direito tributário e sistema fiscal angolano

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CURSO DE CONTABILISTAS CURSO DE CONTABILISTAS SENIORES SENIORES MÓDULO DE FISCALIDADE MÓDULO DE FISCALIDADE Por: Por: Ngouabi Mariano Salvador Ngouabi Mariano Salvador Licenciado e Pôs Graduado em Ciências Jurídico Empresariais (UAN) Licenciado e Pôs Graduado em Ciências Jurídico Empresariais (UAN) Assistente Jurídico do Ministério das Finanças Assistente Jurídico do Ministério das Finanças Professor de Finanças Públicas - Direito Financeiro da Universidade Lusíada de Professor de Finanças Públicas - Direito Financeiro da Universidade Lusíada de Angola Angola

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Page 1: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CURSO DE CONTABILISTAS CURSO DE CONTABILISTAS SENIORESSENIORES

MÓDULO DE FISCALIDADEMÓDULO DE FISCALIDADE

Por: Por: Ngouabi Mariano SalvadorNgouabi Mariano SalvadorLicenciado e Pôs Graduado em Ciências Jurídico Empresariais (UAN)Licenciado e Pôs Graduado em Ciências Jurídico Empresariais (UAN)

Assistente Jurídico do Ministério das FinançasAssistente Jurídico do Ministério das Finanças

Professor de Finanças Públicas - Direito Financeiro da Universidade Professor de Finanças Públicas - Direito Financeiro da Universidade Lusíada de AngolaLusíada de Angola

Page 2: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano
Page 3: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

SUMÁRIO:SUMÁRIO:

1-Noções fundamentais:1-Noções fundamentais:

1.1-Direito Financeiro, Direito Tributário e Direito 1.1-Direito Financeiro, Direito Tributário e Direito Fiscal :noção e relações entre si;Fiscal :noção e relações entre si;

1.2 –O imposto e o seu cotejo com figuras afins;1.2 –O imposto e o seu cotejo com figuras afins;

1.3- As fases da vida do imposto: a incidência, o 1.3- As fases da vida do imposto: a incidência, o lançamento e a liquidação;lançamento e a liquidação;

1.4- Classificação dos impostos quanto a natureza das 1.4- Classificação dos impostos quanto a natureza das taxas.taxas.

Page 4: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

Direito Financeiro: è um ramo de Direito Publico

constituído por um conjunto de normas jurídicas que

regulam a obtenção, a gestão, o dispêndio e o controlo

os meios financeiros públicos;

Direito Tributário: é um ramo de Direito constituído

por um conjunto de normas reguladoras da aquisição

de taxas e impostos pelo Estado Direito

Direito Fiscal: é um ramo do Direito Tributário

composto pelo conjunto de normas que respeitam à

incidência, ao lançamento e à cobrança de impostos.

Page 5: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

1.2- O conceito de imposto:1.2- O conceito de imposto:

O impostoO imposto é uma prestação unilateral, definitiva, é uma prestação unilateral, definitiva,

pecuniária ou patrimonial, estabelecida por lei a pecuniária ou patrimonial, estabelecida por lei a

favor do Estado ou de outra pessoa colectiva favor do Estado ou de outra pessoa colectiva

pública, sem carácter de sanção, com vista a pública, sem carácter de sanção, com vista a

cobertura das despesas públicas ( finalidades cobertura das despesas públicas ( finalidades

fiscais do imposto) ou a prossecução de objectivos fiscais do imposto) ou a prossecução de objectivos

de ordem económica e social ( finalidades extra de ordem económica e social ( finalidades extra

fiscais do impostos)fiscais do impostos)

Page 6: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

O imposto é:O imposto é:

a)Uma prestação unilateral – a)Uma prestação unilateral – não conferindo ao não conferindo ao

contribuinte o direito a qualquer contrapartida contribuinte o direito a qualquer contrapartida

específica;específica;

b) b) Prestação definitiva – Prestação definitiva – uma vez que o uma vez que o

contribuinte não tem direito a exigir qualquer contribuinte não tem direito a exigir qualquer

reembolso ( como no empréstimo) ou retribuição reembolso ( como no empréstimo) ou retribuição

como na requisição administrativa);como na requisição administrativa);

Page 7: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULO I:INTRODUCAO AO CAPITULO I:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

c) Prestação pecuniária ou patrimonialc) Prestação pecuniária ou patrimonial: Geralmente, : Geralmente,

a obrigação de imposto apresenta uma natureza a obrigação de imposto apresenta uma natureza

pecuniária (é realizada em dinheiro); todavia, pecuniária (é realizada em dinheiro); todavia,

actualmente, continua a haver impostos cuja prestação actualmente, continua a haver impostos cuja prestação

não é feita em dinheiro, como é o caso do imposto de selo não é feita em dinheiro, como é o caso do imposto de selo

( em que prestação tributária consiste numa actividade, ( em que prestação tributária consiste numa actividade,

o pagamento por meio de estampilhas fiscais. A o pagamento por meio de estampilhas fiscais. A

obrigação de imposto só é cumprida quando se inutiliza a obrigação de imposto só é cumprida quando se inutiliza a

estampilha fiscal, e não quando se compra a estampilha)estampilha fiscal, e não quando se compra a estampilha)

Page 8: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

d) d) Prestação Estabelecida por Lei: Prestação Estabelecida por Lei: quer-se dizer, que quer-se dizer, que

a Lei é a única fonte da obrigação tributária, portanto, os a Lei é a única fonte da obrigação tributária, portanto, os

impostos resultam exclusivamente da Lei ( art. 14.º n.º 2 impostos resultam exclusivamente da Lei ( art. 14.º n.º 2

da Lei Constitucional)da Lei Constitucional)

e) e) Sujeito activo - entidade pública : Sujeito activo - entidade pública : O imposto é uma O imposto é uma

prestação patrimonial, estabelecida a favor de uma prestação patrimonial, estabelecida a favor de uma

pessoa colectiva de direito público, que tanto pode ser o pessoa colectiva de direito público, que tanto pode ser o

estado, uma autarquia local, ou qualquer outra pessoa estado, uma autarquia local, ou qualquer outra pessoa

colectiva de Direito Público, que a lei designe como colectiva de Direito Público, que a lei designe como

titular do respectivo direito públicotitular do respectivo direito público

Page 9: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

f) f) Carácter não sancionatório: Carácter não sancionatório: o seu pagamento não o seu pagamento não

constitui sanção de um acto ilícito. O imposto distingue-se, constitui sanção de um acto ilícito. O imposto distingue-se,

com esta característica, da multa, que visa sancionar com esta característica, da multa, que visa sancionar

condutas ilícitas, tuteladas pela exigência de certas condutas ilícitas, tuteladas pela exigência de certas

quantias em dinheiro àqueles que violam a lei.quantias em dinheiro àqueles que violam a lei.

g) Realização de fins públicos : g) Realização de fins públicos : a finalidade normal e a finalidade normal e

clássica do imposto, consiste na atribuição patrimonial a clássica do imposto, consiste na atribuição patrimonial a

uma pessoa colectiva de direito público dos meios uma pessoa colectiva de direito público dos meios

necessários à prossecução de fins públicos.necessários à prossecução de fins públicos.

Page 10: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULOI:INTRODUCAO AO CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCALESTUDO DO DIREITO FISCAL

Porém, actualmente, o imposto não tem só a finalidade Porém, actualmente, o imposto não tem só a finalidade

de atribuir meios financeiros ao estado para este de atribuir meios financeiros ao estado para este

satisfazer necessidades colectivas ( finalidade fiscal) satisfazer necessidades colectivas ( finalidade fiscal)

mas também prosseguir fins extra-fiscais, como seja a mas também prosseguir fins extra-fiscais, como seja a

justa repartição da riqueza e dos rendimentos (art.º justa repartição da riqueza e dos rendimentos (art.º

14º n.º 1 da Lei Constitucional)14º n.º 1 da Lei Constitucional)

Page 11: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

1.3-Fases da vida do 1.3-Fases da vida do impostoimposto

1- Incidência1- Incidência

Incidência objectiva

Incidência subjectiva

2- Lançamento

3- Liquidação4- Cobrança (pagamento)

Page 12: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

1 - 1 - A incidência:A incidência: é a fase em que, em abstracto, se é a fase em que, em abstracto, se

definem os pressupostos tributários que fazem nascer a definem os pressupostos tributários que fazem nascer a

obrigação de imposto, definindo-se de forma abstracta, obrigação de imposto, definindo-se de forma abstracta,

a matéria colectável do imposto e são identificados os a matéria colectável do imposto e são identificados os

sujeitos passivos da relação jurídica fiscal a que o mesmo sujeitos passivos da relação jurídica fiscal a que o mesmo

dará lugar. É a fase, em suma, em que a lei determina dará lugar. É a fase, em suma, em que a lei determina o o

queque vai estar sujeito a imposto ( vai estar sujeito a imposto (incidência objectivaincidência objectiva) e ) e

quemquem vai estar sujeito a imposto ( vai estar sujeito a imposto (incidência subjectivaincidência subjectiva). ).

Page 13: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2 - 2 - O lançamentoO lançamento: : corresponde ao momento do início corresponde ao momento do início

da aplicação da lei. É a fase em que, do geral e da aplicação da lei. É a fase em que, do geral e

abstracto da incidência, se passa ao individual e abstracto da incidência, se passa ao individual e

concreto; nesta fase processam -se as operações concreto; nesta fase processam -se as operações

conducentes à identificação particular dos sujeitos conducentes à identificação particular dos sujeitos

passivos e à determinação concreta da matéria passivos e à determinação concreta da matéria

colectável sobre a qual vai incidir o imposto.colectável sobre a qual vai incidir o imposto.

Page 14: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

3 3 - A liquidação- A liquidação:: é a operação aritmética de aplicação de uma taxa é a operação aritmética de aplicação de uma taxa

à matéria colectável apurada na fase do lançamento, para à matéria colectável apurada na fase do lançamento, para

determinação do montante exacto de imposto devido pelo sujeito determinação do montante exacto de imposto devido pelo sujeito

passivo (colecta). Naqueles impostos em que a lei prevê a passivo (colecta). Naqueles impostos em que a lei prevê a

possibilidade de deduções à colecta, a liquidação abrange também possibilidade de deduções à colecta, a liquidação abrange também

os cálculos decorrentes destas deduções.os cálculos decorrentes destas deduções.

4 - 4 - A cobrança (pagamento):A cobrança (pagamento): cobrança e pagamento são cobrança e pagamento são expressões que traduzem a mesma realidade jurídica. A primeira expressões que traduzem a mesma realidade jurídica. A primeira assumida do ponto de vista da administração fiscal, que cobra o assumida do ponto de vista da administração fiscal, que cobra o imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que o paga. É a fase final da vida do imposto, para que tende toda a o paga. É a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relação jurídica fiscal. Com a cobrança (pagamento) os valores relação jurídica fiscal. Com a cobrança (pagamento) os valores correspondentes ao imposto vão dar entrada nos cofres do Estado e correspondentes ao imposto vão dar entrada nos cofres do Estado e com isso a relação jurídica fiscal, normalmente, extinguir-se-á.com isso a relação jurídica fiscal, normalmente, extinguir-se-á.

Page 15: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

4 - 4 - A cobrança (pagamento):A cobrança (pagamento): cobrança e pagamento cobrança e pagamento são expressões que traduzem a mesma realidade são expressões que traduzem a mesma realidade jurídica. A primeira assumida do ponto de vista da jurídica. A primeira assumida do ponto de vista da administração fiscal, que cobra o imposto; a segunda administração fiscal, que cobra o imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que o encarada do ponto de vista do contribuinte, que o paga. É a fase final da vida do imposto, para que tende paga. É a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relação jurídica fiscal. Com a cobrança toda a relação jurídica fiscal. Com a cobrança (pagamento) os valores correspondentes ao imposto (pagamento) os valores correspondentes ao imposto vão dar entrada nos cofres do Estado e com isso a vão dar entrada nos cofres do Estado e com isso a relação jurídica fiscal, normalmente, extinguir-se-á.relação jurídica fiscal, normalmente, extinguir-se-á.

Page 16: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

1.4- Classificação dos impostos quanto 1.4- Classificação dos impostos quanto a natureza das taxas: proporcionais, a natureza das taxas: proporcionais, progressivos e regressivosprogressivos e regressivos

1-IMPOSTOS PROPORCIONAIS1-IMPOSTOS PROPORCIONAIS são aqueles em que são aqueles em que

o montante de imposto a pagar cresce na mesma razão o montante de imposto a pagar cresce na mesma razão

que a matéria colectável. A matéria colectável duplica, que a matéria colectável. A matéria colectável duplica,

o imposto duplica; a matéria colectável triplica, o o imposto duplica; a matéria colectável triplica, o

imposto triplica...imposto triplica...

Por outras palavras, são aqueles que têm uma taxa Por outras palavras, são aqueles que têm uma taxa

fixa, única e constante, qualquer que seja o valor da fixa, única e constante, qualquer que seja o valor da

matéria colectável (no exemplo da figura, 10%).matéria colectável (no exemplo da figura, 10%).

Ex de imposto proporcional : Imposto Industrial 35%)Ex de imposto proporcional : Imposto Industrial 35%)

Page 17: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano
Page 18: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2- IMPOSTOS PROGRESSIVOS,2- IMPOSTOS PROGRESSIVOS, por sua vez, são por sua vez, são

aqueles em que a colecta de imposto cresce aqueles em que a colecta de imposto cresce

proporcionalmente mais em relação à matéria proporcionalmente mais em relação à matéria

colectável. A matéria colectável duplica, e imposto colectável. A matéria colectável duplica, e imposto

mais do que duplica...mais do que duplica...Ex: Imposto sobre o Rendimento do TrabalhoEx: Imposto sobre o Rendimento do Trabalho

Page 19: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano
Page 20: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

Em relação aos impostos progressivos, importa Em relação aos impostos progressivos, importa

salientar que não há impostos que sejam salientar que não há impostos que sejam

indefinidamente progressivos. Nem podia haver, sob indefinidamente progressivos. Nem podia haver, sob

pena de, a certa altura, se atingir uma taxa de 100% e pena de, a certa altura, se atingir uma taxa de 100% e

o imposto consumir toda a matéria colectável. As taxas o imposto consumir toda a matéria colectável. As taxas

do imposto progressivo são crescentes até do imposto progressivo são crescentes até

determinado momento, a partir do qual a taxa passa a determinado momento, a partir do qual a taxa passa a

ser única. No caso no nosso IRT, a taxa máxima de ser única. No caso no nosso IRT, a taxa máxima de

tributação é de 15%tributação é de 15%

Page 21: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

3-IMPOSTOS REGRESSIVOS3-IMPOSTOS REGRESSIVOS são aqueles em que a são aqueles em que a

colecta de imposto proporcionalmente cresce menos colecta de imposto proporcionalmente cresce menos

em relação à matéria colectável. A matéria colectável em relação à matéria colectável. A matéria colectável

duplica, e imposto menos do que duplica.duplica, e imposto menos do que duplica.

Quer dizer, são impostos com um leque decrescente de Quer dizer, são impostos com um leque decrescente de

taxas; a taxa aplicável vai-se reduzindo, à medida que a taxas; a taxa aplicável vai-se reduzindo, à medida que a

matéria colectável aumenta. No exemplo da figura, matéria colectável aumenta. No exemplo da figura,

taxas de 10%, 9%, 8%, 7% e 6%, para uma matéria taxas de 10%, 9%, 8%, 7% e 6%, para uma matéria

colectável de 100, 200, 300, 400 e 500, respectivamente colectável de 100, 200, 300, 400 e 500, respectivamente

Page 22: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano
Page 23: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPÍTULO II: TEORIA DA CAPÍTULO II: TEORIA DA NORMA FISCALNORMA FISCAL

SUMÁRIO:SUMÁRIO:

2.1- As fontes de Direito Fiscal;2.1- As fontes de Direito Fiscal;

2.2- A Lei Constitucional angolana e os princípios 2.2- A Lei Constitucional angolana e os princípios de Direito Fiscal;de Direito Fiscal;

2.3- Aplicação das leis fiscais no tempo e no 2.3- Aplicação das leis fiscais no tempo e no espaçoespaço

Page 24: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.1- As fontes do Direito Fiscal2.1- As fontes do Direito Fiscal

Fontes de DireitoFontes de Direito: são os modos de formação e : são os modos de formação e revelação das normas jurídicas; revelação das normas jurídicas;

Fontes de Direito FiscalFontes de Direito Fiscal, são pois, os modos de , são pois, os modos de formação e revelação das normas jurídicas tributárias.formação e revelação das normas jurídicas tributárias.

Numa perspectiva hierárquica podemos identificar Numa perspectiva hierárquica podemos identificar como sendo fontes de Direito Tributário as seguintes:como sendo fontes de Direito Tributário as seguintes:

1- A Lei Constitucional:1- A Lei Constitucional: que é indiscutivelmente a que é indiscutivelmente a primeira fonte do Direito Tributário ( art.º 14.º n.º 1 e primeira fonte do Direito Tributário ( art.º 14.º n.º 1 e 2 da LC)2 da LC)

Page 25: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.1- As fontes do Direito Fiscal2.1- As fontes do Direito Fiscal

2-A Lei e o Decreto – Lei ( lei em sentido formal)-2-A Lei e o Decreto – Lei ( lei em sentido formal)-

na medida em que a criação ou a extinção dos na medida em que a criação ou a extinção dos

impostos e dos seus elementos essenciais, impostos e dos seus elementos essenciais,

designadamente, a sua incidência, taxas, benefícios designadamente, a sua incidência, taxas, benefícios

fiscais e garantias dos contribuintes, são fiscais e garantias dos contribuintes, são

exclusivamente tratados por diplomas legais com esta exclusivamente tratados por diplomas legais com esta

naturezanatureza

Ex: o imposto sobre o rendimento de trabalho é Ex: o imposto sobre o rendimento de trabalho é

regulado pela Lei 10/99.regulado pela Lei 10/99.

Page 26: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.1- As fontes do Direito Fiscal2.1- As fontes do Direito Fiscal

3-Regulamentos Tributários: 3-Regulamentos Tributários: como são os casos dos Decretos, como são os casos dos Decretos,

das Resoluções do Conselho de Ministros; Decretos executivos do das Resoluções do Conselho de Ministros; Decretos executivos do

Ministros das Finanças; Despachos do Ministro, etc., que versam Ministros das Finanças; Despachos do Ministro, etc., que versam

sobre aspectos tributários não essenciais, como por exemplo, o sobre aspectos tributários não essenciais, como por exemplo, o

lançamento, a liquidação e a cobrança dos impostoslançamento, a liquidação e a cobrança dos impostos

4- 4- Tratados e Convenções Internacionais: Tratados e Convenções Internacionais: Como por exemplo, Como por exemplo,

os acordos de Dupla Tributação ( de que Angola não é parte ), a os acordos de Dupla Tributação ( de que Angola não é parte ), a

convenção da SADC que define a região Austral como sendo uma convenção da SADC que define a região Austral como sendo uma

zona de comércio livre para os países membros ( ainda não zona de comércio livre para os países membros ( ainda não

ratificada por Angola)ratificada por Angola)

Page 27: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.1- As fontes do Direito Fiscal2.1- As fontes do Direito Fiscal

Fontes Indirectas:Fontes Indirectas:

a) a) doutrina;doutrina;

b) b) jurisprudência;jurisprudência;

c)c)costumecostume

Page 28: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.2- A constituição angolana e os 2.2- A constituição angolana e os princípios jurídico -fiscais.princípios jurídico -fiscais.

Principio da Legalidade TributáriaPrincipio da Legalidade Tributária : este : este

principio está constitucionalmente consagrado principio está constitucionalmente consagrado

no art.º 14.º nº 2 da LC , nos termos do qual, “ no art.º 14.º nº 2 da LC , nos termos do qual, “

os impostos só podem ser criados e extintos por os impostos só podem ser criados e extintos por

lei, que determina a sua incidência, taxas, lei, que determina a sua incidência, taxas,

benefícios fiscais e garantias dos contribuintes”benefícios fiscais e garantias dos contribuintes”

Page 29: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

A constituição angolana e os princípios A constituição angolana e os princípios jurídico -fiscais.jurídico -fiscais.

Principio da Igualdade Tributária:Principio da Igualdade Tributária: segundo o segundo o

qual, todos os cidadãos que tenham capacidade qual, todos os cidadãos que tenham capacidade

contributiva são obrigados, por lei, a cumprir contributiva são obrigados, por lei, a cumprir

com o dever de pagar impostos.com o dever de pagar impostos.

Este principio decorre do principio constitucional Este principio decorre do principio constitucional

da igualdade de todos os cidadãos perante a Lei, da igualdade de todos os cidadãos perante a Lei,

previsto no art.º 18 da LCprevisto no art.º 18 da LC

Page 30: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2.3- Aplicação da Lei Fiscal no tempo e 2.3- Aplicação da Lei Fiscal no tempo e no espaçono espaço

2.3.1- Aplicação da Lei Fiscal no Tempo2.3.1- Aplicação da Lei Fiscal no Tempo

Em relação à esta matéria, faz-se recurso aos seguinte Em relação à esta matéria, faz-se recurso aos seguinte

princípios:princípios:

1- 1- Princípio da não retroactividade da Lei Fiscal Princípio da não retroactividade da Lei Fiscal

quanto aos elementos essenciais dos impostos: quanto aos elementos essenciais dos impostos: este este

principio significa que nestas matérias uma lei fiscal não principio significa que nestas matérias uma lei fiscal não

regula os factos ocorridos antes da sua entrada em vigorregula os factos ocorridos antes da sua entrada em vigor

Page 31: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

2- Princípio da Retroactividade da Lei nova quanto ao 2- Princípio da Retroactividade da Lei nova quanto ao

processo administrativo ( elementos não essenciais) – processo administrativo ( elementos não essenciais) – Neste Neste

caso, a lei nova é passível de aplicação à factos que tenham caso, a lei nova é passível de aplicação à factos que tenham

ocorrido antes da sua vigênciaocorrido antes da sua vigência

2.3.2- Aplicação da Lei Fiscal no Espaço

1- Princípio da Territorialidade – 1- Princípio da Territorialidade – segundo o qual, a Lei Fiscal de segundo o qual, a Lei Fiscal de

um Estado apenas abrange os factos e situações que ocorram no um Estado apenas abrange os factos e situações que ocorram no

território desse Estado e os rendimentos que nele tenham a sua território desse Estado e os rendimentos que nele tenham a sua

fontefonte

Page 32: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano
Page 33: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULO III:SISTEMA FISCAL ANGOLANOCAPITULO III:SISTEMA FISCAL ANGOLANO

SUMARIO:SUMARIO:

3.1- O Sistema Fiscal Angolano: Breve caracterização3.1- O Sistema Fiscal Angolano: Breve caracterização

3.2- Imposto Directos: Imposto sobre os Rendimentos 3.2- Imposto Directos: Imposto sobre os Rendimentos

de Trabalho e o Imposto Industrialde Trabalho e o Imposto Industrial

3.3- A Lei sobre a Tributação de empreitadas, O 3.3- A Lei sobre a Tributação de empreitadas, O

Imposto de Consumo, Imposto de selo, Sisa, Imposto Imposto de Consumo, Imposto de selo, Sisa, Imposto

Predial Urbano e a Segurança socialPredial Urbano e a Segurança social

Page 34: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

3.1- O Sistema Fiscal angolano: Breve caracterização3.1- O Sistema Fiscal angolano: Breve caracterização

Os principais impostos angolanos, excluindo a tributação especifica dos sectores petrolíferos e diamantíferos, são:

Imposto sobre o rendimento de trabalho;

Imposto industrial: Imposto sobre os rendimentos das empresas;

Imposto sobre aplicação de capitais; impostos sobre remunerações do capital (juros e dividendos);

Imposto de consumo; imposto sobre transacções comerciais;

Outros: Sisa ou imposto sobre transferência de propriedades a titulo oneroso; imposto de sucessões e doações e imposto de Taxa de importação emolumentos aduaneiros,selo, etc.

Page 35: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

O O Sistema Fiscal angolano: Breve caracterizaçãoSistema Fiscal angolano: Breve caracterização

Os impostos recolhidos da actividade petrolífera, em Os impostos recolhidos da actividade petrolífera, em

2005, representaram cerca de 82% 2005, representaram cerca de 82% da arrecadação da arrecadação

fiscal do Estado angolano e cerca de 57% do PIB.fiscal do Estado angolano e cerca de 57% do PIB.

Os impostos mais relevantes, em termos de receitas, são:Os impostos mais relevantes, em termos de receitas, são:

- imposto industrial 2.3% do PIB )- imposto industrial 2.3% do PIB )

- imposto de consumo (1.8% do PIB )- imposto de consumo (1.8% do PIB )

- tributação sobre o comercio externo (1.5% do PIB)- tributação sobre o comercio externo (1.5% do PIB)

Page 36: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

CAPITULO III:SISTEMA FISCAL ANGOLANOCAPITULO III:SISTEMA FISCAL ANGOLANO

O sistema fiscal angolano encontra-se alinhado O sistema fiscal angolano encontra-se alinhado

com o modelo dominante na África Austral, quer com o modelo dominante na África Austral, quer

em termos de taxas praticadas quer em termos em termos de taxas praticadas quer em termos

de estrutura, afigurando-se, capaz de concorrer de estrutura, afigurando-se, capaz de concorrer

com os seus pares em condições de igualdade com os seus pares em condições de igualdade

pela retenção do factor trabalho ou capitalpela retenção do factor trabalho ou capital

Page 37: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

PAISPAIS TAXAS (IRT)TAXAS (IRT) TAXAS ( I RC)TAXAS ( I RC) TAXAS ( IVA)TAXAS ( IVA)

AFRICA DO SULAFRICA DO SUL 0 – 400 – 40 2929 1414

BOTSWANABOTSWANA 0 - 250 - 25 3030 1010

MALAWIMALAWI 0 – 400 – 40 3030 17.517.5

MOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUE 10-3210-32 3030 1717

NAMIBIANAMIBIA 0-350-35 3535 1515

TANZANIATANZANIA 0 - 300 - 30 3030 2020

ZIMBABWEZIMBABWE 0 - 400 - 40 3030 1515

ANGOLAANGOLA 0 -150 -15 3535 - -- -

Page 38: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHOIMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHOLEI 10/99, DE 29 DE OUTUBROLEI 10/99, DE 29 DE OUTUBRO

A A estrutura actual deste imposto é estrutura actual deste imposto é

a seguinte:a seguinte:

A base de incidência é: a A base de incidência é: a

remuneração total mensal remuneração total mensal

( incluindo todas as regalias ( incluindo todas as regalias

auferias) recebida pela prestação auferias) recebida pela prestação

do Trabalho, contratuais ou não, do Trabalho, contratuais ou não,

pagáveis em dinheiro ou em pagáveis em dinheiro ou em

espécie, fixas ou variáveis, espécie, fixas ou variáveis,

periódicas ou ocasionais, qualquer periódicas ou ocasionais, qualquer

que seja a proveniência ou local, a que seja a proveniência ou local, a

moeda ou a forma de cálculo e moeda ou a forma de cálculo e

pagamento.pagamento.

As taxas aplicadas a trabalhadores As taxas aplicadas a trabalhadores

por conta de outrem são as por conta de outrem são as

seguintes, procedendo-se a seguintes, procedendo-se a

retenção na fonte:retenção na fonte:

REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO EM KZEM KZ

TAXAS TAXAS LIBERATÓRIASLIBERATÓRIAS

Até 8.500 Até 8.500 IsentoIsento

De 8.501 a 11.000De 8.501 a 11.000 2% sobre o valor 2% sobre o valor superior a 8.500superior a 8.500

De 11 001 a 16.000De 11 001 a 16.000 50 Kz + 4% do valor 50 Kz + 4% do valor superior a 11.000superior a 11.000

De 16 001 a 21 000De 16 001 a 21 000 250 kz + 6% do valor 250 kz + 6% do valor superior a 16.000superior a 16.000

De 21 001 a 26.000De 21 001 a 26.000 550 Kz + 8% do valor 550 Kz + 8% do valor superior a 21.000 superior a 21.000

De 26.001 a 36.000De 26.001 a 36.000 950 Kz + 10% do valor 950 Kz + 10% do valor superior a 26.000superior a 26.000

De 36.001 a 56.000De 36.001 a 56.000 1950 Kz + 12.5% do valor 1950 Kz + 12.5% do valor superior a 56000superior a 56000

De 56.001 a 76.000De 56.001 a 76.000 4.450 Kz + 14% do valor 4.450 Kz + 14% do valor superior a 56000superior a 56000

Mais de 76.001Mais de 76.001 7.250 Kz + 15% do valor 7.250 Kz + 15% do valor superior a 76.000superior a 76.000

Page 39: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHOIMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHOLEI 10/99, DE 29 DE OUTUBROLEI 10/99, DE 29 DE OUTUBRO

Os trabalhadores por conta própria estão sujeitos a IRT à taxa fixa Os trabalhadores por conta própria estão sujeitos a IRT à taxa fixa de 15% sobre 70% do seu rendimento total , retidos na fonte pela de 15% sobre 70% do seu rendimento total , retidos na fonte pela entidade pagadora das prestações laboraisentidade pagadora das prestações laborais

Não constituem matéria colectável do IRT os seguintes Não constituem matéria colectável do IRT os seguintes rendimentos:rendimentos:

Subsídios de natalidade, de falecimento, de acidente ou doença de Subsídios de natalidade, de falecimento, de acidente ou doença de trabalho, desemprego e funeral, pensões por velhice, invalidez e trabalho, desemprego e funeral, pensões por velhice, invalidez e sobrevivência; prémio de aposentação, subsídios de férias, diários, sobrevivência; prémio de aposentação, subsídios de férias, diários, décimo terceiro mês, subsídio de representação, viagem, décimo terceiro mês, subsídio de representação, viagem, deslocações, etc.deslocações, etc.

Consideram-se Consideram-se isentos isentos do pagamento de IRT:do pagamento de IRT:

Funcionários e empregados das missões diplomáticas, desde que Funcionários e empregados das missões diplomáticas, desde que haja reciprocidade de tratamento; pessoal a serviço de organismos haja reciprocidade de tratamento; pessoal a serviço de organismos internacionais, pessoal ao serviço de ONG conforme acordo com internacionais, pessoal ao serviço de ONG conforme acordo com anuência prévia do Ministro das Finanças, os deficientes físicos e anuência prévia do Ministro das Finanças, os deficientes físicos e mutilados de guerra com 50% de invalidez, cidadãos com idade mutilados de guerra com 50% de invalidez, cidadãos com idade superior a 60 anos e cidadãos a cumprir o serviço militarsuperior a 60 anos e cidadãos a cumprir o serviço militar

Page 40: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO INDUSTRIALIMPOSTO INDUSTRIALDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE AbrilDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril

Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Lei 7/96, de 19 de AbrilLei 7/96, de 19 de Abril

Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoDec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoLei n.º 5/99, de 6 de AgostoLei n.º 5/99, de 6 de Agosto

Incidência Objectiva: incide sobre os rendimentos comerciais e Incidência Objectiva: incide sobre os rendimentos comerciais e

industriaisindustriais

Consideram-se rendimentos de natureza comercial ou industrial, Consideram-se rendimentos de natureza comercial ou industrial,

nomeadamente os provenientes das seguintes actividades:nomeadamente os provenientes das seguintes actividades:

a) Actividades por conta própria cujos rendimentos não se a) Actividades por conta própria cujos rendimentos não se

encontram sujeitos a imposto sobre os rendimentos de Trabalho encontram sujeitos a imposto sobre os rendimentos de Trabalho

( IRT)( IRT)

b) Actividades relativas a explorações agrícolas, silvícolas ou b) Actividades relativas a explorações agrícolas, silvícolas ou

pecuniárias;pecuniárias;

Actividade de mediação ou representação na realização de Actividade de mediação ou representação na realização de

contratos de qualquer natureza, bem como de agentes de contratos de qualquer natureza, bem como de agentes de

actividades industriais ou comerciaisactividades industriais ou comerciais

Page 41: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO INDUSTRIALIMPOSTO INDUSTRIALDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE AbrilDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril

Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Lei 7/96, de 19 de AbrilLei 7/96, de 19 de Abril

Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoDec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoLei n.º 5/99, de 6 de AgostoLei n.º 5/99, de 6 de Agosto

Incidência Subjectiva:Incidência Subjectiva:

Pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, Pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, com domicílio, sede ou direcção efectiva em com domicílio, sede ou direcção efectiva em Angola( residentes para efeitos fiscais em Angola), bem como, Angola( residentes para efeitos fiscais em Angola), bem como, as que não são residentes fiscais em território angolano nem as que não são residentes fiscais em território angolano nem disponham de um estabelecimento estável, desde que disponham de um estabelecimento estável, desde que exerçam no país actividades de natureza comercial;exerçam no país actividades de natureza comercial;

Os lucros realizados por pessoas singulares ou colectivas, Os lucros realizados por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que exerçam no país actividades nacionais ou estrangeiras, que exerçam no país actividades comerciais ou industriaiscomerciais ou industriais

As empresas com sede, domicilio, ou direcção efectiva em As empresas com sede, domicilio, ou direcção efectiva em Angola, são tributados pela totalidade dos lucros obtidos, Angola, são tributados pela totalidade dos lucros obtidos, quer os mesmos sejam obtidos no país ou no estrangeiroquer os mesmos sejam obtidos no país ou no estrangeiro

Page 42: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO INDUSTRIALIMPOSTO INDUSTRIALDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE AbrilDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril

Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Lei 7/96, de 19 de AbrilLei 7/96, de 19 de Abril

Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoDec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoLei n.º 5/99, de 6 de AgostoLei n.º 5/99, de 6 de Agosto

As empresas que, embora tenham sede, domicílio ou As empresas que, embora tenham sede, domicílio ou

direcção efectiva no estrangeiro ou possuam direcção efectiva no estrangeiro ou possuam

estabelecimento estável em território nacional são estabelecimento estável em território nacional são

tributadas sobre:tributadas sobre:

- Os lucros imputáveis ao estabelecimento estável - Os lucros imputáveis ao estabelecimento estável

situado em território nacional;situado em território nacional;

Page 43: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO INDUSTRIALIMPOSTO INDUSTRIALDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE AbrilDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril

Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Lei 7/96, de 19 de AbrilLei 7/96, de 19 de Abril

Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoDec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoLei n.º 5/99, de 6 de AgostoLei n.º 5/99, de 6 de Agosto

GRUPOS DE TRIBUTAÇÃOGRUPOS DE TRIBUTAÇÃO1- Grupo A: a tributação incide sobre os lucros 1- Grupo A: a tributação incide sobre os lucros efectivamente obtidos pelos contribuintes e determinados efectivamente obtidos pelos contribuintes e determinados através da sua contabilidade.através da sua contabilidade.

São obrigatoriamente tributadas no Grupo A:São obrigatoriamente tributadas no Grupo A:

a) As empresas estatais;a) As empresas estatais;

b) As sociedades anónimas e em comandita por acções;b) As sociedades anónimas e em comandita por acções;

c) As demais sociedade comerciais e civis sob a forma c) As demais sociedade comerciais e civis sob a forma comercial, com capital superior a 35 Unidades de Correcção comercial, com capital superior a 35 Unidades de Correcção Fiscal ( 1 U.C.F= 53 Kz);Fiscal ( 1 U.C.F= 53 Kz);

d) as instituições de Crédito, casas de câmbio e sociedade d) as instituições de Crédito, casas de câmbio e sociedade de seguros;de seguros;

e) Os contribuintes cujo volume de negócios seja, na média e) Os contribuintes cujo volume de negócios seja, na média dos últimos três anos superior a 70 U.C.Fdos últimos três anos superior a 70 U.C.F

Page 44: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO INDUSTRIALIMPOSTO INDUSTRIALDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE AbrilDIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril

Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,Lei 7/96, de 19 de AbrilLei 7/96, de 19 de Abril

Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoDec. Executivo n.º 84/99, de 11 de JunhoLei n.º 5/99, de 6 de AgostoLei n.º 5/99, de 6 de Agosto

2- Grupo B : A tributação incide sobre os lucros presumidos2- Grupo B : A tributação incide sobre os lucros presumidosSão tributados do Grupo B os contribuintes não abrangidos São tributados do Grupo B os contribuintes não abrangidos nos Grupos A e C, bem como os que devam imposto apenas nos Grupos A e C, bem como os que devam imposto apenas pela prática de alguma operação ou acto isolado de natureza pela prática de alguma operação ou acto isolado de natureza comercial ou industrialcomercial ou industrial

3- Grupo C: Tributação baseada nos lucros que os 3- Grupo C: Tributação baseada nos lucros que os contribuintes normalmente poderiam ter obtidocontribuintes normalmente poderiam ter obtidoSão tributados pelo Grupo C os contribuintes que, sendo São tributados pelo Grupo C os contribuintes que, sendo pessoas singulares, preencham cumulativamente as seguintes pessoas singulares, preencham cumulativamente as seguintes condições:condições:a) Exerçam, por conta própria, uma das actividades a) Exerçam, por conta própria, uma das actividades constantes da tabela contida no art.º 63.º do Código de constantes da tabela contida no art.º 63.º do Código de Imposto Industrial;Imposto Industrial;b) Trabalhem sozinhos, ou sejam apenas auxiliados por b) Trabalhem sozinhos, ou sejam apenas auxiliados por familiares ou estranhos em número não superior a três;familiares ou estranhos em número não superior a três;Não disponham de escrita, ou a tenham tão rudimentar que Não disponham de escrita, ou a tenham tão rudimentar que não permita verificar o seu movimento comercialnão permita verificar o seu movimento comercial

Page 45: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

TAXASTAXAS

A taxa geral do imposto industrial é de 35%.A taxa geral do imposto industrial é de 35%.

Os rendimentos provenientes de actividades Os rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrícolas estão sujeitos à uma taxa exclusivamente agrícolas estão sujeitos à uma taxa reduzida de 20%reduzida de 20%

A taxa geral do imposto industrial é passível, mediante A taxa geral do imposto industrial é passível, mediante autorização do Ministro das finanças, de sofrer uma autorização do Ministro das finanças, de sofrer uma redução para metade ( 17.5%), relativamente às empresas redução para metade ( 17.5%), relativamente às empresas que procedam que procedam à instalação de indústria em regiões economicamente à instalação de indústria em regiões economicamente deprimidas, bem como, às empresas que procedam à deprimidas, bem como, às empresas que procedam à instalação de industriais de aproveitamento de recursos instalação de industriais de aproveitamento de recursos locais, por um período de até 10 anoslocais, por um período de até 10 anos

Page 46: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

Lei sobre a Tributação de Empreitadas Lei sobre a Tributação de Empreitadas (Lei 7/97, de 10 de Outubro)(Lei 7/97, de 10 de Outubro)

A Lei 7/97, de 10 de Outubro, estabelece um regime A Lei 7/97, de 10 de Outubro, estabelece um regime excepcional de tributação por retenção na fonte, em sede de excepcional de tributação por retenção na fonte, em sede de imposto industrial, dos rendimentos emergentes dos imposto industrial, dos rendimentos emergentes dos contratos de empreitadas, subempreitada e prestação de contratos de empreitadas, subempreitada e prestação de serviços. Este regime é aplicável às pessoas singulares ou serviços. Este regime é aplicável às pessoas singulares ou colectivas, quer tenham ou não sede, direcção efectiva ou colectivas, quer tenham ou não sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável no país, que de forma acidental ou estabelecimento estável no país, que de forma acidental ou permanente exerçam a actividade, desde que não permanente exerçam a actividade, desde que não abrangidas pelo Imposto sobre o Rendimento do Trabalhoabrangidas pelo Imposto sobre o Rendimento do TrabalhoConstitui matéria colectável:Constitui matéria colectável:a) Tratando-se de construção, beneficiação, reparação ou a) Tratando-se de construção, beneficiação, reparação ou conservação de bens do activo fixo imobilizado – 3,5% do conservação de bens do activo fixo imobilizado – 3,5% do valor do Contrato, qualquer que seja a forma que se valor do Contrato, qualquer que seja a forma que se apresente;apresente;b) Tratando-se de uma prestação de serviços – 5.25% do b) Tratando-se de uma prestação de serviços – 5.25% do valor do Contrato.valor do Contrato.

Page 47: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO DE CONSUMOIMPOSTO DE CONSUMO

Lei 9/99, de 1 de OutubroLei 9/99, de 1 de OutubroDecreto n.º 41/99, de 10 de Dezembro, aprova o Regulamento do Imposto de Decreto n.º 41/99, de 10 de Dezembro, aprova o Regulamento do Imposto de

ConsumoConsumo

O imposto de consumo incide objectivamente sobre:O imposto de consumo incide objectivamente sobre:

a) A produção e importação de bens, incluídos as a) A produção e importação de bens, incluídos as matérias primas ou produtos semi-acabados com matérias primas ou produtos semi-acabados com destino a produção, seja qual for a sua origem.destino a produção, seja qual for a sua origem.

b) A arrematação ou venda realizadas pelos serviços b) A arrematação ou venda realizadas pelos serviços aduaneiros ou outros quaisquer serviços;aduaneiros ou outros quaisquer serviços;

c) A utilização de bens ou matérias primas fora do c) A utilização de bens ou matérias primas fora do processo produtivo e que beneficiaram da desoneração processo produtivo e que beneficiaram da desoneração do imposto;do imposto;

d) Serviços de Telecomunicações, Hotelaria e d) Serviços de Telecomunicações, Hotelaria e similares, consumo de água e electricidadesimilares, consumo de água e electricidade

Page 48: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

Estão isentos do pagamento do Imposto de Consumo:Estão isentos do pagamento do Imposto de Consumo:

a) os bens exportados pelo próprio produtor ou entidade a) os bens exportados pelo próprio produtor ou entidade vocacionada para o efeito, reconhecida nos termos da Lei;vocacionada para o efeito, reconhecida nos termos da Lei;

b) Os bens importados pelas representações diplomáticas b) Os bens importados pelas representações diplomáticas e consulares, quando haja reciprocidade de tratamento;e consulares, quando haja reciprocidade de tratamento;

c) os bens manufacturados em resultado de actividades c) os bens manufacturados em resultado de actividades desenvolvidas por processos artesanais;desenvolvidas por processos artesanais;

d) as matérias primas e os materiais subsidiados, d) as matérias primas e os materiais subsidiados, incorporados no processo de fabrico, os bens, incorporados no processo de fabrico, os bens, equipamento e peças sobressalentes, desde que equipamento e peças sobressalentes, desde que devidamente certificadas pelos ministérios de tutela, com devidamente certificadas pelos ministérios de tutela, com declaração de exclusividadedeclaração de exclusividade

Page 49: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

Não estão sujeitos ao pagamento do Imposto de Não estão sujeitos ao pagamento do Imposto de

Consumo:Consumo:

a) produtos agrícolas e pecuários não a) produtos agrícolas e pecuários não

transformados;transformados;

b) Produtos primários de silvicultura;b) Produtos primários de silvicultura;

c) Produtos de pesca;c) Produtos de pesca;

d) Produtos minerais não transformadosd) Produtos minerais não transformados

Page 50: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

TAXAS DO IMPOSTO DE CONSUMOTAXAS DO IMPOSTO DE CONSUMO

Varia de 5% a 30%Varia de 5% a 30%

Há uma taxa geral correspondente a 10% ( lista Há uma taxa geral correspondente a 10% ( lista I)I)

Os bens agravados são taxados na ordem dos Os bens agravados são taxados na ordem dos 15% a 30% ( lista II)15% a 30% ( lista II)

Taxa Bonificada de 5% (lista III)Taxa Bonificada de 5% (lista III)

Page 51: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO DE SELOIMPOSTO DE SELO

IMPOSTO DE SELOIMPOSTO DE SELO

O imposto de Selo incide sobre todos os actos, O imposto de Selo incide sobre todos os actos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis e outros contratos, documentos, títulos, livros, papéis e outros produtos previstos na tabela Geral do Imposto de Selo produtos previstos na tabela Geral do Imposto de Selo ( actualizada pelo decreto Executivo n.º 71/04, 9 de ( actualizada pelo decreto Executivo n.º 71/04, 9 de Julho)Julho)

O valor tributável do imposto de Selo é o que resulta O valor tributável do imposto de Selo é o que resulta da Tabelo Geral do Imposto . Exemplo de taxas:da Tabelo Geral do Imposto . Exemplo de taxas:

Aumento de capital social - 0.25%Aumento de capital social - 0.25%

Locação residencial – 0.7% do aluguerLocação residencial – 0.7% do aluguer

Locação residencial 0.7% do aluguerLocação residencial 0.7% do aluguer

Contrato de Venda - 0.5% do contratoContrato de Venda - 0.5% do contrato

Page 52: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO PREDIAL URBANOIMPOSTO PREDIAL URBANODiploma Legislativo n.º 4044, de 13 de Diploma Legislativo n.º 4044, de 13 de

Outubro de 1970Outubro de 1970

IMPOSTO PREDIAL URBANOIMPOSTO PREDIAL URBANOO imposto Predial urbano incide sobre o rendimento efectivo ou O imposto Predial urbano incide sobre o rendimento efectivo ou potencial de prédios urbanos ( valor de rendas ou da equivalente potencial de prédios urbanos ( valor de rendas ou da equivalente utilidade que se obtiver, ou que se tenha a possibilidade de se utilidade que se obtiver, ou que se tenha a possibilidade de se obter)obter)A taxa em vigor é de 30%A taxa em vigor é de 30%Todavia, para efeitos de determinação da matéria colectável Todavia, para efeitos de determinação da matéria colectável deverão ser deduzidas as despesas com a manutenção e deverão ser deduzidas as despesas com a manutenção e conservação do imóvel, estabelecendo a lei, como montante a conservação do imóvel, estabelecendo a lei, como montante a considerar para este efeito, 20% das rendas efectivamente considerar para este efeito, 20% das rendas efectivamente recebidasrecebidasEncontram-se excluídos da incidência deste imposto os prédios Encontram-se excluídos da incidência deste imposto os prédios adstritos ao exercício de actividades sujeitas ao imposto industrial, adstritos ao exercício de actividades sujeitas ao imposto industrial, quando não houver pagamento de renda; colocados ao serviço de quando não houver pagamento de renda; colocados ao serviço de instituições públicas; escolas, museus , etc;instituições públicas; escolas, museus , etc;Benefício Fiscal: Benefício Fiscal: Os prédios habitacionais novos podem beneficiar Os prédios habitacionais novos podem beneficiar de isenção por prazo de 5 à 15 anos em função das prioridades da de isenção por prazo de 5 à 15 anos em função das prioridades da politica habitacional do Estado.politica habitacional do Estado.

Page 53: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

IMPOSTO SOBRE AS SUCESSÕES E IMPOSTO SOBRE AS SUCESSÕES E DOAÇÕESDOAÇÕES

Diploma Legislativo n.º 230, de 18 de Julho de 1931Diploma Legislativo n.º 230, de 18 de Julho de 1931Modificado pela Lei n.º 15/92, de 3 de JulhoModificado pela Lei n.º 15/92, de 3 de Julho

Imposto sobre as sucessões e doaçõesImposto sobre as sucessões e doações

È um imposto progressivo sobre as transmissões a título È um imposto progressivo sobre as transmissões a título oneroso e as sucessões em dinheiro, título do estado, acções, oneroso e as sucessões em dinheiro, título do estado, acções, títulos de crédito de sociedades e bancos e qualquer um títulos de crédito de sociedades e bancos e qualquer um móvel ou imóvel, bem como, de direitos de habitação ou de móvel ou imóvel, bem como, de direitos de habitação ou de água.água.

TaxasTaxas

Nas transmissões entre cônjuges ou a favor de descendentes Nas transmissões entre cônjuges ou a favor de descendentes e ascendentes correspondentes a kz.3.000.000 aplica-se e ascendentes correspondentes a kz.3.000.000 aplica-se uma taxa de 10%. Acima deste valor a taxa é de 15%;uma taxa de 10%. Acima deste valor a taxa é de 15%;

Entre quaisquer pessoas a taxa é de 20% nas transmissões Entre quaisquer pessoas a taxa é de 20% nas transmissões cujo valor seja de até kz.3.000.000. Quanto o valor for cujo valor seja de até kz.3.000.000. Quanto o valor for superior ao mencionado a taxa é a correspondente a 30%superior ao mencionado a taxa é a correspondente a 30%

Page 54: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

SISA SOBRE A TRANSMISSÃO DE IMOBILIÁRIOS POR TÍTULO SISA SOBRE A TRANSMISSÃO DE IMOBILIÁRIOS POR TÍTULO ONEROSOONEROSO

Diploma Legislativo n.º 230 de 18 de Julho de 1931.Modificado Diploma Legislativo n.º 230 de 18 de Julho de 1931.Modificado pela Lei 15/92, de 3 de Julhopela Lei 15/92, de 3 de Julho

SISASISAA sisa é devida pelas transmissões de propriedade imobiliária ( venda, troca, extinção de direitos, arrendamentos a longo prazo – 20 anos pelo menos -), rústica ou urbana, com excepção das transmissões de propriedade perpétua ou temporária das concessões feitas pelo Governo para a exploração de empresas industriais de qualquer natureza, tenha ou não principiado a exploração.Também é devida a Sisa pela cessão de quotas de sociedades que possuam imóveis desde que o cessionário fique a deter pelo menos 17% do capital socialA taxa da sisa é variável entre 2% e 10%

Page 55: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

SEGURANÇA SOCIALSEGURANÇA SOCIAL

SEGURANÇA SOCIALSEGURANÇA SOCIALA lei 7/04, de 15 de Outubro _ lei do Sistema de segurança A lei 7/04, de 15 de Outubro _ lei do Sistema de segurança nacional- define as bases em que assenta o Sistema de nacional- define as bases em que assenta o Sistema de Segurança Social, que tem por objectivo garantir a Segurança Social, que tem por objectivo garantir a subsistência material dos cidadãos nas situações de falta subsistência material dos cidadãos nas situações de falta ou diminuição de capacidade para trabalho, bem como, ou diminuição de capacidade para trabalho, bem como, em caso de morte, dos familiares sobreviventes.em caso de morte, dos familiares sobreviventes.Nos termos da Lei são beneficiários do sistema de Nos termos da Lei são beneficiários do sistema de segurança social.segurança social.a) os trabalhadores por conta de outrem;a) os trabalhadores por conta de outrem;b) os trabalhadores por conta própriab) os trabalhadores por conta própriac) os cidadãos estrangeiros que trabalhem em Angola, c) os cidadãos estrangeiros que trabalhem em Angola, desde que tal se encontre previsto, desde que se encontre desde que tal se encontre previsto, desde que se encontre previsto lei ou por acordos internacionaisprevisto lei ou por acordos internacionais

Page 56: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

A inscrição no sistema é obrigatória, excepto quanto aos A inscrição no sistema é obrigatória, excepto quanto aos trabalhadores por conta própria e aos estrangeiros que provem trabalhadores por conta própria e aos estrangeiros que provem estarem abrangidos pelo seguro social obrigatório do país de estarem abrangidos pelo seguro social obrigatório do país de origemorigemA base de incidência das contribuições para o sistema de A base de incidência das contribuições para o sistema de Segurança social corresponde aos salários e remunerações Segurança social corresponde aos salários e remunerações adicionais definidos no Decreto n.º 8-c/91, de 16 de Março, quer adicionais definidos no Decreto n.º 8-c/91, de 16 de Março, quer para os trabalhadores por conta própria, quer para os para os trabalhadores por conta própria, quer para os trabalhadores por conta de outrem.trabalhadores por conta de outrem.Consideram-se salários e remunerações adicionais os proventos Consideram-se salários e remunerações adicionais os proventos que, nos termos da Lei Geral do Trabalho e da Lei salarial, o que, nos termos da Lei Geral do Trabalho e da Lei salarial, o trabalhador tem direito pela prestação do trabalho e pela trabalhador tem direito pela prestação do trabalho e pela cessação do contrato, designadamente:cessação do contrato, designadamente:O salário base;O salário base;Os salários especiais que, nos termos da Lei salarial, sejam Os salários especiais que, nos termos da Lei salarial, sejam atribuídos para certos postos de trabalho que exijam um atribuídos para certos postos de trabalho que exijam um tratamento salarial específico;tratamento salarial específico;Os prémios e outros estímulos materiais atribuídos por força da Os prémios e outros estímulos materiais atribuídos por força da Lei Salarial e seus diplomas regulamentaresLei Salarial e seus diplomas regulamentares

Page 57: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

As retribuições pela prestação de trabalho As retribuições pela prestação de trabalho

extraordinário e pala prestação de trabalho nocturnoextraordinário e pala prestação de trabalho nocturno

Os subsídios de residência, de renda de casa ou outros Os subsídios de residência, de renda de casa ou outros

de natureza análoga, que tenham carácter de de natureza análoga, que tenham carácter de

regularidade;regularidade;

As indemnizações por despedimentos sem justa causa As indemnizações por despedimentos sem justa causa

e as quantias pagas aos trabalhadores em e as quantias pagas aos trabalhadores em

cumprimento de acordo de cessação de trabalhocumprimento de acordo de cessação de trabalho

Os subsídios de alimentação , de função e Os subsídios de alimentação , de função e

responsabilidaderesponsabilidade

Page 58: Direito TributáRio E Sistema Fiscal Angolano

TaxasTaxas

As taxas de contribuição para o sistema são de 8% As taxas de contribuição para o sistema são de 8%

para as entidades empregadoras e de 3% para os para as entidades empregadoras e de 3% para os

trabalhadores por conta de outremtrabalhadores por conta de outrem

As entidades empregadoras são responsáveis pela As entidades empregadoras são responsáveis pela

entrega das contribuições até ao dia 20 do mês entrega das contribuições até ao dia 20 do mês

seguinte àquele a que dizem respeito, bem como pela seguinte àquele a que dizem respeito, bem como pela

entrega das folhas de remuneraçõesentrega das folhas de remunerações