direito tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO Profª. Milena 02-fev-2010 O CTN é uma lei formamente ordinária e materialmente complementar. Conteúdo Programático: 1. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. Exemplo: hipoteca / penhor → dívida tributária prevalece (garantia). 1° crédito trabalhista; 2° crédito tributário (privilégio). 2. Administração Tributária: - Fiscalização; - Dívida Ativa; - Certidões - positiva (com débito); - negativa (sem débito); - positiva com efeito de negativa; 3. Repartição dos impostos na Federação: artigos 153 e ss do CF. - Impostos Federais: Artigo 153 da CF → II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGR (7) Artigo 154, I da CF → imposto residual Artigo 154, II da CF → IEG - Impostos Estaduais / DF: Artigo 155 da CF → ITCMD, ICMS, IPVA (3) ITCMD – doação e transmissão “causa mortis”; qualquer bem móvel ou imóvel. ICMS – transporte entre estados e entre municípios, comunicação, mercadorias. Página 1 de 31

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Page 1: Direito Tributário

DIREITO TRIBUTÁRIO

Profª. Milena

02-fev-2010

O CTN é uma lei formamente ordinária e materialmente complementar.

Conteúdo Programático:

1. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.

Exemplo: hipoteca / penhor → dívida tributária prevalece (garantia). 1° crédito trabalhista; 2° crédito tributário (privilégio).

2. Administração Tributária:

- Fiscalização;

- Dívida Ativa;

- Certidões - positiva (com débito);

- negativa (sem débito);

- positiva com efeito de negativa;

3. Repartição dos impostos na Federação: artigos 153 e ss do CF.

- Impostos Federais:

Artigo 153 da CF → II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGR (7)

Artigo 154, I da CF → imposto residual

Artigo 154, II da CF → IEG

- Impostos Estaduais / DF:

Artigo 155 da CF → ITCMD, ICMS, IPVA (3)

ITCMD – doação e transmissão “causa mortis”; qualquer bem móvel ou imóvel.

ICMS – transporte entre estados e entre municípios, comunicação, mercadorias.

*Energia elétrica = mercadoria.

- Impostos Municipais:

Artigo 156 da CF → IPTU, ITBI, ISS (3)

ITBI – transmissão “inter vivos”; somente bens imóveis.

ISS – qualquer serviço não contemplado pelo ICMS.

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Page 2: Direito Tributário

4. Processo Tributário:

- Processo Administrativo Tributário:

- consulta;

- lançamento;

- repetição do indébito.

- Processo Judicial Tributário: (será estudado no estágio supervisionado).

Revisão:

1. CF → artigos 145 a 162.

2. CTN → 218 artigos.

CTN - impostos;

- taxas;

- contribuições de melhoria.

Hipótese de Incidência (HI) → por ser uma norma, a HI é abstrata.

Norma (incidência tributária); a norma prevê hipóteses de incidência. (O quê / Qual atividade deve ser praticada para que surja a obrigação de pagamento do tributo.

Fato Gerador

Fato Imponível

Concreto (é um fato concreto que contém todos os elementos da norma de incidência).

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Page 3: Direito Tributário

Hipótese de Incidência Fato Imponível

↓ ↓

Norma Concreto

↓ ↓

Fato Gerador Fato Gerador

Obrigação Tributária

↓ (subsunção tributária)

Lançamento

Crédito Tributário

*CTN chama de fato gerador tanto a hipótese de incidência quanto o fato imponível.

Obrigação Tributária:

direito

sujeito ativo (credor) sujeito passivo (devedor)

dever (tributo)

Sujeito Passivo - contribuinte: realiza o fato gerador (HI) – artigo 121, I do CTN;

- responsável: relação indireta com o fato gerador (HI).

Devedor do tributo

Sempre haverá um contribuinte, mas nem sempre o contribuinte será o responsável pelo pagamento.

Obrigação Tributária - principal;

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Page 4: Direito Tributário

Artigo 113 do CTN - acessória.

Obrigação Tributária Principal:

Fato Gerador (fato imponível)

Pagamento - tributo;

- penalidade → descumprimento de obrigação tributária acessória convertida em obrigação principal – artigo 113, §3° do CTN.

Obrigação Tributária Acessória:

Legislação Tributária → prestação - positiva;

- negativa.

Para melhor fiscalização e arrecadação do tributo. Exemplo: declaração de IR, emissão de nota fiscal (ICMS).

Lançamento – artigo 142 do CTN:

↓ - extinção;

Crédito Tributário - exclusão;

- suspensão.

Crédito tributário não pago → inscrição do débito em dívida ativa → certidão de dívida ativa → execução fiscal.

09-fev-2010

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário:

1. Garantias:

Conceito: forma de assegurar o cumprimento de uma obrigação.

Exemplo: processo de inventário, certidão negativa de débito, requerimento de recuperação judicial – prova de pagamento dos tributos.

*Artigo 183 do CTN – Enumeração das garantias previstas neste capítulo não exclui outras expressamente previstas em lei, em função da natureza / característica do tributo.

A previsão deve ser expressa, não tácita.

*Artigo 183, § único do CTN – Natureza da garantia não altera a natureza do crédito tributário.

Exemplo: o crédito tributário garantido por uma hipoteca / penhor / anticrese → continua sendo crédito tributário, portanto, não se torna um crédito hipotecário / pignoratício.

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Page 5: Direito Tributário

*Responde pelo pagamento do crédito tributário todos os bens e rendas do sujeito passivo (espólio / massa falida) inclusive os gravados por ônus real / cláusula de inalienabilidade / impenhorabilidade¹ (independentemente da data do ônus ou cláusula), excetuados os bens e rendas declarados por lei como absolutamente impenhoráveis – artigo 184 do CTN.

O CPC ao elencar os bens absolutamente impenhoráveis inclui os impenhoráveis / inalienáveis (inciso I) → conflito aparente de normas. Portanto, os bens impenhoráveis e inalienáveis respondem pela dívida tributária (CTN) ou não (CPC)? Sim! Prevalece o CTN (norma especial) em face do CPC.

Mesmo anterior à dívida tributária, não prevalece frente à Fazenda Pública bens com cláusula de inalienabilidade / impenhorabilidade.

As cláusulas de inalienabilidade / impenhorabilidade valem frente a todos os credores comuns, mas não frente ao crédito tributário (qualquer que seja o tributo).

Mesmo se o ônus real foi constituído antes do crédito tributário, respondem pela dívida tributária.

O artigo 649 do CPC elenca os bens absolutamente impenhoráveis.

Lei 8009/90 – bem de família. O bem de família não prevalece quando há dívidas de impostos, taxas, contribuições de melhoria referentes ao próprio imóvel.

Fraude à Execução Fiscal – artigo 185 do CTN:

= Sujeito passivo em débito

Crédito regularmente inscrito em dívida ativa (que ocorre após o lançamento).

A fraude à execução fiscal se presume quando o sujeito passivo estiver em débito com a Fazenda Pública.

Antigamente, além da inscrição em dívida ativa era preciso um processo em fase de execução e que o devedor fosse citado. Apesar de não haver previsão no CTN, os doutrinadores têm defendido que o devedor deve ser cientificado.

Se a venda foi anterior à inscrição na dívida ativa, é fraude contra credores (particular X Fazenda Pública – ação pauliana).

→*A presunção é relativa de fraude à execução – artigo 185 do CTN.

Cuidado: Sabbag defende que a presunção é absoluta.

A presunção não se aplica quando há reserva de bens → artigo 185, §2° do CTN.

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Page 6: Direito Tributário

23-fev-2010

*Artigo 185 – A do CTN → Indisponibilidade de Bens ou Rendas:

Haverá indisponibilidade de bens:

1. Quando for regularmente citado do processo de execução; 2. Não pagar; 3. Não nomear bens à penhora; 4. Não forem encontrados bens passíveis de penhora.

O juiz comunica aos órgãos competentes e instituições financeiras para que se realize o bloqueio no valor do montante da dívida.

Na prática o juiz comunica a Fazenda Pública e é o executado quem deve se manifestar.

Artigo 185 – A, §1° do CTN → na prática não ocorre.

Penhora on-line:

CTN – feita de ofício pelo juiz;

CPC – feita a pedido do exequente.

O procedimento da execução segue o rito da Lei 6830/ 80, inobstante a mudança do CPC.

Outras Garantias:

Exigência de prova de quitação de tributos para a prática de alguns atos;

Certidão de Regularidade Fiscal = certidão negativa de débito ou certidão positiva de efeito negativo.

- Extinção das obrigações do falido

Prova de quitação de todos os tributos (artigo 191 do CTN). E não apenas dos tributos relacionados apenas à atividade comercial por ele desenvolvida (regra antiga).

- Concessão de recuperação judicial

Prova de quitação de todos os tributos. (artigo 191 do CTN) (artigos 151, 205 e 206 do CTN).

- Sentença de julgamento de partilha /adjudicação (único herdeiro)

(atos finais do processo de execução)

Prova de quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio ou as suas rendas.

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Page 7: Direito Tributário

Não basta a prova do recolhimento do ITCM; é preciso a apresentação de certidão de quitação de todos os tributos relativos aos bens /rendas do espólio.

*Salvo expressamente autorizado por lei – entes federados ou autarquias não celebrarão contratos ou aceitarão proposta em concorrência pública sem prova de quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo o exercício contrata ou concorre.

Exemplo: empresa merendeira municipal → só precisa comprovar o pagamento do ISS, ou seja, mesmo se a empresa dever o IPTU poderá participar da concorrência.

Lei 8666/93 – licitação e contratação com a Fazenda Pública → prova de pagamento de todos os tributos. Ampliação da garantia de forma expressa.

2. Privilégios do Crédito Tributário:

= Preferência. Posição de superioridade do crédito tributário em face de outros créditos.

*Artigo 186 do CTN – preferência do crédito tributário; o crédito decorrente da legislação do trabalho e crédito decorrente de acidente de trabalho → maior preferência em relação ao crédito tributário.

*Fora da falência: aplica-se o artigo 186 do CTN. Fora do processo falimentar, a ordem hierárquica é:

1. Crédito decorrente da legislação do trabalho ou de acidente do trabalho;

2. Crédito tributário;

3. Crédito com garantia real;

4. Crédito quirografário.

*Na falência: artigo 186, § único do CTN (+ dispositivos da Lei Falimentar). Estudar folha em separado.

*Cobrança judicial do crédito tributário não se sujeita a concurso de credores ou habilitação → artigo 187 do CTN.

- Falência Juízo universal (toda ação que tramite em relação à essas

- Recuperação judicial; matérias, a habilitação deve ser feita no processo principal.

- Inventário; (cobrança é feita perante o juízo da falência, inventário etc).

- Arrolamento.

*Artigo 187,§ único do CTN – concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público (artigo 29, § único da Lei 6880/80).

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Page 8: Direito Tributário

O crédito tributário só concorre com outro crédito tributário.

I. União e autarquias; (também conjuntamente e “pro rata”).

II. Estados, DF e autarquias conjuntamente e “pro rata”.

III. Municípios e autarquias conjuntamente e “pro rata”.

“Pro rata” – valor é rateado, cada qual recebe proporcionalmente ao montante da dívida, ao seu crédito.

EC 1/69 e artigo 19, III da CF/88 (regra análoga) → houve questionamento acerca da constitucionalidade desse artigo (fere o pacto federativo). Súmula 563 do STF → o dispositivo é compatível com a CF/88.

Exemplo: $1.000,00 - SP $500,00 (33,33%);

- MG $300,00 (20%);

- RJ $700,00 (46,67%).

02-mar-2010

Administração Tributária: artigos 194 a 208 do CTN

1. Fiscalização:

Cabe à legislação tributária - competência;

- poderes.

Autoridade administrativa em matéria de fiscalização.

Para o direito tributário, legislação tributária não significa lei tributária.

Legislação tributária: artigo 96 do CTN:

- leis;

- tratados e convenções internacionais;

- decretos;

- normas complementares à legislação tributária (NCLT).

NCLT – artigo 100 do CTN:

- atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (portarias, ordem de serviço).

- decisão de órgãos singulares / coletivos da Administração Pública;

- costumes;

- convênios.

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Page 9: Direito Tributário

Estão sujeitas à fiscalização – todas as pessoas naturais e jurídicas.

*Ainda que goze de imunidade ou isenção, qualquer pessoa (física ou jurídica) está sujeita à fiscalização tributária, sejam elas contribuintes ou não. Artigo 194, §único do CTN.

Não tem aplicação aos agentes fiscais qualquer disposição excludente / limitativa do direito de examinar:

- livros;

- mercadorias;

- arquivos;

- documentos.

Artigo 195 do CTN e Súmula 439 do STF.

- Livros obrigatórios de escrituração comercial / fiscal e os comprovantes dos lançamentos deverão ser conservados até a prescrição dos créditos tributários. Artigo 195, §único do CTN.

09-mar-2010

*Autoridade administrativa que presidir / proceder diligência de fiscalização deverá lavrar termo (TIF – Termo de Início da Fiscalização)

OU

Livros fiscais exibidos Lavrados em separado – cópia autenticada – sujeito da fiscalização

Artigo 196, caput e §único do CTN.

Consequências:

1- Início do termo fiscalizatório e prazo de duração da fiscalização;

2- Inibe a realização de uma denúncia espontânea (responsabilidade por uma infração tributária);

Artigo 138 do CTN - Denúncia espontânea →denuncia infração à legislação tributária.

O próprio sujeito passivo, ao contrair uma dívida, procura a Fazenda Pública e denuncia espontaneamente que deixou de pagar um tributo, mas deve efetuar o pagamento do tributo.

Débito:

Pagamento do tributo + juros de mora + multa.

Denúncia espontânea: estará dispensado do pagamento da multa.

3- Pode antecipar o início do prazo decadencial.

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Page 10: Direito Tributário

Exercício financeiro = período compreendido entre 1° de janeiro de um ano e 31 de dezembro desse mesmo ano (coincide com o ano civil) – artigo 34 da Lei 4320/64.

Prazo decadencial – artigo 173, I do CTN

Deveria ter ocorrido o lançamento, mas não ocorreu.

2010 2011

Fiscalização: antecipa o prazo decadencial para o dia em que foi lavrado o TIF.

*Obrigação de informações – artigo 197 do CTN.

Mediante intimação escrita são obrigados a prestar informações ao fisco sobre bens, negócios e atividades de terceiros.

(...) II. Bancos...

VII. Quaisquer outras entidades ou pessoas... (artigo 197 do CTN).

- Obrigação não abrange dever de sigilo;

LC 105/01: sigilo bancário (artigo 6°) – só pode ser quebrado quando se tem um procedimento administrativo ou fiscal instaurado e os exames sejam indispensáveis para a investigação.

*Dever de sigilo administrativo da autoridade fiscal → artigo 198 do CTN – é vedada a divulgação por parte da Fazenda Pública / Servidores de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica /financeira do sujeito passivo /terceiros e sobre a natureza/ estado dos negócios / atividades.

16-mar-2010

Se não respeitar o dever de sigilo → responsabilidade administrativa – artigo 325 do CP.

Conceito de funcionário público →é o mesmo do CP – artigo 327 do CP.

- Excetua-se:

a) Permuta de informações entre Fazendas (forma: lei ou convênio) – assistência entre as Fazendas para fiscalização dos tributos. Artigo 199 do CTN.

Permuta de informações entre União X Estado estrangeiro (tratados, acordos e convênios) no interesse da arrecadação / fiscalização. Artigo 199, §único do CTN.

b) Requisição da autoridade judiciária – artigo 198, §1° do CTN.

Exemplo: IR.

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Page 11: Direito Tributário

c) Solicitação da autoridade administrativa (interesse da Administração Pública), desde que instaurado regular processo administrativo → com o objetivo de investigar o sujeito passivo por prática de infração administrativa – artigo 198, §2° do CTN.

*Não é vedada a divulgação por parte da Fazenda Pública – artigo 198,§3° do CTN:

I. Representações fiscais para fins penais; sonegador fiscal → representação fiscal para a autoridade penal (MP / delegado) para investigação de crime fiscal.

II. Inscrição em dívida ativa; de qualquer pessoa.

III. Parcelamento / moratória.

*Auxílio da força policial – artigo 200 do CTN.

3. Certidões Tributárias:

1. Certidão Negativa; demonstra a regularidade fiscal – será expedida mediante requerimento do interessado (informações necessárias para o pedido) – artigo 205 do CTN.

A certidão negativa é o único documento de quitação de tributos.

*Artigo 205, §único do CTN – deverá ser expedida no prazo de 10 dias.

*Expedida com dolo / fraude que contenha erro contra a Fazenda Pública → responsabilidade pessoal do funcionário - crédito tributário; Artigo 208 do CTN.

- juros de mora.

Sem exclusão da responsabilidade civil / criminal.

Doutrina: solidária (funcionário público + devedor tributário). Outros: responsabilidade subsidiária.

*Independentemente de disposição legal permissiva será dispensada prova de quitação de tributos para evitar a caducidade do direito – artigo 207 do CTN.

Exemplo: para participar de licitação.

Na prática não tem aplicabilidade.

23-mar-2010

2. Certidão Positiva; existência de débitos tributários.

3. Certidão Positiva com efeitos negativos – artigo 206 do CTN.

É uma certidão positiva – consta a existência de débitos, no entanto tem os mesmo efeitos da uma certidão negativa. Tem os mesmos efeitos da certidão negativa.

Exemplo: quando há parcelamento – exigibilidade suspensa.

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Page 12: Direito Tributário

Artigo 206 do CTN:

I. Créditos tributários não vencidos (vincendos);

Créditos não vencidos – está no prazo para pagamento.

II. Crédito tributário em fase de execução que está garantida pela penhora de bens;

Se a dívida já está garantida, terá direito a uma certidão positiva de efeitos negativos.

III. Crédito tributário com a exigência suspensa (artigo 151 do CTN);

Suspensão da exigibilidade:

MODERECOPA

- MOratória;

- DEpósito do montante integral;

- REclamações e recursos na esfera administrativa;

- COncessão de liminar em MS e concessão de liminar ou tutela antecipada em qualquer outra ação;

- PArcelamento.

Exclusão do crédito tributário – artigo 175 do CTN:

AI – anistia (perdão da multa) e isenção (dispensa do pagamento do tributo).

≠ remissão – perdão da dívida toda (tributo + multa – artigo 142 do CTN).

*Artigo 151 do CTN – consequências:

- certidão positiva de efeitos negativos – artigo 206 do CTN;

- suspensão do prazo prescricional – credito tributário não pode ser cobrado;

- não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias; artigo 151, §único do CTN.

30-mar-2010

4. Dívida Ativa :

Conceito: artigo 201 do CTN e artigo 2° da Lei 6830/80.

*Artigo 201 do CTN – é a proveniente de crédito tributário, regularmente inscrita na repartição competente, depois de esgotado o prazo para pagamento pela lei ou decisão administrativa regular.

Termo de Inscrição de Dívida Ativa → Certidão de Dívida Ativa.

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Page 13: Direito Tributário

Procedimento:

HI + FI → Obrigação → Lançamento → Crédito tributário → Notificação para pagamento:

1°. Pagamento – extinção.

2° Recorrer. Vence – extinção. Perde – novo prazo para pagamento – crédito / débito (não é dívida ativa).

3° Não fazer nada → crédito / débito (não é dívida ativa, mas existe o débito. Se estiver inscrito na repartição, será dívida ativa).

*Artigo 2° da Lei n° 6830/80 → ampliou o conceito de dívida ativa.

Hoje – dívida ativa = crédito tributário + crédito não tributário → execução fiscal.

Portanto, é possível a execução fiscal de crédito não tributário, desde que esteja inscrito em dívida ativa.

*Inscrição não é ato de constituição de crédito tributário; o que constitui o crédito tributário é o lançamento.

*Inscrito o crédito através do TIDA → certidão de inscrição em dívida ativa (artigo 585, VI do CPC);

*TIDA → artigo 202 do CTN, artigo 2°, §5° da Lei 6830/80.

*CDA → = requesitos do TIDA + livro + folha – artigo 202, §único do CTN + artigo 2°,§5° da Lei 6830/80. Hoje não existe mais livro. A CDA tem os mesmos requisitos do TIDA, mas deve trazer o número do termo de foi extraída a certidão.

Não há nenhuma diferença entre o TIDA e o CDA, a única diferença é que o CDA tem como requisito a juntada do n° do livro + n° da folha.

*Omissão /erro de qualquer dos requisitos (202 do CTN) gera a nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente → a nulidade pode ser sanada até decisão de 1ª instância → artigo 203 do CTN.

Até sentença da execução fiscal ou sentença decorrente dos embargos. Quando a certidão é substituída, o contribuinte tem novo prazo de defesa, mas a defesa só poderá versar sobre o objeto da modificação.

*Dívida ativa regularmente inscrita:

- prova pré-constituída; artigo 204 do CTN e artigo 3° da Lei 6830/80;

- presunção de certeza e liquidez.

Inversão do ônus da prova - A presunção pode ser afastada por meio de produção de provas pelo contribuinte, pois a presunção é relativa.

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Page 14: Direito Tributário

06-abr-2010

Impostos em Espécie:

Artigo 16 do CTN – HI / FG → independe de atividade estatal específica.

Os impostos são tributos não vinculados. Os impostos tem como HI / FG uma atividade exercida pelo contribuinte. As taxas e contribuições de melhoria são tributos vinculados à um atividade estatal.

Impostos Municipais: artigo 156 da CF. São três: IPTU, ITBI e ISS.

1. Imposto Sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana – IPTU:

Diferente do ITR – base de cálculo: terra nua – excluída todas as benfeitorias. IPTU – base de cálculo: valor venal no imóvel.

- artigo 156, I da CF / artigo 32 a 34 do CTN; cada município, por intermédio de lei ordinária, instituirá o IPTU, que observará o disposto na CF, sob pena de inconstitucionalidade e o CTN, sob pena de ilegalidade.

- função fiscal; via de regar, o IPTU tem somente finalidade arrecadatória. Porém, poderá ser extrafiscal – artigo 182, §4° da CF. IPTU progressivo → progressividade no tempo – quanto mais tempo o sujeito demorar para cumprir a função social da propriedade, maior a alíquota do IPTU. A fim de desestimular a propriedade que não cumpre a função social.

Extrafiscal – além de arrecadatória para estimular ou desestimular uma atividade.

Parafiscal – um ente é competente para criação e outro ente arrecada o produto da arrecadação. Exemplo: INSS, contribuição para a OAB.

Não existem impostos parafiscais. Os impostos serão sempre fiscais ou extrafiscais.

- HI (FG): propriedade, domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza / acessão física, conforme definido na lei civil, localizado na zona urbana do município (artigo 32 do CTN).

Artigo 32, §1° do CTN.

Propriedade – proprietário;

Domínio útil – exemplo: enfiteuta, usufrutuário;

Posse de bem imóvel – aquele que mansa e pacificamente ocupa o imóvel com ânimo de dono, com a intenção de possuir o imóvel por usucapião.

Inquilino? Não é contribuinte do IPTU, não realiza o fato gerador do IPTU. É o proprietário o responsável, salvo disposição contratual em contrário. Artigo 123 do CTN – os contratos não podem ser apresentados perante a Fazenda Pública a fim de modificar o sujeito passivo.

Bem imóvel por natureza – artigo 79 do CC;

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Page 15: Direito Tributário

Bem imóvel por acessão física – tudo o que for acrescido a terra por atividade do homem - artigo 43 do CC/16.

Base de cálculo – artigo 33 do CTN → valor venal: valor do imóvel no mercado.

Zona urbana do município – cabe a lei municipal definir o que é zona urbana, com certos requisitos: mínimo de dois melhoramentos dos contidos nos incisos do §1° do artigo 32, que deverão ser construídos ou mantidos pelo poder público. Critério da localização, não da destinação.

- áreas urbanizáveis ou de expansão urbana:

a) loteamentos aprovados pelos órgãos competentes →finalidade: habitação, indústria, comércio. Está localizada na zona rural, mas tem destinação de atividades urbanas.

Essas áreas poderão ter tributação pelo IPTU, mesmo localizadas fora da zona urbana.

*Alteração de base de cálculo – que importe majoração só pode ser feita por lei. A simples correção pode ser por decreto – artigo 97,§§1° e 2° do CTN.

O fato gerador do IPTU ocorre no dia 1° de janeiro de cada ano. O IPTU é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. Deve respeitar a anterioridade, mas não a noventena.

Aumento da alíquota – observar a anterioridade e a anterioridade nonagesimal.

Aumento da base de cálculo – observar a anterioridade, mas não a noventena. Artigo 150, §1°, segunda parte da CF.

13-abr-2010

*Base de cálculo: valor venal do imóvel → artigo 33 do CTN.

O valor venal do imóvel corresponde ao valor deste no mercado.

Critério quantitativo: base de cálculo + alíquota.

R$ %

Geralmente a alíquota é de 2%, mas pode variar de acordo com cada município.

Valor do tributo = base de cálculo X alíquota.

R$ 100.000,00 X 2% → R$2.000,00

*Artigo 33, §único do CTN → bens móveis não serão considerados; os bens móveis que guarnecem o imóvel não serão considerados para fins de cálculo do tributo.

- Majoração: lei → artigo 97, §1° do CTN.

- Atualização (=correção monetária): não lei → artigo 97, §2° do CTN; não á aumento, portanto não equivale a majoração, e por isso não há necessidade de lei – pode ser por decreto.

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Page 16: Direito Tributário

Súmula 160 do STJ. Modificação → mais oneroso → lei.

- Não observa a noventena – artigo 150, §1° da CF.

Mas deverão ser observados: legalidade e anterioridade (IPVA também), pois são tributos cobrados em 1° de janeiro. É nesta data que a Administração Pública verifica a ocorrência ou não do fato gerador do IPTU e IPVA.

- Alíquota: definida em lei (lei municipal).

*Critério espacial: posse / domínio / propriedade → imóvel (zona urbana) → município.

*Critério temporal: 1° de janeiro. Ocorrência do fato gerador.

*Progressividade: a Constituição permitiu a progressividade do IPTU.

= à medida que aumenta a base de cálculo, aumenta a alíquota.

a) No tempo: artigo 182, §4°, inciso II da CF (extrafiscal).

b) Em razão do valor do imóvel (fiscal) – artigo 156, §1°, inciso I da CF.

-Alíquotas diferentes em razão da localização / uso do imóvel – artigo 156, §1°, inciso II da CF.

*Lançamento de ofício (ou direto); feito pela própria autoridade administrativa.

O imposto pode ser progressivo ou proporcional.

Proporcional → base de cálculo pode variar, mas a alíquota é fixa, prevista em lei.

Base de cálculo + alíquota fixa.

Progressivo → na medida em que há o aumento da base de cálculo, há o aumento da alíquota.

Exemplo; IR >% ....

>% b.c

>% b.c

% b.c

b.c

Tributar de forma mais gravosa aquele que recebe mais.

Princípio da Capacidade Contributiva → artigo 145, §1° da CF – sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.

Nos impostos onde são levadas em consideração as características pessoais do contribuinte, será tributado de acordo com sua capacidade contributiva.

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Page 17: Direito Tributário

A progressividade serve para que o princípio da capacidade contributiva funcione, seja eficaz. Só podem ser aplicados aos impostos pessoais (‡ dos impostos reais que incidem sobre uma coisa e, portanto, não respeitam o princípio da capacidade contributiva).

Exemplo: posso ter uma mansão sem ter condições econômicas e vice versa (doação, por exemplo).

A regra é que a capacidade contributiva (progressividade) não seja aplicada aos impostos reais, salvo se a CF fizer previsão de progressividade daquele imposto. Exemplo: IPTU.

ITBI, IPVA → não há previsão na CF de progressividade.

27-abr-2010

2. Imposto Sobre a Transmissão “Inter Vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis (ITBI / SISA / ITIV).

Artigo 1225 do CC → exemplo: direito de habitação, usufruto, transmissão de enfiteuse.

- Competência: artigo 156, II da CF / artigo 35 a 42 do CTN.

- Função fiscal;

- HI – transmissão “inter vivos” por ato oneroso de bens imóveis por natureza ou acessão física (artigo 1225 do CC) e de direitos reais sobre imóveis (exceto os de garantia – hipoteca, penhor, anticrese), bem como cessão de direitos a sua aquisição.

Não se vende a propriedade, se cede a cessão de direitos. Cessão de direitos hereditários.

- Base de cálculo: artigo 38 do CTN;

Valor real dos bens / direitos transmitidos.

- Alíquota – lei municipal (proporcional).

Progressivo? O ITBI não é progressivo, pois é um imposto real, mas é um imposto proporcional.

- Súmula 45

1° TAC

- Súmula

- Contribuinte – artigo 42 do CTN:

- Vendedor;

- Adquirente.

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*CF / 88:

ITBI → municípios, bens imóveis, ato oneroso.

ITCMD → estados /DF, causa mortis, doação de bens imóveis, incide sobre a transmissão dos bens que vão ser doados ou partilhados (imóveis ou móveis).

- Artigo 156, §2° da CF;

I. Imunidade:

II. Compete ao município:

- Da situação;

- Lançamento por declaração;

Questões:

- Usucapião?

- Compromisso de compra e venda?

Artigo 184, §5° da CF – transferência de bem imóvel → reforma agrária – não incide, por previsão expressa.

04-mai-2010

Imunidades:

1. Artigo 184, §5° da CF:

São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

Apesar da palavra “isentas”, não se trata de hipótese de isenção (prevista sempre em lei), mas de imunidade uma vez que é a própria Constituição que ressalva a incidência do ITBI.

2. Artigo 156, §2°, I da CF:

Não incide sobre a transmissão de bens / direitos incorporados ao patrimônio da pessoa jurídica em realização do capital social¹, nem sobre a transmissão de bens / direitos decorrente da fusão, incorporação ou extinção da pessoa jurídica, salvo se, nesses casos a atividade preponderante do adquirente for a compra / venda desses bens / direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil².

¹Sócio → transfere um imóvel → para compor o capital social da pessoa jurídica → não há incidência do ITBI.

²Fusão: A +B = C

Incorporação: A / B = B

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Extinção: A O

O

O

Cisão: A A1

A2

A3

Se quem está adquirindo tiver como atividade preponderante a compra e venda de imóveis ou a fusão de imóveis, haverá a incidência do ITBI, posto que esta poderá auferir lucros com tal imunidade.

A (construção de muros) + B = C → locação de imóveis.

Casa

Haverá a incidência do ITBI, haja vista a atividade desenvolvida pela empresa adquirente.

A (locação de imóveis) + B = C (venda de roupas).

Casa

Não há a incidência, pois a empresa adquirente não exerce como atividade preponderante a compra e vende de imóveis.

*Para que haja a incidência do ITBI é preciso que a empresa adquirente tenha como atividade preponderante a locação, compra e venda ou arrendamento de imóveis.

Atividade preponderante = acima de 50% do faturamento da empresa devera advir dessa atividade.

3. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS / ISQN):

- Competência – municipal – artigo 156, III da CF.

- Função fiscal;

- HI – prestação de serviço de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II da CF, definidos em lei complementar (LC 116/03 – lei complementar federal).

Obrigação de fazer. O serviço deve ser oneroso.

*Rol taxativo? Sim, no sentido que o município não pode tributar serviço não previsto na LC 116/ 03. Ele pode copiar ou excluir algum serviço na LC 116 – Lista anexa de serviços (230 serviços em 40 itens).

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LC 116/03 → “congênere” – STF: é taxativo, mas permite interpretação quando presente a palavra “congênere” – cláusula geral.

Município pode fazer lei complementar desde que haja previsão.

O ISS incide sobre o valor do serviço.

*Sujeito Passivo: artigo 5° → prestador de serviços – empresa ou profissional autônomo. Pessoa física ou jurídica.

*Não são sujeitos passivos: artigo 2°, II (LC 116):

I. Prestação de serviços com relação de emprego; exemplo: professores.

II. Trabalhos avulsos;

III. Diretores / membros de conselho consultivo ou fiscal da sociedade.

11-mai-2010

- Base de cálculo → preço do serviço (artigo 7° do CTN); preço que o prestador cobrou pelo serviço prestado.

* É devido: artigo 3° da LC n° 116/03;

- Local do estabelecimento prestador, na falta → local do domicílio do prestador, exceto I a XXII do artigo 3° da LC n° 116/03 → local da efetiva prestação do serviço;

- Alíquota: proporcional. A alíquota é fixa o valor monetário da base de cálculo é variável.

ISS fixo? Alguns municípios têm o ISS fixo, mas Carrazza defende que é inconstitucional, uma vez que fere os princípios tributários da isonomia, proporcionalidade etc.

- Artigo 156, §3° da CF → cabe à lei complementar (federal) regular algumas matérias no que tange ao ISS:

I. Fixar as alíquotas máxima (5% - artigo 8°, II da LC 116/03) e mínima (2% - artigo 88 do ADCT); =evitar a guerra fiscal.

II. Excluir da incidência a exportação de serviço para o exterior; lei complementar exclui da incidência de um imposto uma situação = isenção. Somente o ente competente para instituir o imposto é quem tem competência para instituir isenções. Artigo 151, III da CF. Estamos diante da única exceção da possibilidade da União conceder isenção a imposto que não é de sua competência → artigo 2°, inciso I da LC n° 116/03. Quando ente que não é titular da competência concede isenção de um tributo, essa isenção é chamada de isenção heterônoma.

Na importação incide o ISS.

III. Regular a forma e condições como as isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados → artigo 88 do ADCT, enquanto não for feita a lei complementar regulamentadora.

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*Lançamento por homologação.

Impostos Estaduais e do Distrito Federal:

1. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA):

*Competência: artigo 155, III da CF.

CF/67 (EC n° 27/85 – TRU); o IPVA substituiu o TRU – Tarifa Rodoviária Única.

*Função: fiscal; arrecadatória, 50% do valor do IPVA é destinado ao município onde foi licenciado o veículo.

*Não está previsto no CTN.

Não há normas gerais da União → artigo 24, §3° da CF. normas gerais em matéria tributária deve estar prevista em lei complementar.

Estados → competência legislativa plena. Se não há normas gerais da União, os Estados têm competência legislativa plena para tratar da matéria. É o caso do IPVA. Obvio que não podem violar a CF, mas podem legislar plenamente.

*Hipótese – ser proprietário de veículo automotor (CTB = veículos terrestres).

Diferente do uso / posse (Certificado de Registro de Veículo). O IPVA tributa o proprietário e não quem usa ou tem a posse.

Embarcações /aeronaves – RE (134.509 AM / 225 111/SP). O IPVA não incide sobre aeronaves e embarcações → STF, posto que veículo automotor significa veículo terrestre submetido à licenciamento estadual e não federal. Embora alguns estados façam a tributação.

Veículo automotor → veículo terrestre movido a propulsão – exemplo: carro de passeio, motoneta, ônibus, carro de corrida, caminhão, mobilete, moto, caminhonetas, ciclomotores, tratores etc.

*Sujeito Passivo → proprietário;

*Será devido no local do licenciamento (registro do veículo).

17-mai-2010

*Momento do HI:

- 1° de janeiro;

- Aquisição de veículo;

- Desembaraço aduaneiro.

*Contribuinte: proprietário (PF ou PJ);

CRV

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Page 22: Direito Tributário

Imunidade → imunidade recíproca – artigo 150, VI da CF.

*Base de cálculo: valor venal do veículo;

- Novo: nota fiscal;

- Usado: tabela;

- Importado: valor da importação.

*Exceção: artigo 150, §1° da CF. IPTU e IPVA – alteração de base de cálculo não se sujeita a noventena.

*Lançamento de ofício (usado) / homologação (novo);

*Repetição de receita; 50%.

*Alíquotas: lei estadual / DF;

Não é possível estabelecer alíquotas diferentes para o IPVA levando em conta a nacionalidade do veículo – STF, violação do artigo 152 da CF.

*Artigo 155, §6° da CF;

I. Mínimas serão fixadas pelo Senado Federal; ainda não existe Resolução do Senado fixando a alíquota mínima do IPVA, apesar da previsão constitucional.

II. Diferentes em função do tipo, utilização do veículo. Exemplo; utilitário paga IPVA mais barato que veículo de passeio.

18-abr-2010

2. Imposto sobre Herança e Doação (ITCMD):

Artigo 147 – está na posição dos estados, mas também cria impostos da competência dos municípios.

Se o Brasil tiver território federal é a União que instituirá os impostos estaduais e municipais.

Se o território for divido em municípios, é este que instituirá os impostos municipais.

*Competência – artigo 155, I da CF;

*Artigo 35 ao 42 do CTN;

ITBI ITCMD

- Municípios; - Estados / DF;

- Imóveis / direitos; - Imóveis / móveis;

- Ato oneroso. - Ato gracioso.

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Page 23: Direito Tributário

*HI – transmissão de bens (móveis ou imóveis) ou direitos por “causa mortis” (herança ou legado – ato gracioso) ou doação;

*Sujeito passivo: qualquer das partes da operação tributada – artigo 42 do CTN. Na transmissão causa mortis é o herdeiro ou o legatário. Na doação, como regra, as leis dos estados estabelecem que seja o donatário (aquele que recebe a doação).

*Momento da ocorrência:

- Doação Tradição; bens móveis.

Registro – escritura.

Momento em que se configurar.

- Transmissão causa mortis: abertura da sucessão ou partilha – artigo 35, §único do CTN.

Abertura da sucessão → bens (universalidade) → herdeiros e sucessores. A partilha desses bens só irá ocorrer quando da propositura da ação de inventário. Para a partilha dos bens é necessário antes o recolhimento do imposto.

O fato gerador ocorre no momento da morte → a lei da época do fato gerador. Ou seja, embora só haja o recolhimento do mesmo no momento da partilha, o fato gerador ocorre com a morte.

São tantos fatos geradores quantos forem os herdeiros. Exemplo: três herdeiros – três guias de recolhimento.

Recolhimento: 180 dias do falecimento. Sob pena de multa diária. SP – não poderá ser superior a 20%, mas haverá a incidência dos juros.

*Base de cálculo: artigo 38 do CTN – valor venal dos bens / direitos transmitidos; valor da herança líquida.

- Sujeito ativo: Estados / DF – artigo 155, §1°, I e II da CF.

I. Imóveis: estado da situação dos bens ou DF;

II. Móveis / Títulos e Créditos:

ITCM – Estado / DF onde se processa o inventário / arrolamento;

Doação – Estado / DF em que tiver domicílio do doador.

25-mai-2010

A lei tributária é irretroativa (artigo 150, III, alínea “a” da CF), mas retroage quando – artigo 106 do CTN:

- For meramente interpretativa;

- Deixar de considerar um fato como infração à legislação tributária;

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- Cominar multa menos severa que a vigente ao tempo do fato gerador.

*Sujeito ativo – artigo 155, §1°, I e II da CF;

Imóveis: Estado da situação dos bens / DF;

Móveis, Títulos e Créditos: Estado onde se processar o inventário / arrolamento ou tiver domicílio o doador ou ao DF;

*Artigo 155, §1°, III da CF: Terá a competência para a instituição regulada por lei complementar (federal): (ainda não existe essa lei complementar). Aplica-se, portanto, o artigo 24, §1° da CF – capacidade legislativa plena.

a) Se o doador tiver domicílio / residência no exterior;

b) Se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;

*Alíquotas – lei estadual:

- Artigo 155, §1°, IV da CF;

- Alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

*Contribuinte – artigo 42 do CTN;

*Lançamento por declaração;

Súmulas n° 112, 113, 114, 530 do STF;

Resolução n° 9/92 → 8% - alíquota máxima;

ISS (municipal) IPVA (estadual) ITCMD (estadual / DF)

Alíquota será regulada

LC – artigo 156, §3° da CF;

Senado Federal artigo 155, §6° da CF;

Senado Federal artigo 155, §1°, IV da CF;

Qual? Alíquota mínima (aplica-se o artigo 88 do ADCT) – 2% e máxima – (LC n° 116/03, artigo 8°, II) - 5%;

Alíquota mínima;

Máxima. Resolução n° 9/92 - 8%.

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