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Page 1: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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DIRETORIAPresidenteDr Arnaldo ZubioliVice-PresidenteDra Mirian Ramos FiorentinTesoureiraDra Marina GimenesSecretaacuteria-GeralDra Marisol Dominguez Muro

CONSELHEIROSDr Arnaldo ZubioliDra Cynthia Franccedila Wolanski BordinDr Edmar MiyoshiDr Emyr Roberto Carobene FranceschiDr Joseacute Antocircnio Zarate EliasDr Maacutercio Augusto AntoniassiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Marilene ProvasiDra Marina GimemesDra Marina Sayuri Mizutani HashimotoDr Mauriacutecio PortellaDra Marisol Dominguez MuroDra Mirian Ramos FiorentinDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Sandra Iara Sterza

CONSELHO FEDERAL DE FARMAacuteCIADr Valmir de SantiDr Dennis Armando Bertolini (Suplente)

COMISSAtildeO DE ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA DO SERVICcedilO PUacuteBLICO - CAFSUS 2015Dr Benvenuto Juliano GazziDra Claudia Boscheco MoretoniDr Felipe Assan RemondiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Patriacutecia Muzetti Vianna ScacalossiDra Suzan Mirian do Patrociacutenio AlvesDr Tiago Aires FerreiraDr Valmir de Santi (Com AF no SUS do CFF)

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Apresentaccedilatildeo6Papel e Accedilatildeo do CRF-PR7Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional Relacionadas9Assistecircncia Farmacecircutica no SUS121 - Introduccedilatildeo122 - Conceituaccedilatildeo163 - Financiamento da Assistecircncia Farmacecircutica19 31 - Componente Baacutesico na Assistecircncia Farmacecircutica21 32 - Competente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica22 33 - Componente Especializado da AssistecircnciaFarmacecircutica24 34 - Atendimento de receituaacuterio natildeo proveniente do SUS25 35 - Organizaccedilatildeo e Estruturaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica27 Programa Farmaacutecia do Paranaacute27 QUALIFAR-SUS28 36 - Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco de Assistecircncia Farmacecircutica304 - Planejamento das atividades de Assistecircncia Farmacecircutica325 - Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS34 51 - Como deve estar organizada e estruturada a Assistecircncia Farmacecircutica34 52 - Uso Racional de Medicamentos36 53 - Prescriccedilatildeo Farmacecircutica39 54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterio de medicamentos396 - Central de Abastecimento Farmacecircutico437 - Programa Farmaacutecia Popular448 - Inserccedilatildeo do Farmacecircutica na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia45Anexo I48Nota Teacutecnica Conjunta MS CONASS e CONASEMS48BIBLIOGRAFIA51SITES PARA CONSULTA56

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

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bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

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Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 2: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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DIRETORIAPresidenteDr Arnaldo ZubioliVice-PresidenteDra Mirian Ramos FiorentinTesoureiraDra Marina GimenesSecretaacuteria-GeralDra Marisol Dominguez Muro

CONSELHEIROSDr Arnaldo ZubioliDra Cynthia Franccedila Wolanski BordinDr Edmar MiyoshiDr Emyr Roberto Carobene FranceschiDr Joseacute Antocircnio Zarate EliasDr Maacutercio Augusto AntoniassiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Marilene ProvasiDra Marina GimemesDra Marina Sayuri Mizutani HashimotoDr Mauriacutecio PortellaDra Marisol Dominguez MuroDra Mirian Ramos FiorentinDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Sandra Iara Sterza

CONSELHO FEDERAL DE FARMAacuteCIADr Valmir de SantiDr Dennis Armando Bertolini (Suplente)

COMISSAtildeO DE ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA DO SERVICcedilO PUacuteBLICO - CAFSUS 2015Dr Benvenuto Juliano GazziDra Claudia Boscheco MoretoniDr Felipe Assan RemondiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Patriacutecia Muzetti Vianna ScacalossiDra Suzan Mirian do Patrociacutenio AlvesDr Tiago Aires FerreiraDr Valmir de Santi (Com AF no SUS do CFF)

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Apresentaccedilatildeo6Papel e Accedilatildeo do CRF-PR7Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional Relacionadas9Assistecircncia Farmacecircutica no SUS121 - Introduccedilatildeo122 - Conceituaccedilatildeo163 - Financiamento da Assistecircncia Farmacecircutica19 31 - Componente Baacutesico na Assistecircncia Farmacecircutica21 32 - Competente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica22 33 - Componente Especializado da AssistecircnciaFarmacecircutica24 34 - Atendimento de receituaacuterio natildeo proveniente do SUS25 35 - Organizaccedilatildeo e Estruturaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica27 Programa Farmaacutecia do Paranaacute27 QUALIFAR-SUS28 36 - Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco de Assistecircncia Farmacecircutica304 - Planejamento das atividades de Assistecircncia Farmacecircutica325 - Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS34 51 - Como deve estar organizada e estruturada a Assistecircncia Farmacecircutica34 52 - Uso Racional de Medicamentos36 53 - Prescriccedilatildeo Farmacecircutica39 54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterio de medicamentos396 - Central de Abastecimento Farmacecircutico437 - Programa Farmaacutecia Popular448 - Inserccedilatildeo do Farmacecircutica na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia45Anexo I48Nota Teacutecnica Conjunta MS CONASS e CONASEMS48BIBLIOGRAFIA51SITES PARA CONSULTA56

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 3: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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DIRETORIAPresidenteDr Arnaldo ZubioliVice-PresidenteDra Mirian Ramos FiorentinTesoureiraDra Marina GimenesSecretaacuteria-GeralDra Marisol Dominguez Muro

CONSELHEIROSDr Arnaldo ZubioliDra Cynthia Franccedila Wolanski BordinDr Edmar MiyoshiDr Emyr Roberto Carobene FranceschiDr Joseacute Antocircnio Zarate EliasDr Maacutercio Augusto AntoniassiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Marilene ProvasiDra Marina GimemesDra Marina Sayuri Mizutani HashimotoDr Mauriacutecio PortellaDra Marisol Dominguez MuroDra Mirian Ramos FiorentinDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Sandra Iara Sterza

CONSELHO FEDERAL DE FARMAacuteCIADr Valmir de SantiDr Dennis Armando Bertolini (Suplente)

COMISSAtildeO DE ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA DO SERVICcedilO PUacuteBLICO - CAFSUS 2015Dr Benvenuto Juliano GazziDra Claudia Boscheco MoretoniDr Felipe Assan RemondiDra Maria do Carmo Baraldo WagnerDra Mocircnica Holtz Cavichiolo GrochockiDra Patriacutecia Muzetti Vianna ScacalossiDra Suzan Mirian do Patrociacutenio AlvesDr Tiago Aires FerreiraDr Valmir de Santi (Com AF no SUS do CFF)

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Apresentaccedilatildeo6Papel e Accedilatildeo do CRF-PR7Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional Relacionadas9Assistecircncia Farmacecircutica no SUS121 - Introduccedilatildeo122 - Conceituaccedilatildeo163 - Financiamento da Assistecircncia Farmacecircutica19 31 - Componente Baacutesico na Assistecircncia Farmacecircutica21 32 - Competente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica22 33 - Componente Especializado da AssistecircnciaFarmacecircutica24 34 - Atendimento de receituaacuterio natildeo proveniente do SUS25 35 - Organizaccedilatildeo e Estruturaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica27 Programa Farmaacutecia do Paranaacute27 QUALIFAR-SUS28 36 - Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco de Assistecircncia Farmacecircutica304 - Planejamento das atividades de Assistecircncia Farmacecircutica325 - Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS34 51 - Como deve estar organizada e estruturada a Assistecircncia Farmacecircutica34 52 - Uso Racional de Medicamentos36 53 - Prescriccedilatildeo Farmacecircutica39 54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterio de medicamentos396 - Central de Abastecimento Farmacecircutico437 - Programa Farmaacutecia Popular448 - Inserccedilatildeo do Farmacecircutica na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia45Anexo I48Nota Teacutecnica Conjunta MS CONASS e CONASEMS48BIBLIOGRAFIA51SITES PARA CONSULTA56

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 4: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Apresentaccedilatildeo6Papel e Accedilatildeo do CRF-PR7Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional Relacionadas9Assistecircncia Farmacecircutica no SUS121 - Introduccedilatildeo122 - Conceituaccedilatildeo163 - Financiamento da Assistecircncia Farmacecircutica19 31 - Componente Baacutesico na Assistecircncia Farmacecircutica21 32 - Competente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica22 33 - Componente Especializado da AssistecircnciaFarmacecircutica24 34 - Atendimento de receituaacuterio natildeo proveniente do SUS25 35 - Organizaccedilatildeo e Estruturaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica27 Programa Farmaacutecia do Paranaacute27 QUALIFAR-SUS28 36 - Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco de Assistecircncia Farmacecircutica304 - Planejamento das atividades de Assistecircncia Farmacecircutica325 - Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS34 51 - Como deve estar organizada e estruturada a Assistecircncia Farmacecircutica34 52 - Uso Racional de Medicamentos36 53 - Prescriccedilatildeo Farmacecircutica39 54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterio de medicamentos396 - Central de Abastecimento Farmacecircutico437 - Programa Farmaacutecia Popular448 - Inserccedilatildeo do Farmacecircutica na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia45Anexo I48Nota Teacutecnica Conjunta MS CONASS e CONASEMS48BIBLIOGRAFIA51SITES PARA CONSULTA56

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 5: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Apresentaccedilatildeo6Papel e Accedilatildeo do CRF-PR7Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional Relacionadas9Assistecircncia Farmacecircutica no SUS121 - Introduccedilatildeo122 - Conceituaccedilatildeo163 - Financiamento da Assistecircncia Farmacecircutica19 31 - Componente Baacutesico na Assistecircncia Farmacecircutica21 32 - Competente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica22 33 - Componente Especializado da AssistecircnciaFarmacecircutica24 34 - Atendimento de receituaacuterio natildeo proveniente do SUS25 35 - Organizaccedilatildeo e Estruturaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica27 Programa Farmaacutecia do Paranaacute27 QUALIFAR-SUS28 36 - Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco de Assistecircncia Farmacecircutica304 - Planejamento das atividades de Assistecircncia Farmacecircutica325 - Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS34 51 - Como deve estar organizada e estruturada a Assistecircncia Farmacecircutica34 52 - Uso Racional de Medicamentos36 53 - Prescriccedilatildeo Farmacecircutica39 54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterio de medicamentos396 - Central de Abastecimento Farmacecircutico437 - Programa Farmaacutecia Popular448 - Inserccedilatildeo do Farmacecircutica na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia45Anexo I48Nota Teacutecnica Conjunta MS CONASS e CONASEMS48BIBLIOGRAFIA51SITES PARA CONSULTA56

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 6: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A exigecircncia de profissional farmacecircutico como responsaacutevel teacutec-nico pelas farmaacutecias municipais estaacute prevista na Lei Federal nordm 599173 bem como consta nos protocolos assinados pelos municiacutepios ao assumi-rem a responsabilidade sobre o gerenciamento da Assistecircncia Farmacecircu-tica Baacutesica e nos vaacuterios programas de Sauacutede implantados pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede o SUS Aleacutem de sua atuaccedilatildeo especiacutefica como responsaacutevel teacutecnico nos serviccedilos relacionados aos medicamentos (Central de Abastecimento Far-macecircutico e Farmaacutecia) e demais atividades do acircmbito da Assistecircncia Far-macecircutica do municiacutepio o farmacecircutico tambeacutem atua na Vigilacircncia em Sauacutede (Vigilacircncias Sanitaacuteria Epidemioloacutegica Ambiental) Laboratoacuterios de Anaacutelises Cliacutenicas entre outras aacutereas do SUS O farmacecircutico com perfil adequado para desenvolver as ativi-dades de Assistecircncia Farmacecircutica certamente representaraacute melhorias na qualidade de vida da populaccedilatildeo e no aperfeiccediloamento do SUS Entretanto observa-se que muitos municiacutepios tecircm se equivoca-do nas atribuiccedilotildees previstas para contrataccedilatildeo de farmacecircutico que atua nas aacutereas de Assistecircncia Farmacecircutica e Vigilacircncia em Sauacutede inserindo em suas exigecircncias atividades que satildeo de responsabilidade de quem atua na aacuterea de Anaacutelises Cliacutenicas Sendo assim como contribuiccedilatildeo o CRF-PR elaborou este ma-nual que se encontra em sua 6ordf ediccedilatildeo revisada e atualizada a nova legislaccedilatildeo Nesta ediccedilatildeo constam informaccedilotildees baacutesicas sobre a Assistecircncia Farmacecircutica no SUS Na 5ordf Ediccedilatildeo consta modelo de descriccedilatildeo para a funccedilatildeo de farmacecircutico e suas atribuiccedilotildees no SUS junto a um resumo de temas que podem ser abordados quando da realizaccedilatildeo de concurso puacuteblico para farmacecircutico No site do CRF-PR na paacutegina da comissatildeo de Assistecircncia Farma-cecircutica no Serviccedilo Puacuteblico consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas manuais de orientaccedilatildeo normas sanitaacuterias entre outros documentos necessaacuterios ao trabalho farmacecircutico Por fim o CRF-PR coloca-se agrave disposiccedilatildeo dos gestores de sauacutede membros dos Poderes Legislativo Judiciaacuterio do Ministeacuterio Puacuteblico e co-legas farmacecircuticos para quaisquer assuntos relacionados agrave AssistecircnciaFarmacecircutica

Dr Arnaldo ZubioliPresidente do CRF-PR

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 7: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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O Conselho Regional de Farmaacutecia do Estado do Paranaacute (CRF-PR) eacute a Autarquia Federal fiscalizadora da profissatildeo farmacecircutica e oacutergatildeo de defesa da sociedade Tem como papel principal atuar na prevenccedilatildeo de irregularidades relacionadas ao exerciacutecio do profissional farmacecircutico instaurar processos eacuteticos aos farmacecircuticos que cometerem irregulari-dades eacutetico-profissionais fiscalizar os estabelecimentos onde o profissio-nal farmacecircutico exerce a sua profissatildeo e fiscalizar e autuar estabeleci-mentos que se encontram sem a obrigatoacuteria presenccedila deste profissional Desde 1986 o CRF-PR tem atuado com firmeza e cumprido pro-gressivamente com a sua funccedilatildeo de exigir a presenccedila do farmacecircutico em todos os estabelecimentos farmacecircuticos conforme exige a lei Nos estabelecimentos farmacecircuticos puacuteblicos o CRF-PR tem atuado junto ao estado e municiacutepios para regularizar a situaccedilatildeo de suas farmaacutecias puacuteblicas No final da deacutecada de 90 firmou-se um acordo entre o CRF-PR e o Conselho de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede do Paranaacute o COSEMS-PR para que os estabelecimentos municipais se regularizassem quanto agrave presenccedila do farmacecircutico durante todo o horaacuterio de atendimen-to ao puacuteblico O CRF-PR da mesma forma que trabalhou com os estabeleci-mentos privados iniciou seu trabalho considerando o porte dos muni-ciacutepios a complexidade e a quantidade dos medicamentos dispensados nas farmaacutecias municipais Ao final do prazo acordado e considerando que havia ainda estabelecimentos ilegais nos serviccedilos puacuteblicos o CRF-PR iniciou a autuaccedilatildeo das farmaacutecias municipais que se encontravam irregula-res Nesse periacuteodo de forma isolada ou em conjunto com a Secretaria de Estado de Sauacutede o CRF-PR promoveu eventos estaduais de capacitaccedilatildeo de farmacecircuticos para o serviccedilo puacuteblico aleacutem de vaacuterios outros em acircmbito regional ou local que tem ocorrido anualmente aleacutem do desenvolvimento de material didaacutetico e de apoio profissional Nos uacuteltimos anos a demanda pela presenccedila do profissional far-macecircutico nas farmaacutecias municipais tem aumentado em decorrecircncia das diretrizes estabelecidas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos e pactu-accedilotildees realizadas entre o Ministeacuterio da Sauacutede e as Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede O Ministeacuterio Puacuteblico na sua funccedilatildeo de exigir o fiel cumprimen-to das legislaccedilotildees tem atuado e cobrado dos oacutergatildeos de Vigilacircncia Sanitaacute-ria e do CRF-PR para que a legislaccedilatildeo sanitaacuteria e profissional seja de fatocumprida Tambeacutem nesse sentido tecircm sido as decisotildees das uacuteltimas confe-

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 8: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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recircncias estaduais e nacionais de sauacutede quanto agrave questatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica O CRF-PR jaacute firmou convecircnios com Secretarias Municipais de Sauacutede para colaborar na organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio do seu Centro de Informaccedilotildees sobre Medica-mentos e Comissatildeo de Assistecircncia Farmacecircutica no Serviccedilo Puacuteblico Assim ajudou a elaborar pla-nos de Assistecircncia Farmacecircutica material educativo como cartilhas e folhetos apoacuteia comissotildees de farmaacutecia e terapecircutica na elaboraccedilatildeo de padronizaccedilatildeo de medicamentos realiza palestras e seminaacuterios entre outras atividades O CRF-PR busca orientar os municiacutepios em relaccedilatildeo agrave necessidade de regularizaccedilatildeo dos seus estabelecimentos farmacecircuticos Colabora na elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo de projetos de capacitaccedilatildeo dos profissionais farmacecircuticos e gestores de sauacutede para a Assistecircncia Farmacecircutica junto aos Poacutelos de Educaccedilatildeo Permanente aleacutem de fornecer treinamentos gratuitos aos profissio-nais farmacecircuticos nas vaacuterias regiotildees do Paranaacute

Base legal para accedilatildeo do CRF-PRLei Federal nordm 382060

Art 10 - As atribuiccedilotildees dos Conselhos Regionais satildeo as seguintesc) fiscalizar o exerciacutecio da profissatildeo impedindo e punindo as infraccedilotildees agrave lei bem como enviando agraves autoridades competentes relatoacuterios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja soluccedilatildeo natildeo seja de sua alccedilada

Art 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviccedilos para os quais satildeo necessaacuterias atividades de profissional farmacecircutico deveratildeo provar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades satildeo exercidas por profis-sionais habilitados e registrados

Para encaminhar propostas de regularizaccedilatildeo e adequaccedilatildeo junto ao CRF-PR os municiacute-pios podem entrar em contato com a Comissatildeo de Serviccedilo Puacuteblico do oacutergatildeo A documentaccedilatildeo necessaacuteria para o registro de estabelecimentos puacuteblicos vinculados agravesPrefeituras Municipais estaacute disponiacutevel em wwwcrf-prorgbr

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 9: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional relacionada aos medica-mentos e ao exerciacutecio profissional exige a presenccedila e atuaccedilatildeo do pro-fissional farmacecircutico na Assistecircncia Farmacecircutica conforme exposto a seguir

A) Lei Federal nordm 599173 Art 2 - As disposiccedilotildees desta Lei abrangem as unidades congecircne-res que integram o serviccedilo puacuteblico civil e militar da administraccedilatildeo direta e indireta da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios e demais entidades paraestatais no que concerne aos conceitos definiccedilotildees e responsabilidade teacutecnica Art 3 - Aplica-se o disposto nesta Lei agraves unidades de dispen-saccedilatildeo das instituiccedilotildees de caraacuteter filantroacutepico ou beneficentes sem fins lucrativos Art 4 - Para efeitos desta Lei satildeo adotados os seguintes con-ceitos VIII - Empresa - pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou privado que exerccedilam como atividade principal ou subsidiaacuteria o comeacuter-cio venda fornecimento e distribuiccedilatildeo de drogas medicamentos insu-mos farmacecircuticos e correlatos equiparando-se agrave mesma para os efeitos desta Lei as unidades dos oacutergatildeos de administraccedilatildeo direta ou indireta federal estadual do Distrito Federal dos Territoacuterios dos Municiacutepios e entidades paraestatais incumbidas de serviccedilos correspondentes X - Farmaacutecia - estabelecimento de manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e oficinais de comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos compreendendo o de dispensaccedilatildeo e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistecircncia meacutedica Art 15 - Afarmaacutecia a drogaria e as distribuidoras teratildeo obri-gatoriamente a assistecircncia de teacutecnico responsaacutevel inscrito no Conselho Regional de Farmaacutecia na forma da lei sect 1 - A presenccedila do teacutecnico responsaacutevel seraacute obrigatoacuteria durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento sect 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderatildeo manter teacutecnico responsaacutevel substituto para os casos de impedimento ou ausecircncia do titular Art 17 - Somente seraacute permitido o funcionamento de farmaacutecia

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

28

35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 10: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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e drogaria sem a assistecircncia do teacutecnico responsaacutevel ou do seu substituto pelo prazo de ateacute trinta dias periacuteodo em que natildeo seratildeo aviadas foacutermulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamen-tos sujeitos a regime especial de controle Art 53 - Natildeo poderaacute ter exerciacutecio nos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria o servidor puacuteblico que for soacutecio ou acionista de qualquer categoria ou que prestar serviccedilos agrave empresa ou estabele-cimento que explore o comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos

B) Lei 130212014 - Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades far-macecircuticas Art 2ordm Entende-se por assistecircncia farmacecircutica o conjunto de accedilotildees e de serviccedilos que visem a assegurar a assistecircncia terapecircutica integral e a promoccedilatildeo a proteccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo da sauacutede nos estabelecimentos puacuteblicos e privados que desempenhem atividades farmacecircuticas tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional Art 3ordm Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 4ordm Eacute responsabilidade do poder puacuteblico assegurar a assistecircncia farmacecircutica se-gundo os princiacutepios e diretrizes do Sistema Uacutenico de Sauacutede de universalidade equidade e inte-gralidade Art 5ordm No acircmbito da assistecircncia farmacecircutica as farmaacutecias de qualquer natureza re-querem obrigatoriamente para seu funcionamento a responsabilidade e a assistecircncia teacutecnica de farmacecircutico habilitado na forma da lei Art 6ordm Para o funcionamento das farmaacutecias de qualquer natureza exigem-se a autori-zaccedilatildeo e o licenciamento da autoridade competente aleacutem das seguintes condiccedilotildees I - ter a presenccedila de farmacecircutico durante todo o horaacuterio de funcionamento II - ter localizaccedilatildeo conveniente sob o aspecto sanitaacuterio III - dispor de equipamentos necessaacuterios agrave conservaccedilatildeo adequada de imunobioloacutegicos IV - contar com equipamentos e acessoacuterios que satisfaccedilam aos requisitos teacutecnicos esta-belecidos pela vigilacircncia sanitaacuteria

C) Resoluccedilatildeo RDC 442009 ANVISA - Boas praacuteticas farmacecircuticas Art 3ordm As farmaacutecias e as drogarias devem ter obrigatoriamente a assistecircncia de far-macecircutico responsaacutevel teacutecnico ou de seu substituto durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento nos termos da legislaccedilatildeo vigente Art 20ordm As atribuiccedilotildees do farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico satildeo aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmaacutecia observadas a legislaccedilatildeo sanitaacuteria vigente para farmaacutecias e drogarias Paraacutegrafo uacutenico O farmacecircutico responsaacutevel teacutecnico pode delegar algumas das atri-buiccedilotildees para outro farmacecircutico com exceccedilatildeo das relacionadas agrave supervisatildeo e responsabilidade

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 11: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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pela assistecircncia teacutecnica do estabelecimento bem como daquelas consideradas indelegaacuteveis pela legislaccedilatildeo especiacutefica dos conselhos federal e regional de farmaacutecia

D) Resoluccedilatildeo 5902014 SESAPR - Norma Teacutecnica de Farmaacutecia (Anexo da Resoluccedilatildeo) Art 1ordm - Para efeitos da presente norma teacutecnica satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildees I Farmaacutecia eacute uma unidade de prestaccedilatildeo de serviccedilos destinada a prestar assistecircncia farmacecircutica assistecircncia agrave sauacutede e orientaccedilatildeo sanitaacuteria individual e coletiva na qual se processe a manipulaccedilatildeo eou dispensaccedilatildeo de medicamentos magistrais oficinais farmacopeacuteicos ou indus-trializados cosmeacuteticos insumos farmacecircuticos produtos farmacecircuticos e correlatos Art 9ordm - A presenccedila e atuaccedilatildeo do profissional farmacecircutico eacute requisito essencial para a manipulaccedilatildeo e dispensaccedilatildeo de medicamentos ao puacuteblico Art 10ordm - Os estabelecimentos devem possuir tantos farmacecircuticos quantos forem ne-cessaacuterios para garantir uma assistecircncia farmacecircutica de qualidade durante todo o horaacuterio de funcionamento do estabelecimento inclusive plantotildees e conforme estabelecido pela Lei Federal nordm 59911973 ou outra que vier a substituiacute-la (PARANAacute 2014)

E) Decreto 858781981 - Regulamenta o acircmbito profissional farmacecircutico Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticos I - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas magistrais e farmacopeacuteicasquando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada II - assessoramento e responsabilidade teacutecnica em b) oacutergatildeos laboratoacuterios setores ou estabelecimentos farmacecircuticos em que se execu-tem controle eou inspeccedilatildeo de qualidade anaacutelise preacutevia anaacutelise de controle e a anaacutelise fiscal de produtos que tenham destinaccedilatildeo terapecircutica anesteacutesica ou auxiliar de diagnoacutesticos ou capazes de determinar dependecircncia fiacutesica ou psiacutequica d) depoacutesitos de produtos farmacecircuticos de qualquer natureza III - a fiscalizaccedilatildeo profissional sanitaacuteria e teacutecnica de empresas estabelecimentos seto-res foacutermulas produtos processos e meacutetodos farmacecircuticos ou de natureza farmacecircutica (BRA-SIL 1981)

Haacute extensa legislaccedilatildeo profissional e sanitaacuteria relacionada aos medicamentos e agrave Assis-tecircncia Farmacecircutica citamos apenas as mais preponderantes quanto agrave atuaccedilatildeo do farmacecircuticoAs principais legislaccedilotildees relacionadas no presente manual constam no do Departamento de Eacutetica do CRF-PR

O natildeo-cumprimento da Legislaccedilatildeo Sanitaacuteria e Profissional pode implicaraplicaccedilatildeo da Lei de Responsabilidade Administrativa aos gestores municipais

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 12: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 eacute um marco referencial para asprofundas mudanccedilas na aacuterea da sauacutede no Brasil No capiacutetulo dedicado agraveseguridade social ficou estabelecida a criaccedilatildeo de um Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) sendo definidos seus princiacutepios e diretrizes baseados em umconceito ampliado de sauacutede De acordo com o artigo nordm 196 da Constitui-ccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantida me-diante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo dos riscos de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988b)

A Lei Orgacircnica da Sauacutede (Lei Federal nordm 8080 combinada comLei Federal nordm 8142 ambas de 1990) contempla os preceitos constitu-cionais e estabelece que entre seus campos de atuaccedilatildeo estaacute incluiacuteda a execuccedilatildeo da ldquoassistecircncia terapecircutica integral inclusive farmacecircuticardquo e entre as accedilotildees ldquoa formulaccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos () de interesse para a sauacutede ()rdquo (BRASIL 1990a) De acordo com seu Artigo 18 compete agrave direccedilatildeo municipal do SUS

ldquoV - dar execuccedilatildeo no acircmbito municipal agrave poliacutetica de insumos e equipamentos para a sauacutederdquo

A desarticulaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no paiacutes em des-compasso com as mudanccedilas que vinham ocorrendo na aacuterea de sauacutede especialmente com relaccedilatildeo ao processo de descentralizaccedilatildeo do SUS con-tribuiu para a formulaccedilatildeo de novas diretrizes para a aacuterea de medicamen-tos explicitada na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) publicada em outubro de 1998 Esta PNM fortalece os princiacutepios e diretrizes constitucionais doSUS tendo como finalidade principal ldquogarantir a necessaacuteria seguranccedila eficaacutecia e qualidade dos medicamentos a promoccedilatildeo do uso racional e o acesso da populaccedilatildeo agravequeles considerados essenciaisrdquo (BRASIL 1998b) Entre as diretrizes estabelecidas por essa poliacutetica estaacute a reo-rientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo

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a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

58

ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

60

Page 13: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

13

a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentosrdquo (BRASIL 1998b)

Dentre as prioridades da reorientaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF)

ldquoa estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (AF) eacute um dos gran-des desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS uma vez que sua reorientaccedilatildeo propotildee uma mudanccedila no mo-delo de organizaccedilatildeo e na forma de gerenciamento tendo por baseuma nova loacutegica de atuaccedilatildeo Natildeo deve se limitar apenas a aqui-siccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de medicamentos exigindo para a sua im-plementaccedilatildeo a elaboraccedilatildeo de planos programas e atividades especiacuteficas de acordo com as competecircncias estabelecidas para cada esfera de governo O processo de descentralizaccedilatildeo exige que os gestores aperfeiccediloem e busquem novas estrateacutegias com propostas estruturantes que garantam a eficiecircncia de suas accedilotildeesconsolidando os viacutenculos entre os serviccedilos e a populaccedilatildeo pro-movendo o acesso o uso racional e a integralidade das accedilotildeesrdquo (BRASIL 1998b)

O processo de reorientaccedilatildeo da AF proposto pela PNM e que vem sendo implementado no SUS estaacute fundamentado

A necessidade de construir uma nova gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS fun-damenta-se na implementaccedilatildeo desta nova praacutetica nos estados e municiacutepios sendo necessaacuterio para isso o desenvolvimento de accedilotildees estruturantes com aplicaccedilatildeo de novos conhecimentos habilidades ferramentas e teacutecnicas indispensaacuteveis agrave qualificaccedilatildeo e melhoria das atividades desenvolvidas Englobaraacute as atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento e distribuiccedilatildeo controle de qualidade e promoccedilatildeo do uso racional compreendendo a prescriccedilatildeo e utilizaccedilatildeo dos medicamentos Prevecirc que o processo de descentralizaccedilatildeo contemplaraacute a padronizaccedilatildeo dos medicamen-tos o planejamento e a redefiniccedilatildeo das atribuiccedilotildees das trecircs instacircncias de gestatildeo do SUS De acordo com a PNM no acircmbito municipal caberaacute agrave Secretaria Municipal de Sauacutede ou ao organismo correspondente

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull

bull

bull

Na promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos

Na otimizaccedilatildeo e na eficaacutecia das atividades envolvidas na AF

No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a reduccedilatildeo de preccedilos de produtos viabilizando o acesso da populaccedilatildeo inclusive no acircmbito privado

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Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

58

ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

60

Page 14: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

14

Epidemioloacutegicas e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Coordenar e executar a Assistecircncia Farmacecircutica - AF no seu acircmbito

bull

bull

bull

Associar-se a outros municiacutepios por intermeacutedio da organizaccedilatildeo de consoacutercios tendo em vista a execuccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica

Promover o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo aos prescritores e aos dispensadores

Treinar e capacitar Recursos Humanos para cumprimento das responsabilidades do muni-ciacutepio no que se refere a esta poliacutetica

bull Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais baacutesicos para a Poliacutetica de Medicamentos de que satildeo exemplos o de Vigilacircncia Sanitaacuteria o de Vigilacircncia Epidemioloacutegica e o de Laboratoacuterios de Sauacutede Puacuteblica

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando a assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

bull Implementar accedilotildees de vigilacircncia sanitaacuteria sob sua responsabilidade

bull Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

bull Definir a relaccedilatildeo municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME a partir das necessidades decorrentes do perfil nosoloacutegico da populaccedilatildeo

bull Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede de sua populaccedilatildeo integrando sua programaccedilatildeo agrave do estado visando a garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna

bull Adquirir aleacutem dos produtos destinados agrave atenccedilatildeo baacutesica outros medicamentos essen-ciais que estejam definidos no Plano Municipal de Sauacutede como responsabilidade concor-rente do municiacutepio

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 15: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Portanto o papel dos gestores municipais eacute importante para que a Assistecircncia Farma-cecircutica parte fundamental da atenccedilatildeo agrave sauacutede seja implementada no SUS

Assim como em outras aacutereas do SUS a AF se encontra em permanente estruturaccedilatildeo para dar conta de tamanha complexidade e sua regulamentaccedilatildeo tem contribuiacutedo significativa-mente para o fortalecimento das poliacuteticas no acircmbito do SUS Recentemente dois novos marcos que tratam do acesso agrave assistecircncia terapecircutica forampublicados

bull Utilizar prioritariamente a capacidade dos laboratoacuterios oficiais para o suprimento das necessidades de medicamentos do municiacutepio Investir na infraestrutura das centrais far-macecircuticas e das farmaacutecias dos serviccedilos de sauacutede visando assegurar a qualidade dos medicamentos

bull Receber armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda

De maneira sucinta a Lei nordm 124012011 indica que a dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede soacute deveraacute ser realizada mediante prescriccedilatildeo que esteja em conformidade com diretrizes terapecircuticas oficiais ou relaccedilatildeo de medicamentos devidamente pactuada Com a finalidade de tornar o processo de incorporaccedilotildees de tecnologias mais racio-nal aacutegil e transparente foi criada a Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilotildees de Tecnologias no SUS (CONITEC) Esta Comissatildeo assessora o Ministeacuterio da Sauacutede na inclusatildeo exclusatildeo ou alteraccedilotildees de quaisquer medicamentos produtos e procedimentos no SUS eacute composta por representantes do MS Anvisa ANS Conass Conasems e CFM com forma de trabalho definida Tem ainda como responsabilidades manter atualizada a Rename em relaccedilatildeo a medicamentos e insumos consolidar esta lista para submissatildeo agrave pactuaccedilatildeo tripartite atualizar o Formulaacuterio Terapecircutico Nacional e elaborar ou alterar os protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas

O Decreto nordm 75082011 traz mais alguns detalhes complementares sobre os medi-camentos no SUS estabelecendo que o acesso universal e igualitaacuterio agrave AF pressupotildee cumulativa-mente

bull Lei no 12401 de 28 de abril de 2011 que alterou a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica integral e incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do SUS

bull Decreto no 7508 de 28 de junho de 2011 que regulamenta a Lei nordm 80801990 para dispor sobre a oranizaccedilatildeo do SUS

I - Estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - Ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees

no SUS

III - Estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuti-cas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos e

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 16: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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IV - Ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUS

A Portaria GMMS nordm 1 de 02 de janeiro de 2015 que estabelece a Relaccedilatildeo Nacional deMedicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio daatualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essen-ciais - RENAME 2012 A RENAME 2014 contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica aleacutem de determinados medicamentos de uso hospitalar dispostos em anexos

I - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia FarmacecircuticaII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Estrateacutegico da Assistecircncia FarmacecircuticaIII - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircu- ticaIV - Relaccedilatildeo Nacional de Insumos eV - Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 17: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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De acordo com a Poliacutetica Nacional de Medicamentos a Assis-tecircncia Farmacecircutica eacute definida como

ldquoum grupo de atividades relacionadas com o medicamento des-tinadas a apoiar as accedilotildees de sauacutede demandadas por uma comu-nidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservaccedilatildeo e controle de qualidade a seguranccedila e a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo a obtenccedilatildeo e a difusatildeo de informaccedilatildeo sobre medicamentos e a educaccedilatildeo permanente dos profissionais de sauacutede do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamen-tosrdquo (BRASIL 1998b)

A Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica aprovada pelaResoluccedilatildeo nordm 338 de 2004 do Conselho Nacional de Sauacutede apresenta tam-beacutem as seguintes definiccedilotildees

ldquoA Assistecircncia Farmacecircutica trata de um conjunto de accedilotildees vol-tadas agrave promoccedilatildeo agrave proteccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da Sauacutede tanto individual como coletiva tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional conjunto este que envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produccedilatildeo de medicamentos e insumos bem como a sua seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo garantia da qua-lidade dos produtos e serviccedilos acompanhamento e avaliaccedilatildeo de sua utilizaccedilatildeo na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2004b)

As accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas refe-rentes agrave Atenccedilatildeo Farmacecircutica considerada na Poliacutetica Nacional de As-sistecircncia Farmacecircutica como

ldquoModelo de praacutetica farmacecircutica desenvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-res-ponsabilidades na prevenccedilatildeo das doenccedilas promoccedilatildeo e recupe-raccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a in-teraccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio objetivando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

58

ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 18: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Essa interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus su-jeitos respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutederdquo (BRASIL 2004b)

O conceito original de Atenccedilatildeo Farmacecircutica (Cuidado Farmacecircutico na traduccedilatildeo literal do inglecircs) estaacute baseado nas proposiccedilotildees de Hepler e Strand e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS1990 WHO 1994) conceitua como

ldquoatitudes comportamentos compromissos inquietaccedilotildees valores eacuteticos funccedilotildees conhecimentos responsabilidades e destrezas do farmacecircutico na prestaccedilatildeo da farmacoterapia com o objetivo de alcanccedilar resultados terapecircuticos definidos na sauacutede e na qualida-de de vida do paciente (WHO 1993 4 Apud MARIN et al 2003)rdquo

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a define Poliacutetica Nacional de Medica-mentos dispensaccedilatildeo como

ldquoEacute o ato profissional farmacecircutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente geralmente como resposta agrave apre-sentaccedilatildeo de uma receita elaborada por um profissional autoriza-do Neste ato o farmacecircutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Satildeo elementos importantes da orientaccedilatildeo entre outros a ecircnfase no cumprimento da dosagem a influecircncia dos alimentos a interaccedilatildeo com outros medicamen-tos o reconhecimento de reaccedilotildees adversas potenciais e as condi-ccedilotildees de conservaccedilatildeo dos produtosrdquo (BRASIL 1998b)

A Lei Federal nordm 9787 de 10 de fevereiro de 1999 conceitua o medicamento geneacuterico como

ldquoXXI ndash Medicamento Geneacuterico ndash medicamento similar a um produ-to de referecircncia ou inovador que se pretende ser com este inter-cambiaacutevel geralmente produzido apoacutes a expiraccedilatildeo ou renuacutencia da proteccedilatildeo patentaacuteria ou de outros direitos de exclusividade comprovada a sua eficaacutecia seguranccedila e qualidade e designado pela DCB (Denominaccedilatildeo Comum Brasileira) ou na sua ausecircncia pela DCI (Denominaccedilatildeo Comum Internacional)rdquo (BRASIL 1999b)

A Portaria GMMS nordm 39161998 que instituiu a Poliacutetica Nacional de Medicamentos define uso racional de medicamentos como

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 19: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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ldquoo processo que compreende a prescriccedilatildeo apropriada a dis-ponibilidade oportuna e a preccedilos acessiacuteveis a dispensaccedilatildeo em condiccedilotildees adequadas o consumo nas doses indicadas nos inter-valos definidos e no periacuteodo de tempo indicado de medicamentos eficazes seguros e de qualidaderdquo (BRASIL 1998b)

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 20: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2009 regulamentouo financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e osserviccedilos de sauacutede na forma de blocos de financiamento com o respecti-vo monitoramento e controle Os blocos de financiamento satildeo os seguintes

middot Atenccedilatildeo Baacutesicamiddot Atenccedilatildeo de Meacutedia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalarmiddot Vigilacircncia em Sauacutedemiddot Assistecircncia Farmacecircuticamiddot Gestatildeo do SUSmiddot Bloco de Investimento (incluiacutedo pela Portaria GMMS nordm 837 de 23042009)

O bloco de financiamento para a Assistecircncia Farmacecircutica eacute constituiacutedo por trecircs componentes

I Componente baacutesico da assistecircncia farmacecircuticaII Componente estrateacutegico da assistecircncia farmacecircuticaIII Componente de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo Excepcional ndash CMDE que a partir de 2010 passa a se chamar Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Esses componentes sofreram nova regulamentaccedilatildeo atraveacutes das Portarias GMMS nordm 1554 de 31 de julho de 2013 e Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 com o objetivo de

bull Definir responsabilidades para cada esfera de gestatildeo em relaccedilatildeo a doenccedilas e faacutermacos

bull Garantir uma linha de cuidado mediante a integralidade do tratamen-to

bull Ampliar a cobertura para doenccedilas relevantes do ponto de vista cliacutenico epidemioloacutegico

bull Incorporar novos tratamentos

bull Otimizar os recursos orccedilamentaacuterios disponiacuteveis

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Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

58

ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 21: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

21

Quadro resumido dos componentes da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

22

31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 22: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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31 - Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 no seu art25 define que

ldquoO Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos e insumos da assistecircncia farmacecircuti-ca no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesica em sauacutede e agravequeles relacionados a agravos e programas de sauacutede especiacuteficos no acircmbito da atenccedilatildeo baacutesicardquo (BRASIL 2007a)

Em 1998 logo apoacutes a publicaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Medicamentos - PNM dando iniacutecio ao processo de descentralizaccedilatildeo da AF preconizado pela mesma foi estabelecido um In-centivo Financeiro agrave Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica (IAFAB) provenientes das trecircs esferas de governo com valores pactuados pela Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) Ao longo dos anos este incentivo sofreu vaacuterias atualizaccedilotildees quanto ao elenco e valores A mais recente eacute a Portaria GMMS nordm 1555 de 31 de julho de 2013 A Portaria 15552013 dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Com-ponente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Os valores de responsabilidade das trecircs esferas de gestatildeo a serem aplicados na aqui-siccedilatildeo de medicamentos definido no art 3ordm da Portaria 15552013 satildeo no miacutenimo de

A contrapartida oriunda da Uniatildeo destina-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medica-mentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS A contrapartida oriunda dos Estados Distrito Federal e Municiacutepios destinam-se ao financiamento da aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodependentes estabelecidos na Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS Cabe ao Ministeacuterio da Sauacutede o financiamento com recursos distintos aos valores indica-dos no art 3ordm a aquisiccedilatildeo e a distribuiccedilatildeo agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados demiddot Insulina Humana NPH 100 UImLe Insulina Humana Regular 100 UImL emiddot Contraceptivos e insumos do Programa Sauacutede da Mulher constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

58

ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 23: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios satildeo responsaacuteveis pela seleccedilatildeo progra-maccedilatildeo aquisiccedilatildeo armazenamento controle de estoque e prazos de validade distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente conforme pactuaccedilatildeo nas respectivas CIB incluin-do-se

32 - Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica Esse Componente da Assistecircncia Farmacecircutica objetiva disponibilizar medicamentos eserviccedilos farmacecircuticos para o atendimento de Programas Estrateacutegicos de Sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede considera como estrateacutegicos todos os medicamentos utilizados para tratamento das doenccedilas de perfil endecircmico cujo controle e tratamento tenham protocolo e normas estabelecidas e que tenham impacto socioeconocircmico Aleacutem disso esses medicamentos tecircm controle e tratamento por meio de protocolos diretrizes e guias e possuem financiamento e aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo distribuiacutedos para as Secretarias Estaduais de Sauacutede que tecircm a responsabilidade de fazer oarmazenamento e distribuiccedilatildeo aos municiacutepios O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica estaacute previsto no artigo 26 da Portaria nordm 204 que explicita o seguinte

ldquoArt 26 O Componente Estrateacutegico da Assistecircncia Farmacecircutica destina-se ao financiamento para custeio de accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica nos seguintes programas de sauacutede estrateacutegicos

Constituem Programas Estrateacutegicos de Sauacutede e os agravos atendidos

middot Controle da Tuberculosemiddot Controle da Hanseniacuteasemiddot DSTAIDSmiddot Endemias Focais Sangue e Hemoderivados

middot Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeomiddot Controle do Tabagismomiddot Influenzamiddot Sauacutede da Crianccedila

bull Plantas medicinais drogas vegetais e derivados vegetais para manipulaccedilatildeo das prepa-raccedilotildees dos fitoteraacutepicos da RENAME em Farmaacutecias Vivas e farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS

bull Matrizes homeopaacuteticas e tinturas-matildees conforme Farmacopeacuteia Homeopaacutetica Brasileira 3ordf ediccedilatildeo para as preparaccedilotildees homeopaacuteticas em farmaacutecias de manipulaccedilatildeo do SUS e

bull A aquisiccedilatildeo dos medicamentos sulfato ferroso e aacutecido foacutelico do Programa Nacional de Suplementaccedilatildeo de Ferro

Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios disponibilizaratildeo de forma contiacutenua os medicamentos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica indicados nos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas (PCDT) para garantir as linhas de cuidado das doenccedilas contempladas no Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 24: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Estes programas satildeo destinados ao tratamento dos seguintes agravos

middot Coagulopatiasmiddot Coacuteleramiddot Tabagismomiddot Denguemiddot Doenccedila de Chagasmiddot Esquistossomosemiddot DSTAIDSmiddot Febre Maculosamiddot Filariosemiddot Geohelmintiacuteasesmiddot Hanseniacuteasemiddot Influenza

middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Veja a competecircncia de cada instituiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos medicamentos estrateacutegicos

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 25: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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middot Leishimaniosemiddot Luacutepus - Mieloma Muacuteltiplo ndash Enxerto versus Hospedeiromiddot Malaacuteriamiddot Meningitemiddot Micoses Sistecircmicasmiddot Raivamiddot Tracomamiddot Tuberculosemiddot Tuberculose Multidroga Resistentemiddot Vitamina A(Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo)middot Viacuterus Sincicial Respiratoacuterio (VSR) - Prevenccedilatildeo

Grupo 1A Medicamentos com aquisiccedilatildeo centralizada pelo Ministeacuterio da Sauacutede e for-necidos agraves Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a res-ponsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF e

Grupo 1B Medicamentos financiados pelo Ministeacuterio da Sauacutede mediante transferecircn-cia de recursos financeiros para aquisiccedilatildeo pelas Secretarias de Sauacutede dos Estados e Distrito Federal sendo delas a responsabilidade pela programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Os medicamentos do Grupo 1 satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios geraismiddot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamentomiddot Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o CEAF emiddot Medicamentos incluiacutedos em accedilotildees de desenvolvimento produtivo no complexo in- dustrial da sauacutede

Grupo 2 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede dos Estados e do Distrito Federal pelo financiamento aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensa-ccedilatildeo para tratamento das doenccedilas contempladas no acircmbito do CEAF Estes medicamentos satildeo definidos de acordo com os seguintes criteacuterios gerais

33 - Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

A Portaria GMMS nordm 1554 de 30 de julho de 2013 alterada pela Portaria GMMS nordm 1996de 11 de setembro de 2013 dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Compo-nente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica (CEAF) no acircmbito do SUS O artigo 2ordm da Portaria 15542013 define este componente como uma estrateacutegia de acesso a medicamentos no acircmbito do SUS caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em niacutevel ambulatorial cujas linhas de cuidado estatildeo definidas emProtocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas publicados pelo Ministeacuterio da Sauacutede Para tanto a portaria determina que o acesso aos medicamentos que fazem parte daslinhas de cuidado para as doenccedilas contempladas no acircmbito deste componente seraacute garantido me-diante a pactuaccedilatildeo entre a Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios divididos em trecircs gruposcom caracteriacutesticas responsabilidades e formas de organizaccedilatildeo distintas

Grupo 1 ndash Medicamentos sob responsabilidade de financiamento pelo Ministeacuterio da Sauacutede sendo dividido em

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 26: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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middot Maior complexidade do tratamento da doenccedilamiddot Refratariedade ou intoleracircncia a primeira eou a segunda linha de tratamento

Grupo 3 ndash Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Sauacutede do Distrito Federal e dos Municiacutepios para aquisiccedilatildeo programaccedilatildeo armazenamento distribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo e que estaacute estabelecida em ato normativo especiacutefico que regulamenta o Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica Os medicamentos constantes do Grupo 3 satildeo definidos de acordo com os medicamentos constantes no Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica e indicados pelos Protocolos Cliacuteni-cos e Diretrizes Terapecircuticas publicados na versatildeo final pelo Ministeacuterio da Sauacutede como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenccedilas contempladas pelo Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica

Os anexos I II III da Portaria GMMS nordm 155413 alterada pela Portaria GMMS nordm 19962013 trazem o elenco de medicamentos para cada grupo Natildeo estaacute previsto nas normas de Assistecircncia Farmacecircutica do SUS a forma de financia-mento para os medicamentos da ldquoMeacutedia Complexidadecustordquo que natildeo se encontram padroniza-da pelos trecircs entes federados Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio pode acionar o Municiacutepio Estado ou Uniatildeo mas natildeo podem ser classificados como contrapartida da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica

34 - Atendimento de Receituaacuterio Natildeo Proveniente do SUS

A Lei Federal nordm 808090 foi recentemente alterada pela Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 incluindo um capiacutetulo VIII que trata ldquoda assistecircncia terapecircutica e da incorpora-ccedilatildeo de tecnologia em sauacutederdquo Essa eacute uma questatildeo que ateacute o ano de 2011 natildeo se encontrava regulamentada e apesar da definiccedilatildeo prevista pelo Decreto nordm 7508 de 28 de junho de 2011 continua sendo motivo de constantes atritos e accedilotildees puacuteblicas contra os gestores municipais estaduais e o federal de sauacutede Tal regulamentaccedilatildeo teve origem nas discussotildees no Congresso Nacional (BRASIL 2007c) e Poder Judiciaacuterio (STF 2007) A Lei 808090 determina que a assistecircncia terapecircutica integral consiste em

Art 19-M A assistecircncia terapecircutica integral a que se refere a aliacutenea d do inciso I do art6o consiste emI - dispensaccedilatildeo de medicamentos e produtos de interesse para a sauacutede cuja prescriccedilatildeo esteja em conformidade com as diretrizes terapecircuticas definidas em protocolo cliacutenico para a doenccedila ou o agravo agrave sauacutede a ser tratado ou na falta do protocolo em conformidade com o disposto no art 19-PArt 19-P Na falta de protocolo cliacutenico ou de diretriz terapecircutica a dispensaccedilatildeo

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seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

28

35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 27: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

27

seraacute realizadaI - com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelo gestor federal do SUS observadas as competecircncias estabelecidas nesta Lei e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Inter-gestores TripartiteII - no acircmbito de cada Estado e do Distrito Federal de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores estaduais do SUS e a responsabilidade pelo fornecimento seraacute pactuada na Comissatildeo Intergesto-res BipartiteIII - no acircmbito de cada Municiacutepio de forma suplementar com base nas relaccedilotildees de medicamentos instituiacutedas pelos gestores municipais do SUS e a responsabi-lidade pelo fornecimento seraacute pactuada no Conselho Municipal de Sauacutede (BRA-SIL 2011a)

O Decreto Federal nordm 75082011 detalhou o acesso aos medicamentos no acircmbito do SUS da seguinte forma

Art 27 O Estado o Distrito Federal e o Municiacutepio poderatildeo adotar relaccedilotildees es-peciacuteficas e complementares de medicamentos em consonacircncia com a RENAME respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamen-tos de acordo com o pactuado nas Comissotildees IntergestoresArt 28 O acesso universal e igualitaacuterio agrave assistecircncia farmacecircutica pressupotildeecumulativamenteI - estar o usuaacuterio assistido por accedilotildees e serviccedilos de sauacutede do SUSII - ter o medicamento sido prescrito por profissional de sauacutede no exerciacutecio regular de suas funccedilotildees no SUSIII - estar a prescriccedilatildeo em conformidade com a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos eDiretrizes Terapecircuticas ou com a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual dis-trital ou municipal de medicamentos eIV - ter a dispensaccedilatildeo ocorrido em unidades indicadas pela direccedilatildeo do SUSsect 1o Os entes federativos poderatildeo ampliar o acesso do usuaacuterio agrave assistecircnciafarmacecircutica desde que questotildees de sauacutede puacuteblica o justifiquemsect 2o O Ministeacuterio da Sauacutede poderaacute estabelecer regras diferenciadas de acesso amedicamentos de caraacuteter especializadoArt 29 A RENAME e a relaccedilatildeo especiacutefica complementar estadual distrital ou municipal de medicamentos somente poderatildeo conter produtos com registro na Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria - ANVISA (BRASIL 2011b)

Desta forma o acesso aos medicamentos pelo SUS deve ocorrer dentro do sistema pelasregras do SUS basicamente medicamentos que possuam registro na ANVISA e constem na RelaccedilatildeoNacional Estaduais e Municipais de Medicamentos nos Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircu-ticas

28

35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

30

estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 28: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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35 - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildeesde Assistecircncia Farmacecircutica

Consta no Artigo 4ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 que as Secretarias Municipais de Sauacutede poderatildeo anualmente utilizar um percentual de ateacute 15 (quinze por cento) da soma dos valores dos recursos financeiros definidos nos termos dos incisos II III e sect 1ordm do art 3ordm para atividades destinadas agrave adequaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico das farmaacutecias do SUS no Distrito Federal e nos Municiacutepios agrave aquisiccedilatildeo de equipamentos e mobiliaacuterio destinados ao suporte das accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica e agrave realizaccedilatildeo de atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo continuada voltada agrave qualificaccedilatildeo dos recursos humanos da Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede obedecida a Lei nordm 4320 de 17 de marccedilo de 1964 e as leis orccedilamentaacuterias vigentes sendo vedada a utilizaccedilatildeo dos recursos federais para esta finalidade ficando condicionada agrave aprovaccedilatildeo e pac-tuaccedilatildeo nas respectivas CIB (Comissatildeo Intergestora Bipartite) Tambeacutem haacute recursos previstos nos artigos 29 e 30 da Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007

ldquoArt 29 O Bloco de Financiamento para a Gestatildeo do SUS eacute constituiacutedo de doiscomponentesI - Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS eII - Componente para a Implantaccedilatildeo de Accedilotildees e Serviccedilos de SauacutedeArt 30 O Componente para a Qualificaccedilatildeo da Gestatildeo do SUS apoiaraacute as accedilotildees deIX - Estruturaccedilatildeo de serviccedilos e organizaccedilatildeo de accedilotildees de assistecircncia farmacecircuti-cardquo (BRASIL 2007a)

Farmaacutecia do Paranaacute

Atraveacutes da aprovaccedilatildeo e publicaccedilatildeo do Plano Estadual de Sauacutede do Estado Paranaacute de vigecircncia 20122015 foi instituiacutedo o Programa Farmaacutecia do Paranaacute cujas accedilotildees contribuiratildeo para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no Paranaacute tornando a Assistecircncia Farmacecircutica um sistema fundamental para a organizaccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo de sauacutede no estado Este programa tem por objetivo a promoccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos seguros eficazes e de qualidade garantindo sua adequada dispensaccedilatildeo

Eixos estrateacutegicos

I - Estruturaccedilatildeo das Farmaacutecias das Seccedilotildees de Insumos Estrateacutegicos e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Sauacutede e do Centro de Medicamentos do Paranaacute ndash CEMEPARII - Qualificaccedilatildeo da AF por meio de capacitaccedilotildees de profissionais que atuam neste acircmbito em

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 29: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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municiacutepios e RS com foco nas aacutereas de gestatildeo do medicamento e no desenvolvimento de habilidades cliacutenicasIII - Custeio da Assistecircncia Farmacecircutica

QUALIFAR-SUS

A Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) com a finalidade contribuir para o processo de aprimoramento implementaccedilatildeo e integraccedilatildeo sistecircmica das ativida-des da Assistecircncia Farmacecircutica nas accedilotildees e serviccedilos de sauacutede visando a uma atenccedilatildeo contiacutenua integral segura responsaacutevel e humanizada O Programa eacute destinado a municiacutepios incluiacutedos no rol do Programa Brasil Sem Miseacuteria bem como fazer parte de outros programas da Atenccedilatildeo Baacutesica como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenccedilatildeo Baacutesica (PMAQ) Programa de Requalificaccedilatildeo das Unidades Baacutesicas de Sauacutede (Requalifica UBS) e o Hoacuterus sistema de assistecircncia farmacecircutica que permite controle de compra armazenamento e dispensaccedilatildeo ou possua outro sistema de informa-ccedilatildeo que interopere com o Sistema Hoacuterus Cada municiacutepio receberaacute ateacute R$ 33 mil variando de acordo com a populaccedilatildeo para con-trataccedilatildeo de equipe aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo dos ser-viccedilos de assistecircncia farmacecircutica Tambeacutem haacute o repasse anual no valor de R$ 24 mil para manuten-ccedilatildeo Aleacutem dos recursos o programa oferece educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais

Diretrizes

I - Promover condiccedilotildees favoraacuteveis para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS como

bull Repasse financeiro referente agrave contrapartida estadual do Componente Baacutesico

bull Aquisiccedilatildeo recebimento armazenamento e distribuiccedilatildeo dos medicamentos do Compo-nente Especializado da AF e Programas Especiais da SESA

bull Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da AF com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica

O incentivo agrave organizaccedilatildeo da AF permite aos municiacutepios o desenvolvimento de ativida-des voltadas ao aperfeiccediloamento do processo de organizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo quer na elabora-ccedilatildeo de documentos e materiais instrucionais quer desenvolvendo estrateacutegias de avaliaccedilatildeo cujos resultados permitem definir novos caminhos no sentido de consolidar esta assistecircncia A Resoluccedilatildeo SESA nordm 139 de 24 de fevereiro de 2012 implantou o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o obje-tivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 30: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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estrateacutegia de qualificaccedilatildeo do acesso aos medicamentos e da gestatildeo do cuidadoII - Contribuir para garantia e ampliaccedilatildeo do acesso da populaccedilatildeo a medicamentos eficazes se- guros de qualidade e o seu uso racional visando agrave integralidade do cuidado resolutividade e o monitoramento dos resultados terapecircuticos desejadosIII - Estimular a elaboraccedilatildeo de normas procedimentos recomendaccedilotildees e outros documentos que possam orientar e sistematizar as accedilotildees e os serviccedilos farmacecircuticos com foco na integralida- de na promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutedeIV - Promover a educaccedilatildeo permanente e fortalecer a capacitaccedilatildeo para os profissionais de sauacutede em todos os acircmbitos da atenccedilatildeo visando ao desenvolvimento das accedilotildees da Assistecircncia Far- macecircutica no SUS eV - Favorecer o processo contiacutenuo e progressivo de obtenccedilatildeo de dados que possibilitem acompa- nhar avaliar e monitorar a gestatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica o planejamento programaccedilatildeo controle a disseminaccedilatildeo das informaccedilotildees e a construccedilatildeo e acompanhamento de indicadores da Assistecircncia Farmacecircutica

Eixos

I - Eixo Estrutura contribuir para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos no SUS de modo que estes sejam compatiacuteveis com as atividades desenvolvidas na Assistecircncia Farmacecircutica consi- derando a aacuterea fiacutesica os equipamentos mobiliaacuterios e recursos humanosII - Eixo Educaccedilatildeo promover a educaccedilatildeo permanente e capacitaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para qualificaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica voltadas ao aprimoramento das praacute- ticas profissionais no contexto das Redes de Atenccedilatildeo agrave SauacutedeIII - Eixo Informaccedilatildeo produzir documentos teacutecnicos e disponibilizar informaccedilotildees que possibilitem o acompanhamento monitoramento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees e serviccedilos da Assistecircncia Farma- cecircutica eIV - Eixo Cuidado inserir a Assistecircncia Farmacecircutica nas praacuteticas cliacutenicas visando a resolutividade das accedilotildees em sauacutede otimizando os benefiacutecios e minimizando os riscos relacionados agrave farma- coterapia

A Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farma-cecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS A transferecircncia de recursos seraacute destinada agrave aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito da Atenccedilatildeo Baacutesica e manutenccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos de acordo com o art 4ordm inciso I daPortaria nordm 12142012 Os recursos financeiros destinados pelo Ministeacuterio da Sauacutede para o financiamento do Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS estatildeo distribuiacutedos em recursos de investimento e de custeio Os recursos de investimento poderatildeo ser empregados na aquisiccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos necessaacuterios para estruturaccedilatildeo das Centrais de Abastecimento Farmacecircutico e Farmaacutecia no acircmbito

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 31: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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da Atenccedilatildeo Baacutesica sendo repassados aos municiacutepios em parcela uacutenica Os recursos de custeio poderatildeo ser utilizados em serviccedilos e outras despesas de custeio relacionadas aos objetivos do Eixo priorizando a garantia de conectividade para utilizaccedilatildeo do Sistema HOacuteRUS e outros sistemas e a contrataccedilatildeo de profissional farmacecircutico para o desenvolvimento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica sendo repassados aos municiacutepios com periodicidade trimestral As accedilotildees da Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica satildeo de responsabilidade do municiacutepio conforme pactuado entre os gestores do SUS Tratando-se de atividade multidisciplinar a sua coordenaccedilatildeo deve estar sob a responsabilidade do profissional que tem a formaccedilatildeo acadecircmica compatiacutevel e a atribuiccedilatildeo legal para exercecirc-la o profissional farmacecircutico Assim conforme respaldado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede em documento de 1994 Resoluccedilatildeo WHA4712 os paiacuteses membros foram chamados a definir a missatildeo do farma-cecircutico na promoccedilatildeo e na garantia da realizaccedilatildeo de uma poliacutetica farmacecircutica nacional O docu-mento conclama os farmacecircuticos e entidades representativas a exercer a vigilacircncia sanitaacuteria de modo a assegurar a qualidade dos produtos e dos serviccedilos farmacecircuticos a gestatildeo dos sistemas de aquisiccedilatildeo e administraccedilatildeo dos medicamentos a produccedilatildeo de informaccedilotildees sobre medicamentos agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos e a participaccedilatildeo ativa na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede

36 - Medicamentos que podem ser adquiridos comrecursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica

De acordo com os itens I II e III do artigo 3ordm da Portaria GMMS nordm 15552013 a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME (Anexos de I a IV) eacute a lista de referecircncia dos medi-camentos e insumos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco da Assistecircncia Farmacecircutica (Componente Baacutesico) inclusive da contrapartida municipal

Art 3ordm O financiamento do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica eacute deresponsabilidade da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios conforme normas estabelecidas nesta Portaria com aplicaccedilatildeo no miacutenimo dos seguintes valores de seus orccedilamentos proacutepriosI - Uniatildeo R$ 510 (cinco reais e dez centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUSII - Estados R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinodepen-dentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS eIII - Municiacutepios R$ 236 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitanteano para financiar a aquisiccedilatildeo dos medicamentos e insumos constantes dos Anexos I e IV da RENAME vigente no SUS incluindo os insumos para os usuaacuterios insulinode-pendentes estabelecidos na Portaria nordm 2583GMMS de 10 de outubro de 2007 constantes no Anexo IV da RENAME vigente no SUS (BRASIL 2007c)

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 32: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Como pode se observar haacute normativa clara quanto aos medicamentos da atenccedilatildeo baacutesica e os medicamentos especiais (de alta complexidadecusto) Natildeo estaacute previsto na legislaccedilatildeo brasileira o atendimento aos medicamentos da ldquoMeacutediaComplexidadecustordquo atendidos e prescritos por ambulatoacuterios de especialidades e natildeo estatildeo pa-dronizados Portanto natildeo haveria obrigatoriedade na aquisiccedilatildeo por parte dos municiacutepios eou estado Para o atendimento agrave prescriccedilatildeo desses medicamentos o usuaacuterio por vezes procura osmuniciacutepios que podem preparar processos de aquisiccedilatildeo dos mesmos via estado ou em alguns ca-sos por serem de custo intermediaacuterio optam em atendecirc-los utilizando os recursos proacuteprios mas que natildeo podem ser classificados como contrapartida

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 33: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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O planejamento no SUS tem sido reconhecido como importanteferramenta de gestatildeo A implantaccedilatildeo dos instrumentos de planejamentocontribuiu para o aperfeiccediloamento permanente da gestatildeo nas trecircs esferasde governo para tanto foram estabelecidos instrumentos baacutesicos de ges-tatildeo da sauacutede sendo eles Plano de Sauacutede (PS) Programaccedilatildeo Anual daSauacutede (PAS) e Relatoacuterio Anual de Gestatildeo (RAG) O Plano de Sauacutede eacute um importante documento formulado a par-tir de uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio do modelo de ges-tatildeo de prioridades estrateacutegias e metas a serem atingidas e que levem a melhoria da sauacutede da populaccedilatildeo Sendo assim a Assistecircncia Farmacecircu-tica deve possuir um capiacutetulo especiacutefico no Plano Municipal de Sauacutede no qual explicite as prioridades estrateacutegias metas accedilotildees e recursos bem como as atividades a serem desenvolvidas para a estruturaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da AF o elenco a ser gerenciado e os recursos humanos a serem disponibilizados Esses satildeo elementos essenciais que devem ser observados e contidos de forma estratificada nas programaccedilotildees anuais e que possam ser analisados posteriormente no relatoacuterio de gestatildeo Assim eacute possiacutevel verificar se as accedilotildees previstas foram executadas e se as metas programadas foram atingidas O Plano de Sauacutede deve ser aprovado pelo Conselho Municipal e divulgado junto aos setores da sociedade envolvidos com o tema a fim depossibilitar o efetivo controle social nesta aacuterea Para a elaboraccedilatildeo de PS PAS e RAG o Ministeacuterio da Sauacutede ela-borou uma seacuterie de manuais de instruccedilatildeo na seacuterie cadernos de planeja-mento aleacutem da Portaria Nordm 2135 de 25 de setembro de 2013 que regu-lamenta a Sistema de Planejamento do SUSNo Plano Municipal de Sauacutede as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica devem estar fundamentadas

bull Na descentralizaccedilatildeo da gestatildeo

bull No diagnoacutestico da situaccedilatildeo de sauacutede do municiacutepio

bull Na execuccedilatildeo das atividades de seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo dis-tribuiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo dos medicamentos

bull Nos recursos humanos materiais e financeiros disponiacuteveis

bull Na rede de serviccedilos existentes de acordo com o niacutevel de complexi-dade

bull Nas condiccedilotildees necessaacuterias para o cumprimento das boas praacuteticas de armazenagem e transporte para medicamentos

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 34: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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O manual ldquoPlanejar eacute preciso - Uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeordquo publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede apresenta informaccedilotildees sobre a organizaccedilatildeo desta aacuterea e sugere indica-dores de avaliaccedilatildeo da qualidade da Assistecircncia Farmacecircutica no SUS

bull Na proposta de capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento permanente dos recursos humanos envol-vidos com a Assistecircncia Farmacecircutica

bull Na permanente avaliaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica por meio de indicadores especiacutefi-cos que possibilitem o aprimoramento de seu gerenciamento

bull Em outros aspectos que atendam agraves peculiaridades locais

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 35: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A Portaria GMMS nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 que tra-ta do Pacto pela Sauacutede coloca a responsabilidade pela estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica para os trecircs niacuteveis de governo sendo previsto como competecircncia dos municiacutepios

ldquoPromover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade promovendo seu uso racional observadas as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL2006a)

O gestor deve estar ciente das pactuaccedilotildees do SUS Citamos a Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Intergestores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 que em seu Anexo I Responsabilidades Gerais da Gestatildeo do SUS n item 11 aliacutenea l estabelece

l Promover a estruturaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica e garantir em conjunto com as demais esferas de governo o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos cuja dispensaccedilatildeo esteja sob sua responsabilidade fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaccedilotildees estabelecidasrdquo (BRASIL 2012d)

Experiecircncias nacionais e no Estado do Paranaacute em que a Assis-tecircncia Farmacecircutica foi organizada sob a coordenaccedilatildeo do farmacecircutico demonstram resultados concretos Entre eles uma otimizaccedilatildeo dos recur-sos financeiros disponiacuteveis a racionalizaccedilatildeo do elenco de medicamentos gerenciados pelo municiacutepio atendendo agraves suas necessidades nosoloacutegicas e epidemioloacutegicas a organizaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo do acesso dos usuaacuterios aos medicamentos a adesatildeo dos pacientes aos medicamentos prescri-tos com aumento da resolubilidade das accedilotildees de sauacutede ofertadas pelo municiacutepio educaccedilatildeo da populaccedilatildeo acerca dos riscos advindos do uso ina-dequado dos medicamentos promovendo a reduccedilatildeo do nuacutemero de inter-namentos em funccedilatildeo do uso incorreto ou inadequado desses entre outras atividades

51 - Como deve estar organizada eestruturada a Assistecircncia Farmacecircutica

A comissatildeo do Serviccedilo Puacuteblico do CRF-PR com base nos ma-nuais ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo (BRASIL 2009b) ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo Baacutesica instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo do Ministeacuterio da Sauacutede

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 36: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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e Assistecircncia Farmacecircutica para gerentes municipaisrdquo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutederecomenda

middot Local adequado para serviccedilos farmacecircuticos

middot Local adequado para armazenamento dos medicamentos

middot Local adequado para a dispensaccedilatildeo dos medicamentos

middot Condiccedilotildees adequadas para o fracionamento de medicamentos

middot que a aacuterea de dispensaccedilatildeo propicie atendimento humanizado que natildeo coloque o paciente em situaccedilatildeo de constrangimento nem sob as intempeacuteries do tempo

middot Aacuterea administrativa

Recomenda-se ainda sala ou aacuterea para atendimento individualizado ao paciente pelo farmacecircutico No manual ldquoDiretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo se encontra de forma detalhada a organizaccedilatildeo dos ambientes equipamentos moacuteveis para Farmaacutecia Distrital Regional ou Central em edificaccedilatildeo exclusiva (BRASIL 2009b)

middot Aacuterea de recepccedilatildeo (sala de espera)

middot Aacuterea de cadastro

middot Aacuterea de dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para seguimento farmacoterapecircutico

middot Sala de reuniotildees

middot Sala de administraccedilatildeo e gerecircncia

middot Aacuterea para recebimento e conferecircncia

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

middot Vestiaacuterio

middot Copa

middot Depoacutesito de material de limpeza

middot Sanitaacuterios

E em Farmaacutecia em Unidades de Sauacutede

middot Aacuterea para dispensaccedilatildeo de medicamentos

middot Aacuterea de fracionamento

middot Sala para Seguimento Farmacoterapecircutico

middot Sala de estocagem (almoxarifado)

bull que as farmaacutecias sejam instaladas em Centros de Sauacutede ou de forma regionalizada que sirvam de referecircncia agraves unidades de menor porte promovendo o melhor acesso para a populaccedilatildeo no atendimento entre os postos de sauacutede e a farmaacutecia de referecircncia

Natildeo existe hoje no Brasil normatizaccedilatildeo para instalaccedilatildeo de farmaacutecias puacuteblicas (SUS) nos municiacutepios com definiccedilatildeo clara quanto ao nuacutemero de estabelecimentos localizaccedilatildeo em funccedilatildeo de territoacuterios e populaccedilatildeo quantidade miacutenima de profissionais farmacecircuticos e auxiliares Isso propicia a existecircncia de instalaccedilotildees inadequadas perdas e uso inapropriado dos medicamentos Com relaccedilatildeo agrave estrutura fiacutesica esta deve atender agrave RDC (Resoluccedilatildeo da Diretoria Cole-giada) nordm 5002 ANVISA (BRASIL 2002c) RDC nordm 4409 ANVISA (BRASIL 2009c) e a normas sanitaacute-rias estaduais devendo prever

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 37: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Tambeacutem servem de referecircncia os projetos arquitetocircnicos e administrativos disponiacuteveis no Manual Baacutesico do Programa Farmaacutecia Popular do Brasil - Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2005)

Jaacute com relaccedilatildeo ao nuacutemero de farmacecircuticos necessaacuterios para o desenvolvimento dasatividades ele deve ser previsto em funccedilatildeo dos seguintes criteacuterios

middot Nuacutemero de habitantes (recomenda-se no miacutenimo um farmacecircutico de 8 horasdia a cada 7000 habi- tantes para a assistecircncia farmacecircutica baacutesica) (CFF 2009)

middot Aspectos epidemioloacutegicos

middot Complexidade do serviccedilo

middot Nuacutemero de prescriccedilotildeesdia atendidas

middot Nuacutemero de postos de sauacutedeUBS (Unidades Baacutesicas de Sauacutede) com farmaacutecias que dispensam medica- mentos

middot Complexidade dos medicamentos dispensados

middot Programas especiais implantados

middot Nuacutemero de equipes do Programa Sauacutede da Famiacutelia

middot Iacutendice de Desenvolvimento Humano

Os municiacutepios devem promover a estruturaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica de modo aassegurar um atendimento adequado agrave populaccedilatildeo a promoccedilatildeo do uso correto dos medicamentos a racionalizaccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos recursos financeiros destinados agrave aquisiccedilatildeo de medicamentos aos muniacutecipes entre outros

52 - Uso Racional de Medicamento

A promoccedilatildeo do uso racional dos medicamentos eacute uma das principais estrateacutegias propos-tas pela Poliacutetica Nacional de Medicamentos Consta como uma das responsabilidades dos gestores de sauacutede nos vaacuterios documentos de pactuaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede Tal fato se explica pelos dados do ndash Sistema Nacional de Informaccedilotildees Toxicoloacutegicas SI-NITOX que haacute muitos anos apontam o medicamento como a maior fonte baacutesica de intoxicaccedilotildees Por isso o Conselho Nacional de Sauacutede atendendo agraves orientaccedilotildees da 1ordf Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica por meio da Resoluccedilatildeo MSCNS nordm 338 de 6 de maio de 2004 resolveu englobar entre seus eixos estrateacutegicos

middot Garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede inclui necessariamente a assistecircncia farmacecircutica

middot Manutenccedilatildeo de serviccedilos de assistecircncia farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo considerando a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias gestoras do SUS

middot Qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica jaacute existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo

middot Desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos

middot Promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 38: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Como instrumentos para promover o uso racional de medicamentos destacam-se a implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de uma Relaccedilatildeo de Medicamentos Essenciais Formulaacuterio Terapecircutico eProtocolos Cliacutenicos e Terapecircuticos A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 (opcit) reforccedilou o papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte papel destes instrumentos da assistecircncia farmacecircutica expressando no Decreto Federal nordm 75082011 o seguinte

Da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAMEArt 25 A Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico ARENAME seraacute acompanhada do Formulaacuterio Terapecircutico Nacio-nal - FTN que subsidiaraacute a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso dos seus medica-mentosArt 26 O Ministeacuterio da Sauacutede eacute o oacutergatildeo competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas em acircmbito nacional observa-das as diretrizes pactuadas pela CITParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais ndash RENAME

A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) define medicamentos essenciais como aqueles que satisfazem agraves necessidades de sauacutede prioritaacuterias da populaccedilatildeo os quais devem estar acessiacute-veis em todos os momentos na dose apropriada a todos os segmentos da sociedade (WHO 2002 apud BRASIL 2008c) Em 2012 a Comissatildeo Intergestores Tripartite (CIT) publicou a Resoluccedilatildeo CIT n 12012 que estabelece as diretrizes nacionais da Rename no acircmbito do SUS o elenco de medicamentos e insumos e o conceito de medicamento essencial que passa a ser adotado para a elaboraccedilatildeo da Rename

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A relaccedilatildeo vigente eacute a Rename 2014 publicada por meio da Portaria GMMS nordm 012015Alguns estados tambeacutem elaboram a sua Relaccedilatildeo Estadual de Medicamentos Essenciais ndash REME damesma forma municiacutepios adotam a Relaccedilatildeo Municipal de Medicamentos Essenciais ndash REMUME para atender as suas especificidades regionais e municipais Estas relaccedilotildees devem ser atualizadasperiodicamente atendendo ao estabelecido pela legislaccedilatildeo especiacutefica para atendimento dos usu-aacuterios do SUS O processo de elaboraccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de medicamentos e de for-

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 39: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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mulaacuterio terapecircutico envolve necessariamente a composiccedilatildeo e manutenccedilatildeo de uma Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica composta por equipe multiprofissional

Eacute uma instacircncia colegiada criada no acircmbito da secretaria de sauacutede ou do conselho de sauacutede de caraacuteter consultivo e deliberativo que tem como finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema Deve ser composta por profissionais de sauacutede de vaacuterias formaccedilotildees como farmacecircuticos meacutedicos enfermeiros e cirurgiotildees-dentistas Aleacutem de assessorar a gestatildeo nas demais questotildees referentes a medicamentos exerce atividades ligadas agrave promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos como definiccedilatildeo de diretrizes terapecircutica e agrave educaccedilatildeo de prescritores demais profissionais de sauacutede e usuaacuterios

Comissatildeo de Farmaacutecia e Terapecircutica (CFT)

Formulaacuterio Terapecircutico Nacional - FTN

De acordo com a OMS o desenvolvimento de formulaacuterios nacionais de medicamentos implica decisatildeo poliacutetica e de sauacutede puacuteblica constituindo um esforccedilo direcionado a promover o uso racional dos medicamentos essenciais (op cit) O FTN conteacutem indicaccedilotildees terapecircuticas contraindicaccedilotildees precauccedilotildees efeitos ad-versos interaccedilotildees esquemas e cuidados de administraccedilatildeo orientaccedilatildeo ao paciente formas e apresentaccedilotildees disponiacuteveis comercialmente incluiacutedas na RENAME e aspectos farmacecircuticos dos medicamentos selecionados O FTN apresenta indubitaacuteveis benefiacutecios individuais institucionais e nacionais Para o paciente contribui para obtenccedilatildeo de terapia com eficaacutecia seguranccedila con-veniecircncia e menor custo Institucionalmente favorece a melhoria do padratildeo de atendimento e significativa reduccedilatildeo de gastos

Ao mesmo tempo em que o medicamento eacute um importante insumo no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede pode tambeacutem se constituir em fator de risco quando utilizado de maneira ina-dequada Natildeo se trata portanto de promover o acesso a qualquer medicamento ou de qualquer forma mas sim de promover o uso racional e seguro desses produtos (BRASIL 2002b p 13) A Lei Federal nordm 124012011 que alterou a Lei Federal nordm 808090 apresenta a seguin-te definiccedilatildeo

Protocolos Cliacutenicos e Diretrizes Terapecircuticas

Art 2ordm A Rename compreende a seleccedilatildeo e a padronizaccedilatildeo de medicamentos indicados para atendimento de doenccedilas ou de agravos no acircmbito do SUSParaacutegrafo uacutenico Para os fins do disposto nesta Resoluccedilatildeo medicamentos es-senciais satildeo aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuaacuterio ao tratamento medicamentoso (BRASIL 2012a)

A demanda por medicamento no SUS eacute muacuteltipla e crescente e muitas vezes natildeo eacute pas-siacutevel de execuccedilatildeo ou incorporaccedilatildeo imediata em face de restriccedilotildees operacionais e orccedilamentaacuterias

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 40: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Estabelecer protocolos eacute de fundamental importacircncia na gestatildeo dos medicamentos no SUS pois harmoniza condutas terapecircuticas em conformidade com a medicina baseada em evi-decircncias facilitando o seu acesso Os protocolos cliacutenicos aplicam-se amplamente na assistecircncia agrave sauacutede e natildeo exclusiva-mente na assistecircncia farmacecircutica

Na Assistecircncia Farmacecircutica satildeo objetivos dos protocolos cliacutenicos

middot Estabelecer os criteacuterios de diagnoacutestico de cada doenccedila o tratamento preconizado com os medicamentos disponiacuteveis nas respectivas doses corretas os mecanismos de controle o acompanhamento e a verifica- ccedilatildeo de resultados

middot Promover o uso racional de medicamentos

middot Criar mecanismos para a garantia da prescriccedilatildeo segura e eficaz

middot Garantir o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos

middot Fornecer subsiacutedios para a implementaccedilatildeo de serviccedilos voltados para a praacutetica de um modelo em Atenccedilatildeo Farmacecircutica e a gestatildeo dos medicamentos

middot Padronizar condutas terapecircuticas

middot Reduzir a incidecircncia de RAM ndash Reaccedilotildees Adversas a Medicamento

53 - Prescriccedilatildeo farmacecircutica

Outras atividades que podem auxiliar os usuaacuterios e os gestores de sauacutede satildeo

54 - Farmaacutecias municipais X dispensaacuterios de medicamentos

Dispensaacuterio de Medicamentos eacute definido no artigo 4ordm da Lei nordm 59911973 como

ldquoXIV - Dispensaacuterio de medicamentos - setor de fornecimento de medicamentos industrializados privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalenterdquo

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica onde o farmacecircutico prescreve medicamentos isentos de pres-criccedilatildeo meacutedica para os transtornos menores

bull Prescriccedilatildeo farmacecircutica de seguimento onde um farmacecircutico com especializaccedilatildeo em farmaacutecia cliacutenica daacute seguimento e acompanhamento de uma prescriccedilatildeo meacutedica de um medicamento de uso crocircnico eou atende a protocolos estabelecidos e aprovados no acircmbito de cada instituiccedilatildeo

Em ambos os casos haacute necessidade de um profissional farmacecircutico qualificado com ca-pacitaccedilatildeo especiacutefica e um nuacutemero adequado de profissionais para natildeo comprometer as atividades teacutecnico-gerenciais e teacutecnico-assistenciais Esta atividade profissional estaacute regulamentada pela Resoluccedilatildeo CFF nordm 586 de 29 de agosto de 2013 e resoluccedilotildees portarias em municiacutepios e estados do paiacutes

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 41: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Alguns municiacutepios utilizavam-se dessa definiccedilatildeo de Dispensaacuterio de Medicamentos para ateacute judicialmente justificarem a natildeo necessidade de contrataccedilatildeo de farmacecircutico como respon-saacutevel teacutecnico Poreacutem a Lei 130212014 determinou o seguinte

Art 8ordm Afarmaacutecia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusi-vamente ao atendimento de seus usuaacuteriosParaacutegrafo uacutenico Aplicam-se agraves farmaacutecias a que se refere o caput as mesmas exigecircncias legais previstas para as farmaacutecias natildeo privativas no que concerne a instalaccedilotildees equipamentos direccedilatildeo e desempenho teacutecnico de farmacecircuticos assim como ao registro em Conselho Regional de Farmaacutecia

Apesar de a Lei natildeo especificar o funcionamento de dispensaacuterio de medicamento sem um farmacecircutico responsaacutevel haacute de se ressaltar que em uma unidade hospitalar o paciente en-contra-se interno e sob supervisatildeo meacutedica e de enfermagem Na Unidade de Sauacutede os serviccedilos farmacecircuticos natildeo se restringem somente agrave ldquoentregardquo do medicamento ao usuaacuterio mas a sua seleccedilatildeo programaccedilatildeo aquisiccedilatildeo distribuiccedilatildeo dispensaccedilatildeo avaliaccedilatildeo da sua utilizaccedilatildeo na pers-pectiva de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo O paciente ao receber o medicamento necessita de orientaccedilatildeo pois eacute ele quem o administraraacute fora de uma unidade de sauacutede e sem supervisatildeo direta de um profissional da aacuterea Fato eacute que os desafios colocados na Poliacutetica Nacional de Medicamentos (1998) e na Po-liacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (2004) como garantia do acesso a medicamentos e a promoccedilatildeo do uso racional tornam indispensaacutevel a inserccedilatildeo do farmacecircutico na equipe de sauacutede pois exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos Satildeo graves os problemas relacionados ao uso e agrave gestatildeo inadequada dos medicamentosAdotando-se a conduta de que os medicamentos podem ser ldquoentreguesrdquo por qualquer pessoa importando-se mais com a quantidade dos medicamentos entregues natildeo avaliando a qualidade e resolutividade da assistecircncia farmacecircutica e natildeo exercendo um controle rigoroso dos estoques aquisiccedilatildeo e dispensaccedilatildeo certamente compromete o eraacuterio com os desperdiacutecios de recursos pos-sibilitando desvios e podendo acarretar prejuiacutezos aos usuaacuterios do SUS Assim a resoluccedilatildeo nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutede define como um dos pontos baacutesicos da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica em seu artigo 1ordm o seguinte

IV ndash as accedilotildees de Assistecircncia Farmacecircutica envolvem aquelas referentes agrave Aten-ccedilatildeo Farmacecircutica considerada como um modelo de praacutetica farmacecircutica de-senvolvida no contexto da Assistecircncia Farmacecircutica e compreendendo atitudes valores eacuteticos comportamentos habilidades compromissos e co-responsabili-dades na prevenccedilatildeo de doenccedilas promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede de forma integrada agrave equipe de sauacutede Eacute a interaccedilatildeo direta do farmacecircutico com o usuaacuterio visando uma farmacoterapia racional e a obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados para a melhoria da qualidade de vida Esta interaccedilatildeo tambeacutem deve envolver as concepccedilotildees dos seus sujeitos respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a oacutetica da integralidade das accedilotildees de sauacutede Grifos nossos

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 42: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Art 1ordm - Satildeo atribuiccedilotildees privativas dos profissionais farmacecircuticosI - desempenho de funccedilotildees de dispensaccedilatildeo ou manipulaccedilatildeo de foacutermulas ma-gistrais e farmacopeacuteicas quando a serviccedilo do puacuteblico em geral ou mesmo de natureza privada

Outro ponto a ser considerado eacute que a maior parte das farmaacutecias municipais gerenciamedicamentos sujeitos a controle especial para os quais a legislaccedilatildeo sanitaacuteria (Portaria GMMS nordm 34498) especificamente em seu artigo 67 exige que a guarda fique sob responsabilidade doprofissional farmacecircutico

ldquoCAPIacuteTULO VII - DAGUARDAArt 67 As substacircncias constantes das listas deste Regulamento Teacutecnico e de suasatualizaccedilotildees bem como os medicamentos que as contenham existentes nos estabelecimentos deveratildeo ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereccedila seguranccedila em local exclusivo para este fim sob a res-ponsabilidade do farmacecircutico ou quiacutemico responsaacutevel quando se tratar de induacutestria farmoquiacutemicardquo Grifos nossos

Os medicamentos sujeitos a controle especial possuem uma seacuterie de exigecircncias aleacutem daguarda envolvendo registros e principalmente a necessidade de orientaccedilatildeo farmacecircutica pois satildeo medicamentos de alto risco e vaacuterios geram dependecircncia fiacutesica eou psiacutequica Tambeacutem no Decreto Estadual do Paranaacute nordm 5711 de 05052002 que regulamenta a LeiEstadual do Paranaacute nordm 13331 de 23112001 Coacutedigo de Sauacutede do Estado do Paranaacute explicita o seguinte

Art 420 O dispensaacuterio de medicamentos de Estabelecimento Prestador de Ser-viccedilos em Sauacutede quando armazenar substacircncias e produtos sujeitos a controle especial seraacute considerado farmaacutecia para todos os efeitos legaisrdquo (PARANAacute 2002c)

O Decreto nordm 74170 de 10 de junho de 1974 alterado pelo Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 define o procedimento de fracionamento como

Art 2ordm Para efeito do controle sanitaacuterio seratildeo observadas as seguintes defini-ccedilotildees XVIII - Fracionamento procedimento que integra a dispensaccedilatildeo de medi-camentos na forma fracionada efetuado sob a supervisatildeo e responsabilidade de profissional farmacecircutico habilitado para atender agrave prescriccedilatildeo ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescriccedilatildeo caracterizado pela subdivisatildeo de um medicamento em fraccedilotildees individualizadas a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primaacuteria mantendo seus dados de identificaccedilatildeo (BRASIL1974) Grifos nossos

Quanto a preparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamentos a mesma eacute regulada pela RDCAnvisa nordm 6707 que define o procedimento como

O artigo 15 da Lei nordm 599173 exige a presenccedila do responsaacutevel teacutecnico durante todo ohoraacuterio de funcionamento das farmaacutecias O teacutecnico responsaacutevel referido na Lei eacute o profissionalfarmacecircutico conforme prevecirc o artigo 1ordm do Decreto nordm 85878 de 07041981 que regulamenta o Acircmbito Profissional do Farmacecircutico

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 43: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Grifos nossos

O processo de fracionamento e unitarizaccedilatildeo dos medicamentos necessita de conheci-mento teacutecnicocientiacutefico e atendimento agrave norma especiacutefica a Resoluccedilatildeo RDC nordm 80 de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006g) pois nem todos os medicamentos podem ser submetidos a esse processo e a sua execuccedilatildeo inadequada coloca em risco a qualidade do medicamento fornecido e eficaacutecia do tratamento fornecido ao paciente Haacute necessidade de implantaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos em todos os municiacutepios conforme preconiza a Portaria GMMS nordm 69906 e haacute necessidade de obediecircncia agrave Lei nordm 599173 com o farmacecircutico presente e como responsaacutevel teacutecnico Fortalecendo essa necessidade a Nota Teacutecnica Conjunta de qualificaccedilatildeo da AssistecircnciaFarmacecircutica constante no Anexo I assinada pelo Ministro da Sauacutede pelo Presidente do CO-NASS e pelo Presidente do CONASEMS em que os representantes dos trecircs niacuteveis de gestatildeo do SUS reconhecem que natildeo devem existir serviccedilos farmacecircuticos estruturados e organizados sem a participaccedilatildeo efetiva do farmacecircutico (BRASIL 2008b) Para a estruturaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica o municiacutepio poderaacute fazer uso dos recursos do Piso da Atenccedilatildeo Baacutesica (PAB) devendo tambeacutem buscar parceria com o Estadoconforme mencionado anteriormente no item sobre estruturaccedilatildeo no capiacutetulo de financiamento

BOAS PRAacuteTICAS PARA PREPARACcedilAtildeO DE DOSE UNITAacuteRIA E UNITARIZACcedilAtildeO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVICcedilOS DE SAUacuteDE2 DEFINICcedilOtildeESPara efeito deste Anexo satildeo adotadas as seguintes definiccedilotildeesDose unitaacuteria adequaccedilatildeo da forma farmacecircutica agrave quantidade correspondente agrave dose prescrita preservadas suas caracteriacutesticas de qualidade e rastreamentoldquoPreparaccedilatildeo de dose unitaacuteria de medicamento procedimento efetuado sob responsabilidade e orientaccedilatildeo do farmacecircutico incluindo fracionamento em serviccedilos de sauacutede subdivisatildeo de forma farmacecircutica ou transformaccedilatildeoderiva-ccedilatildeo desde que se destinem agrave elaboraccedilatildeo de doses unitaacuterias visando atender agraves necessidades terapecircuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviccedilos de sauacutederdquo (Brasil 2007b)

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 44: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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A Central de Abastecimento Farmacecircutico (CAF) equipara-se legalmente a uma distribuidora de medicamentos A Portaria GMMS nordm3916 de 30 de outubro de 1998 que dispotildee sobre a Poliacutetica Nacional deMedicamentos define as Centrais Farmacecircuticas como

Almoxarifados centrais de medicamentos geralmente na esfera estadu-al onde eacute feita a estocagem e distribuiccedilatildeo para hospitais ambulatoacuterios e postos de sauacutede

No manual ldquoAssistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo baacutesica Ins-truccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeordquo a Central de Abastecimento Far-macecircutico estaacute definida como

Aacuterea destinada agrave estocagem e conservaccedilatildeo dos produtos visando asse-gurar a manutenccedilatildeo da sua qualidade enquanto estocados conforme as caracteriacutesticas de cada medicamento

A denominaccedilatildeo Central de Abastecimento Farmacecircutico eacute uti-lizada especificamente para medicamentos com a finalidade de dife-renciaacute-la de almoxarifados depoacutesitos armazeacutens e outros espaccedilos fiacutesicos destinados agrave estocagem de outros tipos de materiais Municiacutepios com populaccedilatildeo inferior a 20000 habitantes muitas vezes natildeo dispotildee de uma Central de Abastecimento Farmacecircutico fican-do os medicamentos e insumos de sauacutede armazenados na farmaacutecia ou junto a outros materiais e insumos em um almoxarifado geral Em qualquer situaccedilatildeo necessitam ter um farmacecircutico respon-saacutevel estrutura fiacutesica e organizaccedilatildeo de serviccedilo que atenda agrave Portaria GMMS nordm 80298 que dispotildee sobre ldquoBoas Praacuteticas de Distribuiccedilatildeo de Medicamentosrdquo

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 45: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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O programa Farmaacutecia Popular do Brasil foi implantado pelo Go-verno Federal para ampliar o acesso da populaccedilatildeo aos medicamentos considerados essenciais mediante co-pagamento A Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (Fiocruz) oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede eacute a executora do programa e adquire os medicamentos de laboratoacuterios farmacecircuticos puacuteblicos ou quando necessaacuterio do setor privado e os disponibiliza nas Farmaacutecias Populares (BRASIL 2005) Em 2006 o Ministeacuterio da Sauacutede expandiu o programa com cria-ccedilatildeo do ldquoAqui Tem Farmaacutecia Popularrdquo mediante o credenciamento da rede privada de farmaacutecias e drogarias Em fevereiro de 2011 foi lanccedilado o programa ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensatildeo e diabetes e asma Cabe entretanto pontuar alguns itens em relaccedilatildeo ao progra-ma e a sua relaccedilatildeo com o SUSmiddot Haacute duplicidade na oferta dos medicamentos com sobreposiccedilatildeo entre o Farmaacutecia Popular e os medicamentos do Componente Baacutesico que natildeo pode deixar de ser ofertado na rede proacutepria dos municiacutepiosmiddot O copagamento pelos medicamentos natildeo incluiacutedos no ldquoSauacutede Natildeo Tem Preccedilordquo leva a fragilizaccedilatildeo da integralidade e gratuidade do sistemamiddot As exigecircncias sanitaacuterias para o programa Farmaacutecia Popular devem ser reproduzidas na rede proacutepria do municiacutepio garantindo a existecircncia de farmacecircutico legalmente habilitado estrutura fiacutesica atendimento hu- manizado e adequado agrave praacutetica da atenccedilatildeo farmacecircutica em conformi- dade com no art 15 da Lei nordm 599173 e Res nordm 3382004 do Conselho Nacional de Sauacutedemiddot Ao passo em que haacute o avanccedilo do financiamento do programa os recur- sos destinados ao Componente Baacutesico natildeo satildeo reajustados na medida do necessaacuterio

Maiores informaccedilotildees sobre este programa consultar o Ministeacute-rio da Sauacutede

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 46: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Em 24 de janeiro de 2008 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou a Portaria GMMS nordm 154 que cria os Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacute-lia ndash NASF Atualmente este tipo de serviccedilo estaacute regulado pela de 21 de outubro de 2011 Essa portaria determina que os NASFs sejam classificados em duas modalidades o NASF 1 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacuteximade 80 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 200 horassemanais e o NASF 2 que deve ser composto por profissionais de niacutevel superior com carga horaacuteria miacutenima de 20 horassemanais e maacutexima de 40 horas semanais totalizando entre todos os profissionais 120 horassemanais Cada NASF 1 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 5 (cinco) e no maacuteximo 9 (nove) equipes Cada NASF 2 poderaacute realizar suas atividades vinculado a no miacutenimo 3 (trecircs) equipes de Sauacutede da Famiacutelia e no maacuteximo 7 (sete) equipes de sauacutede da famiacutelia O farmacecircutico estaacute previsto como um dos profissionais que integram as duas modalidades de NASF Para implantar os NASFs os municiacutepios devem elaborar um projeto que contemple o territoacuterio de atuaccedilatildeo de equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

Objetivos do NASF

As diretrizes das atividades dos NASFrsquos estatildeo previstas no Ca-derno da Atenccedilatildeo Baacutesica nordm 27 conforme previsto na Portaria GMMS 24882011 A Assistecircncia Farmacecircutica nos NASFs visa a fortalecer a in-serccedilatildeo da atividade farmacecircutica e do farmacecircutico de forma integrada agraves equipes de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia cujo trabalho buscaraacute garantir agrave populaccedilatildeo o efetivo acesso e a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos Contribui com a resolubilidade das accedilotildees de promoccedilatildeo

1 Ampliar a abrangecircncia e a resolubilidade das accedilotildees da atenccedilatildeo baacutesica

2 Apoiar a inserccedilatildeo da estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia na rede de ser-viccedilos e o processo de territorializaccedilatildeo e regionalizaccedilatildeo a partir da atenccedilatildeo baacutesica

3 Atuar na prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 47: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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de prevenccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo da sauacutede conforme estabelecem as diretrizes da Estrateacutegia da Sauacutede da Famiacutelia e da Poliacutetica Nacional de Medicamentos e da Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Sendo o medicamento uma das principais ferramentas na assistecircncia e promoccedilatildeo da sauacutede representa significativa parcela nos gastos do SUS e o seu mau uso eacute reconhecidamente fato gerador de vaacuterios problemas o farmacecircutico se torna profissional prioritaacuterio na composiccedilatildeo de um NASF

Resumo das principais accedilotildees do farmacecircutico no NASF nas diretrizes

bull Planejamento das accedilotildees de assistecircncia farmacecircutica no NASF Coordenar e executar as atividades de Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

bull Gestatildeo da assistecircncia farmacecircutica Auxiliar os gestores e a equipe de sauacutede no plane-jamento das accedilotildees e serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia assegurando a integralidade e a interssetorialidade das accedilotildees de sauacutede

- Subsidiar o gestor os profissionais de sauacutede e as ESF com informaccedilotildees relaciona-das agrave morbimortalidade associados aos medicamentos

bull Promover o acesso e o uso racional de medicamentos junto agrave populaccedilatildeo e aos profissio-nais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o uso

bull Executar e participar nas atividades de assistecircncia agrave sauacutede

- Assegurar a dispensaccedilatildeo adequada dos medicamentos

- Acompanhamento farmacoterapecircutico e atenccedilatildeo farmacecircutica Acompanhar e avaliar a utilizaccedilatildeo de medicamentos e insumos inclusive os medicamentos fi-toteraacutepicos homeopaacuteticos na perspectiva da obtenccedilatildeo de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populaccedilatildeo e viabilizar a implementaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Farmacecircutica na Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia

- Protocolos linhas de cuidado e projetos terapecircuticos singular

- Elaborar em conformidade com as diretrizes municipais estaduais e nacionais e de acordo com o perfil epidemioloacutegico projetos na aacuterea da AtenccedilatildeoAssistecircn-cia Farmacecircutica a serem desenvolvidos dentro de seu territoacuterio de responsa-bilidade

- Intervir diretamente com os usuaacuterios nos casos especiacuteficos necessaacuterios em con-formidade com a equipe de Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia visando a uma farmacoterapia racional e agrave obtenccedilatildeo de resultados definidos e mensuraacuteveis voltados agrave melhoria da qualidade de vida

- Visita domiciliar na assistecircncia farmacecircutica

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 48: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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bull Educaccedilatildeo permanente em sauacutede

- Estimular apoiar propor e garantir a educaccedilatildeo permanente de profissionais da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia envolvidos em atividades de Atenccedilatildeo Assis-tecircncia Farmacecircutica

- Treinar e capacitar os recursos humanos da Atenccedilatildeo BaacutesicaSauacutede da Famiacutelia para o cumprimento das atividades referentes agrave Assistecircncia Farmacecircutica

bull Participaccedilatildeo Social

- O farmacecircutico deve ter como uma de suas atividades preciacutepuas a atuaccedilatildeo junto aos conselhos de sauacutede suprindo os membros desses conselhos com informaccedilotildees que contribuam para o efetivo controle social do financiamento da assistecircncia farmacecircutica do acesso e do uso racional dos medicamentos

bull Praacuteticas integrativas e complementares contribuir no planejamento monitoramento avaliaccedilatildeo e orientaccedilatildeo sobre a praacutetica da fitoterapiaplantas medicinais e da homeopa-tia por meio de accedilotildees junto agraves equipes de SF e agrave populaccedilatildeo

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 49: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Nota Teacutecnica Conjunta MSConass E Conasems Transcriccedilatildeo da nota teacutecnica conjunta entre o Ministeacuterio da Sauacute-de Conselho Nacional de Secretaacuterios de Estado de Sauacutede - CONASS e Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede ndash CONASEMS O texto original estaacute disponiacutevel em httpportalsaudegovbrportalarquivospdfnota_tecnica_qualificacao_afpdf httpwwwconasemsorgbrfilesnota_tecnica_qualificacao_afpdf

NOTA TEacuteCNICA CONJUNTA

MINISTEacuteRIO DASAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS MUNICIPAIS DE SAUacuteDECONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE

ASSUNTO QUALIFICACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA FARMACEcircUTICA

O sistema de sauacutede brasileiro passou por transformaccedilotildees im-portantes nas deacutecadas de 80 e 90 com a criaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS Ele representou para os gestores traba-lhadores e usuaacuterios do sistema uma nova forma de pensar de estruturar de desenvolver de produzir serviccedilos e assistecircncia em sauacutede uma vez que a universalidade de acesso a integralidade da atenccedilatildeo a equidade a participaccedilatildeo das comunidades e a descentralizaccedilatildeo tornaram-se os prin-ciacutepios do novo sistema

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

53

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

54

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 50: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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Naquele periacuteodo deu-se iniacutecio ao processo de implementaccedilatildeo das propostas advindas do movimento sanitaacuterio brasileiro Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclu-sas a) financiamento do sistema b) mudanccedilas no modelo assistencial c) questotildees relativas aos recursos humanos no SUS entre outras A compreensatildeo deste conceito eacute de suma importacircncia uma vez que com frequumlecircncia eerroneamente ocorre a distribuiccedilatildeo de medicamentos sem os necessaacuterios criteacuterios que assegurem o uso racional e seguro desses produtos Por isso quando se fala acesso no caso especiacutefico dos medicamentos significa ter o produto certo para uma finalidade especiacutefica na dosagem corretapelo tempo que for necessaacuterio no momento e no lugar adequado com a garantia de qualidade e a informaccedilatildeo suficiente para o uso adequado tendo como consequumlecircncia a resolutividade das accedilotildees de sauacutede Portanto ldquoacessordquo no contexto do uso racional e seguro natildeo pode estar restrito ao produto medicamento ocorrendo somente atraveacutes da articulaccedilatildeo das accedilotildees inseridas na As-sistecircncia Farmacecircutica e envolvendo ao mesmo tempo o acesso a todo o conjunto de accedilotildees de atenccedilatildeo agrave sauacutede com serviccedilos qualificados Tal entendimento tornam essencial a reafirmaccedilatildeo de que o conjunto de accedilotildees inerentes agrave assistecircncia farmacecircutica incluem tanto aquelas de caraacuteterintersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais cuja adequada articula-ccedilatildeo tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede aleacutem daquelas de caraacuteter especiacutefico dos diferentes profissionais atuantes neste campo Nos uacuteltimos anos a implantaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) tem redesenhado oscontornos da atenccedilatildeo agrave sauacutede no paiacutes Nesse sentido a Poliacutetica Nacional de Medicamentos (PNM) e a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica (PNAF) como parte essencial da Poliacutetica Na-cional de Sauacutede constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementaccedilatildeo de accedilotildees capazes de promover a melhora das condiccedilotildees de assistecircncia sanitaacuteria agrave populaccedilatildeo Dentre as diretrizes da PNAF destacam-se a garantia de acesso e equidade agraves accedilotildees de sauacutede incluindo ne-cessariamente a assistecircncia farmacecircutica o desenvolvimento valorizaccedilatildeo formaccedilatildeo fixaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo de recursos humanos a promoccedilatildeo do uso racional de medicamentos por intermeacutedio de accedilotildees que disciplinem a prescriccedilatildeo a dispensaccedilatildeo e o consumo a manutenccedilatildeo de serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica na rede puacuteblica de sauacutede nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo consideran-do a necessaacuteria articulaccedilatildeo e a observacircncia das prioridades regionais definidas nas instacircncias ges-toras do SUS e a qualificaccedilatildeo dos serviccedilos de Assistecircncia Farmacecircutica existentes em articulaccedilatildeo com os gestores estaduais e municipais nos diferentes niacuteveis de atenccedilatildeo Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos integrar a assistecircncia far-macecircutica agraves demais poliacuteticas de sauacutede otimizar os recursos financeiros existentes incorporar ofarmacecircutico na rede municipal de sauacutede desenvolver e capacitar recursos humanos pra imple-mentar a Assistecircncia Farmacecircutica e tornar a gestatildeo eficiente satildeo alguns dos desafios colocados O enfrentamento destes desafios requer accedilotildees articuladas dos gestores da sauacutede das trecircs esferas de governo tendo como objetivo a superaccedilatildeo do binocircmio aquisiccedilatildeodistribuiccedilatildeo de medicamen-tos reduzido aos seus aspectos logiacutestico-administrativos e sem qualquer conexatildeo com o processo de atenccedilatildeo agrave sauacutede dos cidadatildeos como sendo aquela Assistecircncia Farmacecircutica definida como poliacutetica puacuteblica estrateacutegica no acircmbito do Controle Social dos SUS e incorporada como uma das

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

53

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 51: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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prioridades das accedilotildees dos gestores no campo da sauacutede Construir o real significado da Assistecircncia Farmacecircutica e a sua inserccedilatildeo na atenccedilatildeo agrave sauacutede exige dos gestores do SUS compromissos seacuterios com a estruturaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo dos ser-viccedilos farmacecircuticos e sua necessaacuteria articulaccedilatildeo multiprofissional e intersetorial Neste contexto os farmacecircuticos precisaratildeo estar preparados para suprir as necessidades do sistema de sauacutede com conhecimentos e competecircncias que viabilizem a implementaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica como uma poliacutetica de sauacutede Conhecer e articular os componentes do sistema de sauacutede com a funccedilatildeo de gestatildeo planejamento e avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica eacute fundamental para a promoccedilatildeo do acesso aos medicamentos com uso racional Portanto a inserccedilatildeo do profissional farmacecircutico passa a ser uma necessidade e o seu papel enquanto profissional responsaacutevel pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos assume caraacuteter fundamental para a atenccedilatildeo agrave sauacutede entendida em toda a extensatildeo do princiacutepio de integralidade das accedilotildees de sauacutede

Grifos no uacuteltimo paraacutegrafo nossos

Helveacutecio MirandaMagalhatildees Juacutenior

Presidente CONASEMS

Osmar TerraPresidente do CONASS

Joseacute Gomes TemporatildeoMinistro de Estado da Sauacutede

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 52: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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BONFIM Joseacute Ruben A MERCUCCI Vera L (Org) Aconstruccedilatildeo da poliacutetica de medicamentos HucitecSobravimeBRASIL Lei Federal 5991 de 17 de setembro de 1973 Dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farma-cecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1973BRASIL Decreto Federal 74170 de 10 de julho de 1974 Regulamenta a Lei 599173 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos farmacecircuticos e correlatos Brasiacutelia 1974BRASIL Decreto Federal 85878 de 07 de abril de 1981 Estabelece nor-mas para execuccedilatildeo da Lei nordm 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exerciacutecio da profissatildeo de farmacecircutico e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 09041981BRASIL Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Brasiacutelia 1988BRASIL Lei Federal nordm 8080 de 19 de setembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia DOU de 20091990(a)BRASIL Lei Federal nordm 8142 de 28 de dezembro de 1990 Lei Orgacircnica do Sistema Uacutenico de Sauacutede em complemento agrave Lei nordm 808090 Brasiacutelia DOU de 31121990 (b)BRASIL Lei Federal nordm 9279 de 14 de maio de 1996 Lei da proprieda-de industrial que estabelece a proteccedilatildeo de patentes Brasiacutelia DOU de 15051996BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS 802 de 8 de outubro de 1998 Anexo II Dispotildee sobre as boas praacuteticas de distribuiccedilatildeo de produtos farma-cecircuticos Brasiacutelia 1998 Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Portaria GMMS nordm 3916 de 30 de outubro de 1998 Aprova a Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia DOU de 10111998BRASIL Lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 Estabelece o medicamen-to geneacuterico dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo de nomes geneacutericos em produtos farmacecircuticos e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 11021999BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Poliacuteticas de Sauacutede Departa-mento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Medicamentos Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Assistecircncia farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesicainstruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002a

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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Page 53: DIRETORIA - CRF-PR · 2017. 5. 30. · cêutica no Serviço Público, consta o detalhamento das principais biblio-grafias citadas, manuais de orientação, normas sanitárias, entre

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Departamento de Sistemas e

Redes Assistenciais Protocolos cliacutenicos e diretrizes terapecircuticas medicamentos excepcionais

Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002b

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 50 de 21 e fevereiro de 2002 versatildeo consolidada pela GGTS DOU

de 20 de marccedilo de 2002 Brasiacutelia ANVISA 2002c Disponiacutevel em lthttpelegisbvsbrleisref

publicshowActphpid=25622ampword=gt Acessado em 16042010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Relatoacuterio final da I Conferecircncia Nacio-

nal de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo CNS nordm 338 de 6 de maio de

2004 Aprova a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Farmacecircutica Brasiacutelia 2004b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FIOCRUZ Programa Farmaacutecia Popular manual baacutesico Brasiacutelia 2005

102 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 399 de 22 de fevereiro de 2006 Estabelece as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestatildeo Brasiacutelia 2006a

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 699 de 30 de marccedilo de 2006 Regulamenta as diretrizes

operacionais dos pactos pela vida e de gestatildeo Brasiacutelia 2006b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Assistecircncia

farmacecircutica na atenccedilatildeo baacutesica SUS instruccedilotildees teacutecnicas para sua organizaccedilatildeo 2 ed Brasiacutelia

2006c 98 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Aquisiccedilatildeo de

medicamentos para a assistecircncia farmacecircutica no SUS orientaccedilotildees baacutesicas Brasiacutelia 2006d 56 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede SCTIE Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica Planejar eacute pre-

ciso uma proposta de meacutetodo para aplicaccedilatildeo agrave assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2006e 74 p

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Planejar eacute preciso Portaria 971 de 3 de maio de 2006 Aprova a

Poliacutetica Nacional de Praacuteticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Uacutenico de Sauacutede

Brasiacutelia 2006f

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 80 de 11 de Maio de 2006 Dispotildee sobre o Fracionamento de Me-

dicamentos Brasiacutelia ANVISA DOU de 120520062006g

BRASIL Decreto nordm 5775 de 10 de maio de 2006 Altera o Decreto Federal 74170 de 10 de junho

de 1974 que dispotildee sobre o controle sanitaacuterio do comeacutercio de drogas medicamentos insumos

farmacecircuticos e correlatos DOU de 1152006 Brasiacutelia 2006h

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 204 de 29 de janeiro de 2007 Regulamenta o

financiamento e a transferecircncia dos recursos federais para as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede na

forma de blocos de financiamento com o respectivo monitoramento e controle Brasiacutelia 2007a

BRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC 67 de 08 de outubro de 2007 Dispotildee sobre as boas praacuteticas na

manipulaccedilatildeo de medicamentos DOU de 09 de outubro de 2007 Brasiacutelia ANVISA 2007b

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 2583 de 10 de outubro de 2007 Brasiacutelia DOU

de 15102007 p 30 2007c p 49

BRASIL SENADO FEDERAL SUS e pacientes viacutetimas do remeacutedio de alto custo Jornal do Senado

nordm 2629 Brasiacutelia DF 9 a 15 de julho de 2007d Pg 1 7 a 9

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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ENDERECcedilOS E TELEFONES - CRF-PR

SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede CONASS CONASEMS Nota teacutecnica conjunta sobre qualificaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Brasiacutelia 2008b 3p Disponiacutevel em lthttpwwwfenafarorgbrar-quivosnota_tecnica_sobre_a_qualificacao_da_ssistencia_farmaceuticapdf gt Acesso em 22 set 2014BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 837 de 23 de abril de 2009 Altera e acrescenta disposi-tivos agrave Portaria nordm 204Gm de 29 de janeiro de 2007 () Versatildeo republicada Brasiacutelia DOU de24042009 p 30 2009aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Diretrizes para estruturaccedilatildeo de farmaacutecias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009b44 pBRASIL ANVISA Resoluccedilatildeo RDC nordm 44 de 17 de agosto de 2009 Dispotildee sobre as boas praacuteticas emFarmaacutecias e Drogarias Brasiacutelia ANVISA DOU nordm 157 de 18 de agosto de 2009 paacuteginas 78 a 81 2009cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Depar-tamento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Formulaacuterio Terapecircutico Nacional 2010 RENAME 2010 Brasiacutelia Editora MS 2010BRASIL Lei Federal nordm 12401 de 28 de abril de 2011 Altera a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a assistecircncia terapecircutica e a incorporaccedilatildeo de tecnologia em sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS Brasiacutelia DOU de 29042011a P 1BRASIL Decreto Federal 7508 de 28 de junho de 2011 Regulamenta a Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 para dispor sobre a organizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS o planeja-mento da sauacutede a assistecircncia agrave sauacutede e a articulaccedilatildeo interfederativa e daacute outras providecircncias Brasiacutelia DOU de 29062011b P 1BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 2488 de 21 de outubro de 2011 Aprova a Poliacutetica Na-cional de Atenccedilatildeo Baacutesica estabelecendo a revisatildeo de diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica para a Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede (PACS) Brasiacutelia 2011 DOU de 24102011c p 48BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 1 de 17 de janeiro de 2012 Estabelece as diretrizes nacionais da Relaccedilatildeo Na-cional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 18012012 p 37 2012aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1214 de 13 de junho de 2012 institui o Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do SUS (QUALIFAR- SUS) DOU de 14062012 p 69 2012bBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria GMMS nordm 1215 de 13 de junho de 2012 Regulamenta a transferecircncia de recursos destinados ao Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica (QUALIFAR-SUS) no acircmbito do SUS DOU de 14062012 p 69 2012cBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Comissatildeo Intergestores Tripartite Resoluccedilatildeo da Comissatildeo Interges-tores Tripartite nordm 4 de 19 de julho de 2012 Dispotildee sobre a pactuaccedilatildeo tripartite acerca das regras relativas agraves responsabilidades sanitaacuterias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 20072012 p 54 2012d

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1554 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as regras de financiamento e execuccedilatildeo do Componente Especializado da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) DOU de 30072013 p 69 2013aBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portaria nordm 1555 de 30 de julho de 2013 Dispotildee sobre as normas de financiamento e de execuccedilatildeo do Componente Baacutesico da Assistecircncia Farmacecircutica no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Brasiacutelia DOU de 31072013 p 71 2013bBRASIL Lei Federal nordm 13021 de 8 de agosto de 2014 Dispotildee sobre o exerciacutecio e a fiscalizaccedilatildeo das atividades farmacecircuticas Brasiacutelia DOU de 11082014 P 1 Ediccedilatildeo ExtraBRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos Departa-mento de Assistecircncia Farmacecircutica e Insumos Estrateacutegicos Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essecircncias - RENAME Brasiacutelia Editora MS 2014 Acesso em 22092014BRASIL Portaria GMMS nordm 12015 Estabelece a Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2014 no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) por meio da atualizaccedilatildeo do elenco de medicamentos e insumos da Relaccedilatildeo Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2015 Brasiacutelia DOU de 05012015 P 132 Seccedilatildeo ICASTRO Claudia G S O de Estudos de utilizaccedilatildeo de medicamentos Rio de Janeiro Fiocruz2000CONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA A organizaccedilatildeo juriacutedica da profissatildeo farmacecircutica 2003-2004 4 ed Brasiacutelia CFF 2003 1785 pCONSELHO FEDERALDE FARMAacuteCIA CRF-PR AAssistecircncia Farmacecircutica no SUS 1 ed ndash Brasiacutelia ndash DF CFF 2009 66 pCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Para entender a gestatildeo do SUS Bra-siacutelia Conass 2007aCONSELHO NACIONAL DE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Legislaccedilatildeo Estruturante do SUS Cole-ccedilatildeo Progestores Brasiacutelia Conass 2007bCONSELHO NACIONALDE SECRETAacuteRIOS DE SAUacuteDE - CONASS Documenta 3 Para entender a Gestatildeodo Programa de Medicamentos de Dispensaccedilatildeo em Caraacuteter Excepcional Brasiacutelia Conass 2004CONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DO PARANAacute (CRF-PR) O farmacecircutico e o processode municipalizaccedilatildeo Curitiba CRF-PR [ ca 1993 ] 14 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIA DO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Assistecircncia FarmacecircuticaMunicipal Diretrizes para Estruturaccedilatildeo e Processo de Organizaccedilatildeo 2ordf ed Satildeo Paulo CRF-SP 2010 67 pCONSELHO REGIONAL DE FARMAacuteCIADO ESTADO DE SAtildeO PAULO(CRF-SP) Distribuiccedilatildeo e Transporte 3ordf Ed Satildeo Paulo CRF-SP 2013 39 pDUPIM JAA Manual de organizaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica Organizaccedilatildeo Pan-Americana deSauacutedeDUPIM JAA Assistecircncia farmacecircutica um modelo de organizaccedilatildeo Belo Horizonte 1999 79 pLAPORTE J R TOGNONI G ROZENFELD S Epidemiologia do medicamento princiacutepios geraisSatildeo Paulo Hucitec 264 pLIMA Luiz Felipe Moreira et al Vigilacircncia sanitaacuteria de medicamentos e correlatos QualitymarkEditora

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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MARIN Nelly (Org) et al Assistecircncia farmacecircutica para gerentes municipais de sauacutede Rio de

Janeiro OPASOMS 2003 336 pORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE (OMS) 47ordf Assembleacuteia Mundial de Sauacutede Resoluccedilatildeo WHA 4712 Funccedilatildeo do Farmacecircutico no apoio da estrateacutegia revisada da OMS em mateacuteria de medica-mentos 2 p 1994ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Atenccedilatildeo Farmacecircutica no Brasil Trilhando Ca-minhos Brasiacutelia 2002 46 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Ministeacuterio da Sauacutede Avaliaccedilatildeo da assistecircncia farmacecircutica no Brasil estrutura processo e resultados Brasiacutelia 2005 260 pORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE (OPAS) Uso Racional de Medicamentos Rio de Janeiro snt 15 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede CRF-PR Subsiacutedios para a IConferecircncia Estadual de Poliacutetica de Medicamentos e Assistecircncia Farmacecircutica Curitiba 2002aPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Coacutedigo de Sauacutede do Paranaacute Lei Nordm 13331 de 23 de no-vembro de 2001 regulamentada pelo Decreto 5711 de 5 de maio de 2002 Curitiba SESA 2002b 245 pPARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Conselho Estadual de Sauacutede Relatoacuterio final I ConferecircnciaEstadual de Assistecircncia Farmacecircutica do Estado do Paranaacute Curitiba 2003PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Plano Estadual de Assistecircncia Farmacecircutica Baacutesica 2006 Curitiba 2006PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 139 de 24 de fevereiro de 2012 Implanta o Incentivo agrave Organizaccedilatildeo da Assistecircncia Farmacecircutica a ser utilizado no custeio da Assistecircncia Farmacecircutica com o objetivo de contribuir para a organizaccedilatildeo dos serviccedilos farmacecircuticos nos municiacutepios paranaenses Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 8658 de 24022012PARANAacute Secretaria de Estado da Sauacutede Resoluccedilatildeo 590 de 5 de setembro de 2014 Estabelece a Norma Teacutecnica para abertura funcionamento condiccedilotildees fiacutesicas teacutecnicas e sanitaacuterias de farmaacute-cias e drogarias no Paranaacute Curitiba Diaacuterio Oficial do Estado nordm 9287 de 100914ROZENFELD Suely TOGNONI Gianni amp LAPORTE Joan-Ramon Epidemiologia do medicamentoprinciacutepios gerais Hucitec-AbrascoSOBRAVIME AIS O que eacute uso racional de medicamentos Satildeo Paulo Sobravime 2001STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Repercussatildeo geral e recurso extraordinaacuterio 566471-6 Rio Grande do Norte Brasiacutelia DJE de 17 de dezembro de 2007 BrasiacuteliaSTF 2007 Disponiacutevel emltwwwstfjusbrgt Acesso em 26 fev 2009ZUBIOLI Arnaldo Profissatildeo farmacecircutico E agora Curitiba Lovise 1992

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middot ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria wwwanvisagovbrmiddot CFF - Conselho Federal de Farmaacutecia wwwcfforgbrmiddot CONASS - Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede wwwconassorgbrmiddot CONASEMS - Conselho Nacional de Secretaacuterios Municipais de Sauacutede wwwconasemsorgbrmiddot CRF-PR - Conselho Regional de Farmaacutecia do Paranaacute wwwcrf-prorgbrmiddot OPAS ndash Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede wwwopasorgbrmedi-camentosmiddot MS - Ministeacuterio da Sauacutede wwwsaudegovbr- CONITEC - Comissatildeo Nacional de Incorporaccedilatildeo de Tecnologias no SUS httpconitecgovbr- Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Insumos Estrateacutegicos (SCTIE) httpportalsaudesaudegovbrindexphpoministerioprincipalsecre-tariassctie- DAF - Departamento de Assistecircncia Farmacecircutica httpportalsaudes audegovbrindexphpo-ministerioprincipalsecretariassctiedafmiddot SESA-PR - Secretaria de Estado de Sauacutede do Paranaacute wwwsaudeprgovbrmiddot FIOCRUZ ndash Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz wwwfiocruzbrmiddot FUNASAndash Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede wwwfunasagovbrmiddot SBAC - Sociedade Brasileira de Anaacutelises Cliacutenicas wwwsbacorgbrmiddot SOBRAVIME ndash Sociedade Brasileira de Vigilacircncia de Medicamentos wwwsobravimeorgbr

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SEDE CURITIBARua Pres Rodrigo Otaacutevio 1296 - Hugo Lange - Curitiba - ParanaacuteTelFAX (41) 3363-0234 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 08h30 agraves 17h00

SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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SECCIONAISCASCAVELCoordenador Farm Dra Maria do Carmo Baraldo WagnerVice-Coordenador Farm Dra Joyce Thais BoggerRua Souza Naves 3983 sala 403 e 404 - 85807-690 - (45) 3902-1810Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30 agraves 17h00

LONDRINACoordenador Farm Dra Sandra Iara SterzaVice-Coordenador Farm Dr Valdomiro Joseacute ChammeacuteRua Souza Naves 612 sala 12 - 1ordm andar - 86010-170 - (43) 3321-6803Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h00min agraves 17h

MARINGAacuteCoordenador Farm Dra Viviane FonsecaVice-Coordenador Farm Dra Graciele de PintorAv Carneiro de Leatildeo 135 - 2ordm andar - Sala 204 - 87014-010 - (44) 3901-1630 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 17h00

PONTA GROSSACoordenador Farm Dr Joseacute dos Passos NetoVice-Coordenador Farm Dr Joseacute Carlos Tozetto VettorazziRua Jacob Holzmann 233 - Edifiacutecio Philadelphia - 7deg andar - (42) 3901-1330 - Atendimento Segunda a sexta-feira das 8h30min agraves 11h30min e das 13h30min agraves 17h

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SUDOESTECoordenador Farm Dr Benvenuto Juliano GazziVice-Coordenador Farm Dr Leonardo Garcia VelasquezRua Peru 1250 anexo ao parque de exposiccedilotildees - (46)3905-1454 | FAX (46)3905-1468 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h agraves 17h

NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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NOROESTECoordenador Farm Dra Marina GimenesVice-Coordenador Farm Dra Gilianny Rocatto TeixeiraAvenida Presi-dente Castelo Branco 3806 - Sala 1302 - Edifiacutecio Itaacutelia 13ordm Andar - TelFAX (44) 3906-1251 - Atendimento Segunda a quinta-feira das 13h30min agraves 17h

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