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Diretrizes curriculares nacionais para formação de professores da educação básica inicial e continuada: decorrências para o PPC Dr. Delarim Martins Gomes

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Diretrizes curriculares nacionais para formação de professores da educação básica inicial e continuada:

decorrências para o PPC

Dr. Delarim Martins Gomes

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INTRODUÇÃO • Em conformidade com os destaques feitos em relação à Formação

Inicial, no dia de ontem, evidencio decorrências para a reformulação

do PPC.

• As 16 indicações que se seguem estão circunstanciadas pelos

destaques que apresentei na Mesa Redonda 2, os quais enfatizaram

os aspectos novos/descuidados em relação à legislação precedente;

ou seja, esta lista não inclui todos os aspectos das normas que já

existiam, retomadas ou não pela resolução em análise, e que são

fundamentais para a correta adaptação do PPC.

• Enfim, atender à norma exige mais do que os 16 pontos listados a

seguir e, entre outras normas, é necessário levar em conta que as

DCN específicas para os cursos, no que não forem incompatíveis com

a DCN geral, estão em vigência.

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INTRODUÇÃO

• Advertência.

• A substantividade de uma boa e correta

adequação à DCN reside, fundamentalmente, nas

decisões pedagógico-metodológicas que

organizarão a formação inicial que cada

licenciatura buscará realizar.

• Essa dimensão é muito mais importante do que a

adaptação da matriz curricular, que também deve

ser feita.

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Qual a formação que não queremos?

1. Estudo da Resolução. Para adaptar o PPC, é necessário que, ao menos o colegiado de curso e o Núcleo Docente Estruturante (NDE) estudem a Resolução. O estudo pode ser melhor realizado com apoio do Parecer CNE/CP nº 2, de junho de 2015.

No entanto, é um imperativo ético-profissional que todo docente de licenciatura estude as DCN para, por elas, orientar sua prática docente de formação de formadores.

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Qual a formação que não queremos?

2. Prazo para adaptação do PPC. Dois anos a partir da publicação da Resolução CNE/CP nº 2, portanto, até 30 de junho de 2017. Por outro lado, dada a grande insistência da Resolução quanto à necessária articulação do PPC com a educação básica e considerando que o PNE determina que até 24 de junho de 2016 se institua a BNCC, deve ser discutida pelo NDE/Colegiado de cada curso a conveniência de aguardar a publicação da proposta de BNCC que está em discussão para verificar as necessárias alterações, sobretudo para as ementas dos componentes curriculares de formação específica, ou seja, o que será “objeto de ensino”.

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Qual a formação que não queremos? 3. Articulação com os sistemas de ensino. A

adaptação do PPC precisa prover articulação com as instâncias representativas dos sistemas de educação: Fóruns de educação, Conselhos estadual e municipais de educação, Secretarias de Educação, Sindicatos de trabalhadores em educação.

4. Articulação com escolas de educação básica. O PPC deve prever metodologia para inserir o estudante de licenciatura nas instituições de educação básica públicas, não unicamente no estágio, pois são espaços necessários e privilegiados de formação para a práxis docente. (PIBID pode inspirar).

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Qual a formação que não queremos? 5. Articulação das áreas de conhecimento.

Podemos afirmar que, dentre as várias articulações possíveis, a mais complexa é a interdisciplinaridade.

A interdisciplinaridade precisa ser teorizada mas, também, praticada nas licenciaturas.

6. TIC. O PPC precisa, na adaptação, formar ao uso competente das TIC para aprimoramento da prática pedagógica do egresso.

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Qual a formação que não queremos? 7. Múltiplos espaços de aprendizagem. Formar o

egresso para que compreenda e vivencie a realidade de que o espaço da sala de aula é apenas um dos múltiplos lugares para que ocorra aprendizagem é fundamental para a renovação da escola básica.

O PPC precisar formar o futuro professor para que utilize espaços como biblioteca, espaços recreativos desportivos, laboratórios, ateliês, cyber espaço como locais aptos à aprendizagem.

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Qual a formação que não queremos? 8. Formação para a gestão. Uma vez que a gestão

democrática possibilita, na maior parte dos sistemas públicos, que o professor concursado exerça as funções de gestão da escola, é necessário que todas as licenciaturas provejam formação para a gestão.

Isto pode ser novo, sobretudo para as licenciaturas que formam professores especialistas, as quais precisam, no processo de formação inicial, considerar a necessidade de formação profissional para a gestão em três níveis: sala de aula, unidade escolar, sistemas de educação.

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Qual a formação que não queremos? 9. Três núcleos curriculares. Isto já está na

nossa normatização interna (Resolução Consepe nº 118/2014). De qualquer forma, para a correta adaptação do PPC é fundamental a leitura cuidadosa do art. 12 da Resolução CNE/CP nº 2/2015.

10.Carga horária. A carga horária mínima para toda licenciatura passa a ser de 3.200 h e é necessário verificar algumas especificações para a distribuição desse montante de horas, como indicado no art. 13 da Resolução CNE/CP nº 2/2015.

11. de curso que proponha um cronograma para a adaptação do PPC do curso às DCN.

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Qual a formação que não queremos? 11. Extensão. O termo aparece 12 veze no texto da

Resolução, o que, por si só, é um indicativo de que a extensão é componente da formação docente. PNE, estratégia 12.7: “assegurar, no mínimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.” Isso equivaleria a, no mínimo, 320 horas de extensão como componente curricular. A Resolução não encampa essa determinação, pois não lhe determina carga horária, mas especifica, no art. 12, que deve integrar a formação. Do estado de arte, compreende-se que o PPC deve propor atividades de extensão a todos os alunos como condição sine qua non para integralização do curso. Se componente curricular específico ou conteúdo de um ou mais componentes ou uma simbiose dessas duas alternativas é uma escolha do colegiado de curso, devidamente tratada no texto do PPC.

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Qual a formação que não queremos? . 12. A importância da prática. O PPC deve

destacar a prática como dimensão formativa, sobretudo evidenciando a prática como gênese do conhecimento.

Na descrição desses componentes, observar a ampliação das horas de estágio, a ampliação da prática como componente curricular e cuidar para que o regulamento das atividades teórico-práticas exijam a prática para que sejam homologadas para efeitos de cumprimento das horas previstas.

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Qual a formação que não queremos? .

13. Estágio curricular. A lei do estágio (Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008) estabelece que o estágio curricular pode ser obrigatório ou não obrigatório (art. 2º). Nas licenciaturas, o estágio curricular obrigatório não é novidade e seu registro no histórico escolar ocorre tradicionalmente. Nenhuma licenciatura da UFMT registra o estágio curricular não obrigatório como estágio, o que é um direito do estudante estabelecido no parágrafo 2º do art. 2º da Lei 11.788: segundo o qual a carca horária do estágio curricular não obrigatório deve ser “acrescida à carga horária regular e obrigatória”. Portanto, é necessário que a matriz curricular preveja esse componente optativo e que o regulamento do estágio estabeleça normas para sua eleição, autorização, supervisão e validação de seus créditos.

13. , solicite a cada colegiado de curso que proponha um cronograma para a adaptação do PPC do curso às DCN.

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Qual a formação que não queremos?

14. Formação continuada. Em geral, os PPC ignoram que podem propor atividades de formação continuada, inclusive pós-graduação lato sensu, cuja proposição, a meu ver, ficou facilitada, na UFMT, com a descentralização de sua aprovação e gestão.

A questão a solucionar refere-se ao financiamento.

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Qual a formação que não queremos? 15. Revisão de Nota Técnica. A Nota Técnica PROEG Nº

1/2014 trata da reelaboração de Projeto Pedagógico de Curso de Ensino de Graduação, referindo-se a todos os cursos. Ante as significativas alterações carreadas às licenciaturas pela resolução em estudo e pelo Instrumento de Avaliação de Curso como subsídio ao trabalho das comissões avaliadoras, reformulado e publicado pelo INEP em março de 2015, é urgente que a PROEG publique uma Nota Técnica que oriente especificamente a reformulação dos PPC das licenciaturas.

15. Supervisão. Irei sugerir à PROEG que, mediante processo, solicite a cada colegiado de curso que proponha um cronograma para a adaptação do PPC do curso às DCN, com protocolo à PROEG de acordo com prazo do calendário acadêmico (abril 2017?)