direito tributário e sistema fiscal angolano
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- 1. CURSO DE CONTABILISTAS SENIORES MDULO DE FISCALIDADE
- Por:Ngouabi Mariano Salvador
- Licenciado e Ps Graduado em Cincias Jurdico Empresariais (UAN)
- Assistente Jurdico do Ministrio das Finanas
- Professor de Finanas Pblicas - Direito Financeiro da Universidade Lusada de Angola
2. 3. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- SUMRIO:
- 1-Noes fundamentais:
- 1.1-Direito Financeiro, Direito Tributrio e Direito Fiscal :noo e relaes entre si;
- 1.2 O imposto e o seu cotejo com figuras afins;
- 1.3- As fases da vida do imposto: a incidncia, o lanamento e a liquidao;
- 1.4- Classificao dos impostos quanto a natureza das taxas.
4. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- Direito Financeiro : um ramo de Direito Publico constitudo por um conjunto de normas jurdicas que regulam a obteno, a gesto, o dispndio e o controlo os meios financeiros pblicos;
- Direito Tributrio : um ramo de Direito constitudo por um conjunto de normas reguladoras da aquisio de taxas e impostos pelo Estado Direito
- Direito Fiscal : um ramo do Direito Tributrio composto pelo conjunto de normas que respeitam incidncia, ao lanamento e cobrana de impostos.
5. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- 1.2- O conceito de imposto:
- O imposto uma prestaounilateral, definitiva, pecuniria ou patrimonial, estabelecida por lei a favor do Estado ou de outra pessoa colectiva pblica, sem carcter de sano, com vista a cobertura das despesas pblicas ( finalidades fiscais do imposto)ou a prossecuo de objectivos de ordem econmica e social ( finalidades extra fiscais do impostos)
6. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- O imposto :
- a)Uma prestao unilateral no conferindo ao contribuinte o direito a qualquer contrapartida especfica;
- b)Prestao definitiva uma vez que o contribuinte no tem direito a exigir qualquer reembolso ( como no emprstimo) ou retribuio como na requisio administrativa);
7. CAPITULO I:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- c) Prestao pecuniria ou patrimonial :Geralmente, a obrigao de imposto apresenta uma natureza pecuniria ( realizada em dinheiro); todavia, actualmente, continuaa haver impostos cuja prestao no feita em dinheiro, como o caso do imposto de selo ( em queprestao tributria consiste numa actividade, o pagamento por meio de estampilhas fiscais. A obrigao de imposto s cumprida quando se inutiliza a estampilha fiscal, e no quando se compra a estampilha)
8. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- d)Prestao Estabelecida por Lei:quer-se dizer, que a Lei a nica fonte da obrigao tributria, portanto, os impostos resultam exclusivamente da Lei ( art. 14. n. 2 da Lei Constitucional)
- e)Sujeito activo - entidade pblica :O imposto uma prestao patrimonial, estabelecida a favor de uma pessoa colectiva de direito pblico, que tanto pode ser o estado, uma autarquia local, ou qualquer outra pessoa colectiva de Direito Pblico, que a lei designe como titular do respectivo direito pblico
9. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- f)Carcter no sancionatrio:o seu pagamento no constitui sano de um acto ilcito. O imposto distingue-se, com esta caracterstica, da multa, que visa sancionar condutas ilcitas, tuteladas pela exigncia de certas quantias em dinheiro queles que violam a lei.
- g) Realizao de fins pblicos :a finalidade normal e clssica do imposto, consiste na atribuio patrimonial a uma pessoa colectiva de direito pblico dos meios necessrios prossecuo de fins pblicos.
10. CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO FISCAL
- Porm, actualmente, o imposto no tem s a finalidade de atribuir meios financeiros ao estado para este satisfazer necessidades colectivas ( finalidade fiscal) mas tambm prosseguir fins extra-fiscais, como seja a justa repartio da riqueza e dos rendimentos (art. 14 n. 1 da Lei Constitucional)
11. 1.3-Fases da vida do imposto
- 1- Incidncia
Incidncia objectiva Incidncia subjectiva 2- Lanamento 3- Liquidao 4- Cobrana (pagamento) 12.
- 1 -A incidncia: a fase em que, em abstracto, se definem os pressupostos tributrios que fazem nascer a obrigao de imposto,definindo-se de forma abstracta, a matria colectvel do imposto e so identificados os sujeitos passivos da relao jurdica fiscal a que o mesmo dar lugar. a fase, em suma, em que a lei determinao quevai estar sujeito a imposto ( incidncia objectiva ) equemvai estar sujeito a imposto ( incidncia subjectiva ).
13.
- 2 -O lanamento :corresponde ao momento do incio da aplicao da lei. a fase em que, do geral e abstracto da incidncia, se passa ao individual e concreto; nesta faseprocessam -se as operaes conducentes identificao particular dos sujeitos passivos e determinao concreta da matria colectvel sobre a qual vai incidir o imposto.
14.
- 3- A liquidao : a operao aritmtica de aplicao de uma taxa matria colectvel apurada na fase do lanamento, para determinao do montante exacto de imposto devido pelo sujeito passivo (colecta). Naqueles impostos em que a lei prev a possibilidade de dedues colecta, a liquidao abrange tambm os clculos decorrentes destas dedues.
- 4 -A cobrana (pagamento):cobrana e pagamento so expresses que traduzem a mesma realidade jurdica. A primeira assumida do ponto de vista da administrao fiscal, que cobra o imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que o paga. a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relao jurdica fiscal. Com a cobrana (pagamento) os valores correspondentes ao imposto vo dar entrada nos cofres do Estado e com isso a relao jurdica fiscal, normalmente, extinguir-se-.
15.
- 4 -A cobrana (pagamento):cobrana e pagamento so expresses que traduzem a mesma realidade jurdica. A primeira assumida do ponto de vista da administrao fiscal, que cobra o imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que o paga. a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relao jurdica fiscal. Com a cobrana (pagamento) os valores correspondentes ao imposto vo dar entrada nos cofres do Estado e com isso a relao jurdica fiscal, normalmente, extinguir-se-.
16. 1.4- Classificao dos impostos quanto a natureza das taxas: proporcionais, progressivos e regressivos
- 1-IMPOSTOS PROPORCIONAIS so aqueles em que o montante de imposto a pagar cresce na mesma razo que a matria colectvel. A matria colectvel duplica, o imposto duplica; a matria colectvel triplica, o imposto triplica...
- Por outras palavras, so aqueles que tm uma taxa fixa, nica e constante, qualquer que seja o valor da matria colectvel (no exemplo da figura, 10%).
- Ex de imposto proporcional : Imposto Industrial 35%)
17. 18.
- 2- IMPOSTOS PROGRESSIVOS,por sua vez, so aqueles em que a colecta de imposto cresceproporcionalmente mais em relao matria colectvel. A matria colectvel duplica, e imposto mais do que duplica...
- Ex: Imposto sobre o Rendimento do Trabalho
19. 20.
- Em relao aos impostos progressivos, importa salientar que no h impostos que sejam indefinidamente progressivos. Nem podia haver, sob pena de, a certa altura, se atingir uma taxa de 100% e o imposto consumir toda a matria colectvel. As taxas do imposto progressivo so crescentes at determinado momento, a partir do qual a taxa passa a ser nica. No caso no nosso IRT, a taxa mxima de tributao de 15%
21.
- 3-IMPOSTOS REGRESSIVOSso aqueles em que a colecta de imposto proporcionalmente cresce menosem relao matria colectvel. A matria colectvel duplica, e imposto menos do que duplica. Quer dizer, so impostos com um leque decrescente de taxas; a taxa aplicvel vai-se reduzindo, medida que a matria colectvel aumenta. No exemplo da figura, taxas de 10%, 9%, 8%, 7% e 6%, para uma matria colectvel de 100, 200, 300, 400 e 500, respectivamente
22. 23. CAPTULO II: TEORIA DA NORMA FISCAL SUMRIO: 2.1- As fontes de Direito Fiscal; 2.2- A Lei Constitucional angolana e os princpios de Direito Fiscal; 2.3- Aplicao das leis fiscais no tempo e no espao 24. 2.1- As fontes do Direito Fiscal
- Fontes de Direito : so os modos de formao e revelao das normas jurdicas;
- Fontes de Direito Fiscal , so pois, os modos de formao e revelao das normas jurdicas tributrias.
- Numa perspectiva hierrquica podemos identificar como sendo fontes de Direito Tributrio as seguintes:
- 1- A Lei Constitucional:que indiscutivelmente a primeira fonte do Direito Tributrio ( art. 14. n. 1 e 2 da LC)
25. 2.1- As fontes do Direito Fiscal
- 2-A Lei e o Decreto Lei ( lei em sentido formal)-na medida em que a criao ou a extino dos impostos e dos seus elementos essenciais, designadamente, a sua incidncia, taxas, benefcios fiscais e garantias dos contribuintes, so exclusivamente tratados por diplomas legais com esta natureza
- Ex: o imposto sobre o rendimento de trabalho regulado pela Lei 10/99.
26. 2.1- As fontes do Direito Fiscal
- 3-Regulamentos Tributrios:como so os casos dos Decretos, das Resolues do Conselho de Ministros; Decretos executivos do Ministros das Finanas; Despachos do Ministro, etc., que versam sobre aspectos tributrios no e