direito tributÁrio

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Resumo para estudo

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DIREITO TRIBUTRIO

CONCEITO

o ramo do Direito Pblico que estudaprincpios e normas reguladores das atividadesde criao, cobrana e fiscalizao de tributos.

A CRIAO feita pelo PODER LEGISLATIVO.A FISCALIZAO e COBRANA feita pelo PODER EXECUTIVO, cuja denominao utilizada no texto do CTN Administrao Tributria.Perigo: a DESTINAO DO DINHEIRO ARRECADADO pelo fisco no estudada pelo Direito Tributrio, mas pelo DIREITO FINANCEIRO. Quando o legislador cria o tributo esta ao estudada pelo Direito Tributrio, quando o executivo faz a cobrana direito tributrio, quando o executivo fiscaliza o pagamento Direito Tributrio, mas quando o dinheiro entra no cofre pblico termina o Direito Tributrio e passa para outro ramo do Direito Pblico que o Direito Financeiro.COMPETNCIA PARA LEGISLAR

A COMPETNCIA para legislar no Direito Tributrio CONCORRENTE da Unio, dos Estados e do Distrito Federal. Os Municpios no legisla com base na competncia concorrente, salvo quando houver interesse local.

Para evitar alguma confuso no ato de criar as leis, pois todos eles podem baixar normas sobre o mesmo assunto, a CF determinou que no mbito da competncia concorrente a Unio precisa uniformizar as leis atravs de uma competncia que para criar as normas gerais. Portanto cabe a Unio editar normas gerais para uniformizar as leis que emanam de vrias esferas do Brasil devido a competncia ser concorrente.Atualmente tais normas gerais esto na Lei 5172/66, que a lei que introduziu no Brasil o CTN.

P: Qual a natureza jurdica do CTN?

R: O CTN formalmente lei ordinria e materialmente lei complementar. Art. 146, CF.

Explicao da resposta: Quando o CTN foi promulgado em 1976 vigorava a CF/46 e nesta o Direito Tributrio era reservado a lei ordinria e no a lei complementar. Por isto o CTN foi promulgado como LO (que possui numerao alta, j a complementar possui enumerao baixa), possuindo, ento, a forma, a aparncia e a numerao de LO. Vinte anos aps a promulgao do CTN foi aprovada a CF/88 e no seu art. 146 o legislador constitucional criou uma novidade: as normas gerais do Direito Tributrio passariam a ser normas de lei complementar. A doutrina para conciliar o que o CTN era e o que o CTN passou a ser criou a frase: O CTN TEM FORMA, APARNCIA E NUMERAO DE LEI ORDINRIA, MAS DESDE A CF/88 O SEU CONTEDO, SEUS ASSUNTOS, SUAS MATRIAS SO DE LEI COMPLEMENTAR. Portanto o CTN uma lei hbrida porque sua forma de lei ordinria e a sua matria de lei complementar, P: De quem a competncia para a iniciativa de projeto de lei em matria tributria?

R: Regra (STF): segundo o STF a competncia para ENVIO DE PROJETO DE LEI TRIBUTRIA COMUM ENTRE O LEGISLATIVO E O EXECUTIVO. Explicao da resposta: nesse contexto o STF registra a palavra concorrente (existe uma explicao tcnica para competncia concorrente: esta seria propriamente para legislar, no sendo uma nova competncia legislativa porque para a aprovao da lei como um todo, portanto o supremo no usa essa palavra nesse contexto). Logo se estiver escrito concorrente a resposta est errada, pois no sinnimo de comum. Para a aprovao de uma lei necessrio que se obedea a um procedimento denominado Procedimento Legislativo, iniciado no Projeto de Lei. No caso da competncia comum o PJ pode nascer no parlamento ou no executivo. O assunto reserva do executivo, mas a iniciativa s pode comear no mbito federal, por ex., com o envio pelo presidente da repblica, quando ele for PJ sobre organizao da Administrao Pblica Federal no pode comear no parlamento. Portanto se o Presidente no quiser mudar a lei, esta no muda porque a iniciativa privativa dele. Este no o caso do Direito Tributrio, que pode nascer no prprio parlamento ou ser emitido pelo Presidente da Repblica. Isto que o STF chama de competncia comum.PRINCPIOS DO DIREITO TRIBUTRIO

PRINCPIO DA LEGALIDADE OU ESTRITA LEGALIDADE OU TIPICIDADE CERRADA ART. 150, I DA CF c/c ART. 97 CTN

[Este dispositivo no enuncia o Princpio da Legalidade, pois o constituinte de 1988 cometeu um equvoco ao contar apenas metade da legalidade porque a redao d a impresso de que quando o tributo for instituir ou extinguir no precisa de lei. Por isto que este artigo no muito importante para esse princpio]ConceitoA criao, aumento e extinode tributossempre dependem de lei.

* O Direito Tributrio regulamentado por Lei Ordinria, portanto ela que cria, aumenta, extingue o tributo (o imposto, a taxa e a contribuio). Mas h 04 tributos no Brasil que so institudos por Lei Complementar (so 04 excees a regra da LO):1. Emprstimos Compulsrio;

2. Imposto sobre Grandes Fortunas;

3. Impostos Residuais;

4. Contribuies Previdencirias Residuais (ou Novas Fontes de Custeio da Seguridade).

Cerca de 500 tributos existem no Brasil, sendo, portanto, 496 criados por LO. Ento no caso de dvida chutar na LO.

A CF no seu art. 62 probe a instituio de tributo por meio de Medida Provisria quando for tema de lei complementar.

P: A CF admite edio de MP tributrias?

R: Sim, desde que no seja tema de matria de LC. Porm se a MP criar ou majorar IMPOSTO, este s poder ser exigido no exerccio seguinte ao da CONVERSO DA MP EM LEI (exerccio financeiro = ano civil = 1 de janeiro a 31 de dezembro). No permitido a partir da edio da MP e sim da CONVERSO da MP em lei. Enquanto no houver a converso em lei o imposto no poder ser cobrado.Ateno: para outra espcie tributria, como por ex. a taxa, a MP pode instituir o tributo e a exigncia no precisa aguardar a converso em lei, bastando cumprir a anterioridade.

* Princpio da Anterioridade.

STF 1(data para pagar o tributo) o tribunal considera o rol do art. 97 do CTN taxativo (ou seja, tudo o que o legislador esqueceu de mencionar ficou fora da reserva legal e no precisaria de lei para ser disciplinado) tiver nele mencionado no precisa de lei, razo pela qual por falta de meno expressa a definio da data para pagar o tributo no depende de lei, podendo ser feita por ato administrativo, como por ex. o decreto do poder executivo e a portaria.

Observao: para atualizar o valor da base de clculo do tributo no se exige lei (art. 97, par. 2 CTN). Atualizar a base de clculo aumentar o seu valor conforme o ndice de inflao dentro daquele perodo tenha aumentado, sendo dispensvel a criao de uma lei para isso. Entretanto se a atualizao for maior que o ndice apresentado naquele perodo, ento h necessidade de se criar uma lei para esse aumento, pois considerado a ocorrncia da majorao do tributo e para isto s possvel sua concretizao mediante lei.Excees:

06 tributos podem teralquotas modificadaspor ato do Executivo

* No h um caso com base de clculo, s de alquota. A competncia do executivo para mexer na alquota, NUNCA na base de clculo porque tema exclusivo de lei.* Institudas, no!! A razo disto que ao ato do poder executivo no lhe cabe a criao da alquota porque s cabe ao ato modificar algo que j existe. Quando a CF usa o verbo modificar existe o pressuposto de que alquota j tenha sido fixada pelo legislador, ento enquanto a primeira alquota no for criada pelo legislativo no surge a competncia de modificao para o executivo. A modificao pelo executivo s pode ser em 06 casos:

1. II

2. IE

3. IPI

4. IOF5. CIDE Combustveis6. ICMS Combustveis* Observa-se que exceo a legalidade porque ato do executivo no lei, mas sim um DECRETO expedido pelo Presidente da Repblica. H um caso na jurisprudncia que admite tambm portaria.PRINCPIO DA ANTERIORIDADE ART. 150, III, 'B' E 'C' DA CF

A EC 42 adicionou a alnea c.Conceito

Tributo criado ou majorado em um exerccios poder ser exigido no ano seguinteRespeitado o intervalo mnimo de 90 dias.

* = ano.* = Anterioridade Anual (s esta parte do conceito que poder ser cobrado no ano seguinte)* = Anterioridade Nonagesimal ou Reduzida ou Especial ou Mitigada (reduzida) ou Noventena

Antes da EC 42 a maioria do tributo se sujeitava apenas a anterioridade anual e os outros a nonagesimal, funcionando separadamente. A EC 42 combinou o funcionamento das duas anterioridades (anual + nonagesimal) porque quando a anterioridade era s anual comeou a acontecer dos tributos serem institudos nos ltimos dias do ano e com a virada do ano no tinha como impedir a sua cobrana. Ento a anterioridade anual por abuso da Unio acabou esvaziando a proteo do contribuinte, por isto a EC 42 criou o intervalo de 90 dias para o contribuinte possa se preparar para a cobrana do tributo.Contagem de AnterioridadeEx 1: supondo que um tributo tenha sido criado e regulamentado no dia 28/04/08, se tiver que respeitar os 90 dias, ser exigido a partir do ano financeiro seguinte, ou seja, a partir do 1 de janeiro de 2009.

Ex 2: supondo que o tributo tenha sido criado e publicado no dia 28/12/08, se tiver que respeitar os 90 dias, ser exigido no dia 28/03/09 (h necessidade de na prtica contar no calendrio porque so 90 dias corridos).

Cuidado: por fora do art. 97, par. 2 CTN, a atualizao monetria da base de clculo no equivale ao aumento do tributo, razo pela qual pode ser exigida imediatamente (sem anterioridade).

Ateno: h 03 grupos de excees a anterioridade (EC 42)1. Tributos de cobrana IMEDIATA (no dia seguinte, no respeitando os Princpios da Anterioridades e o Nonagesimal):

1. II;

2. IE;

3. IOF;

4. IEG (Imposto Extraordinrio de Guerra);5. Emprstimo Compulsrio de Calamidade Pblica ou Guerra Externa (guerra civil no).2. Tributos que respeitam SOMENTE OS 90 DIAS (podem ser cobrados no mesmo ano porque no respeitam o Princpio da Anterioridade): (cai na OAB)1. IPI;

2. Contribuies Sociais, art. 195 CF;

3. CIDE Combustveis;

4. ICS Combustveis.3. Tributos cobrados no ANO SEGUINTE (sem os 90 dias, respeitando somente o Princpio da Anterioridade)

1. IR;

2. Alteraes na BASE DE CLCULO do IPTU e do IPVA.

09/09/08

Dicas:

CF: art. 145 a 162.

CTN: a partir do art. 97

Caderno

Testes

www.professorsabbag.com.brLivro, se possvel.

Princpio da Isonomia Tributria art. 150, II CF

vedado o tratamento tributrio desigual queles que s encontram em situao de equivalncia.

No Direito Tributrio, os iguais e os desiguais sero identificados na perspectiva objetiva do fato gerador, sendo desimportantes os aspectos externos ao fato imponvel (ilicitude do ato, incapacidade civil do contribuinte etc.). Art. 118 c/c art. 126 CTN. Note que a capacidade tributria passiva plena e independe de aspectos externos ao FG. Ex: bicheiros, prostitutas, menores etc. Mxima latina: tributo non olet (tributo no tem cheiro).

Para a exata compreenso do Princpio da Isonomia Tributria, deve-se ler o Princpio da Capacidade Contributiva, que com aquele se entrelaa.

Princpio da Capacidade Contributiva art. 145, par. 1 CF

Sempre que possvel os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica de cada um.

Detalhando...

Impostos: segundo a CF, o princpio atrela-se to-somente a impostos. Entretanto, o STF j o estendeu a outras espcies tributrias, por ex., s taxas.

Sempre que possvel: tal expresso indica que o postulado ser aplicado de acordo com as possibilidades tcnicas do imposto. O princpio da Capacidade Contributiva ser exteriorizado por meio de tcnicas de incidncia de alquotas, tais como a progressividade, a seletividade, entre outras.

Progressividade: tcnica pela qual se aumentam as alquotas perante os aumentos de base de clculo. So progressivos, segundo a CF:

1. IR art. 153, par. 2, I CF uma progressividade chamada fiscal, isto , com intuito arrecadatrio;

2. IPTU art. 156, par. 1, I e II CF uma progressividade extrafiscal, isto , com intuito regulatrio para a funo social da propriedade urbana;

3. ITR art. 153, par. 4, I CF uma progressividade extrafiscal, isto , com intuito regulatrio para a funo social da propriedade rural.

Seletividade: tcnica de incidncia de alquotas que tendem majorao quanto menor for a essencialidade do bem. Alquota essencialidade. Tal sistemtica atrela-se ao ICMS e ao IPI, conforme previso na CF, permitindo-se maior onerosidade sobre bens SUPRFLUOS (desaconselhveis). Ex: cosmticos, bebidas alcolicas, cigarros etc.

Testes: Sempre... - ERRADO, Todos os impostos... - ERRADO.

Princpios da Irretroatividade Tributria art. 150, III, a CF

vedada a retroatividade da lei tributria, como regra. Assim, a lei tributria dever vigendo para frente, atingir fatos geradores a ela posteriores.

Na verdade o art. 5, XXXVI CF prev a regra, de modo genrico: lei => fatos. Art. 150, III, a CF h a irretroatividade especfica (tributria): lei => fatos geradores.

para a preservao da segurana jurdica: vigncia prospectiva. Ex de vcio: lei publicada em 09/09/08, tendente a atingir fatos geradores a partir de 01/01/08.

Pergunta: Tal princpio comporta excees (mitigao / atenuao)?

Resposta: Sim, conforme se ler no art. 106, I e II CTN. (DECORAR)

Excees: grfico

Lei -> FG exceo - pontilhado

|=> regra caixinha

Inciso I: lei interpretativa

Lei => FG dever retroceder dentro da idia da benignidade (retroatio in melius)

Lei => FG essa imunidade serve para preservar o equilbrio federativo.

=> autarquias e fundaes pblicas (agncias reguladoras e associaes pblicas) tambm so imunes (art. 150, par. 2 CF). S afasta impostos sobre patrimnio, renda e servios vinculados as suas finalidades essenciais.

b) Templos de qualquer culto (art. 150, VI, b CF): instituies religiosas no pagam NENHUM IMPOSTO (as outras espcies so devidas)

=> afasta qualquer imposto

=> beneficia todas as religies

Perguntas: reas contguas (mesmo nmero de matrcula) ao templo tambm so imunes? (estacionamentos, creches, casas sacerdotais, quadras)

Resposta: Sim. Pois para o STF desde que seja o mesmo terreno a imunidade aplicvel, ainda que haja explorao econmica.

Pergunta: E se o imvel for locado?

Resposta: Depende. Se a igreja locadora ou locatria. Se locadora (dona que aluga para um 3) a imunidade permanece se o valor do aluguel for revertido para atividades essenciais da igreja. Porm se locatria no tem imunidade (s quanto ao templo).

c) Imunidades dos partidos polticos (art. 150, VI, c CF):

=> so imunes aos impostos as seguintes pessoas jurdicas:

a) partidos e suas fundaes;

b) sindicatos de trabalhadores;

c) entidades de educao sem fins lucrativos

d) entidades de assistncia sem fins lucrativos (tambm imunes a contribuies)

Ateno: na verdade no interessa tanto se a instituio tem ou no fins lucrativos, mas se ocorre o preenchimento dos requisitos do artigo 14 do CTN:

1. No distriburem patrimnio ou renda a qualquer ttulo;

2. Aplicar integralmente no Brasil seus recursos na manuteno de objetivos institucionais;

3. Escriturao de receitas e despesas em livros que assegurem a exatido (regularidade contbil).

d) Imunidades dos livros, jornais, peridicos e o papel para a sua impresso (art. 150, VI, d CF):

=> a chamada imunidade de imprensa serve para baratear a difuso cultural.

Perigo: das 04 imunidades do art. 150, VI CF esta a nica imunidade OBJETIVA (assim o livro, produto, mas editoras pagam IPTU, IR, IPVA etc).

Ateno: tambm vale para livros no formato de CD-Rom.

Ateno: o papel o nico insumo imune (tinta paga).

Ateno: material de contedo adulto imune, pois para o STF no importa o contedo da publicao.

13/10/09

CONCEITO DE TRIBUTO

Tributo prestao...

1. Pecuniria: paga-se o tributo em pecnia, que indica moeda que no Brasil o Real. Pode ser paga em cheque tambm, art. 162 CTN. Ex: produtor rural que produz soja em uma cidade chamada Sorriso-MT. Pode entregar soja como forma de pagamento? No, pois o tributo em natura no admitido.

2. Compulsria: no facultativo, no voluntrio e no contratual (pegadinha).

3. Diversa de multa: no se confunde com multa (esta prestao pecuniria, compulsria, DIVERSA DE TRIBUTO, instituda por lei e cobrada por lanamento art. 97, V CTN e art. 142 CTN).

4. Instituda por lei: o tributo depende de lei, mas EC 32/01 trouxe para a CF a possibilidade de medida provisria criar ou aumentar imposto no Brasil art. 62, par 2, III CF.

5. E cobrada por lanamento: art. 142 CTN conceitua lanamento, que um ato vinculado (e no discricionrio) a lei.

ESPCIES DE TRIBUTO art. 145 CF e art. 5 CTN

So 03 as espcies de tributo que deram origem a Teoria Tripartida / Tripartite

1. Impostos

2. Taxas

3. Contribuies de Melhoria

Com o tempo surgiram outros tributos que no fazem parte dessa teoria. O entendimento da doutrina que h uma 3, 4 e 5 espcies tributrias que fazem parte do trip. Portanto doutrina e STF entendem que h 05 espcies de acordo com a Teoria Tentapartida / Tentapartite

4. Emprstimos Compulsrios

5. Contribuies sociais previdencirias residuais (nome genrico, diferente de contribuies de melhoria).Imposto art. 16 CTN

um tributo no vinculado com a atividade estatal. Ex: IPTU o Estado no se manifestou e sim o particular que se tornou proprietrio de um imvel na zona urbana. Ex: IPVA particular que se tornou o proprietrio de um automvel.

EU AJO, EU PAGO - se a pessoa age e se a pessoa paga ento o imposto tributo unilateral.

Teste: Os impostos dependem todos de Leis Ordinrias? ERRADO, pois h 04 criaturas que dependem de Lei Complementar, sendo 02 impostos federais:

1. Imposto sobre Grandes Fortunas;

2. Imposto Residual ( imposto novo que se surgir no Brasil ser federal e por meio de LC).

Os impostos podem ser federais, estaduais ou municipais, cabendo aos entes polticos, abaixo indicados, o poder privativo de instituio de tais gravames (competncia tributria privativa).

Art. 153 CF => impostos federais

Competncia privativa => Unio

Art. 155 CF => impostos estaduais

Competncia privativa => estaduais e DF (os impostos estaduais no competem s aos estados, mas competem aos estados e ao DF).

Art. 156 CF => impostos municipais

Competncia privativa => municpios e DF

Competem ao DF 02 tipos de impostos: estaduais e municipais. O nome dessa competncia competncia tributria cumulativa.

Lista dos Impostos:

FederalEstadualMunicipal

IIICMSIPTU

IEIPVAISS

IPIITCMD (causa mortis ou doao)ITBI (compra de imvel)

Imposto sobre Transmisso inter vivos (ITIV) de bens ...

IOF

IR

ITR

Imposto Extraordinrio de Guerra

Impostos sobre Grandes Fortunas

Imposto Residual

Dica de estudo: para o conhecimento dos impostos em espcie, imprimir o arquivo esquena sinptico de impostos no site: www.professorsabag.com.br. Observar, no livro, o quadro que contm o nomem juris relativos s siglas acima (pp 81 ou 82...).

Estudo do art. 154 CF: h 02 impostos nesse art. (decorar): Imposto Residual e IEG.

I Imposto Residual:

imposto federal (Unio);

lei complementar (Medida Provisria, aqui, no! - tudo que depende de lei complementar para ser institudo no pode ser objeto de MP, art. 62, par. 1, III CF. ONDE A LEI COMPLEMENTAR VERSAR, A MP NO IR APITAR);

Competncia residual: porque um imposto novo. Deve respeitar o Princpio da No Cumulatividade, isto , probe-se a tributao em cascata. No poder conter fato gerador ou base de clculo de outro imposto.

II Imposto Extraordinrio de Guerra:

imposto federal (Unio);

lei ordinria;

criado para situao de guerra iminente quanto para guerra j eclodida;

competncia tributria extraordinria;

pode ser criado com fato gerador de imposto da Unio ou no, ou seja, o IEG pode estar compreendido no campo da competncia da Unio ou no. O fato gerador do IEG no a guerra, pois fato gerador uma situao que demonstra capacidade contributiva, logo o fato do Brasil participar de uma situao beligerante pode no ter nascido esse imposto e o fato gerador vai ser de um imposto qualquer, como por ex., do IR ou do IPTU etc. ex: pode vir a pagar o IPTU para o municpio X e o IEG para a Unio sob o mesmo fato gerador. A OAB quer saber se com o IEG possvel a bi-tributao (mais de um ente tributante que cobra um ou mais tributos sobre um mesmo fato gerador). A resposta sim. O IEG surgir com o FG de qualquer imposto, podendo surgir uma bi-tributao, que ser constitucionalmente admitida.

Dica: ver teste OAB 136 SP/CESP/UNB.

Taxas art. 145, II CF e art. 77 a 79 do CTN

Conceito: a taxa tributo vinculado atividade estatal. Portanto, o Estado agir, e o contribuinte ser chamado a pagar a taxa.

A taxa um tributo bilateral ou contraprestacional ou sinalagmtico.

A lei instituidora de uma taxa sempre a lei ordinria, logo no h caso de lei complementar.

A taxa pode ser um tributo federal, estadual ou municipal (o DF tambm, podendo criar as taxas de mbito estadual e municipal porque a competncia cumulativa, embora a CF s fala em relao aos impostos). A taxa difere de imposto porque no mbito deste a competncia tributria privativa, j no campo da taxa o mesmo fato gerador se for prestado pela Unio vai ensejar uma taxa federal e assim com os outros mbitos. Ex: IPVA quem tem competncia para este imposto so os Estados ou DF. Na taxa o mesmo FG, que a Ao estatal poder de polcia ou servio pblico, se for da Unio a taxa federal etc. A competncia tributria diferente, embora impostos e taxas sejam competncia de todos os mbitos, os impostos tm competncia privativa e a taxa tem competncia comum. Memorize, todavia, que a competncia tributria para as taxas no privativa, mas comum (ausncia de listas).

Vamos ao FG das taxas... (prxima aula)Perguntas no final da aula

Competncia a instituio do tributo. 20/10/08

O fato gerador da taxa poder ser:

A taxa um tributo bilateral, ento quem agir ser o Estado e o contribuinte ir ressarci-lo com o dinheiro chamado de taxa. Por isto que o fato gerador uma ao do Estado.

Duas aes estatais:

1. Taxa de servio ou de utilizao: vem o servio pblico do estado e volta o dinheiro em taxa de servio. ex: servio pblico. Art. 79 CTN.

2. Taxa de poder de polcia ou de fiscalizao: vem o poder de polcia e volta o dinheiro em taxa de polcia. o poder de polcia. Art. 78 do CTN.

Taxa de polciaO poder de polcia a atividade fiscalizatria que limita o exerccio de direitos e liberdades individuais, em prol da coletividade. Ex: taxa de alvar / de funcionamento / de localizao.

Obs.: quase sempre, a taxa de polcia vem com a locuo de fiscalizao: Taxa de Fiscalizao Ambiental; Taxa de Fiscalizao de Ttulos e Valores Mobilirios; Taxa de Fiscalizao de Balanas.

Taxa de servioServio pblico => especfico E divisvel (especificidade e divisibilidade). Os atributos de uma taxa de servio so: especificidade e divisibilidade.

Especficos (ou singular ou ut singuli): o servio prestado em unidades autnomas de utilizao.

Divisvel: ou quantificvel. Logo o que prestado por uma unidade autnoma passa a ser quantificvel.

Ex: a luz um servio pblico, onde o particular para obt-la basta apertar o interruptor. especfico porque pode ser prestado em unidades autnomas (em prdios, casas etc.) e pode ser quantificvel (quem gasta mais paga mais). O mesmo ocorre com gs, gua e esgoto (h controvrsias na doutrina).

O que cai no se o servio de gua enseja taxa, mas o que no pode ensejar a taxa: o contrrio do especfico e o divisvel, ou seja, o inespecfico e o indivisvel que o SERVIO PBLICO GERAL (universal ou ut universi). O servio pblico geral aquele prestado a todos, indistintamente. Ex: segurana pblica um servio pblico geral. O art. 144, par. 5 diz que a segurana pblica um dever do Estado e um direito do particular, razo penal qual que a tributao no pode haver. Ex: segurana externa considerada, por meio das foras armadas e no tem como haver tributao. Ex: limpeza pblica (nada tem a ver com a taxa de lixo que a taxa de coleta de lixo). O servio pblico geral custeado por meio de imposto, razo pela qual no cabe a incidncia de taxa.

Taxa de iluminao pblica: servio pblico geral, portanto j custeado por meio de imposto e por isto no pode incidir a taxa. O STF consagrou o tema onde diz que essa taxa inconstitucional. Tal servio pblico no pode ser remunerado por meio de taxa. Smula 670 STF.

EC 39/02 trouxe o art. 149-A para a CF e permitiu, a partir de 2003, a criao da Contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica. Trata-se da COSIP ou CIP, criada por lei ordinria, sendo de competncia dos municpios e DF.

Base de clculoImpostoArt. 145, par. 2 CF

Base de clculo da taxa no pode ser a mesma base de clculo do imposto.Taxa

o valor do bem.

Como o tributo unilateral, ns agimos e pagamos, no h outra grandeza para a valorizao do imposto. o custo da ao estatal.

O Estado age e o particular paga.

CONTRIBUIO DE MELHORIA art. 145, III CF e arts. 81 e 82 CTN

Este tributo se aproxima da taxa. Note os pontos em comum:

1. Tributo vinculado a atividade estatal;

2. Bilateral ou contraprestacional ou sinalagmtico (o Estado age e o contribuinte paga);

3. Lei ordinria;

4. Tributo federal ou estadual ou municipal.

5. Competncia tributria comum: ausncia de listas.

Fato gerador: ser cobrado em razo de obra pblica que valoriza o imvel.

Base clculo: o quantum de valorizao experimentada pelo imvel. Esta valorizao ser aferida e as contribuies sero auferidas de modo individualizado. Deve haver o respeito a dois limites de cobrana: 1) individual e 2) total (teto de valor gasto com a obra).

Feita uma obra pblica e morador da zona sul tambm paga h a rea de influncia que a lei demarca em funo da obra, ou seja, deve haver o respeito a zona de benefcio rea de influncia (rea legalmente identificada como valorizvel).

A obra pblica vai ensejar a cobrana ao seu final.

Ex: obra de pavimentao asfltica a cobrana de taxa inconstitucional. O STF disse que a taxa de asfaltamento inconstitucional, devendo haver a cobrana apenas de contribuio de melhoria.

EMPRSTIMO COMPULSRIO art. 148, I e II CF

tributo federal;

Competncia da Unio;

Lei complementar: onde a lei complementar versar a medida provisria no apitar art. 62, par. 1, III CF;

O emprstimo compulsrio se distingue das demais espcies pelo atributo exclusivo da restituibilidade (e no pela compulsoriedade porque todos os tributos so compulsrios);

Art. 148 tem dois incisos com pressupostos fticos (que diferente de fatos geradores):

III

Pressupostos fticoscalamidade pblica

e

guerra externainvestimento pblico de carter urgente

e

relevante interesse nacional

Situao emergencial, logo so excees a anterioridade anual e nonagesimal. A exigncia ser imediata. Aqui pode esperar. Regra as anterioridades anual e nonagesimal.

Par. nico emprstimo compulsrio ser afetado despesa que o fundamentou. No pode haver desvio de finalidade. Tem sido um dos motivos ao lado da restituio pelo qual no institudo.

Perguntas no final da aula:

Pavimentao asfltica contribuio de melhoria. O recapeamento dever de manuteno da via pblica, ento no pode cobrar a contribuio.

21/10/08

CONTRIBUIES - art. 149 CF=> Tributo qualificado por destinao;=> LO;=> so tributos de competncia PRIVATIVA da Unio (no exclusiva porque esta implica em no ter exceo, ou seja, quando existem excees no exclusiva e sim privativa, como por ex., os Emprstimos Compulsrios).=> Porm existem 02 contribuies que no so federais:1. Contribuio de Iluminao Pblica ou COSIP ou CIP (art. 149-A CF): Distrito Federal e Municpios podem cobrar contribuio de iluminao pblica, facultada a arrecadao na fatura de consumo da energia residencial (conta de luz). Cuidado: no uma hiptese de bi-tributao, significa apenas que o mesmo documento de arrecadao serve para a cobrana do tributo, s, no ensejando a base de clculo. (cai na prova).Teste: Estado pode cobrar e criar tributo?

Resposta: No porque a CF no permite.

uma contribuio que no federal.2. Estado, DF e Municpios podem cobrar contribuio de seus servidores para custeio de regime previdencirio prprio (art. 149, par. 1). (h uma autarquia chama IPESP que cobra dos servidores, como por ex., procurador, para a sua previdncia).

*Cuidado: nada impede que as contribuies tenham base de clculo e fato gerador prprios de Impostos. As contribuies podem bi-tributar.

Lembrar que existem 03 regimes de incidncia das contribuies, especialmente das Cofins.

a) Cofins Monofsica

b) Cofins Plurifsica Cumulativa

c) Cofins Plurifsica no-cumulativa

As contribuies so de 03 tiposa) Cide (Contribuio de Interveno no Domnio Econmico): um instrumento federal para a regulao de mercado. uma forma do governo regular a economia em alguns setores em que precisam de uma interveno especial. Ex: Cide Combustveis (indstria do petrleo e seus derivados); Cide Royalties (de incentivo para o desenvolvimento tecnolgico do pas, quem usa tecnologia estrangeira, cujo valor arrecadado vai para o ensino de pesquisa).

b) Contribuies de Interesse das Categorias Profissionais ou Econmicas. Ex: Anuidade da CRM; Anuidade para a OAB (esta entende que tributo, mas o STJ diz que no tributo) (advogados, estagirios, associaes), CREA e as Contribuies Sindicais.

Perigo: contribuio sindical tributo, contribuio confederativa no - art. 8, IV, CF - Confederativa no tributo pq no criada por lei, como a criada pela assemblia geral, logo pode ser qq coisa, menos tributo. A pessoaq filiado ao sindicato paga duas coisas diferentes, h um valor para custear o sindicato do metalrgicos do ABC, sendo esta um tributo, mas aquela q custei as todos as instncia superiores no tributo ver no livro).

c) Contribuies Sociais ou Previdencirias (art. 195 CF): ex: Cofins, PIS, CSLL.

Ateno: existem 03 sistemas integrantes da Seguridade Social ( composta pelo sistema pblico de sade; pela previdncia responsvel pelo pagamento de penses e aposentadorias; assistncia social so os programas de governo de apoio a famlias carentes).

Segundo o entendimento do STF existem contribuies especiais que no se enquadram nessas 03 categorias chamadas de contribuies gerais, como o salrio-educao e as contribuies pelo Sistema S (conjunto de entidades conhecidas como servios sociais: Senai - indstria, Sesc - comrcio, Senat - transporte, Sebrae empresas). uma nova categoria dentro das contribuies.

COMPETNCIA TRIBUTRIA

=> a aptido para criar tributos por meio de lei. Quem exerce o legislador.

|

Competncia tributria diferente de capacidade tributria ativa.

|

indelegvel

|

a aptido para cobrar tributos (Administrao

Tributria que o Poder Executivo).

|

delegvel (art. 7 CTN)

|

Parafiscalidade a delegao de capacidade ativa. Ex:

anuidade da OAB.

Caractersticasa) indelegabilidade;

b) privatividade;

c) facultatividade;

d) irrenunciabilidade;

e) incaducabilidade;

f) inampliabilidade.

Interveno da Unio nas alquotas estaduais e municipaisA CF/88 prev que em 04 impostos estaduais e municipais a Unio interfere nas alquotas puxando para mais ou para menos.

Resoluo do Senado

alquota mnimaalquota mxima

IPVASim

ITCMDSim

ICMSSimSim

Lei Complementar da Unio pode fixar alquotas mnima e mxima do ISS.

*TRIBUTAO NAS IMPORTAES E NAS EXPORTAES

Quando importo um produto paga tudo que tributo; mas na exportao s incide o I.E.

RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR

Dependem de lei complementar:a) Emprstimos Compulsrios;

b) Imposto sobre Grandes Fortunas;

c) Impostos Residuais;

d) Contribuies Previdencirias Residuais;

e) Normas Gerais (lanamento, obrigao, crdito, sujeito passivo);

f) Disciplina das Limitaes ao Poder de Tributar;

g) Conflitos de Competncia ;

h) Simples Nacional (LC n 123/06) ou Super Simples

um sistema facultativo (nenhuma empresa obriga a entrar e pode sair quando quiser).

Microempresas receita anual de at 240 mil reais.

Empresas de pequeno porte receita anual em 240 mil e 02 milhes e 400 mil reais.

Mdias e grandes empresas no podem aderir ao super simples.

Impostos: IRPJ, IPI, Cofins, CSLL, ICMS, ISS.

Disciplinado por lei complementar.

REPARTIO DE RECEITAS art. 157 e 158 CF.

Pertencem aos estados:

a) 100% do IR de servidores estaduais;

b) 20% de Impostos Residuais.

Pertencem aos municpios:

a) 100% do IR de servidores municipais;

b) 50% do ITR* (se o M celebrar convnio pode ficar com a totalidade do imposto);

c) 50% do IPVA;

d) 25% do ICMS.

(simulados 1 ao 6 para SP e simulados 1 ao 3 cesp).

Perguntas no final da aula:

OAB possui iseno?

Contribuies podem ter fatos geradores de Imposto.

27/10/08

DIREITO TRIBUTRIO NO CTN

Ler arts. 97 (a partir de);

megassimulado (mais de 200 itens sobre o CTN);

www.professorsabag.com.br; imprimir o arquivo Linha do Tempo.

A Linha do Tempo, abaixo reproduzida, indica uma sucesso lgica e cronolgica de acontecimentos, que ocorrem na relao jurdico-tributria. Note:

|o Estado tributando

|---------------------------------------------------->na seta: ao de execuo fiscal

marco inicial: hiptese de incidncia (HI)

HI: momento de abstrao

EF: momento de total concretude

Note, agora, a linha do tempo revelada em sua integralidade.

Tudo inicia com a HI q se concretiza no FG q constitui a Obrigao Tributria e esta antecede o lanamento q transforma a OT em crdito tributrio q ao ser inscrito surge a dvida ativa q com base na CDA haver a Execuo fiscal. Entre este e a execuo fiscal surge a certido de dvida ativa.

Vamos aos conceitos porque o CTN um cdigo conceitual.

1. Hiptese de incidncia: a situao abstrata e prevista em lei, sendo hbil a deflagrar o tributo. Ex: auferir renda, circular mercadorias natural plano abstrato (hipottico).

2. Fato gerador: indica a materializao, no plano ftico / concreto da hiptese abstratamente prevista. Note: auferir renda => (nexo) => eu aufiro renda

(plano abstrato) OT (...)

OT possui 04 elementos:

a) sujeito ativo (parte): arts. 119 e 120 CTN. o ente credor do tributo. Como entes credores, podemos ter:

i) Unio, Estados, Municpios e DF.

Eles criam o tributo.

=> detm competncia tributria,

=> poder poltico,

=> poder indelegvel.

ii) Entes Parafiscal (CREA a Unio cria e o CREA arrecada a contribuio dos engenheiros, sendo um tributo federal denominado de contribuio profissional).

Eles arrecadam e fiscalizam o tributo.

=> detm capacidade tributria ativa,

=> poder administrativo,

=> poder delegvel.

bom frisar que o tributo s pode ser pago para um sujeito ativo. Sob pena de vcio de bi-tributao mais de um ente tributante que cobra um ou mais tributos sobre o mesmo fato gerador. Para essa anomalia, o artigo 164, inciso III, CTN prev a ao de consignao de pagamento, como possibilidade de resoluo judicial da situao anmala.

Obs.: o bis in idem igualmente um fenmeno anmalo, porm o seu conceito diverso. Ocorre quando um ente tributante cobra mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador.

b) sujeito passivo (parte): arts. 121 e 123 CTN. o ente devedor do tributo.

Art. 121, par. CTN

Inc. I

Contribuinte

relao pessoal e direto com FG

ex: proprietrio IPTU

Inc. II

Responsvel

3 pessoa escolhida por lei para pagar o tributo sem que tenha realizado o FG

c) objeto (prestao): art. 113, pars. 1 e 2 CTN.d) causa (vnculo jurdico): art. 114 e 115 CTN.03/11/08

RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA

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Exemplos:

a) Menininho (filho menor)

Contribuinte: menor

Responsvel: pai

Art. 134, I CTN

b) Casinha

Contribuinte: alienante

Responsvel: adquirente

Art. 130, CTN

Obs.: caso o adquirente faa prova da inexistncia de dbitos, por meio de certido negativa de tributos, a responsabilidade ser dele afastada.

c) Fbrica comprando fbrica. Pessoa jurdica comprando pessoa jurdica

Art. 133 CTN

Caso a pessoa fsica ou a pessoa jurdica adquiram fundo de comrcio ou estabelecimento, continuando a respectiva atividade comercial, haver, at a data do ato, a responsabilizao:

- integral, se o alienante cessar a atividade comercial

- subsidiria / supletiva, se o alienante continuar a atividade comercial ou, interrompendo-a, retornar no prazo de 06 meses.

d) Menininho que o scio e a pessoa jurdica.

Art. 135 CTN: responsabilidade tributria pessoal (Teoria da Desconsiderao da Pessoa Jurdica ou Disregard of Legal Entity

O administrador (gerncia) pode ser chamado a arcar com os dbitos tributrios da pessoa jurdica (art. 135, III CTN).

Memorize que o caput do art. 135 discrimina 2 contextos para tal responsabilizao:

- excesso de poderes

- infrao lei

(Para o STJ, a simples falta de pagamento do tributo no representa, por si s, o comportamento doloso suficiente para a configurao de "infrao a lei", permitindo a responsabilizao pessoal)

Estudo do Objeto Da OTO objeto a prestao de ndole patrimonial ou de cunho instrumental que recai sobre o sujeito passivo, quando se realiza o FG.

Trata-se das chamadas obrigaes tributrias principais (art. 113, par. 1 CTN) e obrigaes tributrias acessrias (art. 113, par. 2 CTN).

Note:

ato de dar ato de fazer e no fazer

OT principal OT acessria

(emitir notas, escriturar livros fiscais ,

entregar declaraes)

par. 3 - o descumprimento de obrigao acessria deflagra uma obrigao principal, com relao a multa.

Causa da OTA causa indica o vnculo jurdico que une o sujeito ativo ao sujeito passivo e vice-versa, no adimplemento da OT.

Lei tributria Legislao tributria

| (portaria, regulamento, instruo normativa

causa etc)

OT Principal OT Acessria

art. 114

Lei do IR Regulamento do IR

Importante: quanto legislao tributria, recomenda-se a leitura do art. 100 do CTN, que registra os tipos de normas complementares, em convvio com a lei tributria, por elas complementada.

So normas complementares:

I atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; na data da publicao.

II decises admnistatrivas com eficcia normativa; 30 dias aps a publicao.

III prticas reiteradamente adotadas pelo fisco;

IV convnios celebrados pela Unio, Estados, Municpios e DF, na data neles previstas.

Art. 103 CTN.

Hi fg ot lan ct (...)

ESTUDO DO LANAMENTO art. 142, CTN

Conceito de lanamento est no art. 142 CTN.

=> lanamento representa um ato / procedimento por meio do qual se exige o tributo / multa.

=> transforma a OT inexigvel em CT exigvel.

=> dotado de feio documental (notificaes de dbito, autos de infrao.

=> ato vinculado (a lei). Obs.: no discricionrio.

=> o lanamento ato privativo do fisco. Entretanto, o contribuinte pode auxili-lo, em maior ou menor intensidade. Conforme a grandeza do auxlio, teremos os tipos de lanamento.

1. Lanamento direto, de ofcio ou ex officio (art. 149);

2. Lanamento por declarao ou misto (art. 147);

3. Lanamento por homologao ou autolanamento (art. 150).

04/11/08

HI - FG - OT - L - CT - DA - CDA - EF

Lanamento Fiscal

=> o lanamento um ato privativo do fisco (quem realiza o lanamento o fisco).

=> o lanamento confere liquidez a crdito tributrio.

=> constitui o CT.

=> ato vinculado (discricionrio no!).

=> o lanador constatando a ocorrncia do fato gerador obrigado a lanar.

=> prazo: FG -05 anos- L -05 anos- EF

decadncia prescrio

=> decadncia o prazo quinquenal para constituio do crdito. Em regra esse prazo conta no primeiro dia do exerccio seguinte aquele em que o lanamento poderia ter sido realizado ( o ano seguinte ao fato gerador).

Prescrio o prazo quinquenal para a fazenda pblica ingressar com a ao de cobrana (execuo fiscal)

O incio do prazo prescricional corre a partir de uma data que varia conforme a conduta do devedor.

a) se o devedor recorre administrativamente o prazo corre do trnsito em julgado da deciso administrativa.

b) Se no recorrer e no pagar: nesse caso o devedor tem 30 dias para pagar (art. 160 CTN) no pagando a prescrio corre do trigsimo primeiro dia aps a identificao.

Modalidades de LanamentoSegundo o CTN so 03:

1. Direto ou de ofcio: feito para o fisco sem participao do devedor. Ex: IPTU, IPVA (carro usado)

2. Misto ou por declarao: com base em INFORMAES prestadas pelo devedor. Ex: II

3. ***autolanamento ou lanamento por homologao: aquele que ocorre a antecipao do pagamento. Ex: ICMS e a absoluta maioria dos tributos brasileiros. (chutar na homologao)

Muito importante: nos lanamentos por declarao e por homologao, exigi-se uma colaborao do devedor para prestar informaes e antecipar o pagamento. Porm, as vezes o devedor no colabora e o lanamento falha por culpa dele. Falhando o lanamento por culpa do devedor o fisco tem 05 anos para lanar de ofcio por meio de auto de infrao e imposio de multa.

Ateno: AIIM (auto de infrao e imposio de multa) o chamado carter supletivo do lanamento do fisco.

Em quais casos o fisco pode revisar lanamento de ofcio: somente nos casos taxativamente enumerados no art. 149 do CTN.

Muito importante: s se admite reviso de lanamento quando ocorre erro ou culpa do devedor. Por erro ou culpa do fisco o lanamento no pode ser modificado. Exceto no caso de fraude do agente pblico.

CRDITO TRIBUTRIOHI FG OT L CT

=> sua constituio definitiva ocorre com o lanamento vlido.

Causas de EXCLUSO, SUSPENSO E EXTINO do CT

=> Causas de Excluso:

A nistia: perdo legal s da multa

I seno***: a dispensa legal do pagamento

Diferena entre imunidade e iseno: se a iseno, se a iseno for temporria e tambm condicionada , quem preenche a condio no pode perder a iseno, no prazo prometido. Esta regra foi criada para impedir a revogao de isenes ao mesmo tempo temporrias e condicionadas.

Ultra-atividade da Lei Tributria (porque continua gerando efeitos mesmo depois da sua revogao).

=> Causa de suspenso:

MO moratria

DE depsito integral

RE recursos e reclamao administrativa

CO medida liminar e tutela antecipada

PA parcelamento

=> todas as outras so causas de extino do crdito

17/11/08

Comentrios a algumas causas de extino do crdito.

=> dao em pagamento: extingue a dvida pela entrega de bem. uma situao condicionada ao preenchimento de alguns requisitos:

1. Existncia de um lei especfica autorizando (da mesma pessoa responsvel pela cobrana do tributo);

2. Bem imvel: a dao de bens mveis violaria o dever de fazer licitao;

3. Aceitao do fisco (no obrigado a aceitar o bem imvel, faz uma avaliao, ver se tem interesse pblico para receber o imvel) (aceitao do bem oferecido ato discricionrio o contribuinte no tem direito adquirido a aceitao, apenas a expectativa de direito).

Perigo: anistia diferente de remisso (remio = pagamento).

AnistiaRemisso

causa de excluso.A remisso causa de extino do crdito.

As duas dependem de lei.

Anistia o perdo s da multa.

A remisso perdoa a multa e o tributo.

=> Consignao em pagamento art. 164, CTN: o CTN permite que o devedor deposite judicialmente o valo exigido quando ocorrer alguma das seguintes hipteses:

a) recusa de recebimento do tributo por parte do fisco;

b) se o fisco condicionar o pagamento ao cumprimento de exigncia sem fundamento legal.

c) bitributao: (exigncias simultneas de dois ou mais tributos sobre um mesmo fato gerador ou a mesma base de clculo, por entidades diferentes. Ex: um nico servio que sofre a exigncia de ISS em dois municpios (um o local da sede e o outro o local da cobrana).

DVIDA ATIVA

Se o contribuinte no paga o valor devido o dbito inscrito em um rol de devedores chamado de DVIDA ATIVA.

A inscrio na dvida ativa produz as seguintes consequncias:

a) impede o contribuinte de obter certido negativa (mas se a exigibilidade estiver suspensa, mesmo com a dvida o contribuinte ter direito a CERTIDO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVO.

CERTIDO NEGATIVA = NO TEM DVIDA

CERTIDO POSITIVA = TEM DVIDA

CERTIDO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA = TEM DVIDA, MAS A EXIGIBILIDADE EST SUSPENSA. Ex: dvida parcelada.

b) qualquer alienao de bens do devedor considerada fraudulenta aps inscrio na dvida ativa.

c) a inscrio na dvida ativa suspende o prazo prescricional da execuo durante 180 dias (essa norma considerada inconstitucional pelo STJ).

*Cuidado: segundo a viso do STJ se o nome do scio estiver apontado na CDA o fisco pode redirecionar a execuo contra o scio por dvida da empresa sem prova de fraude ou infrao.

Art. 135 , III CTN a grande novidade desse entendimento que, at ele, entendia-se que o fisco deveria provar a fraude ou infrao para desconsiderar a personalidade jurdica acionando o scio por dvida da empresa. Mas agora se o nome do scio estiver na CDA a execuo pode ser dirigida contra ele com inverso do nus da prova. Cabe ao scio provar que no houve fraude ou infrao.

Lembrar que: para o STJ a simples falta de pagamento no autoriza acionar o scio por dvida da empresa (exceto se o nome dele estiver na CDA).

Certido da Dvida Ativa=> o ato enunciativo que declara a inscrio do dbito na dvida ativa.

Cumpre 02 papis:

Ttulo executivo da Excecuo Fiscal;

Petio inicial da Execuo Fisca.

a nica execuo em que ttulo e execuo so um documento s.

EXECUO FISCAL

a ao proposta pelo fisco para cobrar o valor da dvida tributria. O contribuinte se defende na execuo fiscal opondo embargos a execuo (com natureza jurdica de ao autnoma).

Cuidado: o contribuinte tem 05 dias para garantir a execuo e 30 dias para opor embargos.

Pergunta: se o contribuinte deve para vrios fiscos e no tem patrimnio para saldar todas as dvidas, qual a ordem de preferncias?

Responder: Nos termos do art. 187 CTN, deve-se anotar a seguinte ordem:

1. Unio; (se sobrar...)

2. Estados-membros; DF e Territrios conjuntamente e pro rata (proporcionalmente). (se sobrar)

3. Municpios: conjuntamente e pro rata.

Pergunta: Se o contribuinte paga um certo valor, mas deve simultaneamente vrios tributos, qual o fisco deve considerar pago na frente?

Resposta: art. 163 CTN devem ser adotados os seguintes critrios:

1. Dvidas por obrigao prpria (como o contribuinte), depois como responsvel.

2. Contribuies de melhoria, depois taxas e impostos;

3. Na ordem crescente dos prazos de prescrio (o que prescreve antes paga na frente)

4. Na ordem decrescente...

TEMAS DO EXAME

1. Ausncia de norma expressa: chamado de lacuna, art. 108 CTN. Se - sendo o caso de lacuna a autoridade usar:

1. Analogia: no pode resultar na exigncia de tributo sem previso legal.

2. Princpios gerais do direito tributrio;

3. Princpios gerais do direito pblico;

4. Equidade (no pode resultar na dispensa de obrigao legal).

2. Legislao tributria art. 96 CTN

Legislao tributria inclui: leis; tratados e convenes; decretos; normas complementares (conceituadas no art. 100 CTN so atos normativos; decises de rgos singulares ou coletivos; convnios (contratos entre entidades federativas); prtica reiteradas da autoridade (costumes).

As normas complementares entram em vigor na data de sua publicao (art. 103);

As decises de rgos entram em vigor 30 dias aps a publicao;

Os convnios entram em vigor na data neles previstas.

3. Princpio da Repercusso art. 166 CTN: a restituio de tributos que por natureza comportem transferncia do encargo financeiro s ser feita a quem prove no t-lo repassado a terceiros.

Esses 04 so tributos aduaneiros

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