direitos fundamentais i - vicente paulo 2

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DIREITO CONSTITUCIONAL

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  • CURSO DE EXERCCIOS TRF 1 REGIO DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. VICENTE PAULO

    AULA 2 DIREITOS FUNDAMENTAIS

    Continuaremos, hoje, com os comentrios aos exerccios sobre direitos fundamentais da Fundao Carlos Chagas.

    Alguns alunos reclamaram no frum de dvidas sobre a grande repetio de exerccios sobre o mesmo assunto na aula passada, sugerindo que nas prximas aulas fossem eliminados os exerccios repetidos e acrescentados exerccios inditos de outras bancas examinadoras.

    De fato, na aula passada houve uma cansativa repetio, especialmente no tocante aos exerccios sobre os princpios e objetivos que regem a Repblica Federativa do Brasil e, tambm, sobre os remdios constitucionais. Mas, sinceramente eu no acho que a metodologia deva ser mudada. Ora, estamos nos preparando para um concurso que ser realizado pela FCC e, ento, parece-me que temos que conhecer bem, ainda que de forma meio cansativa, as questes dessa banca examinadora, e no de outras. Alis, eu acho que este curso on-line s se justifica se pensarmos assim, que temos que conhecer o estilo de questes da FCC, por piores que elas sejam.

    Digo isso porque se fssemos pensar de maneira diferente, realmente eu teria questes de outras bancas (Esaf e Cespe) muito mais interessantes, de um nvel infinitamente superior, para apresentar a vocs. Mas, insisto, essa no me parece uma boa estratgia. A melhor estratgia, a meu ver, esta em que estamos trabalhando: selecionar aleatoriamente exerccios dos mais diferentes concursos da FCC e resolv-los, revisando rapidamente os respectivos assuntos; da, se esses exerccios se repetem muito em determinados assuntos, em vez de o candidato achar isso ruim, parece-me que ele deveria ver isso simplesmente como um alerta, de que esse assunto provavelmente estar muito presente tambm na prxima prova.

    Para vocs terem uma idia, se acontecer de eu achar que, nos assuntos seguintes a serem tratados neste curso on-line (Organizao do Estado, Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judicirio), as questes das provas da FCC no so suficientes para uma boa reviso dos respectivos tpicos (eu ainda no sei disso hoje, pois ainda no examinei todas as questes desses assuntos), certamente eu optarei por elaborar algumas questes inditas, imitando o estilo FCC, pois acho sinceramente que isso seria mais vantajoso para vocs do que simplesmente eu pegar algumas questes da Esaf e coment-las. Por que eu acho isso? Porque, convenhamos, o estilo da Esaf de cobrar os mesmos assuntos muito diferente do estilo da FCC! (e olha que, para

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    mim, seria muito fcil simplesmente comentar questes j prontas da Esaf, que eu tenho milhares em casa!).

    Bem, isso o que penso. bvio que eu no sou o dono da verdade, mas ainda acho que essa a melhor forma de trabalharmos neste curso para o TRF/1 Regio. E, sendo assim, vamos ao trabalho!

    1) (FCC/ TRF 5 REGIO) No caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular,

    a) mediante justa e prvia indenizao, em dinheiro.

    b) desde que a propriedade no esteja cumprindo sua funo social.

    c) assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano.

    d) mediante indenizao prvia, em ttulos da dvida pblica.

    e) no tendo o proprietrio direito a indenizao, diante da urgncia do interesse pblico.

    Resposta: c

    Comentrio.

    A afirmativa a est errada. A questo trata do instituto requisio administrativa, que est previsto na Constituio Federal nos seguintes termos:

    "no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano" (CF, art. 5, XXV).

    Como se v, a requisio da propriedade particular a ttulo gratuito, pois s caber indenizao no caso de dano ocasionado pelo uso. Logo, essa indenizao, quando devida, no ser prvia, mas sim, ulterior (pois, obviamente, a comprovao do dano pelo uso s ser possvel posteriormente).

    A afirmativa "b" est errada, pois, para que haja requisio administrativa, no necessrio que a propriedade particular esteja descumprindo sua funo social. Afinal, a situao jurdica que legitima a requisio administrativa gratuita o caso de iminente perigo pblico, e no o fato de a propriedade estar ou no cumprindo sua funo social.

    A afirmativa "c" est certa, pois, de fato, ser assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano.

    A afirmativa "d" est errada. A indenizao, quando devida, no ser prvia, mas sim, ulterior. A forma de indenizao no est prevista na Constituio, mas, obviamente, no ser em ttulos da dvida pblica, e sim em recursos pecunirios.

    Alis, a respeito dessa indenizao ulterior pelo dando causado propriedade particular, embora a Constituio no o estabelea

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    expressamente, bom que vocs saibam que ela contempla no s os danos emergentes (leso concreta que afeta a propriedade, deteriorando-a, total ou parcialmente), mas, tambm, os lucros cessantes (os lucros que o proprietrio deixou de ter em razo da requisio da sua propriedade pelo Poder Pblico). Assim, por exemplo, suponha que a requisio administrativa tenha incidido sobre um veculo particular que seja utilizado como txi. Nesse caso, a indenizao ulterior dever contemplar no s os danos materiais causados ao veculo (dano emergente), mas, tambm, o ganho que o proprietrio taxista deixou de ter em razo do uso desse veculo (lucro cessante).

    A afirmativa "e" est errada porque, caso haja dano pelo uso, a Constituio Federal determina que o proprietrio tenha direito a indenizao.

    2) (FCC/AUDITOR TCE-MG/2005) A Constituio brasileira determina que se considera crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, na forma da lei,

    a) o trfico ilcito de entorpecentes.

    b) o crime de responsabilidade.

    c) o terrorismo.

    d) a prtica de racismo.

    e) a prtica de tortura.

    Resposta: d

    Comentrio.

    As letras a, c e e apresentam afirmativas erradas. Os crimes de trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e prtica de tortura so considerados crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia. Alm desses, so tambm inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia os crimes definidos como hediondos (CF, art. 5, XLIII).

    A afirmativa d est certa, pois, de fato, a Constituio brasileira determina que: a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei (CF, art. 5, XLII).

    Vale lembrar que, no mesmo artigo 5, a Constituio Federal considera outro crime como inafianvel e imprescritvel: a ao de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico (inciso XLIV).

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    3) (FCC/AUDITOR TCE-MG/2005) Por motivo de convico poltica, ao completar dezoito anos, Ernesto recusa-se a realizar seu alistamento eleitoral, assim como a cumprir qualquer prestao alternativa que se lhe queira exigir, ainda que prevista em lei. Nessa hiptese, a atitude de Ernesto

    a) incompatvel com a Constituio, pois ningum pode eximir-se de cumprir obrigao legal a todos imposta.

    b) albergada pela Constituio, que prev possibilidade de objeo de conscincia nesses exatos termos.

    c) passvel de punio mediante de imposio de pena restritiva de liberdade, por se configurar atentado contra a soberania do Estado brasileiro.

    d) causa para a suspenso dos seus direitos polticos, em funo da recusa de cumprimento de prestao alternativa prevista em lei.

    e) parcialmente compatvel com a Constituio, pois esta permite recusa a cumprimento de prestao alternativa, mas no da obrigao principal.

    Resposta: d

    Comentrio.

    A Constituio Federal, ciente de que a liberdade de conscincia o ncleo bsico de onde derivam as demais liberdades de pensamento, determina que ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei (CF, art. 5, VIII). Isso

    O art. 15, IV, da Constituio, prev que a recusa de cumprir a obrigao a todos imposta ou prestao alternativa acarretar a perda ou a suspenso dos direitos polticos.

    Logo, a Constituio apresenta dois requisitos para a privao de direitos, em virtude de crena religiosa ou convico filosfica ou poltica: (i) no cumprimento de uma obrigao a todos imposta e (ii) descumprimento de prestao alternativa, fixada em lei.

    A afirmativa a est errada, pois h regra constitucional que permite a Ernesto eximir-se de cumprir obrigao legal a todos imposta, alegando imperativo de conscincia, desde que cumpra prestao alternativa fixada em lei.

    A afirmativa b est errada, pois a Constituio, ao prever a possibilidade de objeo de conscincia, no o faz nos exatos termos do enunciado da questo. A previso constitucional determina que, para

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    que no seja privado de seus direitos, o indivduo deve cumprir prestao alternativa, fixada em lei.

    A afirmativa c est errada. A atitude de Ernesto no passvel de punio com pena restritiva de liberdade. Quando, por motivo de convico filosfica ou poltica, h recusa de cumprir obrigao a todos imposta e, tambm, recusa de cumprir prestao alternativa fixada em lei, a Constituio estabelece como punio apenas a privao dos direitos polticos (CF, art. 15, IV c/c art. 5, VIII).

    A afirmativa d est certa. Ao disciplinar essa hiptese de privao dos direitos polticos, a Constituio Federal no foi precisa em estabelecer se se trata de caso de suspenso ou de perda de direitos polticos (CF, art. 15). Em face disso, a doutrina tem entendido que se trata de hiptese de perda dos direitos polticos, tendo em vista que a privao no por prazo determinado, no tendo data para terminar (Alexandre de Moraes). Cabe registrar, porm, que o legislador, ao disciplinar o assunto, em relao ao servio militar obrigatrio, tratou a hiptese como sendo suspenso. Note-se que, nessa questo, a Fundao Carlos Chagas seguiu o entendimento da Lei, considerando a hiptese como suspenso.

    A afirmativa e est errada. A Constituio Federal permite a recusa ao cumprimento da obrigao a todos imposta (obrigao principal), por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica. Porm, para que no seja privado de seus direitos, Ernesto teria que cumprir prestao alternativa fixada em lei (CF, art. 5, VIII). Logo, pode-se concluir que a Constituio no permite a recusa a cumprimento de prestao alternativa, estabelecendo, nesse caso, a privao de direitos polticos (CF, art. 15).

    4) (FCC/AUDITOR-FISCAL TCE-PI/2002) A Constituio brasileira assegura a todos o acesso informao, mas resguarda o sigilo da fonte

    a) exclusivamente aos parlamentares.

    b) a todos, em qualquer caso ou processo, como proteo ao princpio da intimidade.

    c) aos parlamentares e aos servidores pblicos em geral.

    d) exclusivamente nos processos de natureza penal.

    e) quando necessria ao exerccio profissional.

    Resposta: e

    Comentrio.

    A afirmativa apresentada na letra e est certa, pois a Constituio garante o sigilo da fonte, somente, quando for necessrio ao exerccio

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    profissional (CF, art. 5, XIV). A regra , nas demais situaes, o dever de revelar a fonte da informao, para que seja dada ao ofendido a possibilidade de exercer o seu direito ao contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (CF, art. 5, LV) e, se for o caso, o direito de resposta (CF, art. 5, V) e o direito indenizao por dano material ou moral (art. 5, X).

    5) (FCC/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO TRT 11 REGIO/2005) Segundo a Constituio, a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando

    a) a defesa da cidadania estiver ameaada.

    b) o processo envolver autoridades pblicas.

    c) a defesa da intimidade no prejudicar o interesse pblico informao.

    d) se tratar de investigao criminal.

    e) se tratar de prestao de contas do uso de recursos do fundo partidrio.

    Resposta: c

    Comentrio.

    A Constituio Federal determina que a lei somente poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5, LX).

    Ao tratar da publicidade dos atos processuais, a Constituio brasileira apresenta mandamento constitucional de eficcia contida, pois possibilita a edio de lei ordinria que, excepcionalmente, nas hipteses de defesa da intimidade ou do interesse social, a restrinja. A finalidade da norma do inciso LX do art. 5 da Constituio dupla, pois, alm de pretender garantir mais um instrumental no sentido de transparncia e fiscalizao popular na atuao dos rgos exercentes das funes estatais, tambm complementa os princpios do devido processo legal e da ampla defesa, garantindo ao acusado cincia dos fatos pelos quais est sendo acusado e de todo o desenrolar do procedimento.

    Portanto, os diferentes valores constitucionalmente protegidos a garantia intimidade e o direito informao - devem ser harmonizados, de forma a se conferir eficcia a ambos. Nesse sentido, est perfeita a afirmao da letra c, segundo a qual a defesa da intimidade (restrio da publicidade dos atos processuais) no pode prejudicar o interesse pblico informao.

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    As outras assertivas (a, b, d e e) esto erradas, porque, como dito acima, a Constituio s permite a possibilidade de restrio da publicidade dos atos processuais na hiptese do art. 5, LX.

    6) (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO TCE-MA/2005) O Brasil um Estado Democrtico de Direito que tem, dentre os seus fundamentos expressos na Constituio,

    a) a liberdade de imprensa.

    b) o desenvolvimento nacional.

    c) a defesa da paz.

    d) o pluralismo poltico.

    e) a soluo pacfica dos conflitos.

    Resposta: d

    Comentrio.

    Esse assunto foi abordado de forma exaustiva na primeira aula desse curso.

    O enunciado da questo pede um fundamento da Repblica Federativa do Brasil. Como j estudamos, os fundamentos so os seguintes: (1) a soberania; (2) a cidadania; (3) a dignidade da pessoa humana; (4) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (5) o pluralismo poltico (CF, art. 1).

    A afirmativa a est errada. A liberdade de imprensa no um fundamento da Repblica Federativa do Brasil, mas sim uma garantia constitucional, expressa no inciso IX do art. 5 da Constituio Federal, nos seguintes termos: livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena.

    A afirmativa b est errada, pois garantir o desenvolvimento nacional um dos objetivos da Repblica Federativa do Brasil (CF, art. 3, II), e no fundamento.

    As afirmativas c e e esto erradas. A defesa da paz e a soluo pacfica dos conflitos no so fundamentos, mas sim princpios que regem a Repblica Federativa do Brasil em suas relaes internacionais (CF, art. 4, VI).

    A afirmativa d est certa e apresenta a resposta questo. De fato, o pluralismo poltico fundamento da Repblica Federativa do Brasil, expresso no inciso V do art. 1 da Constituio Federal.

    Vale lembrar que voc deve ficar atento s pegadinhas sempre cobradas pelas bancas examinadoras, que tentam confundir o candidato

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    embaralhando os conceitos de fundamentos, objetivos e princpios que regem o Brasil em suas relaes internacionais.

    7) (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PB/2006) Considere as afirmaes em relao aos instrumentos constitucionais de garantia dos direitos fundamentais:

    I. Assegura-se a todos, independentemente de taxas, o direito de petio aos Poderes Pblicos contra ilegalidade ou abuso de poder.

    II. Ser concedido mandado de segurana para o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de carter pblico.

    III. Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao meio ambiente.

    Est o correto o que se afirma APENAS em

    a) II e III.

    b) I e III.

    c) III.

    d) II.

    e) I.

    Resposta: b

    Comentrio. A afirmativa I est certa. De fato, a todos assegurado, independente do pagamento de taxas, o direito de petio aos Poderes Pblicos, que poder ser exercido em duas situaes distintas: (i) na defesa de direitos; e (ii) contra ilegalidade ou abuso de poder (CF, art. 5, XXXIV). Trata-se do remdio constitucional direito de petio, que, conforme vimos, gratuito e no exige advogado para o seu exerccio.

    A afirmativa II est errada porque o remdio constitucional a ser usado nesse caso no o mandado de segurana, mas sim o habeas data. A Constituio determina que conceder-se- habeas data (a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico e (b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo (CF, art. 5, LXXII). O habeas data ao gratuita, exige advogado e somente poder ser impetrado perante o Poder Judicirio aps o indivduo ter percorrido a esfera administrativa sem sucesso.

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    A afirmativa III est certa, pois, de fato, qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural (CF, art. 5, LXXIII).

    Veja que no qualquer brasileiro, qualquer um do povo, qualquer indivduo que pode propor ao popular. S o cidado, assim considerado o brasileiro ou equiparado a brasileiro no gozo da capacidade eleitoral ativa, isto , apto para votar. Fique atento a esse detalhe: s o cidado pode propor ao popular! No se deixe confundir por questes que trocam a palavra cidado por indivduo, qualquer brasileiro ou outras parecidas, tornando-as erradas.

    A resposta da questo a letra b, pois as nicas afirmativas certas so as apresentadas nos itens I e III.

    8) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/ TRE-CE/2002) De acordo com a Constituio Federal, os atos processuais so

    a) pblicos, podendo o juiz restringir-lhes a publicidade sempre que solicitado pelo Ministrio Pblico.

    b) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser-lhes restringida por insuficincia de funcionrios da Justia para prestar atendimento ao pblico, entre outros casos.

    c) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser restringida a terceiros, por ato do juiz da causa, para preservar a independncia do Poder Judicirio.

    d) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser estendida a terceiros desde que mediante autorizao das partes.

    e) pblicos, podendo a lei restringir-lhes a publicidade quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    Resposta: e

    Comentrio.

    A publicidade dos atos processuais definida na Constituio Federal de 1988 por mandamento constitucional de eficcia contida, pois se possibilita a edio de lei ordinria que, excepcionalmente, nas hipteses de defesa da intimidade ou do interesse social, a restrinja. Assim, a regra a publicidade dos atos processuais, sendo que a lei poder restringir essa publicidade quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5, LX). Portanto, a resposta da questo a afirmativa e.

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    9) (FCC/JUIZ SUBSTITUTO TRF 5 REGIO/2001) No ordenamento constitucional brasileiro, o descumprimento pessoal de obrigao legal a todos imposta, por motivos de religio, configura o elemento nuclear

    a) do direito de resistncia lei injusta.

    b) do direito de objeo de conscincia.

    c) da desobedincia civil.

    d) do exerccio de um direito natural.

    e) do exerccio do direito igualdade.

    Resposta: b

    Comentrio.

    A Constituio Federal, ao determinar que ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei (CF, art. 5, VIII), prev o direito de objeo de conscincia, tambm chamado de escusa de conscincia.

    10) (FCC/ TRF 5 REGIO) Considere as seguintes afirmaes sobre os direitos dos trabalhadores na Constituio.

    I. Probe a Constituio a realizao de qualquer trabalho a menores de 14 anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de 12 anos.

    II. A Constituio assegura aos trabalhadores domsticos direito a dcimo terceiro salrio e aviso prvio proporcional ao tempo de servio.

    III. Aos trabalhadores urbanos e rurais, garantida a irredutibilidade de salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo.

    Est correto SOMENTE o que se afirma em

    a) I.

    b) II.

    c) I e II.

    d) I e III.

    e) II e III.

    Resposta: e

    Comentrio.

    A afirmativa I est errada porque a Constituio probe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e probe a realizao de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos (CF, art. 7, XXXIII).

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    A afirmativa II est certa, pois a Constituio, no pargrafo nico do art. 7, assegura aos trabalhadores domsticos alguns dos direitos que so assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, dentre eles o direito a dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria e o direito a aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termos da lei (CF, art. 7, VIII, XXI e pargrafo nico).

    A afirmativa III est certa, pois, de fato, a Constituio Federal, no inciso VI do art. 7, garante aos trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo. Note-se, apenas, que essa irredutibilidade salarial no absoluta, haja vista que poder ser afastada por negociao coletiva, formalizada por meio de conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    11) (FCC/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO TRT 14 REGIO/2003) A Constituio Federal assegura aos trabalhadores domsticos: a) repouso remunerado, frias e 13 salrio;

    b) frias, adicional de insalubridade e aposentadoria; c) adicional noturno, salrio mnimo e licena-maternidade;

    d) aviso prvio, licena-paternidade e seguro contra acidentes;

    e) 13 salrio, aposentadoria e adicional de insalubridade.

    Resposta: a

    Comentrio.

    O art. 7 da Constituio Federal apresenta, em seus trinta e quatro incisos, direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. No pargrafo nico desse mesmo artigo so enumerados quais desses direitos so tambm extensveis aos trabalhadores domsticos.

    A afirmativa a est certa, pois, de fato, so direitos dos empregados domsticos os enumerados nessa afirmativa, estando na Constituio Federal expressos nos seguintes termos:

    repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos (CF, art. 7, XV e pargrafo nico);

    gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal (CF, art. 7, XVII e pargrafo nico); e

    dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria (CF, art. 7, VIII e pargrafo nico).

    A afirmativa b est errada porque os empregados domsticos, apesar de terem direito a frias (CF, art. 7, XVII e pargrafo nico) e aposentadoria (CF, art. 7, XXIV e pargrafo nico), no tm direito a

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    adicional de insalubridade (que devido apenas para os trabalhadores urbanos e rurais).

    A afirmativa c est errada porque os empregados domsticos, apesar de terem direito licena-maternidade (CF, art. 7, XVIII e pargrafo nico) e ao salrio mnimo (CF, art. 7, IV e pargrafo nico), no tm direito ao adicional noturno.

    A afirmativa d est errada. Apesar de possurem direito licena-paternidade (CF, art. 7, XIX e pargrafo nico) e ao aviso prvio (CF, art. 7, XXI e pargrafo nico), no possuem direito ao seguro contra acidentes.

    A afirmativa e est errada, pois os empregados domsticos tm direito ao dcimo terceiro salrio (CF, art. 7, VIII e pargrafo nico) e aposentadoria (CF, art. 7, XXIV e pargrafo nico), mas no tm direito ao adicional de insalubridade.

    12) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 8 REGIO/2004) Tendo em vista os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais assegurados constitucionalmente, considere:

    I. Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluda a indenizao a que est obrigado, quando incorrer em dolo.

    II. Proibio de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, inclusive na condio de aprendiz, a partir dos 14 (quatorze) anos.

    III. Jornada de seis horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    IV. Licena-paternidade, nos termos fixados em lei, e igualdade de direitos entre o trabalho com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso.

    correto o que se contm APENAS em

    a) I e III.

    b) I e IV.

    c) II e III.

    d) II e IV.

    e) III e IV.

    Resposta: e

    Comentrio.

    A afirmativa I est errada porque o seguro de acidentes do trabalho, a cargo do empregador, no exclui a indenizao a que ele est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7, XXVIII).

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    A afirmativa II est errada, porque proibido qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condio de aprendiz, a partir dos 14 (quatorze) anos (CF, art. 7, XXXIII).

    A afirmativa III est certa, pois, de fato, direito dos trabalhadores urbanos e rurais a jornada de seis horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva (CF, art. 7, XIV).

    A afirmativa IV est certa, pois a Constituio Federal assegura aos trabalhadores urbanos e rurais o direito licena-paternidade, nos termos fixados em lei (CF, art. 7, XIX). assegurada tambm a igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso (CF, art. 7, XXXIV).

    A resposta da questo a letra e, pois as nicas afirmativas que esto certas so as apresentadas nos itens III e IV.

    13) (FCC/ANALISTA BACEN/2005) Paulo trabalhador urbano, Pedro trabalhador rural e Mrio empregado domstico. De acordo com a Constituio Federal brasileira, os trs tm direito

    a) remunerao do trabalho noturno superior do trabalho diurno.

    b) proteo em face da automao.

    c) ao piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho.

    d) licena paternidade, nos termos fixados em lei.

    e) ao reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho.

    Resposta: d

    Comentrio.

    Os direitos assegurados constitucionalmente para os trabalhadores urbanos so os mesmos direitos assegurados aos trabalhadores rurais e esto previstos nos incisos do art. 7 da Constituio Federal. No pargrafo nico do art. 7, a Constituio estabelece quais desses direitos que so extensveis, tambm, aos empregados domsticos.

    As afirmativas das letras a, b, c e e esto erradas, porque apresentam direitos que so comuns apenas aos trabalhadores urbanos e rurais (no aos domsticos), previstos nos seguintes incisos do art. 7 da Constituio Federal:

    IX - remunerao do trabalho noturno superior do diurno;

    XXVII - proteo em face da automao, na forma da lei;

    V - piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho;

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    XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho.

    Assim, esses direitos so comuns apenas a Paulo e Pedro.

    A afirmativa apresentada na letra d est correta porque, de fato, os trabalhadores urbanos, rurais e domsticos tm direito licena-paternidade, nos termos fixados na lei. Logo, Paulo, Pedro e Mrio tm direito licena-paternidade.

    14) (FCC/ANALISTA REA JUDICIRIA/ TRT 5 REGIO/2003) Dentre os direitos sociais do trabalhador assegurados na Constituio Federal encontra-se o direito

    a) reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana.

    b) remunerao do servio extraordinrio, no mnimo, 30% superior remunerao normal.

    c) irredutibilidade do salrio, que no poder ser objeto sequer de conveno coletiva.

    d) ao seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntrio ou involuntrio.

    e) ao salrio-famlia pago em razo do dependente de qualquer trabalhador urbano ou rural, nos termos da lei.

    Resposta: a

    Comentrio.

    A afirmativa a est certa. A Constituio Federal apresenta, em seu artigo 7, diversos direitos sociais do trabalhador. Dentre eles, no inciso XXII, consta o direito do trabalhador reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana.

    A afirmativa b est errada porque a Constituio garante ao trabalhador o direito remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal (CF, art. 7, XVI).

    A afirmativa c est errada. A Constituio Federal, ao garantir ao trabalhador o direito irredutibilidade do salrio, deixa espao para que conveno ou acordo coletivo afastem a irredutibilidade (CF, art. 7, VI).

    A afirmativa d est errada porque somente garantia constitucional do trabalhador o direito a seguro-desemprego em caso de desemprego involuntrio, isto , que ele no tenha dado causa (CF, art. 7, II).

    A afirmativa e est errada. O salrio-famlia em razo do dependente somente devido aos trabalhadores urbanos ou rurais de baixa renda, nos termos da lei (CF, art. 7, XII).

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    15) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 4 REGIO/2006) Em relao aos Direitos Sociais previstos na Constituio Federal, correto afirmar que

    a) vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical.

    b) so assegurados categoria dos trabalhadores domsticos, dentre outros, assistncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento at seis anos de idade, em creches e pr-escolas.

    c) nas empresas com mais de cem empregados, assegurada a eleio de trs representantes destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

    d) assegurada jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    e) assegurada a remunerao do trabalho diurno, superior do noturno.

    Resposta: a

    Comentrio.

    A afirmativa a est certa. O art. 8 da Constituio Federal, que trata da liberdade de associao profissional ou sindical, veda, em seu inciso VIII, que seja dispensado o empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

    A afirmativa b est errada porque o direito assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at seis anos de idade em creches e pr-escolas garantido aos trabalhadores urbanos e rurais, porm, no estendido aos empregados domsticos (CF, art. 7, XXV e pargrafo nico).

    A afirmativa c est errada, pois a Constituio determina que, nas empresas de mais de duzentos empregados, assegurada a eleio de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores (CF, art. 11).

    A afirmativa d est errada. A jornada assegurada constitucionalmente para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento de seis horas, salvo negociao coletiva (CF, art. 7, XIV).

    A afirmativa e est errada porque a afirmao est apresentada de forma invertida. A Constituio Federal assegura, no inciso IX do art. 7, a remunerao do trabalho noturno, superior do diurno.

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    16) (FCC/AUDITOR-FISCAL TCE-PI/2002) Os direitos sociais (ou de 2 gerao), assegurados pela Constituio brasileira, podem ser corretamente qualificados de direitos fundamentais

    a) negativos, do cidado perante o Estado.

    b) de natureza positiva, porquanto exigem prestaes positivas do Estado.

    c) de participao, porquanto permitem a participao do cidado no exerccio do poder estatal.

    d) positivos, de natureza exclusivamente econmica.

    e) negativos, de natureza econmica, social e cultural.

    Resposta: b

    Comentrio.

    Antes de iniciarmos o comentrio questo, vamos revisar brevemente a evoluo dos direitos fundamentais.

    Os direitos fundamentais so tradicionalmente classificados em trs geraes (dimenses), levando-se em conta o elemento cronolgico, isto , o momento em que esses direitos passaram a ser considerados fundamentais ao homem.

    A primeira gerao de direitos fundamentais surgiu nos finais do sc. XVIII, com o advento da Revoluo Francesa, e apresenta as seguintes caractersticas: surgiu no Estado liberal, em resposta ao Estado totalitrio; tem por preocupao estabelecer limites ao poder do Estado, reduzindo a ingerncia deste na esfera de liberdade do indivduo. So os direitos fundamentais de ndole negativa, que exigem uma absteno do Estado em favor da liberdade do indivduo; seu ncleo , portanto, a liberdade. So os direitos civis e polticos, tais como: direito de propriedade, de manifestao de pensamento, de locomoo etc.

    A segunda gerao de direitos fundamentais surgiu no incio do sc. XX, com o advento do Estado social, e apresenta as seguintes caractersticas: surgiu no Estado social, em resposta ao Estado liberal; tem por preocupao assegurar o mnimo de dignidade aos necessitados. Em regra, so direitos fundamentais de ndole positiva, que exigem uma atuao do Estado em favor dos desamparados; seu ncleo , portanto, a igualdade. So os direitos sociais, culturais e econmicos, tais como: direito a condies dignas de trabalho, previdncia social, assistncia social, habitao, educao, segurana etc.

    A terceira gerao de direitos fundamentais surgiu no sc. XX, e tem por preocupao os chamados bens da coletividade, os interesses

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    difusos, assim entendidos aqueles que pertencem a um grupo indeterminado, ou de difcil determinao de pessoas. Seu ncleo , portanto, a fraternidade que deve existir entre os diferentes povos, na proteo desses valores indivisveis. So exemplos: direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, paz, ao progresso etc.

    Feita essa breve reviso, passemos ao exame da questo.

    A afirmativa que complementa corretamente o enunciado da questo a apresentada na letra b, pois, como vimos, os direitos sociais (de 2 gerao ou dimenso), assegurados pela Constituio brasileira, podem ser corretamente qualificados como de natureza positiva, porquanto exigem prestaes positivas do Estado.

    17) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 22 REGIO/2004) Em matria de direitos sociais, certo que so considerados como dimenso protetora do trabalhador os dispositivos constitucionais que garantem, especialmente, a isonomia e a no discriminao, e dentre eles,

    a) o seguro contra acidentes, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que est obrigado, desde que incorra em dolo.

    b) a assistncia gratuita aos filhos dos trabalhadores, desde o nascimento at sete anos de idade, em creches e pr-escolas.

    c) a durao do trabalho no superior a oito horas dirias e quarenta horas semanais, facultada a compensao de horrio.

    d) a proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre profissionais respectivos.

    e) a participao do trabalhador nos lucros vinculada remunerao, e sempre garantida a sua participao na gesto da empresa.

    Resposta: d

    Comentrio. A afirmativa a est errada, pois est incompleta. O seguro garantido pela Constituio contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7, XXVIII).

    A afirmativa b est errada. A assistncia gratuita aos filhos e dependentes em creches e pr-escolas garantida desde o nascimento somente at os seis anos de idade (CF, art. 7, XXV).

    A afirmativa c est errada porque a determinao constitucional de que a durao do trabalho normal no ser superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios

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    e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho (CF, art. 7, XIII).

    A afirmativa d est certa, pois, de fato, a Constituio Federal probe a distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos (CF, art. 7, XXXII).

    A afirmativa e est errada. A participao nos lucros ou resultados, garantida constitucionalmente, desvinculada da remunerao. Alm disso, a Constituio determina, excepcionalmente, a participao na gesto da empresa, conforme definido em lei (CF, art. 7, XI).

    18) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/ TRE-CE/2002) Joo, eletricista, teve sua foto utilizada em publicidade de uma grande empresa de jornalismo, que a publicou por vrias vezes em revista de grande circulao nacional, sem o seu consentimento. A fotografia retratava uma situao em que Joo claramente envolvia-se numa briga em um comcio poltico, o que acabou provocando sua demisso e gerando um forte constrangimento em suas relaes pessoais.

    Considerando essa situao, correto dizer que Joo

    a) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, bem como pelos danos morais decorrentes do constrangimento a que foi submetido.

    b) no poder pleitear qualquer indenizao pelo uso de sua imagem, haja vista a liberdade de imprensa assegurada na Constituio Federal.

    c) no poder pleitear qualquer indenizao pelo uso de sua imagem, haja vista que a fotografia retratava uma situao ftica real.

    d) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, mas no pelos danos morais, visto que estes no so protegidos pela Constituio Federal.

    e) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, mas no pelos danos morais, visto que estes no so mensurveis.

    Resposta: a

    Comentrio.

    A ofensa intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas assegura o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente dessa violao (CF, art. 5, X). Se for o caso, as indenizaes por dano moral e por dano material podero cumular-se, isto , um mesmo ato de violao pode gerar o direito indenizao por dano material e moral, simultaneamente. Logo, Joo poder pleitear tanto os

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    danos morais quanto os danos materiais por ele sofridos. Portanto, a afirmativa a a nica certa.

    19) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 23 REGIO/2004) Tendo em vista a garantia constitucional da presuno de inocncia, observa-se que esse princpio

    a) de natureza ampla, motivo pelo qual tem aplicao, em sua inteireza nas esferas penal, civil e administrativa.

    b) afasta a legitimidade das prises cautelares ou provisrias, a exemplo da priso preventiva, por pronncia e por sentena condenatria, sem trnsito em julgado.

    c) revogou a regra segundo a qual o ru no poder apelar sem recolher-se priso, ou prestar fiana se no for primrio e de bons antecedentes.

    d) tem em conta que ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.

    e) no impede que o nome do ru seja lanado no rol dos culpados, antes do trnsito em julgado da sentena condenatria.

    Resposta: d

    Comentrio.

    O princpio da presuno da inocncia est expresso na Constituio Federal nos seguintes termos: ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria (CF, art. 5, LVII).

    A afirmativa a est errada, pois, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, o princpio da presuno da inocncia de natureza estrita, tendo aplicao somente na esfera penal. Na prtica, significa, por exemplo, que a simples instaurao de um processo criminal contra um servidor j poder ser levada em conta pela Administrao para excluir seu nome de uma lista de promoo por merecimento (no podendo este, em razo da inexistncia de trnsito em julgado, invocar tal princpio da presuno da inocncia, pois, conforme dito, esse postulado no invocvel perante a Administrao Pblica).

    A afirmativa b est errada. O princpio da presuno da inocncia, consagrado constitucionalmente, no afasta a constitucionalidade das espcies de prises provisrias, que continuam sendo pacificamente reconhecidas pela jurisprudncia. Assim, continuam vlidas as prises temporrias, preventivas, por pronncia e por sentenas condenatrias sem trnsito em julgado.

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    A afirmativa c est errada. O plenrio do Supremo Tribunal Federal, por seis votos contra cinco, entendeu que a regra do art. 594 do Cdigo de Processo Penal (o ru no poder apelar sem recolher-se priso) continua em vigor, no tendo sido revogada pelo inciso LVII do art. 5 da Constituio Federal (princpio da presuno da inocncia).

    Pacificou-se, tambm, o entendimento segundo o qual mesmo o ru primrio e de bons antecedentes pode ser preso antes do trnsito em julgado, sem nenhum arranho ao princpio constitucional da presuno da inocncia.

    A afirmativa d est certa. De fato, o princpio da presuno da inocncia afirma exatamente que ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria (CF, art. 5, LVII). Como foi visto nos comentrios s afirmativas anteriores, esse princpio no obstculo s prises temporrias, preventivas, por pronncia e por sentenas condenatrias sem trnsito em julgado. obstculo, apenas, a que se lance o nome do ru no rol dos culpados antes do trnsito em julgado da sentena penal condenatria, isto , o ru no poder ser registrado criminalmente (fichado) para os efeitos penais antes do trnsito em julgado.

    A afirmativa e est errada. A funo do princpio da presuno da inocncia no outra, seno impedir que o nome do ru seja lanado no rol dos culpados antes do trnsito em julgado da sentena penal condenatria.

    20) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO TRF 4 REGIO/2004) O fato de permanecer calado, quando qualquer pessoa, na condio de indiciado, ru ou co-ru, deva ser interrogado perante os rgos competentes, constitui

    a) privilgio contra a auto-incriminao, traduzindo um direito pblico subjetivo da pessoa.

    b) o princpio do juiz natural, implicando em direito pblico do inquiridor e inquirido.

    c) garantia integridade fsica e moral dessas pessoas resultante de um direito privado das partes.

    d) o princpio da presuno da inocncia, visto que a pessoa no pode ser considerada culpada antes de sua condenao.

    e) prerrogativa da personalizao da pena, implicando em direito objetivo do inquirido.

    Resposta: a

    Comentrio.

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    A afirmativa a est certa. A Constituio Federal consagra, no inciso LXIII do art. 5, o privilgio contra a auto-incriminao, ao determinar que o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado. O direito de permanecer em silncio constitui direito subjetivo da pessoa humana, de no depor contra si, que pode ser invocado perante qualquer instncia (administrativa, civil ou penal).

    Note-se que essa garantia constitucional assegura ao acusado no s o direito de permanecer calado, mas, tambm, o direito de prestar informaes falsas e inverdicas em sua defesa, sem que por elas possa ser responsabilizado. importante frisar, tambm, que o silncio do ru jamais poder ser interpretado em seu desfavor, ou seja, no poder ser considerado confisso ficta.

    Ademais, esse dispositivo constitucional, alm de assegurar ao preso o direito ao silncio, assegura tambm que ele dever ser previamente informado de seus direitos, dentre os quais o de permanecer calado. obrigao do Estado a informao, ao preso, desse seu direito. Significa dizer, por exemplo, que um interrogatrio realizado sem a advertncia ao preso quanto ao seu direito de permanecer calado nulo, invlido.

    A afirmativa b est errada, pois, como vimos, o enunciado da questo trata do privilgio da no auto-incriminao (CF, art. 5, LXIII).

    O princpio do juiz natural, por sua vez, est consagrado em dois incisos do art. 5 da Constituio: no haver juzo ou tribunal de exceo (inciso XXXVII) e ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente (inciso LIII). O inciso XXXVII veda a criao de juzo ou tribunal de exceo, para o julgamento casustico de um determinado crime j cometido. O inciso LIII probe o julgamento, pelos juzos e tribunais existentes, de matria que no seja de sua competncia.

    A afirmativa c est errada, porque a garantia integridade fsica e moral est expressa em outro inciso do art. 5 da Constituio Federal, sem relao direta com o direito ao silncio, a saber: XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral.

    A afirmativa d est errada porque o princpio da presuno da inocncia diz respeito ao que est expresso no inciso LVII do art. 5 da Constituio Federal (ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria). No est, portanto, diretamente relacionado ao enunciado da questo, que trata, como vimos, do privilgio da no auto-incriminao.

    A afirmativa e est errada, pois o enunciado da questo no tem relao com a prerrogativa da personalizao das penas, que est

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    expressa no inciso XLVI do art. 5 da Constituio, nos seguintes termos: XLVI - a lei regular a individualizao da pena....

    21) (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-RN/2002) medida incompatvel com o estado de stio

    a) restrio violao da correspondncia.

    b) obrigao de permanncia em localidade determinada.

    c) aplicao da pena de banimento.

    d) suspenso da liberdade de reunio.

    e) interveno nas empresas de servios pblicos.

    Resposta: c

    Comentrio.

    A Constituio Federal possibilita que, na vigncia de estado de defesa e estado de stio, sejam suspensas determinadas garantias constitucionais. Tais garantias constitucionais, porm, sero suspensas em lugar especfico e por certo tempo, com o objetivo de ampliar o poder repressivo do Estado, justificado pela gravidade da perturbao da ordem pblica.

    As medidas restritivas que podero ser tomadas contra as pessoas na vigncia do estado de stio, conforme determina o art. 139 da Constituio, so as seguintes:

    I - obrigao de permanncia em localidade determinada;

    II - deteno em edifcio no destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

    III - restries relativas inviolabilidade da correspondncia, ao sigilo das comunicaes, prestao de informaes e liberdade de imprensa, radiodifuso e televiso, na forma da lei;

    IV - suspenso da liberdade de reunio;

    V - busca e apreenso em domiclio;

    VI - interveno nas empresas de servios pblicos;

    VII - requisio de bens.

    As afirmativas a, b, d e e esto erradas, pois apresentam medidas compatveis com o estado de stio, quais sejam: (1) restrio violao da correspondncia (CF, art. 139, III); (2) obrigao de permanncia em localidade determinada (CF, art. 139, I); (3) suspenso da liberdade de reunio (CF, art. 139, IV) e (4) interveno nas empresas de servios pblicos (CF, art. 139, VI).

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    A assertiva c a que responde ao enunciado da questo, pois a Constituio probe a adoo da pena de banimento (art. 5, XLVII, d), no havendo exceo a essa proibio durante o estado stio. Assim, as medidas que podero ser tomadas durante o estado de stio esto listadas no art. 139 da Constituio, dentre as quais no se encontra a possibilidade de aplicao da pena de banimento.

    Fique atento a esse tipo de questo! Marque, na sua prova, o que a questo est pedindo. Essa questo est pedindo a afirmativa incompatvel com o estado de stio. O candidato que no estiver atento no momento da prova poder marcar a primeira afirmativa como correta, por pensar que o enunciado da questo pedia a alternativa compatvel com o estado de stio. Pode parecer ridculo, mas isso acontece muito com os candidatos na hora da prova! Portanto, para no incorrer nesse erro e perder ponto pela falta de ateno, grave esta dica: marque, rabisque, faa crculo no que de fato o enunciado da questo estiver pedindo.

    22) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 23 REGIO/2004) Em matria de direitos sociais relativos aos trabalhadores INCORRETO afirmar que

    a) muitos dos direitos reconhecidos aos trabalhadores podem ser alterados por via de conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    b) a Constituio Federal confere garantia absoluta do emprego a exemplo do seguro-desemprego e do fundo de garantia por tempo de servio.

    c) o salrio irredutvel, entretanto, nada impede que possa ser reduzido por clusula de conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    d) admite-se jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    e) a participao na gesto das empresas, admitida apenas excepcionalmente, no chegaria a ser efetiva co-gesto.

    Resposta: b

    Comentrio.

    Antes de tudo, note que a questo est pedindo para que seja assinalada a alternativa incorreta, ou seja, a errada.

    A afirmativa a est correta, pois alguns dos direitos reconhecidos aos trabalhadores podem, de fato, ser alterados por conveno ou acordo coletivo de trabalho. Podem ser citados, por exemplo, os seguintes: irredutibilidade do salrio (CF, art. 7, VI); durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais (CF, art.

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    7, XIII) e jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento (CF, art. 7, XIV).

    A afirmativa b est errada e , portanto, a resposta da questo. Ao contrrio do que est dito na afirmativa, a Constituio Federal no confere garantia absoluta de emprego. Ao tratar do seguro-desemprego, determina que ele ser devido somente em caso de desemprego involuntrio.

    A afirmativa c est certa porque, conforme est expresso no inciso VI do art. 7 da Constituio, garantida aos trabalhadores urbanos, rurais e domsticos a irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo.

    A afirmativa d est certa, pois a Constituio prev a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva (CF, art. 7, XIV).

    A afirmativa e est certa. A forma como se dar, excepcionalmente, a participao na gesto da empresa ser definida em lei (CF, art. 7, XI). No se pode afirmar, portanto, pelo texto constitucional, que ser efetiva co-gesto.

    Por hoje ficaremos por aqui. Mas, na prxima aula, alm dos exerccios sobre o assunto novo (organizao do Estado), comentarei alguns outros exerccios sobre direitos fundamentais e, ademais, apresentarei uma lista com os incisos dos arts. 5 e 7 da Constituio Federal que tm sido mais cobrados nas provas da FCC, acompanhados de breves (muito breves!) comentrios, que podero lhe ser teis para uma reviso rpida, na vspera da prova.

    Um forte abrao.

    Vicente Paulo

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    LISTA DOS EXERCCIOS COMENTADOS NESTA AULA

    1) (FCC/ TRF 5 REGIO) No caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular,

    a) mediante justa e prvia indenizao, em dinheiro.

    b) desde que a propriedade no esteja cumprindo sua funo social.

    c) assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano.

    d) mediante indenizao prvia, em ttulos da dvida pblica.

    e) no tendo o proprietrio direito a indenizao, diante da urgncia do interesse pblico.

    2) (FCC/AUDITOR TCE-MG/2005) A Constituio brasileira determina que se considera crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, na forma da lei,

    a) o trfico ilcito de entorpecentes.

    b) o crime de responsabilidade.

    c) o terrorismo.

    d) a prtica de racismo.

    e) a prtica de tortura.

    3) (FCC/AUDITOR TCE-MG/2005) Por motivo de convico poltica, ao completar dezoito anos, Ernesto recusa-se a realizar seu alistamento eleitoral, assim como a cumprir qualquer prestao alternativa que se lhe queira exigir, ainda que prevista em lei. Nessa hiptese, a atitude de Ernesto

    a) incompatvel com a Constituio, pois ningum pode eximir-se de cumprir obrigao legal a todos imposta.

    b) albergada pela Constituio, que prev possibilidade de objeo de conscincia nesses exatos termos.

    c) passvel de punio mediante de imposio de pena restritiva de liberdade, por se configurar atentado contra a soberania do Estado brasileiro.

    d) causa para a suspenso dos seus direitos polticos, em funo da recusa de cumprimento de prestao alternativa prevista em lei.

    e) parcialmente compatvel com a Constituio, pois esta permite recusa a cumprimento de prestao alternativa, mas no da obrigao principal.

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    4) (FCC/AUDITOR-FISCAL TCE-PI/2002) A Constituio brasileira assegura a todos o acesso informao, mas resguarda o sigilo da fonte

    a) exclusivamente aos parlamentares.

    b) a todos, em qualquer caso ou processo, como proteo ao princpio da intimidade.

    c) aos parlamentares e aos servidores pblicos em geral.

    d) exclusivamente nos processos de natureza penal.

    e) quando necessria ao exerccio profissional.

    5) (FCC/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO TRT 11 REGIO/2005) Segundo a Constituio, a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando

    a) a defesa da cidadania estiver ameaada.

    b) o processo envolver autoridades pblicas.

    c) a defesa da intimidade no prejudicar o interesse pblico informao.

    d) se tratar de investigao criminal.

    e) se tratar de prestao de contas do uso de recursos do fundo partidrio.

    6) (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO TCE-MA/2005) O Brasil um Estado Democrtico de Direito que tem, dentre os seus fundamentos expressos na Constituio,

    a) a liberdade de imprensa.

    b) o desenvolvimento nacional.

    c) a defesa da paz.

    d) o pluralismo poltico.

    e) a soluo pacfica dos conflitos.

    7) (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PB/2006) Considere as afirmaes em relao aos instrumentos constitucionais de garantia dos direitos fundamentais:

    I. Assegura-se a todos, independentemente de taxas, o direito de petio aos Poderes Pblicos contra ilegalidade ou abuso de poder.

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    II. Ser concedido mandado de segurana para o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de carter pblico.

    III. Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao meio ambiente.

    Est o correto o que se afirma APENAS em

    a) II e III.

    b) I e III.

    c) III.

    d) II.

    e) I.

    8) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/ TRE-CE/2002) De acordo com a Constituio Federal, os atos processuais so

    a) pblicos, podendo o juiz restringir-lhes a publicidade sempre que solicitado pelo Ministrio Pblico.

    b) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser-lhes restringida por insuficincia de funcionrios da Justia para prestar atendimento ao pblico, entre outros casos.

    c) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser restringida a terceiros, por ato do juiz da causa, para preservar a independncia do Poder Judicirio.

    d) de livre acesso s partes e seus procuradores, podendo sua consulta ser estendida a terceiros desde que mediante autorizao das partes.

    e) pblicos, podendo a lei restringir-lhes a publicidade quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    9) (FCC/JUIZ SUBSTITUTO TRF 5 REGIO/2001) No ordenamento constitucional brasileiro, o descumprimento pessoal de obrigao legal a todos imposta, por motivos de religio, configura o elemento nuclear

    a) do direito de resistncia lei injusta.

    b) do direito de objeo de conscincia.

    c) da desobedincia civil.

    d) do exerccio de um direito natural.

    e) do exerccio do direito igualdade.

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    10) (FCC/ TRF 5 REGIO) Considere as seguintes afirmaes sobre os direitos dos trabalhadores na Constituio.

    I. Probe a Constituio a realizao de qualquer trabalho a menores de 14 anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de 12 anos.

    II. A Constituio assegura aos trabalhadores domsticos direito a dcimo terceiro salrio e aviso prvio proporcional ao tempo de servio.

    III. Aos trabalhadores urbanos e rurais, garantida a irredutibilidade de salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo.

    Est correto SOMENTE o que se afirma em

    a) I.

    b) II.

    c) I e II.

    d) I e III.

    e) II e III.

    11) (FCC/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO TRT 14 REGIO/2003) A Constituio Federal assegura aos trabalhadores domsticos: a) repouso remunerado, frias e 13 salrio;

    b) frias, adicional de insalubridade e aposentadoria; c) adicional noturno, salrio mnimo e licena-maternidade;

    d) aviso prvio, licena-paternidade e seguro contra acidentes;

    e) 13 salrio, aposentadoria e adicional de insalubridade.

    12) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 8 REGIO/2004) Tendo em vista os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais assegurados constitucionalmente, considere:

    V. Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluda a indenizao a que est obrigado, quando incorrer em dolo.

    VI. Proibio de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, inclusive na condio de aprendiz, a partir dos 14 (quatorze) anos.

    VII. Jornada de seis horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    VIII. Licena-paternidade, nos termos fixados em lei, e igualdade de direitos entre o trabalho com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso.

    correto o que se contm APENAS em

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    a) I e III.

    b) I e IV.

    c) II e III.

    d) II e IV.

    e) III e IV.

    13) (FCC/ANALISTA BACEN/2005) Paulo trabalhador urbano, Pedro trabalhador rural e Mrio empregado domstico. De acordo com a Constituio Federal brasileira, os trs tm direito

    a) remunerao do trabalho noturno superior do trabalho diurno.

    b) proteo em face da automao.

    c) ao piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho.

    d) licena paternidade, nos termos fixados em lei.

    e) ao reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho.

    14) (FCC/ANALISTA REA JUDICIRIA/ TRT 5 REGIO/2003) Dentre os direitos sociais do trabalhador assegurados na Constituio Federal encontra-se o direito

    a) reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana.

    b) remunerao do servio extraordinrio, no mnimo, 30% superior remunerao normal.

    c) irredutibilidade do salrio, que no poder ser objeto sequer de conveno coletiva.

    d) ao seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntrio ou involuntrio.

    e) ao salrio-famlia pago em razo do dependente de qualquer trabalhador urbano ou rural, nos termos da lei.

    15) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 4 REGIO/2006) Em relao aos Direitos Sociais previstos na Constituio Federal, correto afirmar que

    a) vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical.

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    b) so assegurados categoria dos trabalhadores domsticos, dentre outros, assistncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento at seis anos de idade, em creches e pr-escolas.

    c) nas empresas com mais de cem empregados, assegurada a eleio de trs representantes destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

    d) assegurada jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    e) assegurada a remunerao do trabalho diurno, superior do noturno.

    16) (FCC/AUDITOR-FISCAL TCE-PI/2002) Os direitos sociais (ou de 2 gerao), assegurados pela Constituio brasileira, podem ser corretamente qualificados de direitos fundamentais

    a) negativos, do cidado perante o Estado.

    b) de natureza positiva, porquanto exigem prestaes positivas do Estado.

    c) de participao, porquanto permitem a participao do cidado no exerccio do poder estatal.

    d) positivos, de natureza exclusivamente econmica.

    e) negativos, de natureza econmica, social e cultural.

    17) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 22 REGIO/2004) Em matria de direitos sociais, certo que so considerados como dimenso protetora do trabalhador os dispositivos constitucionais que garantem, especialmente, a isonomia e a no discriminao, e dentre eles,

    a) o seguro contra acidentes, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que est obrigado, desde que incorra em dolo.

    b) a assistncia gratuita aos filhos dos trabalhadores, desde o nascimento at sete anos de idade, em creches e pr-escolas.

    c) a durao do trabalho no superior a oito horas dirias e quarenta horas semanais, facultada a compensao de horrio.

    d) a proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre profissionais respectivos.

    e) a participao do trabalhador nos lucros vinculada remunerao, e sempre garantida a sua participao na gesto da empresa.

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    18) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/ TRE-CE/2002) Joo, eletricista, teve sua foto utilizada em publicidade de uma grande empresa de jornalismo, que a publicou por vrias vezes em revista de grande circulao nacional, sem o seu consentimento. A fotografia retratava uma situao em que Joo claramente envolvia-se numa briga em um comcio poltico, o que acabou provocando sua demisso e gerando um forte constrangimento em suas relaes pessoais.

    Considerando essa situao, correto dizer que Joo

    a) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, bem como pelos danos morais decorrentes do constrangimento a que foi submetido.

    b) no poder pleitear qualquer indenizao pelo uso de sua imagem, haja vista a liberdade de imprensa assegurada na Constituio Federal.

    c) no poder pleitear qualquer indenizao pelo uso de sua imagem, haja vista que a fotografia retratava uma situao ftica real.

    d) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, mas no pelos danos morais, visto que estes no so protegidos pela Constituio Federal.

    e) poder pleitear indenizao pelos danos materiais sofridos em razo da perda de seu emprego, mas no pelos danos morais, visto que estes no so mensurveis.

    19) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 23 REGIO/2004) Tendo em vista a garantia constitucional da presuno de inocncia, observa-se que esse princpio

    a) de natureza ampla, motivo pelo qual tem aplicao, em sua inteireza nas esferas penal, civil e administrativa.

    b) afasta a legitimidade das prises cautelares ou provisrias, a exemplo da priso preventiva, por pronncia e por sentena condenatria, sem trnsito em julgado.

    c) revogou a regra segundo a qual o ru no poder apelar sem recolher-se priso, ou prestar fiana se no for primrio e de bons antecedentes.

    d) tem em conta que ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.

    e) no impede que o nome do ru seja lanado no rol dos culpados, antes do trnsito em julgado da sentena condenatria.

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    20) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO TRF 4 REGIO/2004) O fato de permanecer calado, quando qualquer pessoa, na condio de indiciado, ru ou co-ru, deva ser interrogado perante os rgos competentes, constitui

    a) privilgio contra a auto-incriminao, traduzindo um direito pblico subjetivo da pessoa.

    b) o princpio do juiz natural, implicando em direito pblico do inquiridor e inquirido.

    c) garantia integridade fsica e moral dessas pessoas resultante de um direito privado das partes.

    d) o princpio da presuno da inocncia, visto que a pessoa no pode ser considerada culpada antes de sua condenao.

    e) prerrogativa da personalizao da pena, implicando em direito objetivo do inquirido.

    21) (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-RN/2002) medida incompatvel com o estado de stio

    a) restrio violao da correspondncia.

    b) obrigao de permanncia em localidade determinada.

    c) aplicao da pena de banimento.

    d) suspenso da liberdade de reunio.

    e) interveno nas empresas de servios pblicos.

    22) (FCC/ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/TRT 23 REGIO/2004) Em matria de direitos sociais relativos aos trabalhadores INCORRETO afirmar que

    a) muitos dos direitos reconhecidos aos trabalhadores podem ser alterados por via de conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    b) a Constituio Federal confere garantia absoluta do emprego a exemplo do seguro-desemprego e do fundo de garantia por tempo de servio.

    c) o salrio irredutvel, entretanto, nada impede que possa ser reduzido por clusula de conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    d) admite-se jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    e) a participao na gesto das empresas, admitida apenas excepcionalmente, no chegaria a ser efetiva co-gesto.

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