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Teoria Geral do Processo Professor Carlos Roberto Ramos

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Page 1: Direito Teoria Geral Do Processo

Teoria Geral do Processo

Professor Carlos Roberto Ramos

Page 2: Direito Teoria Geral Do Processo

10/02/2014

Conteúdo Programático

1 – Processo Direito Processual e Teoria Geral do Processo

1.1 – Processo e Direito Processual

1.2 – Direito Processual e Direito Material

1.2.1 – Teoria Unitária do Ordenamento Jurídico

1.2.2 – Teoria Diralista do Ordenamento Jurídico

1.3 – Objeto, Escopo do Direito Processual

1.4 – Ramos do Direito Processual

1.5 – Teoria Geral do Processo

1.5.1 – Conceito e Objeto

1.5.2 – Limites e Possibilidades

2.A – Evolução do Direito Processo no Mundo e no Brasil

3.A – Interpretação e Aplicação de Direito Processual

3.1 – Lei Processual no Espaço

3.2 – Lei Processual no Tempo

3.3 – Interpretação do Direito Processual

3.4 – Solução Antinomias do Direito Processual

4 – Princípios (Garantias) Constitucionais do Direito Processual

4.1 – Garantias e Fundamentais

4.1.1 – Inapastabilidade da Jurisdição

4.1.2 – Devido Processo Legal

Page 3: Direito Teoria Geral Do Processo

4.2 – Garantias Derivadas

4.2.1 – Assistência Jurídica Integral e Gratuita aos Necessitados

4.2.2 – Juiz Natural

4.2.3 – Isonomia

4.2.4 – Contraditório

4.2.4 – Ampla defesa

4.2.6 – Licitude das Provas

4.2.7 – Publicidades dos Atos

4.2.8 – Motivações das decisões

4.2.9 – Definitividade e Segurança Jurídica

4.2.10 – Duplo grau de jurisdição

4.2.11 – Celeridade e Razoável duração dos processos

5 – Princípios infraconstitucionais do processo

5.1 – Verdade real e verdade formal

5.2 – Disponibilidade e indisponibilidade

5.3 – Impulso oficial

5.4 – Persuasão Racional do juiz

5.5 – Instrumentabilidade

6 – Jurisdição

6.2 – Limites contemporâneos

6.3 – Espécies de jurisdição

Page 4: Direito Teoria Geral Do Processo

6.5 – Espécies de tutela jurisdicional

6.6 – Meios alternativos de resolução de conflitos.

7 – Ação

7.1 – Conceito e Natureza Jurídica de ação

7.2 – Condições da ação

7.3 – Elementos da ação

8 – Processo

8.1 – Conceito e Natureza Jurídica e Processo

8.2 – Relação Processual

8.3 – Sujeitos da Relação Processual

8.4 – Pressupostos Processuais

8.4.1 – Pressupostos objetivos

8.4.2 – Pressupostos Subjetivos

8.4.3 – Imparcialidade (Impedimento e Suspeição)

8.4.4 – Competência

8.5 – Fases do Processo

9 – Procedimento

9.1 – Conceito para a definição de procedimentos

10 – Temas e Casos da área voltados para a realidade regional

de inserção de curso

Page 5: Direito Teoria Geral Do Processo

Bibliografia Básica

- Cintra, Antônio Carlos de Araújo – Teoria Geral do Processo,

24ª Edição, São Paulo – Malheiros, 2008;

- Santos, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito

Processual, 25ª Edição, São Paulo, Saraiva, 2007 – Volume 1;

- Santos, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito

Processual, 24ª Edição, São Paulo, Saraiva, 2008 – Volume 2;

- Theodoro Junior Humberto – Curso de Direito Processual Civil,

49ª Edição, Rio de Janeiro, Forense, 2008 – Volume 1;

Bibliografias Complementares

- Alvim, José Manoel Arruda – Manual de Direito Processual

Civil, 12ª edição, São Paulo, RT – Volume 1;

- Aragão, Egas Dirceu Moniz – Comentários ao Código de

Processo Civil, 10ª Edição, Rio de Janeiro, Forense - 2005;

- Dinamarco, Cândido Rangel – A instrumentalidade do

processo, 13ª edição, São Paulo, Forense – 2005

- Greco Filho, Vicente – Direito Processual Civil brasileiro, 19ª

edição, São Paulo, Saraiva, 2007 – Volume 1;

- Marques, José Frederico – Manual de Direito Processual Civil,

9ª Edição, Campinas, Millenium, 2003 – Volume 1;

Page 6: Direito Teoria Geral Do Processo

17/02/2014

Conceito de Direito Processual

É o sistema de princípios e leis que disciplinam o processo

(Moacyr Amaral Santos) modernamente, vê nesse o complexo

exercício conjunto da jurisdição pelo Estado-Juiz, da ação

demandante e da despesa pelo demandado.

José Bezerra Bautista, jurista mexicano e Paolo D´Onofrio,

afirmam ser esse “o conjunto de normas que tem por objeto e

fim a realização do direito objetivo através da tutela do direito

subjetivo mediante o exercício da função jurisdicional”.

O Direito Processual, define-se como o conjunto de

normas que regem o processo.

Fontes do Direito Processual

São os lugares de onde provém esse ramo do Direito, e se

classificam tais fontes, em formais e informais.

Formais são aquelas que possuem força unicamente, sendo

portanto, obrigatórias a todos são as responsáveis pela criação

do direito positivo.

Materiais não tem força unicamente, seguindo apenas para

esclarecer o verdadeiro sentido das fontes formais.

Page 7: Direito Teoria Geral Do Processo

- A fonte formal no Direito Processual é a lei, significa norma

jurídica.

-Da expressão norma jurídica, podem originar preceitos de

direito processual: a C.F (Constituição Federal), a lei federal

originária, a lei estadual, os tratados internacionais e os

regimentos dos tribunais, o funcionamento interno do tribunal,

exemplo: sobre sua composição (Art.546 CPC (Código de

Processo Civil)).

-Fontes materiais do direito processual os princípios gerais do

direito, o costume, a doutrina e a jurisprudência.

25/02/2014

Fontes continuação.

- Costume pode definir como conduta socialmente aceita,

sensação de obrigatoriedade, para sua realização.

- Doutrina é o conjunto de lições dos jurisconsultos, acerca

do Direito Processual também se constitui em fonte do Direito

Processual.

Advogados, Magistrados, membros do Ministério Público,

professores todos fazem questão de mostrar que defender,

encontra respaldo doutrinário e, muitas vezes, buscam muito

mais na doutrina do que na própria lei, fundamentação para

suas afirmações. Isso mostra a necessidade de se incluir a

doutrina entre as fontes de direito.

Page 8: Direito Teoria Geral Do Processo

- A jurisprudência é inegável a força das sumulas da

jurisprudência dominante dos tribunais, principalmente dos

tribunais superiores.

10/03/2014

Lei de Processo no Tempo

Toda lei, como criação humana, é sujeito, a um princípio

isto é há um começo e um momento de cessação de eficácia. As

leis processuais não diferem das demais, em questão de

vigência, subordinando-se as regras comuns lei de introdução

ao código civil (Dec. Lei nº 4657/42).

Assim começam a vigorar após a publicação respeitando o

“volatio legis” de 45 dias, se outro prazo não for

especificamente estatuído (Art. 1º do Decr. Lei nº 4.657)

No Art. 2º Lei de Introdução conserva-se em vigor, de que

outra lei a modifique ou revogue.

- Não há, pois perde de vigência por desuso ou em razão de

costume. Só outra lei pode revogar ou modificar a anterior;

- E mesmo quando a lei nova atinge um processo em

andamento, nenhum efeito tem sobre os fatos ou atos

ocorridos em determinado documento particular, mas se a

execução já havia sido proposta ao tempo da lei anterior, a

execução forçada terá prosseguimento normal, sob o império

ainda na norma revogada;

Page 9: Direito Teoria Geral Do Processo

- As leis processuais não tem efeito imediato frente aos feitos

pendentes, mas não são retroativas, por isto os posteriores a

sua entrada em vigor, e que se regularão por seus preceitos

para aplicação da lei processual nova, quantio e: 1) Exaurados:

Nenhuma influência sofrem; 2) Pendentes: são atingidos, mas

ficando respeitado os efeitos dos atos já praticados; 3) Futuros:

seguem totalmente a lei nova;

Lei Processual no Espaço

Verifica-se em que limites territoriais, se aplica a lei processual

brasileira. O art.1º do CPC afirma que “a jurisdição Civil,

contenciosa e voluntária e exercida pelos juízes, em todo o

território nacional”

O Art. 1.211 do mesmo diploma legal, também afirma

“Esse código regerá o processo civil em todo o território

brasileiro.”

Princípios Constitucionais do Direito Processual

- Princípio do devido processo legal sem sombra de duvida é

o devido processo legal, o importante, consagrado no artigo 5º

Inciso LIV, da C.F, esse princípio é, em verdade, causa de todos

os demais princípios constitucionais do Direito Processual.

- O que se entende por “acesso à justiça” para que se torne

clara a versão do princípio devido processo legal, e uma

garantia formal.

Page 10: Direito Teoria Geral Do Processo

- Principio da isonomia também chamado de princípio da

igualdade. Caput do Art. 5º C.F , enuncia que “todos são iguais

perante a lei”. A isonomia (ou igualdade esta internamente

ligado a ideia de processo justo isto é, de devido processo legal,

eis que existe necessariamente um tratamento equilibrado

entre os seus sujeitos. O Art. 125 do CPC, diz que é dever do juiz

assegurar as partes, um tratamento isonômico.

17/03/2014

Princípio da Isonomia – Continuação

Deve-se obedecer aqui a regra que termina tratamento igual de

pessoas iguais e tratamento, desigual as pessoas desiguais. O

princípio da isonomia é e estará sendo aplicada

adequadamente, respeitado no momento em que se garantir

aos sujeitos do processo que estes ingressarão no mesmo, em

igualmente armas, ou seja, em condições equilibradas.

O processo é um jogo que seja ao menos um jogo

equilibrado, em que ambas as partes têm as, mesmas chances

de êxito, o que assegura o sucesso a quem efetivamente titular

uma posição jurídica de vantagem. O art 508 do CPC assegura,

que o prazo, de que se dispõe, para interpor recursos, é

idêntico, ao que no Art. 454 do CPC, que assegura que cada,

parte disporá de 20 minutos prorrogáveis de instrução e

julgamento. O Art. 188 do CPC, que criou o chamado “beneficio

do prazo” para a Fazenda Pública, e para o Ministério Público,

que tem o prazo em quadruplo para constestar e em dobro para

recorrer.

Page 11: Direito Teoria Geral Do Processo

Princípio do Juiz Natural

Incisos XXXVIII, e LIV do Art. 5º da C.F O princípio so erra

entendido em todos seus aspectos se ficar claro que a garantia

tem 2 faces. 1º Ligada, ao órgão jurisdicional, ou seja, ao juízo e

não propriamente a pessoa do juiz e esta ligada a sua

imparcialidade.

Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional

Art. 5º, XXXV da C.F “a lei não excluirá da apreciação do Poder

Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Chamou de “direito de

acesso aos tribunais”.

Seja qual for a causa que se queira deduzir perante estes.

A C.F garante a todos o direito de acesso ao Judiciário, a tal

direito deve corresponder a um dever judiciário o dever do

Estado de Tutelar as posições jurídicas de vantagem que

ameaça devendo ser considerada inconstitucional qualquer

norma que impeça o judiciário de tutelar de forma efetiva os

direitos levados ou ameaçados, que a eles serão levados em

busca de proteção.

Princípio do Contraditório

Art. 5º IV da CF, “ aos litigiantes, em processo judicial ou

administrativo, e aos acusados, em geral são assegurados e

contraditório e a ampla defesa com os meios e recursos a ela

inerentes”.

Page 12: Direito Teoria Geral Do Processo

O Direito não pode ser apenas como uma carência

interpretada ou normativa, mas como uma ciência que precisa,

como todas as tratar a realidade e o mundo dos fatos. Esse

mundo, o real, é eminentemente político.

O Direito é o ramo do Direito Público, e nessa qualidade,

examina, atividades estatais, as quais são regidas por

finalidades políticas afirma que existe processo, onde não existe

contraditório.

Princípio da Motivação das Decisões

Nulidade (absoluta), a decisão judicial que padeça de

vicio, da falta de fundamentação. Alguns aspectos referentes

devem ser analisados. Em lugar, há que se verificar a razão

dessa exigência e em 2ª deve-se perquirir, o real sentido da

exigência de motivação das decisões, analisando-se as

consequências não só da ausência de fundamentação como

também da sua insuficiência.

O 1º interesse, é saber o motivo que levou o juiz a decidir

questões da maneira como decidiu como tem a necessidade de

conhecer os motivos da decisão para que pensam

adequadamente fundamentar seus recursos. Não seria possível

as partes interpor adequadamente fundamentar seus recursos

se fossem desconhecidos o justo, de devido processo legal.

Page 13: Direito Teoria Geral Do Processo