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Trabalho de Pesquisa Acadêmico

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CRDITO TRIBUTRIO

Consideraes Iniciais

um direito pertencente ao sujeito ativo da obrigao tributria. Uma vez constitudo, o crdito tributrio s se modifica ou extingue nos casos previstos em lei, fora dos quais no pode a autoridade administrativa dispensar o seu pagamento ou suas garantias, sob pena de responsabilidade funcional.O crdito tributrio constitudo pelo lanamento do fiscal. A obrigao tributria s vai ser efetivamente convertida em crdito tributrio com o lanamento.O crdito tributrio constitudo pelo lanamento constitui uma segunda fase da relao jurdica tributria, que se inicia com o fato gerador que d incio obrigao tributria.

LANAMENTO

o procedimento administrativo vinculado, pelo qual o agente fiscal vai verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, verificar o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo, propondo, se for o caso, a aplicao da penalidade cabvel. Com o lanamento haver ento, a constituio do crdito tributrio. O lanamento vinculado e obrigatrio, sob pena de responsabilidade do agente fiscal. No se trata de atividade discricionria, em que o fiscal tem mais de uma possibilidade de agir dentro da previso legal. Em certos casos, no lanamento no se vai calcular o montante devido, pois ele j foi feito pelo contribuinte, como ocorre no caso do lanamento por homologao.

Espcies de lanamento

Direto = o efetuado sem qualquer provocao do contribuinte, mas pela prpria fiscalizao. Ex.: IPTU. Por declarao = o sujeito passivo tem de prestar informaes sobre matria de fato ao fisco para que este possa fazer o lanamento. O fisco posteriormente ir confirmar os elementos concretos que levaram o contribuinte a fazer a declarao. Ex.: IR das PF e PJ. Por homologao ou auto-lanamento = a hiptese em que o sujeito passivo antecipa o pagamento do tributo devido independentemente da manifestao da autoridade administrativa. Posteriormente a Administrao analisa as informaes que lhe foram prestadas e as homologa. Se o fisco no aceita o valor recolhido pelo contribuinte, instaura o procedimento para fazer o lanamento. o sujeito passivo que verifica o clculo e procede ao recolhimento do imposto. Ex.: ICMS, IPI, ISS, II e IE. Se a lei no fixar prazo homologao, ser ele de 5 anos, a contar da data do fato gerador. Expirado esse prazo sem que a Fazenda Pblica tenha se pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao (4 do art. 150, CTN).

SUSPENSO DA EXIGIBILIDADE DO CRDITO TRIBUTRIO

O contribuinte tem o direito de contestar uma exigncia descabida feita pela autoridade administrativa que deve ser feita pela via adequada. Assim, o CTN prev hipteses em que a exigibilidade do crdito tributrio fica suspensa. Hipteses de Suspenso:o Moratria = indica o ato de retardar ou dilatar. Consiste na dilao (adiamento) concedida pelo sujeito ativo ao sujeito passivo para o adimplemento do crdito tributrio. Moratria e parcelamento so coisas diferentes. Na moratria no h mora no pagamento do tributo, pois concedido novo prazo para esse fim. No parcelamento, o tributo j est vencido, sendo devido com juros e multa moratria. A moratria s concedida em casos excepcionais (seca, enchente, terremoto, frio excessivo).o Depsito integral do valor do tributo = o depsito no obrigatrio para que o contribuinte possa impugnar (contestar, refutar) a exigncia fiscal. Entretanto, no realizado o depsito, o fisco poder inscrever o dbito em dvida ativa e cobr-lo, pois no h nenhum impedimento para esse fim. Feito o depsito, suspende-se a exigibilidade do crdito tributrio.o Reclamaes e recursos = quando se prope uma reclamao ou um recurso, o CTN estabelece que fica imediatamente suspensa a exigibilidade do crdito tributrio no havendo necessidade de depositar integralmente o valor do dbito para garantir a discusso da dvida.o Liminar em mandado de segurana = o mandado de segurana protege direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do poder pblico. O contribuinte tem 120 dias, a contar da cincia do ato abusivo praticado pela autoridade fiscal, para impetrar mandado de segurana.o Concesso de medida liminar ou de tutela antecipada = no somente no caso de concesso de liminar em mandado de segurana que suspende a exigibilidade do crdito tributrio. Quando se concede medida liminar ou tutela antecipada, tambm ocorre a suspenso de exigibilidade do crdito tributrio.o Parcelamento = a diviso em prestaes da dvida tributria j vencida. Salvo disposio em contrrio, no exclui a incidncia de juros e multas.

EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO

a cessao (fim) da possibilidade da exigncia do crdito tributrio. O devedor fica liberado da obrigao tributria.

Extinguem o crdito tributrio:

Pagamento = a maneira normal de extino da obrigao tributria. Quanto ao pagamento, o devedor que dever levar o pagamento ao credor, ao contrrio do que acontece no Direito Civil, onde o credor que ir receber o pagamento no domiclio do devedor. Quanto ao prazo, quando a legislao no fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crdito ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento. Caso o devedor tenha pago indevidamente, tem o direito de restituir a importncia indevidamente recolhida. Compensao = se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigaes extinguem-se, at onde se compensarem. A compensao pode ser legal (decorre exclusivamente de previso legal), judicial (em que o juiz dever declar-la no processo) ou por declarao (quando se exige que a autoridade administrativa a reconhea). Transao = a composio amigvel entre credor e devedor, mediante concesses mtuas, importando o trmino do litgio e consequente extino do crdito tributrio. Porm, necessria a existncia de lei regulando o assunto. Na sua ausncia, a transao no pode ser feita. A transao s pode ser efetuada quando prevista em lei e quando j existe um litgio e no antes dele. Somente ocorre em casos excepcionais, de extrema dificuldade econmico-financeira do sujeito passivo. Remisso = o perdo da dvida. diferente de remio que o resgate da dvida. diferente tambm da anistia. A remisso causa de extino do crdito tributrio. A anistia causa de excluso do crdito tributrio. A remisso implica que o crdito j foi constitudo pelo lanamento. A anistia importa sua concesso antes da constituio do crdito tributrio. Compreende a remisso os tributos e penalidades. A anistia s diz respeito a penalidades, sendo devido o tributo. A remisso pode ser concedida considerando a situao econmica do sujeito passivo que pode no ter bens ou rendas para pagar o tributo, ao erro ou ignorncia escusveis do sujeito passivo quanto matria de fato (erro de direito no admitida), diminuta importncia do crdito tributrio etc. Decadncia = indica a extino do direito pelo decurso do prazo fixado para seu exerccio. Significa caducidade, prazo extintivo ou preclusivo, que envolve a extino do direito. No Direito Tributrio a decadncia forma de extino da obrigao tributria pelo fato de que o sujeito ativo no promoveu o lanamento para constituir o crdito tributrio no prazo previsto em lei. O direito subjetivo do sujeito ativo exigir o tributo deixa de existir, extinguindo-se o crdito. Prescrio = enquanto na decadncia h perda do direito de constituio do crdito tributrio, na prescrio h perda do direito de ao para a cobrana do crdito tributrio, j constitudo pelo lanamento. Uma vez constitudo o crdito tributrio pelo lanamento, a Fazenda Pblica tem 5 anos para cobr-lo. O prazo contado da constituio do crdito tributrio.

EXCLUSO DO CRDITO TRIBUTRIO

o impedimento de sua constituio. Evita-se que o crdito seja constitudo. Ocorre o fato gerador, que d incio obrigao tributria, mas o crdito tributrio no chega a ser constitudo porque a lei dispensa a exigncia do tributo.

A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente. Ex.: o contribuinte fica dispensado do pagamento do tributo, mas deve ter escriturao fiscal, guardar documentos por certo tempo etc.

Hipteses de excluso:

Iseno: dispensa pela lei de tributo devido. Ocorre o fato gerador, mas a lei dispensa seu pagamento. Distingue-se a iseno da alquota zero. A iseno hiptese de excluso do crdito tributrio, por dispensa da lei. A alquota zero envolve tributo previsto em lei, porm o elemento quantitativo, que a alquota, est reduzido a zero. Na alquota zero, no h iseno porque o imposto devido, apenas a alquota incidente sobre a base de clculo, no produz valor devido do tributo. As isenes tributrias so formas de concesso de incentivos fiscais. Anistia: tem o sentido de esquecer, perdoar. a excluso do crdito tributrio, no que diz respeito a penalidades pecunirias, como multa. diferente da remisso, porque a remisso o perdo da dvida, pelo fato do crdito tributrio j estar constitudo. Abrange tanto o tributo quando a penalidade. A anistia envolve apenas a penalidade e no os tributos (art. 180, CTN).

GARANTIAS

So divididas em duas espcies: privilgios e preferncia

Privilgios envolvem a garantia de recebimento pela totalidade do patrimnio do sujeito passivo. Preferncia o crdito tributrio pago primeiro do que qualquer outro, salvo o crdito trabalhista.

Exerccio 1:

Cite duas causas de suspenso de exigibilidade do crdito tributrio:

A - Depsito do montante ou nulidade. B - Moratria ou concesso de habeas data. C - Reclamaes e recursos ou moratrias. D - Depsito fiducirio e cauo.

Exerccio 2:

A compensao, a transao e a remisso so causas da extino do crdito tributrio?

A - Sim. B - No. C - Apenas a remisso . D - Apenas a compensao .

Exerccio 3:

A contagem do prazo de prescrio da ao para cobrana do crdito tributrio inicia-se:

A - Na data da constituio definitiva do crdito tributrio. B - Na data da ocorrncia do fato gerador. C - Na data do protesto inicial. D - No primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorre o lanamento. E - No dia da ocorrncia da obrigao.

Exerccio 4:

A empresa que, trs anos aps, apura o pagamento a menor de um tributo por ela devido e, espontaneamente, pretende sanar a irregularidade deve pagar:

A - Exclusivamente a diferena, corrigida monetariamente. B - A diferena, corrigida monetariamente, e juros de mora. C - A diferena, corrigida monetariamente, e multa moratria. D - A diferena, corrigida monetariamente, juros de mora e multa moratria. E - A diferena, corrigida monetariamente, juros de mora, multa moratria e multa proporcional.

Exerccio 5:

Embora constitudo, o crdito fiscal tem sua exigibilidade suspensa em razo de:

A - Consignao em pagamento, deciso judicial definitiva, anistia e remisso. B - Remisso, consignao em pagamento, anistia e liminar em mandado de segurana. C - Moratria, liminar em ao cautelar, consignao em pagamento e compensao. D - Liminar em mandado de segurana, consignao em pagamento e penhora devidamente aparelhada. E - Moratria, depsito do montante integral de crdito, reclamaes e recursos previstos em lei e liminar em mandado de segurana.

Exerccio 6:

Esgotado o prazo legal para lanamento de um tributo, sem que a Fazenda Pblica o tenha efetuado, ocorre a situao de:

A - Excluso B - Suspenso C - Decadncia D - Prescrio E - Postergao Exerccio 7:

Extingue-se, aps 5 anos, o direito da Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio:

A - A partir da data do fato gerador. B - A partir da data do lanamento efetuado, desde que no tenha havido incorreo do lanamento. C - A partir do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado. D - A partir da data do lanamento efetuado mesmo com incorreo, ou a partir do primeiro dia aps o lanamento, caso seja lanado corretamente. E - A partir do primeiro dia, decorridos os 5 anos.

Exerccio 8:

No constitui hiptese de suspenso de exigibilidade do crdito tributrio:

A - A moratria concedida por despacho da autoridade administrativa. B - O depsito judicial da importncia questionada. C - A medida liminar concedida em sede de mandado de segurana. D - O decurso do prazo de 5 anos, sem homologao expressa do autolanamento efetuado pelo contribuinte. E - O depsito do montante integral.

Exerccio 9:

O lanamento dos tributos que, por determinao legal, devem ser recolhidos antecipadamente pelo contribuinte, sem prvio exame da autoridade administrativa, denomina-se:

A - Por homologao. B - Direto. C - Oficial. D - Misto E - Por declarao.

Exerccio 10:

So causas de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio a:

A - Anistia e a moratria. B - Imunidade e a anistia. C - Liminar em mandado de segurana e a imunidade. D - Moratria e a liminar em mandado de segurana. E - Anistia e iseno.

Exerccio 11:

A reviso do lanamento s adminissvel:

A - Enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica. B - Quando se deve apreciar fato no conhecido poca do lanamento anterior, em qualquer caso. C - Enquanto o contribuinte no tenha pago o tributo. D - Enquanto no homologado o lanamento anterior. E - Por emenda constitucional.

Exerccio 12:

Sujeitos ativo e passivo, com autorizao e sob as condies de lei, mediante concesses mtuas, terminam litgio e conseqentemente extinguem crdito tributrio. Trata-se de hiptese de:A - Transao B - Compensao C - Imputao ao pagamento D - Consignao de dbito E - Sub-rogao

Administrao Tributria Compreende o segmento da administrao encarregado de gerir as receitas fiscais. Isso feito por meio de servidores pblicos. Essas pessoas esto incumbidas da fiscalizao, orientao e administrao dos tributos devidos ao Fisco. Fiscalizao Sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. O direito de fiscalizar inerente Administrao Pblica na exigncia do tributo. Nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poder fazer ou ordenar diligncia para verificar se o empresrio ou a sociedade empresria observam, ou no, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. O juiz s poder autorizar a exibio integral dos livros e papis de escriturao quando necessria para resolver questes relativas a sucesso, comunho ou sociedade, administrao ou gesto conta de outrem, ou em caso de falncia. Isso indica que so exaustivas as hipteses mencionadas. Entretanto, na prtica, o juiz poder determinar outras situaes de exibio, como, por exemplo, para fazer prova no processo trabalhista. Pode o juiz, de ofcio, ordenar parte a exibio parcial dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litgio. As restries ao exame da escriturao, em parte ou por inteiro, no se aplicam s autoridades fazendrias, no exerccio da fiscalizao do pagamento de impostos, nos termos das respectivas leis especiais. Esclarece a Smula 439 do STF que esto sujeitos fiscalizao tributria ou previdenciria quaisquer livros comerciais, limitando o exame aos pontos objeto da investigao. A empresa no precisa apresentar livros facultativos ao fiscal, mas apenas os obrigatrios. Entretanto, o fiscal pode examinar todos os livros que encontrar na empresa, sejam obrigatrios ou facultativos. O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a conservar em boa guarda toda a escriturao, correspondncia e mais papis concernentes a sua atividade, enquanto no ocorrer prescrio ou decadncia no tocante aos atos neles consignados. Os livros obrigatrios de escriturao comercial e fiscal e os comprovantes dos lanamentos neles efetuados sero conservados at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios decorrentes das operaes a que se refiram. A prescrio do crdito tributrio ocorre em 5 anos a contar da constituio do crdito tributrio. A autoridade administrativa que proceder a quaisquer diligncias de fiscalizao, ou vier a presidi-las, lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento, na forma da legislao aplicvel, que fixar prazo mximo para a concluso daquelas. O termo de fiscalizao dever conter a data do incio em que est sendo feita a fiscalizao, data esta que implica o incio do prazo de decadncia para o lanamento do tributo. A fiscalizao s poder ser prorrogada se existir motivao. Na sua ausncia, a prorrogao importar em nulidade. A Fazenda Pblica da Unio e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios prestar-se-o mutuamente assistncia para a fiscalizao dos tributos respectivos e permuta de informaes, na forma estabelecida, em carter geral ou especfico, por lei ou convnio. Dvida Ativa Dvida ativa da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios provm do crdito tributrio que possuem contra o sujeito passivo. Em outras palavras, so os crditos ou direito de crdito do sujeito ativo, que devem constar do termo de inscrio da dvida ativa. A dvida ativa tributria nada mais do que o fato gerador que d incio obrigao tributria, constitudo pelo lanamento do crdito tributrio, que, se no pago, implica dvida vencida, ou seja, dvida ativa. Se no h inscrio do crdito tributrio, no se pode falar em dvida ativa. A inscrio consiste no ato administrativo tendente a registrar nos livros ou fichas da administrao os crditos tributrios exigveis, porque no foram pagos no momento oportuno. A fluncia de juros de mora no exclui a liquidez do crdito. A dvida ativa da Fazenda Pblica, que compreende a tributria e a no tributria, abrange atualizao monetria, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. A dvida regularmente inscrita goza da presuno de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pr-constituda. Certides negativas Para a prtica de determinados atos (concorrncias pblicas, demonstrao de regularidade de situao etc.) a lei pode exigir seja feita prova da regularidade fiscal, ocasio em que ser expedida a relativa certido negativa de dbito tributrio. A certido negativa ser sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e ser fornecida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na repartio. O Fisco no pode negar a expedio de certido negativa se o tributo ainda no foi lanado ou se no estiver vencido. A recusa em expedir a certido negativa s aceitvel quando apurado crdito tributrio vencido pelo sujeito ativo. Mesmo que contribuinte tenha pedido parcelamento, ter direito certido negativa, pois o parcelamento representa a prorrogao da data do pagamento. Assim, o tributo no est vencido. Se o contribuinte vem pagando regularmente os tributos objeto de parcelamento, o sujeito ativo no pode negar a expedio da certido negativa.

Exerccio 1:

Caso determinado contribuinte tenha contra si dbito inscrito na dvida ativa:

A - No poder obter certido negativa nem certido positiva com efeito de negativa. B - Somente poder obter certido negativa se o dbito estiver garantido por penhora ou depsito administrativo. C - Poder obter certido positiva com efeito de negativa se o dbito estiver com sua exigibilidade suspensa. D - Poder sempre obter certido positiva com efeito de negativa.

Exerccio 2:

A expresso "Fazenda Pblica", quando empregada no CTN sem qualificao:

A - Diz respeito Fazenda Pblica da Unio. B - Diz respeito Fazenda Pblica do Distrito Federal. C - Diz respeito Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. D - Diz respeito Fazenda Pblica das entidades paraestatais.

Exerccio 3:

Os comprovantes dos lanamentos tributrios efetuados nos livros obrigatrios de escriturao comercial e fiscal devem ser conservados:

A - at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios decorrentes das operaes a que se refiram. B - at que se extingam a imunidade e as isenes dos sujeitos passivos respectivos. C - at que ocorra a decadncia do direito de efetuar a constituio do crdito tributrio correspondente. D - at o fim do exerccio financeiro em que podem ser cobrados os respectivos crditos. E - pelo prazo relativo inscrio do crdito na dvida ativa.

Exerccio 4:

Considerando o tema "administrao tributria", marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente.( ) legal o exame dos livros contbeis das pessoas imunes.( ) Mesmo os profissionais submetidos s regras do segredo profissional devem prestar, quando solicitadas, informaes ao Fisco sobre seus clientes.( ) Fica automaticamente inscrito em Dvida Ativa o tributo lanado no pago e no objeto de impugnao ou recurso administrativo.( ) ilegal a concesso de certido positiva com efeito de negativa se existente crdito tributrio ainda no vencido.

A - V, F, F, V B - F, F, F, V C - F, F, V, V D - V, F, F, F E - V, V, F, V Exerccio 5:

A respeito da dvida tributria regularmente inscrita, pode-se afirmar que:

A - goza de certeza, liquidez e tem efeito de prova pr-constituda. B - goza de presuno absoluta de certeza e liquidez. C - somente pode ser desconstituda pelo sujeito passivo. D - no precisa ser lquida.

TEXTO 1

Conceitos

O Estado, desde seu surgimento at os dias atuais, tem por finalidade atender/suprir as necessidades pblicas visando o bem comum. Consta na literatura que, inicialmente o Estado supria as necessidades pblicas utilizando seu prprio patrimnio. Logo, para custear as despesas que incorria para satisfazer as necessidades pblicas, utilizava seus prprios bens para arrecadar receitas.

Porm, com o desenvolver da sociedade, houve um aumento nas necessidades pblicas a serem atendidas e o Estado, portanto, passou a demandar maiores recursos financeiros, momento em que o Estado passou a atingir o patrimnio do particular para arrecadar receitas. Esse alcance no patrimnio do particular ocorria e ocorre atravs da cobrana de tributos.

As Receitas Pblicas que ingressam nos cofres do Estado possuem duas origens: de forma originria ou de forma derivada.

Receitas originrias so aquelas provenientes de utilizao de seu patrimnio prprio. Quando o Estado aluga um espao pblico, por exemplo, a renda proveniente deste aluguel considerada como uma receita pblica originria. Por outro lado, entende-se como receita pblica derivada aquela proveniente do patrimnio das pessoas fsicas e jurdicas por meio da arrecadao dos tributos.

O Direito Tributrio um ramo do Direito que objetiva estudar apenas as receitas pblicas originadas da arrecadao de tributos. o conjunto de princpios, regras e instituies que versam sobre a a criao, arrecadao e fiscalizao de tributos.

O Direito Financeiro, por sua vez, um ramo do Direito com escopo de estudo mais abrangente, isto , regula as atividades financeiras do Estado. o Direito Financeiro que institui princpios e regras para a atividade financeira do Estado. Ele estuda a despesa pblica, a receita pblica, o oramento pblico e o crdito pblico, diferente do Direito Tributrio, que se atm apenas ao estudo das receitas pblicas provenientes da imposio de tributos.

EXERCCIO RESOLVIDO

O ramo do Direito Pblico que rege as relaes entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere obteno de receitas que correspondam ao conceito de tributos, denomina-se:

a) Direito Administrativo.b) Direito Financeiro.c) Direito Constitucionald) Direito Tributrioe) Direito Empresarial.

Alternativa correta: D

Comentrios:

Alternativa A - incorreta. O Direito Administrativo pode ser entendido como o conjunto de princpios jurdicos que regem a atividade administrativa, as entidades, os rgos e os agentes pblicos, objetivando o perfeito atendimento das necessidades da coletividade e dos fins desejados pelo Estado.

Alternativa B - incorreta. O Direito Financeiro um ramo do Direito com escopo de estudo mais abrangente, isto , regula as atividades financeiras do Estado. o Direito Financeiro que institui princpios e regras para a atividade financeira do Estado. Ele estuda a despesa pblica, o oramento pblico e o crdito pblico, diferente do Direito Tributrio que se atm apenas ao estudo das receitas pblicas provenientes da imposio de tributos.

Alternativa C - incorreta. O Direito Constitucional o ramo do Direito que estuda a estrutura do Estado (Pas), os direitos, as garantias fundamentais dos cidados e os princpios bsicos que orientam a elaborao de toda a legislao infraconstitucional.

Alternativa D - correta. Direito tributrio a disciplina jurdica dos tributos abrangendo todo o conjunto de princpios e normas reguladoras da criao, fiscalizao e arrecadao das prestaes de natureza tributria. No cabe ao Direito Tributrio cuidar das despesas, da gesto, nem das receitas originrias.

Alternativa E - incorreta. O Direito Empresarial, que um ramo do DIreito Privado, consiste de um conjunto de normas referentes ao empresrio, disciplinando sua atividade. So princpios e normas referentes atividade do titular da empresa. Portanto, o Direito Empresarial regula as atividades do empresrio no que concerne atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios, para atender e suprir o mercado consumidor.

TEXTO 2 - Tributos

Tributo gnero, enquanto impostos, taxas, emprstimos compulsrios e contribuies so espcies.

Conforme dispe o art. 3o. do Cdigo Tributrio Nacional (CTN), o conceito de tributo : toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

A fim de elucidar os elementos que compem o conceito de tributo, vejamos:

* Toda prestao pecuniria exigida em dinheiro.

* Prestao compulsria independe da vontade do contribuinte em recolher.

* No constitui sano de ato ilcito no uma penalidade pelo descumprimento de lei. No tem carter punitivo. Ex.: multa de trnsito no tributo.

* Institudo em lei o tributo deve estar previsto em lei para que possa ser cobrado (princpio da estrita legalidade).

* Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada o administrador (fiscal) no tem liberdade para escolher a convenincia e oportunidade do ato de cobrar o tributo. A atividade vinculada e no discricionria.

Espcies de Tributos

IMPOSTOS

Art. 16, CTN Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade especfica, relativa ao contribuinte.

O tributo genrico, pois atende aos interesses gerais da coletividade. Incide sobre a renda (salrios, lucros, ganhos de capital) e o patrimnio (terrenos, casas, carros) das pessoas fsicas e jurdicas.

Caractersticas:

No vinculado no est vinculado a nenhuma prestao especfica do Estado em relao ao contribuinte. O valor arrecadado serve para custear os gastos pblicos (sade, educao, segurana, transporte, cultura, pagamento dos salrios dos funcionrios pblicos). Sua prestao no vinculada, justamente por ser geral. O artigo 167, VI da CF veda a vinculao da receita de impostos a rgo, fundo ou despesa. Nominados os impostos so discriminados, um a um, pela CF (arts. 153 a 156). Inominados so os impostos passveis de instituio to-somente pela Unio, nos termos do art. 154. Consistem na denominada competncia residual da Unio.

Classificao:

Diretos quando numa s pessoa renem-se as condies de contribuinte de fato (aquele que suporta o nus do imposto) e de direito (aquele que responsvel pela obrigao tributria). Exemplos: IR, ITR, IPTU, ISS. Sempre que possvel, o imposto direito, de carter pessoal, graduado conforme a capacidade econmica do contribuinte que est atrelado ao princpio da igualdade.o Capacidade contributiva significa que a tributao deve repousar numa base econmica, pois, inexistindo tal expresso, no h razo de tributar, por falta de objeto. No h possibilidade de tributar-se algo inaprecivel economicamente, ou que no tenha traduo econmica. ATENO! preciso analisar caso a caso. Ex.: Doao de carro. A doao em si gratuita, mas ela tem uma aferio econmica: o carro vale X e sobre esse X pode incidir imposto. Empresa oferece amostra grtis. De to diminuto o valor que serve somente para possibilitar a venda, considera-se que a mostra no aprecivel economicamente, embora ela tenha um custo.o Igualdade a lei deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Ex.: tabela progressiva de IR. Indiretos acarretam o fenmeno da chamada transferncia do nus do tributo. So recolhidos pelo contribuinte de direito, mas so suportados pelo contribuinte de fato. Ex.: ICMS, IPI. Reais so os impostos que alcanam bens ou rendimentos, sem considerar a condio pessoal do sujeito passivo do imposto. Ex.: IPTU, ITR. Ex.: velhinha que recebe apenas aposentadoria e recebeu por herana uma manso. Pessoais so os impostos que estabelecem diferenas tributrias em funo das condies prprias do contribuinte. Ex.: IRPF indaga sobre o nmero de dependentes do contribuinte. IRPJ leva em considerao o tipo de empresa, qual a atividade que desempenha, podendo a lei estabelecer tributao diferenciada. Progressivos so impostos cujas alquotas so mais elevadas medida que a base tributvel aumenta. Ex.: IRPF, IPTU.

TAXAS Conforme art. 145 da CF, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero instituir taxas, em razo do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis prestados ao contribuinte ou postos sua disposio. As taxas no podero ter base de clculo prpria dos impostos. Exerccio do poder de polcia h uma srie de atividades sujeitas ao poder de polcia. O poder de polcia regularmente exercido quando a Administrao, dentro dos limites de sua competncia, por exemplo, exerce censura sobre filmes, controla pureza ou preos de alimentos, afere pesos e medidas, estabelece o zoneamento de atividades profissionais, restringe o abuso de rudos, submete inspeo de segurana mquinas e veculos, exige licena para abertura de estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais, edificaes. Utilizao efetiva ou potencial: Efetiva quando o contribuinte usufrui do servio pblico; Potencial o servio fica disposio do contribuinte; Servio pblico especfico e divisvel: Especfico porque pode o servio pblico ser destacado em unidades autnomas de interveno, de utilidade ou de necessidade pblica; Divisvel porque suscetvel de utilizao, separadamente, por parte de cada um dos seus usurios. Aqui, o servio pblico est relacionado a um contribuinte ou a um grupo de contribuintes e no coletividade em geral, porque se assim o fosse, o servio pblico seria cobrado mediante imposto. Exemplos: Porte de arma utilizao efetiva e divisvel. Taxa de remoo de lixo domiciliar (IPTU) Taxa de coleta de esgoto (conta de gua) Taxa judiciria Diferena entre Taxa e Preo Pblico (ou tarifa) Taxa serve para custear os servios pblicos fundamentais, prestados diretamente pelo Estado. compulsria. Preo pblico remunera servios pblicos prestados indiretamente pelo Estado (por meio de concesso ou permisso). facultativa porque tem origem numa contratao. Como distinguir? Depende da situao concreta. Exemplo: Servios de aferio de balanas pelo Inmetro. Poderia o servio pblico ser cobrado mediante preo pblico uma vez que no se trata de servio essencial atividade do Estado. Porm, tal servio (aferio de balanas) cobrado mediante taxa porque existe compulsoriedade da prestao do servio e, por isso, a cobrana feita a ttulo de taxa. CONTRIBUIO DE MELHORIA Decorre da valorizao do imvel em virtude de obra pblica. Tal contribuio ser exigida proporcionalmente valorizao obtida. Ex.: rua de terra e foram postos paraleleppedos ou asfalto. Se havia paraleleppedos e foi posto massa asfltica, desde que tenha efetivamente ocasionado valorizao imobiliria, cabe contribuio de melhoria. A manuteno de paraleleppedos ou recapeamento, no cabe contribuio de melhoria. Controvrsia Elevado Costa e Silva (minhoco). Em vez de valorizar, provavelmente os imveis (prdios) que o ladeiam sofreram desvalorizao. Caberia no contribuio de melhoria e sim indenizao! CONTRIBUIES SOCIAIS DESTINADAS SEGURIDADE SOCIAL De competncia exclusiva da Unio. Deve respeitar o princpio da noventena. O produto de sua arrecadao se destina a financiar a sade, previdncia e assistncia social. CONTRIBUIO DE INTERVENO NO DOMNIO ECONMICO CONTRIBUIO SINDICAL E CONFEDERATIVASindical espcie tributria.Confederativa no compulsria. Somente pode ser exigida por quem associado. EMPRSTIMOS COMPULSRIOS Pode ser instituda para: Atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, guerra externa ou sua iminncia; No caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional. A aplicao dos recursos provenientes do emprstimo compulsrio ser vinculada despesa que fundamentou a instituio. Se emprstimo, deve ser restitudo na forma, prazo e espcie previstos pela lei instituidora.

EXERCCIO RESOLVIDO

Analise as afirmaes abaixo e assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso).

I - Aristoclenes foi convocado para prestar o servio militar. Por ser o servio militar uma prestao compulsria, isto , independe da vontade de Aristoclenes em atender ou no a convocao, correto afirmar que o servio militar um tributo. II - Multa de trnsito tributo.III Tributo e Imposto so expresses equivalentes. RESOLUO (I) FALSA. Para que uma prestao seja considerada TRIBUTO necessrio que nela estejam presentes todos os elementos que compem o conceito de tributo. Ainda que o servio militar seja compulsrio, no exigida em dinheiro e no constitui sano de ato ilcito. (II) FALSA. Multa de trnsito sano por ato ilcito (por exemplo: o motorista ultrapassou a velocidade permitida). Tributo no constitui sano de ato ilcito. (III) FALSA. Tributo gnero enquanto as espcies so impostos, taxas e contribuies.

Exerccio 1:

O fim do Estado buscar o bem comum para toda a sociedade. Isto significa dizer que, cabe ao Estado financiar a educao, a sade, a cultura, o lazer etc. Para tanto h necessidade deste gerar receita. A partir desta afirmao podemos afirmar que:

A - A Receita Pblica gerada de forma direta, atravs do patrimnio do Estado e indireta, atravs de cobranas de multas. B - A Receita Pblica gerada de forma originria, ou seja, provenientes do patrimnio do Estado, ou derivada, decorrente da imposio do tributo que so prestaes patrimoniais impostas aos cidados. C - A Receita Pblica gerada de forma derivada, ou seja, quando proveniente do patrimnio do Estado, ou originria, quando decorrente da imposio do tributo que so prestaes patrimoniais impostas aos cidados. D - Receita Pblica arrecadada de qualquer maneira, no havendo qualquer diviso quanto a forma de arrecadao. E - A Receita Pblica gerada quando o Estado promove gastos para financiar a educao, a sade, a cultura, o lazer etc.

Exerccio 2:

Quanto ao Direito Financeiro e o Direito Tributrio correto afirmar que:

A - No h qualquer diferenciao entre Direito Financeiro e Direito Tributrio, visto que o escopo de estudo e seus princpios norteadores so os mesmos. B - O Direito Tributrio consiste no conjunto de princpios e normas que rege a arrecadao, a gesto patrimonial e os dispndios efetuados pelo Estado no desempenho de suas funes, e o Direito Financeiro, sendo parte do primeiro, estuda as relaes jurdicas entre o Estado (Fisco) e os particulares (contribuintes), no que concerne ao mbito da instituio, arrecadao, fiscalizao e extino do tributo. C - O Direito Financeiro consiste no conjunto de princpios e normas que rege a arrecadao, a gesto patrimonial e os dispndios efetuados pelo Estado no desempenho de suas funes. O seu contedo abrange as normas do Direito Tributrio, oramentrio, crdito pblico, contabilidade pblica etc. O Direito Tributrio sendo parte do primeiro, estuda as relaes jurdicas entre o Estado (Fisco) e os particulares (contribuintes), no que concerne ao mbito da instituio, arrecadao, fiscalizao e extino do tributo. D - O Direito Tributrio estuda as relaes de cobranas de tributos, e Direito Financeiro estuda as cobranas em relao a finanas, sendo assim, no h qualquer conexo entre as matrias. E - O Direito Financeiro no se relaciona com o Direito Tributrio uma vez que o primeiro aborda assuntos relacionados Contabilidade Financeira enquanto o segundo aborda assuntos relacionados as receitas e despesas pblicas.

Exerccio 3:

O ramo do Direito Pblico que rege as relaes entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere obteno de receitas que correspondam ao conceito de tributos, chama-se:

A - Direito Administrativo. B - Direito Financeiro. C - Direito Constitucional. D - Direito Tributrio. E - Direito Empresarial. Exerccio 4:

Assinale a alternativa correta:

A - Tributo um gravame cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte. B - Tributo a prestao pecuniria compulsria, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, que no constitua sano de ato ilcito, ressalvado o caso de ato ilcito que requeira reparao em virtude de guerra. C - A natureza jurdica do tributo determinada pela adoo estrita dos princpios da legalidade e da anterioridade. D - Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. E - Tributo aquilo que se paga em virtude de sano de ato ilcito.

Exerccio 5:

So impostos, criados e existentes na realidade brasileira:

A - As taxas e os preos pblicos. B - As taxas e as contribuies de melhoria. C - Os preos pblicos e as contribuies de melhoria. D - O imposto sobre a importao e o preo pblico. E - Imposto sobre produto industrializado e Imposto de importao.

Exerccio 6:

O campo do Direito Tributrio abrange:

A - As receitas pblicas. B - As receitas e despesas pblicas. C - Somente as receitas pblicas que correspondam a tributos. D - As receitas originrias e derivadas. E - As receitas pblicas temporrias.

Exerccio 7:

Analise as afirmaes abaixo e assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso).

I - Aristoclenes foi convocado para prestar o servio militar. Por ser o servio militar uma prestao compulsria, isto , independe da vontade de Aristoclenes em atender ou no a convocao, correto afirmar que o servio militar um tributo. II - Multa de trnsito tributo.III Tributo e Imposto so expresses equivalentes.

A - V, V, F B - F, V, F C - F, F, F D - F, F, V E - F, V, V TEXTO 1 - COMPETNCIA TRIBUTRIA

Consiste no poder atribudo pela Constituio ao ente pblico para exigir o tributo a ele pertinente.

Competem Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal instituir tributos. Pelo fato da Constituio Federal atribuir a tais pessoas de direito pblico interno o poder de instituir tributos que expressamente nomeia, diz-se que cada uma delas tem competncia tributria privativa prpria.

Enfim, a competncia tributria a aptido inerente Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios para criar, modificar e extinguir tributos, mediante a expedio de lei que deve descrever a hiptese de incidncia do tributo, seu sujeito ativo, seu sujeito passivo, sua base de clculo e sua alquota.

A ttulo de exemplo, se se tratar de imposto atribudo pela Constituio ao Municpio, nem a Unio, tampouco os Estados podero institu-los, mesmo que o Municpio ainda no o tenha criado.

Coerentemente, a Constituio estabeleceu que s pode isentar quem tem a competncia para tributar (art. 151, III), embora, em relao ao ICMS, tenha remetido lei complementar regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios cais sero concedidos e revogados (art. 155, 2, XII, g).

Tributos Federais II, IE, IR, IPI, IOF, IPTR, Grandes Fortunas.

Tributos Estaduais e do Distrito Federal ITCMD, ICMS, IPVA.

Tributos Municipais IPTU, ITIV (exs.: compra e venda de imveis, dao em pagamento, usufruto), ISS.

A competncia tributria apresenta algumas caractersticas, a saber: indelegabilidade, irrenunciabilidade, incaducabilidade, facultatividade e privatividade.

Indelegabilidade - a Constituio Federal, ao repartir as competncias, o fez de maneira rgida e inflexvel. Isso importa dizer que no permitido aos entes polticos (Unio, Estados, DF e Municpios) delegarem o seu poder de legislar.

Irrenunciabilidade - as pessoas polticas no podem renunciar s suas competncias tributrias.

Incaducabilidade - os entes polticos no perdem suas competncias tributrias por seu no uso, ainda que por tempo prolongado. No permitido um ente poltico legislar sobre matria que no de sua competncia pelo fato do outro no o ter feito. Pode-se citar, por exemplo, o que acontece com a Unio no que se refere ao Imposto sobre Grandes Fortunas que, at os dias atuais, ainda no foi institudo. No pode outro ente poltico, a no ser a Unio, instituir tal tributo diante da demora da Unio.

Inalterabilidade - as pessoas polticas no podem ampliar suas competncias tributrias, exceto nos casos de emenda constitucional assim permitindo.

Facultatividade - o ente poltico pode exercitar ou no sua competncia tributria. Existem Municpios, por exemplo, que ainda no instituram o ISS.

Privatividade - As normas constitucionais que discriminam as competncias tributrias possuem duplo comando, isto , ao passo que habilitam a pessoa poltica contemplada, e somente ela, a criar, determinado tributo, probem as demais de faz-lo.

TEXTO 2 - CLASSIFICAES

Privativa aquela atribuda com exclusividade a determinado ente poltico. A Constituio define quais os tributos que podero ser cobrados pelo sujeito ativo. Na Constituio Federal, s h competncia privativa para os impostos. Por exemplo, cabe somente Unio a criao do Imposto sobre a Renda. A criao do ICMS, por sua vez, de exclusividade dos Estados e Distrito Federal. O IPTU de competncia privativa dos Municpios. Comum duas ou mais entidades polticas tem poderes para estabelecer o mesmo tributo. Ex.: taxas, contribuies de melhoria que podem ser estabelecidas tanto pela Unio, como pelos Estados, Distrito Federal e Municpios. Trata-se, portanto, de uma competncia atribuda conjuntamente Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios no que se refere instituio de taxas e contribuies de melhoria. Pelo fato de a Constituio Federal no elencar quais so as taxas e as contribuies de melhoria que podem ser criadas pelos entes polticos, ser competente para institu-las aquele que efetivamente prestar o servio pblico, exercer o poder de polcia ou realizar obra pblica com valorizao imobiliria. Residual poder da Unio em criar novos impostos alm daqueles previstos na Constituio, por meio de lei complementar. Todas as situaes que no estejam compreendidas na competncia privativa ou na competncia comum dos entes polticos formam o campo da competncia residual que pertence Unio. Somente ela pode, via lei complementar, criar outros impostos, desde que no sejam cumulativos nem tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos demais impostos previstos na Constituio Federal. Vale ressaltar que, do resultado da arrecadao de tais impostos, 20% devem ser repartidos com os Estados e Distrito Federal.

Exerccio 1:

Assinale a alternativa correta:

A - previsto na Constituio Federal, o Imposto sobre Grandes Fortunas de competncia da Unio. Pelo fato de tal ente poltico no ter exercido sua competncia tributria para institu-lo at os dias atuais, poder delegar tal atribuio aos Estados. B - A competncia tributria a aptido inerente apenas Unio e ao Distrito Federal para criar, modificar e extinguir tributos, mediante a expedio de lei. C - Um ente poltico (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) pode exercitar ou no sua competncia tributria. D - Os entes polticos possuem competncia comum para a instituio de taxas e imposto sobre a renda. E - A competncia residual atribuda aos Estados.

Exerccio 2:

Em face da competncia para instituir impostos, correto dizer que:

A - O ISS (Imposto sobre Servios) , o IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) e o ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios) competem aos Municpios. B - O IR (Imposto sobre a Renda), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) competem Unio. C - O ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios), o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores) e o ITCMD (Imposto sobre transmisso causa mortis e Doao) competem aos Estados e ao Distrito Federal. D - Somente os impostos de competncia estadual competem tambm aos Municpios. E - Somente o IR (Imposto sobre a Renda) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) competem Unio. Exerccio 3:

Competncia tributria o poder que a Constituio Federal atribui a determinado ente poltico para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hiptese de incidncia, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de clculo e a alquota. Sobre a competncia tributria, avalie as afirmaes abaixo e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas e em seguida, marque a opo correta.

( ) A competncia tributria indelegvel.( ) O no-exerccio da competncia tributria por determinada pessoa poltica autoriza a Unio a exercitar tal competncia.( ) A pessoa poltica que detm a competncia tributria paa instituir o imposto tambm competente para aument-lo, diminu-lo ou mesmo conceder isenes, observados os limites constitucionais e legais.

A - F, V, F B - F, F, V C - F, V, V D - V, F, V E - V, V, V

Exerccio 4:

Em relao ao tema competncia tributria, correto afirmar que:

A - A Constituio atribui Unio competncia residual para instituir impostos, contribuies para a seguridade social e taxas. B - A competncia comum aquela atribuda conjuntamente aos Estados e ao Distrito Federal, apenas. C - Para instituir impostos com fundamento na competncia residual, imprescindvel, alm da competncia tributria, expedio de lei complementar, sendo possvel que tal imposto tenha fato gerador igual aos demais impostos previstos na Constituio Federal. D - Somente a Unio tem competncia residual para instituir impostos. E - A Unio e o Distrito Federal tem competncia residual para instituir impostos.

Exerccio 5:

A Unio poder instituir impostos no previstos na Constituio Federal, desde que sejam no cumulativos e no tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos nela discriminados, mediante:

A - Emenda Constitucional. B - Lei Complementar. C - Lei Ordinria. D - Lei delegada. E - Resoluo do Senado Federal.

Exerccio 6:

Em matria tributria, correta a afirmao de que:

A - A Unio pode exigir ou aumentar tributo sem a respectiva lei autorizativa. B - A Unio pode conceder isenes de tributos da competncia dos Estados. C - Aos Estados permitido tributar a renda, o patrimnio e os servios dos Municpios. D - Compete aos Estados e ao Distrito Federal o imposto sobre a trasmisso causa mortis e doao de bens e direitos. E - Os Estados no tem competncia para a instituio de contribuies de melhoria.

Exerccio 7:

da competncia dos Estados o seguinte imposto:

A - sobre a propriedade de veculos automotores. B - sobre a importao de produtos estrangeiros. C - sobre servios de qualquer natureza. D - sobre a propriedade territorial urbana. E - sobre produtos industrializados.

Exerccio 8:

Outros impostos que no sejam cumulativos e que no tenham base de clculo e fato gerador prprios dos previstos na Constituio Federal:

A - Podem ser institudos pelos Estados. B - Podem ser institudos pela Unio. C - No podem ser institudos pela Unio. D - No podem ser institudos pela Unio ou pelos Estados. E - S podem ser institudos pelos Estados e Distrito Federal.

TEXTO 1 - LEGISLAO TRIBUTRIA

Fontes do Direito Tributrio

Fonte representa de modo figurado a origem de alguma coisa, de onde provm algo. No Direito, fonte pode ser entendida como os documentos que contm as regras jurdicas, como os cdigos, as leis.

As fontes do Direito Tributrio dividem-se em materiais e formais.

As fontes materiais exprimem situaes ou fatos tributrios. Ex.: renda, os servios, a circulao. Considerados por si ss, nada representam.

O legislador, ao conhecer as fontes materiais, elabora leis criando, por exemplo, o Imposto de Renda, o ISS, o ICMS. Fontes formais, portanto, so as leis consideradas de modo geral.

Ainda, as fontes formais se dividem em primrias e secundrias. Fontes primrias do DIreito Tributrio so aquelas que foram submetidas apreciao do Poder Legislativo enquanto as secundrias so aquelas emitidas pelo Poder Executivo.

Fontes primrias so as contidas no art. 59 da CF. A CF a primeira das fontes primrias.

1. CF sustenta todo o ordenamento jurdico. No cria tributo, apenas outorga competncia para Unio, Estados, DF e Municpios cri-lo. Estabelece ainda que os tributos s podem ser institudos e cobrados de acordo com os limites por ela estabelecidos.2. Emendas Constituio modificam a Constituio. Aps exame de sua constitucionalidade, integram-se Constituio e passam a ocupar o mesmo degrau hierrquico.3. Leis Complementares so as leis que contemplam matria a ela entregue de forma exclusiva pela CF (dispem sobre conflitos de competncia, define tributos e suas espcies, fatos geradores, base de clculo e contribuintes). So aprovadas por maioria absoluta (metade mais um dos membros das duas Casas do Congresso Nacional Cmara e Senado).4. Leis Ordinrias so as leis que criam os tributos. Em alguns casos, tambm completa ou complementa a CF. O que difere das LCs que devem ser aprovadas por maioria simples (maioria dos presentes desde que esteja no plenrio, metade da composio da Casa). Ex.: RIR, RIPI.5. Medidas Provisrias editadas pelo Poder Executivo, tm fora de lei no perodo de 60 dias, prorrogvel uma vez por igual perodo. Devem ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional.6. Decretos Legislativos independem de sano e veto do presidente da Repblica. fonte do Direito Tributrio quando aprova tratados, convenes ou atos internacionais relativos matria tributria.7. Resolues so utilizadas para regular matria de competncia do Congresso Nacional e de suas casas, tendo efeitos internos.

Fontes secundrias tem por funo viabilizar os comandos das fontes primrias. So elas:

1. Decretos e regulamentos expedidos para fiel execuo das leis.2. Portarias, Circulares, Instrues atos administrativos emitidos pelos chefes dos departamentos ou sees tendo como destinatrios servidores pblicos em seu relacionamento com os contribuintes. Vigncia e aplicabilidade das leis

Vigncia o termo jurdico que expressa a existncia da lei tributria. Geralmente, a lei entra em vigor na data de sua publicao. Inexistindo disposio expressa na lei, esta comea a vigorar 45 dias depois de oficialmente publicada em territrio nacional e em trs meses em territrio estrangeiro. Ter vigor at que outra a modifique ou revogue. Aplicabilidade tem o sentido de por a norma em contato com fatos e atos.

Interpretao da lei

Interpretar a norma compreender o que o legislador quer dizer. O intrprete no criar nada novo ou inovar, mas interpretar o disposto na lei, declarando seu sentido e alcance.

Integrao da lei tributria

Integrar tem o significado de completar, inteirar. O intrprete fica autorizado a suprir as lacunas existentes na norma jurdica por meio da utilizao de tcnicas jurdicas. As tcnicas jurdicas so a analogia e a equidade, podendo tambm ser utilizados os princpios gerais do Direito.

Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.

Prev o art. 108 do CTN que, na ausncia de disposio expressa, a autoridade competente para aplicar a legislao tributria utilizar sucessivamente na ordem indicada: a analogia, os princpios gerais de Direito Tributrio, os princpios gerais de Direito Pblico e a equidade.

Analogia consiste na utilizao de uma regra semelhante para o caso em exame. No poder resultar na exigncia de tributo no previsto em lei

Princpios gerais de Direito Tributrio legalidade, igualdade, capacidade contributiva, proibio de confisco.

Princpios gerais de Direito Pblico impessoalidade, moralidade, eficincia, publicidade, irretroatividade das leis, o contraditrio e a ampla defesa, o devido processo legal, a pessoalidade da pena.TEXTO 2

Princpios de Direito Tributrio

a) Legalidade para que o tributo possa ser exigido, necessria expressa previso legal. Defende o patrimnio do cidado. Este princpio decorre da necessidade que tem o cidado, no que tange a sua segurana e a de seu patrimnio, de conhecer as exigncias tributrias que podem onerar sua atividade econmica. A lei deve estabelecer todos os elementos do tributo para que ele possa ser exigido: fato gerador, base de clculo, contribuinte e alquota. Caso falte um elemento, o tributo no poder ser exigido.

b) Anterioridade nenhum tributo pode ser exigido no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. vedado aos entes tributantes cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado que o tributo no pode ser exigido no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Publicada a lei num exerccio financeiro, o tributo s pode ser exigido no exerccio seguinte, desde que j decorridos os 90 dias da lei que o instituiu ou aumentou. Os 90 dias devem ser considerados a contar da edio da nova lei. No se aplica ao emprstimo compulsrio, II, IE, IPI e IOF. Esses tributos podem ser exigidos no mesmo ano em que foram institudos.

c) Igualdade tributria todos so iguais perante a lei para efeito de tributao, no podendo haver exceo entre pessoas que estejam na mesma situao. vedado ao sujeito ativo instituir tratamento desigual entre contribuintes que estejam em situao equivalente. Contribuintes que tem maior capacidade contributiva devem pagar maior imposto do que os que tem capacidade contributiva inferior. Assim, os contribuintes de maior capacidade contributiva devem ser tratados da mesma forma, diversa, porm, dos contribuintes de menor capacidade contributiva.

d) Uniformidade vedado Unio institui tributo que no seja uniforme em todo o territrio nacional ou que implique distino ou preferncia em relao a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio, em detrimento de outra, admitida a concesso de incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio do desenvolvimento socioeconmico entre as diferentes regies do pas (art. 151, I, CF).

e) Liberdade de trfego de pessoas e bens veda o inciso V do art. 150 da CF que as diversas entidades tributantes estabeleam limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por intermdio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A ressalva diz respeito cobrana de pedgio pelo uso de vias conservadas pelo Poder Pblico.

f) Capacidade contributiva tem origem na idia de que cada pessoa deve contribuir para as despesas da coletividade de acordo com a presuno de renda ou capital (de sua riqueza), contribuindo para os cofres pblicos medida que se manifeste uma proporo em maior ou menor grau.

g) Vedao do confisco a tributao no pode exigir exao em porcentual superior a 50% do patrimnio da pessoa, pois importaria a absoro pelo Estado da maior parte de seu patrimnio.

h) Irretroatividade tal princpio probe que a incidncia tributria recaia sobre fatos geradores ocorridos anteriormente a sua vigncia.

Exerccio 1:

A Constituio da Repblica veda a cobrana de tributo no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Trata-se do princpio da anterioridade tributria, que, contudo, encontra na prpria Constituio algumas excees. Assinale, a seguir, a modalidade tributria em que s pode ser exigido o tributo no exerccio seguinte ao de sua instituio ou majorao.

A - Imposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios. B - Imposto sobre produtos industrializados. C - Emprstimo compulsrio para atender a investimento pblico urgente e relevante. D - Emprstimo compulsrio por motivo de guerra externa ou calamidade pblica. E - Imposto sobre exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.

Exerccio 2:

Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opo correta.

( ) O princpio da legalidade estabelece que somente mediante lei so possveis a instituio e a majorao de tributos.( ) O princpio da igualdade tributria deve ser entendido como uma vedao aos entes tributantes de instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrarem em situaes equivalentes.( ) O princpio da capacidade contributiva significa que onde houver riquezas no haver tributao e onde no houver riquezas a tributao dever ser feita considerando a capacidade econmica do contribuinte.

A - V, V, V B - V, F, F C - F, V, F D - V, F, V E - V, V, F

Exerccio 3:

Assinale a opo correta. O princpio segundo o qual vedado cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado o da:

A - anterioridade. B - irretroatividade. C - anualidade. D - imunidade recproca. E - legalidade.

Exerccio 4:

Os princpios da _______________ 1 e da ______________ 2 no se aplicam aos impostos sobre: importao de produtos estrangeiros; exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relaticas a ttulos ou valores mobilirios.

A - estrita reserva legal 1 , anterioridade 2 . B - isonomia 1 , irretoratividade da lei 2 . C - uniformidade da tributao 1 , capacidade contributiva 2 . D - igualdade tributria 1 , liberdade de trfego 2 . E - vedao de tributo confiscatrio 1 , transparncia dos impostos 2 .

Exerccio 5:

Avalie a correo das afirmaes abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opo que contenha a sequncia correta.

A Constituio Federal de 1988 veda:

( ) o estabelecimento de limitaes ao trfego de pessoas, capitais ou bens por meio de impostos.( ) a instituio de tributo sobre o patrimnio, a renda ou servios dos partidos polticos, das entidades sindicais e das instituies de educao e de assistncia social.( ) a instituio de imposto que no seja uniforme em todo o territrio estadual ou municipal do ente poltico criador do imposto, admitida a concesso de incentivos fiscais para a correo dos desequilbrios regionais scio-econmicos.

A - V, V, V B - V, V, F C - V, F, F D - F, F, F E - V, F, V

TEXTO 1 - OBRIGAO TRIBUTRIA

o vnculo jurdico que une duas pessoas, o sujeito ativo (Fisco) e o sujeito passivo (contribuinte) que, tendo em vista desta ltima ter praticado um fato gerador tributrio, deve pagar ao sujeito ativo, certa quantia em dinheiro denominado tributo.

A obrigao tributria pode ser principal (relativa ao tributo) ou acessria (relativa aos deveres acessrios, isto , escriturao fiscal, entrega de declaraes etc.).

A obrigao principal tem por objeto entregar determinado montante em dinheiro aos cofres pblicos. A prestao qual se obriga o sujeito passivo de natureza patrimonial e decorre necessariamente de lei, conforme dispe o art. 113, 1 do Cdigo Tributrio Nacional. sempre uma obrigao de dar (dinheiro, pagar), como pagar o tributo ou a multa (penalidade pecuniria). A obrigao acessria uma prestao de fazer ou no fazer algo no interesse do Fisco que no constitua entrega de numerrio. A inobservncia de uma obrigao acessria acarreta uma infrao tributria que tem como consequncia uma penalidade pecuniria, comumente chamada de multa. O art. 113, 3 do CTN estabelece que: "A obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia. converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria". Assim, a obrigao de pagar a multa uma obrigao principal.

HIPTESE DE INCIDNCIA

a descrio que a lei faz de um fato tributrio que, quando ocorrer, far nascer a obrigao tributria (obrigao do sujeito passivo ter de pagar ao sujeito ativo o tributo correspondente).

A lei cria um fato hipottico e enquanto esse fato no se realizar, nada ocorre, no h obrigao, pois fica apenas no campo das hipteses, por isso que se diz hiptese de incidncia tributria.

Ex.: a lei diz que quem auferir renda ter que pagar o imposto sobre a renda. Pedro no auferiu renda; logo, no h imposto de renda a pagar. Paulo auferiu renda; logo, Paulo deve pagar o imposto sobre a renda, porque praticou um fato que est previsto na lei tributria ou na hiptese de incidncia tributria.

ASPECTOS

A fim de facilitar a aplicao dos casos concretos lei, isto , se o fato de subsume (corresponde, enquadra) lei, a hiptese de incidncia e o fato gerador so decompostos em aspectos, que a doutrina denomina:

Pessoalo Sujeito ativo = credor da obrigao tributria = U-E-DF-M (art. 119, CTN/66)o Sujeito passivo = devedor da obrigao tributria (art. 121 e ss., CTN) Contribuinte: quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador. Responsvel: quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa de lei. Temporalo Determina o exato momento em que se considera ocorrido o fato gerador. Por exemplo: a legislao tributria diz que fato gerador do ICMS a sada da mercadoria do estabelecimento comercial. Logo, o exato momento da sada o aspecto temporal do fato gerador tributrio. o momento que o legislador escolheu para fazer nascer a obrigao tributria, momento em que se estabeleceu o vnculo jurdico entre o sujeito ativo e o sujeito passivo. Espacialo Indica o lugar em que ter que ocorrer o fato gerador, que dever situar-se dentro dos limites territoriais a que a pessoa poltica tem a competncia tributria. Por exemplo, se for tributo da Unio, o elemento espacial, isto , o local onde ter que ocorrer o fato gerador, todo o territrio nacional. Se for tributo dos Estados, o fato gerador dever ocorrer no territrio do Estado. Se for tributo municipal, o fato gerador dever ocorrer nos limites do territrio do Municpio. Por exemplo: a Prefeitura de SP s poder exigir ISS quando o servio for prestado dentro dos limites de seu territrio, aspecto ligado ao Princpio da Territorialidade tributria. Materialo Consiste na descrio que a lei faz do ncleo da HI. o aspecto mais importante, pois determina o tipo tributrio, e comumente representado por um verbo e um complemento. Exemplo: industrializar produtos, auferir rendas, exportar produtos nacionais, importar produtos estrangeiros, prestar servios etc. o aspecto constitucional. Quantitativo (base de clculo e alquota)o Se divide em base de clculo e alquota. Base de clculo a expresso de grandeza do aspecto material da HI escolhida pela lei dentre aquelas inerentes ao fato gerador, sobre a qual incidir a alquota. Deve ser estabelecida pela lei, pois no ter nenhum efeito se estabelecida pelo Decreto sem base legal. Alquota uma percentagem que incide sobre a base de clculo para determinao do montante do tributo, e que tambm est sujeita ao princpio da estrita legalidade tributria.

TEXTO 2 - FATO GERADOR

Conceito

o fato que gera a obrigao tributria. Para gerar a obrigao tributria, o fato ocorrido deve enquadrar-se rigorosamente dentro dos termos da lei, fenmeno a que se d o nome de subsuno. Se o fato de subsume hiptese de incidncia, estar ele dentro do campo da incidncia tributria. Caso contrrio, estar fora do campo da incidncia. Exemplo:

1 O estabelecimento industrial S, no dia 5-out, deu sada, a ttulo de venda, a produtos industrializados na quantia de R$500,00 alquota de 10% totalizando a nota fiscal R$550,00. H subsuno? Sim, porque:

Aspecto pessoal:o Sujeito Ativo = Unioo Sujeito Passivo = S Aspecto temporal:o 5-out ( fato gerador do IPI a sada do produto do estabelecimento industrial) Aspecto espacial:o Territrio nacional (porque o IPI de competncia da Unio, e o fato gerador poder ocorrer em qualquer ponto do territrio nacional). Aspecto material:o Industrializar produtos Aspecto quantitativo:o Base de clculo: R$500,00o Alquota: 10%o Tributo: 50,00

2 Pedro pessoa fsica. Comprou trs camisas da loja G e vendeu duas, em operao espordica. H subsuno? No, porque Pedro no estabelecimento comercial ( pessoa fsica que operou esporadicamente), e o no-enquadramento HI desse nico aspecto suficiente para o fato no se conter no campo da hiptese de incidncia do ICMS, mesmo que ocorram todos os demais aspectos.

RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA

Noes Introdutrias

No Direito, responsabilidade, em sentido amplo, a qualidade obrigacional que a lei atribui a algum de dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa.

No Direito Tributrio, a expresso responsabilidade tributria tomada em sentido estrito, com base no art. 121 do CTN que define o SUJEITO PASSIVO da obrigao tributria principal como sendo a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniria, sendo classificado como:

Contribuinte (sujeito passivo direto) = quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador;

Responsvel (sujeito passivo indireto) = quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa de lei.

O responsvel responde por dvida de terceiro e no por dvida prpria.

Exemplo:

Profissional autnomo A recebe da empresa B honorrios por servios prestados. Fato gerador do IR = o acrscimo patrimonial da pessoa (art. 43, CTN). Podero ocorrer as seguintes situaes: A) A lei dispe que A dever calcular e pagar o IR. Nessa hiptese A o contribuinte (porque ele que mantm relao pessoal e direita com o fato gerador do IR). A B no cabe nenhuma responsabilidade. Isso normalmente acontece quando um profissional liberal autnomo recebe honorrios de pessoas fsicas, isto , quando uma pessoa fsica tem um ganho de capital e em outras situaes previstas em lei. B) A lei diz que B, ao efetuar o pagamento para A, dever reter o IR de A e recolh-lo dentro do prazo assinalado. Nessa hiptese, B responsvel tributrio que, mesmo deixando de reter, obrigado a recolher o IR devido, sob pena de autuao e cobrana administrativa ou judicial. Por sua vez, A (contribuinte), em sua declarao de rendimentos, reduzir o valor do IR retido (ou que deveria ser retido em virtude de expressa disposio de lei) do montante do IR a pagar. C) A lei estabelece que B quem suportar o nus do IR, devendo pag-lo dentro do prazo assinalado. Nessa hiptese, a lei substitui desde logo o contribuinte natural A (porque ele que tem o acrscimo patrimonial) pelo responsvel tributrio B fenmeno a que se d o nome de responsabilidade tributria por substituio. Nessa hiptese, ao rendimento recebido soma-se o valor do IR suportado por B, se a lei assim dispuser.

ESPCIES DE RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA

Por substituio (art. 128, CTN) = ocorre quando, em virtude de disposio expressa em lei, a obrigao tributria surge desde logo contra uma pessoa diferente daquela que esteja em relao econmica com o ato, fato ou situao tributados. Nessa hiptese, a prpria lei que substitui o sujeito passivo direto pelo sujeito passivo indireto. Por sucesso (art. 129 a 133, CTN) = a responsabilidade do sucessor se d em virtude do desaparecimento do devedor originrio. Sucessor aquele que sucede o outro, inter vivos ou causa mortis.o Se o contribuinte no paga o imposto, taxa ou contribuio que era obrigado, cujo fato gerador seja a propriedade, o domnio til ou a posse de bens imveis, o adquirente que deve quitar o tributo devido. Sendo assim, quando algum adquire ou herda bens imveis, deve verificar se h regularidade fiscal, sob pena de ter que suportar o nus do tributo, se a lei lhe atribuir a responsabilidade indireta. Note-se que esse tipo de responsabilidade acompanha o bem imvel, seja quem for o sucessor, o que significa dizer que o prprio imvel pode servir para quitao do tributo devido. Solidria = a solidariedade instituto que implica numa co-responsabilidade, segundo a qual a obrigao satisfeita, em sua totalidade, ou por um dos devedores, ou por alguns, ou por todos, cfe. art. 124, 125 e 134 do CTN. Denncia espontnea = se o sujeito passivo constatar que cometeu infrao tributria, principal e/ou acessria e, antes que a fiscalizao apure, de ofcio, a falta cometida, comunicar o fato autoridade administrativa competente, ficar a salvo de penalidades. Se tal falta implicar falta de pagamento do tributo devido, para que a responsabilidade (multa moratria) seja excluda, preciso que a denncia espontnea esteja acompanhada do pagamento do tributo e dos juros de mora, ou de seu depsito administrativo.

Exerccio 1:

Analise as afirmaes abaixo e marque (C) para as corretas e (E) para as erradas. Em seguida, marque a alternativa correta.

( ) Multa decorrente de obrigao acessria constitui obrigao principal.( ) Auferir renda fato gerador que faz nascer a obrigao principal de pagamento do Imposto sobre a Renda.( ) A obrigao acessria no tem natureza patrimonial.( ) Quando um sujeito passivo no est sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informaes ao Fisco sobre matria de interesse da fiscalizao, esta sua obrigao tributria principal.

A - C, C, C, E B - C, E, E, C C - C, C, E, E D - E, C, C, C E - E, C, E, E

Exerccio 2:

Sobre os aspectos do fato gerador, correto afirmar:

A - O aspecto material indica o objeto da prestao, isto , o valor pecunirio da dvida, a ser paga pelo sujeito passivo, a ttulo de tributo. B - O aspecto quantitativo determina o exato instante em que se considera ocorrido o fato gerador. C - O aspecto espacial estabelece o local do fato gerador. D - O aspecto quantitativo descreve um comportamento de pessoas fsicas ou jurdicas com contedo econmico que s ensejo a uma obrigao tributria. E - O aspecto temporal aponta quem so os sujeitos da relao jurdica tributria: credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo).

Exerccio 3:

Avalie as afirmaes abaixo e marque a opo que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente).

1) Multa decorrente de obrigao acessria constitui obrigao principal.2) Se a lei impe a determinados sujeitos que no faam alguma coisa, est a impor-lhes uma obrigao tributria acessria e a simples situao de fato que a lei considera relevante para impor a absteno j considerada fato gerador dessa obrigao.3) Quando um sujeito passivo no est sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informaes ao fisco sobre matria de interesse da fiscalizao, esta sua obrigao tributria principal.

A - V, V, V B - V, V, F C - V, F, F D - F, F, F E - F, F, V

Exerccio 4:

Sobre a obrigao tributria acessria, incorreto afirmar-se que:

A - tem por objeto obrigao de dar e fazer ou no fazer. B - tal como a obrigao principal, supe, para o seu surgimento, a ocorrncia de fato gerador. C - objetiva dar meios fiscalizao tributria para a investigao e o controle do recolhimento de tributos. D - sua inobservncia converte-se em obrigao principal, relativamente a penalidade pecuniria. E - realizar matrcula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declaraes ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos de obrigao tributria acessria.

Exerccio 5:

Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opo que contenha a exata sequncia.

( ) A situao definida em lei, desde que necessria para o nascimento da obrigao tributria principal o seu fato gerador.( ) Qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel, impe a prtica de um ato que no tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, obrigao tributria acessria.( ) Atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, desde que legtimos perante a legislao civil, no podem ser desconsiderados pela autoridade tributria.

A - V, V, V B - F, V, V C - F, F, F D - F, F, V E - V, F, V

Infraes e Ilcitos Tributrios

Procedimento ilcito o que viola a ordem jurdica. O ilcito tributrio decorrente da violao da legislao tributria e pode envolver trs espcies: infrao tributria, infrao tributria e penal e infrao penal. Infrao tributria: decorrente da inobservncia da legislao tributria, como ocorre com o pagamento incorreto do tributo. Infrao tributria e penal: ocorre quando o contribuinte burla a legislao com o objetivo de no pagar o tributo. O Fisco ir apurar o tributo e aplicar a penalidade cabvel, mas tambm haver crime, como, por exemplo, de sonegao fiscal. Infrao penal: quando o fato praticado implica apenas violao lei penal, como por exemplo, o fiscal que exige tributo que sabe indevido. Eliso e evaso fiscal so dois institutos do direito tributrio antagnicos, pois, enquanto o primeiro expressa uma no-incidncia tributria legalmente admitida, o segundo significativo de uma ilicitude para fugir da tributao. Eliso fiscal significa economia de imposto, por intermdio de planejamento fiscal. Eliso significa eliminar, suprimir. Ressalte-se que nada impede que o contribuinte estabelea a prtica de seus negcios de maneira que pague o menor imposto possvel. Neste caso, teramos a economia lcita do pagamento do tributo visando minimizar a tributao. H certa liberdade ao contribuinte para organizar sua atividade a fim de evitar a ocorrncia do fato gerador. Evaso fiscal tem por objetivo evitar o pagamento do tributo, mediante subterfgios praticados pelo contribuinte para dissimular a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria. Tem sentido de evadir, de fugir tributao e assim, constitui ilcito. So espcies de evaso a sonegao, a inadimplncia fiscal, a simulao e o negcio indireto. Neste a pessoa objetiva uma finalidade diversa da sua normal. Transferncia de preos (transfer princing) a manipulao do preo do produto ou servio, nas operaes de venda e compra internacionais, quando o contribuinte pode controlar ambos os polos da operao. Os preos de transferncia devem ser os de concorrncia ou de mercado, sem superfaturamento, nem subfaturamento. Aplica-se o princpio do arms length. A filial tem de ser vista como uma unidade econmica independente para efeito de apurao do lucro. Sonegao: toda ao ou omisso dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendria: Da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria principal, sua natureza ou circunstncias materiais; Das condies pessoais do contribuinte, suscetveis de afetar a obrigao tributria principal ou o crdito tributrio correspondente. A sonegao diz respeito a fato gerador j ocorrido e no a realizar. O contribuinte oculta o fato gerador com o objetivo de no pagar o tributo devido. Fraude: toda ao ou omisso dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria principal, ou a excluir ou modificar suas caractersticas essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou a evitar ou diferir seu pagamento. Na fraude, o contribuinte falsifica dados ou insere elementos incorretos nos livros fiscais visando no pagar o tributo ou pagar valor inferior ao devido. Conluio: o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas, naturais ou jurdicas, visando aos efeitos da sonegao ou da fraude. H a vontade de duas ou mais pessoas de no indicar, por exemplo, renda em um negcio jurdico, para no haver a respectiva tributao. Sanes compensatrias No visam punir o contribuinte. So sanes compensatrias os juros de mora, a correo monetria e a multa de mora. Juros de mora representam o acrscimo a que o sujeito passivo fica sujeito em razo de que deixou de pagar o tributo no prazo legal. Os juros so a remunerao do capital. Correo monetria representa a atualizao do valor da moeda em razo da inflao. Multa de mora a decorrente do atraso no pagamento do tributo e deve ser fixada por lei.

Exerccio 1:

A eliso ou economia fiscal no ilcito fiscal porque ocorre antes:

A - Da publicao da lei do imposto. B - Da entrada em vigor da lei do imposto. C - Do fato gerador. D - Do lanamento. E - Da lavratura do auto de infrao.

Exerccio 2:

A sonegao s pode ocorrer em relao fato gerador:

A - Futuro. B - Pendente. C - Futuro ou pendente. D - J ocorrido

Exerccio 3:

Os principais tipos de sanes fiscais so:

A - Fraudes, sonegaes e conluios. B - Elises, evases fiscais e fraudes. C - Multas, detenes e recluses. D - Penas pecunirias, perda de mercadorias, sujeio a sistema especial de fiscalizao e interdies.

Exerccio 4:

Prestar declarao falsa ou omitir, total ou parcialmente, informao que deva ser produzida a agentes das pessoas jurdicas de direito pblico interno, com a inteno de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, constitui, de acordo com a Lei n. 4.729/65:

A - Eliso. B - Crime de sonegao fiscal. C - Evaso legal D - Apenas ilcito tributrio formal.

Exerccio 5:

Inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operaes de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a inteno de exonerar-se do pagamento de tributos devidos a Fazenda Pblica, constitui, de acordo com a Lei n. 4.729/65:

A - Eliso. B - Evaso legal C - Crime de sonegao fiscal. D - Apenas ilcito tributrio formal.

Exerccio 6:

Qual das condutas a seguir no constitui crime contra a ordem tributria?

A - Omitir informao ou prestar declarao falsa s autoridades fazendrias. B - Fraudar a fiscalizao tributria, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operao de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal. C - Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ou qualquer outro elemento relativo operao tributvel. D - Reduzir a carga tributria por meio de eliso. E - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatrio, nota fiscal ou documentos equivalentes, relativos a venda de mercadoria ou prestao de servio, efetivamente realizada ou fornec-la em desacordo com a legislao.