1 — É admissível o pagamento em prestações das taxas, salvo exis-tindo disposição legal ou regulamentar em contrário ou que o regule de forma especial, desde que cada prestação não seja inferior a 1 Unidade de Conta de acordo com o Código das Custas Judiciais.

2 — Os pedidos de pagamento em prestações devem conter a iden-tificação do requerente, a natureza da dívida e o número de prestações pretendidas, bem como os motivos que fundamentam o pedido.

3 — Apenas são admitidas até 12 prestações mensais e sucessivas, aplicando -se, com as necessárias adaptações, as regras previstas no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

4 — O pagamento de cada prestação deverá ocorrer durante o mês a que esta corresponder.

5 — A falta de pagamento de qualquer prestação implica o vencimento imediato das seguintes, sendo extraída pelos serviços competentes cer-tidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor, a fim de ser instaurado processo de execução fiscal se o acionamento da garantia, prestada nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário, não for suficiente.

6 — Aos serviços liquidadores das taxas cabe a instrução dos pedidos de pagamento em prestações e ao Presidente da Câmara, com possibili-dade de subdelegação nos Vereadores com o pelouro da área dos serviços liquidadores, a autorização dos pedidos.

SUBSECÇÃO II

Dos prazos

Artigo 87.ºPrazo geral

1 — O prazo para pagamento voluntário das taxas e outras receitas municipais é de 30 dias a contar da notificação para pagamento efetuada pelos serviços competentes, salvo nos casos em que a lei ou regulamen-tação específica fixe prazo diferente.

2 — Pelo não pagamento atempado são devidos juros de mora à taxa legal aplicável por mês de calendário ou fração.

3 — Nas situações em que o ato ou facto já tenha sido praticado ou utilizado sem a necessária permissão administrativa ou mera comuni-cação prévia, bem como nos casos de revisão do ato de liquidação que implique uma liquidação adicional, o prazo para pagamento voluntário é de 15 dias a contar da notificação para pagamento.

4 — Os prazos previstos nos números anteriores não podem ser alterados, salvo nos casos expressamente previstos na lei.

Artigo 88.ºContagem dos prazos

1 — Os prazos para pagamento são contínuos, isto é, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados.

2 — O prazo que termine em sábado, domingo ou feriado, transfere -se para o primeiro dia útil imediatamente seguinte.

SECÇÃO II

Do não cumprimento

Artigo 89.ºFalta de pagamento de taxas ou despesas

1 — O procedimento administrativo extingue -se pela falta de paga-mento, no prazo devido, de quaisquer taxas ou despesas devidamente liquidadas.

2 — Os interessados podem obstar à extinção do procedimento se realizarem o pagamento em dobro da quantia em falta nos 10 dias se-guintes ao termo do prazo fixado para o seu pagamento.

Artigo 90.ºExtração das certidões de dívida

Findo o prazo de pagamento voluntário estabelecido nas leis tribu-tárias, será extraída pelos serviços competentes certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor.

CAPÍTULO VIDas contraordenações

Artigo 91.ºContraordenações

1 — Sem prejuízo do eventual procedimento criminal e das regras insertas em lei especial ou regulamento municipal, quando aplicável, constituem contraordenações:

a) As infrações às normas reguladoras das taxas;b) A inexatidão ou falsidade dos elementos fornecidos pelos inte-

ressados para liquidação das taxas e outras receitas municipais e para obtenção de isenções ou reduções.

Page 53: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7877

2 — Os casos previstos no número anterior são sancionados com coima de 1 a 5 vezes a retribuição mínima mensal garantida para as pessoas singulares e de 2 a 10 vezes para as pessoas coletivas.

CAPÍTULO VIIRegime transitório de taxas

Artigo 92.ºNormas de salvaguarda

1 — Nas licenças de ocupação de mercados municipais, lojas e lugares, emitidas antes de 18 de julho de 2005, e nas licenças de atividade em feiras e venda ambulante, quando o comerciante for pessoa singular ou micro empresa, o valor da taxa a liquidar, em cada ano, corresponde ao valor em vigor no ano anterior para cada ocupação objeto de regime transitório, acrescido da diferença entre a taxa que se visa atingir e a do ano anterior, afeta do coeficiente anual aplicável, conforme a seguinte fórmula:

Ttn = Ttn –1 + [(Tbn –Ttn –1) × Cn], sendo Tbn= Tbn –1 × (Ca)

em que:Ttn — Taxa do regime transitório a liquidar no ano.Ttn — 1 — Valor da taxa do regime transitório no ano anterior.Tbn — Taxa de ocupação em mercados e lojas, ocupações em mer-

cados — lugares e ocupação em feiras e venda ambulante, a publicar na Tabela do ano (valor da taxa a atingir).

Tbn — 1 — Taxa de ocupação em mercados e lojas, ocupações em mercados — lugares e ocupação em feiras e venda ambulante publicada na Tabela relativa ao ano anterior.

Cn = Coeficiente anual aplicável para atingir a taxa no final dos anos de transição:

Para 2015 — 0,4; para 2016 — 0,5; para 2017 — 0,6; para 2018 — 0,7; para 2019 — 0,8; para 2020 — 0,9; para 2021 — 1

CA — Coeficiente de atualização anual da Tabela de Taxas.

2 — O montante das taxas de compensação pagas pelos comerciantes que sejam pessoas singulares ou microempresas será deduzido, ao longo do período de transição, na taxa de ocupação mensal devida, sendo que o valor mensalmente a pagar não poderá, em caso algum, ser inferior ao valor mensal da taxa que era devido em 31 de dezembro de 2009.

3 — O disposto nos números anteriores não prejudica as atualizações, permitidas por lei nem as isenções estabelecidas neste regulamento.

TÍTULO IIIRegulamentação de preços e outras receitas

CAPÍTULO IDisposições gerais

Artigo 93.ºObjeto

Estabelecem -se no presente título as disposições genéricas aplicáveis aos critérios e métodos, aos procedimentos a adotar para a fixação, sua alteração e publicitação de preços e outras receitas pela Câmara Municipal de Lisboa.

Artigo 94.ºÂmbito

1 — O presente título do Regulamento tem por âmbito os preços e outras receitas a aplicar em todas as relações que se estabeleçam entre o município e as pessoas singulares ou coletivas que não sejam classi-ficadas no âmbito da relação jurídico tributária.

2 — Os preços e demais instrumentos de remuneração a cobrar pelo Município de Lisboa respeitam, entre outros, às atividades de sanea-mento de águas residuais, à gestão de resíduos urbanos e à utilização de instalações desportivas municipais de uso público.

3 — Os preços e outras receitas, previstos no presente título, são definidos e aprovados pela Câmara Municipal.

4 — Mantêm -se em vigor os preços que tenham sido objeto de definição anterior e que não sejam objeto de deliberação pela Câmara Municipal.

Artigo 95.ºCritério de fixação

1 — Os preços e outras receitas não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens, sendo medidos em situação de eficiência produtiva.

2 — A Câmara Municipal de Lisboa pode fixar preços diferenciados, por razões de promoção das correspondentes atividades, por razões sociais, culturais, do âmbito da educação formal e informal, de apoio, incentivo e desenvolvimento da prática, individual ou coletiva, de ati-vidade física e do desporto ou de reciprocidade de benefícios com outras entidades.

Artigo 96.ºIndemnizações por prejuízos

As indemnizações por prejuízos sofridos pelo Município, nomea-damente por danos em bens do património municipal, são calculadas com base no custo da sua reposição ou reparação, dado pelos custos diretos e indiretos ocorridos, ou no valor resultante de normas legais aplicáveis.

TÍTULO IVDisposições finais

Artigo 97.ºOutros regulamentos municipais

1 — A entrada em vigor do presente Regulamento não afasta a aplica-ção dos regulamentos que definam taxas e outras receitas, não previstas no presente regulamento.

2 — As disposições do presente Regulamento constituem normas subsidiárias relativamente às disposições dos demais regulamentos municipais que regulem, em especial, os atos e os factos sujeitos às taxas previstas no presente regulamento, nomeadamente na Tabela de Taxas Municipais anexa.

3 — O “pedido de licenciamento inicial” para efeitos de licencia-mento de publicidade quando aplicado ao licenciamento de identi-ficação de um estabelecimento comercial não carece de renovação anual ao abrigo do regime simplificado, previsto no artigo 16.º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

4 — Durante o ano de 2010, por razões de equidade, o valor das taxas pela ocupação do espaço público por toldos, esplanadas e ou-tros elementos físicos, continua a ser o do valor das taxas que eram devidas ao abrigo da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais agora revogada.

5 — Durante o ano de 2010, por razões de equidade, o valor das taxas de publicidade e de ocupação do espaço público com mobiliário urbano ou com eventos de qualquer natureza (à exceção das ocupações por obras estaleiros ou bombas de combustível), é o do valor das taxas que eram devidas ao abrigo da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais agora revogada, acrescido de 5 %.

Artigo 98.ºNorma revogatória

Com a entrada em vigor do presente Regulamento ficam revogados:a) A parte da atual Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município

de Lisboa (TTORM), aprovada pela Assembleia Municipal por meio da Deliberação n.º 02/AM/2009, publicada no 1.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 777, de 8 de janeiro de 2009, referente às taxas, permane-cendo em vigor todos os outros valores, bem como as disposições dos regulamentos, posturas e editais aprovados pelo Município de Lisboa em data anterior à data de entrada em vigor do presente Regulamento e que com ele não estejam em contradição.

b) O Edital n.º 53/88, de 20 de maio e a deliberação n.º 11/AM/96, relativos a Tarifa de Saneamento do Município de Lisboa.

Artigo 99.ºEntrada em vigor

1 — O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2 — Excetua-se do disposto no número anterior a subsecção II da secção VI do capítulo III, a qual entra em vigor no dia 1 de abril de 2015, bem como as subsecções I e III da mesma secção e capítulo, as quais entram em vigor a 1 de janeiro de 2016.

Page 54: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7878 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

1 — IntroduçãoO Regime Geral de Taxas das Autarquias Locais (RGTAL), instituí do

pela Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, fixa que as taxas das au-tarquias locais assentam na prestação concreta de um serviço público local, na utilização privada de bens de domínio público e privado das autarquias ou na remoção de um obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares.

O RGTAL estipula que as taxas municipais e os seus montantes devem ser fundamentados por estudos económicos e financeiros que evidenciem:

A recuperação pela Autarquia dos custos incorridos (diretos e indire-tos) com os benefícios/serviços proporcionados aos munícipes;

A equidade do montante fixado face ao benefício para o munícipe, garantindo que este não é inferior àquele (“o valor das taxas das autar-quias locais é fixado de acordo com o principio da proporcionalidade e não deve ultrapassar o custo da atividade pública local ou o benefício auferido pelo particular”);

Preserva, contudo, a possibilidade de a política de taxas adotada pela Autarquia poder ser também utilizada como instrumento de promoção ou inibição de determinadas práticas/comportamentos por parte dos munícipes.

Compete à Assembleia Municipal deliberar sobre taxas municipais mediante a aprovação de Regulamento que, obrigatoriamente, deve integrar:

A base de incidência objetiva e subjetiva das taxas;O seu valor ou fórmula de cálculo;A sua fundamentação económica e financeira;O regime de isenções e sua fundamentação;Os modos e periodicidade de pagamento.

A Câmara Municipal de Lisboa fez, em 2010, a devida adequa-ção aos imperativos da Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, an-tes referida, com a elaboração de um Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa e de um relató-rio de fundamentação económica e financeira das taxas municipais, configurando a atual Tabela de Taxas Municipais (TTM), objeto de discussão pública e de aprovação pelos órgãos municipais, por delibe-rações tomadas nas reuniões de Câmara Municipal realizadas em 24 de março, (Proposta n.º 104/CM/2010), 14, 20 e 26 de abril de 2010, (Propostas n.º 165/CM/2010, n.º 166/CM/2010 e n.º 167/CM/2010, respetivamente), e aprovação da Assembleia Municipal, na sua sessão de 27 de abril de 2010, (Deliberações n.º 26/AM/2010 n.º 27/AM/2010 n.º 28/AM/2010 e n.º 29/AM/2010), após inquérito público e com publicação no Boletim Municipal n.º 834, 1.º suplemento, de 15 de fevereiro de 2010.

Foi assim aprovado o Regulamento n.º 391 -A/2010, publicado no Diário da República n.º 84, de 30 de abril de 2010, pelo qual a Câmara Municipal de Lisboa procedeu à codificação dos procedimentos gerais quanto à liquidação, cobrança e pagamentos de taxas, bem como nor-mas sobre preçários devidos ao município de Lisboa, com base, entre outros, no Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, na Lei das Finanças Locais, na lei Geral Tributária, no Código de Procedimento e de Processo Tributário e no Código do Procedimento Administrativo.

É ora necessária uma atualização do trabalho então efetuado, com alteração dos quantitativos e/ou âmbito de algumas taxas, bem como da criação de outras, para adequação da atual tabela de Taxas Muni-cipal e à Tabela de Preços (tarifários) à evolução verificada, quer em termos e quadro legal, desde logo reportando à entrada em vigor do Licenciamento Zero, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 141/2012, de 11 de julho, bem como da regulação do setor das águas e dos resíduos urbanos, quer dos comportamentos e práticas manifestas na Cidade, quer de organização e procedimentos dos serviços municipais

Na continuidade do esforço de codificação das taxas e tarifários do Município de Lisboa é alterada a tarifa de saneamento, é criada a tarifa de resíduos urbanos, é criada a Taxa de Proteção Civil, é criada a Taxa Turística e são alteradas outras taxas municipais, por modificação de descritivos, âmbito, e/ou valor, com criação, substituição e eliminação de taxas municipais incluídas nas atividades que já estão patenteadas na atual Tabela de Taxas.

O presente relatório contempla a metodologia, fórmulas e concei-tos de fundamentação económica para o estabelecimento das taxas a incorporar na atual Tabela de Taxas Municipal (TTM), bem como do tarifário de recolha de águas residuais e de resíduos urbanos, em linha com o estabelecido no RGTAL e demais legislação aplicável, que é complementado com o custeio de taxas (Anexo 2.1), o quadro dos coeficientes aplicados à ocupação de espaço público, publicidade e

atividades económicas (anexo 2.2) e tabela de taxas com modificações (anexo 2.3).

2 — Tarifa de Serviço de Saneamento de Águas Residuais Urbanas (AR)

2.1 — Enquadramento GeralA gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais urbanas é

um serviço público essencial ao bem -estar das populações, à atividade económica e à proteção da saúde pública e do meio ambiente, e que se deve pautar por princípios de universalidade no acesso, de continuidade e de qualidade do serviço prestado. Em paralelo, deve -se garantir, a eficiência e a sustentabilidade da atividade, através da equiparação dos respetivos encargos, pelos utilizadores dos serviços, no respeito pelo princípio do “utilizador -pagador”.

No quadro legal são de considerar, desde logo, o Decreto -Lei n.º 194/2009 de 20 de agosto, e alterações subsequentes através do Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de junho, e da Lei n.º 12/2014 de 6 de março que estabeleceu o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de águas, saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos, a Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprovou os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta legislação, procura garantir e proteger os utilizadores destes serviços, salvaguardando o acesso a informação mais correta e pertinente, que evite possíveis abusos decorrentes de posições monopolistas, controlar a qualidade dos serviços prestados e assegurar a supervisão dos preços praticados.

Concomitantemente, do ponto de vista das entidades prestadoras, visa assegurar condições de igualdade e transparência no acesso ao exercício da atividade, acautelando a sustentabilidade económico -financeira,estrutural e operacional dos sistemas, bem como a eficiência e equidade nos tarifários aplicados, promovendo, deste modo, a solidariedade económica e social.

Com esta tarifa tem -se em vista o ressarcimento dos custos em que se incorre com a atividade, por forma a assegurar a sua sustentabili-dade no tempo e a qualidade do serviço prestado, dando concretização às normas regulamentares emanadas do Regulador e às respetivas recomendações, bem como dar cumprimento à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro — Regime Financeiro das Autarquias Locais — que fixa no n.º 1 do artigo 21.º os «[...] instrumentos de remuneração a fixar pelos municípios [...] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens».

Em conformidade com a legislação em vigor e as orientações ema-nadas da Entidade Reguladora, são aqui apresentados os elementos que fundamentam a política tarifária a adotar.

O tarifário parte dos custos totais (fixos e variáveis) suportados pelo Município na atividade em causa e procura a sua repartição pelos utilizadores finais numa ótica de recuperação integral dos mesmos, atenta a necessidade de assegurar o funcionamento dos sistemas e os investimentos de substituição e renovação que lhe são inerentes.

2.2 — Fundamentação económico -financeira do Tarifário

2.2.1 — Enquadramento do CusteioO custeio foi construído tendo em conta as seguintes classifi-

cações:Custos da atividade (diretos e indiretos) — custos de materiais, mão

de obra e serviços diretamente incorporados na prestação dos serviços objeto de análise, que apresentam uma relação inequívoca com essa prestação e os que refletem a utilização de recursos adicionais de outros serviços/atividades que contribuem para a função.

Custos indiretos ou custos comuns — custos cuja ocorrência se justifica pela atividade global do Município, correspondendo a custos administrativos/e gestão.

Paralelamente os custos foram segmentados de acordo com a sua natureza e variabilidade com o nível de atividade:

Custos fixos — custos que se mantêm inalterados, no seu valor global, independentemente de variações do nível de atividade ge-radora do custo (custos associados a uma determinada capacidade instalada);

Custos variáveis — custos que variam, no seu valor global, em função do nível de atividade, i.e., o grau de utilização de recursos geradores do custo varia com o nível da atividade em causa.

Page 55: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7879

2.2.2 — Metodologia do CusteioImputação direta ou indireta dos custos e proveitos, afetos aos ser-

viços/atividade que determinaram a sua realização.Identificação dos custos e proveitos registados na contabilidade

patrimonial, designadamente nas contas de classe 6 e 7, de acordo com a sua classificação orgânica e funcional; foram usados dados históricos relativos a 2012 e 2013 e estimativa para 2014.

Análise dos custos e proveitos afetos às funções saneamento ou águas residuais (AR), e classificação em fixos e variáveis de acordo com a sua natureza.

Apuramento dos custos indiretos de cada função, decorrentes de atividades acessórias ou complementares com impacto naquelas atividades, mediante a aplicação dos respetivos coeficientes de imputação.

Determinação dos custos indiretos gerais em função dos custos diretos e indiretos apurados para a função específica a custear; não dispondo a Câmara Municipal de Lisboa de um sistema estruturado de contabilidade analítica, o apuramento de custos fez -se com base na informação da orgânica com a função específica de gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais.

2.2.3 — Natureza e Englobamento dos Custos

1 — Natureza dos custos

Custos Fixos Variáveis

Diretos . . . . . . . . . Pessoal — custos com pessoal afetos à função;FSE — custos fixos com atividades de conservação e manu-

tenção da rede secundária e de limpeza de coletores;Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros,

afetos à função saneamento.

Pessoal — custos com pessoal cujo valor varia em função do nível de atividade.

FSE — custos suportados com o tratamento de águas residuais (SIMTEJO); custos de liquidação e cobrança da tarifa; custos variáveis associados a atividades de conservação e manuten-ção da rede secundária e de limpeza de coletores.

Frota — encargos com as viaturas afetas à função sanea-mento.

Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-timentos no sistema.

Indiretos . . . . . . . . 5 % Custos diretos (nível de custos indiretos no Município na ordem dos 19,9 %).

2 — Imputação às Atividades e Critérios de Repartição

a) Custos Fixos:

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subsídios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encargos sociais da Entidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Pessoal da Divisão de Saneamento.

FSE. . . . . . . . . . . . Custos fixos associados à manutenção e conservação da rede de saneamento.

Amortizações . . . . Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros, afetos à função saneamento.

Bens registados no inventário municipal, incluindo rede nova no alto do lumiar e investimento programado no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL).

Taxas conforme o CIBE.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que estejam a ser partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

b) Custos Variáveis:

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subsídios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encargos sociais da Entidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Pessoal da Brigada Lx Alerta; Restantes funcionários do De-partamento de Construção e Manutenção de Infraestruturas e Via Pública

FSE. . . . . . . . . . . . Aquisição de serviços de tratamento de águas residuais (SIMTEJO).

Encargos de liquidação e cobrança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Outros custos variáveis associados atividades de conservação

e manutenção da rede secundária e de limpeza de coletores.

Frota . . . . . . . . . . . Combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Seguros e inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Reparações, pneus e lavagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Amortizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Viaturas afetas, parcial ou exclusivamente à função sanea-mento.

Page 56: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7880 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Tipo Natureza Premissas

Encargos financeiros Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-timentos no sistema.

100 %.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que estejam a ser partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

3 — Custos ApuradosMilhares de euros

Custos Fixos Variáveis Totais

Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 867 307 1 174FSE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 014 31 402 34 417Frota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 161 161Amortizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 532 0 10 532Encargos financeiros . . . . . . . . . . . . . 0 4 255 4 255

Total diretos . . . . 14 414 36 125 50 539

Total indiretos . . . 721 1 806 2 527

Total custos . . . . . 15 135 37 931 53 066

2.2.4 — Metodologia e cálculo dos tarifáriosEm conformidade com o disposto no artigo 21.º da Lei n.º 73/2013,

de 3 de setembro, (Regime Financeiro das Autarquias Locais), os pre-ços devidos pelo saneamento de águas residuais a cobrar nos termos de regulamento tarifário a aprovar pelo Município, devem observar o disposto no artigo 82.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), no Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho (Regime Eco-nómico e Financeiro dos Recursos Hídricos), e nas Recomendações n.º 01/2009 e n.º 02/2010 da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Ainda nos termos do regime financeiro das autarquias locais, n.º 1 do artigo 21.º, os “[...] instrumentos de remuneração a fixar pelos mu-nicípios [...] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens”. No que se reforça o princípio da recuperação dos custos instituindo -se que a tarifa de saneamento de águas residuais urbanas visa remunerar o Município pelos serviços prestados e bens fornecidos, em sistema de gestão direta, aos utilizadores finais desses serviços, no âmbito da atividade de gestão dos sistemas de saneamento de águas residuais.

Neste sentido, apuraram -se os custos relacionados com a atividade de saneamento (53.066 milhares de euros), que foram repercutidos nas tarifas em função do volume de consumos e do calibre dos contadores, por tipo de utilizador, tendo em conta as estatísticas fornecidas pela EPAL, para ao ano de 2013, e o tarifário da EPAL, para o abastecimento em baixa, para 2014.

1 — Estrutura dos TarifáriosDe acordo com as recomendações da ERSAR, os tarifários «devem

compreender uma componente fixa e uma componente variável, de forma a repercutirem equitativamente os custos por todos os consumidores»:

A componente fixa destina -se a remunerar a disponibilidade do serviço público prestado, é devida por contador ligado à rede de abas-tecimento de água, em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada trinta dias;

A componente variável destina -se a remunerar a intensidade da utili-zação, é devida em função dos consumos realizados durante o período objeto de faturação, e expressa em euros por unidade de medida (m³).

Os custos fixos e variáveis, imputados à componentes fixa e variável da tarifa, foram os seguintes:

Custos (m €) (%)

Fixos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 135 29 %Variáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 931 71 %

Total. . . . . . . . . . . . . . 53 066 100 %

As tarifas fixas e variáveis são diferenciadas consoante os utiliza-dores finais sejam:

Domésticos: aqueles que usem os prédios urbanos para fins habitacio-nais, com exceção das utilizações para as partes comuns, nomeadamente as dos condomínios;

Não domésticos: os restantes utilizadores, incluem -se neste grupo, o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades que integram o setor empresarial do Estado e o setor em-presarial local.

2 — Cálculo do Tarifário de Saneamentoa) Tarifas de DisponibilidadePara o apuramento do valor médio das tarifas fixas consideram -se

os custos fixos resultantes do custeio (15.135 milhares de euros) e o número de contadores ativos em 2013, que foi de 346.108, conforme dados facultados pela EPAL (corrigido dos contadores municipais afetos aos consumos públicos).

Foi definido um escalão único para os utilizadores domésticos com a demarcação de dois níveis de tarifa para os utilizadores não domésticos, com o objetivo de despenalizar os utilizados do calibre mais baixo, Desta forma as tarifas fixas apuradas foram as seguintes:

Utilizadores domésticos:Escalão único — 2,9990 €/30 dias;

Fórmula: Tfd = Cf x

Utd + Utnd X Coefr) X 12

em que:Tfd — Tarifa fixa para utilizadores domésticosCf — Total dos custos fixosUtd — Número total dos utilizadores domésticosUtnd — Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos

dos contadores afetos aos consumos públicosCoefr — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-

ticos e não domésticos — 2,58

Utilizadores não domésticos:Tarifa média (antes da aferição da tarifa por escalões) — 7,7374 €/

30 dias (Coeficiente de diferenciação 2,58)

Fórmula – Tarifa média: Tfnd = Tfd +X Coefr

em que:Tfnd — Tarifa fixa para utilizadores não domésticosTfd — Tarifa fixa para utilizadores domésticosCoefr — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-

ticos e não domésticos — 2,58

Tarifa fixa aplicável a utilizadores não domésticos diferenciada de forma progressiva em função do diâmetro (Ø) do contador instalado:

1.º Nível — Ø 15 mm — 7,4453 €/30 dias;2.º Nível — Ø > 15 mm — 8,9343 €/30 dias.

Fórmulas das tarifas por escalões:1º Nível: Tfnd15 = Rfnd x

(Utnd15 + (Utnd>15 x Coef>15)) x 12

em que:Tfnd15 — Tarifa fixa para utilizadores não domésticos — contadores

com Ø 15 mmUtnd15

— Número de utilizadores com contadores de calibre = Ø 15 mm

Page 57: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7881

Utnd>15 — Número de utilizadores com contadores de calibre > Ø 15 mmCoef>15 — Coeficiente de diferenciação entre os contadores de calibre

Ø15 mm, e os contadores de calibre > Ø 15 mm — 1,20Rfnd — Estimativa da receita fixa proveniente de utilizadores não

domésticos: Rfnd = Tfnd x Utnd x 12

Tfnd — Tarifa fixa média para utilizadores não domésticosUtnd — Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos

dos contadores afetos aos consumos públicos2º Nível: Tfnd>15 = Tfnd15 x Coef>15

em que:Tfnd15 — Tarifa fixa para utilizadores não domésticos — contadores

com Ø 15 mmCoef>15 — Coeficiente de diferenciação entre os contadores de calibre

Ø15 mm, e os contadores de calibre > Ø 15 mm — 1,20

b) Tarifas VariáveisAs tarifas variáveis, devidas em função do volume de água consu-

mido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressa em euros por m³, resultam da aplicação dos seguintes coeficientes de custo específico sobre o tarifário de abastecimento da EPAL:

Fórmula: Coef médioA = Cv x ConsA

em que:Coef médioA — coeficiente de custo específico médioCv — Custos variáveis a repercutir nas tarifasConsA — Consumos de água em valor

O valor de Coef médioA obtido (relacionando o total dos custos variá-veis apurados com o consumo de água em valor faturado pela EPAL) é de 91,39 %.

Este coeficiente foi diferenciado entre consumidores domésticos e não domésticos de acordo com os fatores constantes do quadro seguinte. Multiplicando -se o Coef médioA por estes fatores de diferenciação foram obtidos os seguintes Coeficientes Específicos:

Utilizadores Média Fatordiferenciação

Coeficienteespecífico

(% sobre água)

Domésticos. . . . . . . . . . . . . 91,39 %

0,8754 80,00 %

Não Domésticos . . . . . . . . . 1,0558 96,49 %

Aplicando os Coeficientes Específicos sobre as tarifas aplicadas no abastecimento de água (tabela EPAL 2014), são obtidas as tarifas do saneamento a aplicar em 2015:

Utilizadores domésticos:Valores em €/m3, considerando 80 % sobre o tarifário da EPAL

para 2014:1.º Escalão — até 5 m3: 0,2198 €/m3;2.º Escalão — superior a 5 e até 15 m3: 0,5787 €/m3;3.º Escalão — superior a 15 e até 25 m3: 1,3621 €/m3;4.º Escalão — superior a 25 m3: 1,7165 €/m3;Transitoriamente não sujeitos a escalões — 1,0266 €/m3

Utilizadores não domésticos:Valores em €/m3, considerando 96,49 % sobre o tarifário da EPAL

para 2014:Escalão único — 1,6428 €/m3.

As tarifas variáveis incidem sobre o volume de águas residuais recolhidas, que corresponde à aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

3 — Tarifários EspeciaisOs utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas seguintes situações:Utilizadores domésticos:Tarifário social — aplicável aos utilizadores finais domésticos, que

se encontrem numa situação de carência económica conforme Regu-

lamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa

Tarifário familiar — aplicável a utilizadores domésticos cuja com-posição do agregado familiar ultrapasse quatro elementos.

Utilizadores não domésticos:Tarifário especial — aplicável a instituições particulares de solida-

riedade social, organizações não -governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades de reconhecida utilidade pública, legalmente constituídas.

a) Tarifários Sociais/EspeciaisUtilizadores domésticos:Tarifa fixa: isenção da tarifa fixa;Tarifas variáveis, prolongamento do primeiro escalão até ao limite

de 15 m³/ 30 dias:1.º Escalão — até 15 m3: 0,2198 €/m3;2.º Escalão — superior a 15 e até 25 m3: 1,3621 €/m3;3.º Escalão — superior a 25 m3: 1,7165 €/m3.

Utilizadores não domésticos:Redução de ≈ 25 %, dos valores das tarifas gerais aplicadas aos

utilizadores não domésticos:Tarifas fixa:1.º Escalão — Calibre Ø 15mm — 5,6112 €/30 dias;2.º Escalão — Calibre > Ø 15mm — 6,7334 €/30 dias.Tarifas variáveis: 1,2321 €/m3.

b) Tarifário familiar:Traduz -se na utilização dos seguintes escalões do volume de águas

residuais:Tarifa Fixa: 2,9990 €/30 diasTarifa Variável:1.º Escalão — até 5 m3/30 dias — 0,2198 €/m3;2.º Escalão — consumos obtidos pela diferença entre o resultado

da aplicação da fórmula [“n” x 3,6 m3/30 dias + 2], em que “n” é igual ao n.º de elementos do agregado familiar, e os consumos iguais a 5 m3/30 dias faturados no 1.º escalão — 0,5076 €/m3;

3.º Escalão — consumos que excedem o resultado da aplicação da fórmula [“n” x 3,6 m3/30 dias + 2], em que “n” é igual ao n.º de ele-mentos do agregado familiar — 1,3621 €/m3.

4 — Regime transitório — Utilizadores Não DomésticosConsiderando que a ERSAR permite a implementação dos novos

tarifários de forma gradual, considerando ainda que o aumento na fatura decorrente da implementação do novo tarifário poderá ser muito penalizante para os utilizadores não domésticos com maiores níveis de consumo de água, o Município prevê a aplicação de um regime transitório a vigorar em 2015, 2016 e 2017.

Assim, os utilizadores não domésticos, com um consumo mensal de água superior a 50 m3 podem recorrer ao regime transitório, benefi-ciando de uma tarifa variável reduzida durante esse período.

A tarifa variável reduzida incide sobre os consumos de água que excedam os 50 m3 por trinta (30) dias e é calculada da seguinte forma:

Ano de 2015 — tarifa variável reduzida será 25 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

Ano de 2016 — tarifa variável reduzida será 50 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes;

Ano de 2017 — tarifa variável reduzida será 75 % da tarifa normal e aplicável aos consumos excedentes.

Assim, os tarifários aplicáveis aos consumos mensais de água que excedam o consumo mínimo de referência estabelecido serão os seguintes:

Utilizadores não domésticos — comerciais, industriais e agrícolas, outras pessoas coletivas e profissionais liberais (exclui entidades de natureza pública e do Setor Empresarial do Estado):

0,4107 €/m3 em 2015 (25 % do tarifário geral);0,8214 €/m3 em 2016 (50 % do tarifário geral);1,2321 €/m3 em 2017 (75 % do tarifário geral).

Utilizadores não domésticos especiais (Pessoas Coletivas de decla-rada utilidade pública):

0,3080 €/m3 em 2015 (25 % do tarifário geral);0,6161 €/m3 em 2016 (50 % do tarifário geral);0,9241 €/m3 em 2017 (75 % do tarifário geral).

Page 58: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7882 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

5 — Receita perspetivada para consumo de águas residuaisConsiderando o efeito dos tarifários apresentados, a receita respetiva para consumos de referência de água será a seguinte:

Utilizadores Consumos m3

(AR)Número

de contadores

Receita potencial m€/ano

Receita estimadaFixa Variável Total

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 889 855 298 990 10 760 10 268 21 028 19 977Não Domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 614 145 47 118 4 375 27 663 32 038 28 084

Total. . . . . . . . . . . . . 43 504 000 346 108 15 135 37 931 53 066 48 061

O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido.

O quadro supra faz a demonstração da receita potencial associada à tarifa, sendo a receita estimada o resultado da subtração àquela do valor dos tarifários sociais e familiar, dos consumos municipais e do impacto do regime transitório.

Assim, este tarifário recupera potencialmente os custos suportados com o serviço de tratamento das águas residuais. Os proveitos a serem obtidos com a aplicação do presente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime transitório, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos.

2.3 — ConclusãoO presente documento sintetiza o estudo de fundamentação das

tarifas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente aos serviços de saneamento de águas residuais.

Os valores propostos, com base na análise económico -financeira e com ponderação social/especial, correspondem aos valores a praticar para o ano de 2015.

No apuramento dos custos atendeu -se, ao estabelecido no POCAL, procedendo -se à sua reclassificação em variáveis/fixos, no sentido de propor uma estrutura de tarifa bipartida, de acordo com as recomen-dações da entidade reguladora.

Por último, os proveitos a serem obtidos com a aplicação do presente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime transitório, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos. Em simultâneo salvaguardou -se um tarifário mais reduzido para os grupos mais carenciados e equitativo para as famílias mais numerosas, praticando também uma tarifa especial para as entidades de interesse público.

Os pressupostos e a metodologia adotados basearam -se na legislação em vigor e na observância das orientações da ERSAR.

3 — Tarifa de resíduos urbanos

3.1 — Enquadramento geralA gestão de resíduos urbanos é um serviço público essencial ao

bem -estar das populações, à atividade económica e à proteção da saúde pública e do meio ambiente, que se deve pautar por princípios de universalidade no acesso, de continuidade e de qualidade do serviço prestado. Em paralelo, deve -se garantir a eficiência e a sustentabilidade da atividade, através da equiparação dos respetivos encargos pelos utili-zadores dos serviços, no respeito pelo princípio do “utilizador -pagador”, induzindo nos utilizadores finais comportamentos que fomentem a reutilização, a reciclagem e a redução do desperdício.

No quadro legal são de considerar, o Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, e alterações subsequentes através do Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de junho, e da Lei n.º 12/2014, de 6 de março, que estabeleceu o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de águas, saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos, a Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprovou os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e ainda a sua Deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril, referente ao regulamento tarifário de serviço de gestão de resíduos urbanos. Esta legislação procura garantir e proteger os utilizadores destes serviços, salvaguardando o acesso a informação mais correta e pertinente que evite possíveis abusos decorrentes de posições monopolistas, controlar a qualidade dos serviços prestados e assegurar a supervisão dos preços praticados.

Concomitantemente, do ponto de vista das entidades prestadoras, visa assegurar condições de igualdade e transparência no acesso ao exercício

da atividade, acautelando a sustentabilidade económico -financeira,estrutural e operacional dos sistemas, bem como a eficiência e equidade nos tarifários aplicados, promovendo, deste modo, a solidariedade económica e social.

Com este novo enquadramento legislativo e com a revisão do quadro legal dos sistemas multimunicipais e municipais de gestão de resíduos urbanos, o Município de Lisboa é compelido a suprir a ausência de uma Tarifa de Resíduos Urbanos (TRU) para a prestação dos serviços de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eli-minação de resíduos urbanos e equiparáveis.

Com esta tarifa tem -se em vista o ressarcimento dos custos em que se incorre com a atividade, por forma a assegurar a sua sustentabilidade no tempo e a qualidade do serviço prestado, dando concretização às normas regulamentares emanadas do Regulador e às respetivas reco-mendações, bem como dar cumprimento à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro — Regime Financeiro das Autarquias Locais — que fixa no n.º 1 do artigo 21.º que os «[...] instrumentos de remuneração a fixar pelos municípios [...] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens».

Assim, a criação de uma Tarifa de Resíduos Urbanos (TRU) aplicável ao Município de Lisboa decorre do cumprimento incontornável da legis-lação em vigor que impõe o ressarcimento dos custos dos operadores nas atividades de deposição, recolha e transporte de resíduos urbanos para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos, transferindo--os através de uma tarifa autónoma para os utilizadores finais.

Em conformidade com a legislação em vigor e as orientações ema-nadas da Entidade Reguladora, são apresentados os elementos que fundamentam a política tarifária a adotar neste domínio.

O tarifário proposto assenta nos princípios gerais estabelecidos no artigo 5.º da Deliberação n.º 928/2014 de 15 de abril, da ERSAR, de-signadamente, nos previstos nas alíneas d) e e), a saber: “Princípio da sustentabilidade económica e financeira dos serviços” e “Princípio da autonomia local, o qual se traduz [...] no respeito pelas competências legais das autarquias em matéria de aprovação de tarifas, sem prejuízo da salvaguarda do Princípio da recuperação de custos”.

O tarifário parte dos custos totais (fixos e variáveis) suportados pelo Município na atividade em causa e procura a sua repartição pelos utilizadores finais numa ótica de recuperação integral dos mesmos, atenta a necessidade de assegurar o funcionamento dos sistemas e os investimentos de substituição e inovação que lhe são inerentes.

3.2 — Fundamentação económico -financeira do tarifário

3.2.1 — Enquadramento do custeioO custeio foi construído tendo em conta as seguintes classificações:Custos da atividade (diretos e indiretos) — custos de materiais, mão

de obra e serviços diretamente incorporados na prestação dos serviços objeto de análise que apresentam uma relação inequívoca com essa prestação e os que refletem a utilização de recursos adicionais de outros serviços/atividades que contribuem para a função.

Custos indiretos ou custos comuns — custos cuja ocorrência se justifica pela atividade global do Município, correspondendo a custos administrativos/de gestão.

Paralelamente os custos foram segmentados de acordo com a sua natureza e variabilidade com o nível de atividade:

Custos fixos — custos que se mantêm inalterados, no seu valor global, independentemente de variações do nível de atividade geradora do custo (custos associados a uma determinada capacidade instalada);

Custos variáveis — custos que variam, no seu valor global, em função do nível de atividade, i.e., o grau de utilização de recursos geradores do custo varia com o nível da atividade em causa.

Page 59: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7883

Relativamente aos proveitos e uma vez que resultam diretamente da prestação do serviço de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos e equiparáveis, apresen-tam uma relação inequívoca com a sua prestação, refletindo -se apenas como proveitos diretos e sendo, pela sua própria natureza — prestação de serviços auxiliares e receitas por venda de recicláveis — todos variáveis.

3.2.2 — Metodologia do CusteioImputação direta ou indireta dos custos e proveitos afetos aos servi-

ços/atividade que determinaram a sua realização.Identificação dos custos e proveitos registados na contabilidade pa-

trimonial, designadamente nas contas de classe 6 e 7, de acordo com a sua classificação orgânica e funcional — foram usados dados históricos relativos a 2012 e 2013 e estimativa para 2014.

Análise dos custos e proveitos diretamente decorrentes do exercício desta atividade e consequente classificação em fixos e variáveis de acordo com a sua natureza.

Apuramento dos custos indiretos de cada função, decorrentes de ativi-dades acessórias ou complementares com impacto naquelas atividades, mediante a aplicação dos respetivos coeficientes de imputação.

Determinação dos custos indiretos gerais em função dos custos diretos e indiretos apurados para a função específica a custear; não dispondo a Câmara Municipal de Lisboa de um sistema estruturado de contabilidade analítica, o apuramento de custos e proveitos fez -se com base na informação da orgânica com a função específica de deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resí-duos urbanos e equiparáveis.

Dedução dos proveitos correspondentes às receitas recebidas pela Câ-mara Municipal de Lisboa relativamente à entrega/venda de recicláveis, a prestações de serviços auxiliares ou outras receitas correlacionadas.

3.2.3 — Natureza e Englobamento dos Custos

1 — Natureza dos custos

Custos Fixos Variáveis

Diretos . . . . . . . . . Pessoal — custos com pessoal afeto à função.Amortizações de bens móveis e imóveis afetos à função re-

moção de resíduos urbanos.Frota — seguros.

Pessoal — custos com pessoal cujo valor varia em função do nível de atividade.

FSE — custos suportados com a remoção e tratamento de RU; encargos de liquidação e cobrança; outros custos variáveis associados à atividade.

Frota — encargos com as viaturas afetas à função RU.Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-

timentos na atividade.Outros investimentos associados à atividade.

Indiretos . . . . . . . . 5 % Custos diretos (nível de custos indiretos no Município na ordem dos 19,9 %).

2 — Imputação às Atividades e Critérios de Repartiçãoa) Custos Fixos:

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações;Subsídios;Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Unidade Orgânica (UO) com imputação de 40 %.

Frota . . . . . . . . . . . Seguros;Amortizações.

Amortizações . . . Amortizações de bens móveis e imóveis, atuais e futuros, afetos à atividade.

Taxas conforme o CIBE.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que, pela sua natureza, não lhe possam ser diretamente imputados ou que sejam partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

b) Custos Variáveis:

Tipo Natureza Premissas

Pessoal . . . . . . . . . Remunerações;Subsídios;Encargos sociais da Entidade.

Pessoal da Unidade Orgânica (UO) com imputação de 40 %.

FSE. . . . . . . . . . . . Aquisição de serviços de tratamento de resíduos urbanos (VALORSUL);

Encargos de liquidação e cobrança;Outros custos variáveis.

Frota . . . . . . . . . . . Combustíveis;Seguros e inspeções;Reparações, pneus e lavagens.

Repartição dos custos totais da Unidade Orgânica (UO) im-putação de 40 %.

Page 60: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7884 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Tipo Natureza Premissas

Encargos financeiros Encargos financeiros associados ao financiamento de inves-timentos na atividade.

Repartição dos custos totais da Unidade Orgânica (UO) im-putação de 40 %.

Custos indiretos. . . Inclui os custos dos serviços afetos à função, que pela sua natureza não lhe possam ser diretamente imputados ou que sejam partilhados com outras funções.

5 % dos custos diretos.

c) Proveitos Variáveis:

Tipo Natureza Premissas

Venda de materiais Receitas de venda de materiais recicláveis. . . . . . . . . . . . . . 100 %.Prestações de servi-

ços auxiliares.Prestação de serviços auxiliares considerados na Tabela de

Taxas e/ou de Preços e Outras receitas municipais.100 %.

3 — Custos apuradosMilhares de euros

Custos Fixos Variáveis Totais

Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 195 6 043 14 238FSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 11 161 11 161Frota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 194 3 980 5 174Amortizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 322 0 2 322Encargos financeiros . . . . . . . . . . . . . 0 4 4

Total diretos. . . . . 11 711 21 188 32 899

Total indiretos . . . 586 1 059 1 645

Total custos . . . . . 12 297 22 247 34 544

Proveitos da atividade . . . . . . . . . . . . (0) (3 929) (3 929)

Total . . . . . . . . . . 12 297 18 318 30 615

Nota. — Em linha com as orientações da ERSAR, os custos apurados repercutem -se nas tarifas fixas e variáveis.

3.2.4 — Metodologia e cálculo dos TarifáriosEm conformidade com o disposto no artigo 21.º da Lei n.º 73/2013

de 3 de setembro, (Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades intermunicipais), alterada pela Retificação n.º 46 -B/2013 de 1 de novembro, as tarifas devidas pela gestão dos resíduos urbanos a cobrar nos termos de regulamento tarifário a aprovar pelo Município, devem observar o disposto no artigo 82.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro (Lei da Água), no Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setem-bro (Regime Geral de Gestão de Resíduos Urbanos), e na deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril (Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos), emitida pela Entidade Reguladora dos serviços de águas e resíduos — ERSAR.

Ainda nos termos do regime financeiro das autarquias locais, n.º 1 do artigo 21.º, os “[...] instrumentos de remuneração a fixar pelos mu-nicípios [...] não devem ser inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação desses serviços e com o fornecimento desses bens”. No que se reforça o princípio da recuperação dos custos instituindo -se que a tarifa de resíduos urbanos visa remunerar o Muni-cípio pelos serviços prestados e bens fornecidos, em sistema de gestão direta, aos utilizadores finais desses serviços, no âmbito da atividade de exploração do sistema municipal de gestão de resíduos urbanos.

O Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos fixa, no caso de procura de uma alternativa à medição, que “A quanti-dade de resíduos objeto de recolha deve ser estimada a partir de indi-cadores de base especifica que apresentem uma correlação estatística significativa com a efetiva produção de resíduos pelos utilizadores finais, nomeadamente o consumo de água [...]”.

O Município de Lisboa não tem, à data, condições para implemen-tar um sistema de medição direta, com base no peso ou volume de resíduos (sistema PAYT — pay as you throw), pelo que a tarifa de resíduos urbanos é desenhada em função do consumo de água dos utilizadores finais.

O tarifário para o serviço de recolha e transporte de resíduos urbanos assenta no consumo de água para a componente variável da mesma e no n.º de contadores para a repercussão da componente fixa ou de disponibilidade de serviço.

Neste sentido, apuraram -se os custos relacionados com a atividade de exploração do sistema municipal de gestão de resíduos urbanos (30.615 milhares de euros), que foram repercutidos em tarifas em função do volume de consumos e do n.º de contadores, por tipo de utilizador, tendo em conta as estatísticas definidas pela EPAL, para 2013, e o tarifário da EPAL, para o abastecimento em baixa, para 2014.

1 — Estrutura dos TarifáriosDe acordo com a deliberação n.º 928/2014, de 15 de abril, pela

prestação dos serviços de gestão de resíduos urbanos aos utilizadores finais, o tarifário tem de ser bipartido, compreendendo:

Uma tarifa fixa, designada tarifa de disponibilidade destinada a remunerar a disponibilidade do serviço público prestado; é devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por cada trinta (30) dias;

Uma tarifa variável, devida em função do nível ou intensidade de utilização do serviço durante o período objeto de faturação e expressa em euros por unidade de medida (m³).

Os custos imputados às componentes fixas e variável, com a corres-pondente afetação às tarifas de disponibilidade e variável, são:

CustosMilhares

deeuros

Afetação dos custos

% Tarifa

Fixos. . . . . . . . . . . . . 12 297 40,17 % Tarifa de disponibilidade.Variáveis. . . . . . . . . . 18 318 59,83 % Tarifa Variável.

Total . . . . 30 615 100,00 %

As tarifas de disponibilidade e variável dos serviços de resíduos são ainda diferenciadas consoante o utilizador final seja:

Doméstico — aquele que usa os prédios urbanos para fins habitacio-nais, com exceção das utilizações das partes comuns, nomeadamente as dos condomínios;

Não doméstico — os restantes utilizadores; incluem -se neste grupo, o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades que integram o setor empresarial do Estado e o setor em-presarial local.

2 — Cálculo do Tarifário de Resíduos Urbanosa) Tarifas de Disponibilidade:Para apuramento do valor médio das tarifas fixas consideram -se os

custos fixos resultantes do custeio (12.297 milhares de euros), e o nú-mero total de contadores ativos em 2013, que foi de 346.108 conforme dados obtidos junto da EPAL (com correção dos contadores municipais afetos aos consumos públicos).

Page 61: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7885

Desta forma as tarifas de disponibilidade apuradas foram as se-guintes:

Utilizadores domésticos:Tarifa de disponibilidade — 2,2333 €/30 dias;

Fórmula: Tfd = Cf X Utd + Utnd x Coeft x 12

em que:Tfd — Tarifa de disponibilidade para utilizadores domésticosCf — Total dos custos fixosUtd — Número total dos utilizadores domésticosUtnd — Número total dos utilizadores não domésticos, corrigidos dos

contadores afetos aos consumos públicosCoeft — Coeficiente de diferenciação entre os utilizadores domésticos

e não domésticos — 3,5354

Utilizadores não domésticos:Tarifa de disponibilidade — 7,8956 €/30 dias

Fórmula: Tfnd = Tfd x Coeft

em que:Tfnd — Tarifa de disponibilidade para utilizadores não domésticosTfd — Tarifa de disponibilidade para utilizadores domésticosCoeft — Coeficiente de diferenciação entre os consumidores domés-

ticos e não domésticos — 3,5354

b) Tarifas Variáveis:As tarifas variáveis são devidas em função do volume de água consu-

mido ou estimado durante o período objeto de faturação e expressas em euros por m³, resultam da aplicação dos coeficientes de custo específico sobre o tarifário de abastecimento da EPAL:

Fórmula: Coef médioA = Cv ConsA

em que:Coef médioA — coeficiente de custo específico médioCv — Custos variáveis a repercutir nas tarifasConsA — Consumos de água em valor

O valor de Coef médioA obtido (relacionando o total dos custos variáveis apurados com o consumo de água em valor faturado pela EPAL) é de 44,13 %.

Este coeficiente foi diferenciado entre consumidores domésticos (1) e não domésticos de acordo com os fatores constantes do quadro seguinte. Multiplicando -se o Coef médioA por estes fatores de diferenciação foram obtidos os seguintes Coeficientes Específicos:

Utilizadores MédiaRazãoentre

coeficientes

Coeficienteespecífico(% sobre

água)

Domésticos (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . 44,13 %

0,6288 27,75 %

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . 1,3579 59,93 %

Não inclui domésticos/instituições de utilidade pública.

Aplicando os Coeficientes Específicos sobre as tarifas aplicadas ao abastecimento de água (tabela EPAL 2014) são obtidas as tarifas de RU a aplicar em 2015:

Utilizadores domésticos e Instituições de Utilidade Pública — 0,1710 €/m3

Outros utilizadores não domésticos — 0,8023 €/m3

3 — Tarifários especiaisOs utilizadores finais podem beneficiar da aplicação de tarifários

especiais nas situações previstas no Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos compreendendo:

Tarifário social para utilizadores domésticos, aplicável em função das regras estabelecidas para a determinação da condição de recursos do Instituto de Segurança Social, I. P.

Este tarifário especial concretiza -se pela isenção da tarifa fixa.

Tarifário social para utilizadores não domésticos, aplicável a instituições particulares de solidariedade social, organizações não--governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades de reconhecida utilidade pública, legalmente constituídas, cuja ação social o justifique. Este tarifário especial concretiza -se pela aplicação de um tarifário idêntico ao aplicado aos utilizadores domésticos:

Tarifa fixa: 2,2333 €/30 dias;Tarifa variável: 0,1710 €/m3.

4 — Tarifário para grandes produtores (GP)Em conformidade com a legislação em vigor, designadamente

o Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro (Regime Geral de Gestão de Resíduos), considera -se Grande Produtor (GP) toda a entidade com uma produção média diária de resíduos superior a 1100 litros.

Pese embora a deposição, recolha, transporte, armazenagem, valori-zação ou recuperação e eliminação dos resíduos urbanos provenientes de Grandes Produtores sejam de sua exclusiva responsabilidade, o Município de Lisboa entendeu pertinente poder prestar o serviço a essas entidades, caso estas assim o pretendam, criando para o efeito, um tarifário apropriado às suas características.

Desta forma, os GP que optem pelos serviços municipais de recolha de resíduos urbanos ficam sujeitos a uma tarifa que varia no intervalo [45€ a 80€], em resultado da aplicação da seguinte fórmula:

Tf = 80 € - 50 € x RC x RC + RI

em que:

Tf — tarifa em € por tonelada incidente sobre RI entregues ao mu-nicípio

RC — Resíduos recicláveis, em toneladas, entregues ao municípioRI — Resíduos indiferenciados, em toneladas, entregues ao mu-

nicípioA fórmula não é aplicável sempre que a relação RC/(RC+RI) seja

superior a 70 %, situações em que a tarifa sobre indiferenciados será de 45€.

A quantidade mensal em toneladas de resíduos recicláveis (RC) e de resíduos indiferenciados (RI) é obtida com base na seguinte fórmula:

Qtd = V x F x D 1000

em que:

Qtd — quantidade mensal de resíduos expressos em toneladasV — volume total em litros correspondente aos contentores insta-

lados/disponibilizadosF — frequência de recolha em 30 diasD — densidade estimada em [tonelada/m3] a fixar em cada contrato

face aos diferentes tipos de resíduos.

O disposto nos números anteriores não se aplica aos GP abrangidos pelo Sistema de Recolha Pneumática de Resíduos Urbanos do Parque das Nações, sujeitos a regulamentação específica.

5 — Regime transitório aplicável duranteo período de recenseamento

Os utilizadores não domésticos, que não entidades de natureza pú-blica, com um consumo mensal de água superior a 50 m3 beneficiam de uma tarifa variável reduzida que será aplicável durante o período de recenseamento dos GP (60 dias).

Durante este período, os utilizadores beneficiam da aplicação de uma tarifa variável reduzida, correspondente a uma redução de 50 % do tarifário.

Após aquele período haverá lugar à regularização da faturação em função dos seguintes critérios:

a) Os utilizadores que sejam classificados como Grandes Produtores, por encontro de contas.

b) Os utilizadores que não classificados como Grandes Produtores, passam a pagar a totalidade da tarifa em função dos consumos de água, devendo o valor descontado durante o período de recenseamento ser reposto na fatura subsequente.

Page 62: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7886 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

6 — Receita prevista do tarifário de RUOs impactos esperados na receita municipal, para o mesmo perfil/

volume de consumos (conforme dados da EPAL de 2013) constam do quadro seguinte:

Receita potencial m€/ano

UtilizadoresConsumos

m3

N.º de

contadores Fixa Variável Total

Receita

estimada

m€/ano

Domésticos 26.544.283 298.990 8.013 4.538 12.551 11.923

Não Domésticos

Subtotal22.312.342 47.118 4.284 13.781 18.065 14.498

Geral 15.785.694 44.467 4.213 12.665 16.878

Utilidade Pública 6.526.648 2.651 71 1.116 1.187

Total 48.856.625 346.108 12.297 18.319 30.616 26.421

O quadro supra faz a demonstração da receita potencial associada à tarifa, sendo a receita estimada o resultado da subtração àquela do valor dos tarifários sociais, dos consumos municipais e do impacto dos Grandes Produtores.

Assim, este tarifário recupera potencialmente os custos suportados com o serviço de recolha, transporte e tratamento de resíduos urbanos. Os proveitos a serem obtidos com a aplicação do presente tarifário, correspondem ao respetivo custeio efetuado, excluindo a moderação tarifária e o regime dos Grandes Produtores, pelo que o Município de Lisboa apresenta um modelo economicamente sustentado e adequado aos objetivos propostos.

3.3 — ConclusãoO presente documento sintetiza o estudo de fundamentação das tarifas

a adotar pelo Município de Lisboa relativamente aos serviços associa-dos à deposição, recolha e transporte para valorização, tratamento e eliminação de resíduos urbanos e equiparáveis.

Os valores propostos, com base na análise económico -financeira e com ponderação social, correspondem aos valores a praticar para o ano de 2015.

No apuramento dos custos atendeu -se, sempre que possível, ao es-tabelecido no POCAL, procedendo -se à sua reclassificação em variá-veis/fixos, no sentido de propor uma estrutura de tarifa bipartida, de acordo com as orientações da entidade reguladora.

Os pressupostos e a metodologia adotados, basearam -se na legislação em vigor e na observância das orientações da ERSAR.

4 — Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC)

4.1 — Enquadramento GeralA Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, Lei de Bases da Proteção Civil,

trouxe consigo um novo enquadramento a esta atividade levada a cabo pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais que exige a participação ativa e o esforço financeiro da administração pública nos seus vários níveis, bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas.

Nos termos deste diploma «a Proteção Civil é a atividade desen-volvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram». Neste âmbito, «são objetivos gerais da Proteção Civil prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe dele resultante; atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos; socorrer e assistir as pes-soas e outros seres vivos em perigo, proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público e apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe».

A Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro, ao fixar novo enqua-dramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, reconhece a importância que os municípios têm na ges-tão destes riscos, em virtude da sua proximidade ao território e às populações.

As atribuições que assim se confiam aos municípios não podem ser desvalorizadas e tão pouco o esforço financeiro que estas funções acarretam, pela quantidade, qualidade e prontidão dos meios a afetar a estas atribuições, a somar à proteção de pessoas e bens perante acidentes e ocorrências de menor gravidade, pelo que é criada a Ttaxa Municipal de Proteção Civil, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam.

No quadro de referência técnico -jurídico usado na fundamentação da taxa de proteção civil objeto do presente Relatório destacamos a Avaliação Nacional de Risco, elaborada de acordo com as “Risk Assess-ment and Mapping Guidelines for disaster Management” emitidas pela Comissão (documento SEC 2010) 1626 final, de 21.12.2010 e adotada pela Comissão Nacional de Proteção Civil, e ainda o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios consagrado no Decreto -Lei 220/2008, de 12 de novembro.

Desta avaliação resulta: em primeiro lugar, a identificação e caracte-rização dos perigos de génese natural, tecnológica ou mista, suscetíveis de afetar o território do município, designadamente sismos, galgamentos costeiros, acidentes graves de tráfego, incêndios urbanos, rotura de infraestruturas estratégicas, acidentes com substâncias perigosas ou concentrações humanas;

Em segundo lugar, uma identificação mais precisa dos riscos de natu-reza tecnológica, potenciados pela utilização humana, a que o município de Lisboa pelas suas características está mais exposto. Destacam -se, por exemplo, os riscos de incêndio e colapso de estruturas, os acidentes de tráfego ferroviário, marítimo e aéreo ou os acidentes em infraestruturas de serviços urbanos (gás, eletricidade e água);

Em terceiro lugar, a identificação de fatores de agravamento de risco associados a atividades ou usos de edifícios, equipamentos ou recintos, nomeadamente os decorrentes das suas características específicas, da intensidade dos seus usos, bem como do nível de adoção de estratégicas de mitigação de riscos por parte das entidades gestoras dos mesmos.

A par com a configuração dos riscos, procedeu -se à avaliação dos custos que concorrem para a disponibilização de infraestruturas, equi-pamentos, de meios materiais e humanos que constituem a capacidade instalada do Município ao nível da prevenção do risco e da capacidade operacional de resposta em sede da proteção civil. Destacam -se entre esses meios, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, meios próprios do município, com largo historial de intervenção e atividade, indispensáveis num concelho com a ocupação do território e a densidade populacional que tem Lisboa.

Todos os cidadãos têm o direito de ter à sua disposição informações concretas sobre os riscos coletivos e como prevenir e minimizar os seus efeitos, caso ocorram e têm também, o direito a ser prontamente socorridos sempre que aconteça um acidente ou uma catástrofe, com-petindo aos municípios, dentro da sua circunscrição territorial assegurar a prestação desse serviço, no âmbito das competências que lhes estão atribuídas na matéria.

A Proteção Civil é assim uma atividade que exige uma participação ativa e um esforço financeiro da administração pública a vários níveis, bem como a cooperação dos cidadãos, agentes económicos e demais entidades privadas. É uma atividade que assenta num princípio de prevenção, exigindo a mobilização de recursos importantes, de modo continuado, com o propósito de eliminar a própria causa das situações de acidente ou catástrofe que se quer evitar.

Na modelação da taxa há que considerar que sempre que levada a cabo pelos municípios, a proteção civil constitui uma atividade que tem por fito proteger pessoas e bens, justificando -se que os particulares custeiem, ao menos em parte, as utilidades que assim lhes aproveitam. Se os riscos associados à vida das pessoas são mais difusos e quanto a eles se justifica levar mais longe a assunção do custo da proteção pelos municípios, já os riscos associados ao património são mais concretos e quanto a estes justifica -se exigir que os particulares comparticipem os meios que são postos ao serviço da sua proteção.

A Taxa Municipal de Proteção Civil que se visa criar é uma taxa que tem funções idênticas às de um prémio de seguro, servindo para custear os meios que o Município de Lisboa coloca diariamente à dis-posição dos munícipes na proteção da sua pessoa e bens, em especial na proteção do seu património imobiliário, ao qual tanta da atividade das autarquias está ligada.

Este constitui o primeiro universo de repercussão dos custos incor-ridos, configurando -se a taxa por relação com o valor patrimonial dos prédios urbanos sitos no concelho, que se toma como uma base de cálculo adequada a este fim, na medida em que, desde logo, pondera a área dos prédios. A Taxa Municipal de Proteção Civil assenta, assim, num princípio manifesto de equivalência, tendo como objetivo exigir dos titulares dos imóveis o correspetivo do serviço de proteção que aos seus bens é garantido pelo Município.

No que se pode configurar como um segundo universo, ou um seg-mento específico do antes explicitado, foi considerado que nos prédios urbanos há especial risco associado ao património degradado, devoluto ou em estado de ruína, que deve ser imputado aos respetivos proprietá-rios, sendo aqui aplicável uma taxa agravada sobre o valor patrimonial dos prédios respetivos.

Por fim demarcaram -se, num terceiro universo tributável, utilizações associadas a equipamentos, recintos ou edifícios identificados como geradores de risco acrescido impondo o princípio da equivalência a

Page 63: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7887

aplicação de taxas específicas que estarão a cargo das entidades ex-ploradoras ou gestoras das atividades em causa.

O Município de Lisboa tem vindo, ao longo dos anos, a investir de forma significativa na área da proteção civil e da prevenção de riscos. Para além do Regimento de Sapadores Bombeiros, tem em permanente funcionamento o Serviço Municipal de Proteção Civil, promovendo de forma regular e continuada atividades de formação cívica com especial incidência nos domínios da prevenção contra os riscos de génese natural, tecnológicos ou mista, suscetíveis de afetar o território do município, designadamente: sismos, galgamentos costei-ros, acidentes ferroviários, acidentes aéreos, incêndios urbanos, entre outros, merecendo especial destaque as ações de formação junto das escolas e da população.

4.2 — Fundamentação económico -financeira da taxa

4.2.1 — Enquadramento da atividade e do custeioA Taxa Municipal de Proteção Civil (doravante designada de forma

abreviada de TMPC) prevista na alteração do regulamento de taxas, preços e outras receitas do Município de Lisboa (projeto) refere -se ao serviço público prestado pelos diversos agentes de proteção civil, no âmbito dos serviços de:

Prevenção dos riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe deles resultantes;

Atenuação dos riscos coletivos e limitação dos seus efeitos no caso de ocorrência de acidente grave ou de catástrofe;

Socorro e assistência às pessoas e outros seres vivos em perigo e proteção de bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;

Reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe.

No caso particular do Município de Lisboa, o Departamento de Proteção Civil realiza todo um trabalho de análise de riscos, planea-mento, operações e sensibilização pública, tendo registado em 2013, 1281 ocorrências de vários tipos (incêndios, queda de estruturas, inundações, queda de revestimento, intervenção social no apoio às populações vítimas de acidentes, etc.) e realizado 21 exercícios de simulacro, envolvendo mais de 7000 participantes, pela preparação de planos de contingência para os sem -abrigo perante vagas de frio, ou pela integração de dispositivos de segurança nas grandes festas e eventos da cidade. Por seu lado, o Regimento de Sapadores Bombeiros, organizado em Companhias Operacionais de intervenção diferenciada, desenvolve intensa atividade, atendendo a mais de 18.000 ocorrências por ano, incluindo aproximadamente 1800 incêndios, 1000 acidentes, 1900 urgências médicas e 3200 ocorrências relativas a estruturas e vias de comunicação.

O estudo procurou demonstrar os critérios de determinação dos custos da atividade pública na área da proteção civil para a fixação da taxa, tendo em conta os aspetos inerentes aos mesmos de forma a garantir uma maior equidade na sua aplicação.

Inicialmente, foram identificados os processos que conduzem a serviços prestados na área da Proteção Civil pelo Município de Lisboa aos particulares, empresas e demais entidades e pelos quais os mesmos têm de pagar taxa, tendo sido definido que intervenções, no âmbito das funções e competências da Proteção Civil Municipal, são passíveis de ocorrerem nas seguintes situações/ tipologias:

Em prédios urbanos;Em outras infraestruturas e equipamentos, nomeadamente redes de

gás, água, eletricidade e ferroviária, entre outras;Às atividades económicas e aos usos específicos de risco acrescido

de equipamentos, edifícios e recintos.

O valor da taxa foi calculado com base nos custos suportados pelo Município para a prestação do serviço, sendo que:

No caso do valor da taxa prevista para os prédios urbanos, o valor da taxa incidirá sobre o valor patrimonial tributário;

Quanto aos prédios degradados, devolutos e em ruínas, o Município aplica um agravamento dado o elevado risco de ocorrência de eventos graves na área da proteção civil;

Relativamente a prédios, recintos e equipamentos (redes e outros), com usos considerados de risco acrescido para o Município, o valor previsto da taxa corresponde ao custo da atividade pública de proteção civil.

Salienta -se que os custos que o município incorre com o serviço de proteção civil não são repercutidos na sua totalidade aos beneficiários,

assumindo o município de Lisboa parte destes custos (custo social), funcionando como uma comparticipação ao custo real da prestação de serviço associado à TMPC, decorrente da proteção e segurança dos munícipes.

Na modelação da taxa foi atendida a legislação que vem sendo citada e, desse logo, aos princípios da proporcionalidade e da equi-valência jurídica previstas na Lei.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, patenteando ainda critérios sociais e políticos expressos na existência de uma subvenção municipal da atividade (não repercussão integral dos custos incorridos)

4.2.2 — Metodologia de custeioO método de cálculo foi suportado nos dados contabilísticos relativos

aos custos diretos (pessoal, aquisições de bens e serviços, transferências, amortizações e investimentos futuros) relacionados com o exercício da atividade de Proteção Civil (Regimento Sapadores de Bombeiros e Departamento de Proteção Civil), referentes ao exercício económico de 2013. Não foi aditada a componente de custos indiretos dada a premissa de partida quanto à não repercussão de todos os custos suportados na taxa (subvenção municipal da atividade).

Foram consideradas as seguintes categorias de custeio:Custos com pessoal;Aquisição de bens e serviços;Amortizações;Transferências correntes e de capital para terceiros;Investimentos futuros.

A imputação de custos foi realizada com base numa relação direta, sendo, pois, premissa uma utilização de recursos comum a todas as atividades efetivada de forma proporcional ao dispêndio de recursos com o ato ou operação específica da proteção civil.

Com base neste racional, obteve -se um custo total associado à Pro-teção Civil de 25,2 milhões de euros, conforme tabela infra:

1 — Custos (Diretos) da Proteção Civil(Un: milhares de euros)

Rubricas:Custos com pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 984Aquisição de bens e serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453Transferências correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Amortizações:

Investimentos correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 622Investimento futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 125

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 204

2 — Taxas a aplicar (valores anuais)Considerando os universos de aplicação da taxa temos os seguintes

valores unitários:i) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil relativa-

mente aos prédios urbanos é de 0,0375 % do valor patrimonial tributário.

ii) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil para os prédios degradados e para os devolutos ou em ruínas, como tal considerados para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis, é de respetivamente, 0,3 e de 0,6 % do valor patrimonial tributário.

iii) O valor anual da Taxa Municipal de Proteção Civil relativa-mente aos prédios, equipamentos e usos de risco acrescido são os seguintes:

Edifícios, recintos e equipamentos — atividades ou usos de risco acrescido

Prédio/equipamento Valor anual da taxa

Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede de distribuição de eletricidade . . . . . . . . . 50 000€/entidadeRede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadeInfraestrutura portuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000€/entidadePostos de abastecimento de combustíveis . . . . . 2 500€ /por posto

Page 64: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7888 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos

Utilização -tipo

Categoria de risco

1 2 3 4

II) Estacionamentos . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €III) Administrativos . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €VI) Espetáculos e reuniões públi-

cas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €VIII) Comerciais e gares de trans-

portes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €IX) Desportivos e lazer . . . . . . . . . – – 2 400 € 4 800 €

Para efeito da classificação do risco aplicam -se as tabelas que figuram em Anexo ao projeto de alteração do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

Em conformidade com o quadro supra, consideram -se isentas da taxa de risco acrescido todas as utilizações de risco 1 e 2, que se tomam como cobertas pela TMPC incidente sobre o Valor Patrimonial Tributário.

Foi também considerada a isenção de TMPC para os proprietários de prédios urbanos inferiores a 20.000 euros, com vista a minimizar os custos sociais a proprietários com património de valor muito baixo e de reduzir encargos administrativos com cobranças de valor muito reduzido.

3 — Receita estimadaAtento os universos considerados e os valores unitários previstos,

estima -se uma receita associada à Taxa de Proteção Civil:

(Un: milhares de euros)

Âmbito de aplicação ReceitaPrevista (*)

Prédios urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Atividades/usos de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

16 8502 000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 850

(*) Salvaguarda -se o efeito da majoração de prédios urbanos degradados, devolutos e em ruínas e das atividades e usos de risco acrescido.

4.3 — ConclusãoO presente capítulo do Relatório de fundamentação económica e

financeira que acompanha o regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa ponto, sistematiza a funda-mentação das taxas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente à relativamente à Taxa Municipal de Proteção Civil e aos correspondentes valores unitários.

5 — Taxa Municipal Turística (TMT)

5.1 — Enquadramento GeralA Lei n.º 73/2013, de 03 de setembro que aprova o regime financeiro

das autarquias locais e a Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro que aprova o Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais — RGTAL estabelecem os instrumentos fundamentais reguladores das faculdades reconhecidas aos municípios de se compensarem, no todo ou em parte, dos custos e investimentos ligados às atividades que desenvolvem e das quais dimanam utilidades ou benefícios prestados a particulares.

A atividade turística no Município de Lisboa tem crescido assina-lavelmente, sob todos os indicadores, assumindo uma importância fundamental no contexto da dinamização da atividade económica da cidade e áreas circundantes.

O sucesso de Lisboa como destino turístico resulta também de inves-timentos e despesas próprias por parte do Município. Em primeiro lugar os investimentos e despesas especificamente dirigidas para o turismo e para os turistas e os investimentos e despesas que foram priorizados, face a outros, também ou até fundamentalmente em função do seu impacto no turismo. Destacam -se nos últimos anos, meramente a título de exemplo, os investimentos e as despesas incluídas nos vários Planos Estratégicos de Turismo, como os Postos de informação e atendimento turístico, a sinalética turística, a requalificação do Terreiro Paço e da frente ribeirinha, a requalificação do Arco da Rua Augusta, a dinami-zação das várias microcentralidades com pendor turístico, ou o reforço da animação da cidade através da atração de grandes eventos culturais e desportivos como a Volvo Ocean’s Race. Em segundo lugar, o turismo

induziu custos acrescidos em várias rúbricas de atividade e investimento do município, i.e., uma sobrecarga sobre os custos normais atribuíveis à população residente, de que se destacam, meramente a título de exemplo, os associados à manutenção de forte dinâmica artística e cultural como os espetáculos de rua e multimédia, os de reforço de segurança e vigilância em zonas de vocação turística ou os associados aos serviços urbanos como sejam a limpeza ou a manutenção de espaços verdes.

Não é razoável pedir aos munícipes que suportem a totalidade destes custos, pois não são deles exclusivos beneficiários (não sendo sequer aliás, em muitas das situações, os principais beneficiários).

Assim sendo, os recursos necessários ao desenvolvimento do Turismo deverão ser também procurados na própria atividade turística, máxime na contribuição dos próprios turistas, assegurando naturalmente uma base de proporcionalidade, ponderação e equilíbrio, tendo em vista preservar a competitividade relativa de Lisboa no contexto internacional de destinos turísticos.

Esta tem sido aliás a prática de diversas cidades e destinos de há largos anos, designadamente na Europa, de que se pode citar, a título de exemplo: Paris, Roma, Viena, Varsóvia, Bruxelas, Barcelona, Veneza, Florença ou Berlim.

No mesmo sentido pronunciou -se recentemente em Portugal a Co-missão para a reforma da Fiscalidade Verde, que propôs a criação de uma Taxa Municipal de Ocupação Turística «configurada como contrapartida pelo encargo assumido pelo Município no que respeita à intensidade do desgaste proporcionado pelo Turismo ao nível das infraestruturas» considerando que «os municípios têm vindo a criar as necessárias infraestruturas que sustentam a atividade turística e, nesse sentido, prestam um serviço de utilidade pública de âmbito nacional que cria desequilíbrios orçamentais de caráter estrutural. Neste contexto, importa assegurar alguma forma de compensação aos municípios pelo desequilíbrio entre o investimento público incorrido na criação de condições estruturais para a constituição de uma oferta turística adequada e as fontes de receita que decorrem dessa atividade, sob pena da pressão adicional sobre a população residente».

5.2 — Fundamentação económico -financeira da Taxa

5.2.1 — Enquadramento da atividade e do custeioForam identificadas um conjunto de atividades que geram valor na área

do Turismo, direta ou transversalmente à cidade ponderado a participa-ção no financiamento deste esforço no uso que o Turista faz da cidade.

Foram assim consideradas três bases de ressarcimento do investi-mento municipal associado à constituição de Lisboa como um destino turístico:

Uma Taxa de dormida, por hóspede com idade superior a 13 anos e por noite nos empreendimentos turísticos e nos estabelecimentos de alojamento local, localizados no Município de Lisboa, até a um máximo de sete noites por pessoa.

Uma taxa de chegada por via aérea, por passageiro que desembarque no Aeroporto Internacional de Lisboa;

Uma taxa de chegada por via marítima, por passageiro que desem-barque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa.

5.2.2 — Metodologias de CusteioA metodologia adotada para a determinação dos valores a considerar

no custeio, atenta a sinalagmática da taxa, foi a seguinte:A base de incidência de custeio assenta nos investimentos e despesas

especificamente dirigidas para o turismo e para os turistas e os inves-timentos e despesas que foram priorizados, face a outros, também ou até fundamentalmente em função do seu impacto no turismo e ainda custos de sobrecarga sobre os custos normais atribuíveis à população residente, de que se destacam:

a) Espaço público — requalificação de espaço público, com forte vocação turística;

b) Cultura — dinamização artística e cultural, incluindo a dinami-zação de espaços museológicos;

c) Serviços urbanos — sobrecarga com serviços urbanos como sejam a segurança e vigilância, limpeza ou a manutenção de espaços verdes em zonas de vocação turística;

d) Dinamização da cidade — Eventos desportivos, de animação da cidade e promoção turística.

Para o cálculo dos custos foram usados os dados históricos dos exercícios de 2011, 2012 e 2013 relacionados com o exercício da atividade turística.

Page 65: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7889

Os custos diretos foram apurados com base numa relação de custos afetos à função Turismo, adotando um critério que tem por base o pressuposto da utilização de recursos comuns a esta função, de forma proporcional ao dispêndio de recursos com o ato ou operação específica de utilização turística;

Deste modo, obteve -se um total de despesa associada à área do turismo de 20,46M€, distribuída pelas diversas rubricas, conforme demonstra o Quadro apresentado em seguida.

Os valores obtidos correspondem a cerca de 3 % do total do orça-mento do Município, o que constitui uma estimativa muito prudente e conservadora face ao número de turistas que usufruem da cidade e aos padrões de utilização de infraestruturas e serviços da cidade que os mesmos apresentam.

1 — Custos totais da atividade turística

Área de atividade Total

Espaço público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,2Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,1Serviços urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,0Dinamização cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,1

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20,4

2 — Valor unitário da taxaTaxa de Dormida — 1,00 €, por noite e por pessoa;Taxa de chegada por via aérea — 1,00 €, por passageiro, que de-

sembarque no aeroporto de Lisboa;Taxa de chegada por via marítima — 1,00 €, por passageiro, que

desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios de cruzeiro localizados no Município de Lisboa

3 — Receita estimadaA receita estimada associada ao lançamento desta taxa permitirá a

recuperação de parte dos custos incorridos:

Taxas Valor(euros)

Dormida (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 242 507Chegada via aérea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 500 000Chegada via marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . 14 242 507

(*) Em 2015 a taxa de dormida e de chegada por via marítima não será arrecadada em face dos contratos já assinados com os operadores turisticos.

5.3 — ConclusãoO presente capítulo do Relatório de fundamentação económica e

financeira que acompanha o Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, sistematiza a fundamentação das taxas a adotar pelo Município de Lisboa relativamente à Taxa Mu-nicipal Turística e aos correspondentes valores unitários.

6 — Repercussão de Taxas

6.1 — Taxa de Gestão de Resíduos (TGR)O Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, que aprova o regime

geral de resíduos, estabelece no seu artigo 58.º uma taxa de gestão de resíduos (TGR), incidente sobre as entidades gestoras de sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos, individuais ou coletivos, de centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos, de instalações de incineração e coincineração de resíduos e de aterros sujeitos a licenciamento da Autoridade Nacional de Resíduos (ANR) ou das Autoridades Regionais dos Resíduos.

A Portaria n.º 72/2010, de 4 de fevereiro que estabelece as regras respeitantes à liquidação, pagamento e repercussão da TGR, estipula no seu artigo 7.º que esta taxa deve ser repercutida nas tarifas e prestações financeiras cobradas aos utilizadores finais dos serviços de recolha, transporte e tratamento de resíduos urbanos, devendo estes valores estar devidamente desagregados nas faturas.

O Município de Lisboa irá repercutir esta taxa, conforme previsão legal, a partir de 2015, considerando um valor unitário por m3 de água consumida e considerando a sua repercussão junto dos Grandes Produto-res que utilizem o sistema municipal, conforme condições a acordar em contrato a celebrar entre as partes, que, neste caso assentará na capacidade instalada/resíduos produzidos versus valores por quantidade suportado.

Assim:No caso dos utilizadores, cuja tarifa é calculada com base no consumo

de água, na repercussão sobre o utilizador da TGR média unitária, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TGR a pagar Utilizador Final (€) = TGR média unitária n (€/m3) ×× Volume de abastecimento de água Utilizador Final (m3)

em que:TGR média unitária n (€/m3) = TGR total n (€)/Volume

de abastecimento de água n (m3);

sendo,TGR total n = TGR suportada pela CML no ano n, feitos os acertos

de contas que se revelem necessários;Volume de abastecimento de água n = Volume de abastecimento de

água na cidade de Lisboa, excluindo consumos CML;Volume de abastecimento de água Utilizador Final = Volume de água

faturado pela EPAL ao Utilizador FinalNo caso dos Grandes Produtores (GP), na repercussão da TGR, com

base no tarifário da entidade gestora “em alta”, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TGR a pagar GP (€) = TGR n (€) × Volume de resíduos GP (t)sendo,

TGR n = TGR cf Tarifário entidade em “alta”, para o ano n;Volume de resíduos GP = Volume de resíduos entregues ao município.

Não se trata de uma taxa municipal mas da mera repercussão da taxa suportada pelo Município pelo conjunto dos utilizadores, sendo um custo específico não incluído no cálculo da tarifa de resíduos urbanos e dela independente, sendo incluído neste Relatório para efeitos de co-municação e fundamentação da metodologia a adotar na repercussão.

6.2 — Taxa de Recursos hídricos (TRH)O Município de lisboa já está a repercutir esta taxa que, conforme

estipulado no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de junho — Regime Económico e Financeiro dos Recursos Hídricos, «Quando a taxa não seja devida pelo utilizador final dos recursos hídricos, deve o sujeito passivo repercutir sobre o utilizador final o encargo económico que ela representa, juntamente com os preços ou tarifas que pratique.»

O Despacho n.º 484/2009 de 8 de janeiro, que institui as normas orientadoras à aplicação daquele DL refere explicitamente no seu ponto B — Repercussão da taxa sobre utilizadores finais, que as enti-dades gestoras «[...] devem repercutir a totalidade da TRH que lhe for liquidada, equitativamente, pelos diferentes utilizadores, com base nos volumes objeto de serviço de águas a cada um deles [...], pelo que se calcula a TRH média unitária» «[...] devida pela carga descarregada nos recursos hídricos [...]», determinada da seguinte forma:

TRH média unitária (€/m3) = TRH total ano n (m3)/volume totala descarregar no sistema relativamente ao ano n (m3)

Assim, ao valor a pagar por m3 pelo serviço de recolha de águas residuais acresce a Taxa de Recursos Hídricos, que consiste na reper-cussão sobre o utilizador da TRH média unitária, calculada de acordo com a seguinte fórmula:

TRH Utilizador Final (€) = TRH média unitária n (€/m3) ×× Volume de abastecimento de água Utilizador Final (m3),

em que:TRH média unitária n (€/m3) = TRH total n (€)/

Volume faturado n (m3)sendo,

TRH total n = TRH suportada pela CML no ano n, feitos os acertos de contas que se revelem necessários;

Volume faturado n = Volume de água residual faturada pela entidade gestora em “alta”;

Volume de abastecimento de água = Volume de água faturado pela EPAL ao Utilizador Final.

Page 66: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7890 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa

Alterações à Fundamentação das isenções e reduções de taxas

Artigo 9.ºIsenções subjetivas

1 — Com exclusão das taxas com regime especial, estão isentos do pagamento, além dos casos previstos por lei:

a) [...]b) [...]c) [...]d) [...]e) [...]f) [...]

2 — [...]3 — [...]4 — [...]5 — [...]a) [...]b) [...]c) [...]

6 — [...]Fundamentação:1 — [...]2 — [...]3 — Anterior n.º 2.4 — A isenção dos Estados Estrangeiros, quanto aos prédios des-

tinados às respetivas embaixadas ou consulados, fundamenta-se na concretização do princípio da reciprocidade — princípio do direito internacional (cf. artigos. 8.º e 16.º da CRP).

5 — Anterior n.º 4.6 — Anterior n.º 5.7 — Anterior n.º 6.8 — Anterior n.º 7.9 — Anterior n.º 8.10 — Anterior n.º 9.11 — Anterior n.º 10.12 — Anterior n.º 11.13 — [...]

Artigo 10.ºIsenções objetivas

1 — [...]a) [...]b) [...]c) [...]d) [...]e) [...]f) [...]g) [...]

2 — [...]

Fundamentação:1 — [...]2 — [...]3 — [...]4 — [...]5 — A isenção do pagamento de taxa municipal de proteção civil nos

prédios que tenham sido classificados como Monumentos Nacionais, Imóveis de Interesse Público ou Imóveis de Valor Municipal fundamenta--se na sua importância histórica como legado para as futuras gerações e que importa preservar por meio da sua classificação.

Artigo 71.º

Isenções da taxa de dormida

1 — Ficam isentos da taxa de dormida pelos dias necessários ao tratamento, acrescidos de uma dormida adicional, os hóspedes cuja estadia seja motivada pela obtenção de serviços médicos, estendendo--se esta isenção a uma pessoa que esteja a fazer o acompanhamento de doente, mesmo que o doente em causa não pernoite, por razões de saúde, no respetivo estabelecimento.

2 — Fica isento do pagamento de taxa turística de dormida o hós-pede cuja estadia seja objeto de oferta pelo empreendimento turístico ou alojamento local.

Fundamentação:1 — Esta isenção tem como fundamento não sobrecarregar financei-

ramente a pessoa que visita a cidade de Lisboa para obtenção de serviços médicos de saúde, na medida em que se considera que o principal motivo da estada em Lisboa difere dos motivos normalmente atribuíveis aos turistas. Atendendo a que as pessoas, nestas circunstâncias, regra geral se fazem acompanhar por alguém, entende -se que a isenção se deve estender ao acompanhante.

2 — A estadia objeto de oferta pelo empreendimento turístico ou alo-jamento local considera -se não ter fins de usufruto turístico, abarcando designadamente a ocupação por pessoal ao serviço daqueles.

Artigo 62.ºIsenções da taxa municipal de proteção civil

1 — [...]1 — Estão isentos no âmbito exclusivo do n.º 3 do artigo 60.º e por

relação unicamente com as utilizações -tipo com categoria de risco de tipo 1 e tipo 2, conforme Anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa a tabela 2 do Anexo I nomeadamente:

a) [...]b) [...]c) [...]d) [...]e) [...]

Fundamentação:1 — [...]2 — [...]

Tabela de taxas municipais 2016Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

1. Taxas administrativas gerais: 1.1. Atos Administrativos de Caráter Geral: As taxas Administrativas Gerais estão sujeitas a preparo

cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

1.1.1. Certidões, Atestados e Termos de Autenticação. . . . . Pelas quatro pri-meiras folhas.

35,25 Valor de liquidação até à quarta folha.

1.1.2. Certidões, Atestados e Termos de Autenticação. . . . . por cada folha adicional.

2,00 Valor de liquidação a partir da quinta folha, por cada folha adicional.

1.1.3. Averbamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 9,80 1.1.4. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A4 Pelas quatro pri-

meiras folhas.3,10 Valor de liquidação até à quarta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.5. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A4 Por cada folha adicional.

0,25 Valor de liquidação a partir da quinta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.

Page 67: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7891

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

1.1.6. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A4 Pelas quatro pri-meiras folhas.

3,90 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.1.1.7. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A4 Por cada folha

adicional.0,45 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.8. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A3 Pelas quatro pri-meiras folhas.

3,40 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.1.1.9. Reprodução de Documentos — P/B — Formato A3 Por cada folha

adicional.0,40 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.10. Reprodução de Documentos, a Cores — Formato A3 Pelas quatro pri-meiras folhas.

4,25 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.1.1.11. Reprodução de Documentos a Cores — Formato A3 Por cada folha

adicional.0,60 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.12. Reprodução de Documentos — P/B — Outros Formatos Pelas quatro pri-meiras folhas.

3,75 Valor de liquidação até à quarta folha.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.1.1.13. Reprodução de Documentos — P/B — Outros Formatos Por cada folha

adicional.0,50 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.14. Reprodução de Documentos, a Cores — Outros For-matos.

Pelas quatro pri-meiras folhas.

4,55 Valor de liquidação para as quatro primeiras folhas.Reprodução de documentos no âmbito do direito ao

acesso aos documentos administrativos.1.1.15. Reprodução de Documentos, a Cores — Outros For-

matos.Por cada folha

adicional.0,70 Valor de liquidação a partir da quinta folha.

Reprodução de documentos no âmbito do direito ao acesso aos documentos administrativos.

1.1.16. Digitalização de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 7,95 1.1.17. Outros serviços ou atos administrativos . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 10,15 Esta taxa aplica -se a todos os atos administrativos gerais

não especificados na Tabela de Taxas.1.1.18. Certificado de Registo de Residência de Cidadãos da

União Europeia.Por cada . . . . . . . 50 % da taxa

aplicávelPor aplicação do disposto na Lei 37/2006, de 9 de

agosto e Portaria n.º 1334 -D/2010.1.2. Atos Administrativos e Decisórios da Comissão Arbitral

Municipal:

1.2.1. Determinação do coeficiente de conservação — 1.ª unidade da mesma incidência.

Por unidade . . . . 1 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Re-ceitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

1.2.1.1. Determinação do coeficiente de conservação — segun-das unidades da mesma incidência.

Por unidade . . . . 1/4 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Re-ceitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

1.2.2. Definição das obras necessárias para a obtenção de nível de conservação superior.

Por unidade . . . . 1/2 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Re-ceitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

1.2.3. Submissão de um litígio a decisão da CAM. . . . . . . . Por unidade . . . . 1 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Re-ceitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

1.2.4. Submissão de um litígio a decisão da CAM — em caso de discordância do nível de conservação que serviu de base ao coeficiente de conservação.

Por unidade . . . . 2 UC Cf. Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Re-ceitas do Município de Lisboa.

Unidade de Conta (UC), tal como definida no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30/06.

Os custos estão fundamentados nos artigos 13.º e 16.º da Portaria n.º 1192 -B/2006, de 3/11, e as taxas no Decreto -Lei n.º 161/2006, de 08/08.

Taxa aplicável nos casos em que haja discordância do nível de conservação e/ou do coeficiente de con-servação.

Page 68: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7892 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

2. Infraestruturas e obras: 2.1. Obras:

2.1.1. Planta de Cadastro da rede pública de drenagem de águas residuais.

Por cada . . . . . . . 33,05

2.1.2. Caderno de Saneamento (projeto de rede interna das águas residuais e pluviais).

Por cada . . . . . . . 218,55

2.1.3. Modelo A (lançamento de efluentes industriais na rede de coletores).

Por cada . . . . . . . 93,70

2.1.4. Vistorias para a verificação do cumprimento da condi-ção 16.ª da Licença de Obras.

Por cada . . . . . . . 140,55

2.1.5. Licenciamento e fiscalização da ligação de ramais à rede de saneamento.

Por cada . . . . . . . 595,55

2.1.6. Licenciamento e fiscalização de boleamentos e entradas especiais.

Por cada . . . . . . . 314,00

2.1.7. Licenciamento de obras na via pública . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 201,55 2.1.8. Fiscalização de obras em faixa de rodagem e bermas Por m2/vala. . . . . 14,65 2.1.9. Fiscalização de obras em passeios, ilhas ou separadores Por m2/vala. . . . . 12,35 2.1.10. Fiscalização de obras em zonas não pavimentadas . . . Por m2/vala. . . . . 3,55

2.2. Ascensores, Monta -Cargas Escadas Mecânicas e Ta-petes Rolantes:

Decreto -Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro e Decreto--Lei n.º 320/2002, de 28 de dezembro, com as al-terações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro.

2.2.1. Inspeções períodicas e inspeções extraordinárias. . . . Por cada . . . . . . . 170,20 Cf. Regulamento de ascensores, monta -cargas, es-cadas mecânicas e tapetes rolantes e Despacho n.º 18853/2008, de 15 de julho.

2.2.2. Reinspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 140,90 Cf. Regulamento de ascensores, monta -cargas, es-cadas mecânicas e tapetes rolantes e Despacho n.º 18853/2008, de 15 de julho.

3. Ocupação do espaço público: 3.1. Ocupações por concessionárias de serviços públicos

3.1.1. Taxa Municipal de Direitos de Passagem. . . . . . . . . . % s/faturação . . . Até 0,25 % Em conformidade com o disposto no artigo 106.º da Lei n.º 5/2004: a taxa é determinada c/ base na apli-cação de um percentual sobre a faturação emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do Munícipio, sendo esse percentual aplicado até ao final de de-zembro do ano a que dizem respeito e não podendo ultrapassar os 0,25 %.

A % aplicável em cada ano é a que resultar da delibe-ração dos órgãos municipais.

3.1.2. Condutas de água — com diâmetro até 20 cm. . . . . . m/ano . . . . . . . . . 1,48 Conforme Protocolo, de 12/06/1992 celebrado entre a CMLisboa e a EPAL e respectiva Adenda, de 31 de maio de 1995. A EPAL pagará, até 31 de outubro de cada ano, o valor de utilização do subsolo relativo ao respetivo ano, em conformidade com os n.os 2 e 3 da cláusula 2.ª da Adenda ao Protocolo; a taxa vigora até outubro de cada ano, mês em que é atualizada por relação com o tarifário de preços que resulta de convenção anual celebrada entre a Direção -Geral do Comércio e da Concorrência e a EPAL, ao abrigo do disposto no Decreto -Lei n.º 230/91, de 21 de junho.

3.1.3. Condutas de água — com diâmetro superior a 20 cm m/ano . . . . . . . . . 3,10 Conforme Protocolo, de 12/06/1992 celebrado entre a CMLisboa e a EPAL e respectiva Adenda, de 31 de maio de 1995. A EPAL pagará, até 31 de outubro de cada ano, o valor de utilização do subsolo relativo ao respectivo ano, em conformidade com os n.os 2 e 3 da cláusula 2.ª da Adenda ao Protocolo; a taxa vigora até outubro de cada ano, mês em que é atualizada por relação com o tarifário de preços que resulta de convenção anual celebrada entre a Direção -Geral do Comércio e da Concorrência e a EPAL, ao abrigo do disposto no Decreto -Lei n.º 230/91, de 21 de junho.

3.1.4. Tubos, Condutas, cabos condutores e afins — com diâmetro até 50 cm.

m/ano . . . . . . . . . 2,35

3.1.5. Tubos, Condutas, cabos condutores e afins — com diâmetro superior a 50 cm.

m/ano . . . . . . . . . 5,25

3.1.6. Postos de transformação, cabinas elétricas e afins — Até 3 m3.

m3/ano . . . . . . . . 57,85

3.1.7. Postos de transformação, cabinas elétricas e afins — Por cada m3 a mais ou fração.

m3/ano . . . . . . . . 19,35

Page 69: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7893

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

3.2. Procedimentos administrativos e Licenciamento da Ocupação e Utilização do Espaço Público e da Pu-blicidade:

3.2.1. Pedido de informação prévia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 155,80 Aplica -se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publicidade.

3.2.2. Pedido de licenciamento inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 397,00 Aplica -se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publicidade.

3.2.3. Pedido de licenciamento simplificado . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 172,55 Aplica -se ao licenciamento da ocupação e utilização do espaço público e da publicidade.

3.3. Ocupação e Utilização do Espaço Público — Mobiliário urbano e Outros:

3.3.1. Ocupação e utilização da superfície do espaço públi-co — de caráter duradouro ou anual.

Ano/m2 ou fração 156,55

3.3.1.1. Ocupação e utilização da superfície do espaço públi-co — com estrutura fixa ao solo ou inamovível — de carácter duradouro.

Ano/m2 ou fração 313,15

3.3.2. Ocupação e utilização da superfície do espaço públi-co — com instalações abastecedoras de carburantes líquidos.

Ano/m2 ou fração 939,40 Aplica -se a esta ocupação específica, sendo calculada em função dos m2 de ocupação.

A liquidação mínima por unidade/ano é de 5 393 75 eu-ros.

3.3.3. Outras ocupações e utilizações do espaço público — de caráter não duradouro ou inferior a um ano.

Dia/m2 ou fração 0,40 A taxa é diária, sendo a taxa devida proporcional ao número de dias e aos m2 de ocupação (Taxa × n.º dias × m2).

3.3.3.1. Ocupação e utilização da superfície do espaço públi-co — com estrutura fixa ao solo ou inamovível — de caráter não duradouro ou inferior a um ano.

Dia/m2 ou fração 0,90 A taxa é diária, sendo a taxa devida proporcional ao número de dias e aos m2 de ocupação (Taxa × n.º dias × m2).

4. Publicidade: 4.1. Afixação, Inscrição, instalação e difusão de publici-

dade: A taxa aplicável à publicidade em edifícios e à pu-

blicidade em edifícios, luminosa ou diretamente iluminada, tem uma redução de 75 % e de 60 %, respetivamente, quando aplicada a fachadas interio-res de lojas e lugares em mercados municipais.

4.1.1. Publicidade em mobiliário urbano . . . . . . . . . . . . . . . m2/dia/mensagem 0,40 A taxa a liquidar resulta da aplicação da fórmula: [(Taxa × (1 + CR)) × CL].

CR (condição de realização) assume três valores:a) 25 % quando a publicidade é luminosa ou di-retamente iluminada; b) 150 % quando a publi-cidade utiliza dispositivos eletrónicos; c) 400 % quando a publicidade utiliza circuitos de televisão e vídeo.

CL (coeficiente de localização) é igual a 2 quando a publicidade for colocada fora do local onde o anun-ciante exerce a sua atividade, sendo igual a 1 em todos os demais casos.

4.1.2. Publicidade em edifícios ou em outras construções, visível ou percetível do espaço público.

m2/dia 0,40

4.1.3. Outros tipos de publicidade, designadamente projeções publicitárias, não incluídos nos números anteriores.

m2/dia 0,40

4.1.4. Publicidade em mobiliário urbano, edifícios ou em outras construções, visível ou percetível do espaço público ou em outros tipos de publicidade — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

m2/dia/mensagem 0,85 Taxa a liquidar quando se verifica CL=2, i.e, publici-dade feita fora do local onde o anunciante exerce a actividade e não se verificam outras condições de realização.

4.1.5. Utilização de projeção de focos ou feixes luminosos para difusão de publicidade:

m2/dia 0,85 Esta taxa é liquidada quando se verifica a utilização de projeção de focos ou feixes luminosos. É multipli-cada por 2 (CL=2) quando feita fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

4.1.5.1. Utilização de projeção de focos ou feixes luminosos para difusão de publicidade — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

m2/dia 1,70 Taxa a liquidar quando se verifica CL=2, i.e, publici-dade feita fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

4.1.6. Publicidade luminosa ou diretamente iluminada . . . . m2/dia/mensagem 0,55 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de reali-zação — luminosa ou diretamente iluminada.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL=2) quando feita fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

4.1.6.1. Publicidade luminosa ou diretamente iluminada — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

m2/dia/mensagem 1,05 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realiza-ção — luminosa ou diretamente iluminada e CL=2.

4.1.7. Publicidade difundida por meio de dispositivos ele-trónicos.

m2/dia/mensagem 1,05 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de reali-zação — utilização de dispositivos eletrónicos.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL=2) quando feita fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

4.1.7.1. Publicidade difundida por meio de dispositivos ele-trónicos — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

m2/dia/mensagem 2,10 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de rea-lização — utilização de dispositivos eletrónicos e CL=2.

4.1.8. Publicidade com ligação a circuitos de TV e vídeo . . . m2/dia/mensagem 2,10 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de realiza-ção — utilização de circuitos de TV e Vídeo.

Esta taxa é multiplicada por 2 (CL=2) quando feita fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

Page 70: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7894 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

4.1.8.1. Publicidade com ligação a circuitos de TV e ví-deo — fora do local onde o anunciante exerce a atividade.

m2/dia/mensagem 4,20 Taxa a liquidar quando se verifica a condição de rea-lização — utilização de circuitos de TV e Vídeo e CL=2.

4.1.9. Publicidade em unidades móveis . . . . . . . . . . . . . . . . m2/dia/mensagem 0,40 5. Tráfego:

5.1. Transportes de Aluguer em Veículos de passageiros 5.1.1. Pedido de admissão a concurso de atribuição de li-

cença para o exercício da atividade de transportes de aluguer.

Por cada . . . . . . . 15,10 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Muni-cípio de Lisboa.

5.1.2. Emissão de licença para o exercício da atividade de transportes de aluguer para veículos ligeiros.

Por cada . . . . . . . 371,60 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Muni-cípio de Lisboa.

5.1.3. Pedido de substituição de veículos, com licenças de aluguer válida.

Por cada . . . . . . . 94,00 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Muni-cípio de Lisboa.

5.1.4. Transmissão da licença para o exercício da actividade de transportes de aluguer para veículos ligeiros.

Por cada . . . . . . . 295,55 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Muni-cípio de Lisboa.

5.1.5. Passagem de duplicados, 2.as vias ou substituição de documentos relacionados com o exercício da ativi-dade de transportes de aluguer.

Por cada . . . . . . . 81,35 Em conformidade com o estabelecido no Regulamento do Exercício da Atividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros para o Muni-cípio de Lisboa.

5.2. Outras Atividades: 5.2.1. Licenças de condução e trânsito (ciclomotores e mo-

tociclos).Por cada . . . . . . . 56,00 A taxa aplica -se também a 2.as vias, alterações e aver-

bamentos.5.2.2. Licenciamento para atribuição de zona de estaciona-

mento proibido “ Exceto Hotel” — 1.º Ano.Por cada/zona . . . 296,10

5.2.2.1. Licenciamento simplificado para atribuição de zona de estacionamento proibido “ Exceto Hotel”.

Por cada/zona . . . 98,70 O licenciamento simplificado pode ser requerido, em cada ano, durante um máximo de três anos.

5.2.2.2. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona verde e restante cidade.

Por lugar/ano . . . 1 000,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.2.3. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona amarela.

Por lugar/ano . . . 1 500,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.2.4. Ocupação com atribuição de «estacionamento privativo» — Zona vermelha.

Por lugar/ano . . . 2 000,00 Em conformidade com o estabelecido no Anexo XVI do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública do Município de Lisboa.

5.2.3. Autorização para colocação de chapas do artigo 50.º Por cada . . . . . . . 52,20 5.2.4. Condicionamentos temporários de trânsito (por troço

de via e/ou cruzamento).Por cada . . . . . . . 99,80

5.2.4.1. Alteração de data/local de condicionamento temporário de trânsito.

Por cada . . . . . . . 59,95

5.2.5. Instalação de posteletes (veículos pesados de transpor-tes de passageiros, para fins turísticos).

Por cada . . . . . . . 181,00 Esta taxa tem associado o pagamento anual de 1/3 do seu valor para cobertura dos gastos de manuten-ção/reparação/reposição do equipamento envolvido.

5.2.5.1. Manutenção de posteletes (veículos pesados de trans-portes de passageiros, para fins turísticos).

Por cada e por ano 60,35

5.2.6. Paragem de início de circuitos regulares urbanos para veículos pesados de passageiros para fins turísti-cos.

Por cada/ano ou fração.

3 914,20 O valor da taxa é dado pelo valor mês/m2 de ocupação do espaço público cf. Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Opera-ções Conexas (12,50 €) considerando uma ocupação padrão de 25 m e por 12 meses (12,50 €×12×25), com a atualização prevista no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

5.2.7. Contagens de tráfego por gráfico de intensidade ou quadro estatístico.

Por ponto de con-tagem e por hora.

33,40

5.2.8. Pedidos de informação sobre sinalização existente (por troço de via e/ou cruzamento).

Por cada . . . . . . . 62,25

6. Higiene urbana, saneamento e resíduos sólidos: 6.1. Serviços Médico -Veterinários:

6.1.1. Incineração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 13,45 7. Gestão cemiterial:

7.1. Inumações: 7.1.1. Inumação em Sepultura Temporária ou compartimento

de decomposição aeróbia.Por cada . . . . . . . 85,00

7.1.2. Inumação em Sepultura Perpétua . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 145,65 7.1.3. Inumação em Cendrário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 52,00

Page 71: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7895

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

7.1.4. Inumação em Jazigo Particular. . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 189,55 7.1.5. Inumação — Jazigo Municipal — 1 ano . . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . 116,80 A Inumação em Jazigo Municipal (JM) por um ano é

apenas permitida em caso de renovações.7.1.6. Inumação — Jazigo Municipal — 5 anos . . . . . . . . . Por 5 anos. . . . . . 306,15 7.1.7. Inumação — Jazigo Municipal — 25 anos . . . . . . . . Por 25 anos. . . . . 1 712,60 7.1.8. Inumação — Ossário Municipal — 1 ano . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . 98,10 A Inumação em Ossário Municipal (OM) por um ano é

apenas permitida em caso de renovações.7.1.9. Inumação — Ossário Municipal — 5 anos . . . . . . . . Por 5 anos. . . . . . 201,65 7.1.10. Inumação — Ossário Municipal — 25 anos . . . . . . . Por 25 anos. . . . . 615,10 7.1.11. Inumação — Columbário Municipal ou Individual —

1 ano.Por ano . . . . . . . . 95,45 A Inumação em Columbário Municipal (CM) por um

ano é apenas permitida em caso de renovações.7.1.12. Inumação — Columbário Municipal ou Individual —

5 anos.Por 5 anos. . . . . . 188,45

7.1.13. Inumação — Columbário Municipal ou Indivi-dual — 25 anos.

Por 25 anos. . . . . 562,10

7.2. Exumações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.2.1. Exumações — Sepultura Temporária ou compartimento

de decomposição aeróbia — Marcação e abertura de sepultura.

Por cada . . . . . . . 34,75

7.2.2. Exumações — Sepultura Temporária ou compartimento de decomposição aeróbia — Exumação e limpeza ossada.

Por cada . . . . . . . 62,45

7.2.3. Exumações — Sepultura Perpétua — Marcação e abert.sepultura.

Por cada . . . . . . . 89,85

7.2.4. Exumações — Sepultura Perpétua — Exumação e limpeza ossada.

Por cada . . . . . . . 92,75

7.2.5. Verificação de Condições de Exumação em urna metá-lica em Jazigo Municipal ou Particular e exumação se possível.

Por cada . . . . . . . 94,90

7.3. Cremações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3.1. Cremação — 1.ª marcação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 148,60 7.3.2. Cremações de ossadas dos Cemitérios Municipais de

Lisboa.Por cada . . . . . . . 37,15

7.3.2.1. Cremações de ossadas provenientes de outros espaços cemiteriais.

Por cada . . . . . . . 74,25

7.4. Depósitos Temporários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.4.1. Depósito temporário de urnas — por 24h/fração . . . . Por 24 h ou fracção 15,55 Taxa aplicável aquando da tramitação de processo

incompleta.7.4.2. Depósito temporário de urnas — por 15d/fração . . . . Por 15 dias ou

fração.18,55 Taxa aplicável para efeito de obras.

7.4.3. Depósito temporário de urnas — por ano/fração . . . . Por ano ou fração 68,50 Taxa aplicável nos casos de inexistência temporária de ossários.

7.4.4. Depósito Temporário de Urna em Câmara Frigorífica Por 24 h ou fração 30,50 7.5. Transladações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7.5.1. Transladações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 182,25 7.6 Outras atividades e serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7.6.1. Utilização da Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por 24 h . . . . . . . 74,80 7.6.2. Averbamento de JP ou de SP ou emissão de título ou

alvará.Por cada . . . . . . . 45,90

7.6.2.1. Emissão de 2.as vias de título ou alvará . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 166,60 7.6.3. Emissão/renovação cartão de: compartimento munici-

pal, identificação de construtor funerário e respetivos empregados.

Por cada . . . . . . . 41,65

7.6.3.1 2.ª via do cartão de compartimento municipal, iden-tificação de construtor funerário e respetivos em-pregados.

Por cada . . . . . . . 83,30

7.6.4. Transferência de circunscrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 114,40 7.6.5. Autorização p/ inumação/cremação de não falecidos

nem residentes em Lisboa.Por cada . . . . . . . 284,60

7.6.6. Remoção, inutilização e transporte a vazadouro de revestimento de sepulturas temporárias.

Por cada . . . . . . . 55,60 Inclui recolocação do revestimento nas sepulturas repetidas.

7.6.7. Soldagem de Urna de zinco dentro do cemitério . . . . Por cada . . . . . . . 52,20 7.6.8. Entrada de betoneiras pequenas . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 20,80 7.6.8.1 Entrada de Betoneiras — Betoneiras grandes . . . . . . Por cada/dia . . . . 46,85 7.6.9. Utilização de água e energia dentro dos cemitérios . . . Por dia . . . . . . . . 20,80 7.7 Concessão de Terrenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7.7.1. Concessão de terrenos para Sepulturas Perpétuas . . . Por cada . . . . . . . 9 718,10 7.7.2. Concessão de terrenos para Jazigos Particulares . . . . Por m2/fração . . . 1 619,70 Cf. Regulamento dos Cemitérios Municipais de Lisboa

são devidos 50 % do valor pela autorização da trans-missão entre vivos dos concessionários.

8. Ambiente e espaços verdes: 8.1. Licenças Especiais de Ruído:

8.1.1. Licença Especial de Ruído — Licenciamento . . . . . . Por cada . . . . . . . 164,85

Page 72: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7896 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

8.1.2. Licença Especial de Ruído — Fiscalização . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 81,35 A taxa a liquidar resulta da aplicação da seguinte fór-mula, conforme fixado no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa: Taxa a Liquidar = TxBase*(1+ ∑CR). A aplicação desta taxa implica, assim, a verificação da ocorrência dos diferentes CR — condições de realização, para aplicação cumulativa, se mais do que uma, dos respetivos valores e apuramento do valor final a liquidar.

A TxBase é esta, publicada todos os anos para a com-ponente de fiscalização das LER.

∑CR é a soma do valor dado a cada uma das seguintes condições de realização:

Duração do evento superior a 4 horas (25 %);Dimensão do evento: entre 1.000 e 5.000 pessoas

(20 %); entre 5.001 e 20.000 pessoas (250 %); su-perior a 20.000 pessoas (500 %);

Potência Sonora entre 2.000 e 10.000 W (30 %); entre 10.000 e 20.000 W (300 %); superior a 20.000 W (600 %);

Horário de Realização do Evento: das 20.00H às 23.00H (20 %); das 23.00H às 8.00H (100 %);

Obras de Construção Civil: quando ao Fim de Semana (50 %);

Outros Eventos: quando em dias Úteis (50 %);Proximidade de Recetores Sensíveis menor do que

100 m (30 %);Espaço Aberto (30 %).

8.1.2.1. Duração do evento superior a 4 horas . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 20,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.2. Dimensão do evento entre 1000 e 5000 pessoas . . . . Por dia . . . . . . . . 16,30 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.3. Dimensão do evento entre 5000 e 20000 pessoas . . . Por dia . . . . . . . . 203,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.4. Dimensão do evento superior a 20000 pessoas . . . . . Por dia . . . . . . . . 406,75 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.5. Potencia Sonora entre 2000 e 10000 W . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.6. Potencia Sonora entre 10000 e 20000 W. . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 244,00 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.7. Potencia Sonora superior a 20000 W . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 488,15 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.8. Horário de Realização do Evento — das 20.00H às 23.00H.

Por dia . . . . . . . . 16,30 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.9. Horário de Realização do Evento — das 23.00H às 8.00H.

Por dia . . . . . . . . 81,35 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.10. Obras de Construção Civil — Fim de Semana. . . . . . Por dia . . . . . . . . 40,65 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.11. Outros Eventos — Dias Úteis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 40,65 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.12. Proximidade de Recetores Sensíveis — Menor que 100 m.

Por dia . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.1.2.13. Espaço Aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por dia . . . . . . . . 24,45 Valor do desincentivo (adiciona à taxa base definida para a componente variável ou de fiscalização da Licença Especial de Ruído).

8.2. Ocupação Temporária de Espaço Verde: 8.2.1. Ocupação Temporária de Espaço Verde — Taxa ad-

ministrativa.Por processo . . . . 27,95

8.2.2. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível I de manutenção.

m2/dia . . . . . . . . . 0,55 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desincentivo de 45 % a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público do espaço verde (0,55€ × 1,45).

Page 73: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7897

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

8.2.3. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível II de manutenção.

m2/dia . . . . . . . . . 1,75 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desin-centivo de 45 % a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público do espaço verde (1,75€ × 1,45).

8.2.4. Ocupação Temporária de Espaço Verde com nível III de manutenção.

m2/dia . . . . . . . . . 3,85 Conforme estabelecido no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, a taxa a liquidar resulta da aplicação de um desin-centivo de 45 % a esta Taxa sempre que a ocupação implique uma restrição do uso público do espaço verde (3,85€ × 1,45).

9. Atividades económicas: 9.1. Atividades não Sedentárias e Mercados:

9.1.1. Inscrição — Comerciantes, empregados e moços . . . Por cada . . . . . . . 75,15 9.1.2. Exercício anual — Moços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por ano . . . . . . . . 39,15 9.2. Atividades económicas não sedentárias (feiras, venda

ambulante e prestações de serviços).

9.2.1. Taxa de ocupação de atividades económicas não se-dentárias — Feiras, venda ambulante e prestações de serviços.

m2/dia . . . . . . . . . 1,60 A taxa segue o regime transitório previsto no Regula-mento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa para a sua integral aplicação num prazo de 10 anos, com início em 2010. A De-liberação 13/AM/2013 suspendeu em 2013 e 2014, a aplicação do coeficiente anual (Cn) definido no n.º 1 do artigo 92.º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, relativo às normas de salvaguarda previstas, tendo--se mantido em vigor os valores de 2012 durante aquele período para os detentores destas licenças e retomado a aplicação anual do citado coeficiente em 2015, com exceção da venda de produtos não alimentares, a título fixo, nas feiras, aos quais, tem-porariamente, se aplica uma redução de 15 %, sujeita a reavaliação anual.

A taxa a cobrar em 2016 será dada pela soma da taxa cobrada em 2015 (regime transitório — 4.º ano), acrescida da diferença entre a taxa publicada em 2016 e a cobrada em 2015 afeta de um coeficiente de 0,5.

As reduções aplicáveis a esta ocupação são de 75 % para a venda de artigos usados, a título fixo, na Feira da Ladra.

9.2.2. Taxa de ocupação de atividades económicas não seden-tárias — Lugares a título ocasional em feiras.

m2/dia . . . . . . . . . 2,40 Excetuam -se deste âmbito as taxas relativas às licenças de venda de artigos usados atribuídas a título oca-sional na Feira da Ladra.

9.2.3. Taxa de ocupação de atividades económicas não sedentárias — Venda de produtos alimentares em unidades amovíveis, artigos desportivos e artigos promocionais.

m2/dia . . . . . . . . . 3,60

9.3. Mercados (lojas e lugares) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.3.1. Taxa de Ocupação de Mercados (Taxa Normal) . . . . m2/mês . . . . . . . . 16,90 Aplica -se a 100 % a Lojas até 40 m2: 1) Mercados ca-

tegoria A (Alvalade Norte, Arroios, Benfica,Campo de Ourique, Ribeira e 31 de janeiro) com exceção de lojas com área superior a 100 m2, com licenças con-cedidas depois de 19/07/2005, inclusivé; 2) Mercado do Colégio Militar.

Aplica -se com as reduções previstas no Regulamento Geral aos mercados de categoria B (todos os mer-cados que não são A) e às atividades/ocupações aí elencadas.

A taxa segue o regime transitório previsto no Regula-mento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa para a sua integral aplicação num prazo de 10 anos, com início em 2010. A De-liberação 13/AM/2013 suspendeu em 2013 e 2014, a aplicação do coeficiente anual (Cn) definido no n.º 1 do artigo 38.º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, relativo às normas de salvaguarda previstas para as licenças de ocupação atribuídas até 18 de julho de 2005, tendo -se mantido em vigor os valores de 2012 durante aquele período para os detentores des-tas licenças e retomado a aplicação anual do citado coeficiente em 2015.

Page 74: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7898 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

A taxa a cobrar em 2016 será dada pela soma da taxa cobrada em 2015 (regime transitório — 4.º ano), acrescida da diferença entre a taxa publicada em 2016 e a cobrada em 2015 afeta de um coeficiente de 0,5.

A conversão desta taxa em metros lineares resulta de 1 ml = 2,2 m2, pelo que a taxa de ocupação mensal, para 2016, é de 35,69 €/ml.

9.3.2. Taxa de Ocupação de Mercados — Agências Bancárias e Similares.

m2/mês . . . . . . . . 26,10 Aplica -se a todos os mercados.

9.3.3. Mercado das Coleções (Domingos) ou Equipara-do — Mesa/Expositor.

ml/mês . . . . . . . . 11,45 Resulta da taxa ocupação ml/dia multiplicado pelo n.º médio de domingos/mês, agravado em 100 %.

9.4. Taxa Municipal Turística: Aplicam -se as isenções constantes no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Mu-nicípio de Lisboa.

9.4.1. Taxa de Dormida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por hóspede e por noite.

1,00 A Taxa de Dormida aplica -se por hóspede/noite, até a um máximo de 7 noites, com aplicação das demais disposições constantes do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

9.4.2. Taxa de Chegada por Via Aérea . . . . . . . . . . . . . . . . . Por passageiro. . . 1,00 A Taxa de Chegada pr via aérea aplica -se por passa-geiro que desembarque no Aeroporto de Lisboa com aplicação das demais disposições constantes do Re-gulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

9.4.3. Taxa de Chegada por Via Marítima . . . . . . . . . . . . . . Por passageiro. . . 1,00 A Taxa de Chegada por via marítima aplica -se por passageiro que desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios no concelho de Lisboa com aplicação das demais disposições constantes do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

9.5. Eventos pontuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.5.1. Eventos pontuais — Ocupação até 10 m2. . . . . . . . . . Dia . . . . . . . . . . . 56,30 Taxa mínima cobrada é de 56,30 € /dia.9.5.2. Eventos pontuais — Área excedente a 10 m2, de 11 m2

a 100 m2.m2/dia . . . . . . . . . 4,00 Desincentivo para área excedente a 10m2, entre 11m2

e 100 m2 (323 %).9.5.3. Eventos pontuais — Área excedente a 100 m2 . . . . . . m2/dia . . . . . . . . . 2,00 Desincentivo para área excedente a 100 m2 (112 %).9.6. Licenciamentos de recintos itinerantes ou improvi-

sados:

9.6.1. Licenciamento de Recintos Itinerantes ou Improvisa-dos — Taxa de Emissão de licença.

Por cada . . . . . . . 324,85 As lotações dos recintos são fixadas pela comissão das vistorias sendo expressas no correspondente auto e no título de licenciamento de funcionamento.

9.6.2. Licenciamento de Recintos Itinerantes ou Improvisa-dos — Vistoria — Comissão de Vistoria.

Por cada . . . . . . . 383,35 As lotações dos recintos são fixadas pela comissão das vistorias sendo expressas no correspondente auto e no título de licenciamento de funcionamento.

As vistorias só serão ordenadas depois de pagas as taxas.

Não se realizando a vistoria por motivo alheio ao ser-viço municipal, só poderá ordenar -se outra vistoria depois de pagas novas taxas.

9.6.3. Licenciamento Recintos Itinerantes ou Improvisa-dos — Taxa de acompanhamento de evento/por semana.

Por cada/semana 383,35 Valor da taxa de comissão de vistoria.

9.7. Outras atividades económicas: 9.7.1. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máqui-

nas de Diversão — Título de Registo e Licença de Exploração Anual.

Por cada . . . . . . . 159,55 Decreto -Lei n.º 264/2002, de 25 de novembro e Decreto--Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro, com as al-terações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro.

No caso da Licença de Exploração Anual a taxa respeita a cada ano civil.

9.7.2. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máquinas de Diversão — Licença de Exploração Semestral.

Por cada/semestre 79,75

9.7.3. Licenciamentos, Registos e Averbamentos de Máquinas de Diversão — 2.ª Via Título de Registo, 2.ª Via da Licença de Exploração e Averbamentos ao registo por transferência de propriedade ou alteração do tema de jogo.

Por cada/ano. . . . 53,20 Decreto -Lei n.º 264/2002, de 25 de novembro e Decreto--Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro, com as al-terações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro.

9.7.4. Licenciamentos — Venda Ambulante de Lotarias; Ar-rumador de Automóveis; Guarda -Noturno.

Por cada . . . . . . . 60,65 Decreto -Lei n.º 264/2002, de 25 de novembro e Decreto--Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro.

No caso da Venda Ambulante de Lotarias; Arrumador de Automóveis; Guarda -Noturno a taxa respeita a cada ano civil.

10. Serviços de Proteção Civil: 10.1. Serviços de Proteção Civil:

10.1.1. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasionais.

Por hora/equipa 62,80

Page 75: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7899

Unidade monetária: Euros

Numeração Descrição da atividade/bem UnidadeValor

unitárioda taxa

Observações

10.1.2. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasionais (após as 20 horas).

Por hora/equipa 94,25

10.1.3. Deslocação de dispositivos de segurança para eventos ocasionais (ao fim de semana).

Por hora/equipa 125,70

10.2. Taxa Municipal de Proteção Civil: 10.2.1. Sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos ou fra-

ções:

10.2.1.1. Prédios urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/o valor pa-trimonial do imóvel.

0,0375 % Aplicam -se as isenções constantes no Regulamento Ge-ral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa — estão isentos os prédios urbanos cujo valor patrimonial seja inferior a 20 000 euros.

10.2.1.2. Prédios urbanos degradados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/o valor pa-trimonial do imóvel.

0,3 %

10.2.1.3. Prédios devolutos ou em ruínas . . . . . . . . . . . . . . . . . % s/o valor pa-trimonial do imóvel.

0,6 %

10.2.2. Sobre atividades ou usos de risco acrescido em edifi-cios, recintos ou equipamentos:

10.2.2.1. Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.2. Rede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.3. Rede de distribuição de eletricidade. . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.4. Rede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.5. Infraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.6. Infraestrutura portuária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 50 000,00 10.2.2.7. Postos de abastecimento de combustíveis . . . . . . . . . Por cada . . . . . . . 2 500,00 10.2.2.8. Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamen-

tos: Estacionamentos, Administrativos, Espetáculos e reuniões públicas, Comerciais e gares de trans-portes, Desportivos e lazer — Categoria de risco 3.

Por cada tipo de uso.

2 400,00 Conforme critérios de avaliação das atividades/usos de risco acrescido, em anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

10.2.2.9. Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamen-tos: Estacionamentos, Administrativos, Espetáculos e reuniões públicas, Comerciais e gares de trans-portes, Desportivos e lazer — Categoria de risco 4.

Por cada tipo de uso.

4 800,00 Conforme critérios de avaliação das atividades/usos de risco acrescido, em anexo ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa.

Tarifário do Serviço de Saneamento de Águas Residuais Urbanas 2015

Tarifas variáveis — € por m3 de águas residuais recolhidas (1)

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . Geral . . . . . . . . . . . . . 1.º Escalão (até 5 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,21982.º Escalão (>5 a 15 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,57873.º Escalão (>15 a 25 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,36214.º Escalão (mais de 25 m3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,7165

Familiar . . . . . . . . . . 1.º Escalão (até 5 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,21982.º Escalão (> 5 m3 a [(n × 3,6 m3 + 2) – 5 m3]) (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,50763.º Escalão (valores que excedam o 2.º escalão) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,3621

Social . . . . . . . . . . . . 1.º Escalão (até 15 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,21982.º Escalão (>15 a 25 m3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,36213.º Escalão (mais de 25 m3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,7165

Não Domésticos . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionaisliberais.

1,6428

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (4). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,2321Não Domésticos (3) Regime tran-

sitório.Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, outras pessoas coletivas e profissionais liberais

(exclui entidades de natureza pública e do Setor Empresarial do Estado).0,4107

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (4). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,3080

Tarifas de disponibilidade — € por 30 dias

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . Geral e familiar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,9990Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Isentos

Não Domésticos . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

1.º Nível (calibre 15 mm) . . . . . . . . . . . 7,44532.º Nível (calibre > 15 mm) . . . . . . . . . 8,9343

Page 76: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

7900 Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (4). . . 1.º Nível (calibre 15 mm) . . . . . . . . . . . 5,61122.º Nível (calibre > 15 mm) . . . . . . . . . 6,7334

Notas(1) O volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha igual a 90 % do volume de água consumido. (2) n representa o n.º de elementos do agregado familiar.(3) Regime transitório (tarifário para 2015) — aplicável aos consumos de água que excedam o consumo mínimo de referência estabelecido no regulamento tarifário (50 m3 por 30 dias).(4) Instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades legalmente constituídas, de reconhecida utilidade pública

cuja ação social o justifique.

Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos 2015

Tarifas variáveis — € por m3

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . Geral e social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1710

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionaisliberais.

0,8023

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1710

Tarifas de disponibilidade — € por 30 dias

Domésticos. . . . . . . . . . . . . . . . . Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,2333Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Isentos

Não domésticos . . . . . . . . . . . . . Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionaisliberais.

7,8956

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,2333

Grandes produtores — € por Ton

Grandes produtores . . . . . . . . . . Variável em função da fórmula expressa no artigo 54.º do regulamento Tarifário do Serviço de RU.

De 45,00a 80,00

Regime transitório não domésti-cos (2).

Utilizadores comerciais, industriais e agrícolas, Estado, outras pessoas coletivas e profissionais liberais.

0,4012

Pessoas coletivas de declarada utilidade pública (1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,0855

Notas(1) Instituições particulares de solidariedade social, organizações não -governamentais sem fim lucrativo ou outras entidades legalmente constituídas, de reconhecida utilidade pública

cuja ação social o justifique.(2) Regime transitório: primeiros 2 meses — período de recenseamento dos grandes produtores; aplicável aos utilizadores não domésticos com consumos de água superiores a 50 m3 por

30 dias.

Valores da Taxa Municipal de Proteção Civil

Tabela 1

Edifícios, recintos e equipamentos — Atividades ou usos de risco acrescido

Prédio/equipamento Valor da taxa anual

Rede de distribuição de gás . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000 €/entidadeRede de distribuição de água . . . . . . . . . . . . . . . 50 000 €/entidadeRede de distribuição de eletricidade . . . . . . . . . 50 000 €/entidadeRede ferroviária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000 €/entidadeInfraestrutura aeroportuária . . . . . . . . . . . . . . . 50 000 €/entidadeInfraestrutura portuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 000 €/entidadePostos de abastecimento de combustíveis . . . . . 2 500 €/por posto

Tabela 2

Usos específicos em edifícios, recintos ou equipamentos

Utilização — Tipo (UT)

Categoria de risco

1 2 3 4

II) Estacionamentos . . . . . . . . . . . . 2 400 € 4 800 €III) Administrativos . . . . . . . . . . . . 2 400 € 4 800 €

Utilização — Tipo (UT)

Categoria de risco

1 2 3 4

VI) Espetáculos e reuniões públicas 2 400 € 4 800 €VIII) Comerciais e gares de trans-

portes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 400 € 4 800 €IX) Desportivos e lazer . . . . . . . . . 2 400 € 4 800 €

Categorias de risco por utilização -tipo definidas por referência ao Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro.

Tabela 3

Categorias de risco

Categoria Risco

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reduzido.2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Moderado.3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Elevado.4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Muito Elevado.

Page 77: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 45 — 4 de março de 2016 7901

Critérios de avaliação das atividades/usosde risco acrescido

Categorias de risco da utilização -tipo II «Estacionamentos»Caracterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifícios desti-

nados exclusivamente à recolha de veículos e seus reboques, fora da viapública, ou recintos delimitados ao ar livre, para o mesmo fim.

Categoria

Critérios referentes à utilização -tipo II,quando integrada em edifício

Ao ar livreAltura

da UT IIÁrea brutaocupada

pela UT II

Números de pisos ocupados pela UT II

abaixo do planode referência

1.ª . . . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 3 200 m2 ≤ 1 —2.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 9 600 m2 ≤ 3 —3.ª . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 32 000 m2 ≤ 5 Sim.4.ª . . . . . . . . . . > 28 m > 32 000 m2 > 5 Sim.

Categorias de risco da utilização -tipo III «Administrativos»Caracterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifício onde

se desenvolvam atividades administrativas, de atendimento ao públicoou de serviços, nomeadamente escritórios.

Categoria

Critérios referentesà utilização -tipo III

Alturada UT III

Efetivoda UT III

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m ≤ 1002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 50 m ≤ 5 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 50 m > 5 000

Categorias de risco da utilização -tipo VI «Espetáculos e reuniões públicas»

Caracterização: Corresponde a edifícios, partes de edifícios, recintositinerantes ou provisórios e ao ar livre que recebam público destinadosa espetáculos e reuniões públicas, podendo ser, ou não, polivalentes edesenvolver as atividades em regime não permanente, nomeadamentepavilhões multiúsos, discotecas, bares com música ao vivo, circos,coliseus, entre outros.

Categoria

Critérios referentes à utilização -tipo VI,quando integradas em edifício Ao ar livre

—Efetivo

da UT VIAltura

da UT VI

Número de pisos ocupados pela UT VI

abaixo do planode referência

Efetivoda UT VI

1.ª . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 100 ≤ 1 0002.ª . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 000 ≤ 15 0003.ª . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 000 ≤ 40 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000 > 40 000

Categorias de risco da utilização -tipo VIII «Comerciaise gares de transporte»

Caracterização: Corresponde a edifícios ou partes de edifício, re-cebendo público, ocupados por estabelecimentos comerciais onde seexponham e vendam matérias, produtos, equipamentos ou outros bens,destinados a ser consumidos no exterior desse estabelecimento, no-meadamente centros comerciais, grandes superfícies, entre outros, ouocupados por gares destinados a aceder a meios de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial, ou aéreo, incluindo as gares intermodais,constituindo espaço de interligação entre a via pública e esses meios detransporte, com exceção das plataformas de embarque ao ar livre.

Categoria

Critérios referentes à utilização -tipo VIII, quando integradas em edifício

Alturada UT VIII

Número de pisosocupados pela UT VIII

abaixo do planode referência

Efetivoda UT VIII

1.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 1002.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 000

209369939

Categoria

Critérios referentes à utilização -tipo VIII, quando integradas em edifício

Alturada UT VIII

Número de pisosocupados pela UT VIII

abaixo do planode referência

Efetivoda UT VIII

3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 0004.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000

Categorias de risco da utilização -tipo IX«Desportivos e de Lazer»

Caracterização: Corresponde a edifícios, partes de edifícios e recin-tos, recebendo ou não público, destinados a atividades desportivas e de lazer, nomeadamente estádios, pavilhões desportivos, autódromos, motódromos, parques de campismo, parques aquáticos, ginásios, entre outros.

Categoria

Critérios referentes à utilização -tipo VI e IX, quando integradas em edifício Ao ar livre

—Efetivo

da UT VI ou IX

Alturada UT VI

e IX

Número de pisos ocupados pela UT VI ou

IX abaixodo plano de referência

Efetivoda UT VI

ou IX

1.ª . . . . . . . . . . . . . ≤ 9 m 0 ≤ 100 ≤ 1 0002.ª . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 1 ≤ 1 000 ≤ 15 0003.ª . . . . . . . . . . . . . ≤ 28 m ≤ 2 ≤ 5 000 ≤ 40 0004.ª . . . . . . . . . . . . . > 28 m > 2 > 5 000 > 40 000

Efetivo: O efetivo dos edifícios e recintos, dado pelo número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto, corresponde ao somatório dos efetivos de todos os espaços suscetíveis de ocupação.

Categorias de Risco da Utilização: Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro.

Valores da taxa municipal turística

Taxa de dormida. . . . . . . . . . . . . . . . 1 € por hóspede e por noite.

A) A Taxa de dormida só entra em vigor em 1 de janeiro de 2016.B) A aplicação da taxa tem como valor máximo 7 € por hóspede.

Taxa de chegada por via aérea . . . . . 1 € por passageiro.

A) A Taxa de chegada por via aérea aplica -se por passageiro que desembarque no Aeroporto de Lisboa.

B) A Taxa de chegada por via aérea só entra em vigor em 1 de abril de 2015.

Taxa de chegada por via marítima. . . 1 € por passageiro.

A) A Taxa de chegada por via marítima aplica -se por passageiro que desembarque de navio de cruzeiro em escala, nos terminais de navios no concelho de Lisboa.

B) A Taxa de chegada por via marítima só entra em vigor em 1 de janeiro de 2016.

Aviso n.º 2927/2016

Aprovação da delimitação da área de reabilitaçãoUrbana da Rua das Barracas

Torna -se público, em cumprimento do disposto no n.º 4 do artigo 13.º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana aprovado pelo Decreto -Lei n.º 307/2009 de 23 de outubro, diploma alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto, que a Assembleia Municipal de Lisboa, através da Deliberação n.º 323/AML/2015 tomada na sua 88.ª reunião da 5.ª Sessão Ordinária (3.ª reunião) de 15 de dezembro de 2015, sobre a Proposta n.º 626/CM/2015 aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa na 85.ª reunião de 28 de outubro de 2015, deliberou aprovar a Delimi-tação da Área de Reabilitação Urbana da Rua das Barracas, incluindo a Memória Descritiva e Justificativa, a Planta de Delimitação e o Quadro dos Benefícios Fiscais, que em anexo se publicam.

Page 78: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33542 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Nome Avaliação curricular final

Entrevista de avaliação de competências

Classificaçãofinal

Ordenaçãofinal

Critériode desempate

Vânia Catarina Alves Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,58 20,00 18,97 4.º a)Maria Filomena Ribeiro Pereira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,58 20,00 18,97 5.º Susana Teresa de Jesus Teixeira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,58 20,00 18,67 6.º b)Patrícia Manuela Ferraz de Barros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,83 16,00 16,55 7.º b)Marisa Isabel de Jesus Correia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,58 16,00 16,47 8.º b)Susana Patricia Sousa Pinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,58 16,00 16,17 9.º a) e b)Isaura Patricia Sousa Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,58 16,00 16,17 10.º a) e b)Diana Patrícia Vasconcelos da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,58 16,00 16,17 11.º b)Sílvia Maria Fernandes Cerveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,25 16,00 16,08 12.º a) e b)Aurora Maria Silva Alves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,25 16,00 16,08 13.º b)Bruno Alexandre Fonseca Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,25 16,00 15,78 14.º b)Joana Filipa da Silva Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,08 16,00 15,42 15.º b)Catarina Andreia Ribeiro Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,50 16,00 15,25 16.º a) e b)Liliana Sofia Gonçalves Oliveira Lento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,00 16,00 15,10 17.º a) e b)Mara Sofia Mendes Silveira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,50 20,00 18,95 18.º Patrícia Filipa Silva Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,50 16,00 16,45 19.º Ângela Susana de Jesus Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,50 16,00 16,15 20.º Carla Susana de Castro Cerqueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,75 16,00 15,93 21.º Susana Marlene Silva Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,58 16,00 15,87 22.º Ana Teresa Ambrósio Teixeira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,00 16,00 15,40 23.º Maria La Salete Bandarra Santos Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,75 16,00 15,33 24.º Ana Maria da Rocha Figueiredo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,50 16,00 15,25 25.º Andreia de Fátima Vieira da Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,00 16,00 15,10 26.º Paula Cristina Monteiro Cardoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,75 16,00 15,03 27.º Alice Manuela Jesus de Sousa Branco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,50 16,00 14,95 28.º c)Tânia Marisa de Jesus Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,50 16,00 14,95 29.º Juliana Manuela Monteiro dos Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 16,00 14,43 30.º c)Marina Lamim Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 16,00 14,43 31.º c)Daniela Filipa Pereira Caldeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 16,00 14,43 32.º Sónia Maria Pinheiro Castro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,25 12,00 13,28 33.º Vânia Sofia Pinto Vasconcelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,25 12,00 12,68 34.º Rita Maria Severino Tavares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,75 12,00 12,23 35.º Carina Isabel Rocha Botelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,00 12,00 11,70 36.º c)Ana Patrícia Cardoso Pontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,00 12,00 11,70 37.º Emanuel Filipe Duarte Pereira da Silva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 38.º c)Sílvia Carina Ribeiro Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 39.º d)Ana Cristina Mesquita Assis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 40.º d)Joana Vanessa Silva Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 41.º d)Sandra Cristina Pinto Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 42.º d)Daniela Soraia Ribeiro Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 43.º d)Sara Elisabete Ferreira Resende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,75 12,00 11,63 44.º

a) Número de anos de experiência profissional relevante para a função;b) Nos termos do artigo 6.º, n.º 5 da Lei n.º 12 -A/2008, de 27 de fevereiro e artigo 39.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro (alínea c) do artigo 39.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de

dezembro — “Candidatos aprovados com relação jurídica de emprego público por tempo determinado ou determinável”);c) Número de horas de formação;d) Idade do candidato (candidato mais velho).

Candidatos excluídos

Nome Motivoda exclusão

Diana Raquel da Cruz Leitão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a)Filipa Gomes Santos Soeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a)Maria João Martins Moutinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a)Patrícia Marlene de Almeida Bastos . . . . . . . . . . . . . . . . a)Sandra Daniela de Jesus Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a)Sara Isabel Baptista Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a)

a) Excluído(a) por não ter comparecido à Entrevista de Avaliação de Competências

A lista unitária de ordenação final homologada foi notificada aos candidatos, nos termos dos n.os 4 e 5 do citado artigo 36.º, conjugado com a alínea b), do n.º 3 do artigo 30.º, ambos da Portaria, encontrando -se afixada ao público nas instalações do Município de Cinfães e na página eletrónica, em www.cm -cinfaes.pt.

21 de setembro de 2012. — A Vice -Presidente da Câmara, Enf.ª Maria de Fátima Oliveira Sousa.

306406666

MUNICÍPIO DE GAVIÃO

Aviso n.º 13292/2012Em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 37.º da Lei

n.º 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, torna -se publico que cessou a relação

jurídica de emprego público por tempo indeterminado, por motivo de aposentação, do seguinte trabalhador:

Joaquim Nunes Vitoriano — assistente operacional, posição remune-ratória 9, desligado do serviço em 1 de agosto de 2012.

31 de agosto de 2012. — O Presidente da Câmara, Jorge Manuel Martins de Jesus.

306358811

MUNICÍPIO DE LISBOA

Aviso n.º 13293/2012Faz -se público que a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, através

da deliberação n.º 48/AML/2012 (Deliberação n.º 734/CM/2011), na sua reunião de 24 de julho de 2012, a alteração ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, bem como os respetivos anexos, e que, em cumprimento do estatuído no n.º 4 do artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, agora se publicam.

3 de setembro de 2012. — A Diretora, Paula Santos Levy.

Alteração ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadascom a Atividade Urbanística e Operações Conexas

Preâmbulo/Nota justificativaO Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade

Urbanística e Operações Conexas (RMTRAUOC), aprovado através

Page 79: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33543

da deliberação n.º 15/AM/2009, foi publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 129, de 7 de julho de 2009, através do aviso n.º 11983/2009, tendo entrado em vigor em 6 de agosto de 2009.

Decorrido um ano sobre a data da sua entrada em vigor, verificou -se a necessidade de aclarar e corrigir alguns aspetos do Regulamento, pelo que, através da deliberação n.º 574/AM/2010, publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 32, de 15 de fevereiro de 2011, foram aprovadas alterações aos anexos I e IV e ao n.º 4 do anexo V, respetivamente, não tendo contudo sido alterado o articulado do Regulamento.

Por seu turno, a partir de janeiro de 2008 foi reiniciado o processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, implicando, nos termos da lei, a reconsideração e reapreciação global, com caráter estrutural ou essencial, das opções estratégicas do Plano, dos princípios e objetivos do modelo territorial definido ou dos regimes de salvaguarda e valorização dos recursos e valores territoriais, tendo em conta o tempo decorrido desde a sua aprovação originária em 1994.

Para efeitos de qualificação operativa, a qual se relaciona com a definição dos mecanismos de execução e programação do planeamento municipal, tendo em consideração os diferentes níveis de consolidação dos vários tecidos urbanos, a proposta de revisão do PDM define duas categorias: espaços consolidados e espaços a consolidar.

Em termos de qualificação funcional, a qual corresponde à integração em categorias e subcategorias do solo em função da respetiva utilização dominante, na proposta de revisão do PDM adotaram -se as categorias funcionais de solo urbano constantes do artigo 21.º do Decreto Regu-lamentar n.º 11/2009, de 29 de maio.

Assume -se o presente Regulamento como instrumento de política urbanística, tornando -se necessário proceder à sua adaptação à estraté-gia, à qualificação de espaço urbano e aos conceitos introduzidos pela primeira revisão ao Plano Diretor Municipal.

Simultaneamente, e não obstante o curto período de aplicação do RMTRAUOC, a componente da monitorização baseada na experiência da sua aplicação, assumiu particular relevância na identificação das necessi-dades de alteração e de aperfeiçoamento do regulamento, designadamente:

Na clareza dos objetivos e na facilidade da aplicação quer das normas gerais, quer dos regimes de redução e isenção, tornando estes últimos também mais equitativos no aproveitamento pelos destinatários;

Ao nível da despesa associada à prestação de serviços, do número de processos e sua distribuição por tipologias e das consequências que estas possam trazer às taxas correspondentes à atividade administrativa e sua fundamentação;

Na evolução da receita municipal e do investimento municipal de natureza urbanístico afeto à TRIU.

São grandes objetivos do presente projeto de alteração:1) Adaptar o presente Regulamento à estratégia, categorias de espaços e

conceitos introduzidos pela primeira revisão ao Plano Diretor Municipal, enquanto regulamento específico para as taxas devidas pela atividade urbanística, incluindo a taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas e as demais taxas, previstas no Regime Jurí-dico da Urbanização e da Edificação;

2) Simplificar a forma de cálculo das taxas, baseando a sua aplicação em fatores objetivos, para maior eficiência dos serviços, baseada na monitorização da sua aplicação;

3) Identificar as necessidades de alteração e de aperfeiçoamento do regula-mento, designadamente ao nível da despesa associada à prestação de serviços, do número de processos e sua distribuição por tipologias e das consequências que estas possam trazer às taxas correspondentes à atividade administrativa e sua fundamentação, bem como na evolução da receita municipal e do investimento municipal de natureza urbanístico afeto à TRIU;

4) Clarificar os objetivos e tornar mais equitativo o aproveitamento das reduções e das isenções pelos destinatários e simultaneamente permitir ao Município a validação e monitorização dos mesmos.

Do mesmo modo e em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 8.º do Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, procede -se à fundamentação das alterações às isenções e reduções de taxas previstas no artigo 6.º do presente Regulamento.

Com efeito procede -se à isenção das operações urbanísticas promo-vidas por associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos, que se destinem à prossecução dos seus fins, quando realizadas em imóveis municipais.

Por seu turno, as reduções em 30 % do valor das taxas previstas no anterior n.º 1 do artigo 6.º, relativamente às operações urbanísticas promovidas por associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras as-sociações sem fins lucrativos, que prossigam fins culturais, sociais, religiosos, desportivos ou recreativos, quando se destinem diretamente à prossecução dos seus fins, passam para 50 %.

Tal radica no incentivo à realização de operações urbanísticas, no âmbito da prossecução das finalidades estatutárias das entidades mencionadas.

A fundamentação da referida isenção às associações públicas, pessoas co-letivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos assenta em finalidades de interesse público, na medida em que visa facilitar a concretização da missão ou os fins estatutários das respetivas instituições e simultaneamente valorizar o património imobiliário municipal (cf. artigos 63.º, 67.º e 69.º a 73.º, entre outros, da CRP).

Por outro lado, e de forma a assegurar uma maior celeridade e transparência na decisão dos pedidos de isenção ou redução, optou -se por descrever o pro-cedimento conducente à sua atribuição, a competência e os respetivos prazos.

O presente projeto de Regulamento será submetido a discussão pública por um período de 30 dias, ao abrigo do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos dos n.os 1 e 3 do artigo 3.º do RJUE e no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, para recolha de sugestões dos interessados, e a aprovação da Assembleia Municipal, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, conjugada com a alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º, ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de janeiro. Findo o prazo de consulta referido, serão apreciadas as sugestões apresentadas tendo em vista a sua ponderação na redação final do Regulamento.

Assim foi deliberado o seguinte:1 — São alterados os artigos 1.º, 2.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 13.º, 16.º, 17.º,

18.º, 20.º, 22.º, 23.º e 24.º do Regulamento Municipal de Taxas Relacio-nadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, que passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 1.º[...]

O presente regulamento é aprovado nos termos e ao abrigo do disposto nos artigos 112.º e 241.º da Constituição da República Portuguesa, nas alíneas a), e) e h) do n.º 2 do artigo 53.º e na alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação introduzida pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de janeiro, nos artigos 3.º, 116.º e 117.º do Regime Jurídico da Urba-nização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na atual redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 26/2010, de 30 de março, do artigo 92.º -A do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na atual redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, nos artigos 3.º, 6.º, 10.º, 11.º, 12.º e 15.º da Lei das Finanças Locais, aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, no artigo 3.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 6.º, no n.º 2 do artigo 7.º, no artigo 8.º e no n.º 1 do artigo 10.º, todos do regime geral das taxas das autarquias locais, aprovado pela Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro (RGTAL), e nos artigos 114.º a 118.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, com a redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro.

Artigo 2.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Do presente regulamento fazem parte integrante os anexos con-

tendo as fórmulas de cálculo das taxas (anexo I), a tabela de coeficientes de adicionais (anexo II), a fórmula de cálculo e a tabela de coeficientes da taxa pela realização, manutenção e reforço das infraestruturas urbanísti-cas (TRIU) (anexo III), a tabela de coeficientes de ocupação do domínio público e privado municipal (anexo IV) e o documento de fundamentação económico -financeira relativo ao valor das taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas (anexo V).

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 6.º[...]

1 — As associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos, que prossigam fins culturais, sociais, religiosos, desportivos ou recreativos, estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente regulamento, relativamente a operações urbanísticas que se destinem à prossecução dos seus fins, quando realizadas em imóveis municipais.

2 — As associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos, que prossigam fins culturais, sociais, religiosos, desportivos ou recreativos, beneficiam de uma redução de 50 % do valor das taxas previstas no presente regulamento, quando as opera-ções urbanísticas se destinem diretamente à prossecução dos seus fins.

3 — (Anterior n.º 2.)4 — A construção de habitação em regime de «Custos controlados»

através da adesão a programas suportados pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana ou a programas de incentivo à construção em

Page 80: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33544 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

regime de «Custos acessíveis» que o Município de Lisboa venha a criar, mediante contratualização com o Município, devidamente comprovada nos termos a definir pela Câmara Municipal de Lisboa, fica sujeita a uma redução de 50 % do valor das taxas previstas no presente Regulamento.

5 — As isenções ou reduções das taxas previstas no presente Regu-lamento dependem de requerimento do interessado e são reconhecidas mediante despacho do presidente ou do vereador com competência delegada na área dos serviços liquidadores.

6 — Os requerimentos para reconhecimento das isenções ou reduções devem ser acompanhados dos documentos comprovativos de todos os factos dos quais depende esse reconhecimento.

7 — Previamente ao reconhecimento da isenção ou redução, devem os serviços, no respetivo processo, informar fundamentadamente o pedido e proceder à determinação do montante da taxa a que se reporta o pedido.

8 — O despacho que reconhece a isenção pode fazê -lo até ao limite de cinco anos, sem prejuízo da sua prorrogação nos termos da lei.

9 — A existência de dívidas ao Município de Lisboa, sem processo de reclamação graciosa ou outro legalmente admissível e garantia prestada, determina a perda dos benefícios fiscais referidos no número anterior.

10 — No caso das reduções ou das isenções a que se referem os n.os 1, 2 e 3 do presente artigo, do alvará de licença ou da admissão de comunicação prévia das operações urbanísticas, ou de aditamento aos mesmos, deve constar sempre a menção da liquidação, do pagamento e da redução da taxa, ou da isenção quando a ela houver lugar, com a indicação dos respetivos valores, especificando os condicionamentos a que tal isenção ou redução fica sujeita, nos termos do presente regulamento.

11 — No caso de se deixar de verificar qualquer das situações que determinaram a concessão de isenção ou de redução nos termos deste artigo, há lugar ao pagamento dos montantes liquidados que não foram cobrados devido a essa situação, atualizados à data do pagamento.

12 — Para efeitos do disposto no número anterior, a atualização dos montantes liquidados e não cobrados é feita pela aplicação das taxas de atualização estabelecidas no Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo 7.º[...]

1 — (Revogado.)2 — Para efeitos do presente Regulamento são adotados os conceitos

técnicos fixados no Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio, os demais conceitos definidos na legislação e regulamentos aplicáveis e os constantes do artigo 4.º do Regulamento do Plano Diretor Municipal de Lisboa.

Artigo 8.º[...]

1 — Para efeitos de cálculo das taxas previstas no presente regula-mento, a qualificação de espaço urbano encontra -se definida no Plano Diretor Municipal de Lisboa e nos planos de urbanização e de pormenor, quando estes sejam posteriores àquele e alterem a qualificação do espaço.

2 — Para efeitos de aplicação do presente regulamento, na qualifi-cação de espaço urbano distinguem -se as malhas e tipologias urbanas, diferenciadas na sua génese e crescimento, bem como no objetivo urbanístico constante das propostas de desenvolvimento urbano.

3 — Pode ser previsto, em regulamento de plano municipal de ordenamento do território, o desconto nas taxas constantes do presente regulamento, no âmbito dos mecanismos de compensação perequatória estabelecidos no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro.

Artigo 9.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — As obrigações de pagamento de taxa resultantes do presente

regulamento não afastam outras obrigações relativas a operações de loteamento e obras de edificação que decorram de outros regulamentos municipais, nomeadamente as que decorram do regime de cedências e compensações constante do Plano Diretor Municipal de Lisboa e do RMUEL.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 13.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — Constituem serviços específicos, para efeitos do n.º 1, os atos de marcação de alinhamento e nivelamento, emissão de certidão de destaque, emissão de certidão do plano de pormenor para efeitos regis-tais, nos termos do artigo 92.º - A do RJIGT, certificação para efeitos de propriedade horizontal, certificação do estado de conservação, certidão de necessidade de demolição de um imóvel por incompatibilidade com a sua reabilitação, averbamentos, abertura de novo livro de obra, certificação de cartografia e de documentação urbanística.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) Quando constitua procedimento essencial para a emissão de

certidão, no âmbito das competências municipais;e) Quando constitua procedimento essencial para a emissão de

alvará de autorização de utilização nos casos previstos no n.º 2 do artigo 64.º do RJUE e em legislação específica.

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 16.º[...]

1 — Nas taxas destinadas a remunerar o serviço administrativo pres-tado, ao VUa são aplicáveis coeficientes que traduzem a complexidade técnica e o encargo administrativo, designadamente os fatores constantes do anexo V e, em certos casos, um coeficiente dependente da superfície de pavimento, no loteamento e edificação, da área de impermeabilização, nas edificações especiais, ou de número de pisos, no caso de demoli-ção, que se traduz no escalão de área (Ea) definido em nota ao anexo I.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 17.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — Constituem fatores relevantes para avaliação da sobrecarga

das infraestruturas urbanísticas:a) A criação de superfície de pavimento ou o acréscimo desta em

relação à situação legal preexistente, constante do último projeto aprovado, autorizado ou licenciado, de acordo com o léxico e em conformidade com as exigências legais aplicáveis à época;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) A qualificação de espaço urbano delimitada na planta de orde-

namento do Plano Diretor Municipal de Lisboa.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 18.º[...]

1 — A obra de ampliação de edifícios ou suas frações, feita através do aproveitamento de sótão ou da construção de um piso elevado para habitação dentro da altura e cércea máxima admitida no Regulamento do PDML, fica isenta do pagamento da TRIU, até aos limites de 250 m2 de área de construção acrescentada ou de um fogo criado.

2 — As operações urbanísticas nas quais sejam utilizadas as seguintes soluções técnicas beneficiam de uma redução de 5 %, do valor da TRIU por cada uma das soluções implementadas, não podendo, cumulativa-mente, exceder 10 % de redução total e limitando -se, em cada caso, a incidência da TRIU à unidade de intervenção, edifício ou urbanização:

3 — O titular da licença, ou da admissão da comunicação prévia, bene-ficia de uma redução de 25 % ao valor da TRIU liquidada nos termos do presente regulamento, mediante prestação de caução, nas seguintes situa-ções de início de obras, a verificar nos termos do artigo 80.º -A do RJUE:

a) Quando as obras de edificação tenham início no prazo de seis meses após a notificação do licenciamento ou da admissão da comu-nicação prévia da edificação, no momento da conclusão da estrutura da edificação;

b) Quando as obras de edificação tenham início no prazo de 18 meses após a notificação do licenciamento ou admissão da co-municação prévia da operação de loteamento que não envolva a realização de obras de urbanização, no momento da conclusão da estrutura da edificação;

c) Quando as obras de urbanização tenham início no prazo de seis meses, após a notificação do licenciamento ou admissão da comuni-cação prévia de operação de loteamento com obras de urbanização, a partir do momento da receção provisória.

Page 81: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33545

4 — A redução da TRIU prevista no número anterior incide sobre as obras de edificação ou operações de loteamento cuja notificação do licenciamento, ou da admissão da comunicação prévia, ocorra no prazo de dois anos a contar da data da entrada em vigor do presente Regulamento.

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — Do alvará de licença ou da admissão de comunicação pré-

via das operações urbanísticas, ou de aditamento aos mesmos, deve constar sempre a menção da liquidação, do pagamento e da redução da TRIU, ou da isenção quando a ela houver lugar, especificando os condicionamentos a que tal isenção ou redução fica sujeita, nos termos do presente regulamento.

7 — As isenções e reduções previstas no presente artigo aplicam--se sem prejuízo do disposto no artigo 6.º do presente Regulamento, sendo a caução reduzida em conformidade.

Artigo 20.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — (Revogado.)4 — Ainda para efeitos da TRIU, uma vez obtida a licença de

utilização para uma edificação localizada em área a consolidar, as operações urbanísticas subsequentes, para essa edificação, são to-madas como localizadas em área consolidada.

5 — (Revogado.)6 — (Revogado.)7 — (Revogado.)

Artigo 22.º[...]

1 — É devida taxa pela ocupação do domínio público e ou privado municipal, destinada a remunerar a sua utilização privativa, quando as condições a observar na execução das operações urbanísticas de obras de urbanização, trabalhos de remodelação de terrenos, obras de edificação ou de demolição incluam a referida ocupação, a qual não deve conter as áreas da infraestrutura ou do espaço público objeto de obra de criação ou transformação.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 23.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — A ocupação de domínio púbico e privado municipal decor-

rente de operação urbanística sujeita a licenciamento ou comunica-ção, quando realizada nos traçados urbanos A dos espaços centrais e residenciais, será reduzida em 50 % do seu valor nos primeiros quatro meses.

4 — (Anterior n.º 3.)5 — (Anterior n.º 4.)6 — (Anterior n.º 5.)

Artigo 24.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — A ocupação pelo facto de estar intrinsecamente ligada a uma

obra não pode terminar em data posterior à do termo da licença de obras a que respeita, salvo na situação prevista no artigo 14.º, n.º 4, do RMUEL.

6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»

2 — São revogados o n.º 1 do artigo 7.º, os n.os 3, 5, 6 e 7 do artigo 20.º, o artigo 21.º, o n.º 3 do artigo 26.º e o n.º 4 do artigo 39.º do Regula-mento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas.

3 — São alterados os anexos I a V do Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, que passam a ter a redação constante da republicação em anexo.

4 — É republicado em anexo, que faz parte integrante da presente alteração, o Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Ati-vidade Urbanística e Operações Conexas, com a redação atual.

5 — A presente alteração entra em vigor na data de início da vigência da primeira revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa.

ANEXO

Republicação do Regulamento Municipal de Taxas Relacionadascom a Atividade Urbanística e Operações Conexas

CAPÍTULO IDas taxas relacionadas com a atividade urbanística

e operações conexas em geral

SECÇÃO I

Disposições gerais

SUBSECÇÃO I

Objeto e âmbito

Artigo 1.ºLei habilitante

O presente regulamento é aprovado nos termos e ao abrigo do dis-posto nos artigos 112.º e 241.º da Constituição da República Portuguesa, nas alíneas a), e) e h) do n.º 2 do artigo 53.º e na alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação introduzida pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de janeiro, nos artigos 3.º, 116.º e 117.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na atual redação con-ferida pelo Decreto -Lei n.º 26/2010, de 30 de março, do artigo 92.º -A do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na atual redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, nos artigos 3.º, 6.º, 10.º, 11.º, 12.º e 15.º da Lei das Finanças Locais, aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, no artigo 3.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 6.º, no n.º 2 do artigo 7.º, no artigo 8.º e no n.º 1 do artigo 10.º, todos do regime geral das taxas das autarquias locais, aprovado pela Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro (RGTAL), e nos artigos 114.º a 118.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, com a redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro.

Artigo 2.ºÂmbito de aplicação

1 — O presente regulamento define as taxas, os respetivos quanti-tativos e a fórmula de cálculo do valor a cobrar, visando remunerar de forma objetiva, transparente e proporcionada os serviços e as utilidades prestadas aos particulares decorrentes da atividade urbanística e opera-ções conexas do Município de Lisboa.

2 — Do presente regulamento fazem parte integrante os anexos con-tendo as fórmulas de cálculo das taxas (anexo I), a tabela de coeficientes de adicionais (anexo II), a fórmula de cálculo e a tabela de coeficientes da taxa pela realização, manutenção e reforço das infraestruturas urbanísti-cas (TRIU) (anexo III), a tabela de coeficientes de ocupação do domínio público e privado municipal (anexo IV) e o documento de fundamentação económico -financeira relativo ao valor das taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas (anexo V).

3 — O presente regulamento define, igualmente, as isenções e redu-ções e a sua fundamentação, o modo de pagamento e a admissibilidade do pagamento em prestações.

4 — Os preços e demais instrumentos de remuneração patrimonial constam de regulamento próprio.

Artigo 3.ºNormas subsidiárias

Tendo em consideração a natureza e as especificidades das matérias sobre que incidem, às relações jurídico tributárias objeto do presente Regulamento aplicam -se ainda, subsidiária e sucessivamente:

a) O regime geral das taxas das autarquias locais;b) A Lei das Finanças Locais;c) A lei geral tributária;d) O Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais;e) O Código de Procedimento e de Processo Tributário;f) O Código de Processo nos Tribunais Administrativos;g) O Código do Procedimento Administrativo;h) O Código Civil e o Código de Processo Civil.

Page 82: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33546 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Artigo 4.ºIncidência objetiva

As taxas relacionadas com atividades urbanísticas e operações cone-xas são definidas no presente Regulamento e respetivos anexos, sendo devidas como contraprestação pela:

a) Prática de atos administrativos e técnicos no âmbito dos procedi-mentos previstos no RJUE para o controlo prévio de operações urba-nísticas e atividades conexas, designadamente a concessão de licença e a admissão de comunicação prévia para a realização de operações de loteamento, de obras de urbanização, de edificação e de demolição e para a autorização de utilização dos edifícios ou suas frações;

b) Realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas primárias e secundárias;

c) Utilização e aproveitamento de bens imóveis do domínio público e privado municipal, designadamente a ocupação da via pública por motivo de realização de obras particulares.

Artigo 5.ºIncidência subjetiva

1 — O sujeito ativo da relação jurídico tributária gerador da obri-gação de pagamento das taxas previstas no presente Regulamento é o Município de Lisboa.

2 — O sujeito passivo da relação jurídico tributária geradora da obrigação de pagamento das taxas previstas no presente Regulamento é qualquer pessoa singular ou pessoa coletiva, pública ou privada, ou entidade legalmente equiparada, que apresente a pretensão ou pratique o facto ao qual, nos termos do presente Regulamento, corresponda o pagamento de uma taxa, ainda que agindo no interesse de terceiro.

3 — Caso sejam vários os sujeitos passivos, todos são solidariamente responsáveis pelo pagamento, salvo disposição em contrário.

Artigo 6.ºIsenções e reduções de natureza subjetiva e objetiva

1 — As associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos, que prossigam fins culturais, sociais, religiosos, desportivos ou recreativos, estão isentas do pagamento das taxas previstas no pre-sente regulamento, relativamente a operações urbanísticas que se destinem à prossecução dos seus fins, quando realizadas em imóveis municipais.

2 — As associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, instituições particulares de solidariedade social ou outras associações sem fins lucrativos, que prossigam fins culturais, sociais, religiosos, desportivos ou recreativos, beneficiam de uma redução de 50% do va-lor das taxas previstas no presente Regulamento, quando as operações urbanísticas se destinem diretamente à prossecução dos seus fins.

3 — (Anterior n.º 2.)4 — A construção de habitação em regime de «Custos controlados»

através da adesão a programas suportados pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana ou a programas de incentivo à construção em regime de «Custos acessíveis» que o Município de Lisboa venha a criar, mediante contratualização com o Município, devidamente comprovada nos termos a definir pela Câmara Municipal de Lisboa, fica sujeita a uma redução de 50 % do valor das taxas previstas no presente Regulamento.

5 — As isenções ou reduções das taxas previstas no presente Regu-lamento, dependem de requerimento do interessado e são reconhecidas mediante despacho do presidente ou do vereador com competência delegada na área dos serviços liquidadores.

6 — Os requerimentos para reconhecimento das isenções ou reduções devem ser acompanhados dos documentos comprovativos de todos os factos dos quais depende esse reconhecimento.

7 — Previamente ao reconhecimento da isenção ou redução, devem os serviços, no respetivo processo, informar fundamentadamente o pedido e proceder à determinação do montante da taxa a que se reporta o pedido.

8 — O despacho que reconhece a isenção pode fazê -lo até ao limite de cinco anos, sem prejuízo da sua prorrogação nos termos da lei.

9 — A existência de dívidas ao Município de Lisboa, sem processo de reclamação graciosa ou outro legalmente admissível e garantia prestada, determina a perda dos benefícios fiscais referidos no número anterior.

10 — No caso das reduções ou das isenções a que se referem os n.os 1, 2 e 3 do presente artigo, do alvará de licença ou da admissão de comuni-cação prévia das operações urbanísticas, ou de aditamento aos mesmos, deve constar sempre a menção da liquidação, do pagamento e da redução da taxa, ou da isenção quando a ela houver lugar, com a indicação dos respetivos valores, especificando os condicionamentos a que tal isenção ou redução fica sujeita, nos termos do presente regulamento.

11 — No caso de se deixar de verificar qualquer das situações que determinaram a concessão de isenção ou de redução nos termos deste

artigo, há lugar ao pagamento dos montantes liquidados que não foram cobrados devido a essa situação, atualizados à data do pagamento.

12 — Para efeitos do disposto no número anterior, a atualização dos montantes liquidados e não cobrados é feita pela aplicação das taxas de atualização estabelecidas no Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

SUBSECÇÃO II

Definições e articulação com outros regulamentos

Artigo 7.ºDefinições

1 — (Revogado.)2 — Para efeitos do presente Regulamento são adotados os conceitos

técnicos fixados no Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio, os demais conceitos definidos na legislação e regulamentos aplicáveis e os constantes do artigo 4.º da primeira Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa.

Artigo 8.ºArticulação com planos municipais de ordenamento do território

1 — Para efeitos de cálculo das taxas previstas no presente Regula-mento, a qualificação de espaço urbano encontra -se definida no Plano Diretor Municipal de Lisboa e nos planos de urbanização e de pormenor, quando estes sejam posteriores àquele e alterem a qualificação do espaço.

2 — Para efeitos de aplicação do presente regulamento, na qualifi-cação de espaço urbano distinguem -se as malhas e tipologias urbanas, diferenciadas na sua génese e crescimento, bem como no objetivo urbanístico constante das propostas de desenvolvimento urbano.

3 — Pode ser previsto, em regulamento de plano municipal de or-denamento do território, o desconto nas taxas constantes do presente Regulamento, no âmbito dos mecanismos de compensação perequatória estabelecidos no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro.

Artigo 9.ºArticulação com outros regulamentos municipais

1 — As operações integradas no âmbito de incidência objetiva do presente Regulamento decorrem dos procedimentos de controlo das operações urbanísticas previstos no RJUE e no Regulamento Municipal de Urbanização e de Edificação de Lisboa.

2 — As obrigações de pagamento de taxa resultantes do presente Regulamento não afastam outras obrigações relativas a operações de lo-teamento e obras de edificação que decorram de outros regulamentos mu-nicipais, nomeadamente as que decorram do regime de cedências e com-pensações constante do Plano Diretor Municipal de Lisboa e do RMUEL.

3 — Em tudo o que não contrarie as disposições específicas do pre-sente Regulamento são aplicáveis as normas constantes do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa e demais regulamentação geral de taxas do Município.

SECÇÃO II

Taxas sobre atividades urbanísticas e operações conexas

SUBSECÇÃO I

Valor e função das taxas

Artigo 10.ºValor das taxas

1 — As taxas urbanísticas previstas no presente Regulamento estão subordinadas aos princípios da equivalência jurídica, da proporcio-nalidade e da justa repartição dos encargos públicos, incidindo sobre utilidades prestadas aos particulares, geradas pela atividade do Município ou resultantes de investimentos efetuados.

2 — Nos termos do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 53 -E/2006, de 29 de dezembro, o valor da taxa pode incluir um valor adicional, fixado tendo em conta critérios de desincentivo à prática de certos atos ou operações, como forma de adequação ao interesse público perseguido pelo Muni-cípio e da realização da sua política urbanística.

Page 83: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33547

Artigo 11.ºPrestações municipais remuneradas pelas taxas

1 — As taxas sobre atividades urbanísticas e operações conexas, pre-vistas no presente regulamento, visam remunerar as seguintes prestações do Município de Lisboa, e não deve ultrapassar o custo da atividade pública local ou o benefício auferido pelo particular.

a) A atividade administrativa decorrente da receção de comunicações, emissão de informações prévias e apreciação de pedidos de licenciamento e autorização, bem como a decorrente da prática dos correspondentes atos administrativos e acompanhamento da atividade dos particulares;

b) A despesa na realização, manutenção e reforço das infraestruturas urbanísticas primárias e secundárias que se torne necessária pela modi-ficação da extensão, intensidade ou tipo de utilização do solo decorrente de operações urbanísticas;

c) A utilização privativa do domínio público e privado municipal no decurso de uma operação urbanística.

2 — Uma mesma taxa pode incluir a remuneração de mais do que uma prestação municipal.

3 — Para efeitos do presente Regulamento, a taxa tem uma natureza simples quando é unicamente remunerado um tipo de prestação pública e não é aplicável qualquer adicional, e tem natureza compósita quando são remunerados diversos tipos de prestação pública ou são aplicáveis adicionais, ao abrigo do n.º 2 do artigo10.º do presente Regulamento.

Artigo 12.ºValores e fórmulas de cálculo das taxas urbanísticas

1 — As fórmulas de cálculo das taxas urbanísticas incluem:a) Valores unitários relativos aos encargos com serviços administrativos

(VUa), à realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas (VUtriu) e à ocupação do domínio público e privado municipal (VUo);

b) Valor unitário relativo ao adicional de desincentivo sobre o tempo de duração duma obra para realização de operação urbanística (VUt);

c) Coeficientes, aplicados aos valores unitários.

2 — O valor da taxa a pagar resulta da aplicação dos coeficientes aos valores unitários segundo a fórmula aplicável e nos termos do presente Regulamento.

3 — As fórmulas de cálculo das taxas sobre atividades urbanísticas e operações conexas e os valores unitários (VU), constam do anexo I do presente Regulamento.

4 — Os valores unitários são atualizados anualmente, através do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

SUBSECÇÃO II

Taxas correspondentes à atividade administrativa

Artigo 13.ºIncidência

1 — É devida taxa pela prática de atos administrativos, emissão de informações prévias, receção de comunicações, realização de serviços específicos e de vistorias, identificados no presente Regulamento, e incidindo sobre os benefícios prestados aos particulares.

2 — Não é devida taxa pelo direito à informação.3 — Constituem serviços específicos, para efeitos do n.º 1, os atos

de marcação de alinhamento e nivelamento, emissão de certidão de destaque, emissão de certidão do plano de pormenor para efeitos regis-tais, nos termos do artigo 92.º - A do RJIGT, certificação para efeitos de propriedade horizontal, certificação do estado de conservação, certidão de necessidade de demolição de um imóvel por incompatibilidade com a sua reabilitação, averbamentos, abertura de novo livro de obra, certificação de cartografia e de documentação urbanística.

4 — A realização de vistoria está sujeita a taxa:a) Nos casos em que tal é requerido com vista à certificação de que um

edifício satisfaz os requisitos legais para a sua constituição em regime de propriedade horizontal;

b) Nos casos em que tal é requerido para certificação de que um edifício ou suas frações satisfazem as condições de conservação e esta-bilidade, ou mínimas de habitabilidade;

c) Nos casos em que constitua procedimento essencial para certificar que a demolição dum imóvel é necessária por força da degradação do pré-dio, incompatível com a reabilitação e geradora de risco para os ocupantes;

d) Quando constitua procedimento essencial para a emissão de cer-tidão, no âmbito das competências municipais;

e) Quando constitua procedimento essencial para a emissão de alvará de autorização de utilização nos casos previstos no n.º 2 do artigo 64.º do RJUE e em legislação específica.

5 — A taxa é fixada, para cada tipologia de procedimento, tendo em conta os custos suportados pela administração no procedimento, considerando -se o tempo despendido e a exigência técnica e funcional.

Artigo 14.ºAdicionais para desincentivo a comportamentos

1 — Nos termos do artigo 10.º do presente regulamento, as taxas pre-vistas no artigo anterior estão sujeitas aos adicionais previstos no presente regulamento, para desincentivar operações urbanísticas que tenham custos sociais, urbanísticos e ambientais acrescidos, apesar de serem confor-mes com os planos municipais de ordenamento do território em vigor e com as disposições legais e regulamentares que lhes foram aplicáveis.

2 — Os valores adicionais referidos no número anterior têm em conta, no caso das taxas devidas pela atividade administrativa, o tipo de operação urbanística, o respetivo impacto e dimensão medidos pela área de cons-trução por uso e o tempo de realização da operação e, no caso da TRIU, o tipo de operação urbanística, a zona da cidade em que esta é realizada e o respetivo impacto e dimensão medidos pela área de construção por uso, conforme o anexo I.

Artigo 15.ºIsenções e reduções

1 — As obras exclusivamente de conservação, de reabilitação e de alteração interior de edifícios ou suas frações ficam isentas do pagamento das taxas previstas na presente subsecção.

2 — As comunicações prévias e os licenciamentos referentes a ope-rações urbanísticas que tenham sido antecedidas de informação prévia favorável, quando proferida nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE, emitida há menos de um ano e que com ela se conformem, beneficiam de uma redução, correspondente ao valor da taxa liquidada na informação prévia, no momento da sua admissão ou deferimento.

3 — A comunicações prévias e os licenciamentos referentes a operações urbanísticas de edificação em área abrangida por plano de pormenor ou operação de loteamento em vigor e as operações de loteamento em área abrangida por plano de pormenor em vigor, beneficiam de uma redução de 20 % das taxas previstas no n.º 1 do artigo 13.º do presente Regulamento.

4 — Às situações em que o requerente promove a consulta de todas as entidades externas que devam emitir parecer, autorização ou aprovação nos termos da lei e apresenta os mesmos com o requerimento inicial, ou com a comunicação prévia, no prazo de um ano desde a emissão daqueles, aplica -se uma redução de 10 % das taxas previstas no n.º 1 do artigo 13.º do presente Regulamento.

5 — As isenções e reduções constantes do presente artigo aplicam -se sem prejuízo das isenções e reduções previstas no artigo 6.º do presente Regulamento.

Artigo 16.ºFórmulas de cálculo

1 — Nas taxas destinadas a remunerar o serviço administrativo pres-tado, ao VUa são aplicáveis coeficientes que traduzem a complexidade técnica e o encargo administrativo, designadamente os fatores constantes do anexo V e, em certos casos, um coeficiente dependente da superfície de pavimento, no loteamento e edificação, da área de impermeabilização, nas edificações especiais, ou de número de pisos, no caso de demolição, que se traduz no escalão de área (Ea) definido em nota ao anexo I.

2 — Às taxas previstas no número anterior acrescem, para os efeitos descritos no artigo 14.º, e quando aplicáveis:

a) O adicional que resulta da multiplicação dessa taxa por um coe-ficiente (C2) compreendido entre 1 e 2 nos termos da tabela anexa ao presente regulamento que permite que se pondere a natureza da opera-ção urbanística, de forma homogénea em todo o território ou de forma diferenciada consoante a localização;

b) O adicional que onera de forma constante (VUt) cada fração do tempo de realização da operação.

SUBSECÇÃO III

Taxa pela realização, manutenção e reforçode infraestruturas urbanísticas (TRIU)

Artigo 17.ºIncidência

1 — É devida taxa pelas operações de loteamento, de construção, re-construção ou ampliação e alteração de usos que provoquem sobrecargas

Page 84: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33548 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

urbanísticas, destinada a remunerar o investimento público em projetos e obras relativas a realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas primárias e secundárias.

2 — Excluem -se do número anterior as infraestruturas de responsabili-dade municipal cuja utilização seja tributada por via de taxas específicas.

3 — Constituem fatores relevantes para avaliação da sobrecarga das infraestruturas urbanísticas:

a) A criação de superfície de pavimento ou o acréscimo desta em rela-ção à situação legal preexistente, constante do último projeto aprovado, autorizado ou licenciado, de acordo com o léxico e em conformidade com as exigências legais aplicáveis à época;

b) O tipo de uso;c) A qualificação de espaço urbano delimitada na planta de ordena-

mento do Plano Diretor Municipal de Lisboa.

4 — Para efeitos da alínea a) do número anterior, não é contabili-zada na área correspondente à situação legal preexistente a área das edificações que estejam em estado de ruína, como tal atestado pela Câmara Municipal.

Artigo 18.ºIsenções e reduções

1 — A obra de ampliação de edifícios ou suas frações, feita através do aproveitamento de sótão ou da construção de um piso elevado para habitação dentro da altura e cércea máxima admitida no Regulamento do PDML, fica isenta do pagamento da TRIU, até aos limites de 250 m2 de área de construção acrescentada ou de um fogo criado.

2 — As operações urbanísticas nas quais sejam utilizadas as seguintes soluções técnicas beneficiam de uma redução de 5 %, do valor da TRIU por cada uma das soluções implementadas, não podendo, cumulativa-mente, exceder 10 % de redução total e limitando -se, em cada caso, a incidência da TRIU à unidade de intervenção, edifício ou urbanização:

a) Sistema de reciclagem de águas cinzentas para reutilização em usos não potáveis nas áreas comuns dos edifícios;

b) Soluções que conduzam à retenção e aproveitamento de águas plu-viais para regas, lavagens e outras utilizações que não exijam água potável;

c) Mecanismos de aproveitamento de energias alternativas e de so-luções que racionalizem e promovam o aproveitamento de recursos renováveis para a água e energia elétrica.

3 — O titular da licença, ou da admissão da comunicação prévia, bene-ficia de uma redução de 25 % ao valor da TRIU liquidada nos termos do presente Regulamento, mediante prestação de caução, nas seguintes situ-ações de início de obras, a verificar nos termos do artigo 80.º -A do RJUE:

a) Quando as obras de edificação tenham início no prazo de seis meses após a notificação do licenciamento ou da admissão da comunicação prévia da edificação, no momento da conclusão da estrutura da edificação;

b) Quando as obras de edificação tenham início no prazo de 18 me-ses após a notificação do licenciamento ou admissão da comunicação prévia da operação de loteamento que não envolva a realização de obras de urbanização, no momento da conclusão da estrutura da edificação;

c) Quando as obras de Urbanização tenham início no prazo de seis meses, após a notificação do licenciamento ou admissão da comunicação prévia de operação de loteamento com obras de urbanização, a partir do momento da receção provisória.

4 — A redução da TRIU prevista no número anterior incide sobre as obras de edificação ou operações de loteamento cuja notificação do li-cenciamento, ou da admissão da comunicação prévia, ocorra no prazo de dois anos a contar da data da entrada em vigor do presente Regulamento.

5 — A redução do valor da TRIU em 25 % prevista no n.º 3 do pre-sente artigo é sujeita a caução, que é libertada após a verificação do cumprimento das condições a que respeitam os n.os 3 e 4 do presente artigo, mediante requerimento para o efeito.

6 — Do alvará de licença ou da admissão de comunicação prévia das operações urbanísticas, ou de aditamento aos mesmos, deve constar sempre a menção da liquidação, do pagamento e da redução da TRIU, ou da isen-ção quando a ela houver lugar, especificando os condicionamentos a que tal isenção ou redução fica sujeita, nos termos do presente Regulamento.

7 — As isenções e reduções previstas no presente artigo aplicam -se sem prejuízo do disposto no artigo 6.º do presente Regulamento, sendo a caução reduzida em conformidade.

Artigo 19.ºRedução em contrapartida pela realização

de infraestruturas urbanísticas1 — Nas situações previstas nos n.os 1 e 3 do artigo 25.º do RJUE,

ao valor da TRIU calculado nos termos do presente Regulamento é

deduzida uma parte do valor das infraestruturas que o particular se obrigue a realizar e manter.

2 — O valor das infraestruturas referido no número anterior inclui o valor estimado pelo Município para a respetiva realização e o valor atuali-zado dos respetivos encargos de conservação e funcionamento por 10 anos.

3 — A percentagem do valor das infraestruturas a deduzir à TRIU é determinada pela Câmara Municipal, tendo em conta a relação entre a utilização que decorre essencialmente da operação urbanística em causa e a utilidade que aproveita genericamente ao município, não podendo exceder 75 % do valor da infraestrutura, nem 75 % do valor da TRIU.

4 — O valor a deduzir à TRIU consta do contrato celebrado entre a Câ-mara Municipal e o requerente, nos termos do n.º 3 do artigo 25.º do RJUE.

5 — Do alvará de licença, ou da admissão de comunicação prévia, das operações urbanísticas deve constar a menção da isenção da TRIU, ou da redução da mesma, neste caso especificando os condicionamen-tos a que tal redução fica sujeita, nos termos dos números anteriores, e correlativo pagamento parcial.

6 — As reduções previstas no presente artigo aplicam -se sem prejuízo do disposto no artigo 6.º do presente Regulamento.

Artigo 20.ºFórmulas de cálculo

1 — O valor unitário a utilizar no cálculo das taxas destinadas a remu-nerar a realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas é o VUtriu previsto no anexo I do presente Regulamento.

2 — O valor das taxas referidas no número anterior é determinado multiplicando o VUtriu aplicável às diferenças de superfície de pavimento, medidas em m2, e ponderadas pelos fatores referidos no n.º 3 do artigo 17.º, pelos coeficientes previstos no anexo III do presente Regulamento.

3 — Para efeitos de TRIU, a localização em área de usos especiais deve ser alterada quando as características da localização não correspon-dem àquele uso dominante, tomando -se a categoria de espaço urbano que corresponde, na envolvente, às características do local da intervenção e na qual se irá basear, ou se baseou, a análise urbanística da pretensão.

4 — Ainda para efeitos da TRIU, uma vez obtida a licença de utiliza-ção para uma edificação localizada em área a consolidar, as operações urbanísticas subsequentes, para essa edificação, são tomadas como localizadas em área consolidada.

5 — (Revogado.)6 — (Revogado.)7 — (Revogado.)

Artigo 21.º(Revogado.)

SUBSECÇÃO IV

Taxa pela ocupação do domínio público e privado municipaldecorrente de operação urbanística

Artigo 22.ºIncidência

1 — É devida taxa pela ocupação do domínio público e ou privado muni-cipal, destinada a remunerar a sua utilização privativa, quando as condições a observar na execução das operações urbanísticas de obras de urbanização, trabalhos de remodelação de terrenos, obras de edificação ou de demolição incluam a referida ocupação, a qual não deve conter as áreas da infraes-trutura ou do espaço público objeto de obra de criação ou transformação.

2 — A taxa referida no número anterior tem em conta o prazo con-cedido para a ocupação e a extensão do espaço municipal afetado, por área de terreno, dimensões e tipologia da ocupação.

3 — Não poderão, para o efeito de ocupação do domínio público e privado municipal por motivo de obras, ser cobradas quaisquer outras tarifas ou encargos.

Artigo 23.ºIsenções e reduções

1 — No caso especial em que a ocupação do domínio público e privado municipal para obras seja originada, exclusivamente, pela realização de obras de conservação ou de obras isentas de licenciamento ou comunica-ção, quando a ocupação e suas prorrogações não excederem quatro meses o pedido de alvará de licença e a ocupação do domínio público e privado municipal estão isentos do pagamento das taxas previstas no artigo 31.º

2 — Ultrapassado o prazo referido no número anterior, a emissão da licença, os aditamentos à licença para alteração da ocupação e as pror-rogações do prazo estão sujeitos ao pagamento das taxas previstas no artigo 31.º, reduzidas em 50 % do seu valor, podendo ainda beneficiar da redução de taxas prevista nos números seguintes.

3 — A ocupação de domínio púbico e privado municipal decorrente de operação urbanística sujeita a licenciamento ou comunicação, quando

Page 85: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33549

realizada nos traçados urbanos A dos espaços centrais e residenciais, será reduzida em 50 % do seu valor nos primeiros quatro meses.

4 — (Anterior n.º 3.)5 — (Anterior n.º 4.)6 — (Anterior n.º 5.)

Artigo 24.ºFórmulas de cálculo

1 — O valor da taxa prevista na presente subsecção é determinado multiplicando o VUo pelo tempo pelo qual é autorizada a ocupação, tendo como unidade mínima o mês, e ainda pela dimensão da área municipal ocupada, a extensão linear da ocupação, frentes de rua, cabeceiras ou o perímetro, e as unidades de equipamento ou instalações, incluídas no es-paço vedado, ponderados por um coeficiente C1, sendo a taxa o resultado do produto do VUo pelo tempo e pelo somatório das ocupações.

2 — Nos casos em que seja autorizada instalação de objetos fora de área vedada, o valor da taxa é determinado, multiplicando o VUo pelo tempo pelo qual é autorizada a ocupação, pela área municipal ocupada e pelo número de equipamentos autorizados, ponderados pelo coeficiente C1.

3 — Os valores do coeficiente C1 são os constantes do anexo IV do presente regulamento e variam consoante o tipo de ocupação e a zona da cidade em que esta se verifica, de forma a desencorajar ocupações com custos sociais acrescidos.

4 — Para efeitos de taxas, toma -se como referência o prazo cons-tante no pedido de licença de ocupação do domínio público e privado municipal ou, na falta deste requisito obrigatório do requerimento, a calendarização da obra, podendo a Câmara Municipal, por motivo de interesse público, fundamentadamente, impor um prazo diverso.

5 — A ocupação pelo facto de estar intrinsecamente ligada a uma obra não pode terminar em data posterior à do termo da licença de obras a que respeita, salvo na situação prevista no artigo 14.º, n.º 4, do RMUEL.

6 — O aditamento à licença de ocupação do domínio público e privado municipal inicial, para prorrogação do prazo, está sujeito ao pagamento das taxas que resultarem para a ocupação em causa no período suple-mentar, decorrendo este prazo a partir da data do termo da licença inicial.

7 — Caso haja alteração à ocupação, o aditamento à licença está sujeito ao pagamento das taxas devidas pela nova ocupação, contando o prazo a partir da data de verificação da alteração.

CAPÍTULO IIDas taxas relacionadas com a atividade urbanística

e operações conexas em especial

Artigo 25.ºTaxa pela emissão de informação prévia

É devida taxa pelo pedido de informação prévia sobre:a) Realização duma operação de loteamento, de obras de urbanização

ou de trabalhos de remodelação de terreno;b) Realização de obras de edificação.

Artigo 26.ºLoteamentos e obras de urbanização e trabalhos

de remodelação de terreno1 — É devida taxa pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo

pedido de alvará de licença, de:a) Loteamento sem obras de urbanização;b) Loteamento com obras de urbanização;c) Execução de obras de urbanização não incluídas em loteamento;d) Trabalhos de remodelação de terreno;e) Obras de urbanização, em área abrangida por operação de loteamento;f) Licença especial para a conclusão das obras de urbanização inaca-

badas nos termos do artigo 88.º do RJUE;g) Licença especial para a conclusão de obras de remodelação de

terrenos inacabadas nos termos do artigo 88.º do RJUE.

2 — É ainda devida taxa:a) Por aditamentos aos projetos de loteamento ou de obras de ur-

banização;b) Pela renovação de licença ou de admissão de comunicação de lote-

amento com obras de urbanização, de obras de urbanização ou trabalhos de remodelação de terrenos não incluídos em loteamento;

c) Pela alteração às comunicações e às licenças previstas no número anterior;

d) Pela emissão do alvará de licença das operações urbanísticas pre-vistas no número anterior;

e) Pela alteração à operação de loteamento durante a execução de obras de urbanização;

f) Pelas prorrogações de prazo de execução de obras de urbanização e de trabalhos de remodelação de terreno;

g) Pela receção, provisória ou definitiva, de obras de urbanização.

3 — (Revogado.)Artigo 27.º

Edificações e demolições1 — É devida taxa pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo

pedido de alvará de licença de:a) Obras de edificação;b) Obras de edificação com impactes semelhantes a uma operação

de loteamento;c) Obras de demolição;d) Conclusão de obras de edificação inacabadas nos termos do ar-

tigo 88.º do RJUE.

2 — É ainda devida taxa:a) Por aditamento aos projetos de arquitetura ou de engenharia de

especialidades;b) Pela alteração às comunicações e às licenças previstas no número anterior;c) Pela emissão do alvará de licença das operações urbanísticas pre-

vistas no número anterior;d) Pela alteração à licença ou comunicação de edificação durante a

execução de obras;e) Pelas prorrogações de prazo de execução de obras de edificação;f) Pela antecipação de trabalhos de demolição ou de escavação e

contenção periférica, nos termos do artigo 81.º do RJUE;g) Pela renovação da licença e da admissão de comunicação de obras

de edificação.

3 — No caso de licença de edificação com execução de obra por fases, as componentes da taxa referidas no n.º 1 são calculadas relativamente a cada fase.

4 — No caso da licença parcial para a construção de estrutura, a taxa a que se refere o n.º 1 é calculada na totalidade, nos termos do n.º 4 do artigo 116.º do RJUE.

Artigo 28.ºCasos particulares de edificação e instalação

1 — É devida taxa pelo pedido de informação prévia sobre a realização de obras de edificação de:

a) Muros de suporte, ou outras vedações confinantes com a via ou dela divisíveis;

b) Postos de abastecimento de combustíveis ou unidades de abaste-cimento de gás e eletricidade, ou de unidades de lavagem de veículos;

c) Bases de sustentação de antenas de telecomunicações;d) Piscinas ou tanques não associados à edificação principal e campos

de jogos ou outros recintos.

2 — É devida taxa pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo pedido de alvará de licença de obras de edificação de:

a) Muros de suporte, ou outras vedações confinantes com a via ou dela divisíveis;

b) Postos de abastecimento de combustíveis;c) Unidades de abastecimento de gás e ou de eletricidade;d) Unidades de lavagem de veículos;e) Base de sustentação de antena de telecomunicações;f) Piscina ou tanque e campo de jogos ou outros recintos.

3 — É ainda devida taxa:a) Por aditamento aos projetos de arquitetura ou de engenharia de

especialidades;b) Pela alteração às licenças previstas no número anterior.

4 — Os postos de abastecimento referidos nos n.os 1 e 2 do presente artigo são áreas de abastecimento simultâneo, correspondendo estas ao número de carros que podem ser abastecidos em simultâneo.

Artigo 29.ºAutorização de utilização de edifícios e suas frações

1 — É devida taxa pelo pedido de admissão de comunicação ou de alvará de autorização, de:

a) Utilização de edifícios e suas frações;b) Alteração de utilização de edifícios e suas frações sem realização

de obras ou com realização de obras isentas de licenciamento ou co-municação prévia;

Page 86: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33550 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

c) Arrendamento para fins não habitacionais de prédios ou frações não licenciados, nos termos do n.º 4 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 160/2006, de 8 de agosto.

2 — É ainda devida taxa pela emissão do alvará de autorização das operações urbanísticas previstas no número anterior.

Artigo 30.ºTaxa para realização, manutenção e reforço

de infraestruturas urbanísticas1 — Nos atos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 26.º, nas

alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 27.º e no n.º 1 do artigo 29.º, é devida TRIU quando se verifiquem os pressupostos previstos no artigo 17.º do presente Regulamento.

2 — É ainda devida TRIU nos casos de alteração aos atos referidos no número anterior quando se verifiquem os pressupostos previstos no artigo 17.º

3 — Nos casos de renovação de licença de loteamento ou edificação, a emissão do respetivo alvará deve ser precedida do pagamento da TRIU quando a caducidade tenha ocorrido nos termos dos n.os 1 ou 2 do ar-tigo 17.º do RJUE e a taxa não tenha sido anteriormente paga.

Artigo 31.ºOcupação do domínio público e privado municipal

decorrente de operação urbanística1 — É devida a taxa prevista no artigo 13.º:a) Pelo pedido de licença de ocupação do domínio público e ou

privado municipal;b) Pelo aditamento à licença para alteração da ocupação;c) Pela prorrogação do prazo da licença de ocupação do domínio

público e ou privado municipal.

2 — Pela ocupação do domínio público e privado municipal resultante das licenças previstas no número anterior é devida a taxa prevista no artigo 22.º, quando exista ocupação com:

a) Resguardo ou tapume;b) Andaime;c) Outros equipamentos, designadamente tubos de descarga de entulho

ou materiais, depósito de entulho ou materiais, gruas ou guindastes e máquinas e aparelhos elevatórios;

d) Instalações.

CAPÍTULO IIINormas especiais sobre liquidação e cobrança

Artigo 32.ºExtinção da relação jurídica tributária

As relações jurídicas tributárias constituídas ao abrigo do presente Regulamento extinguem -se através do pagamento das taxas devidas, ou de outras formas de extinção previstas na lei.

Artigo 33.ºLiquidação e pagamento

1 — As taxas a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º são liquidadas e pagas no momento da apresentação do pedido, salvo o disposto nos números seguintes.

2 — Na apreciação dos processos, devem os serviços verificar a regula-ridade da liquidação realizada nos termos do número anterior, e proceder à respetiva revisão em caso de erro até ao momento da decisão sobre a operação.

3 — As taxas a que se referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 11.º, bem como os valores adicionais a que se refere o artigo 14.º, são liquidados com o deferimento do pedido, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

4 — Nas operações sujeitas a comunicação prévia a liquidação dos valores adicionais a que se refere o artigo 14.º ocorre no momento em que os serviços municipais se pronunciam sobre a operação comunicada, ou no momento da autoliquidação pelo particular, caso não exista resposta dentro do prazo legal.

5 — A liquidação e pagamento das taxas previstas no n.º 4 do artigo 13.º do presente regulamento ocorre no momento da apresentação do pedido e, ainda, antes da emissão do alvará, quando a vistoria constitua procedimento essencial à emissão do mesmo, nos termos da lei.

Artigo 34.ºPagamento a prestações

1 — É admissível o pagamento da TRIU em prestações até ao termo do prazo de execução fixado no alvará, desde que seja prestada caução nos termos do

disposto no artigo 54.º do RJUE e desde que o valor de cada prestação não seja inferior a 1 Unidade de Conta, fixada nos termos do Decreto -Lei n.º 212/89, de 30 de junho, conjugado com o Decreto -Lei n.º 34/2008, de 26 de fevereiro.

2 — Os pedidos de pagamento em prestações devem conter a iden-tificação do requerente, o número do processo a que se reportam e, ainda, e o número de prestações pretendidas, bem como os motivos que fundamentam o pedido.

3 — O pagamento de cada prestação deverá ocorrer durante o mês a que esta corresponder.

4 — A falta de pagamento de qualquer prestação implica o vencimento imediato das seguintes, sendo executada a caução.

Artigo 35.º

Prazo para pagamento

O prazo para pagamento voluntário das taxas a que se referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 11.º e o artigo 14.º do presente Regulamento é de 30 dias, a contar da notificação para pagamento efetuada pelos serviços competentes, salvo nos casos em que nos termos do RJUE é fixado um prazo para requerer emissão do alvará, situação em que o limite do prazo para pagamento coincide com o limite do prazo para a emissão do alvará.

Artigo 36.º

Contagem dos prazos

1 — Os prazos relativos ao procedimento tributário decorrente de operações urbanísticas são contínuos, isto é, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados.

2 — O prazo que termine em sábado, domingo ou feriado transfere -se para o 1.º dia útil imediatamente seguinte.

Artigo 37.º

Falta de pagamento no prazo

1 — O procedimento extingue -se pela falta de pagamento, no prazo devido, de quaisquer taxas devidamente liquidadas e notificadas, salvo se o sujeito passivo deduzir reclamação ou impugnação e prestar, nos termos da lei, garantia idónea.

2 — Os interessados podem obstar à extinção do procedimento se realizarem o pagamento em dobro da quantia em falta nos 10 dias seguintes ao termo do prazo fixado para o seu pagamento.

CAPÍTULO IVNormas finais e transitórias

Artigo 38.º

Norma revogatória

1 — Com a entrada em vigor do presente Regulamento é revogada a de-liberação n.º 20/AM/2003, publicada em suplemento ao Boletim Municipal n.º 489, de 3 de julho de 2003, aviso n.º 6266/2003, apêndice n.º 122/2003, do Diário da República, 2.ª série, n.º 186, de 13 de agosto de 2003.

2 — São revogadas todas as isenções e reduções de taxas relacionadas com atividades urbanísticas e operações conexas previstas em instru-mentos jurídicos anteriores que se integrem no âmbito de incidência objetiva do presente Regulamento.

Artigo 39.º

Regime transitório

1 — O disposto no presente Regulamento, designadamente as normas de incidência e fórmulas de cálculo das taxas aplica -se aos proces-sos pendentes nos quais não tenha havido ainda liquidação da taxa.

2 — Nos casos em que já houve liquidação antes da entrada em vigor do presente Regulamento, a atualização e a correção, caso a elas houver lugar, são feitas pelo regime em vigor à data da liquidação.

3 — Aos processos de autorização de edificação admitidos antes da entrada em vigor da nova redação do RJUE é aplicável a taxa prevista para os processos de licenciamento.

4 — (Revogado.)

Artigo 40.º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

Page 87: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33551

ANEXO I

Fórmulas de cálculo das taxas sobre atividades urbanísticase operações conexas e os valores unitários (VU)

Valores Unitários (atualizados anualmente, através do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro) uti-lizados no cálculo das Taxas

VUa = 90,00€

VUo = 12,50€

VUt = 22,50€

VUtriu

= 19,35€

Artigo

Operação Urbanística: Operações de Loteamento, Obras de Urbanização

e Trabalhos de Remodelação de Terrenos

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

25º, a)

Pedido de informação prévia sobre realização duma operação de loteamento, de obras de urbanização ou de trabalhos de remodelação de terrenos*

4 x VUa

Taxas devidas pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo

pedido de alvará de licença: 26º, nº 1, a); 26º, nº 2, c)

loteamento sem obras de urbanização e o aditamento de alteração (5 x Ea x VUa) x C2 TRIU

26º, nº 1, b); 26º, nº 2, c)

loteamento com obras de urbanização e o aditamento de alteração (5 x Ea x VUa) x C2 + (T xVUt) TRIU

26º, nº 1, c); 26º, nº 2, c)

execução das obras de urbanização não incluídas em loteamento e o aditamento de alteração.

(3 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 1, d); 26º, nº 2, c)

trabalhos de remodelação de terrenos e o aditamento de alteração (2 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 1, e); 26º, nº 2, c)

obras de urbanização, em área abrangida por operação de loteamento, e o aditamento de alteração

(3 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 1, f) especial para a conclusão das obras de urbanização inacabadas nos termos do artigo 88º do RJUE

(3 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 1, g) especial para a conclusão de obras de remodelação de terrenos inacabadas nos termos do artigo 88º do RJUE

(2 x VUa) + (T x VUt)

NotaEm regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-

forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

* O exercício do direito à informação não é taxado.Realça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da

apresentação do pedido.Variáveis

T: Prazo (em meses) para execução das obras ou ocupação do domínio público e privado municipal (que não pode ultrapassar o prazo das obras)

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

Coeficiente C2: Diferencia as intervenções de acordo com a locali-

zação (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e a operação urbanística. O seu valor é obtido a partir da Matriz C

2, no Anexo II.

No caso das operações de loteamento e obras de urbanização deve ser considerado o coeficiente de Construção aplicável.

VUa e VU

t são Valores Unitários atualizados anualmente, através

do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo

Operação Urbanística: Operações de Loteamento, Obras de Urbanização e

Trabalhos de Remodelação de Terrenos

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

26º, nº 2, a) Aditamento aos projetos de loteamento ou de obras de urbanização

2 x VUa

26º, nº 2, b)

Renovação da licença ou da admissão de comunicação de loteamento com obras de urbanização (alvará de licença para efeitos dos nº 1 e 2 do artigo 72º do RJUE)

(3 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

26º, nº 2, b)

Renovação da licença ou da admissão de comunicação para execução das obras de urbanização não incluídas em loteamento

(3 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 2, b)

Renovação da licença ou da admissão de comunicação para trabalhos de remodelação de terrenos não incluídos em loteamento

(2 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 2, d)

Pelo pedido de emissão de alvará de licença ou o seu aditamento de Operações de Loteamento (nos termos do Artº 76º, nº 3 do RJUE) em operações de loteamento que constituam menos de 10 lotes 2 x VUa

em operações de loteamento que constituam 10 ou mais lotes 3 x Vua

Artigo

Operação Urbanística: Operações de Loteamento, Obras de Urbanização e

Trabalhos de Remodelação de Terrenos

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

26º, nº 2, d)

Pelo pedido de emissão de alvará de licença ou o seu aditamento de Obras de Urbanização e Trabalhos de Remodelação de Terrenos

VUa

26º, nº 2, e) Pedido de alteração à operação de loteamento durante a execução de obras de urbanização

(5 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

26º, nº 2, f) 1ª prorrogação do prazo de execução das obras de urbanização ou de trabalhos de remodelação de terrenos

(2 x VUa) + (T x VUt)

26º, nº 2, f) 2ª prorrogação do prazo de execução das obras de urbanização ou de trabalhos de remodelação de terrenos

(2 x VUa) + (T x 1,2 x VUt)

26º, nº 2, g) Receção provisória ou definitiva de obras de urbanização

4 x VUa

26º, nº 3

Pedido de alvará de licença de loteamento com execução das obras de urbanização por fases (conforme parâmetros de cada fase)

(3 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

NotaEm regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-

forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

Realça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da apresentação do pedido.

Variáveis:T: Prazo (em meses) para execução das obras ou ocupação do do-

mínio público e privado municipal (que não pode ultrapassar o prazo das obras)

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

Coeficiente C2: Diferencia as intervenções de acordo com a locali-

zação (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e a operação urbanística. O seu valor é obtido a partir da Matriz C

2, no Anexo II.

No caso das operações de loteamento e obras de urbanização deve ser considerado o coeficiente de Construção aplicável.

VUa e VU

t são Valores Unitários atualizados anualmente, através

do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo Operação Urbanística: Obras de Edificação e de Demolição

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

25º, b) Pedido de informação prévia sobre realização de obras de edificação*

3 x VUa

Taxas devidas pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo

pedido de alvará de licença: 27º, nº1, a); 27º, nº2, b)

obras de edificação e o aditamento de alteração (4 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

27º, nº1, b); 27º, nº2, b)

obras de edificação com impactes semelhantes a loteamento e o aditamento de alteração

(4 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

27º, nº1, c); 27º, nº2, b)

obras de demolição e o aditamento de alteração (3 x Ea x VUa) + (T x VUt)

27º, nº1, d) especial para a conclusão de obras de edificação inacabadas nos termos do artigo 88º do RJUE

(4 x VUa) + (T x VUt)

27º, nº2, a) Aditamento aos projetos de arquitetura ou de especialidades

VUa

27º, nº2, c) Pedido de emissão de alvará de licença de obras de edificação ou de demolição

VUa

27º, nº2, d) Pedido de alteração à comunicação ou à licença de obras de edificação durante a execução das obras

(4 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

27º, nº2, e) 1ª prorrogação de prazo de execução das obras de edificação

(2 x VUa) + (T x VUt)

27º, nº2, e) 2ª prorrogação de prazo de execução das obras de edificação

(2 x VUa) + (T x 1,2 x VUt)

27º, nº2, f)

Pedido de antecipação de trabalhos de demolição ou escavação e contenção periférica nos termos do artigo 81º do RJUE

2 x VUa

27º, nº2, g) Pedido de renovação da licença (ou autorização) e da admissão da comunicação de obras de edificação

(4 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

27º, nº2, g)

Pedido de renovação da licença (ou autorização) e da admissão da comunicação de obras de edificação com impactes semelhantes a loteamento

(4 x Ea x VUa) x C2 + (T x VUt) TRIU

NotaEm regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-

forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

* O exercício do direito à informação não é taxadoRealça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da

apresentação do pedido.

Page 88: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33552 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Variáveis

T: Prazo (em meses) para execução das obras ou ocupação do do-mínio público e privado municipal (que não pode ultrapassar o prazo das obras)

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

Coeficiente C2: Diferencia as intervenções de acordo com a locali-

zação (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e a operação urbanística. O seu valor é obtido a partir da Matriz C

2, no Anexo II.

VUa e VU

t são Valores Unitários atualizados anualmente, através

do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo Operação Urbanística: Obras de Edificação de Instalações Especiais

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

28º, nº1, a) a d)

Pedido de informação prévia para realização de obras de edificação, nos casos particulares*

3 x VUa

Taxas devidas pelo pedido de admissão de comunicação ou pelo

pedido de alvará de licença:

28º, nº2, a); 28º, nº3, b)

construção ou de alteração de muros de suporte ou vedações e o aditamento de alteração

(2 x L/10 x VUa) + (T x VUt)

28º, nº2, b); 28º, nº3, b)

obras de edificação de postos de abastecimento de combustíveis e o aditamento de alteração

2 x (1+ 1/4 (nupc -1)) x VUa + (T x VUt)

28º, nº2, c); 28º, nº3, b)

instalação de unidades de abastecimento para gás e/ou eletricidade e o aditamento de alteração

2 x (1+ 1/4 (nupc -1)) x VUa + (T x VUt)

28º, nº2, d); 28º, nº3, b)

instalação de unidades de lavagem de veículos e o aditamento de alteração

2 x (1+ 1/4 (nupc -1)) x VUa + (T x VUt)

28º, nº2, e); 28º, nº3, b)

bases de sustentação de antenas de telecomunicações e o aditamento de alteração

2 x (1+ 1/4 (nat -1)) x VUa + (T x VUt)

28º, nº2, f); 28º, nº3, b)

construção e de alteração ou demolição de piscinas ou tanques, de campos de jogos ou outros recintos e o aditamento de alteração

(3 x Ea x VUa) x C2

Nota

Em regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

* O exercício do direito à informação não é taxadoRealça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da

apresentação do pedido.Variáveis

T: Prazo (em meses) para execução das obras ou ocupação do do-mínio público e privado municipal (que não pode ultrapassar o prazo das obras)

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

L: extensão do muro ou vedação em metros lineares nupc: unidades de abastecimento ou de lavagem criadas no posto de combustíveis (ou diferença de unidades em relação à situação legal anterior), corres-pondendo estas ao número de carros que podem ser abastecidos ou lavados em simultâneo

Coeficiente C2: Diferencia as intervenções de acordo com a locali-

zação (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e a operação urbanística. O seu valor é obtido a partir da Matriz C

2, no Anexo II.

VUa e VU

t são Valores Unitários atualizados anualmente, através

do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo Operação Urbanística: Autorização de Utilização

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

29º, nº1, a) e b)

Pedido de admissão de comunicação ou de alvará de autorização de utilização de edifícios ou suas frações e alteração de utilização sem realização de obras ou com obras isentas de comunicação e licença

(3 x Ea x VUa) TRIU

29º, nº1, a) e b)

Pedido de comunicação ou de alvará de autorização de utilização nos casos abrangidos por legislação especial

(4 x Ea x VUa) TRIU

29º, nº1, a) e b) e 13º, nº 1 e 4

acresce quando a emissão do alvará de autorização de utilização está condicionada pela realização de vistoria (acrescido de valor complementar, devido por cada fogo ou unidade de ocupação, para além da 1ª)

(VUa)/2 + [(nu-1) x (VUa)/10] = (nu+4) x (VUa)/10

29º, nº1, c) Pedido de emissão de alvará de autorização de utilização

VUa

NotaEm regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-

forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

Realça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da apresentação do pedido.

VariáveisE

a: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

Nu: unidades de utilização (fogos, lojas, armazéns, …) abrangidas por vistoria, para emissão de alvará de autorização de utilização

Coeficiente C2: Diferencia as intervenções de acordo com a locali-

zação (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e a operação urbanística. O seu valor é obtido a partir da Matriz C

2, no Anexo II.

VUa é o Valor Unitário atualizados anualmente, através do Regu-

lamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano finan-ceiro.

Artigo Operação Urbanística: Ocupação do Domínio Público e privado Municipal

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

31º, nº1, a)

Pedido licença de Ocupação do Domínio Público e Privado Municipal, bem como do seu aditamento

3 x VUa

31º, nº1, b) Aditamento à licença para alteração da ocupação

3 x VUa

31º, nº1, c)

Pedido de Prorrogação do prazo de Licença de Ocupação do Domínio Público e Privado Municipal

2 x VUa

acresce a estes valores, quando existe ocupação por:

31º, nº2, a) resguardo ou tapume [S x c1] x T x VUo31º, nº2, b) andaime L x c1 x (p2 – p1) x T x VUo

31º, nº2, c)

outros equipamentos (por unidade), como tubos de descarga, depósitos de entulho, gruas, guindastes, máquinas e aparelhos elevatórios

U x c1 x T x VUo

31º, nº2, d) instalações de apoio ao estaleiro [Usolo + (Uelevadas x 0,2)] x c1

x T x VUo 31º, nº2, d) stands de vendas [S x c1 + U x c1] x T x VUo

Ocupação do Domínio Público e Privado Municipal para obras de

conservação e isentas de licenciamento ou comunicação

31º, nº3 nos primeiros 4 meses Isentas

31º, nº4, nº 1 e nº 2 por cada mês para além de quatro.

50% dos valores das fórmulas anteriores

NotaEm regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-

forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

Realça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da apresentação do pedido.

VariáveisT: Prazo (em meses) para execução das obras ou ocupação do do-

mínio público e privado municipal (que não pode ultrapassar o prazo das obras)

S: Área (em m2) de ocupação de espaço públicoL: extensão da ocupação de espaço público (soma das frentes dos

andaimes)U: número de unidades de equipamentos ou instalações que ocupam

o domínio público e privado municipal, podendo neste caso distingui-rem-se as unidades no solo ou elevadas p1: número de pisos do edifício cobertos por tapumes p2: número total de pisos do edifício

Coeficiente C1: Diferencia as intervenções de acordo com a loca-lização (Área e Categoria de Classe de Espaço do PDM) e o perfil de ocupação. O seu valor é obtido a partir da Matriz C1, no Anexo IV.

VUa, VU

t e VU

o são Valores Unitários atualizados anualmente, atra-

vés do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano financeiro.

Artigo Operação Urbanística: Serviços específicos relacionados

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

13º Marcação de alinhamento e nivelamento (terreno) 4 x Ea x VUa

13º Emissão de certidão de destaque 2 x VUa

13º Certidão para efeitos de propriedade horizontal

VUa

13º Certificação de estado de conservação VUa

13º Certidão de demolição 2 x VUa

13º Certificação de Parcela constituída por Plano de Pormenor, para efeitos registais 3 x Vua

Page 89: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33553

Artigo Operação Urbanística: Serviços específicos relacionados

Incidência Objetiva (Artigo 4º) a) b) c)

13º Averbamentos ao Alvará de Utilizaçãio decorrentes de legislação específica

VUa

13º

Averbamentos de Substituição de requerente ou de técnico autor ou diretor de obra ou de empreiteiro

VUa

13º Abertura de novo Livro de Obra VUa

Nota

Em regra, a primeira parcela da fórmula corresponde ao Fator de Es-forço associado ao tipo de procedimento administrativo em tramitação. Valores assumidos: 1; 2; 3; 4; 5 (valores fundamentados no Anexo V do presente Regulamento)

Realça-se a negrito a parcela da taxa que é paga no momento da apresentação do pedido.

Variáveis

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

VUa é um Valor Unitário atualizados anualmente, através do Re-

gulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano fi-nanceiro.

Nota

Ea: Escalão de área, definido a partir da superfície de pavimento (área

bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da área bruta do fogo ou da área de construção (medida em m2), consoante a Unidade de Intervenção.

No caso de operação de loteamento ou de obras de edificação define-se consoante a unidade intervencionada (no mínimo fogo(s), piso(s) ou edifício(s)):

Escalões<=

150m2>150m2 e <= 600m2

>600m2 e <= 1.200m2

>1.200m2 e <= 2.500m2

>2.500m2 e <= 5.000m2

>5.000m2 e <= 10.000m2

>10.000m2 e <= 20.000m2

Ea 1 1,6 2,2 3 4 5 6

>20.000m2 e <= 40.000m2

>40.000m2 e <= 80.000m2

>80.000m2 e <= 160.000m2 > 160.000m2

7 8 9 10

No caso das demolições (Artigo 27.º, n.º 1, c) e Artigo 27.º, n.º 2,b)) este escalão é aferido com base no número de pisos demolidos (no total de todas as edificações demolidas)

Escalões 1 piso +1 piso e

até 4 pisos+4 piso e

até 8 pisos + 8 pisos Ea 1 1,6 2,2 3

No caso das Edificações Especiais (Artigo 28.º, n.º 2, f)) este escalão é aferido com base na área de impermeabilização

Escalões <= 100m2>100m2 e <= 500m2

>500m2 e <=

1.250m2> 1.250

m2Ea 1 1,6 2,2 3

ANEXO II

Tabela de coeficientes adicionais da taxa pela prática de atosadministrativos e técnicos para o controlo

prévio de operações urbanísticas e atividades conexas, C2

Categoria C2

Construção 2,0 Ampliação 1,5 Alteração 1,0 Utilização 1,0

ANEXO III

Tabela de coeficientes da taxa pela realização, manutençãoe reforço de infraestruturas urbanísticas, C3

TRIUFórmulasTRIU = ∑ (A x C

3) x VU

triu

Variáveis

A: superfície de pavimento (medida em m2), acrescida pela operação de loteamento, pela edificação ou utilização, por categoria de espaço urbano.

Coeficiente C3: Diferencia as intervenções de acordo com a loca-

lização (Qualificação de espaço urbano do PDM. O valor para cada categoria de espaço é obtido a partir da Matriz C

3.

VUtriu

é o Valor Unitário atualizados anualmente, através do Re-gulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano fi-nanceiro.

C3

Habitação,Turismo,

Equipamento, Terciário,Indústria,Logística

Espaços a Consolidar 3,0

Espaços Consolidados 4,0

ANEXO IV

Tabela de coeficientes da taxa de ocupação do domínio público e privado municipal, C1

C1

Qualificação de Espaço Urbano

EspaçosConsolidados:

Espaços Centrais e Residenciais –

Traçado Urbano A e B, Espaços

Verdes de Recreio e Produção,

Espaços Verdes de Proteção e

Conservação, Espaços de Usos

Especiais de Equipamentos,

Espaços de Usos Especiais de

Equipamentos (com Área verde Anexa), Espaços de Usos Especiais

Ribeirinhos

EspaçosConsolidados:

Espaços Centrais e Residenciais – Traçado Urbano C e D, Espaços de Atividades Económicas,

Espaços Verdes de

Enquadramento a Infraestruturas

Viárias, Espaços Verdes

Ribeirinhos,Espaços de Usos

EspeciaisInfraestruturas,

Espaços a Consolidar:

Espaços Verdes de Recreio e Produção.

Espaços a Consolidar:

Espaços Centrais e Residenciais,Espaços de Atividades

Económicas, Espaços de Usos

Especiais de Equipamentos e Espaços de Usos

EspeciaisRibeirinhos

Na frente do prédio

Outralocalização

Na frente do prédio

Outralocalização

Na frente do prédio

Outralocalização

Resguardo ou tapume (área ocupada) 0,65 0,70 0,60 0,65 0,55 0,60Andaime (metro linear) 0,20 0,15 0,12 Tubos de descarga de entulhos (unidade) 9,00 7,00 6,00

Depósitos de entulho ou materiais

Dentro do tapume (unidade) 9,00 12,00 7,00 9,00 6,00 8,00 Fora do tapume (unidade) 12,00 15,00 9,00 12,00 8,00 10,00

Outros equipamentos (unidade) 9,00 12,00 7,00 9,00 6,00 8,00 Gruas e guindastes (unidade) 27,00 30,00 21,00 23,00 18,00 20,00 Máquinas e aparelhos elevatórios (unidade) 18,00 21,00 14,00 16,00 12,00 14,00 Instalações: Stand de vendas (área) 1,50 1,50 1,17 1,17 1,00 1,00Instalações: Stand de vendas, escritórios, outras (unidade) 15,00 18,00 12,00 14,00 10,00 12,00

1 — Sempre que as condições a observar na execução das operações urbanísticas de obras de urbanização, trabalhos de remodelação de terrenos, obras de edificação ou de demolição incluam a ocupação do domínio público e privado municipal com tapumes, andaimes, depó-sitos de materiais, equipamentos e contentores ou outras instalações com elas relacionadas, após a aprovação do plano de ocupação nos termos do regulamento em vigor, a emissão do alvará é condição de eficácia da licença.

Page 90: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33554 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

2 — A utilização das instalações, equipamentos ou proteções (ta-pumes e outros resguardos) de obra, como suportes publicitários, não constituindo atividade conexa das operações urbanísticas, o seu licen-ciamento decorre em processo autónomo para esse fim nos termos da regulamentação em vigor, incluindo a de taxas específicas.

3 — O valor unitário Vuo, bem como os coeficientes e as fórmulas de cálculo das taxas, figuram nos quadros apresentados. Os esquemas seguintes destinam-se a clarificar as variáveis que fazem parte das fórmulas para ocupações com tapumes e andaimes.

Tapume ou resguardoPor área de ocupação do domínio público e privado municipalÁrea (m2) = área contida no tapume

AndaimeFrente de cada nível correspondente a pavimento não defendido

por tapumeAndaime (ml) = fr

ANEXO V

Fundamentação do Regulamento Municipal de TaxasRelacionadas com a Atividade

Urbanística e Operações ConexasDespacho n.º 169/P/2006 — versão original (Aviso 11983/2009 DR,

2.ª série, N.º 129, de 7 de julho)

Equipa de trabalho

Coordenação: Engª Isabel PereiraDrª Aurora Silva BarretoDrª Lurdes GomesDr. Nuno Caleia RodriguesDr. João Pedro MartinsDrª Fátima VelezArq. Luís Caetano

Integraram temporariamente esta equipa: Dr. Francisco Cruz e Arq. José Carvalheira

Assessoria Jurídica

Dr. Fernando Rocha Andrade e Dr. Carlos Lobo

Colaboraram no trabalho

Direção Municipal de Finanças

No apoio sistemático à compilação de Informação a Divisão de Informação Financeira e Análise de Projetos do DDEPF

Direção Municipal de Gestão Urbanística

No apoio sistemático à compilação de Informação a Divisão de Monitorização Urbana do DMDIU

Direção Municipal dos Serviços Centrais/Direção Municipal de Atividades Económicas

1.ª Alteração ao Regulamento (Aviso 4606/2011 DR, 2.ª série, N.º 32, de 15 de fevereiro)

Equipa de trabalho: Engª Isabel Pereira, Dr. Nuno Caleia Rodrigues

2.ª Alteração ao RegulamentoEquipa de trabalho: Engª Isabel Pereira, Dr. Nuno Caleia Rodrigues,

Drª Joana Chiotti

Introdução.O n.º 1 do artigo 16.º da Lei n.º 2/2007 (Lei das Finanças Lo-

cais — LFL), de 15 de janeiro, e a alínea c) do n.º 2 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro (Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais — RGTAL), refere a necessidade de apre-sentar a fundamentação económico-financeira para o valor da taxa a definir pelo município. No caso presente, o conjunto das taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas pode ser estruturado em três conjuntos: o das taxas devidas pela reali-zação, manutenção e reforço das infraestruturas urbanísticas; as taxas devidas pela prática de atos administrativos e técnicos para o controlo prévio de operações urbanísticas e atividades conexas; as taxas devidas pela utilização e aproveitamento dos bens do domínio público e privado municipal, decorrente dessa atividade urbanística. A apresentação deste documento será estruturada nesses três grandes conjuntos.

1 — Taxas sobre atividades urbanísticas e operações conexasEsta taxa é devida pela prática de atos administrativos e técnicos no

âmbito dos procedimentos previstos no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, RJUE, para o licenciamento de operações urbanísticas e atividades conexas.

Na 2.ª revisão do presente Regulamento não se alteram os funda-mentos nem o modelo de fixação dos parâmetros referentes às taxas abordadas neste ponto, sendo que apenas se acrescenta a prestação de um novo serviço e se altera o fator de esforço associado a um proce-dimento/serviço.

A alteração ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territo-rial (RJIGT) operada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, veio criar a possibilidade de individualização no registo predial de prédios resultantes de operações de estruturação da compropriedade ou reparcelamento previstas em Plano de Pormenor, com base na certidão do Plano obtida oficiosamente junto da Câmara Municipal. Decorrente desta alteração legislativa, passa a estabelecer-se a taxa a cobrar pela Certificação de Parcela constituída por Plano de Pormenor, para efeitos registais, no âmbito do disposto no Artigo 13.º do presente Regulamento.

Assim, considerando a fundamentação acima referida, estabelece-se um fator de esforço de 3 (equiparado às operações abaixo descritas), que conduz a uma taxa administrativa de 3xVU

a, conforme alteração

ao quadro em Anexo I.Decorrente do processo de monitorização do atual regulamento con-

siderou-se desajustado o fator de esforço que se encontrava associado ao pedido de emissão de alvará de licença de operação de loteamento (nos termos do n.º 3 do artigo 73.º do RJUE e conforme estabelecido na d) do n.º 2 do Artigo 26.º do presente regulamento), passando a considerar-se que em operações de loteamento que constituam menos de 10 lotes esse fator de esforço será de 2 e em operações de lotea-mento que constituam mais de 10 lotes, será de 3, conforme alteração ao quadro em Anexo I.

Assim permanecem como fundamentações os aspetos descritos nos pontos seguintes, não se alterando as componentes das taxas nem o seu valor unitário.

No campo da fundamentação económico-financeira procuramos estabelecer a ligação entre o valor que será cobrado por esta taxa e o custo associado ao serviço administrativo e técnico desencadeado pela atividade urbanística que a originou.

Numa primeira abordagem, cada tipo de procedimento será diferen-ciado consoante a respetiva complexidade técnica e funcional, medida por um fator de esforço simples (que varia entre 1 e 5).

A este valor fixo acresce uma parte variável, que corresponde à inclusão de um coeficiente de complexidade do serviço, associada à dimensão da operação. Neste sentido, quando aplicável, a cada pedido de intervenção corresponde um escalão de área, definido em função da Superfície de Pavimento da obra a licenciar. A cada escalão de área corresponde um coeficiente de agravamento que varia entre 1 e 10. No caso de edificações especiais e de demolições a complexidade do serviço é medida por escalões de unidades ou de área impermeabilizada a licenciar, sendo o coeficiente de agravamento variável entre 1 e 3.

Page 91: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33555

Destas duas parcelas resulta a aferição para cada processo do peso de esforço e complexidade associado ao serviço prestado. Na globali-dade é medida a totalidade do esforço dispendido pelo município nos procedimentos em causa.

O custo associado a uma unidade de esforço dispendida resulta do quociente entre o total da despesa administrativa com a prestação dos serviços e o volume global de esforço e complexidade correspondente, em cada ano.

O município pode, como forma de desincentivo à realização de determinadas práticas urbanísticas aplicar um fator de agravamento à taxa de serviço.

A. Componente das Taxas fundamentadapelos serviços administrativos prestados

A componente da taxa devida pelos serviços administrativos presta-dos é fixada, tendo em conta os custos suportados pela administração no procedimento, considerando-se o tempo dispendido e a exigência técnica e funcional.

i) Apuramento da Despesa Corrente de índole urbanísticaDe acordo com a orgânica dos serviços municipais e com a estrutura

interna e as competências dos serviços, publicadas em DR 2.ª série, n.º 271 apêndice N.º 148-A, através do Aviso n.º 9769-A/2002, de 23 de novembro de 2002, as tarefas de controlo prévio e de licenciamento de operações urbanísticas e atividades conexas estão, desde essa data concentradas na Direção Municipal de Gestão Urbanística (DMGU) e em parte da atividade da Divisão de Análise de Projetos de Urbanismo Comercial (DAPUC) da DMAE (Direção Municipal de Atividades Económicas);

Considerando que a DMGU dedica a sua atividade exclusivamente a assegurar a logística e o desenvolvimento daquelas tarefas;

Considerando que a partir de 2003, foram criados suportes infor-máticos e orgânicos de apoio à gestão urbanística estando estes esta-bilizados em 2005;

O cálculo dos custos dos serviços administrativos prestados, foi referenciado ao universo da DMGU, não incluindo a UPAL (Unidade de Projeto da Alta do Lumiar) — por esta unidade orgânica não estar abrangida pelos suportes informáticos de apoio à gestão urbanística — e por não se poder quantificar os custos da DAPUC, por não ser uma unidade orgânica autonomizada em termos orçamentais.

Consideraram-se apenas os custos da intervenção da DMGU na apre-ciação dos processos, uma vez que a falta duma contabilidade analítica impede o apuramento dos custos, do esforço dispendido e do suporte logístico, relativos a outras orgânicas municipais convocadas para o apoio à decisão em processos. Assim, para cada ano civil considera-se o total dos valores da despesa corrente com Recursos Humanos e da despesa corrente afeta à DMGU, conforme registo dos documentos contabilísticos.

Total da despesa anual da DMGU2005 2006 2007 Média

Despesa corrente em pessoal quadro (mil €) 6.277,9 6.397,2 6.571,0 6.415,4Restante Despesa corrente (mil €) 3.938,0 3.045,7 2.394,3 3.126,0Total de Despesa Corrente (mil €) 10.215,9 9.442,9 8.965,3 9.541,4Rácio (Despesa por Processo (total)) (€) 244,5 225,2 216,4 228,7

O rácio aparente de custo por processo (apresentado nesta tabela), permite apenas ilustrar um ponto de partida. Na análise efetuada desen-volve-se valor de custo para cada tipo de processo a partir do resultado do produto do custo de cada unidade de esforço pelo número de unidades de esforço atribuído ao mesmo.

O cálculo simplificado acima descrito é possível porque a monitoriza-ção das variáveis consideradas em cada ano permitiu concluir que estas não apresentam variações significativas quer nas ocorrências (número total de processos e sua distribuição por tipologia), quer nos valores da despesa, com grande peso da componente de recursos humanos.

A Câmara Municipal de Lisboa ainda não implementou um sistema de contabilidade analítica que possibilite uma correta imputação de custos pelas diferentes unidades orgânicas.

Assim, para apuramento dos custos indiretos considerou-se o universo dos funcionários e colaboradores da Autarquia que trabalham no edifício sede do Campo Grande n.º 25.

Sabendo que no período de 2005 a 2007, pese embora as variações sazonais com deslocalização e recolocação de serviços, o número médio de colaboradores residentes no referido edifício é de 1.811 e que se encontravam diretamente afetos à Direção Municipal de Gestão Urbanística em média 383 pessoas, obtém-se assim o coeficiente 0,2115 funcionários da DMGU para a ocupação do edifício. Este indicador é aplicado proporcionalmente à totalidade dos custos apurados (neste cenário exclui-se a UPAL, pelas razões atrás referidas).

Para esta análise foram incorporados os custos médios operacionais e de manutenção do edifício indicados pelos Serviços Centrais, nomeadamente, comunicações da rede fixa, vigilância e segurança, limpeza, correio e ou-tros serviços externos de expedição, manutenção de elevadores e do sis-tema de ar condicionado. Os custos médios relativos ao consumo de água foram fornecidos pelo Departamento de Contabilidade da CML e os refe-rentes ao consumo de eletricidade pelo Departamento Comercial da EDP.

A despesa relativa a comunicações móveis é imputável em função do número de dirigentes utilizadores de telemóveis de acordo com os plafounds estabelecidos por hierarquia de cargo.

Não foram considerados os custos associados à manutenção da rede informática, uma vez que este serviço é assegurado em simultâneo por colaboradores do Departamento de Modernização Administrativa e Gestão da Informação e por entidades externas ao Município, sendo transversal a toda a Autarquia, mas não quantificável por unidade orgâ-nica. Não foram igualmente considerados os custos relativos a seguros, serviços de jardinagem e de catering. Numa perspetiva conservadora optou-se por estimar estes custos em 10 % da totalidade da despesa afeta à gestão do edifício. Nesta linha não foram igualmente considerados custos relativos a contratos de aluguer de viaturas por não se dispor de dados referentes à taxa de utilização por unidade orgânica.

Este apuramento de custos indiretos associados à prestação de ser-viço, assim que se considerar satisfatório, poderá ser incorporado na Despesa Administrativa associada à prestação de serviços, permitindo corrigir a imputação de custos administrativos à apreciação processual, reduzindo o grau de subvalorização inerente à quantificação baseada estritamente nos custos diretos.

ii) Estabelecimento de Fatores de Esforço associadosa cada grupo de processos

O objetivo central desta análise foi o de apurar o esforço dispendido na atividade administrativa associada a cada conjunto de operações urba-nísticas. Deste modo, procurou-se a diferenciação dos procedimentos ad-ministrativos de apreciação processual em função do tempo dispendido e da exigência técnica e funcional, tomando-se como base o inventário das tipologias de processos existentes, em ambas as orgânicas (DMGU e DAPUC) e atribuindo-se a cada uma a variável Fator de Esforço.

De seguida iremos ilustrar o percurso de determinação do custo associado a uma unidade de esforço. Começou por ser apurado o total de processos entrados por ano, no período 2005 a 2007. Verificando-se que, no cômputo geral, não existiram grandes assimetrias anuais, foram apurados os valores médios para os anos de 2005 a 2007, podendo consultar-se em anexo a discriminação desses valores.

Page 92: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33556 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Total de Processos Entrados 2005 2006 2007 Média

URB 137 112 70 106 EDI 7.963 8.206 6.663 7.611

POL 3.047 2.384 1.485 2.305 OTR 7.883 7.835 8.394 8.037 DOC 9.200 9.395 10.713 9.769 Total 28.230 27.932 27.325 27.829

Correspondência Externa 13.551 13.990 14.112 13.884 Soma 41.781 41.922 41.437 41.713

Conhecendo, para determinado ano civil, o número de processos entrados por cada tipo e diferenciando estes processos correspondentes a serviços remunerados pela taxa administrativa de natureza urbanística (designados por processos nos “assuntos considerados”), em contra-ponto aos processo que não tenham, associados qualquer pagamento de taxas ou que, a terem é uma taxa que de âmbito geral, como sejam os processos de exercício de direitos de reclamação e informação, de certidão genérica ou de consulta e reprodução de documentos, resulta o apuramento constante do quadro seguinte:

Discriminação dos Processos Entrados por Tipo de Assunto

Operação Urbanística Assunto Média (2005/2007)

Total Assuntos Considerados

Certidão Averbamento a Alvará 21 21Certidão Certidão de Destaque de Parcela 15 15Certidão Certificação de propriedade horizontal 125 125Certidão Certificação do Modelo do IMOPPI 58 58Certidão Localização Industrial 7 7Certidão Outra Certidão 3.443 Consulta/Reprodução de Documentos 4.292 Direito à Informação 151 Exposições 1.176 Fiscalização 175 175Horário de Funcionamento Emissão de Mapa de Horário 36 36Horário de Funcionamento Fornecimento de Horário 59 59Horário de Funcionamento Prolongamento de Horário 14 14Prorrogação de Prazo 177 177Queixas 21 DOC Total 9.769 688

Operação Urbanística Assunto Média (2005/2007)

Total Assuntos Considerados

Averbamento Averbamento de Produtos e Alvará Sanitário 13 13Averbamento Substituição de Requerente 113 113Averbamento Substituição do Técnico / Diretor Técnico da Obra 105 105

Entrega de Elementos Elem. para emissão de alvará de lot. ou obras de urbanização 5 5

Entrega de Elementos Elementos para emissão de alvará de obras de edificação 310 310Entrega de Elementos Elementos solicitados ao abrigo dos Art. 89º e 101º do CPA 703 Entrega de Elementos Outros Elementos 4.101 4.101Levantamento de Embargo 14 Licença Parcial de Const. de Estrutura 2 2Ocupação da Via Pública Isenção de entrega de projeto 10 10Ocupação da Via Pública Ocupação de Via Pública para Obra de Conservação 1.398 1.398Ocupação da Via Pública Ocup. de Via Púb. para Obra Lic./Autorizada/Comunicada 443 443Ocupação da Via Pública Prorrogação do Prazo de Licença 0 0Pedido de emissão de alvará 101 101Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Demolição 11 11Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Escavação 11 11Prorrog. da Entrega de Elem. da Licença 51 51Prorrogação de alvará Obras de edificação 419 419Prorrogação de alvará Obras de urbanização 3 3Prorrogação de alvará Ocupação da via pública 146 146Prorrogação de entrega de projeto Projetos de especialidades 77 77Prorrogação de entrega de projetos Projetos de obras de urbanização 1 1Reconhecimento de Deferimento Tácito 2 OTR Total 8.037 7.319

Operação Urbanística Assunto Média (2005/2007)

Total Assuntos Considerados

Alteração de Uso Alteração de Uso com Obras Sujeitas a Comunicação Prévia 14 14Alteração de Uso Alteração de Uso sem Obras 23 23Aut. de Utilização - Equip. e Serv. Públicos 6 6Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao Abrigo do DL 370/99 163 163Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao abrigo do DL 57/2002 277 277Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença para Utilização Turística 10 10Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença/Autorização para Outro Comércio e Serviços 102 102Aut. de Utilização - Habitação 391 391Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença ao Abrigo do DL 370/99 4 4Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença/Autorização para Outra Indústria e Armazenagem 3 3Declaração Prévia ao abrigo do DL 259/2007 15 15Intimação 48 48Licença de Recinto Licença Acidental de Recinto 18 18Licença de Recinto Licença de Recinto 8 8Licença de Recinto Prorrogação de Licença de Recinto 3 3Licença de Recinto Renovação Licença de Recinto 2 2Licença Especial de Ruído 58 58Licença para arrendamento Comercial 2 2Licença para Arrendamento Urbano 786 786Propriedade Horizontal Vistoria para Efeitos de Propriedade Horizontal 309 309Vistoria Vistoria de utilização 1 1Vistoria Vistoria para Alteração de Designação do Fogo de Porteira 63 63Vistoria Vistoria para constituição de propriedade horizontal 0 0POL Total 2.305 2.305

Operação Urbanística Assunto Média (2005/2007)

Total Assuntos Considerados

Alteração 1.177 1.177Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Autorização 5 5Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Comunicação Prévia 33 33Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Licença 166 166Ampliação 408 408Construção 208 208Demolição 227 227Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 82 82Informação Prévia Não está ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 3 3Operações Isentas de Lic. ou Autorização Com. Prévia de Op. Isenta de Licenciamento ou Autorização 470 470Operações Isentas de Lic. ou Autorização Op. Promovidas por Ent. Isentas de Licença ou Autorização 9 Projeto de especialidade Entrega de Projetos de Especialidades 4.822 4.822Reconstrução 0 0EDI Total 7.611 7.602

Operação Urbanística Assunto Média (2005/2007)

Total Assuntos Considerados

Emparcelamento/Reparcelamento 45 45Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 8 8Loteamento 16 16Obras de Urbanização 3 3Projetos de Obras de Urbanização Entrega de Projetos de Obras de Urbanização 34 34Trabalhos de Remodelação de Terrenos 0 0URB Total 106 106

Total Geral 27.829 18.021

Em síntese:

* Processos considerados como passíveis de taxação por análise do tipo de processo e assunto

2005 2006 2007 Média

Número de Processos Entrados 28.230 27.932 27.325 27.829dos quais consideramos* 19.043 18.428 16.591 18.021

peso dos processos considerados face ao total (67,5%) (66,0%) (60,7%) (64,8%)

A atribuição dos fatores de esforço a cada processo-tipo foi efetuada em conjunto com os serviços urbanísticos e tendo por base uma me-todologia empírica, resultado da experiência destes na apreciação dos processos.

Na definição do fator de esforço atribuído a cada processo, seguindo os critérios atrás elencados, impôs-se uma hierarquização em classes de intensidade de esforço, graduadas num número inteiro, entre uma e cinco unidades, que pondera para cada tipo de processo, quando com-parado com o universo de processos, o valor médio correspondente ao exercício das tarefas (sejam estas administrativas ou de análise técnica) e ao suporte logístico associado à tramitação desse tipo de processo.

Considerados os procedimentos inerentes a cada “processo-tipo” e respetivo apoio logístico, a atribuição dos fatores de esforço partiu da previsão legal das etapas de apreciação, decisão e controlo, tais como, a análise geral, a aprovação de arquitetura, a análise de especialidades e deferimento, e a realização de vistoria.

A possibilidade de um procedimento não ser independente, mas ser antecedido de outro como acontece nos casos de um pedido de licenciamento, na sequência de uma informação prévia ou de outro pedido de licenciamento, foi analisada pelos técnicos convocados para a definição dos fatores de esforço. Mais uma vez, tendo por base a ex-periência destes na apreciação dos processos, considerou-se que nessas circunstâncias para uma percentagem muito significativa dos processos não havia economia de procedimentos nem do respetivo apoio logístico, uma vez que para o licenciamento teriam de ser cumpridas as etapas de apreciação, decisão e controlo, tais como, a análise geral, a aprovação de arquitetura, a análise de especialidades e o deferimento. Mesmo no que respeita à consulta de entidades externas, a alteração de escala ou o aprofundamento da solução no caso de informação prévia ou, a alteração do projeto de licenciamento, não prescindem de nova consulta.

O resultado foi a atribuição de uma escala de intensidade de unidades de esforço atribuída a cada tipologia de processo, conforme descrita nos quadros seguintes.

Quantificação das Unidades de Esforço associadas aos processos

Operação Urbanística Assunto Fator

deEsforço

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Averbamento Averbamento de Produtos e Alvará Sanitário 4 51 51Averbamento Substituição de Requerente 1 113 113Averbamento Substituição do Técnico / Diretor Técnico da Obra 1 105 105

Entrega de Elementos Elem. para emissão de alvará de lot. ou obras de urbanização 1 5 5

Entrega de Elementos Elementos para emissão de alvará de obras de edificação 1 310 310

Page 93: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33557

Entrega de Elementos Elementos solicitados ao abrigo dos Art. 89º e 101º do CPA 1 703 Entrega de Elementos Outros Elementos 2 8.201 8.201Levantamento de Embargo 1 14 Licença Parcial de Const. de Estrutura 2 3 3Ocupação da Via Pública Isenção de entrega de projeto 2 21 21Ocupação da Via Pública Ocupação de Via Pública para Obra de Conservação 3 4.194 4.194Ocupação da Via Pública Ocup. de Via Púb. para Obra Lic./Autorizada/Comunicada 3 1.328 1.328Ocupação da Via Pública Prorrogação do Prazo de Licença 1 0 0Pedido de emissão de alvará 1 101 101Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Demolição 2 23 23Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Escavação 2 21 21Prorrog. da Entrega de Elem. da Licença 1 51 51Prorrogação de alvará Obras de edificação 2 837 837Prorrogação de alvará Obras de urbanização 2 5 5Prorrogação de alvará Ocupação da via pública 2 291 291

Prorrogação de entrega de projeto Projetos de especialidades 1 77 77Prorrogação de entrega de projetos Projetos de obras de urbanização 1 1 1Reconhecimento de Deferimento Tácito 2 3 OTR Total 16.460 15.740

Operação Urbanística Assunto Fator

deEsforço

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Operação Urbanística Assunto Fator

deEsforço

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Alteração de Uso Alteração de Uso com Obras Sujeitas a Comunicação Prévia 3 41 41Alteração de Uso Alteração de Uso sem Obras 3 70 70Aut. de Utilização - Equip. e Serv. Públicos 3 18 18Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao Abrigo do DL 370/99 4 651 651Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao abrigo do DL 57/2002 4 1.109 1.109Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença para Utilização Turística 4 39 39Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença/Autorização para Outro Comércio e Serviços 3 307 307Aut. de Utilização - Habitação 3 1.172 1.172Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença ao Abrigo do DL 370/99 4 17 17Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença/Autorização para Outra Indústria e Armazenagem 3 8 8Declaração Prévia ao abrigo do DL 259/2007 1 15 15Intimação 3 145 145Licença de Recinto Licença Acidental de Recinto 2 35 35Licença de Recinto Licença de Recinto 2 15 15Licença de Recinto Prorrogação de Licença de Recinto 2 7 7Licença de Recinto Renovação Licença de Recinto 2 4 4Licença Especial de Ruído 1 58 58Licença para arrendamento Comercial 3 6 6Licença para Arrendamento Urbano 3 2.357 2.357Propriedade Horizontal Vistoria para Efeitos de Propriedade Horizontal 3 926 926Vistoria Vistoria de utilização 3 2 2Vistoria Vistoria para Alteração de Designação do Fogo de Porteira 3 188 188Vistoria Vistoria para constituição de propriedade horizontal 3 1 1POL Total 7.192 7.192

Operação Urbanística Assunto Fator

deEsforço

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Alteração 4 4.707 4.707Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Autorização 4 20 20Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Comunicação Prévia 4 133 133Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Licença 4 664 664Ampliação 4 1.633 1.633Construção 4 831 831Demolição 3 681 681

Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 3 247 247Informação Prévia Não está ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 3 10 10Operações Isentas de Lic. ou Autorização Com. Prévia de Op. Isenta de Licenciamento ou Autorização 3 1.411 1.411Operações Isentas de Lic. ou Autorização Op. Promovidas por Ent. Isentas de Licença ou Autorização 3 26 Projeto de especialidade Entrega de Projetos de Especialidades 2 9.643 9.643Reconstrução 4 1 1EDI Total 20.008 19.982

Operação Urbanística Assunto Fator

deEsforço

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Emparcelamento/Reparcelamento 4 181 181Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 4 32 32Loteamento 5 78 78Obras de Urbanização 3 10 10Projetos de Obras de Urbanização Entrega de Projetos de Obras de Urbanização 2 67 67Trabalhos de Remodelação de Terrenos 2 1 1URB Total 370 370 Total Geral 60.939 44.448Peso das Unidades de Esforço associadas aos Processos considerados face ao total 73%

Atendendo a que, para determinados conjuntos de processos-tipo há uma complexidade de apreciação variável em função da dimensão da operação urbanística, ao valor fixo do Fator de Esforço faz-se acrescer uma parte variável, que corresponde à inclusão de um coeficiente de complexidade do serviço, associada à dimensão da operação. Neste sentido, quando aplicável, a cada pedido de intervenção corresponde um escalão de área, definido em função da Superfície de Pavimento (área bruta de construção excluindo áreas técnicas acima do solo), da Área Bruta de Fogo ou da Área de Construção da unidade de intervenção da obra a licenciar. A cada escalão de área corresponde um coeficiente de agravamento que varia entre 1 e 10.

Escalões<=

150m2>150m2 e <= 600m2

>600m2 e <= 1.200m2

>1.200m2 e <= 2.500m2

>2.500m2 e <= 5.000m2

>5.000m2 e <= 10.000m2

>10.000m2 e <= 20.000m2

Ea 1 1,6 2,2 3 4 5 6

>20.000m2 e <= 40.000m2

>40.000m2 e <= 80.000m2

>80.000m2 e <= 160.000m2 > 160.000m2

Na definição dos escalões de área de construção Ea, os três primeiros

intervalos correspondem à escala das edificações. Considerando uma implantação de 10 metros de frente, por 15metros de profundidade, os 1.º, 2.º e 3.º escalões têm como limites construções de um, quatro e oito pisos, respetivamente. O quarto escalão tem uma escala intermédia que abrange as edificações com impactes semelhantes a loteamento e os loteamentos de pequena dimensão, enquanto os escalões superiores assumem com progressiva exclusividade a escala territorial que é a dos loteamentos. Uns e outros têm limites, para os quais não há qualquer relação com as regras de edificabilidade, mas que respeitam diferentes graus de intensidade de ocupação e urbanização do solo.

Como resultado obtemos uma nova leitura do fator de esforço asso-ciado a cada tipologia de processo que adiante designamos de Fator de Esforço Ponderado pela área de construção (quando aplicável). Aten-dendo a que nem sempre se encontra atribuída e validada, informatica-mente, a área de construção associada ao processo entrado, para efeitos de estimativa do volume de unidades de esforço ponderadas dispendidas em média para a apreciação dos processo entrados num ano, conside-rou-se a distribuição, por escalão de área, dos processos para os quais foi calculada licença em 2006 e 2007. Desta distribuição resulta um coeficiente de agravamento esperado (resultado da média ponderada dos coeficientes atribuídos a estes processo por escalão de área) de 2,427.

Assim, definindo os valores dos fatores de esforço atribuídos aos di-ferentes tipos de processos, com o respetivo agravamento associado ao escalão de área, pode apurar-se o total de unidades de esforço dispendidas para a completa apreciação dos processos entrados em cada ano. Na tabela seguinte indica-se para cada tipo de processo, o fator de esforço associado e a média anual de unidades de esforço dispendidas para o período em análise. Este fator de esforço foi, quando aplicável, agravado pelo escalão de área. Para esse efeito, de acordo com a informação de área de construção associada aos processos para os quais foram calculadas taxas nos anos de 2006 e 2007, tomou-se a distribuição dos mesmos pelos escalões de área atrás referidos, para apurar a média ponderada deste coeficiente.

Quantificação das Unidades de Esforço Ponderadasassociadas aos processos

Operação Urbanística Assunto Fator de Esforço

Ponderado

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Certidão Averbamento a Alvará 1 21 21Certidão Certidão de Destaque de Parcela 2 30 30Certidão Certificação de propriedade horizontal 1 125 125Certidão Certificação do Modelo do IMOPPI 1 58 58Certidão Localização Industrial 1 7 7Certidão Outra Certidão 1 3.443

Consulta/Reprodução de Documentos 2 8.583 Direito à Informação 1 151 Exposições 3 3.528 Fiscalização 2 350 350Horário de Funcionamento Emissão de Mapa de Horário 2 72 72Horário de Funcionamento Fornecimento de Horário 2 117 117Horário de Funcionamento Prolongamento de Horário 2 29 29Prorrogação de Prazo 2 355 355Queixas 2 41 DOC Total 16.910 1.164

Operação Urbanística Assunto Fator de Esforço

Ponderado

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Averbamento Averbamento de Produtos e Alvará Sanitário 4 51 51Averbamento Substituição de Requerente 1 113 113Averbamento Substituição do Técnico / Diretor Técnico da Obra 1 105 105

Entrega de Elementos Elem. para emissão de alvará de lot. ou obras de urbanização 1 5 5

Entrega de Elementos Elementos para emissão de alvará de obras de edificação 1 310 310Entrega de Elementos Elementos solicitados ao abrigo dos Art. 89º e 101º do CPA 1 703 Entrega de Elementos Outros Elementos 2 8.201 8.201Levantamento de Embargo 1 14 Licença Parcial de Const. de Estrutura 2 3 3Ocupação da Via Pública Isenção de entrega de projeto 2 21 21Ocupação da Via Pública Ocupação de Via Pública para Obra de Conservação 3 4.194 4.194Ocupação da Via Pública Ocup. de Via Púb. para Obra Lic./Autorizada/Comunicada 3 1.328 1.328Ocupação da Via Pública Prorrogação do Prazo de Licença 1 0 0Pedido de emissão de alvará 1 101 101Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Demolição 2 23 23Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Escavação 2 21 21Prorrog. da Entrega de Elem. da Licença 1 51 51Prorrogação de alvará Obras de edificação 2 837 837Prorrogação de alvará Obras de urbanização 2 5 5Prorrogação de alvará Ocupação da via pública 2 291 291Prorrogação de entrega de projeto Projetos de especialidades 1 77 77Prorrogação de entrega de projetos Projetos de obras de urbanização 1 1 1Reconhecimento de Deferimento Tácito 2 3OTR Total 16.460 15.740

Page 94: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33558 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Operação Urbanística Assunto Fator de Esforço

Ponderado

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Alteração de Uso Alteração de Uso com Obras Sujeitas a Comunicação Prévia 7 100 100Alteração de Uso Alteração de Uso sem Obras 7 170 170Aut. de Utilização - Equip. e Serv. Públicos 7 44 44Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao Abrigo do DL 370/99 10 1.579 1.579Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao abrigo do DL 57/2002 10 2.692 2.692Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença para Utilização Turística 10 94 94Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença/Autorização para Outro Comércio e Serviços 7 745 745Aut. de Utilização - Habitação 7 2.844 2.844Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença ao Abrigo do DL 370/99 10 42 42Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença/Autorização para Outra Indústria e Armazenagem 7 19 19Declaração Prévia ao abrigo do DL 259/2007 1 15 15Intimação 7 352 352Licença de Recinto Licença Acidental de Recinto 2 35 35Licença de Recinto Licença de Recinto 2 15 15Licença de Recinto Prorrogação de Licença de Recinto 2 7 7Licença de Recinto Renovação Licença de Recinto 2 4 4Licença Especial de Ruído 1 58 58Licença para arrendamento Comercial 3 6 6Licença para Arrendamento Urbano 3 2.357 2.357Propriedade Horizontal Vistoria para Efeitos de Propriedade Horizontal 3 926 926Vistoria Vistoria de utilização 3 2 2Vistoria Vistoria para Alteração de Designação do Fogo de Porteira 3 188 188Vistoria Vistoria para constituição de propriedade horizontal 3 1 1POL Total 12.296 12.296

Operação Urbanística Assunto Fator de Esforço

Ponderado

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Alteração 10 11.423 11.423Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Autorização 10 49 49Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Comunicação Prévia 10 324 324Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Licença 10 1.612 1.612Ampliação 10 3.964 3.964Construção 10 2.016 2.016Demolição 3 681 681

Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 3 247 247Informação Prévia Não está ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 3 10 10Operações Isentas de Lic. ou Autorização Com. Prévia de Op. Isenta de Licenciamento ou Autorização 7 3.424 3.424Operações Isentas de Lic. ou Autorização Op. Promovidas por Ent. Isentas de Licença ou Autorização 3 26 Projeto de especialidade Entrega de Projetos de Especialidades 2 9.643 9.643Reconstrução 10 3 3EDI Total 33.422 33.396

Operação Urbanística Assunto Fator de Esforço

Ponderado

Média(2005/2007)

Total Ass. Consid.

Emparcelamento/Reparcelamento 10 440 440Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 4 32 32Loteamento 12 190 190Obras de Urbanização 3 10 10Projetos de Obras de Urbanização Entrega de Projetos de Obras de Urbanização 2 67 67Trabalhos de Remodelação de Terrenos 2 1 1URB Total 740 740 Total Geral 79.829 63.337Peso das Unidades de Esforço associadas aos Processos considerados face ao total 79%

Para desenvolvimento futuro vamos ainda considerar no caso de edificações especiais (como sejam as piscinas e tanques não asso-ciados à edificação principal, os campos de jogos e outros recintos) o coeficiente de agravamento variável entre 1 e 3 em função da área impermeável a licenciar.

Escalões <= 100m2>100m2 e <= 500m2

>500m2 e <=

1.250m2> 1.250

m2Ea 1 1,6 2,2 3

No caso de demolições a complexidade do serviço é medida por escalões de unidades piso, sendo o coeficiente de agravamento variável, também, entre 1 e 3.

Escalões 1 piso +1 piso e

até 4 pisos+4 piso e

até 8 pisos + 8 pisos Ea 1 1,6 2,2 3

Custo de cada unidade de esforçoO custo referente a cada unidade de esforço resulta do quociente entre

o valor da despesa corrente considerada e o número total de unidades de esforço ponderadas dispendidas.

9.541 mil € / 79.829 unidades de esforço = 120 € por unidade de esforço ponderada

Nesta análise podemos aferir a parcela do custo administrativo a financiar com a receita gerada pelas taxas, através da atribuição de um coeficiente de financiamento das Unidades de Esforço (com valor que possa variar entre 0 e 1, preferencialmente único para todos os tipos de processos). Para avaliar o custo global associado à apreciação dos processos na tabela seguinte apresentam-se os valores médios para os anos de 2005 a 2007 na perspetiva de arrecadação de receita por taxa para financiamento por inteiro do esforço dispendido na apreciação da operação urbanística.

Identificação do Coeficiente de Financiamento Associadoe Cálculo do Valor Unitário

Operação Urbanística Assunto Coef.

deFin.

Valor / Proc.

ReceitaAnual Média

(Euros)

Certidão Averbamento a Alvará 1,00 120 2.510Certidão Certidão de Destaque de Parcela 1,00 239 3.586Certidão Certificação de propriedade horizontal 1,00 120 14.980Certidão Certificação do Modelo do IMOPPI 1,00 120 6.893Certidão Localização Industrial 1,00 120 877Certidão Outra Certidão 1,00 Consulta/Reprodução de Documentos 1,00 Direito à Informação 1,00 Exposições 1,00 Fiscalização 1,00 239 41.833Horário de Funcionamento Emissão de Mapa de Horário 1,00 239 8.606Horário de Funcionamento Fornecimento de Horário 1,00 239 14.024Horário de Funcionamento Prolongamento de Horário 1,00 239 3.426Prorrogação de Prazo 1,00 239 42.391Queixas 1,00 DOC Total 139.125

Operação Urbanística Assunto Coef.

deFin.

Valor / Proc.

ReceitaAnual Média

(Euros)

Averbamento Averbamento de Produtos e Alvará Sanitário 1,00 478 6.056Averbamento Substituição de Requerente 1,00 120 13.546Averbamento Substituição do Técnico / Diretor Técnico da Obra 1,00 120 12.550

Entrega de Elementos Elem. para emissão de alvará de lot. ou obras de urbanização 1,00 120 637

Entrega de Elementos Elementos para emissão de alvará de obras de edificação 1,00 120 37.052Entrega de Elementos Elementos solicitados ao abrigo dos Art. 89º e 101º do CPA 1,00 Entrega de Elementos Outros Elementos 1,00 239 980.250Levantamento de Embargo 1,00 Licença Parcial de Const. de Estrutura 1,00 239 398Ocupação da Via Pública Isenção de entrega de projeto 1,00 239 2.470Ocupação da Via Pública Ocupação de Via Pública para Obra de Conservação 1,00 359 501.280Ocupação da Via Pública Ocup. de Via Púb. para Obra Lic./Autorizada/Comunicada 1,00 359 158.727Ocupação da Via Pública Prorrogação do Prazo de Licença 1,00 120 40Pedido de emissão de alvará 1,00 120 12.072Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Demolição 1,00 239 2.709Pedido de Início de Trabalhos Início de Trabalhos de Escavação 1,00 239 2.550Prorrog. da Entrega de Elem. da Licença 1,00 120 6.096Prorrogação de alvará Obras de edificação 1,00 239 100.081Prorrogação de alvará Obras de urbanização 1,00 239 637Prorrogação de alvará Ocupação da via pública 1,00 239 34.821Prorrogação de entrega de projeto Projetos de especialidades 1,00 120 9.243Prorrogação de entrega de projetos Projetos de obras de urbanização 1,00 120 120Reconhecimento de Deferimento Tácito 1,00 OTR Total 1.881.335

Operação Urbanística Assunto Coef.

deFin.

Valor / Proc.

ReceitaAnual Média

(Euros)

Alteração de Uso Alteração de Uso com Obras Sujeitas a Comunicação Prévia 1,00 870 11.893Alteração de Uso Alteração de Uso sem Obras 1,00 870 20.306Aut. de Utilização - Equip. e Serv. Públicos 1,00 870 5.221Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao Abrigo do DL 370/99 1,00 1.160 188.747Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença ao abrigo do DL 57/2002 1,00 1.160 321.799Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença para Utilização Turística 1,00 1.160 11.217Aut. de Utilização - Comércio e Serviços Licença/Autorização para Outro Comércio e Serviços 1,00 870 89.055Aut. de Utilização - Habitação 1,00 870 339.977Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença ao Abrigo do DL 370/99 1,00 1.160 5.028Aut.o de Utilização - Indústria e Arm. Licença/Autorização para Outra Indústria e Armazenagem 1,00 870 2.321Declaração Prévia ao abrigo do DL 259/2007 1,00 120 1.833Intimação 1,00 870 42.062Licença de Recinto Licença Acidental de Recinto 1,00 239 4.223Licença de Recinto Licença de Recinto 1,00 239 1.833Licença de Recinto Prorrogação de Licença de Recinto 1,00 239 797Licença de Recinto Renovação Licença de Recinto 1,00 239 478Licença Especial de Ruído 1,00 120 6.972Licença para arrendamento Comercial 1,00 359 717Licença para Arrendamento Urbano 1,00 359 281.716Propriedade Horizontal Vistoria para Efeitos de Propriedade Horizontal 1,00 359 110.678Vistoria Vistoria de utilização 1,00 359 239Vistoria Vistoria para Alteração de Designação do Fogo de Porteira 1,00 359 22.470Vistoria Vistoria para constituição de propriedade horizontal 1,00 359 120POL Total 1.469.703

Page 95: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33559

Operação Urbanística Assunto Coef.

deFin.

Valor / Proc.

ReceitaAnual Média

(Euros)

Alteração 1,00 1.160 1.365.323Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Autorização 1,00 1.160 5.802Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Comunicação Prévia 1,00 1.160 38.678Alteração Durante a Execução da Obra Alterações Sujeitas a Licença 1,00 1.160 192.615Ampliação 1,00 1.160 473.802Construção 1,00 1.160 240.962Demolição 1,00 359 81.395Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 1,00 359 29.522Informação Prévia Não está ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 1,00 359 1.195Operações Isentas de Lic. ou Autorização Com. Prévia de Op. Isenta de Licenciamento ou Autorização 1,00 870 409.307Operações Isentas de Lic. ou Autorização Op. Promovidas por Ent. Isentas de Licença ou Autorização 1,00

Projeto de especialidade Entrega de Projetos de Especialidades 1,00 239 1.152.602Reconstrução 1,00 1.160 387EDI Total 3.991.590

Operação Urbanística Assunto Coef.

deFin.

Valor / Proc.

ReceitaAnual Média

(Euros)

Emparcelamento/Reparcelamento 1,00 1.160 52.602Informação Prévia Ao abrigo do nº 2 do Art.º 14 1,00 478 3.825Loteamento 1,00 1.450 22.723Obras de Urbanização 1,00 359 1.195Projetos de Obras de Urbanização Entrega de Projetos de Obras de Urbanização 1,00 239 8.048Trabalhos de Remodelação de Terrenos 1,00 239 80URB Total 88.472

Total Geral 7.570.225

No cenário de financiamento por inteiro, a receita arrecadada permite cobrir a quota parte da despesa (79 %) dirigida a cobrir o total de unida-des de esforço ponderadas dos processos sujeitos a taxa urbanística.

Média

Receita Gerada (mil Euros) 7.570,2 Taxa de Cobertura face à Despesa 79%

Podemos traçar cenários alternativos para a fixação do valor unitário, com base em escolhas diferenciadas do coeficiente de financiamento, que se traduzem em taxas de cobertura face à despesa diferenciadas, de modo proporcional.

Coeficiente de financiamento Valor unitário Taxa de cobertura face à despesa

1,00 120,00€ 79%

0,90 108,00€ 71%

0,75 90,00€ 60%

0,60 72,00€ 48%

B. Componente das Taxas fundamentada pelo adicionalde desincentivo

Os valores adicionais à taxa de serviços resultam da aplicação de critérios especiais de determinação do valor da taxa para desincen-tivar comportamentos, conforme previsto no artigo 4.º, n.º 2, da Lei n.º 53-E/2006, e segundo critérios de finalidade social e qualificação urbanística, conforme autorizado pelo artigo 5.º do mesmo diploma. São aplicáveis apenas às licenças e comunicações de operações de urbanização e edificação e suas alterações, bem como, às autorizações ou comunicações de utilização e de alteração de utilização de edifícios e suas frações.

Os adicionais são aplicados pelo município com o objetivo de de-sencorajar determinadas práticas nomeadamente a realização de de-terminadas operações urbanísticas em detrimento de outras, no global ou, em particular, em certas zonas da cidade e o prolongamento da obra no tempo.

Assim, para além de diferenciar cada tipo de operação, construção (incluindo reconstrução), ampliação e alteração, os adicionais poderão ter em conta:

i) A sua localização na cidade e o respetivo impacto e dimensão medidos pela área de construção por uso;

ii) O tempo de realização da operação.

Para assegurar a congruência entre o valor base da taxa e o valor adicional, respeitando assim o princípio da proporcionalidade, os valores adicionais são obtidos, não pela adição de valores absolutos, mas pela aplicação de coeficientes modificativos ao valor base.

i) Adicional correspondente à localização e impactoda operação

Este adicional corresponde à aplicação de um fator de agravamento à taxa de serviço.

Este fator, designado por C2, pode, em modelo, variar entre 1 e

3, e poderá ponderar cada tipo de operação, de forma homogénea ou diferenciada de acordo com a sua localização; podendo, ainda, ter em consideração a distribuição de usos constante da proposta de intervenção.

No caso da intervenção se enquadrar nos objetivos definidos no PDML e não encontrando, o município, razões urbanísticas para de-sincentivar esse perfil de intervenção, o fator C

2 será igual à unidade

e não haverá agravamento da taxa de serviço.A matriz que serve de base ao cálculo do C

2 baseia-se nos objetivos

de desenvolvimento económico e social para o Concelho refletidos no Plano Diretor Municipal de Lisboa. A divisão espacial deverá assentar na Planta de Ordenamento/ Classificação do Espaço Urbano, comple-mentada pelas normas do Regulamento.

Este critério de divisão territorial pode ser dinâmico, na medida em que as delimitações dos espaços urbanos sejam revistos, mas radica em fundamentos que permanecem no tempo e que são as características das grandes categorias de espaço urbano, as quais correspondem a malhas e tipologias urbanas diferenciadas na sua génese e crescimento e ou, cor-respondem a objetivos estratégicos e de desenvolvimento específicos, designadamente as áreas: históricas, consolidadas, de expansão ou re-conversão, de usos especiais e de equipamentos, ou as áreas verdes.

À caracterização das áreas urbanas existentes e à explicitação dos objetivos estratégicos de desenvolvimento económico-social do Con-celho com referência territorial, âmbito e objetivo, no articulado do Regulamento, associam-se as categorias e subcategorias de espaço urbano, na Planta de Ordenamento /Qualificação do Espaço Urbano e as normas por tipo de intervenção, alteração, ampliação e construção, e por composição funcional, usos.

A matriz tem como referência “células base” que correspondem a obras de alteração em Áreas Consolidadas, abrangendo os diferentes usos predominantes e o estacionamento. A ponderação dos usos, a ser usada, permite refletir, também, o objetivo genérico de manutenção ou aumento da população.

O preenchimento da matriz traduzirá o desencorajamento à realização de determinado tipo de operação urbanística, consoante a sua localização nas diferentes Subcategorias e Categorias do Espaço Urbano do PDML, e simultaneamente, o desincentivo ao estabelecimento de determinados usos considerados menos desejáveis de acordo com a composição funcional pretendida para a mesma localização, se tal for pretendido. Em contrapartida, são beneficiadas as operações urbanísticas e os usos que cumprem o âmbito, os objetivos e o uso dominante enunciados para cada Subcategoria e Categoria do Espaço Urbano.

Em termos gerais, podemos recorrer ao preenchimento de uma matriz desta natureza:

Estatuto Urbano Sub-categoria

Construção Ampliação Alteração /

Reabilitação

Cate

gori

a

UsoDominante

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

Habitacional

Baixa Pombalina

His

tóri

ca

Quintas Integradas em Área Histórica

Moradias

Habitacional

Mista Edifícios de UtilizaçãoColectiva

Terciária

Cons

olid

ada

Industrial

Habitacional

Mista

Reco

nver

são

ou

Estr

utur

ação

Terciária

Equipamentos e Serviços Públicos

Page 96: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33560 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Verd

e Quintas Produção Recreio Lazer e Pedagogia, a Reconverter e Jardins Históricos

= Quintas Integradas em Área Histórica

I&T = Equipamento e Serviço Público

ZI EXPO98 = Reconversão ou Estruturação Mista

Estatuto Urbano Sub-categoria

Construção Ampliação Alteração /

Reabilitação

Cate

gori

a

UsoDominante

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

Hab

itaçã

o

Serv

iços

Com

érci

o

Indú

stri

a |

Arm

azém

Esta

cion

amen

to

No presente momento, a opção recaiu por uma matriz simplificada, não descriminando, para efeitos desta taxa, o uso e a localização. Essa opção poderá, caso o executivo o entenda, vir a ser operacionalizada mais tarde. Neste caso, o cálculo desta taxa terá em linha de conta apenas a tipologia de operação urbanística, diferenciando, generica-mente, as obras de alteração das obras de ampliação e estas das obras de construção (ou reconstrução).

Estatuto Urbano C2

Categoria

Con

stru

ção

Am

plia

ção

Alte

raçã

o /

Rea

bilit

ação

Histórica 2,0 1,5 1,0

Consolidada 2,0 1,5 1,0

Reconversão ou Estruturação 2,0 1,5 1,0

Equipamentos e Serviços Públicos 2,0 1,5 1,0

Verde = Histórica

Investigação e Tecnologia

= Equipamento e Serviço Público

ZI EXPO98 = Reconversão ou Estruturação

A construção da taxa no modo expresso permite autonomizar a parcela da taxa que se baseia no custo administrativo com o pro-cesso, daquela que visa gerar (des)incentivo a determinadas práticas urbanísticas. Ao serem autonomizadas as parcelas também podem ser diferenciados os momentos de pagamento de cada uma delas. No modelo proposto, a primeira parcela da taxa é paga com a apresentação do pedido (sendo sempre devida, quer seja deferido ou não esse mesmo pedido, uma vez que o serviço administrativo e técnico é sempre desenvolvido); a segunda parcela, justificada pelo (des)incentivo é paga antes da emissão da licença ou autorização e após a admissão ou deferimento.

ii) Adicional correspondente ao tempo de realizaçãoda operação urbanística

Este adicional traduz o desincentivo inerente a uma situação geradora de impactos negativos para a cidade, decorrentes da duração da obra. Enquanto decorre a obra geram-se diversas externalidades negativas, incómodos para os cidadãos, poluição ambiental, degradação da imagem urbana, congestionamento de tráfego, obstáculos à mobilidade, mesmo que sem ocupação de espaço público, pelo que é sustentável a criação de um adicional de taxa que atue como desincentivo ao prolongamento no tempo das obras.

Este desincentivo corresponde a um valor unitário (VUt) multiplicado

pelo tempo medido em meses.

C. Proposta de Valor Unitário

i) Definição do valor unitárioA análise de processos entrados permitiu aferir que, em média, o

funcionamento do serviço de gestão urbanística é assegurado com base num custo direto de funcionamento de 9.500 mil €, necessitando de canalizar a sua atenção para cerca de 79.800 unidades de esforço, o que permitiu estimar um custo médio por unidade de esforço pon-derada de 120 €

Deste modo, podemos considerar que se cada processo entrado financiar a 100 % o custo direto de funcionamento necessário para suportar a quota-parte de esforço que lhe é dirigida, assumindo que a Taxa Urbanística estabelecida para esse efeito seja calculada com base na ponderação do Fator de Esforço Ponderado pela área de construção (quando aplicável).

Fe x Ea x VUaSendo Fe : Fator de Esforço; Ea: Escalão de Área; VUa: Valor Unitário

Estabelecendo VUa = 120€, poderemos estimar, caso se mantenha o

perfil e volume de processos entrados dentro da média dos últimos 3 anos, uma receita que permitirá cobrir cerca de 80 % do custo adminis-trativo direto de prestação do serviço de licenciamento urbanístico.

Como atrás referido este Valor Unitário pode ser alterado, caso se adote um outro coeficiente de financiamento, inferior a 100 %, para a generalidade dos processos, o que garante a mesma proporcionalidade de cobertura do esforço pela taxa, ou de forma diferenciada para deter-minadas tipologias e assuntos de processos.

No presente Regulamento optou-se por um cenário de coeficiente de financiamento de 0,75, que fixa o valor unitário de unidade de esforço em VU

a = 90€, estimando-se que venha a gerar uma receita que cobra

60 % dos custos diretos com a prestação do serviço.

ii) Perceção do impacto da alteração do modelo de cálculo das Taxas

Para poder antecipar uma leitura das implicações da adoção de um modelo de cálculo de taxas desta natureza, compilámos informação dos processos para os quais foi calculada taxa para o licenciamento urbanístico em 2006 e 2007, retendo as taxas que para estes processos foram calculadas (sem contar com a TRIU e o Imposto de Selo) e as características de tipo de processo (e fator de esforço associado), operação urbanística, localização e área de construção por uso, que lhes estão associadas.

Page 97: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33561

Para este efeito foi agregada informação correspondente a cerca de 8000 processos. Das taxas calculadas para estes processos a maior fatia corresponde as taxas inerentes ao licenciamento urbanístico (que cata-logamos em taxas de obras de edificação, de modificação de fachada e de corpos balançados); seguidas das taxas de Ocupação de Via Pública e das taxas de Autorização de Utilização. Não obstante a acentuada diferença registada entre os anos de 2006 e 2007, verificamos que, no cômputo geral, estas taxas geraram cerca de 4 milhões de Euros por ano, dos quais 2 milhões de Euros por ano resultam da 1.ª categoria considerada (obras de edificação, de modificação de fachada e de corpos balançados).

Desde logo é possível antever que, no limite, estas taxas estarão a cobrir um pouco mais de 40 % dos custos diretos associados à prestação de serviço para o licenciamento urbanístico.

Total Geral 2006 2007 Média

Obras de Edificação 1.856.422€ 764.972€ 1.310.697€

Obras de constr.nova, alter.ou ampl. 1º e 2º esc. 1.841.611€ 757.428€ 1.299.519€

Demolições de Edifícios 1º e 2º esc. 14.624€ 7.438€ 11.031€

Demolições pavilhões ou congeneres 1º e 2º esc. 186€ 107€ 146€

Modificação de Fachada 665.781€ 295.479€ 480.630€

Modificação de fachadas 1º e 2º esc 665.781€ 295.479€ 480.630€

Corpos Balançados e Outras Construções 309.427€ 106.434€ 207.930€

Ascensores e montacargas 1º e 2º escal 29.712€ 18.475€ 24.093€

Telheiros, barracões, alpendres 1º e 2º esc 4.235€ 882€ 2.559€

Terraços, cobert. logradouros, esplan. 1º e 2º esc. 89.349€ 28.571€ 58.960€

Varandas, alpendres, janelas sacada 1º e 2º esc. 60.438€ 31.877€ 46.158€

Outros Corpos salientes 1º e 2º esc. 119.220€ 21.942€ 70.581€

Muro suporte vedação, out. vedações 1º e 2º esc. 6.472€ 4.588€ 5.530€

Vedação provisória confin. c/via públ. 1º e 2º esc. -€ 99€ 50€

Ocupações de Via Pública 1.141.855€ 852.604€ 997.229€

Amassadouros, depósit.entulho ou outr. 62.959€ 86.924€ 74.942€

Andaimes - por andar ou pavimento 131.405€ 80.903€ 106.154€

Caldeiras ou tubos de descarga entulho -€ 1.911€ 955€Ocup.Via Públ.- Guindastes e semelhantes 1.471€ 855€ 1.163€

Tapumes ou outr.resguardo/m2 superfície 791.270€ 586.296€ 688.783€

Tapumes ou outros resguardos/ piso resg. 154.750€ 95.716€ 125.233€

Licença de Utilização 911.838€ 741.211€ 826.524€

Alv. Licenc. utilização Lic. Especiais 62.129€ 91.625€ 76.877€

Licença p/ Indústria, comércio, serviç. 450.049€ 363.034€ 406.541€

Licença para estacionamento privativo 93.860€ 70.006€ 81.933€

Licença para Habitação 272.398€ 161.111€ 216.754€

Lic. Recintos 1.428€ 5.149€ 3.289€

Selo Licenças clubes noturnos/dança -€ -€ -€

Selo outras licenç. restauração/bebidas 5.050€ 8.050€ 6.550€

Vistoria extraordin. p/ licenc.sanitário 26.924€ 42.236€ 34.580€

Taxa Geral 221.609€ 165.325€ 193.467€

Taxa geral (fração de 15 dias) 1º e 2º esc. 446€ 992€ 719€

Taxa geral (por cada mês) 1º e 2º esc. 221.163€ 164.333€ 192.748€

Outras Taxas 153.008€ 81.065€ 117.037€Autenticação 274€ 151€ 212€

Marcação de alinhamento e nivelamento 138.787€ 71.079€ 104.933€

Registo decl.responsabil. técnico 1º e 2º esc. 12.528€ 8.828€ 10.678€

Baixa licença responsabilidade - obras 1.348€ 937€ 1.142€

Reprodução de documentos 71€ 70€ 71€

Sub-Total Taxas Consideradas 5.259.939€ 3.007.090€ 4.133.514€

Total Geral 2006 2007 Média

Para poder aprofundar a análise de impacto de alteração de modelo de cálculo de taxas foi necessário associar aos processos a informa-ção respeitante à superfície de pavimento. Sendo que nem todos têm, informaticamente, esta informação devidamente registada, foi neces-sário filtrar os processos, retendo apenas aqueles que têm informação registada de forma consistente.

Começando por concentrar a análise nos processos de urbanização e edificação e nas taxas de obras de edificação, modificação de fachada e corpos balançados, conjunto que sofrerá as alterações de fórmulas de cálculo mais significativas, verificamos que dos 1800 processos compi-lados cerca de 30 % não tinham informação consistente de área.

Dos 1256 processos (EDI e URB) considerados para efeitos de simulação verificamos que 16 % se encontra no 1.º escalão de área (abaixo dos 150m2) e 80 % até aos 1200 m2.

Page 98: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33562 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Porém, uma vez que atualmente a taxa de licenciamento urbanístico é diretamente proporcional à área de construção, verifica-se que cerca de 60 % da receita gerada resulta dos processos que têm entre 2.500 m2

e 20.000 m2, que em número apenas representam 18 % dos processos.

Uma vez que o modelo proposto, pela sua base de justificação, diferencia os processos pelo escalão de área em que se inserem, mas abandona a proporcionalidade direta, partindo do princípio que um processo de uma edificação maior dê mais trabalho a apreciar do que o de uma edificação mais pequena, mas que essa diferenciação não é unitária (isto é, um processo de 100.000 m2 não dá 100 vezes mais trabalho a apreciar do que um processo de 100 m2), a diferenciação entre a taxa a pagar, em termos de licenciamento, por cada processo terá, forçosamente, um intervalo de variação menor.

Dispersão dos processos, de acordo com o valor de taxa calculada (em €) no regime atual (eixo horizontal) e simulação para os mesmos proces-sos do valor de taxa de licenciamento no Modelo proposto (eixo vertical).

Se considerarmos, neste ponto da análise, como referência, o valor unitário de taxa que permite remunerar o custo administrativo direto associado à apreciação do processo (120€), podemos verificar que, em média, os processos considerados teriam pago uma taxa inferior, ainda que, uma parcela significativa dos processos (de menor dimensão), passe a pagar mais e uma parcela menor dos processos de maior dimensão, passe a pagar muito significativamente menos.

Distribuição dos processos por quartil, de acordo com o valor de taxa calculada (em €) no regime atual (Base) e simulação para os mesmos processos do valor da distribuição da taxa no Modelo proposto.

Distribuição dos processos por quartil, de acordo com o valor de taxa calculada (em €) no regime atual (Base) e simulação para os mesmos processos do valor da distribuição da taxa no Modelo proposto com valor unitário de 120€ e de 90€.

É de salientar que, caso se opte por outro coeficiente de financia-mento, e, consequentemente, por outro valor unitário, conforme referido anteriormente, esta opção terá um impacto similar em todos os processos (no modelo proposto), resultando num deslocamento de todos os pontos para baixo (na vertical), de modo similar. Assim, outro coeficiente de financiamento não alterará, no essencial, as conclusões apresentadas.

No presente regulamento são alterados, em relação à atual prática, os momentos de liquidação e cobrança das taxas pela prática de atos administrativos e técnicos no âmbito dos procedimentos previstos no RJUE para o controlo prévio de operações urbanísticas e atividades conexas, concretamente, no que respeita à componente das taxas fun-damentada pelos serviços administrativos prestados.

Esta alteração tem como pressuposto o facto de, para todos os proces-sos, após o saneamento liminar, se proceder à prestação do serviço.

As comunicações prévias, não constituem exceção a esta regra. Mesmo no caso de não haver resposta da Administração no prazo previsto para o efeito, esta omissão não corresponde a falta de presta-ção do serviço, mas ao exercício da previsão legal, que apenas torna obrigatória a pronuncia, dentro do prazo estabelecido, quando esta é negativa em relação à admissão da comunicação.

Nos casos de deferimento tácito como para as comunicações prévias após a alteração ao RJUE, introduzida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro, prevê-se a autoliquidação das taxas urbanísticas.

No que respeita à taxa pela prática de atos administrativos e técnicos no âmbito dos procedimentos previstos no RJUE para o controlo prévio de operações urbanísticas e atividades conexas, a autoliquidação deve ter em atenção, para o cálculo da componente da taxa fundamentada pelo adicional de desincentivo, a operação urbanística em causa, a sua localização e dimensão. Em simultâneo com o cálculo desta par-cela da taxa, deve ser efetuada a correção do valor da componente da taxa fundamentada pelos serviços administrativos prestados, caso se verifique a alteração dos dados que serviram de suporte à liquidação e cobrança inicial.

Para os restantes processos são os serviços que, antecedendo o deferi-mento do processo, efetuam a liquidação da taxa, nas suas componentes, de forma idêntica à atrás exposta.

2 — Taxa pela Manutenção, Realização e Reforço de Infraestru-turas Urbanísticas (TRIU)

No presente capítulo desenvolvemos a fundamentação económico-financeira da TRIU, no contexto do presente Regulamento.

Tendo em conta que, aquando da elaboração do Regulamento atual-mente em vigor, estruturámos a análise em 4 pontos

A. Os Fundamentos da TRIUB. Análise do investimento municipal de natureza urbanística e

receita da TRIUC. Estabelecimento da matriz de coeficientes (Uso/Classe de Es-

paço)D. Proposta de valor unitário para a TRIU

Sendo que na génese de revisão do presente Regulamento está a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), há, desde logo, a registar a alteração ao ponto C, uma vez que alterando-se a Classificação de espaço urbano e a regulação funcional associada a cada categoria de solo urbano, terá, naturalmente, de se alterar a matriz de coeficientes.

Page 99: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33563

Não se alteram os fundamentos da TRIU, analisados no ponto A, devendo estes ser lidos com as necessárias adaptações que decorrem das alterações de classificação de espaço urbano, introduzidas pela Revisão do RPDML (conforme considerado no processo de monitorização) e procurou-se não se alterar os valores unitários fixados no ponto D, fazendo-se repercutir toda a variação à matriz de coeficientes.

A. Os fundamentos da TRIU

i) Enquadramento jurídico e critérios de cálculo do investimentoDe acordo com o disposto nos diplomas referidos, nomeadamente no

artigo 4.º do RGTAL, o cálculo das taxas municipais deve ser balizado pelo princípio da equivalência jurídica, ou seja, define o seu limite máximo como o custo da atividade pública local a financiar, o que corresponde, no caso da TRIU, à despesa com a “realização, manuten-ção e reforço de infraestruturas urbanísticas primárias e secundárias” (artigo 6.º, n.º 1, alínea a) da Lei n.º 53-E/2006)

Apesar de a lei referir a “manutenção” de infraestruturas entre as finalidades da TRIU, optou-se por não incluir no cálculo da despesa pública a financiar qualquer despesa corrente, mas apenas a despesa de investimento nessas infraestruturas.

Conforme tem sido jurisprudência uniforme dos tribunais superiores, não é necessário identificar, para cada loteamento ou obra sujeito a TRIU, os concretos investimentos públicos em infraestruturas causa-dos por essa específica intervenção. A metodologia seguida pretende, por um lado, demonstrar que os valores da TRIU prevista se contêm dentro, quer do valor do investimento passado, quer do investimento previsível; por outro, estabelecer critérios de cálculo que tenham em conta que diferentes tipos de intervenção, em diferentes zonas da ci-dade, conduzem a diferentes necessidades de investimento adicional, repartindo assim com justiça a despesa pública a que as intervenções urbanísticas dão causa.

O cálculo dos custos tem por base os princípios contabilísticos definidos no Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 84-A/2002, de 5 de abril, que define a aplicação às autarquias locais do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 232/97, de 3 de setembro, tendo sido aplicado no município de Lisboa, com algumas adaptações, logo a partir do ano de 2000, antecipando o prazo de aplicabilidade de 2002. Previamente a este ano, aplicou-se o disposto no Decreto-Lei n.º 341/83, de 21 de julho.

Posteriormente o Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de fevereiro, se-para o classificador económico das receitas e despesas públicas, au-tonomizando-o do POCAL, que corresponderam apenas a alterações de pormenor no plano de contas do município de Lisboa, já vigente desde 2000.

Apesar de não existir nenhum período fixo de referência para o cálculo dos custos, decidiu-se neste estudo abranger 4 anos, de 2004 a 2007, para poder cobrir um período mais alargado do que apenas um ano ou 3 anos, tendo em conta as mudanças de vereação verificadas em anos recentes, que poderiam implicar variações substanciais em consequência de mudanças de orientação política. Para efeitos de com-paração apresentam-se ainda valores históricos de custos desde 1998, correspondente ao primeiro ano em que os dados contabilísticos de base estão registados em formato eletrónico, e a partir de 2000, com registos contabilísticos no sistema SAP, que permite a obtenção de mapas e do-cumentos de forma automática e que permitirão a verificação e revisão para atualizações futuras do valor de custos da TRIU. A definição dos períodos de referência considerados neste estudo considera os anos imediatamente anteriores, pelo que se prevê que seja revisto periodi-camente o valor de custos considerados na fundamentação económico-financeira para o cálculo da TRIU, sem prejuízo de se considerar uma atualização anual do valor unitário pela taxa oficial de inflação, com uma periodicidade a definir.

No que concerne aos encargos financeiros, também previstos na alí-nea c) do n.º 2 do artigo 8.º do RGTAL, verificaram-se os empréstimos a médio e longo prazo contraídos pelo município de Lisboa, destinados a financiar investimentos para identificar os encargos relevantes. No entanto, observou-se que, face às restrições identificadas na metodologia para aferir o investimento urbanístico dentro de um determinado ano, não seria possível isolar, em certos financiamentos, a componente de investimento que corresponde à componente de investimento urbanístico a considerar neste estudo. Assim, optou-se por uma perspetiva conser-vadora e não considerar no presente cálculo os encargos financeiros com empréstimos contraídos pelo município de Lisboa para financiar investimento, reduzindo, desta forma, o valor a considerar na funda-mentação económico-financeira para o cálculo da TRIU.

Igualmente, e numa perspetiva de receita, o município de Lisboa re-cebe, nalguns casos, cofinanciamento de investimentos, essencialmente provenientes de financiamentos comunitários, bem como do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), sendo este último exclu-sivamente para financiamento de habitação, excluído pelas restrições identificadas na metodologia para aferir o investimento urbanístico dentro de um determinado ano. Quanto ao cofinanciamento comunitário, não foi possível efetuar todas as ligações necessárias entre a receita recebida, associada a uma classificação económica de receita e uma rubrica de plano anual de atividades, e o detalhe da rubrica de plano com a classificação económica de despesa correspondente. Por conseguinte, para evitar que apenas os cofinanciamentos que se consigam identi-ficar de uma forma clara e inequívoca como destinados a cofinanciar investimento de índole estritamente urbanística sejam incluídos nos encargos financeiros a imputar à TRIU, mais uma vez optou-se por uma perspetiva conservadora e não considerar no presente cálculo os encargos financeiros com empréstimos contraídos pelo município de Lisboa para financiar investimento.

O RGTAL refere também a inclusão de prestações futuras no cálculo da fundamentação económico-financeira do financiamento da TRIU, no pressuposto que os pagadores atuais de taxas serão os mesmos de amanhã e que não existirá uma alteração significativa dos pagadores/beneficiários de infraestruturas urbanísticas do município de Lisboa.

Assim, no que diz respeito aos encargos futuros, identificáveis atra-vés dos documentos previsionais previstos na lei, nomeadamente as Grandes Opções do Plano (GOP), incluindo o Plano Plurianual de Investimento (PPI) e o Orçamento anual, efetuou-se uma análise para identificar de uma forma mais clara, a exatidão do plano com um horizonte móvel de 4 anos à medida que se passa do ano n+3 para o ano n e a correspondente execução, para todos os anos que existem em registo nos documentos oficiais do município de Lisboa para a classificação económica 07.01. Investimentos (Aquisição de Bens de Capital), tendo-se obtido o seguinte resultado:

Verifica-se que existe um enviesamento sistemático dos valores previsionais, com um pico nas previsões para o ano seguinte (com a exceção do ano de 2002) e diferenças significativas, para baixo, na taxa de execução, por comparação com o orçamento para o ano n. Esta evolução permite concluir que o instrumento de gestão PPI, com valores sistematicamente superiores ao orçamento para o ano n e ainda mais diferenciados em relação ao executado iria gerar uma presunção de investimento futuro sem aderência à realidade. Esta situação não se nos afigura como pertinente para ser considerada no cálculo dos futuros investimentos a realizar pelo município de Lisboa. Assim foi adotada uma perspetiva conservadora e não foi considerado o PPI como estimador dos investimentos futuros do município de Lisboa para fundamento do cálculo dos custos associados à TRIU, sem prejuízo de, no futuro, os instrumentos previsionais manifestarem uma maior aderência à realidade e se optar, então, pela sua inclusão no cálculo dos custos da TRIU.

De sublinhar que a identificação do investimento urbanístico reali-zado pelo município, enquanto suporte para a definição da TRIU a pagar tem um fundamento de garante de proporcionalidade, entre o esforço fiscal exigido pelo Estado e o investimento realizado. Assim, ao se optar por estratégias conservadoras na avaliação do investimento garantimos essa mesma proporcionalidade, ou seja, se a taxa cobrada for inferior ao investimento realizado, conforme apuramento mais conservador, também o será face ao investimento que seria apurado se incluíssemos todos os restantes fatores que deixámos de fora.

ii) Princípios subjacentes à definição da TRIUEsta taxa é destinada a remunerar o investimento público em projetos

e obras relativas à realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas primárias e secundárias que se torne necessário pela modi-ficação da extensão, intensidade ou tipo de utilização do solo decorrente

Page 100: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33564 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

de operações urbanísticas. Assim, é devida TRIU pelas operações de loteamento, de construção, reconstrução ou ampliação e alteração de usos que provoquem sobrecargas urbanísticas.

Princípio da transparênciaA formulação da TRIU tem como objetivo a transparência, pelo que

o cálculo da taxa é baseado em conceitos claros e em fatores objetivos, permitindo a sua automatização para simplicidade de aplicação.

Tomou-se como princípio a permanência dos conceitos e definições no que respeita aos usos, intensidade e tipos de intervenção.

O Plano Diretor Municipal de Lisboa (PDML) define no seu artigo 7.º os usos das edificações e suas frações, cuja alteração tem influência no cálculo da TRIU, não existindo tratamento urbanístico destas definições, foram reproduzidas no Regulamento Municipal de Taxas Urbanísticas, para facilidade de consulta.

Quanto aos parâmetros e índices de controlo, são na quase totalidade elementos estatísticos objeto de inquérito a nível nacional através das fichas do Instituto Nacional de Estatística, que fazem, obrigatoriamente, parte dos elementos instrutórios dos processos de urbanização e edifi-cação, traduzindo a situação existente e a proposta. Estes parâmetros correspondem aos conceitos publicados pela Direção Geral do Orde-namento do Território — DU e adotados pelo PDML.

A tipologia das operações urbanísticas e das obras são as definidas no RJUE.

Princípios urbanísticosO presente regulamento assume a sua função de instrumento de

politica urbanística em articulação com os instrumentos de gestão territorial. A componente de TRIU do regulamento adota na avaliação e valorização das sobrecargas urbanísticas o papel de instrumento de apoio à prossecução dos objetivos de desenvolvimento económico e social.

O cálculo da TRIU centra-se nos impactos/sobrecargas da urbaniza-ção e da edificação para um local específico do território.

Considerando uma operação urbanística, a TRIU varia em função da sua localização na Planta de Ordenamento — Classificação do Espaço Urbano do RPDML, tendo em atenção que a cada categoria de espaço urbano correspondem malhas e tipologias urbanas diferenciadas na sua génese e crescimento, bem como nas características dominantes e nos níveis de serviços à população.

A localização da operação urbanística é referenciada a uma classe, categoria e subcategoria de espaço urbano, definidas na planta de Classificação do Espaço Urbano, da Planta de Ordenamento do PDML que corresponde a características dominantes.

Os espaços canais da planta de Classificação do Espaço Urbano não são edificáveis, pelo que não se prevê qualquer localização nesta categoria de espaço, Na cartografia de apoio à TRIU os espaços canais dão reduzidos aos eixos das vias, para simplificação e clarificação das restantes delimitações de espaços urbanos.

Princípio da proporcionalidadeA aplicação do princípio da proporcionalidade tem em atenção os

aspetos atrás referidos, sendo o valor da TRIU para uma operação urbanística função dos acréscimos de unidades de habitação e de áreas de construção diferenciadas por uso, em relação à situação preexistente, constante do último projeto aprovado ou licenciado, de acordo com o lé-xico e em conformidade com as exigências legais aplicáveis à época.

No caso de estacionamento edificado a área de construção não poderá ser inferior a 25metros quadrados de área bruta por lugar, valor adotado no PDML, na falta de elementos referentes à área de construção toma-se este rácio como referência. Apenas será considerado para efeitos de cálculo da TRIU o estacionamento como uso predominante e o identi-ficado como excedentário em relação ao edifício e, simultaneamente, à envolvente, com base em informação técnica dos serviços, confirmada com a aprovação do projeto. A área de estacionamento nos termos acima descritos será classificada como área de serviços.

No caso de instalações hoteleiras os usos são mistos pelo que se tomam as áreas de construção de serviços, comércio e habitação exis-tentes.

O registo dos valores das áreas de construção e do número de uni-dades habitacionais e de lugares de estacionamento é da responsabili-dade dos técnicos autores e deve constar no quadro estatístico do INE sem prejuízo de poder integrar outros documentos de projeto como o quadro sinóptico. A situação “atual” existente terá de corresponder aos elementos da Obra de arquivo relativos ao último projeto licenciado ou aprovado caso não estivesse à data sujeito a licenciamento. Estes dados serão objeto de validação pelo técnico responsável pelo controlo prévio da operação urbanística e ou pelo cálculo da TRIU.

B. Análise do investimento municipal de natureza urbanística e receita da TRIU

Conforme o disposto na alínea c) do n.º 2 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro (RGTAL), e considerando a di-cotomia de contabilidade orçamental e patrimonial introduzida pelo POCAL, temos que uma opção para a aferição do investimento muni-cipal de natureza urbanística seria pelo cálculo dos custos com base na contabilidade patrimonial correspondente ao conceito de custos, que poderia permitir, nomeadamente a identificação dos custos por funções, conforme os mapas previstos na referida lei. Na realização deste estudo procurou-se explorar essa via, esbarrando com a dificuldade de obtenção de forma sistemática e estandardizada dos dados necessários ao cálculo dos custos na vertente patrimonial, bem como com inconsistência do cruzamento de dados obtidos de diferentes fontes internas, designada-mente no que respeita ao registo de assumpção de responsabilidades de investimentos urbanísticos e a sua efetivação, existindo em muitos casos um desfasamento de vários anos entre o registo da responsabilidade, a que corresponderia o custo e a sua efetivação (despesa), originada, nomeadamente por alteração política de prioridades de intervenção urbanística. Este facto põe em causa, nomeadamente, o cálculo de amortizações dos investimentos urbanísticos, um valor substancial nalguns projetos e que, na sua inexistência, enviesaria substancialmente os valores utilizados para o cálculo dos custos e amortizações, consi-derando as regras contabilísticas de cálculo de amortizações em vigor. Um caso em que este desfasamento se pode verificar com frequência é a reabilitação urbana, que regista atrasos na execução de projetos que não são diretamente imputáveis a fatores intrínsecos ao projeto.

A opção pela vertente orçamental associa o investimento realizado não à “constituição” ou “incorporação” patrimonial do bem, mas à faturação ou pagamento do investimento que lhe está associado. Sendo que a análise de dados nesta vertente está mais estabilizada, é possível de forma mais sistemática, compilar a informação necessária à iden-tificação do investimento de natureza urbanística para a análise aqui efetuada e para a monitorização sistemática de futuro.

Considerando o período de referência e os dados históricos conside-rados neste estudo (apenas na vertente orçamental até 1999, inclusive), a experiência e os conhecimentos adquiridos na aplicação da vertente orçamental, a inexistência de uma contabilidade analítica com apli-cação generalizada em todos os serviços do município de Lisboa e a maior disponibilidade e capacidade de interligação de dados conduziu à opção pelo cálculo dos custos considerando a vertente orçamental no presente estudo. Esta opção não invalida uma futura comparação dos valores de custos entre a vertente orçamental e patrimonial, bem como uma futura opção apenas pela vertente patrimonial, a preferência presumida no RGTAL.

Para o cálculo dos custos associados à TRIU no município de Lisboa, o objetivo é identificar os investimentos decorrentes da necessidade de realização, reforço e manutenção de infraestruturas urbanísticas (primárias e secundárias), que possam materializar a componente de investimento urbanístico na contrapartida da TRIU no período com-preendido entre 1998 e 2007, com maior ênfase para o último quadri-énio 2004-2007, por representar a evolução mais recente e com maior influência na definição de tendências para aferir a sua evolução futura.

i) Metodologia adotada para aferir o investimentorealizado de natureza urbanística

Com o objetivo de identificar os investimentos decorrentes da neces-sidade de realização, reforço e manutenção de infraestruturas urbanís-ticas (primárias e secundárias), que possam materializar a componente de investimento urbanístico na contrapartida da TRIU, desenvolveu-se a seguinte metodologia.

Foram utilizados os dados constantes nos Balancetes da Despesa, extraídos dos registos de Contabilidade, em SAP, correspondentes às contas oficiais que serviram de base e constam nos relatórios de gestão oficiais no Município de Lisboa.

Dentro das fontes consultadas, e face ao exposto quanto às opções tomadas para a presente fundamentação económico-financeira, foram isoladas as Despesas realizadas nas rubricas de classificação económica de despesa correspondentes a despesas de capital, e previstas no plano anual de atividades do município de Lisboa:

Aquisição de Bens de Capital, correspondente a Investimento — Classificação Económica de despesa registada com o código 07.01. In-vestimentos

Transferências de Capital — Classificação Económica de despesa 08.

Para aferir o valor do investimento realizado em cada ano, obteve-se o valor total da categoria de “Pagamentos” efetuados através de uma Autorização de Pagamento.

Page 101: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33565

Este valor foi inicialmente considerado a par do valor de “Fa-turas Verificadas” — correspondente às faturas recebidas, con-feridas e verificadas pelos serviços responsáveis, com atribuição de cabimento e compromisso, faltando apenas a Autorização de Pagamento —, no intuito de procurar aferir da melhor forma o investimento realizado. Contudo, recorrendo às fontes de informa-ção referidas, não é possível isolar o valor de faturas verificadas referentes a um determinado ano, dentro do total dessas faturas que estando verificadas se encontram por pagar nesse ano, o que colocaria em causa o apuramento do “investimento realizado” no ano. Deste modo optou-se por considerar apenas o valor do investimento pago, enquanto indicador do investimento realizado no ano.

Procuraram-se critérios de inclusão e de exclusão das rubricas do plano de investimentos de forma a criar automatismos de leitura do plano e de cálculo do investimento, aplicável numa primeira fase à análise anual e futuramente à análise plurianual de investimentos. Esta metodologia teve a preocupação de aliar à necessidade de identificação de critérios objetivos de adjetivação do investimento, como de natureza urbanística, a preocupação de implementar mecanismos de monitorização futura deste in-vestimento.

Por outro lado, procurou-se evitar os investimentos que, mesmo que refletindo investimentos de natureza urbanística, possam servir de fundamentação económica para outras taxas (como as taxas de saneamento) ou outras obrigações dos particulares para com a Câmara associadas à realização de operações urbanísticas (como no regime de cedências e compensações).

Neste sentido, dentro do investimento realizado na classificação económica 07.01 (Aquisição de Bens de Capital — Investimentos) e 08 (Transferências de Capital), foram excluídas as rubricas que, nomeadamente:

Reflitam investimentos que, pela sua natureza, não configurem in-vestimentos em infraestruturas classificáveis como urbanísticas;

Configurem um investimento com utilização de caráter privado ou de utilização interna dos serviços municipais ou que prefigurem uma atuação de caráter interno dos serviços municipais ou de utilização de caráter não estritamente público;

Materializem investimentos destinados à aquisição de terrenos;Se encontrem associadas a operações envolvendo permutas e que

podem incluir contrapartidas de investimento público a cargo de priva-dos, classificadas com o tipo Y no Plano de Investimentos

Mais concretamente foram excluídas as seguintes rubricas, por ex-clusão de classificação económica, na rubrica de Investimento, corres-pondente à classificação económica de despesa atualmente em vigor, que se manteve estável nos anos de referência 2004-2007:

07.01.01.01 Terrenos

07.01.02.01.01 Habitações - Construção e Aquisição

07.01.02.01.02 Habitações - Reparação e Beneficiação

07.01.04.01.02 Construções Diversas - Esgotos

07.01.09.01 Equipamento Administrativo

07.01.12.01 Artigos e Objetos de Valor

07.01.13.01 Investimentos Incorpóreos

Na rubrica de Transferências de Capital

08.03 Transferências de Capital - Administração Central

Por exclusão de objetivo do plano:

04/03 Serviços Urbanos - Saneamento

15 Organização Municipal

Extraplano Rubricas não previstas no Plano de Investimentos

Na classificação de orgânica:

01.05 Departamento de Património Imobiliário

Igualmente, na rubrica de Transferências de Capital, correspondente à classificação económica de despesa atualmente em vigor, que se manteve estável nos anos de referência 2004-2007:

Na classificação económica:

08.02 Sociedades Financeiras

08.03 Transferências de Capital - Administração Central

08.04 Administração Regional

08.06 Segurança Social

Por exclusão de objetivo do plano:

15 Organização Municipal

Extraplano Rubricas não previstas no Plano de Investimentos

Na classificação de orgânica:

01.01 Departamento de Apoio à Presidência

01.05 Departamento de Património Imobiliário

04.02 Departamento de Contabilidade

Para os anos anteriores a 2004, foram efetuados alguns ajustamen-tos no elenco de restrições, uma vez que no período 1998 a 2007 se verificaram alterações no sistema contabilístico aplicado às autarquias locais (POCAL), correspondentes à classificação económica, bem como alterações pontuais nos códigos dos objetivos, programas e ações das Grandes Opções do Plano (Plano Anual de Atividades e Plano Plurianual de Investimentos), Orçamento e documentos de execução previstos na lei. Verificaram-se igualmente alterações pontuais nos códigos de orgânica, que foram refletidos no elenco de restrições a aplicar aos valores históricos de despesas de investimento considerados na presente fundamentação económico-financeira.

O elenco de restrições identificado supra sofreu as adaptações por alterações em várias categorias de classificação económica, de orgâ-nica ou de objetivo de plano, para manter a comparabilidade entre os vários anos:

Em 1998, o elenco de restrições aplicado foi o seguinte:

Investimento

Classificação económica:

09.01 Terrenos

09.02.01 Construção

09.02.02 Aquisição

09.02.03 Grande Reparação e Beneficiação

09.04.02 Construções Diversas - Esgotos

09.04.10 Construções Diversas - Infrestr. p/tratam. Resíd. Sólidos

Classificação de orgânica:

08.04 Departamento de Saneamento

21.00 D. Organização e Gestão do Edifício Central

Objetivo de plano:

04/02 Destino Final de RSU

04/05 Intercetor e estações trat. de esgotos

04/06 Rede de águas residuais e pluviais

18 Modernização e reorganização dos serviços

Na categoria de Transferências de Capital:

Classificação económica:

10.03 Setor Privado

10.04 Setor Cooperativo

10.05 Exterior

Page 102: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33566 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Classificação de orgânica:

01.03 Órgãos da Autarquia

08.04 Departamento de Saneamento

21.00 D. Organização e Gestão do Edifício Central

Objetivo de plano:

04/02 Destino Final de RSU

04/05 Intercetor e estações trat. de esgotos

04/06 Rede de águas residuais e pluviais

18 Modernização e reorganização dos serviços

Em 2000, registaram-se as seguintes alterações no elenco de restri-ções de Investimento:

Classificação económica:

07.01. Terrenos e Recursos Naturais

07.02.01.01 Edif e Outr Constr - Habitação - Construção

07.02.01.02 Edif e Outr Constr - Habitação - Aquisição

07.02.01.03 Edif e Outr Constr - Habitação - Repar e Beneficiação

07.02.03.02 Aquis Bens Inv. - Aquisições Div. - Esgotos

07.02.03.10 Infraest. p/ Tratam. de Resíduos Sólidos

07.04.02 Equipamento Administrativo - Adm. Local - Continente

E as restrições de Transferências de Capital alteraram para:

Classificação económica:

08.02 Administração Privada

08.03 Famílias

08.04 Exterior

Em 2001, alteraram-se as restrições de objetivo de plano de Trans-ferências de Capital:

Objetivo de plano:

18 Modernização e reorganização dos serviços

Em 2002, as seguintes alterações:

InvestimentoClassificação económica, retirada a rubrica:

07.02.03.10 Infraest. p/ Tratam. de Resíduos Sólidos

Classificação de orgânica, retirada a rubrica:

08.04 Departamento de Saneamento

Objetivo de plano, alteradas as rubricas:

04/03 Habitação Social

08 Organização Municipal

Transferências de Capital

Classificação de orgânica:

08.04 Departamento de Saneamento

21.00 D. Organização e Gestão do Edifício Central

Objetivo de plano, alteradas as rubricas:

08 Organização Municipal

Em 2003, as seguintes alterações:InvestimentoClassificação económica, introduzindo a classificação em vigor

atualmente:

07.01.01.01 Terrenos - Adm. Local – Continente

07.01.02.01.01 Habitações - Construção e Aquisição

07.01.02.01.02 Habitações - Reparação e Beneficiação

07.01.04.01.02 Construções Diversas – Esgotos

07.01.09.01 Equipamento Administrativo

07.01.12.01 Artigos e Objetos de Valor

07.01.13.01 Investimentos Incorpóreos

Transferências de capitalClassificação de orgânica, passando para as restrições em vigor

para 2007:

01.01 Departamento de Apoio à Presidência

01.05 Departamento do Património Imobiliário

04.02 Departamento de Contabilidade

Em 2004, as seguintes alterações, para Investimento e Transferências de Capital:

Objetivo de plano, mudança de código da rubrica:

15 Organização Municipal

ii) Investimento urbanístico no período 1998-2007. Receita gerada pela TRIU e sua proporcionalidade face ao investimento

Como resultado da aplicação deste elenco de restrições ao inves-timento realizado podemos apurar que o investimento de natureza urbanística se cifra em cerca de 40 % do total de investimento realizado.

Investimento (Pago), valores em milhares de €

Ano(S) de Natureza

Urbanística(N) Restante Investimento

Total %(S)

98-00 254.340 356.414 610.754 42% 01-03 217.433 451.604 661.079 33% 04-07 234.680 290.465 525.144 45%

A receita associada à cobrança da TRIU no período 2005-2007, foi obtida em relatórios específicos da aplicação informática do SAP, uma vez que esta se encontra em duas rubricas orçamentais, uma que engloba outras taxas de natureza urbanística, e outra que engloba outras taxas de natureza diversa (no período anterior a 2006).

Evolução da receita cobrada (expressão face ao total da receitae face ao investimento urbanístico)

Receita - Cobrada e Investimento Pago Unid.: 10€3

Ano TRIU (S) de Narureza

Urbanística (N) Restante Investimento

2007 9.833 61.787 63.548 16% 2006 18.815 92.946 73.483 20% 2005 26.136 28.918 119.119 90% 2004 16.706 51.028 34.314 33%

SOMA 71.490 234.680 290.465 30%

Page 103: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33567

C. Estabelecimento da matriz de coeficientes(Uso/Classe de Espaço)

Com a revisão do PDM altera-se a qualificação do espaço urbano, alteração essa que, com significado para o presente regulamento, passa pela redefinição do perfil de intervenção associada a cada categoria de espaço urbano.

Encara-se de forma distinta, em relação ao anterior Plano Diretor Municipal, a admissão e combinação de usos a promover.

Associado ao acima descrito, verifica-se um esforço de simplificação da fórmula de cálculo das taxas.

Neste contexto, na atual revisão do Regulamento não se diferenciam os coeficientes de cálculo da TRIU em função dos usos. Permanece, apenas, o conceito de distinção do coeficiente em função da qualificação do espaço urbano, promovendo a realização das operações urbanísticas de construção nova ou ampliação (que são aquelas que originam o pagamento da TRIU) em áreas a consolidar, em comparação com as áreas consolidadas.

Complementarmente, o novo Regulamento de PDM veio a estabele-cer um n.º mínimo e máximo de lugares de estacionamento a considerar em cada operação urbanística, consoante o uso e a classificação da zona em que se insere para esse efeito. Assim, optou-se por estabelecer um coeficiente específico, para a taxa associada à área afeta a estaciona-mento, que incidirá, apenas, sobre o n.º de lugares acima do mínimo estabelecido pelo regulamento, mantendo-se, portanto, a isenção de taxa associada ao estacionamento exigido pelo PDM.

Assim, a fórmula de cálculo da TRIU passará a ser dada por:

TRIU = (∑ (A x C3) + (25 x L x E)) x VUtriu

sendo,

A: superfície de pavimento (medida em m2), acrescida pela operação de loteamento, pela edificação ou utilização, por categoria de qualifi-cação de espaço urbano.

Coeficiente C3: Diferencia as intervenções de acordo com a loca-lização (Qualificação de espaço urbano do PDM. O valor para cada categoria de espaço é obtido a partir da Matriz C3.

L: n.º de lugares de estacionamento acima do mínimo estabelecido no RPDM, para a operação urbanística.

E: Coeficiente adicional a aplicar ao n.º de lugares de estacionamento acima do mínimo estabelecido no RPDM

VUtriu

é o Valor Unitário atualizados anualmente, através do Re-gulamento do Orçamento do Município de Lisboa para cada ano fi-nanceiro.

C3

Habitação,Turismo,

Equipamento, Terciário,Indústria,Logística

Espaços a Consolidar 3,0Espaços Consolidados 4,0

E Estacionamento

Zona A 2,0Zona B 1,5Zona C 0,0Zona D 1,0

D. Proposta de Valor Unitário para as TRIU

i) Definição do valor unitário para aplicação da TRIUO modelo de cálculo da Taxa pela Realização, Reforço e Manutenção

de Infraestruturas Urbanísticas (TRIU) faz incidir a taxa no diferencial de superfície de pavimento por uso, induzido pela operação urbanística, no sentido de remunerar o investimento destinado a dotar a cidade de infraestruturas capazes de fazer face à sobrecarga urbanística gerada.

No modelo agora proposto procurou-se clarificar que a incidência do investimento em infraestruturas urbanísticas não se destina a financiar a aquisição de terreno necessária à sua realização. Este terreno deve ser, a priori, cedido ao município ou adquirido com base em compen-sações efetuadas para esse efeito, no âmbito do RPDML e do regime de cedências e compensações.

Deste modo, não só se excluiu o investimento destinado à aquisição de terrenos da base de investimento a remunerar por esta taxa, com tam-bém se abandonou o fundamento fundiário na discriminação territorial (zonamento) da taxa a pagar.

Por outro lado, o modelo proposto abandona o conceito de lote-pa-drão, pelo que, quando se promove a comparação entre o modelo atual e o proposto, poderá interessar compreender as diferenças que residem no abandono do conceito de lote-padrão das diferenças que resultam da alteração de outras componentes da fórmula de cálculo, como dos coeficientes adotados.

Para este efeito foi criado um cenário de comparação intermédio, que corresponde a uma situação idêntica à atual, mas na qual os processos não fossem discriminados no montante em que excedem o lote-padrão e em que o Valor Unitário foi revisto de modo a manter o volume de receita gerado.

Para poder simular a comparação do modelo proposto com o modelo atual (em vigor e com o cenário do modelo atual sem lote padrão), foi sistematizada informação de cálculo de TRIU para todos os processos re-gistados informaticamente em GESTURBE. Destes processos retiveram-se aqueles para os quais foi considerado haver TRIU a pagar e que dispu-nham de informação em Quadro Sinóptico consistente com os valores de TRIU apurada. Este conjunto representa um pouco mais de 500 processos.

O valor unitário proposto, nesta fase do trabalho é: VUtriu

19,35€.Este Valor Unitário é o encontrado no cenário intermédio de abandono

do lote-padrão, no pressuposto de manutenção da receita gerada pelo mo-delo atual. Para o universo de processos usados em simulação de impacto da introdução do novo modelo, é possível estimar um volume de receita ligeiramente superior à calculada para esses mesmos processos no modelo atual (usando VU

triu 19,35€ para o ano em curso e tendo-se, para efeitos

de simulação, efetuado um incremento proporcionalmente idêntico ao valor unitário dos processos cuja taxa foi calculada em anos anteriores).

É de sublinhar que a receita gerada pelo modelo atual correspondeu, em média e para o período de 2004 a 2007, a cerca de 30 % do Investi-mento urbanístico realizado. O valor unitário aqui proposto estima-se que possa possibilitar um incremento da receita, que poderá atingir cerca de 37 % do investimento realizado.

Esta opção de Valor Unitário tendo um fundamento eminentemente técnico poderá ser, até à aprovação do Regulamento, reconsiderada por opção política em sede própria.

Note-se que, dadas as condicionantes de qualidade de informação adiante referidas e o tempo disponível até à entrada em vigor deste Regulamento a 1 de janeiro de 2009, é importante que se possa moni-torizar o modelo, no que respeita aos seus coeficientes e valor unitário propostos, com informação real consistente e com qualidade, para análise e experimentação. Esta informação será baseada nos quadros do INE fornecidos pelos técnicos autores e validados pelos técnicos responsáveis pelo controlo prévio das operações urbanísticas. A expe-rimentação será possível com recurso a meios de suporte informático para o cálculo de taxas que estarão integrados na aplicação GESTURBE e disponíveis para utilização dos interessados em geral, conforme previsto no projeto SIMPLIS.

O modelo proposto prevê a possibilidade de criar dois valores uni-tários referentes à TRIU, um para operações de loteamento e obras de edificação com impacte semelhante a loteamento e outro para as restantes operações urbanísticas. Até à deliberação sobre o presente pode-se, politicamente, optar pela discriminação dos dois valores, em sede própria. Nesta análise os valores unitários são idênticos, uma vez que nem sempre é possível avaliar, para situações passadas, se as edificações têm impacte semelhante a loteamento, se o pagamento da TRIU que nestas ocorre resulta de um diferimento temporal do paga-mento devido em sede de loteamento; ou se, pelo contrário, se trata de uma edificação sem impacte semelhante a loteamento. Assim, ao se recorrer para todos os casos ao valor unitário mais baixo, opta-se por uma perspetiva mais conservadora, ainda que se potencie alguma subavaliação do montante global de receita a gerar.

Page 104: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33568 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

ii) Perceção do impacto da alteração do modelode cálculo da TRIU

Devemos começar por considerar que, na prática, se verifica no modelo atual que o cálculo da TRIU se baseia em dados (diferenças de áreas de construção por uso entre o proposto, o lote padrão e o existente) medidos exclusivamente para o efeito, dados esses que apresentam diferenças, por vezes significativas, dos dados apresentados no âmbito do quadro estatístico do INE ou do quadro sinóptico.

Ora, passando a assumir um modelo em que os dados se baseiam nos elementos estatísticos apresentados pelo requerente e validados pelos técnicos, temos que, na simulação com base em dados anteriores, se antecipe que algumas diferenças se justifiquem quer pelas alterações introduzidas pelo modelo, quer por diferenças (inconsistências) entres os dados apresentados pelos requerentes e os dados calculados inter-namente para efeitos de apuramento de taxas.

Deste modo, quer por existir uma profunda alteração de modelo, quer por se constatar alguma inconsistência de informação, verifica-se uma baixa relação entre os valores a pagar por um processo no atual modelo e o que estes pagam no modelo proposto (gráficos seguintes), sendo que, ainda assim, essa correlação é um pouco mais significativa quando comparamos o modelo proposto com o cenário intermédio criado.

Nota-se, como referido, uma fraca correlação entre a situação atual (original) e a simulação efetuada para o modelo proposto, com base nos dados do quadro sinóptico. Deste modo, ainda que com algumas reservas, podemos verificar que para os processos que na situação atual não viram a sua área agravada por excederem no todo ou em parte o lote-padrão, se regista tendencialmente um acréscimo de valor, ao passo que para os restantes esse valor tende a decrescer. Este facto resulta de se ter procurado um valor unitário que aproxime o valor global de receitas gerado pelo modelo do registado atualmente.

Para poder compreender as alterações introduzidas no modelo pelo abandono do lote-padrão, daquelas que resultam de outras alterações introduzidas, nomeadamente ao nível das variações de zonamento ou do agravamento do acréscimo de fogos, criámos um cenário de comparação intermédio. Neste cenário apurámos para cada processo o valor de TRIU associado ao modelo atual, se neste não existisse agravamento por excesso ao lote-padrão. Neste cenário o valor unitário foi aumentado, de modo a permitir gerar o mesmo volume de recitas que no modelo em vigor.

As reservas apresentadas à consistência da informação não recomen-dam uma muito maior explanação dos impactos analisados.

3 — Exemplos de aplicação das taxas referidas em 1 e 2e ilustração de impacto.

O valor unitário das taxas devidas, pelos serviços administrativos e técnicos prestados no âmbito do RJUE e pela realização manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas, bem como, as fórmulas de cálculo associadas a cada taxa foram sujeitos a testes de aplicação, tendo-se para o efeito criado exemplos, que não esgotam as experiências visando adequação do modelo aos objetivos definidos. Na construção destes exemplos o valor unitário usado para o cálculo das taxas devidas pelos serviços administrativos foi de 120€.

A proposta de cálculo da TRIU poderá ser objeto de experimentação, por todos os interessados durante o período de consulta pública do Regulamento Municipal de Taxas, o mesmo acontecendo com o cálculo das restantes taxas previstas no Regulamento.

Apresentam-se em seguida os exemplos criados:

A. Obras de Alteração.

i) Obra de alteração num fogo.Para efeito deste exemplo iremos simular as taxas a pagar por uma

obra de alteração num fogo de 100 m2 em Área Consolidada de Edifícios de Utilização Coletiva Habitacional. Poderemos tomar este exemplo com o de uma obra que se enquadra no conceito de reabilitação ur-bana.

a) Se não tiver alterações, da estrutura, da cércea, da forma das fachadas ou do telhado.

Nesta circunstância esta operação urbanística estará sujeita a licen-ciamento se ocorrer em área abrangida por servidão administrativa e estará isenta de licenciamento e comunicação no caso contrário.

No modelo proposto esta intervenção estaria isenta do pagamento de taxas. No modelo atual, caso fosse objeto de licenciamento, esta operação urbanística pagaria 168€ de licença.

b) Caso altere a estrutura, a cércea, a forma das fachadas ou do telhado, estará sujeita a licenciamento ou a comunicação prévia con-forme o RJUE.

No modelo proposto o caso referido estaria sujeito ao pagamento de 480 € de taxa de licença. Como referência de impacto deve-se acres-centar que no modelo atual esta obra pagaria 244€, devido à alteração de fachada (simulada em 12 m2).

ii) Obras de alteração com acréscimo de fogosA título de exemplo consideramos, neste ponto, obras de alteração em

Área Consolidada de Edifícios de Utilização Coletiva Habitacional, com acréscimo de fogos, simulando, para o efeito, uma obra de remodelação interior sem alteração de fachada, mas com alterações estruturais.

a) Obra de alterações de 500 m2, com acréscimo de 2 para 3 fogos.b) Obra de alterações de 2000 m2, com acréscimo de 12 para 18

fogos.

No modelo proposto a taxa por prestação de serviços seria de 768€ para a alínea a) e de 1440€ para a alínea b). No modelo atual as taxas seriam de 840€ e de 3360€, respetivamente.

Quanto à TRIU o valor das taxas no modelo proposto seria de 387€ na alínea a) e de 2.322€ na alínea b). Para o modelo atual não haveria lugar ao pagamento de TRIU. Sendo que, nesta situação, o adicional a pagar em TRIU mais do que anula o diferencial registado na taxa devida pela prestação de serviços.

Esta situação deriva do princípio de se considerar no modelo pro-posto que, para efeitos de TRIU, ao acréscimo de fogos está associada uma sobrecarga urbanística, mesmo quando não se registe alteração de área de construção.

iii) Obras de alteração com alteração de usosConsidere-se, a título exemplificativo uma obra de alteração, com

alteração de uso, num prédio da Área Histórica da Baixa de 900 m2.a) De um prédio com 300 m2 de Habitação, 150 m2 Comércio e

450 m2 Serviços, para um prédio com 150 m2 Comércio e 750 m2

Serviçosb) A situação inversa; de um prédio com 150 m2 Comércio e 750 m2

Serviços, para uma situação com 300 m2 de Habitação, 150 m2 Comércio e 450 m2 Serviços.

A taxa de licença atual vê-se reduzida em ambas as situações, de 1512€ no modelo atual, para 1056€ no modelo proposto.

No que respeita à TRIU, para a a) resulta um acréscimo de cerca de 7500€, resultado de um agravamento da taxa a pagar de 4114€ para

Page 105: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33569

11610€, este agravamento deve-se a um desincentivo ao acréscimo da terciarização por substituição da habitação, com maior expressão, nesta classe de espaço, no modelo proposto. No caso de b) não se regista TRIU a pagar em nenhum dos modelos.

B. Obras de Ampliação.

iv) Obras de ampliação em moradia.Neste exemplo ilustramos uma obra de ampliação de moradia, de

110 m2 para 170 m2, em Área Consolidada de Moradias.Trata-se duma operação urbanística sem alteração do número de fogos

que é frequente nas áreas consolidadas de moradias. Da ampliação resul-tam alterações de fachada estimadas em 180 m2 e a alteração do muro de vedação confinante com a via pública com 8 m de comprimento.

Como resultado verifica-se, no modelo proposto, uma redução da taxa devida pelos serviços administrativos prestados em cerca de 306€. Esta diferença deve-se, essencialmente, ao montante inerente à altera-ção de fachada, que no modelo atual é taxada em situações deste tipo. Regista-se um acréscimo de TRIU no modelo proposto em cerca de 840€, que anula a redução da taxa anterior.

v) Obras de ampliação num fogo.Tomemos como exemplo uma obra de ampliação de 50 m2 num fogo

em Área Histórica (de 70 m2 para 120 m2). Admitindo duas situações distintas:

a) Integração por reformulação de área anteriormente não habitável, por exemplo, de uma arrecadação exterior ao fogo.

b) Aproveitamento de sótão, com elevação da cobertura.

Em ambas as hipóteses o valor da taxa pelo serviço proposta é de 720€. Admitindo que a ampliação na hipótese da alínea a) altera 45 m2

de fachadas e na alínea b) 16 m2, o valor da taxa atual seria inferior em ambos os casos, sendo de 486€ na alínea a), e de 303€ na alínea b).

Quanto à TRIU, no modelo proposto o valor seria de 2 419€ em ambas as alíneas. Considerando que no modelo atual esta alteração ultrapassava o lote padrão, quer por aumento da profundidade na alínea a), quer por acréscimo da cércea na alínea b), pela ampliação seria devida em ambas as situações um valor de TRIU de 9 873€.

C. Obras de Construção Nova (com edificação preexistente).

vi) Obra de construção nova de um edifício de 7 pisos(substituição de um edifício de 4)

Tipificámos uma obra de Construção (Nova) de 1000 m2, por subs-tituição de uma preexistência de 712 m2 de Habitação, com diferentes aproveitamentos de uso e em diferentes localizações. Usos 100%

HabitaçãoHabitação

c/10%Comércio

Serviçosc/10%

Comércio Área de Expansão Mista a) b) c) Área Consolidada Ed. Util. Colet. Habit. d) e) f) Área Consolidada Ed. Util. Colet. Terciária g) h) i)

Nestes exemplos comparam-se, em coluna as taxas para diferentes localizações e, em linha as taxas devidas por diferentes percentagens de uso para um mesmo local.

No modelo proposto em área de expansão mista não há desincentivo à construção (nova). Assim os valores das taxas pelo serviço prestado no novo modelo são, nas alíneas a), b) e c) de 2112€.

A taxa mantem-se quando se consideram os casos das alíneas d) ag), uma vez que não estamos a diferenciar a taxa a pagar consoante o uso e a localização.

Taxas Licença

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 2.112 € 2.112 € 2.112 € Consolidada de Habitação Coletiva 2.112 € 2.112 € 2.112 € Consolidada Terciária 2.112 € 2.112 € 2.112 €

Para avaliar o impacto da alteração em relação ao modelo atual, foi feita a conversão da localização referenciada ao modelo proposto, a localização em Área de Expansão Mista corresponde ao 2.º escalão nas taxas de licença e à Zona 3 na TRIU, e a localização em Área Conso-lidada corresponde ao 1.º escalão das taxas de licença e, na TRIU; à Zona 4 no caso de Edifícios de Utilização Coletiva Habitacional e à zona 5 no caso de Edifícios de Utilização Coletiva Mista.

Com estes pressupostos a taxa de licença seria no modelo atual para as alíneas a) b) e c) de 1542€ e para as restantes de 1851€.

Quanto à TRIU, considerando a preexistência de 712 m2 de habitação, os valores no modelo proposto para cada uma das alíneas são:

TRIU

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 18.653 € 18.847 € 8.978 € Consolidada de Habitação Coletiva 13.081 € 17.144 € 68.228 € Consolidada Terciária 21.440 € 21.633 € 11.765 €

No conjunto resultam as seguintes diferenças agregadas:

Diferença Agregada

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 12.114 € 11.485 € -5.788 € Consolidada de Habitação Coletiva -5.614 € -3.745 € 27.593 € Consolidada Terciária -1.994 € -4.543 € -39.094 €

D. Obras de Construção Nova.

vii) Obras de Construção de 2.000 m2 (sem preexistências)

Tipificamos uma obra de Construção Nova de 2000 m2, com di-ferentes aproveitamentos de uso e em diferentes localizações. Estes exemplos diferem dos anteriores por a área de construção ser superior, por não haver preexistência e por se ter considerado uma arquitetura com 55m2 de corpos balançados Usos 100%

HabitaçãoHabitaçãoc/10%Comércio

Serviçosc/10%Comércio

Área de Expansão Mista a) b) c) Área Consolidada Ed. Util. Colet. Habit. d) e) f) Área Consolidada Ed. Util. Colet.Terciária g) h) i)

No que respeita à taxa de serviço, as diferenças registadas no modelo atual decorrem, essencialmente, da aplicação do coeficiente de agra-vamento (de 20 %) por se localizar em vias de 1.º escalão, por compa-ração com uma operação urbanística idêntica em vias de 2.º escalão. No modelo proposto, não há oscilação de valores de acordo com a localização na cidade.

Taxas Licença

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% ComércioServiços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 2.880 € 2.880 € 2.880 € Consolidada de Habitação Coletiva 2.880 € 2.880 € 2.880 € Consolidada Terciária 2.880 € 2.880 € 2.880 €

Na situação atual, no cálculo da TRIU o terciário é sempre penali-zado face à habitação, independentemente da localização na cidade. No modelo proposto, esse facto depende da localização, numa lógica de (des)incentivo de acordo com os referidos objetivos estratégicos de natureza urbanística. Daí que uma construção exclusivamente terciária possa pagar mais de TRIU, se em Área Habitacional, ou menos se em Área Mista ou Terciária.

TRIU

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 126.549 € 127.323 € 100.620 € Consolidada de Habitação Coletiva 87.849 € 96.363 € 191.565 € Consolidada Terciária 145.899 € 146.673 € 119.970 €

Diferença Agregada

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Mista 23.768 € 21.193 € -35.071 € Consolidada de Habitação Coletiva -49.228 € -45.172 € 10.608 € Consolidada Terciária -24.088 € -28.869 € -104.867 €

viii) Obras de Construção de 20.000 m2 (sem preexistências)No presente exemplo alterou-se a localização e projetou-se uma

construção com uma área muito superior à dos exemplos anteriores, sem preexistências.

Page 106: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33570 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Usos 100%

HabitaçãoHabitaçãoc/10%Comércio

Serviçosc/10%Comércio

Área de Expansão Habitacional a) b) c) Área Consolidada Ed. Util. Colet. Mista d) e) f) Área Consolidada Industrial g) h) i)

Taxas Licença

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Habitacional 6.720 € 6.720 € 6.720 € Consolidada Mista 6.720 € 6.720 € 6.720 € Consolidada Industrial 6.720 € 6.720 € 6.720 €

TRIU

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Habitacional 657.900 € 731.430 € 1.354.500 € Consolidada Mista 1.044.900 € 1.099.080 € 1.548.000 € Consolidada Industrial 1.044.900 € 1.099.080 € 1.548.000 €

Taxas Licença

Usos100%

HabitaçãoHabitação

c/10% Comércio Serviços

c/10% ComércioReconversão ou Estruturação Habitacional 6.720 € 6.720 € 6.720 € Consolidada Mista 6.720 € 6.720 € 6.720 € Consolidada Industrial 6.720 € 6.720 € 6.720 €

No modelo proposto as taxas pelo serviço/licenciamento são infe-riores às correspondentes no modelo atual, enquanto a TRIU apresenta valores superiores. Esta relação torna-se mais evidente com o aumento de área de construção uma vez que no modelo atual ambas as taxas crescem de forma diretamente proporcional ao aumento de área bruta de construção, enquanto no modelo proposto apenas a TRIU tem esse com-portamento, enquanto a taxa de serviço/licença tem um crescimento por escalões que não é diretamente proporcional à área de construção.

Note-se ainda que, enquanto que no modelo proposto as taxas de licença passam dos 2100€ (no exemplo vi)) para 6700 (no exemplo viii)); no modelo atual essas mesmas taxas oscilam entre os 1500€ e os 82000€.

Com poucas exceções, as taxas de serviço são inferiores às atuais taxas de licença, mas abrangem um universo mais vasto uma vez que são devidas pela totalidade dos pedidos, não abrangidos pelas isenções previstas no articulado do Regulamento e não apenas pelas licenças emitidas.

Quadro Síntese dos Exemplos Apresentados

(Parte I)

Designação ClasseEspaço

Operação Urbanística

Modelo Proposto Diferenças face ao Modelo Atual

ValorLicença Valor TRIU Licença TRIU Agregada

i) a) CHC Alteração 0 € 0 € -168 € 0 € -168 € i) b) CHC Alteração 480 € 0 € 236 € 0 € 236 € ii) a) CHC Alteração 768 € 387 € -72 € 387 € 315 € ii) b) CHC Alteração 1.440 € 2.322 € -1.920 € 2.322 € 402 € iii) a) HB Alteração 1.056 € 11.610 € -456 € 7.496 € 7.040 € iii) b) HB Alteração 1.056 € 0 € -456 € 0 € -456 € iv) CMo Ampliação 1.152 € 2.322 € -306 € 841 € 535 € v) a) HH Ampliação 720 € 2.419 € 234 € -7.454 € -7.220 € v) b) HH Ampliação 720 € 2.419 € 417 € -7.454 € -7.037 € vi) a) REM Construção 2.112 € 18.653 € 570 € 11.545 € 12.114 € vi) b) REM Construção 2.112 € 18.847 € 570 € 10.916 € 11.485 € vi). c) REM Construção 2.112 € 8.978 € 570 € -6.358 € -5.788 € vi) d) CHC Construção 2.112 € 13.081 € 261 € -5.876 € -5.614 € vi) e) CHC Construção 2.112 € 17.144 € 261 € -4.006 € -3.745 € vi) f) CHC Construção 2.112 € 68.228 € 261 € 27.332 € 27.593 € vi). g) CT Construção 2.112 € 21.440 € 261 € -2.255 € -1.994 € vi) h) CT Construção 2.112 € 21.633 € 261 € -4.804 € -4.543 € vi) i) CT Construção 2.112 € 11.765 € 261 € -39.355 € -39.094 € vii) a) REM Construção 2.880 € 126.549 € -4.051 € 27.819 € 23.768 € vii) b) REM Construção 2.880 € 127.323 € -4.109 € 25.302 € 21.193 € vii) c) REM Construção 2.880 € 100.620 € -4.051 € -31.020 € -35.071 € vii) d) CHC Construção 2.880 € 87.849 € -5.437 € -43.791 € -49.228 € vii) e) CHC Construção 2.880 € 96.363 € -5.507 € -39.665 € -45.172 € vii) f) CHC Construção 2.880 € 191.565 € -5.437 € 16.045 € 10.608 €

Designação ClasseEspaço

Operação Urbanística

Modelo Proposto Diferenças face ao Modelo Atual

ValorLicença Valor TRIU Licença TRIU Agregada

vii) g) CT Construção 2.880 € 145.899 € -5.437 € -18.651 € -24.088 € vii) h) CT Construção 2.880 € 146.673 € -5.507 € -23.362 € -28.869 € vii) i) CT Construção 2.880 € 119.970 € -5.437 € -99.430 € -104.867 € viii) a) REH Construção 6.720 € 657.900 € -61.519 € 164.250 € 102.731 € viii) b) REH Construção 6.720 € 731.430 € -61.578 € 221.325 € 159.748 € viii) c) REH Construção 6.720 € 1.354.500 € -61.519 € 696.300 € 634.781 € viii) d) CM Construção 6.720 € 1.044.900 € -75.167 € 386.700 € 311.533 € viii) e) CM Construção 6.720 € 1.099.080 € -75.237 € 418.940 € 343.703 € viii) f) CM Construção 6.720 € 1.548.000 € -75.167 € 670.400 € 595.233 € viii) g) CI Construção 6.720 € 1.044.900 € -75.167 € 551.250 € 476.083 € viii) h) CI Construção 6.720 € 1.099.080 € -75.237 € 588.975 € 513.738 € viii) i) CI Construção 6.720 € 1.548.000 € -75.167 € 889.800 € 814.633 €

Classes de Espaço — CHC: Consolidada de Habitação Coletiva; CI: Consolidada Industrial; CMi: Consolidada Mista; CMo: Consolidada de Moradias; CT: Consolidada Terciária; HB: Histórica da Baixa; HH: Histórica Habitacional; REH: Reconversão ou Estruturação Habitacio-nal; REM: Reconversão ou Estruturação Mista;

Quadro Síntese dos Exemplos Apresentados

(Parte II)

Designação ABC existente

NoFogos

ABC proposta

No Fogos Total Hab. Com. Serv. existentes Hab. Com. Serv. Hab. propostos

i) a) 100 100 1 100 100 1i) b) 100 100 1 100 100 1 ii) a) 500 500 2 500 500 3 ii) b) 2.000 2.000 12 2.000 2.000 18 iii) a) 900 300 150 450 3 900 150 750 iii) b) 900 150 750 900 300 150 450 3 iv) 110 110 1 170 170 1 v) a) 70 70 1 120 120 1 v) b) 70 70 1 120 120 1 vi) a) 712 712 9 1.000 1.000 14 vi) b) 712 712 9 1.000 900 100 12 vi). c) 712 712 9 1.000 100 900 0 vi) d) 712 712 9 1.000 1.000 14 vi) e) 712 712 9 1.000 900 100 12 vi) f) 712 712 9 1.000 100 900 0 vi). g) 712 712 9 1.000 1.000 14 vi) h) 712 712 9 1.000 900 100 12 vi) i) 712 712 9 1.000 100 900 0 vii) a) 2.000 2.000 27 vii) b) 2.000 1.800 200 24 vii) c) 2.000 200 1.800 0 vii) d) 2.000 2.000 27 vii) e) 2.000 1.800 200 24 vii) f) 2.000 200 1.800 0 vii) g) 2.000 2.000 27 vii) h) 2.000 1.800 200 24 vii) i) 2.000 200 1.800 0 viii) a) 20.000 20.000 200 viii) b) 20.000 18.000 2.000 190 viii) c) 20.000 2.000 18.000 0 viii) d) 20.000 20.000 200 viii) e) 20.000 18.000 2.000 190 viii) f) 20.000 2.000 18.000 0 viii) g) 20.000 20.000 200 viii) h) 20.000 18.000 2.000 190 viii) i) 20.000 2.000 18.000 0

4 — Taxa pela Ocupação do Domínio Públicoe Privado Municipal

A. Fundamentação para a cobrança da Taxa desta natureza

Esta taxa é devida pela «Utilização e aproveitamento de bens do domínio público municipal, designadamente a ocupação da via pública por motivo de realização de obras particulares».

A possibilidade de ocupar o domínio público municipal, para a realização duma operação urbanística, decorre do reconhecimento por parte da Administração dessa necessidade, constituindo a permissão de ocupação um benefício para o dono da obra e para os empreiteiros e empresas responsáveis pela realização dos trabalhos.

Page 107: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33571

A ocupação de espaços públicos na cidade, para a implantação de estaleiros de apoio à realização de operações urbanísticas de edificação ou de urbanização, ainda que contida em extensão e cuidada quanto à segurança pública, aos materiais utilizados nas proteções e, à estética e integração na envolvente, tem impactos negativos no normal funcio-namento da cidade:

a) Impõe aos cidadãos incómodos na circulação pedonal e na fruição dos espaços públicos, quando cria obstáculos, altera larguras, perfis e pavimentos de passeios, altera passagens para atravessamento de vias ou restringe os espaços de estadia e lazer.

b) Congestiona e dificulta a circulação automóvel, quando limita ou altera a capacidade das vias de forma continuada ao longo do tempo de duração da obra, ou quando congestiona a circulação por motivo de cargas e descargas ou para a realização de trabalhos temporários com maior ocupação da via pública.

c) É geradora de poluição ambiental, pela natureza dos trabalhos associados em maior ou menor grau ao curso duma obra consoante as características da mesma.

Estes impactos negativos devem ser ponderados em função da lo-calização na cidade. Porque os inconvenientes não são idênticos em todas as áreas da cidade, são maiores em áreas centrais, onde converge maior atividade, quer de cidadãos, quer de visitantes, do que em áreas periféricas, e também têm maior importância em malhas históricas com população mais idosa do que em zonas novas ou com maior desafogo de espaço público.

Finalmente, à medida que se prolonga no tempo a ocupação da via pública aumentam, naturalmente, os incómodos provocados e o número de cidadãos afetados.

Assim, o valor da taxa devida pela ocupação da via pública, devendo conter-se nos limites previstos no artigo 4.º da Lei n.º 53-E/2006 (ou seja, neste caso, o benefício auferido pelo particular), tem como critérios de determinação o valor da disponibilização de um bem municipal e, sobretudo, o desincentivo a uma situação geradora de impactos nega-tivos ponderado, para cada tipo de ocupação, em função da localização da intervenção na cidade e da duração da ocupação.

B. Critérios de ponderação dos impactos das ocupaçõesNo presente capítulo pretende-se explicitar os critérios de valoração

que presidem ao modelo de taxas de ocupação da via pública.Considera-se como pressuposto da proposta que o dimensionamento

do estaleiro da obra deve basear-se no princípio da contenção de meios aos estritamente necessários para o desenvolvimento dos trabalhos pre-viamente calendarizados, evitando a manutenção em obra de materiais e o estacionamento de equipamentos ou instalações sem utilidade, cujo destino deve ser o dum estaleiro de retaguarda da construtora.

A ponderação dos impactos das ocupações faz-se em duas vertentes fundamentais, a do espaço físico afeto à obra e a da poluição provocada pela natureza das ocupações e dos trabalhos inerentes à mesma. A pri-meira limita e condiciona a circulação de automóveis e pessoas, e que impede a fruição, por estas, de espaços públicos, casos das alíneas a)e b) do capítulo anterior, a segunda, a que respeita a alínea c), tem como consequência a degradação das condições ambientais urbanas. Para ambas o tempo constituiu um fator de agravamento que é tomado de forma linear, tendo em atenção a diversidade de circunstâncias que determinam a duração das ocupações do espaço municipal.

Para reduzir os inconvenientes das obras particulares na cidade pretende-se, com a criação de taxas, incentivar as boas práticas de organização e ocupação do estaleiro de obra, maximizando a ocupação no interior da parcela objeto da intervenção.

No caso de ocupação do espaço público em área delimitada por tapume, privilegia-se a que ocorre na frente do prédio em detrimento de outra localização, ainda que na mesma frente de rua, extravasando os limites do prédio ou separada deste e, ainda, por exemplo, numa «ilha» ou na frente de rua oposta ao prédio.

Incentiva-se a redução ao nível do solo, quer da área ocupada, quer da sobrecarga por equipamentos fixos e instalações (I.S., escritórios ou outras), não estando sujeitos a taxas os equipamentos móveis ou não fixos no solo, com exceção das máquinas e aparelhos elevatórios. Quando as instalações ou os equipamentos estiverem suspensos ou sobrepostos, a taxa por unidade é reduzida a 20 % do valor aplicado às ocupações no solo.

O perímetro da ocupação com tapume é um indicador da externali-dade negativa deste no ambiente urbano que deve ser contida.

De igual modo, a ocupação com tubo de descarga de entulhos gera im-pacto negativo, na imagem e ambiente urbanos e sendo, frequentemente, o único elemento da obra cuja permanência se prolonga no tempo, justifica-se para incentivo de boas práticas que seja taxado por unidade e tempo independentemente dos restantes elementos da obra.

As gruas e guindastes são equipamentos que associam à ocupação em área e sobrecarga no solo um elevado impacto na paisagem ur-bana, sendo que a sua permanência em obra deve ser rigorosamente limitada no tempo. Assim, a esta ocupação corresponde uma taxa por unidade e localização superior à das restantes máquinas e aparelhos elevatórios.

Embora não constitua apoio à obra é, frequentemente, solicitada, em relação direta com a operação urbanística, a ocupação do espaço público para instalações destinadas à promoção das vendas do imóvel a que respeita a obra — “stand” de vendas. Esta ocupação foi incluída no presente regulamento, tendo em atenção a sua relação com uma operação urbanística e o objetivo de limitar todas as ocupações do espaço público por motivo de obras particulares ao prazo limite para conclusão dos trabalhos. Havendo soluções alternativas para promoção das vendas sem impacto no espaço público, a ocupação com stand é taxada por unidade e por área e sobrecarga no solo, para além de ser agravada de acordo com o seu prolongamento no tempo.

C. Proposta de valor unitário para taxade ocupação do domínio público

O modelo de taxas de ocupação da via pública, com pequenas altera-ções, adota, em termos de medição das ocupações e quanto à valoração dos impactos negativos, uma escala de ponderação idêntica à que tem vindo a ser aplicada no município de Lisboa nas últimas décadas.

As alterações mais significativas são, quanto ao conteúdo, a introdu-ção dum fator de localização da intervenção na cidade, que penaliza de forma diferente as ocupações e, quanto à forma, a síntese dos valores unitários para as várias tipologias de ocupação num único valor unitário VU

o, ponderando através do coeficiente C1 variável conforme a locali-

zação e tipologia da ocupação, que constitui a matriz de ponderação.Tomou-se como valor base de referência, a ocupação a que corres-

pondia ao valor unitário de C1, pelo que o VUo era o valor da taxa para

um metro quadrado de ocupação dentro do tapume, durante um mês, numa área de estruturação ou de reconversão urbanística.

Considerando que se mantinham os pressupostos que determinaram a definição do desincentivo a situações geradoras de impactos negativos, o valor unitário estabelecido foi de 12,5 €. Este valor unitário não foi alterado na análise e proposta de alterações deste capítulo do presente regulamento.

A experiência acumulada pelos serviços que fazem o controlo prévio e a fiscalização dos pedidos de ocupação da via pública foi capitalizada para a validação dos fatores de penalização e para a atualização ou correção de situações que a prática demonstrou não estarem adaptadas à realidade.

Porém, verificou-se desde a entrada em vigor do Regulamento Aviso n.º 11983/2009, em 7 de agosto, e pela operacionalização e monito-rização do mesmo a necessidade de, por um lado, simplificar ainda mais o modelo de cálculo e, por outro, corrigir a expressão excessiva das taxas de ocupação do espaço municipal no contexto da atividade urbanística e operações conexas, que se verificou estar em contradição com o exposto no início deste ponto.

Assim, a matriz C1 foi depurada passando a conter apenas a informa-ção necessária, procedeu-se à redução dos fatores de ponderação de área e de extensão dos tapumes a um único parâmetro em função da área, o qual traduz, cumulativamente, o impacto da superfície/sobrecarga no solo e a externalidade negativa gerada pela poluição ambiental. Foram reduzidos também os valores de C1 para as ocupações com tapume e andaime.

De acordo com a monitorização efetuada, apresenta-se em se-guida uma seleção de casos práticos nos quais se baseiam análises comparativas, da presente solução, com a regulamentação de taxas de ocupação de espaço público e municipal, na Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais (TTORM) e no regulamento em vigor. Apresenta-se, também, a exemplificação da aplicação do presente modelo na perspetiva da verificação do resultado concreto dos cri-térios de ponderação enunciados e, no essencial, da prossecução dos objetivos de redução de impactos e externalidades negativas através de boas práticas.

No primeiro conjunto de exemplos procuramos captar o impacto da entrada em vigor do novo regulamento de taxas, simulando situações de Licença de Ocupação do Domínio Público e Privado Municipal que por simplificação são transpostas para Área Consolidada, pelo período de meses indicado por t, para área vedada por tapume e andaime, com a forma ilustrada. Por este conjunto de exemplos é visível que a área coberta por tapume passa a pagar 4,7 vezes mais do que com o modelo até aí em vigor; que o perímetro do tapume e o andaime passam a pagar 5,6 vezes mais que na situação anterior.

Page 108: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33572 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

i)

Modelo Proposto (publicado)

TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 45 12 1.711,80 8.100,00 4,7Tapume (perímetro) 23 12 1 248,40 1.380,00 5,6Andaime 16 12 3 518,40 2.880,00 5,6 2.478,60 12.360,00 5,0 Valor mensal 206,55 1.030,00

ii)

Modelo Proposto (publicado)

TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 515,7 24 39.232,17 185.641,20 4,7 Tapume (perímetro) 273,8 24 1 5.913,22 32.851,20 5,6 Andaime 31,6 24 5 3.412,80 18.960,00 5,6 48.558,19 237.452,40 4,9

Valor

mensal 2.023,26 9.893,85

iii)

Modelo Proposto (publicado)

TTORMAC

m2 t Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 52,8 13 2.175,89 10.296,00 4,7Tapume (perímetro) 22,9 13 1 267,93 1.488,50 5,6Andaime 16,5 13 6 1.158,30 6.435,00 5,6Depósito entulho (dentro) 1 13 1.137,50 Depósito entulho (fora) 1 13 1.045,20 1.462,50 1,4 4.647,32 20.819,50 4,5 Valor mensal 357,49 1.601,50

iv)

Modelo Proposto (publicado)

TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 61,25 18 3.494,93 16.537,50 4,7Tapume (perímetro) 22,25 18 1 360,45 2.002,50 5,6Grua (dentro) 1 12 74,97 3.150,00 42,0 3.930,35 21.690,00 5,5 Valor mensal 218,35 1.205,00

v)

Modelo Proposto (publicado)

TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 262 18 14.949,72 70.740,00 4,7Tapume (perimetro) 58 18 1 939,60 5.220,00 5,6Andaime 44,24 18 6 4.276,80 23.760,00 5,6Grua (dentro) 1 18 149,94 4.725,00 31,5depósito entulho (dentro) 1 18 1.575,00 Máq ou ap elevatório 1 18 3.150,00 escritório 1 18 2.894,40 2.700,00 0,9 23.210,46 111.870,00 4,8 Valor mensal 1.289,47 6.215,00

Tendo-se considerado este impacto desproporcionado, em re-lação a objetivo inicial do presente regulamento, analisou-se a forma de reduzir este impacto a uma dimensão mais adequada aos objetivos. Assim, num primeiro passo, reduziu-se o valor dos coeficientes associados aos tapumes, área e metro linear, e aos an-daimes, provocando um acréscimo face à situação de partida, que se aproxima-se de 2 (em vez dos 4,7 e 5,5 registados), O quadro de coeficientes resultante deste esforço é adiante designado de versão intermédia.

Seguidamente, conforme foi referenciado, procurou-se continuar a simplificar o modelo, designadamente, fazendo convergir num único coeficiente o perímetro e a área de tapume. Como foi referido, enquanto que a área de ocupação do domínio municipal pode ser vista como um indicador do benefício para o particular da permissão dada para utilização do espaço público para suporte à realização de obras particulares, a mesma é geradora de impactos negativos tipificadas nas alíneas a) e b) do ponto A do presente capítulo. Já o perímetro da ocupação com tapume é um indicador da externalidade negativa deste no ambiente urbano, tipificada na alínea c) do ponto atrás referido. Apesar de terem fundamentação distinta não existe impedimento na sua agregação num único coeficiente, de acordo com o raciocínio abaixo exposto.

Em termos práticos, verificámos que, ainda que não exista uma relação constante entre o perímetro e a área coberta por tapume, podemos estabilizar essa relação, com base nas situações mais fre-quentes, como variando entre 0,5 e 0,6, isto é, em termos métricos o perímetro, calculado como a soma da frente e cabeceiras do tapume, tende a ser 50 % a 60 % do valor assumido pela área coberta por esse mesmo tapume.

Relação“perímetro”/área

Cabeceira 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5

Frente

5 2,4 1,4 1,1 0,9 0,8 0,7 0,7 0,7 0,6 0,66 2,3 1,3 1,0 0,8 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,57 2,3 1,3 1,0 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,58 2,3 1,3 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,5 0,59 2,2 1,2 0,9 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4

10 2,2 1,2 0,9 0,7 0,6 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4 11 2,2 1,2 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 12 2,2 1,2 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 13 2,2 1,2 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4 14 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 15 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 16 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 17 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 18 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 0,3 19 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 0,3 20 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 0,3 21 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 22 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 23 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 24 2,1 1,1 0,8 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 25 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 26 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 27 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 28 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 29 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 30 2,1 1,1 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3

Nota: “Perímetro” = frente + 2 x cabeceira; Área = frente x cabeceira

É neste contexto que se propõem novos coeficientes para a ocupação do domínio municipal por tapumes (área de ocupação), que agrega o efeito na taxa da aplicação conjunta do coeficiente de área e de perímetro de tapume; e novos coeficientes para an-daimes (metro linear de extensão). Note-se que, da fixação da relação entre área e perímetro à luz dos casos mais frequentes, resulta que, para as situações em que o rácio fosse menor do que o considerado, teria sido mais vantajoso continuar a calcular as duas parcelas da taxa em separado, pelo modelo anterior, naturalmente que, por outro lado, para as situações em que o rácio é superior ao considerado passa a ser mais vantajoso o cálculo da taxa por este modelo simplificado.

Page 109: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33573

Versão Inicial (Regulamento publicado)

C1

Categoria Espaço Urbano

Histórica Consolidada Z.I.Expo 98, Expansão e

Reconversão

Equipamento e Serviço Público e

I&T

Verdes e Quintas I. Área

Histórica

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente do

prédioOutra

localização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Resguardo ou tapume (área ocupada) 1,5 1,5 1,2 1,2 1,0 1,0 1,3 1,3 1,5 1,5

Resguardo ou tapume (metro linear) 0,5 0,8 0,4 0,6 0,3 0,5 0,4 0,6 0,5 0,8 Andaime (metro linear) 0,5 0,8 0,4 0,6 0,3 0,5 0,4 0,6 0,5 0,8 Tubos de descarga de entulhos (unidade) 9,0 7,0 6,0 7,5 9,0

Depósitos de entulho

ou materiais

Dentro do tapume (unidade) 9,0 12,0 7,0 9,3 6,0 8,0 7,5 10,0 9,0 12,0 Fora do tapume (área) 1,5 1,5 1,2 1,2 1,0 1,0 1,3 1,3 1,5 1,5

Fora do tapume (unidade) 12,0 15,0 9,3 11,7 8,0 10,0 10,0 12,5 12,0 15,0

Outros equipamentos (unidade) 9,0 12,0 7,0 9,3 6,0 8,0 7,5 10,0 9,0 12,0 Gruas e guindastes (unidade) 27,0 30,0 21,0 23,3 18,0 20,0 22,5 25,0 27,0 30,0 Máquinas e aparelhos elevatórios (unidade) 18,0 21,0 14,0 16,3 12,0 14,0 15,0 17,5 18,0 21,0 Instalações: Stand de vendas (área) 1,5 1,5 1,2 1,2 1,0 1,0 1,3 1,3 1,5 1,5

Instalações: Stand de vendas, escritórios, outras (unidade) 15,0 18,0 11,7 14,0 10,0 12,0 12,5 15,0 15,0 18,0

Versão Intermédia

C1

Categoria Espaço Urbano

Histórica Consolidada Z.I.Expo 98, Expansão e

Reconversão

Equipamento e Serviço Público e

I&T

Verdes e Quintas I. Área Histórica

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Resguardo ou tapume (área ocupada) 0,55 0,55 0,50 0,50 0,45 0,45 0,50 0,50 0,55 0,55

Resguardo ou tapume (metro linear) 0,20 0,30 0,15 0,20 0,12 0,15 0,15 0,20 0,20 0,30

Andaime (metro linear) 0,20 0,15 0,12 0,15 0,20

Versão Final — Proposta de Alteração ao Regulamento Publicado

C1

Categoria Espaço Urbano

Histórica Consolidada Z.I.Expo 98,

Estruturação e Reconversão

Equipamento e Serviço Público e

Investigação e Tecnologia

Verdes e Quintas Integradas em Área Histórica

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Resguardo ou tapume (área ocupada) 0,65 0,70 0,60 0,65 0,55 0,60 0,60 0,65 0,65 0,70

Andaime (metro linear) 0,20 0,15 0,12 0,15 0,20 Tubos de descarga de entulhos (unidade) 9,0 7,0 6,0 7,5 9,0

Depósitos de entulho

ou materiais

Dentro do tapume (unidade)

9,0 12,0 7,0 9,0 6,0 8,0 7,5 10,0 9,0 12,0

Fora do tapume (unidade)

12,0 15,0 9,0 12,0 8,0 10,0 10,0 12,5 12,0 15,0

Outros equipamentos (unidade) 9,0 12,0 7,0 9,0 6,0 8,0 7,5 10,0 9,0 12,0

Gruas e guindastes (unidade) 27,0 30,0 21,0 23,0 18,0 20,0 22,5 25,0 27,0 30,0

Máquinas e aparelhos elevatórios (unidade) 18,0 21,0 14,0 16,0 12,0 14,0 15,0 17,5 18,0 21,0

Instalações: Stand de vendas (área) 1,5 1,5 1,2 1,2 1,0 1,0 1,3 1,3 1,5 1,5

Instalações: Stand de vendas, escritórios, outras (unidade)

15,0 18,0 12,0 14,0 10,0 12,0 12,5 15,0 15,0 18,0

Deste modo, podemos revisitar os exemplos anteriormente apre-sentados, com os cálculos efetuados tendo por base os coeficientes da proposta final de alteração:

i)

Modelo Proposto (v2) TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 45 12 1.711,80 4.050,00 2,1 Tapume (perímetro) 23 12 1 248,40 Andaime 16 12 3 518,40 1.080,00 2,1

2.478,60 5.130,00 2,0 Valor mensal 206,55 427,50

ii)

Modelo Proposto (v2) TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 515,7 24 39.232,17 92.820,60 2,1 Tapume (perímetro) 273,8 24 1 5.913,22 Andaime 31,6 24 5 3.412,80 7.110,00 2,1 48.558,19 99.930,60 2,1 Valor mensal 2.023,26 296,25

iii)

Modelo Proposto (v2) TTORMAC

m2 t Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 52,8 13 2.175,89 5.148,00 2,1 Tapume (perímetro) 22,9 13 1 267,93 Andaime 16,5 13 6 1.158,30 2.413,13 2,1 Depósito entulho (dentro) 1 13 1.137,50Depósito entulho (fora) 1 13 1.045,20 1.462,50 1,4 4.647,32 10.161,13 2,2 Valor mensal 357,49 781,63

iv)

Modelo Proposto (v2) TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 61,25 18 3.494,93 8.268,75 2,1 Tapume (perímetro) 22,25 18 1 360,45 Grua (dentro) 1 12 74,97 3.150,00 42,0

v)

Modelo Proposto (v2) TTORMAC

m2 t pisos Valor Parcial Valor Parcial Fator multiplicativo Tapume (área) 262 18 14.949,72 35.370,00 2,2 Tapume (perímetro) 58 18 1 939,60 Andaime 44,24 18 6 4.276,80 8.910,00 2,1 Grua (dentro) 1 18 149,94 4.725,00 31,5 depósito entulho (dentro) 1 18 1.575,00Máq ou ap elevatório 1 18 3.150,00escritório 1 18 2.894,40 2.700,00 0,9 23.210,46 56.430,00 2,4 Valor mensal 1.289,47 3.135,00

Page 110: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

33574 Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012

Note-se que, ainda que até ao presente momento tal não tenha sido prática comum, nada obriga a que no seu conjunto, o tempo, extensão e composição da ocupação do domínio público permaneçam inalterados durante todo o período da obra. Efetivamente, até aqui poucas vezes se viu refletida na ocupação do domínio público uma tentativa de racio-nalizar essa ocupação, deixando, como que por defeito, o período de ocupação igual para todos os itens (mesmo que a permanência de um contentor ou de um aparelho elevatório, por exemplo, possa ser bastante mais curta que a do tapume); e fixa a extensão de ocupação (ainda que se reconheça que, por vezes, a necessidade de ocupação do domínio público possa ser maior, numa determinada fase da obra, para depois poder ser reduzida numa fase posterior). Assim, uma parte significativa do impacto pode ser mitigada se a ocupação do domínio municipal refletir, no licenciamento, a racionalização que deve presidir à gestão do estaleiro em obra, reduzindo o tempo e extensão de ocupação, bem como minimizando o tempo e a permanência de elementos fixos no domínio municipal, elementos esses que podem até vir a ser incorpo-rados no interior da obra, com o seu desenvolvimento.

O projeto de ocupação do domínio municipal e o respetivo fasea-mento devem refletir a gestão do estaleiro e, de acordo com o regula-mento municipal específico, estar disponíveis para apreciação do pedido de ocupação e respetiva taxação.

O valor da taxa varia de acordo com a localização. No processo de construção da matriz de coeficientes promoveu-se a uma diferencia-ção do coeficiente a utilizar consoante a ocupação ocorra na frente do edifício ou em outra localização, agravando-se esta última entre 10 % e 33 %. Por outro lado, o modelo proposto diferencia a ocupação do domínio público consoante a Classe de Espaço do PDML. Estabele-cendo como valor mais baixo (de referência) o dos coeficientes das Áreas de Estruturação ou Reconversão, vemos que estes coeficientes são agravados, com menor intensidade, nas Áreas Consolidadas (17 %) e nas Áreas de Equipamentos e Serviços Públicos (25 %) e, com maior intensidade, nas Áreas Históricas e Áreas Verdes (50 %).

C1

Categoria Espaço Urbano

Histórica Consolidada Z.I.Expo 98,

Estruturação e Reconversão

Equipamento e Serviço Público e

Investigação e Tecnologia

Verdes e Quintas I.

Área Histórica

Nafrente

doprédio

Outralocaliz.

Nafrente

doprédio

Outralocaliz.

Nafrente

doprédio

Outralocaliz.

Nafrente

doprédio

Outralocaliz.

Nafrente

doprédio

Outralocaliz.

Verdes,Quintas

ProduçãoRecreioLazer e

Pedagogia, a

Reconverter e Jardins

Históricos Resguardo ou tapume (área ocupada) 18% 27% 9% 18% 0% 9% 9% 18% 18% 27%

Andaime (metro linear) 67% 25% 0% 25% 67%Tubos de descarga de entulhos (unidade) 50% 17% 0% 25% 50%

Depósitosde entulho

ou materiais

Dentro do tapume (unidade)

50% 100% 17% 50% 0% 33% 25% 67% 50% 100%

Fora do tapume (unidade)

50% 88% 13% 50% 0% 25% 25% 56% 50% 88%

Outros equipamentos (unidade) 50% 100% 17% 50% 0% 33% 25% 67% 50% 100%

Gruas e guindastes (unidade) 50% 67% 17% 28% 0% 11% 25% 39% 50% 67%

Máquinas e aparelhos elevatórios (unidade) 50% 75% 17% 33% 0% 17% 25% 46% 50% 75%

Instalações: Stand de vendas (área) 50% 50% 17% 17% 0% 0% 25% 25% 50% 50%

Instalações: Stand de vendas, escritórios, outras (unidade)

50% 80% 20% 40% 0% 20% 25% 50% 50% 80%

Resguardo ou tapume (área ocupada) -

Andaime (metro linear) -

Tubos de descarga de entulhos (unidade) -

Depósitosde entulho

ou materiais

Dentro do tapume (unidade)

-

Fora do tapume (unidade)

-

Outros equipamentos (unidade) -

Gruas e guindastes (unidade) -

Máquinas e aparelhos elevatórios (unidade) -

Instalações: Stand de vendas (área) -

Instalações: Stand de vendas, escritórios, outras (unidade)

-

= Quintas Integradas em Área Histórica

Constata-se que a variação dos coeficientes em relação à localiza-ção é idêntica para os diferentes tipos de ocupação, com exceção do resguardo e andaime. Para ilustrar esta variação podemos voltar aos exemplos anteriormente identificado por i) e v), e verificar o montante de taxas a pagar ocorrendo essa ocupação em Área Consolidada (AC), como anteriormente exposto, ou em Área Histórica (AH) ou em Área de Estruturação (AE). Assim, se assumirmos como base os valores da Área de Estruturação, no exemplo i) o valor global em Área Consolidada

será 12 % superior e em Área Histórica será 27 % superior, no exemplov) estes valores serão de 13 % e 32 %.

i)

Modelo Proposto (v2) AC AH AE

m2 t pisos ValorParcial

ValorParcial

ValorParcial

Tapume 45 12 4.050,00 4.387,50 3.712,50 9% 18% Andaime 16 12 3 1.080,00 1.440,00 864,00 25% 67%

5.130,00 5.827,50 4.576,50 12% 27%

Valor mensal 427,50 485,63 381,38 12% 27%

v)Modelo Proposto (v2)

AC AH AE

m2 t pisos ValorParcial

ValorParcial

ValorParcial

Tapume 262 18 0 35.370,00 38.317,50 32.422,50 9% 18% Andaime 44,2 18 6 8.910,00 11.880,00 7.128,00 25% 67% Grua (dentro) 1 18 0 4.725,00 6.075,00 4.050,00 17% 50% depósito entulho (dentro) 1 18 0 1.575,00 2.025,00 1.350,00 17% 50% Máq ou ap elevatório 1 18 0 3.150,00 4.050,00 2.700,00 17% 50% escritório 1 18 0 2.700,00 3.375,00 2.250,00 20% 50%

56.430,00 65.722,50 49.900,50 13% 32%

Valor

mensal 3.135,00 3.651,25 2.772,25 13% 32%

Neste capítulo, no processo de 2.ª Alteração ao presente Regulamento, decorrente da Revisão do RPDML, alteraram-se as designações das classes de espaço, efetuando o que, para este efeito, se considerou, no processo de monitorização, ser o equivalente na Revisão do PDML às Classes de Espaço do anterior, mantendo-se tudo o resto constante. Assim, a alteração efetuada resume-se à identificação da qualificação de espaço associada a cada nível de coeficiente a aplicar, no Anexo IV.

Categoria Espaço Urbano

Histórica Consolidada Z.I.Expo 98, Expansão e

Reconversão

Equipamento e Serviço Público e

I&T

Verdes e Quintas I. Área

HistóricaC1

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Nafrente

doprédio

Outralocalização

Page 111: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 193 — 4 de outubro de 2012 33575

C1

Qualificação de Espaço Urbano

EspaçosConsolidados:

Espaços Centrais e Residenciais –

Traçado Urbano A e B, Espaços

Verdes de Recreio e Produção,

Espaços Verdes de Proteção e

Conservação, Espaços de Usos

Especiais de Equipamentos,

Espaços de Usos Especiais de

Equipamentos (com Área verde Anexa), Espaços de Usos Especiais

Ribeirinhos

EspaçosConsolidados:

Espaços Centrais e Residenciais – Traçado Urbano C e D, Espaços de Atividades Económicas,

Espaços Verdes de

Enquadramento a Infraestruturas

Viárias, Espaços Verdes

Ribeirinhos,Espaços de Usos

EspeciaisInfraestruturas,

Espaços a Consolidar:

Espaços Verdes de Recreio e Produção.

Espaços a Consolidar:

Espaços Centrais e Residenciais,Espaços de Atividades

Económicas, Espaços de Usos

Especiais de Equipamentos e Espaços de Usos

EspeciaisRibeirinhos

Na frente do prédio

Outralocalização

Na frente do prédio

Outralocalização

Na frente do prédio

Outralocalização

206383257

MUNICÍPIO DE LOULÉ

Aviso n.º 13294/2012Torna -se público, para cumprimento do disposto no artigo 130.º do

Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, e no artigo 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, ambos na sua atual redação, que a Câmara Municipal, em sua reunião ordinária pública de 26 de setembro de 2012, deliberou o seguinte:

1 — Determinar a intenção de elaboração do Plano de Urbani-zação do Vale do Freixo (PUVF), para a área de intervenção em anexo, nos termos dos artigos 74.º e 87.º, ambos do RJIGT*, para efeitos de desencadear o procedimento de formação de contrato para planeamento, para a elaboração do futuro PUVF, nos termos previstos no n.º 4 do artigo 6.º -A do RJIGT, com os fundamentos constantes na versão preliminar dos Termos de Referência referidos na presente deliberação.

2 — Aprovar a Minuta de Contrato para Planeamento e abrir um período de participação pública nos termos do n.º 5 do artigo 6.º -A e n.º 2 do artigo 77.º, ambos do RJIGT, pelo prazo de 10 dias, a contar da data da publicação do respetivo Aviso no Diário da República e proceder à publicitação, conforme o disposto no n.º 2 do artigo 149.º do RJIGT*.

3 — Aprovar a versão preliminar dos Termos de Referência, para efeito do previsto na alínea b) do n.º 4 do artigo 6.º -A do RJIGT*:

3.1:a) Atender aos instrumentos de gestão territorial e aos projetos, em

vigor e em elaboração, de forma a assegurar as necessárias compatibi-lizações, nomeadamente:

Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT);Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT Algarve);Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF Algarve);Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Algarve;Plano sectorial da Rede Natura 2000;Plano Diretor Municipal de Loulé;Estratégia de Sustentabilidade do Concelho de Loulé (ESCL);Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT);Outros programas, projetos com incidência na área do Município e à

legislação complementar em vigor.

b) Atender ao Despacho Conjunto n.º 3766/2012, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 58, em 14.03.2012, o qual de-terminou o “[...] reconhecimento do relevante interesse público do empreendimento Vale do Freixo — Golf & Country Estate, enquanto Núcleo de Desenvolvimento Económico de tipologia «Tipo 3», en-quadrado na subcategoria de NDE de Tipo III de relevância nacional para a atividade turística, determinada em sintonia com o PENT, no âmbito do conceito de investimento estruturante previsto no PROT Algarve, a implementar na freguesia de Benafim, concelho de Loulé, e condicionado ao cumprimento das recomendações constantes dos pareceres da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, I. P., da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Al-garve, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, do

Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I. P., e do Turismo de Portugal, I. P. [...]”.

c) Atender ao Reconhecimento do projeto de investimento denominado “Vale do Freixo — Golfe & Country Estate”, ao qual foi atribuído, em 30.04.2012, o estatuto PIN n.º 206, pela Comissão de Avaliação e Acom-panhamento dos Projetos de Potencial Interesse Nacional (CAA -PIN), com as condicionantes constantes no Despacho Conjunto n.º 3766/2012 referido na alínea anterior.

d) Atender à pronúncia do Observatório do PROT -Algarve, no âmbito da sua 7.ª reunião, realizada em 22.06.2012, após convo-catória dos municípios da região, o Turismo de Portugal, I. P. e a CCDR -Algarve, que presidiu, que concluiu “[...] não existir oposição ao reconhecimento do interesse regional do empreendimento, nos termos da alínea a) do ponto 2.3.2 do Capítulo V do PROT Algarve, sendo o mesmo suscetível de ter enquadramento na figura de NDE tipo III, com predominância de funções turísticas, conforme pre-visto naquele Plano Regional, desde que, na fase de elaboração de plano municipal de ordenamento do território, indispensável à sua concretização, sejam contemplados os requisitos formulados pelas entidades intervenientes na fase do Reconhecimento de Interesse Público (RIP), para além do cumprimento das demais normas legais e regulamentares aplicáveis, nomeadamente a compatibilidade e ou conformidade com os instrumentos de gestão territorial eficazes e com as restrições de utilidade pública afetadas e, ainda, a Avaliação de Impacte Ambiental, a que o projeto está sujeito. [...]”.

e) Atender ao Reconhecimento do Interesse Público Municipal do Empreendimento “Vale do Freixo, Golf & Country Estate”, pela Assem-bleia Municipal de Loulé, em 15.06.2012, enquanto projeto estruturante na tipologia de Núcleo de Desenvolvimento Económico na tipologia «Tipo 3» para efeitos do disposto no PROT Algarve.

f) Contratualizar (contrato de execução) com a Golfrei, Empre-endimentos Turísticos, S. A., e outras entidades, se necessário, os investimentos identificados no Plano, que decorram da construção do empreendimento turístico, nomeadamente no que diz respeito ao eventual reforço das acessibilidades, saneamento ou outros que se justifiquem em razão do projeto, devendo ficar claro no regula-mento do Plano e no contrato a celebrar que, o incumprimento da programação estabelecida no referido Plano para a concretização do empreendimento turístico, por parte da Golfrei, Empreendimentos Turísticos, S. A., poderá determinar a reversão da eventual reclassi-ficação do solo que se venha a propor para viabilizar a localização do referido empreendimento.

g) Atender à Minuta do Contrato de Planeamento para a elaboração do Plano de Urbanização, a qual se anexa.

h) Desenvolver um modelo que permita assegurar os seguintes ob-jetivos específicos:

i) Análise Biofísica e Qualidade Ambiental:Preservar os recursos naturais e a biodiversidade atento à Rede Na-

tura 2000 e à Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental (ERPVA) do PROT Algarve;

Salvaguardar os recursos hídricos do Concelho e proteger os aquíferos, nomeadamente através proteção e valorização da rede hidrográfica;

Compatibilizar a proposta com o regime da RAN e da REN, funda-mentando e justificando os eventuais ajustamentos/ redelimitações das mesmas, sendo de destacar para a REN, o necessário ajustamento da nova delimitação na ocorrência de áreas de infiltração máxima, devendo definir -se com maior detalhe a ocupação do domínio hídrico e das zonas ameaçadas pelas cheias;

Manter/criar sistemas de vistas /paisagens; Identificar, descrever e avaliar eventuais impactes significativos no ambiente, com vista a uma rigorosa Avaliação Ambiental Estratégica (matéria transversal às alíneas seguintes).

ii) Equipamentos:Equacionar equipamentos necessários na área do Plano, em conformi-

dade com as necessidades previstas, para além dos indicados na proposta que foi objeto dos reconhecimentos públicos supra mencionados.

iii) Ocupação urbana:Requalificar/ articular o edificado existente, com uma proposta

turística de elevada qualidade, salvaguardando uma expansão urba-nística ordenada/ estruturada que tenha em consideração as especi-ficidades do território e dos valores e recursos naturais a proteger e salvaguardar;

Garantir a circulação eficiente e o número de acessos necessários;Criar/ reforçar a estrutura verde de lazer, suporte e enquadramento,

e incentivar a acessibilidade inclusiva;

Page 112: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

Diário da República, 2.ª série — N.º 95 — 17 de maio de 2013 15819

MUNICÍPIO DE LAMEGO

Edital n.º 493/2013

Alteração do regulamento geral de taxas e licenças do Município de Lamego

Francisco Manuel Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lamego, torna público que a Assembleia Municipal de Lamego, em sua sessão ordinária de 24 de abril de 2013, sob proposta da Câmara Municipal aprovada em reunião de 19 de março de 2013, deliberou aprovar a alte-ração do regulamento geral de taxas e licenças do Município de Lamego, documento que esteve em apreciação pública, conforme publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 79, de 23 de abril de 2013, e relativa-mente ao qual não foi apresentada qualquer sugestão ou reclamação.

Mais torna público que o referido regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação no Diário da República. As disposições relativas ao Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, entram em vigor na data em que as respetivas formalidades sejam disponibilizadas no Balcão do Empreendedor.

Mais faz saber que o regulamento em apreço poderá ser consultado site da Câmara Municipal de Lamego, www.cm -lamego.pt.

E para constar e demais efeitos, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos de estilo deste Município.

2 de maio de 2013. — O Presidente da Câmara Municipal, Eng.º Francisco Manuel Lopes.

306939614

MUNICÍPIO DE LISBOA

Aviso n.º 6507/2013

Abertura do período de discussão pública da unidadede execução da Azinhaga Torre do Fato

Torna -se público que, nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo 77.º, con-jugado com o n.º 4 do artigo 120.º, do Decreto -Lei n.º 380/99 de 22 de setembro (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial), alterado e republicado pelo Decreto -Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, a Câmara Municipal de Lisboa, em Reunião de Câmara de 24 de abril de 2013, de acordo com a Proposta n.º 307/2013, deliberou proceder à abertura de um período de discussão pública da Proposta de delimitação da Unidade de Execução da Azinhaga Torre do Fato e dos seus Termos de Referência, por um período de 22 dias úteis.

Torna -se ainda público que o mencionado período de discussão pública terá início no 8.º dia, após publicação do presente Aviso no Diário da República, 2.ª série, nos termos da alínea a) do n.º 4 do artigo 148.º do citado Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial.

Os interessados poderão consultar a Proposta de delimitação da Uni-dade de Execução da Azinhaga Torre do Fato e dos seus Termos de Referência no site da CML, na Secção Urbanismo Planeamento Urbano (http://www.cm -lisboa.pt/viver/urbanismo/planeamento -urbano/augi) ou nos locais a seguir identificados:

Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) sito no Picoas Plaza, na Rua do Viriato n.º 13 a n.º 17;

Centro de Documentação, sito no Edifício Central da CML, no Campo Grande, n.º 25, 1.º F;

Junta de Freguesia de Carnide, sita no Largo das Pimenteiras — 6, R/C, 1600 -576 Lisboa

A formulação de reclamações, observações ou sugestões deverá ser feita por escrito, até ao termo do referido período e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, utilizando para o efeito, o impresso próprio que pode ser obtido nos locais acima referidos ou no site da CML, na Secção Urbanismo Planeamento Urbano (http://www.cm -lisboa.pt/viver/urbanismo/planeamento -urbano/augi) ou, ainda, através do endereço eletrónico dpru@cm -lisboa.pt.

8 de maio de 2013. — O Diretor Municipal, Jorge Catarino Tavares,

(subdelegação de Competências — Despacho n.º 122/P/2011, publicado no Boletim Municipal n.º 923, de 27 de outubro de 2011).

206960966

Declaração de retificação n.º 596/2013Para os devidos efeitos se declara que o aviso n.º 13293/2012, publi-

cado no Diário da República, 2.ª série, n.º 193, de 4 de outubro de 2012, relativo à alteração ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, saiu com inexatidões, que assim se retificam:

No n.º 2 do artigo 18.º, onde se lê:

«2 — As operações urbanísticas nas quais sejam utilizadas as se-guintes soluções técnicas beneficiam de uma redução de 5 %, do valor da TRIU por cada uma das soluções implementadas, não podendo, cumulativamente, exceder 10 % de redução total e limitando -se, em cada caso, a incidência da TRIU à unidade de intervenção, edifício ou urbanização:»

deve ler -se:

«2 — As operações urbanísticas nas quais sejam utilizadas as se-guintes soluções técnicas beneficiam de uma redução de 5 %, do valor da TRIU por cada uma das soluções implementadas, não podendo, cumulativamente, exceder 10 % de redução total e limitando -se, em cada caso, a incidência da TRIU à unidade de intervenção, edifício ou urbanização:

a) Sistema de reciclagem de águas cinzentas para reutilização em usos não potáveis nas áreas comuns dos edifícios;

b) Soluções que conduzam à retenção e aproveitamento de águas pluviais para regas, lavagens e outras utilizações que não exijam água potável;

c) Mecanismos de aproveitamento de energias alternativas e de soluções que racionalizem e promovam o aproveitamento de recursos renováveis para a água e energia elétrica.»

Câmara Municipal de Lagos, na Unidade Técnico Jurídica, sita nos Paços do Concelho Séc. XXI, Praça do Município, 8600 -293, Lagos, sendo igualmente por esta via citado para apresentar a sua defesa, por escrito, no prazo de 30 dias contados da data de publicação do presente aviso, podendo, durante o referido prazo, consultar o processo, no local supra indicado, nas horas normais de expediente.

7 de maio de 2013. — A Instrutora, Marta Isabel Martins Viana Gil Leitão.

306949512

Page 113: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada

15820 Diário da República, 2.ª série — N.º 95 — 17 de maio de 2013

No artigo 6.º do anexo — Republicação do Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Co-nexas, onde se lê:

«3 — (Anterior n.º 2.)»

deve ler -se:

«3 — As cooperativas de habitação estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente regulamento, relativamente a programas de construção de habitação em regime de ‘custos controlados’, desde que se destinem à direta e imediata realização dos seus fins.»

No artigo 23.º do anexo — Republicação do Regulamento Munici-pal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, onde se lê:

«4 — (Anterior n.º 3.)5 — (Anterior n.º 4.)6 — (Anterior n.º 5.)»

deve ler -se:

«4 — Nos casos em que a rede ou tela reproduza o alçado da fa-chada aprovado, à escala real, as taxas por ocupação de via pública relativas aos andaimes beneficiam de uma redução de 50 %.

5 — Nos casos em que, de acordo com o regulamento específico sobre ocupação de via pública, seja autorizado pela Câmara Muni-cipal a aplicação na rede ou tela de instalações artísticas que visem qualificar a imagem do andaime, as taxas por ocupação de via pública relativas aos andaimes abrangidos beneficiam da redução prevista no número anterior.

6 — As isenções e reduções previstas no presente artigo aplicam--se sem prejuízo do disposto no artigo 6.º do presente regulamento.»9 de maio de 2013. — A Diretora, Paula Santos Levy.

206957183

MUNICÍPIO DE MANTEIGAS

Aviso n.º 6508/2013

Procedimento concursal comum para contratação, em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indetermi-nado, para preenchimento de um posto de trabalho de Assistente Técnico, conforme o mapa de pessoal.

1 — Nos termos do disposto nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º, na alínea b) o n.º 1 do artigo 7.º, no artigo 50.º da Lei n.º 12 -A/2008 de 27 -02 (na sua atual redação), adaptada à Administração Local pelo Decreto -Lei n.º 209/2009 de 03 -09, no artigo 19.º da Portaria n.º 83 -A/2009 de 22 -01, alterada e republicada pela Portaria n.º 145 -A/2011 de 6 de abril (adiante designada por Portaria), faz -se público que, na sequência da deliberação da Câmara Municipal de 13 de fevereiro de 2013 e por despacho do Presidente da Câmara de 5 de março de 2013, se encon-tra aberto, pelo prazo de 10 dias úteis, a contar do dia seguinte ao da publicação do presente aviso no Diário da República, procedimento concursal comum para ocupação de 1 posto de trabalho da carreira e categoria de assistente técnico para constituição de relação jurídica de emprego público, na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, previsto e não ocupado no Mapa de Pessoal.

2 — Consultada a Entidade Centralizadora para Constituição de Reservas de Recrutamento (ECCRC), para cumprimento do disposto no artigo 4.º da Portaria n.º 83 -A/2009, de 22 de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º 145 -A/2011, de 6 de abril, atribui-ção ora conferida ao INA, nos termos do artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 48/2012, de 29 de fevereiro, foi prestada a seguinte informação: “Não tendo, ainda, decorrido qualquer procedimento concursal para constituição de reservas de recrutamento, declara -se a inexistência, em reserva de recrutamento, de qualquer candidato com o perfil adequado”.

3 — Legislação aplicável — Lei n.º 12 -A/2008 de 27 -02 (doravante designada LVCR), atualizada pela Lei n.º 66 -B/2012 de 3 -12, Lei n.º 66/2012 de 31 -12, Lei n.º 64 -B/2011 de 30 -12, Lei n.º 55 -A/2010 de 31 -12, Lei n.º 34/2010 2 -9, Lei n.º 3 -B/2010 de 28 -4, despacho n.º 2500 -A/2010 de 5 de fevereiro, Decreto -Lei n.º 269/2009 de 30 de setembro, Portaria n.º 83 -A/2009 de 22 -1, Lei n.º 64 -A/2008 de 3 -12, Lei

n.º 58/2008 de 9 -9; Lei n.º 11/2008 de 20 -2. Decreto -Lei n.º 209/2009 de 03 -09, atualizado pela Lei n.º 3 -B/2010 de 28 -04, Portaria n.º 83 -A/2009 de 22 -01, alterada e republicada pela Portaria n.º 145 -A/2011 de 06 -04, Decreto Regulamentar n.º 14/2008 de 31 -07, Lei n.º 59/2008 de 11 -09 (doravante designada RCTFP), Portaria n.º 1553 -C/2008 de 31 -12, Lei n.º 12 -A/2010 de 30 -06, Lei n.º 55 -A/2010 de 31 -12 e Código do Procedimento Administrativo.

4 — Local de trabalho — Serviço de Contabilidade da Divisão de Administração Geral.

5 — Caracterização dos postos de trabalho — Assistente Técnico, con-forme estabelecido no n.º 2 do artigo 49.º e anexo da LVCR — Funções de natureza executiva, de aplicação de métodos e processos, com base em diretivas bem definidas e instruções gerais, de grau médio de com-plexidade, nas áreas de atuação comuns e instrumentais e nos vários domínios de atuação dos órgãos e serviços.

5.1 — A descrição de funções em referência não prejudica a atri-buição aos trabalhadores de funções, não expressamente menciona-das, que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o/a trabalhador/a detenha qualificação profissional adequada e que não implique desvalorização profissional, nos termos do n.º 3 do artigo 43.º da LVCR.

6 — Posicionamento remuneratório — conforme o preceitu-ado no artigo 26.º da Lei n.º 55 -A/2010 de 31 -12, no artigo 55.º da LVCR, no Decreto Regulamentar n.º 14/2008 de 31 -07 e na Portaria n.º 1553 -C/2008 de 31 -12, é objeto de negociação com a entidade empregadora pública e terá lugar imediatamente após o termo do procedimento concursal.

7 — Prazo de validade: o procedimento é válido para o preenchi-mento dos postos de trabalho a ocupar. Se em resultado do proce-dimento concursal a lista unitária de ordenação final, devidamente homologada, contiver um número de candidatos aprovados, superior ao número de postos de trabalho a ocupar, será constituída uma reserva de recrutamento interna, de acordo com o disposto no artigo 40.º da Portaria.

8 — Requisitos de gerais de admissão — os previstos no artigo 8.º da LVCR:

a) Nacionalidade portuguesa, quando não dispensada pela Constitui-ção, convenção internacional ou lei especial;

b) 18 anos de idade completos;c) Não inibição do exercício de funções públicas ou não interdição

para o exercício daquelas que se propõe desempenhar;d) Robustez física e perfil psíquico indispensáveis ao exercício das

funções;e) Cumprimento das leis de vacinação obrigatória.

9 — Nível habilitacional exigido e área de formação — 12.º ano de escolaridade, a que corresponde o grau de complexidade 2, de acordo com a alínea b), do n.º 1, do artigo 44.º, da LVCR. Não é permitida a possibilidade de substituição do nível habilitacional por formação ou experiência profissional.

10 — Âmbito do recrutamento:10.1 — Só poderão candidatar -se os indivíduos detentores de Relação

Jurídica de Emprego Público por tempo indeterminado ou trabalhado-res colocados em situação de mobilidade especial (SME), conforme o previsto no n.º 2, n.º 3, n.º 4 do artigo 6.º da Lei n.º 12 -A/2008 de 27 de fevereiro na sua atual redação, conjugado com o n.º 1 do artigo 66.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro e possuir os requisitos enunciados no artigo 8.º da LVCR.

10.2 — Impedimento de admissão — Não podem ser admitidos can-didatos que, cumulativamente, se encontrem integrados em carreira, sejam titulares de categoria em referência, e não se encontrando em mobilidade, ocupem posto de trabalho no Mapa de Pessoal da Câmara Municipal de Manteigas idêntico ao posto de trabalho para cuja ocupação de publicita o procedimento.

11 — Forma, local e prazo de apresentação da candidatura — As candidaturas são formalizadas em suporte papel, através do preenchi-mento obrigatório do formulário de candidatura, sob pena de exclusão, disponibilizado na Receção da Câmara Municipal de Manteigas e na sua página eletrónica em http://www.cm -manteigas.pt.

11.1 — As candidaturas devem ser apresentadas no prazo de 10 dias úteis a contar do dia seguinte ao da publicitação do presente aviso no Diário da República.

11.2 — As candidaturas poderão ser entregues pessoalmente na Receção do Edifício dos Paços do Município ou remetidas pelo correio, registado e com aviso de receção, para Município de Man-teigas, Rua 1.º de maio, 6260 -101 Manteigas, até ao termo do prazo fixado.

Page 114: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 115: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 116: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 117: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 118: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 119: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 120: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 121: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada
Page 122: Diário da República, 2.ª série — N.º 175 — 8 de setembro de 2015 … · 2018. 3. 29. · da República, 2.ª série, n.º 233, de 02 de dezembro de 2014, a qual foi homologada