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Colégio Paulo VI 2009/2010 Curso de ciências socioeconómicas Direito Direitos dos Consumidores Data de entrega: 24/11/09 Trabalho realizado por: João Tiago Machado Ricardo Moreira Ricardo Ribeiro 12E

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Colégio Paulo VI2009/2010Curso de ciências socioeconómicas Direito

Direitos dos Consumidores

Data de entrega: 24/11/09Trabalho realizado por: João Tiago Machado

Ricardo Moreira Ricardo Ribeiro

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Índice

DIREITOS DO CONSUMIDOR ............................................................................................... 4

CONSUMIDOR – CONCEITO ................................................................................................ 4

ORIGEM ..................................................................................................................................... 4

HISTÓRIA EM PORTUGAL ................................................................................................... 5

ENQUADRAMENTO JURÍDICO ACTUAL .......................................................................... 6

INSTRUMENTOS DE DEFESA DOS CONSUMIDORES .................................................... 8

GARANTIAS ....................................................................................................................................... 8 LIVRO DE RECLAMAÇÕES ................................................................................................................... 8 CIAC - CENTRO DE INFORMAÇÃO AUTÁRQUICO AO CONSUMIDOR ....................................................... 9 CENTROS DE ARBITRAGEM ................................................................................................................. 9 JULGADOS DE PAZ ............................................................................................................................. 9

SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS .................................................................................. 10

ASSOCIAÇÕES DE DEFESA DOS CONSUMIDORES EM PORTUGAL ....................... 11

ORGANISMOS PÚBLICOS DE DEFESA DOS CONSUMIDORES .................................. 12

DEFESA DO CONSUMIDOR NA UNIÃO EUROPEIA ...................................................... 13

GABINETE EUROPEU DAS UNIÕES DE CONSUMIDORES (BEUC) ........................................................... 13

DEFESA DO CONSUMIDOR NO MUNDO ......................................................................... 14

CONSUMERS INTERNATIONAL (CI) .................................................................................................... 14 DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR: 15 MARÇO ....................................................................................... 15

NOTÍCIAS RECENTES ......................................................................................................... 16

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 18

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 19

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Introdução

Com este trabalho, pretendemos dar a conhecer de forma mais pormenorizada os direitos dos consumidores. Neste sentido abordamos diferentes “temas”, entre eles, a origem histórica, os direitos propriamente ditos e o seu enquadramento jurídico e as diferentes organizações de defesa dos consumidores.

Os direitos dos consumidores, que se afirmaram nos Estados Unidos da América no início da década de 60 do século XX, são o resultado da constatação de que, ainda que os consumidores fossem dos principais agentes económicos da economia de mercado, até então, não lhes tinham sido reconhecidos quaisquer direitos.

Deste modo iniciamos o nosso trabalho por uma abordagem histórica do assunto, referenciando as origens e a evolução dos direitos dos consumidores ao longo do tempo.

Depois da abordagem a estes temas fazemos uma breve referência às instituições que defendem os interesses dos consumidores.

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Direitos do consumidor

Consumidor – Conceito

Uma pessoa é um consumidor e está protegida pela legislação de defesa do consumidor sempre que compra um produto ou lhe é prestado um serviço para o seu uso privado. A relação de consumo pressupõe sempre a existência de um profissional, ou seja, uma pessoa ou empresa que lhe vende ou presta um serviço e que obtém lucros com essa actividade.

Uma pessoa não é um consumidor e não está protegido pela Legislação de defesa do consumidor quando, por exemplo, contrata um “biscateiro” para reparar um cano em sua casa, quando compra um carro a um amigo, quando adquire um computador para a sua empresa e não para uso pessoal.

Artigo 2.° Lei nº 24/96 de 31. 07 (Lei da Defesa do Consumidor)

Definição e âmbito

1 - Considera-se consumidor todo aquele a quem sejam fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional, por pessoa que exerça com carácter profissional uma actividade económica que vise a obtenção de benefícios.

2 - Consideram-se incluídos no âmbito da presente lei os bens, serviços e direitos fornecidos, prestados e transmitidos pelos organismos da Administração Pública, por pessoas colectivas públicas, por empresas de capitais públicos ou detidos maioritariamente pelo Estado, pelas Regiões Autónomas ou pelas autarquias locais e por empresas concessionárias de serviços públicos.

Origem

A Revolução Industrial ocorrida na segunda metade do século XVIII, caracterizou-se pela mecanização dos sistemas de produção em detrimento do artesanato, ou seja, as máquinas substituíram as ferramentas.

Desde então, os métodos de produção tornaram-se não apenas mais eficientes, como mais rápidos, o que levou a uma descida dos preços e estimulou o consumo.

O relativo equilíbrio até então existente nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor é rompido em face do surgimento da denominada sociedade de consumo. Dessa relação advém o fortalecimento do fornecedor, ou seja, ele torna-se a parte mais forte dessa relação de consumo, e por assim dizer, passa a ditar as regras.

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Para que seja restaurado o equilíbrio nessas relações que se avultam e, já na actualidade, em razão da globalização, os Estados passaram a intervir em favor da parte mais fraca, ou seja, em prol do consumidor, pois o mercado não constituiu mecanismos suficientes para mitigar essa sua vulnerabilidade, surgindo assim os direitos do consumidor.

História em Portugal

A primeira aproximação, ainda que indirecta, à protecção dos direitos dos consumidores surge na ordem jurídica liberal com a definição como crimes de ofensas à saúde pública e de certas práticas comerciais desonestas, nos Códigos Penais de 1852 e 1886.

Mais tarde, o Decreto-Lei nº 41204, de 27 de Julho de 1954, condensou a legislação até então dispersa sobre delitos antieconómicos e contra a saúde pública.

O Código Civil de 1966, embora sem alterações significativas, introduziu um regime de vendas a prestações que revelava alguma preocupação com a posição do comprador e o modelo de responsabilidade objectiva para os danos causados por instalações de energia eléctrica ou gás.

É a Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976 (na imagem) que, pela primeira vez, atende de forma expressa à protecção dos direitos dos consumidores.

Publicada numa altura em que, pelo menos na Europa e nos Estados Unidos da América, já se fazia sentir a preocupação com a situação social dos consumidores enquanto tais e se vislumbrava a tendência de autonomizar o ramo do Direito dos Consumidores, a Constituição estabeleceu a incumbência prioritária do Estado de "proteger o consumidor, designadamente através do apoio à criação de cooperativas e de associações de consumidores" (artigo 81º, alínea m)).

Aquando da sua primeira revisão, em 1982, o título VI passou a designar-se "Comércio e Protecção do Consumidor", e no artigo 81º, alínea j), relativamente às incumbências prioritárias do Estado no âmbito económico e social, prescreveu-se a de proteger o consumidor.

No artigo 110º, nº 1, definiram-se vários direitos dos consumidores, em termos de se poderem considerar direitos fundamentais de carácter económico.

Na segunda revisão da CRP de 1976, resultante da Lei Constitucional nº 1/89, de 8 de Julho, a disciplina do direito dos consumidores também foi objecto de alteração, em termos de alargamento do seu conteúdo.

Nos termos do artigo 81º, alínea j), da actual versão da CRP, constitui incumbência prioritária do Estado, a protecção do consumidor, concretizada em direitos no artigo 60º.

No nº 1 elencam-se os direitos dos consumidores em termos de defesa da sua qualidade de vida, em relação ao que a boa qualidade dos bens e serviços, o seu preço competitivo e equilibrado, a protecção da saúde, a segurança, a eliminação do prejuízo e a própria formação e informação são meramente instrumentais.

Trata-se de direitos dos cidadãos enquanto consumidores, que obrigam a prestações do Estado e se impõem aos próprios operadores económicos fornecedores de bens, desde a produção até à distribuição final.

Por um lado, o Estado deve conformar a actividade económica no sector da produção e da distribuição dos bens e serviços em termos de garantia de qualidade e de não afectação da saúde dos consumidores.

Por outro lado, os referidos agentes económicos são sujeitos da obrigação de operarem a produção e a distribuição de bens e serviços nas referidas condições de

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qualidade, sanidade e de preço, e de indemnizar os consumidores relativamente aos danos patrimoniais e não patrimoniais que lhes causem.

A obrigação de formação e de informação dos consumidores também recai sobre o Estado, designadamente criando as condições para o efeito, e sobre os aludidos operadores económicos.

O nº 3 enuncia o direito das associações de consumidores e das cooperativas de consumo ao apoio do Estado e a serem ouvidas sobre as questões que digam respeito à defesa dos consumidores, nos termos definidos pela lei ordinária.

A legislação ordinária, lentamente, foi concretizando a vontade do legislador constitucional. Assim, e de forma parcelar, foi regulamentado o regime de vendas pelo correio, o regime de contratos promessa de venda de prédios urbanos e a publicidade.

Em 22 de Agosto de 1981, é publicada a Lei de Defesa do Consumidor (Lei nº 29/81) que constituiu a primeira experiência legislativa de tal amplitude na Europa.

As normas da Lei de Defesa do Consumidor conheceram importantes desenvolvimentos, com a definição de regimes específicos, designadamente: a protecção dos consumidores face aos contratos pré-elaborados, a regulamentação das vendas ao domicílio e por correspondência, a definição da responsabilidade decorrente de produtos defeituosos, as vendas com redução de preços, o Código da Publicidade e o regime da segurança dos produtos.

Em 1996, entrou em vigor o novo regime jurídico aplicável à defesa dos consumidores - Lei nº 24/96, de 31 de Julho, que, entre outros aspectos relevantes, configurou a relação de consumo também como a relação entre o consumidor e a administração pública.

A protecção do utente dos serviços públicos essenciais, regulamentada pela Lei nº 23/96, de 26 de Julho, constitui um marco fundamental numa sociedade onde estes serviços são fornecidos quase sempre em regime de monopólio e em que a tradição legislativa se consolidara há muito no sentido da consagração do poder do concessionário.

Por fim, veio a verificar-se, através da Lei nº 83/95, de 31 de Agosto, a tantas vezes adiada regulamentação do direito de acção popular, destinada, também, a prevenir, fazer cessar ou perseguir judicialmente as violações aos direitos dos consumidores.

Enquadramento jurídico actual

Actualmente, em Portugal, a defesa dos consumidores, a nível jurídico, é assegurada pela Lei de Defesa dos Consumidores.

Em termos concretos, nela são consagrados os seguintes direitos, segundo o Artigo 3.°:

- O direito à qualidade dos bens e serviços (Art. 4.º): Os bens e serviços destinados ao consumo devem ser aptos a satisfazer os fins a que se destinam e a produzir os efeitos que se lhes atribuem.

- O direito à protecção da saúde e da segurança física (Art. 5.º): É proibido o fornecimento de bens ou a prestação de serviços que, em condições de uso normal ou previsível, impliquem riscos incompatíveis com a sua utilização.

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Qualquer produto, proposto ao consumidor não deve comportar qualquer perigo para a saúde ou segurança física dos consumidores.

- O direito à formação e à educação para o consumo (Art. 6.º): De acordo com este direito do consumidor, compete ao Estado a promoção de uma política educativa para os consumidores, inserindo esta temática nos programas e nas actividades escolares.

Incumbe igualmente ao Estado, às Regiões Autónomas e às Autarquias Locais desenvolver acções e adoptar medidas tendentes à formação e à educação dos consumidores.

- O direito à informação para o consumo: O direito à informação em geral (Art. 7.º) compete ao Estado, às Regiões Autónomas e às Autarquias Locais, através da adopção de diversas medidas, tais como o apoio às acções de informação e a criação de serviços municipais de informação ao consumidor.

O direito à informação em particular (Art. 8.º), impende sobre os fornecedores de bens e prestadores de serviços, os quais devem informar de forma clara, objectiva e adequada o consumidor, nomeadamente sobre: - Características, composição e preço do bem ou serviço; - Período de vigência do contrato; - Garantias; - Prazos de entrega; - Assistência após o negócio jurídico.A obrigação de informar também compete aos produtores, fabricantes, importadores, distribuidores e armazenistas.

- O direito à protecção dos interesses económicos (Art. 9.º): O consumidor tem direito à protecção dos seus interesses económicos, sendo fulcral nas relações jurídicas de consumo a igualdade de tratamento dos consumidores, a lealdade e a boa fé, tanto nas fases preliminares, como na formação e vigência dos contratos.

- O direito à prevenção e à reparação dos danos patrimoniais e não patrimoniais que resultem da ofensa de interesses ou direitos individuais homogéneos, colectivos ou difusos (Art. 12.º): O consumidor a quem seja fornecido um bem com defeito, pode exigir a sua reparação, a sua substituição, a redução de preço ou a resolução do contrato.

Para tal, deverá denunciar o defeito no prazo de 30 dias, caso se trate de bem móvel e de um ano, se tratar de um bem imóvel, após o seu conhecimento, mas sempre dentro dos prazos de garantia.

O consumidor tem ainda o direito à indemnização dos danos patrimoniais e não patrimoniais, resultantes do fornecimento de bens ou prestações de serviços defeituosos.

- O direito à protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta (Art. 14.º): Compete aos órgãos da Administração Pública promover o apoio e a criação de Centros de Arbitragem, tendo em vista dirimir os conflitos de consumo.

- O direito à participação, por via representativa, na definição legal ou administrativa dos direitos ou interesses dos consumidores (Art. 15.º): O direito à participação consiste na audição e consultas prévias das associações de consumidores, no tocante às medidas que afectam os direitos ou interesses legalmente protegidos dos consumidores.

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Instrumentos de defesa dos consumidores

Até aos dias de hoje, com vista a dar mais poder ao consumidor face ao vendedor ou ao produtor, e a resolver os conflitos eventualmente existentes nas relações de consumo, foram criados vários instrumentos de defesa dos consumidores, como os seguintes:

Garantias

Um dos direitos mais fundamentais dos consumidores diz respeito à qualidade dos bens e serviços. Sempre que um consumidor compra um produto ou recorre a um serviço está a estabelecer um contrato de compra e venda, ainda que não escrito, e dele não devem constar quaisquer defeitos ou desconformidades. Por isso mesmo, a lei estabelece a existência de garantias para os consumidores.

Para bens móveis, os prazos de garantia são de dois anos, ainda que para produtos usados essa garantia possa ser reduzida para apenas um, caso haja acordo entre o vendedor e o comprador. Caso surjam, nesse período, problemas ou avarias, o consumidor tem várias opções, executáveis nos dois meses seguintes à detecção dos mesmos:

• Reparação;• Substituição;• Redução do preço;• Devolução do dinheiro pelo vendedor.

Livro de Reclamações

Todos os fornecedores de bens ou prestadores de serviços que exerçam uma actividade económica de modo habitual e profissional em estabelecimento com carácter fixo ou permanente que tenham contacto com o público são obrigados a possuir o Livro de Reclamações. Ele está ao dispor do consumidor, que o pode usar sempre que entender que os seus direitos estão a ser postos em causa.

Os estabelecimentos são obrigados a afixar em local visível o letreiro indicativo de que possuem Livro de Reclamações. Nesse cartaz, o consumidor pode ver a entidade para onde a sua reclamação será enviada. Se, por exemplo, ela estiver relacionada com o mau serviço prestado por uma lavandaria ela seguirá para a ASAE. Mas se a queixa tiver que ver com um serviço de telecomunicações esta seguirá para a ANACOM.

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CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor

Os CIAC são serviços das autarquias locais que informam os consumidores sobre os seus direitos e tentam resolver os conflitos através da mediação, procurando que as partes cheguem a um acordo. Mesmo que a mediação não resulte, o CIAC saberá orientar o consumidor para outros meios alternativos de resolução de conflitos, como os Centros de Arbitragem ou os Julgados de Paz.

Centros de Arbitragem

Os Centros de Arbitragem têm competência para mediar e arbitrar conflitos de consumo e são tendencialmente gratuitos. Podem tentar resolver reclamações contra profissionais que estejam estabelecidos em zonas geográficas definidas se o valor da reclamação estiver dentro dos limites de autorização do centro. É, no entanto, necessário que as partes envolvidas aceitem o recurso a este sistema.

Em primeiro lugar, os Centros de Arbitragem apoiam os consumidores fornecendo-lhes informações sobre como resolver os seus conflitos de consumo. Numa segunda fase efectuam a mediação do conflito tentando chegar a um entendimento entre o consumidor e o profissional. Procura-se que as partes cheguem a um acordo utilizando um mediador que conduz a negociação. Se também não for possível um acordo, a reclamação pode ser submetida a Julgamento Arbitral, desde que os envolvidos aceitem submeter o conflito à decisão do Tribunal Arbitral. A decisão do árbitro tem a mesma força que a decisão de um juiz do Tribunal Judicial de 1ª instância e é passível de recurso. O incumprimento, por uma das partes, do acordo obtido permite à outra parte recorrer a uma acção executiva num Tribunal Judicial comum.

Julgados de Paz

Quando a entidade reclamada não aceita a mediação e a arbitragem, o consumidor pode recorrer aos Julgados de Paz. Os Julgados de Paz são uma nova forma de administração da justiça que pretende a resolução dos litígios por acordo entre as partes, com uma celeridade pouco frequente nos tribunais (o tempo máximo de resolução de um conflito é de dois meses e meio). São estruturas que podem tratar e resolver muitos conflitos na área do consumo com procedimentos orientados por princípios de simplificação processual, oralidade e informalidade. Cada Julgado de Paz abrange uma área geográfica determinada. Ainda que a tabela seja reduzida, implica custos (70€ para a parte que perde o processo). A competência dos Julgados de Paz está limitada ao valor de 5.000,00 €.

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Serviços públicos essenciais

Os serviços públicos essenciais são os seguintes: água, luz, gás, comunicações electrónicas (telefone fixo, telemóvel, Internet e televisão), serviços postais, recolha e tratamento de águas residuais e gestão de resíduos sólidos. Trata-se de serviços sem os quais a qualidade de vida das populações pode ficar comprometida, e daí que tenham que ser regulados, de forma a dar ao consumidor as garantias necessárias.

Relativamente a estes serviços, os direitos dos consumidores são os seguintes:- Os prestadores de serviços públicos essenciais não podem cobrar serviços

mínimos, nem qualquer importância referente a aluguer, amortização ou inspecção periódica de contadores ou outros instrumentos de medição.

- Apenas podem ser cobradas taxas e tarifas referentes à construção, conservação e manutenção dos sistemas públicos de água, saneamento e resíduos sólidos.

- O fornecimento destes serviços pode ser suspenso em caso de atraso no pagamento por parte do consumidor, mas há regras a cumprir. A suspensão só pode ocorrer depois do consumidor ter sido advertido, por escrito, coma antecedência mínima de 10 dias. Esta carta terá de justificar o motivo da suspensão, bem como informar quais os meios que o consumidor tem ao seu dispor para evitar a suspensão ou retomar o serviço.

- A prestação de um serviço não pode ser suspensa devido à falta de pagamento de outro serviço, ainda que incluído na mesma factura. O consumidor tem direito a uma factura mensal onde os valores apresentados estejam devidamente especificados. Os diferentes serviços prestados devem estar discriminados com as respectivas tarifas.

- Nas comunicações electrónicas, caso o consumidor o solicite, a factura deve traduzir com o maior pormenor possível os serviços prestados.

- As empresas não podem exigir o pagamento de um serviço que tenha sido prestado há mais de seis meses. Se, por qualquer motivo, incluindo erro do próprio prestador de serviço, tiver sido paga uma importância inferior ao consumo efectuado, a empresa só pode reclamar a diferença nos seis meses seguintes. Em caso de dúvida na correspondência entre o serviço prestado e a quantia paga é a empresa que tem de provar que cumpriu as suas obrigações.

- Quando for cobrado ao consumidor um valor superior ao consumo de facto efectuado, o valor em excesso é abatido na factura, mas se este pretender receber o seu dinheiro também o pode solicitar.

Em caso de conflito, o consumidor pode exigir o Livro de Reclamações e utilizá-lo para fazer a sua queixa, sendo aconselhável pedir o duplicado da reclamação. A prestadora de serviços terá então de remeter a queixa para as entidades reguladoras e fiscalizadoras dos serviços públicos essenciais. É também possível apresentar queixa directamente nestes organismos:

ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – Responsável pela regulação dos sectores do gás e da electricidade.

ICP-ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações – Regula as comunicações postais e electrónicas.

IRAR – Instituto Regulador de Águas e Resíduos – entidade reguladora da actividade de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos sólidos urbanos.

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Sem prejuízo dos tribunais comuns, poder-se-á ainda recorrer aos mecanismos de protecção e informação ao consumidor, ou seja, os Centros de Informação Autárquicos ao Consumidor, os Centros de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo e os Julgados de Paz, tal como no caso de os serviços ou bens serem fornecidos por privados.

Associações de Defesa dos Consumidores em Portugal

As associações de consumidores são associações dotadas de personalidade jurídica, sem fins lucrativos e com o objectivo principal de proteger os direitos e os interesses dos consumidores em geral ou dos consumidores seus associados. (Art. 17.º nº1 Lei de Defesa dos Consumidores).

Para salvaguardar os seus direitos, é fulcral que os consumidores se associem, pois, regra geral, a força de um consumidor é muito menor do que a de uma empresa fornecedora de um determinado produto, já que as empresas, por norma, têm nos seus quadros pessoas especializadas nestas questões, como advogados e gestores, ao passo que os cidadãos, individualmente, não têm tempo nem dinheiro para agir em sua defesa.

É por isso que os consumidores sentem necessidade de criar associações que os defendam e que lutem por legislações mais justas. Assim, em Portugal destacam-se algumas associações independentes como:

DECO - Desde a primeira hora que a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores – se assumiu como um grupo de pressão junto dos poderes públicos e dos agentes económicos. Em consequência deste diálogo permanente, tem-se vindo a impor progressivamente

como representante dos consumidores, situação que lhe valeu o reconhecimento enquanto associação de representação genérica e o estatuto de parceiro social. Atendendo à sua mais-valia técnica, tem assento em mais de quarenta organismos de consulta ou concertação, nomeadamente, no Conselho Económico e Social, no Conselho Nacional de Consumo e em conselhos consultivos de vários sectores (electricidade, água, imobiliário, telecomunicações, entre outros).

APDC - A APDC - Associação Portuguesa de Direito do Consumo, estrutura de índole científica que se dedica à promoção dos interesses e à protecção dos direitos dos consumidores em Portugal, é independente de quaisquer poderes e subsiste à margem de instituições internacionais ou nacionais, persigam ou não fins altruísticos. O seu presidente, Mário Frota, abandonou a DECO há

poucos anos para a fundar.

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Organismos Públicos de Defesa dos Consumidores

Não obstante o importante papel que as associações independentes de defesa dos consumidores, cabe também ao Estado criar organismos que zelem pelos direitos dos mesmos e pelo cumprimento da legislação relativa a esta matéria. Em Portugal, os principais organismos públicos com essa função são:

- ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - Apesar de a sua actividade ter como objectivo último a defesa dos consumidores, a ASAE não é uma associação de consumidores. A ASAE é a autoridade administrativa nacional, dependente do Ministério da Economia e Inovação, especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica. É responsável

pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das actividades económicas nos sectores alimentar e não alimentar, mediante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas.

A ASAE rege-se pelos princípios da independência científica, da precaução, da credibilidade e transparência e da confidencialidade.

Valores:• Liderança - liderar os processos de inspecção, fiscalização e investigação da

segurança alimentar e das actividades económicas.• Credibilidade - procurar a excelência, trabalhando com entidades de referência

a nível nacional e internacional no campo da inspecção, fiscalização, investigação e inovação.

• Compromisso - considerar o consumidor e o operador económico no centro de toda a estratégia.

• Independência - reger-se pelos princípios da independência científica, da precaução, da credibilidade, transparência e confidencialidade.

• Imparcialidade - pautar a acção pelo rigor e imparcialidade no quadro das suas competências e no respeito pela lei, recusando qualquer pressão externa à instituição.

Direcção-Geral do Consumidor – A Direcção-Geral do Consumidor é um instituto público, regido pelo Ministério da Economia e Inovação, ao qual estão cometidas funções na área da formação e informação dos consumidores e de apoio às associações de consumidores, no domínio da segurança de produtos e serviços de consumo no sector da publicidade, neste caso fiscalizando e instruindo processos de contra-ordenação.

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Defesa do Consumidor na União Europeia

A promoção dos direitos, da prosperidade e do bem-estar dos consumidores é um dos valores fundamentais da UE, o que aliás se reflecte na sua legislação. Desde a sua criação, a UE sempre teve o ideal de justiça e paz social como meta, e daí o facto de a defesa dos direitos dos consumidores ser alvo de legislação europeia. A pertença à União Europeia assegura uma protecção adicional aos consumidores, através de:

• Direito a comprar o que se quiser, onde se quiser. • Direito a devolver um produto se este não

funcionar.• Direito à informação nutricional e relativa aos

ingredientes em produtos alimentares. • Direito a contratos justos para os consumidores. • Direito a mudar de ideias (trocas).• Direito a vias de reparação eficazes em caso de litígios transfronteiriços.• Acesso fácil à comparação de preços.• Protecção face à publicidade enganosa.• Protecção durante as férias.• Elevadas normas de segurança para bens alimentares e outros bens de

consumo.

Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (BEUC)

O BEUC foi criado no dia 6 de Março de 1962 pelas organizações de consumidores da Bélgica, Luxemburgo, França, Holanda, Itália e Alemanha. Depois de trabalharem juntas por alguns anos, essas organizações decidiram criar uma associação europeia, com sede em Bruxelas.

O BEUC foi um pioneiro, uma das primeiras organizações do género a estabelecer base na capital europeia, numa tentativa de influenciar o processo decisório na Europa. Muitas outras se seguiram, e o número de grupos de pressão, dos mais variados géneros aumentou exponencialmente para o número actual de mais de 15.000. A intensa pressão exercida sobre os decisores políticos a partir desta multidão de lobbies que trabalham em nome dos interesses comerciais, representações regionais, sindicatos e muitos outros, destaca a necessidade de o BEUC ter uma presença forte em Bruxelas. Para isso, o financiamento dos seus membros e o auxílio da União Europeia são muito importantes.

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Isso permite ao BEUC continuar o esforço de promoção dos direitos dos consumidores que tem vindo a prosseguir há mais de 45 anos. Os direitos por que o BEUC luta são os direitos a:

• Segurança• Informação• Escolha• Representação• Reparação• Educação• Satisfação das necessidades básicas• Um ambiente limpo

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) é o único membro português do BEUC.

Defesa do Consumidor no Mundo

Consumers International (CI)

A Consumers International (CI) é a federação mundial de grupos de consumidores que, trabalhando em conjunto com os seus membros, serve como a única voz global independente e credível para os consumidores.

Com mais de 220 organizações membros em 115 países, a CI está a construir um poderoso movimento internacional para ajudar a proteger e fortalecer os consumidores em todo o mundo.

Fundada em 1960, a organização é agora mais necessária do que nunca. Este movimento moderno é essencial para garantir um futuro justo, seguro e sustentável para os consumidores num mercado global cada vez mais dominado por corporações internacionais.

Os membros da Consumers International incluem uma ampla gama de organizações de consumidores independentes.

Num extremo da escala está a União de Consumidores dos Estados Unidos, que foi fundada há quase 70 anos e tem mais de 300 funcionários e 4,5 milhões de consumidores individuais como membros. No outro extremo estão semi-associações voluntárias que se dedicam à informação e ao aconselhamento, mas também à educação e ao desenvolvimento comunitário para melhorar o acesso a alimentos, água e outros serviços básicos, nalguns dos países mais pobres do mundo.

Cerca de dois terços das organizações que são membros da CI estão na América Latina, África, Ásia e Europa Central, Europa Oriental e nos países da antiga União Soviética, outro terço na Europa Ocidental e América do Norte.

Os únicos membros portugueses da Consumers International são a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) e a Direcção-Geral do Consumidor.

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Dia mundial do consumidor: 15 Março

Há 47 anos, no dia 15 de Março de 1962, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, enunciou quatro direitos fundamentais do consumidor, numa declaração ao Congresso norte-americano.

A declaração de John Kennedy terá levado ao reconhecimento internacional de que todos os cidadãos, independentemente da sua situação económica ou condição social, têm direitos enquanto consumidores.

Ao longo dos anos, desenvolveu-se a protecção jurídica do consumidor, com a multiplicação de iniciativas de regulamentação nos mais diversos países.

Em Portugal, os direitos dos consumidores têm hoje a dignidade de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados, estando a ser elaborado um projecto de Código do Consumidor.Em alusão ao discurso de Kennedy, actualmente o dia 15 de Março é comemorado como o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.

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Comerciantes criticam nova taxa sobre pagamentos com cartão

Não está a ser pacífica a aplicação de taxas, de cada vez que se usar para pagamento cartões de crédito ou débito, como o vulgar cartão Multibanco.Desde o dia 1 de Novembro que os comerciantes têm legitimidade jurídica para aplicar taxas sobre os produtos que vendem.Os comerciantes, na prática, podem passar para os clientes o custo que têm com a banca pela disponibilização de pagamento com os referidos cartões, lei que está a gerar reacções negativas.

Desde 1 de Novembro que os comerciantes podem juntar ao preço dos produtos que vendem uma taxa, sempre que o consumidor opte por pagar a compra com cartão de crédito ou débito.A possibilidade resulta da transposição para a legislação nacional da directiva da União Europeia que permite aos comerciantes cobrar uma taxa adicional sobre os pagamentos electrónicos.A lei portuguesa deixa ao critério do comerciante a aplicação da taxa e define que, os comerciantes que optem por cobrar taxas têm que o anunciar, explicitamente ao cliente, sob pena de pagarem multas que variam entre os 4 mil euros e os 2 milhões de euros.A DECO, por exemplo, argumenta não fazer sentido esse pagamento adicional, porque a banca cobra anuidades a quem possui cartões e que os comerciantes devem suportar o custo do serviço, recorrendo às suas margens de lucro.O presidente da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, por exemplo, não condena a cobrança de taxas sobre a forma de pagamento, adiantando que, "não sendo uma obrigação, os comerciantes vão gerir o assunto, em função da sua política empresarial e de preços".Mário Fortuna é da opinião que os consumidores açorianos podem não aceitar bem essa medida, mas que, com uma boa explicação da sua existência, os clientes acabarão por perceber o seu alcance.Antena 1/Açores04/11/09 13:40

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Dois sites portugueses de produtos electrónicos investigados

A Comissão Europeia identificou dois sites de vendas pela Internet de equipamento electrónico em Portugal que terão defraudado consumidores. Ao todo, Bruxelas detectou 203 sítios online de comércio de equipamento electrónico na União Europeia que teriam enganado consumidores.

A Comissão garantiu que todas as empresas identificadas vão ser, agora, alvo de uma investigação aprofundada.Numa investigação alargada - que envolveu 26 estados-membros (Eslováquia não participou), a Noruega e a Islândia -foram analisados 369 sítios online, dez deles em Portugal, e foram assinalados 203 casos que não cumpriam os direitos do consumidor, sendo dois portugueses.

Em mais de metade (55%) dos sites investigados foram identificadas irregularidades, nomeadamente informação enganosa sobre direitos do consumidor ou falta de informação sobre o custo final da encomenda.

A acção da CE abrangeu 369 sites que vendem seis dos mais populares bens de consumo electrónicos: máquinas fotográficas digitais, telemóveis, leitores de música portáteis, leitores de DVD, equipamento informático e consolas de jogos.Segundo Bruxelas, as vendas a retalho de equipamento electrónico, na Europa, atingiram, em 2007, 6,8 mil milhões de euros, e um em cada quatro consumidores que comprou online adquiriu um produto electrónico.

As autoridades nacionais - no caso a Direcção-Geral do Consumidor - vão intervir junto dos dois casos assinalados, cujos nomes não foram divulgados.

Jornal de Notícias 10/09/09

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Conclusão

O objectivo deste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Direito, leccionada pelo docente Armindo Lopes, era expor de forma mais aprofundada os direitos dos consumidores. Foi necessário então fazer uma investigação pormenorizada das leis e artigos que protegem os direitos dos consumidores, além de consultar várias associações de consumidores.

Pode-se concluir que para poder elaborar este trabalho foi necessário recorrer a revistas especializadas no assunto, tais como a DECOPROTESTE, à Constituição da Republica Portuguesa, à Lei da Defesa do Consumidor e a inúmeros sites de pesquisa com o objectivo de tornar este trabalho o mais completo possível.

Este trabalho requereu muita perícia, fornecendo muita atenção aos pormenores, mas no final de tudo concluído, pode-se arrematar que, como autores deste trabalho ficámos a saber como utilizar melhor os direitos dos consumidores no dia-a-dia. Além disso, pensamos que todos os objectivos propostos pelo docente neste trabalho foram eficazmente alcançados.

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Bibliografia

Para elaborar este trabalho recorremos a várias fontes, podendo ter nele incluído textos que contenham implícita ou explicitamente informações dos seguintes sites:

Associação Portuguesa de Direito de Consumo, www.apdconsumo.pt;

Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, www.deco.proteste.pt;

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, www.asae.pt;

Portal do Consumidor, www.consumidor.pt;

Comissão Europeia, ec.europa.eu/consumers;

Bureau européen des unions de consommateurs, www.beuc.org;

Consumers International, www.consumersinternational.org;

Procuradoria-Geral da República, www.pgr.pt;

Diário Económico, diarioeconomico.com;

Jornal de Notícias, jn.sapo.pt.

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