direito processual penaldireito processual penal decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de...

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DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. OUTUBRO DE 1941. PROFESSOR MILER PROFESSOR MILER

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• DIREITO PROCESSUAL PENALDIREITO PROCESSUAL PENAL• DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE

OUTUBRO DE 1941.OUTUBRO DE 1941.

• PROFESSOR MILERPROFESSOR MILER

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•EDITAL

2.4. NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL: 1. Sistemas Processuais. 2. Investigação Criminal. 3. Do Inquérito Policial. 4. Da Ação Penal: espécies. 5. Jurisdição e Competência. 6. Das Questões e Processos Incidentes. 7. Da Prova. 8. Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e seu Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça. 9. Da Prisão e da Liberdade Provisória.

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•EDITAL

10. Da Prisão Temporária (Lei nº .960/1989). 11. Das Citações e Intimações. 12. Dos Processos em Espécie: Dos Processos Comuns e dos Processos Especiais. 13. Das Nulidades e dos Recursos em geral. 14. Da Execução: DisposiçõesGerais, da Execução das Penas em Espécie, dos Incidentes da Execução, da Execuçãodas Medidas de Segurança, da Graça, Anistia e Indulto e da Reabilitação. 15. Processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos.

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PP

FAMÍLIARELIGIÃO EDUCAÇÃO TRABALHO

HABITAÇÃOSAÚDELAZER

PM/PRF/PFF PF / PC JUDICIÁRIO

PRESÍDIO PROMOTOR

LEI E ORDEMLEI E ORDEM

SISTEMA DE JUSTIÇASISTEMA DE JUSTIÇA

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• Conceito de Direito Processual Penal.Conceito de Direito Processual Penal.

• É o ramo do direito público que regula a É o ramo do direito público que regula a função do Estado de julgar as infrações função do Estado de julgar as infrações penais e aplicar as penas.penais e aplicar as penas.

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• Conceitos:Conceitos:• Ação penal;Ação penal;• Denúncia;Denúncia;• Queixa;Queixa;• Processo;Processo;• Querelante;Querelante;• Querelado;Querelado;• Réu;Réu;• Decadência;Decadência;• Perempção;Perempção;• Prescrição.Prescrição.

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• PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS:

• IGUALDADE (ART. 5O, IGUALDADE (ART. 5O, CAPUTCAPUT))

• LEGALIDADELEGALIDADE

• INAFASTABILIDADE DA APRECIAÇÃO INAFASTABILIDADE DA APRECIAÇÃO JUDICIAL (ART. 5O, INC.JUDICIAL (ART. 5O, INC. XXXV).XXXV).

• DEVIDO PROCESSO LEGAL (ART. 5O, LV).DEVIDO PROCESSO LEGAL (ART. 5O, LV).• • JUIZ NATURAL (ART. 5.°, INC. LIII).JUIZ NATURAL (ART. 5.°, INC. LIII).

• DA RESERVA DE JURISDIÇÃODA RESERVA DE JURISDIÇÃO

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• PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS:

• PROMOTOR NATURAL (ART. 5O, LIII).PROMOTOR NATURAL (ART. 5O, LIII).

• DO CONTRADITÓRIO (ART. 5.°, INC. LV).DO CONTRADITÓRIO (ART. 5.°, INC. LV).• • DA AMPLA DEFESA (ART. 5.°, INC. LV).DA AMPLA DEFESA (ART. 5.°, INC. LV).

• DA SOBERANIA DO JÚRI POPULAR (ART. DA SOBERANIA DO JÚRI POPULAR (ART. 5.°, INC. XXXVIII).5.°, INC. XXXVIII).

• DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS ILÍCITAS. DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS ILÍCITAS. ENCONTRA-SE EXPRESSO NO ART. 5O, LVIENCONTRA-SE EXPRESSO NO ART. 5O, LVI

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• PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS:

• DA PUBLICIDADEDA PUBLICIDADE (ART. 5.°, INC. LX, E ART. 93, INC. IX)

• • MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES. ESTÁ EXPRESSO NO MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES. ESTÁ EXPRESSO NO

ART. 93, IXART. 93, IX

• DO ESTADO DE INOCÊNCIA (ART. 5.°, INC. LVII).DO ESTADO DE INOCÊNCIA (ART. 5.°, INC. LVII).

• DA VEDAÇÃO À DA VEDAÇÃO À REFORMATIO IN PEJUS REFORMATIO IN PEJUS (ART. 617).(ART. 617).

• DA INDISPONIBILIDADE DA AÇÃO PENAL DA INDISPONIBILIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICAPÚBLICA

• DA DISPONIBILIDADE DA AP PRIVADADA DISPONIBILIDADE DA AP PRIVADA

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• PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS:

• DA INDIVISIBILIDADE DA AP PRIVADADA INDIVISIBILIDADE DA AP PRIVADA

• DA VERDADE REALDA VERDADE REAL

• DA INICIATIVA DAS PARTESDA INICIATIVA DAS PARTES

• DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃODO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

• DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZDA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ

• PERSUASÃO RACIONAL.PERSUASÃO RACIONAL.

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• Sistemas Processuais:Sistemas Processuais:

• Inquisitório:Inquisitório:

• Acusatório:Acusatório:

• Misto:Misto:

Julgador;Julgador;Acusador;Acusador;defensordefensor

Mesma pessoa ou Mesma pessoa ou mesmo órgão.mesmo órgão.

Julgador;Julgador;Acusador;Acusador;defensordefensor

Pessoas e órgãos Pessoas e órgãos distintosdistintos

Inquisitorial.Inquisitorial.Acusatorial.Acusatorial.

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• INQUÉRITO POLICIALINQUÉRITO POLICIAL

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• CONCEITO:CONCEITO:

• É UM PROCEDIMENTO É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO REALIZADO PELA ADMINISTRATIVO REALIZADO PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA, QUE TEM POR POLÍCIA JUDICIÁRIA, QUE TEM POR FINALIDADE APURAR AS FINALIDADE APURAR AS INFRAÇÕES PENAIS E SUAS INFRAÇÕES PENAIS E SUAS RESPECTIVAS AUTORIAS.RESPECTIVAS AUTORIAS.

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• POLÍCIA JUDICIARIAPOLÍCIA JUDICIARIA• PCPC• PFPF

•CONCEITO: CONCEITO: É O ÓRGÃO DO PODER É O ÓRGÃO DO PODER PÚBLICO QUE TEM A COMPETÊNCIA PÚBLICO QUE TEM A COMPETÊNCIA REPRESSIVA, POIS AGE APÓS A REPRESSIVA, POIS AGE APÓS A PRÁTICA DA INFRAÇÃO, COLHENDO PRÁTICA DA INFRAÇÃO, COLHENDO OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL.PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL.

Competência.

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• CARACTERÍSTICA DO INQUÉRITO POLICIAL:CARACTERÍSTICA DO INQUÉRITO POLICIAL:

• ADMINISTRATIVO;• INFORMATIVO;• INQUISITÓRIO;• SIGILOSO;• ESCRITO;• FORMA DE INSTAURAÇÃO:

• FORMA DE INÍCIO:

• NOTÍCIA CRIME.

PRISÃO EM FLAGRANTE.PRISÃO EM FLAGRANTE.

PORTARIAPORTARIA

DE OFÍCIO.DE OFÍCIO.

REQUISIÇÃO DO MP – JUIZ.REQUISIÇÃO DO MP – JUIZ.

REEQUERIMENTO DO OFENDIDO.REEQUERIMENTO DO OFENDIDO.

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• NOTÍCIA CRIMENOTÍCIA CRIME

• COGNIÇÃO COGNIÇÃO IMEDIATAIMEDIATA

• COGNIÇÃO COGNIÇÃO MEDIATAMEDIATA

• INVESTIGAÇÃO.INVESTIGAÇÃO.• DELATIO DELATIO

CRIMINIS CRIMINIS INOMINADA.INOMINADA.

• REQUISIÇÃO REQUISIÇÃO MP/PJ.MP/PJ.

• REQUERIMENTO REQUERIMENTO OFENDIDO.OFENDIDO.

• DELATIO DELATIO CRIMINIS CRIMINIS NOMINADA.NOMINADA.

• COGNIÇÃO COGNIÇÃO COMPULSÓCOMPULSÓRIARIA

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• CARACTERÍSITICAS DO IP:CARACTERÍSITICAS DO IP:

• PRAZO: INDICIADO PRESO 10DIAS – PRAZO: INDICIADO PRESO 10DIAS – SOLTO 30 DIAS.SOLTO 30 DIAS.

• PRORROGAÇÃO.PRORROGAÇÃO.• ARQUIVAMENTO.ARQUIVAMENTO.• DESARQUIVAMENTO.DESARQUIVAMENTO.• PARTICIPAÇÃO DO ADVOGADO.PARTICIPAÇÃO DO ADVOGADO.• INDICIADO MENOR DE 21 ANOS.INDICIADO MENOR DE 21 ANOS.• INÍCIO NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL INÍCIO NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL

PRIVADA E PÚBLICA CONDICIONADA.PRIVADA E PÚBLICA CONDICIONADA.

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• PRAZOS DO IP:PRAZOS DO IP:• Art. 10 , § 1º, lei 1.521/51 – Art. 10 , § 1º, lei 1.521/51 – lei de economia lei de economia

popularpopular 10 dias preso ou solto 10 dias preso ou solto• Art. 10 - Art. 10 - CPPCPP – 10 dias preso (sem prorrogação) – 10 dias preso (sem prorrogação)

e 30 dias solto (prorrogável)e 30 dias solto (prorrogável)• Art. 66 da lei 5010/66 – Art. 66 da lei 5010/66 – justiça federaljustiça federal 15 dias 15 dias

preso e 30 dias solto prorrogável igual períodopreso e 30 dias solto prorrogável igual período• Art. 51, Lei 11343/06 – Art. 51, Lei 11343/06 – entorpecenteentorpecente - 30 (trinta) - 30 (trinta)

dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. Prorrogável pelo (noventa) dias, quando solto. Prorrogável pelo dobrodobro

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• CARACTERÍSITICAS DO IP:CARACTERÍSITICAS DO IP:

• CONCLUSÃO DO IP:CONCLUSÃO DO IP:

• INQUÉRITO EXTRA-POLICIAL.INQUÉRITO EXTRA-POLICIAL.– IBAMA;IBAMA;– PJ;PJ;– MP;MP;– MILITARES;MILITARES;– POLÍCIAS LEGISLATIVAS.POLÍCIAS LEGISLATIVAS.

• RELATÓRIO.RELATÓRIO.

• CONCLUSÃO.CONCLUSÃO.

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DIVERGÊNCIA ENTRE O JUIZ E O DIVERGÊNCIA ENTRE O JUIZ E O PROMOTORPROMOTOR

ARQUIVOARQUIVO ARQ.ARQ.

NÃONÃO

SIMSIM

R/TJR/TJ

SIMSIM

NÃONÃO

JUIZJUIZ

DEN.DEN.CHEFE CHEFE MPMP

PROC.PROC.

ARQ.ARQ.

MPMP

DENÚNCIADENÚNCIA

JUIZJUIZ

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• AÇÃO PENAL:AÇÃO PENAL:

• AÇÃO AÇÃO

PÚBLICAPÚBLICA

PRIVADAPRIVADA

INCONDICIONADAINCONDICIONADA

CONDICIONADACONDICIONADA

PERSONALISSIMAPERSONALISSIMA

EXCLUSIVAEXCLUSIVA

SUBSIDIÁRIASUBSIDIÁRIA

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 2Art. 2ºº  A lei processual penal aplicar-se-á desde   A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.realizados sob a vigência da lei anterior.

•   Art. 3Art. 3ºº  A lei processual penal admitirá   A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.direito.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas autoridades policiais no território de suas respectivas respectivas circunscriçõescircunscrições e terá por fim a e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.apuração das infrações penais e da sua autoria.

• Parágrafo único.  A competência definida neste Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de artigo não excluirá a de autoridades autoridades administrativas,administrativas, a quem por lei seja cometida a a quem por lei seja cometida a mesma função.mesma função.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 5Art. 5ºº  Nos crimes de ação pública o inquérito  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:policial será iniciado:

• I - de ofício;I - de ofício;• II - mediante requisição da autoridade II - mediante requisição da autoridade

judiciária ou do Ministério Público, ou a judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.qualidade para representá-lo.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• § 2§ 2oo  Do despacho que indeferir o requerimento  Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.chefe de Polícia.

• § 3§ 3oo  Qualquer pessoa do povo que tiver  Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.informações, mandará instaurar inquérito.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• § 4§ 4oo  O inquérito, nos crimes em que a ação  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.sem ela ser iniciado.

•   § 5§ 5oo  Nos crimes de ação privada, a autoridade  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.intentá-la.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL• Art. 6Art. 6ºº  Logo que tiver conhecimento da prática  Logo que tiver conhecimento da prática

da infração penal, a autoridade policial deverá:da infração penal, a autoridade policial deverá: • I - dirigir-se ao local, providenciando para que I - dirigir-se ao local, providenciando para que

não se alterem o estado e conservação das não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; coisas, até a chegada dos peritos criminais;

•   II - apreender os objetos que tiverem relação II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos com o fato, após liberados pelos peritos criminais; criminais;

•     III - colher todas as provas que servirem para III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;

•     IV - ouvir o ofendido;IV - ouvir o ofendido;

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• V - ouvir o indiciado, com observância, no que for V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 (duas) testemunhas que Ihe tenham ouvido a por 2 (duas) testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;leitura;

•   VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;acareações;

•     VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;

•       

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;juntar aos autos sua folha de antecedentes;

•   IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e para a apreciação do seu temperamento e caráter.caráter.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 7Art. 7oo  Para verificar a possibilidade de haver a  Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.moralidade ou a ordem pública.

•   • Art. 9Art. 9oo  Todas as peças do inquérito policial serão, num  Todas as peças do inquérito policial serão, num

só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.neste caso, rubricadas pela autoridade.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trina) dias, quando ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trina) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

•               

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• § 1§ 1oo  A autoridade fará minucioso relatório do que  A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

•   § 2§ 2oo  No relatório poderá a autoridade indicar  No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.mencionando o lugar onde possam ser encontradas.

•   § 3§ 3oo  Quando o fato for de difícil elucidação, e o  Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 11.  Os instrumentos do crime, bem como Art. 11.  Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.acompanharão os autos do inquérito.

•   Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.uma ou outra.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 13.  Incumbirá ainda à autoridade policial:Art. 13.  Incumbirá ainda à autoridade policial:                I - fornecer às autoridades judiciárias as I - fornecer às autoridades judiciárias as

informações necessárias à instrução e informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;julgamento dos processos;

                II -  realizar as diligências requisitadas pelo II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;juiz ou pelo Ministério Público;

                III - cumprir os mandados de prisão III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;expedidos pelas autoridades judiciárias;

                IV - representar acerca da prisão preventiva.IV - representar acerca da prisão preventiva.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.autoridade.

•   Art. 15.  Se o indiciado for menor, ser-lhe-á Art. 15.  Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.nomeado curador pela autoridade policial.

•   Art. 16.  O Ministério Público não poderá Art. 16.  O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 17.  A autoridade policial não poderá Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.mandar arquivar autos de inquérito.

•   Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.provas tiver notícia.

• Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.se o pedir, mediante traslado.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.da sociedade.

•   Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial não poderá Ihe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes, salvo instauração de inquérito contra os requerentes, salvo no caso de existir condenação anterior.no caso de existir condenação anterior.

•               

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.investigação o exigir.

•   Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 (três) dias, será decretada por despacho excederá de 3 (três) dias, será decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da autoridade fundamentado do juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no art. 89, III, do em qualquer hipótese, o disposto no art. 89, III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei nEstatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei noo 4.215, de 27 de abril de 1963).4.215, de 27 de abril de 1963).

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 22.  No Distrito Federal e nas comarcas em que Art. 22.  No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.circunscrição.

•   

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 23.  Ao fazer a remessa dos autos do Art. 23.  Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.penal e à pessoa do indiciado.

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• TÍTULO IXTÍTULO IX• DA PRISÃO E DA LIBERDADE DA PRISÃO E DA LIBERDADE

PROVISÓRIAPROVISÓRIA• CAPÍTULO ICAPÍTULO I• DISPOSIÇÕES GERAISDISPOSIÇÕES GERAIS

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• São espécies de prisão:São espécies de prisão:• a) prisão com pena; a) prisão com pena;

• b) prisão processual, de natureza cautelar;b) prisão processual, de natureza cautelar;

• c) prisão civil ou por dívida, admitida tão-somente nas c) prisão civil ou por dívida, admitida tão-somente nas hipóteses do depositário infiel e do devedor de hipóteses do depositário infiel e do devedor de alimentos;alimentos;

• d) prisão militar, seja por crime militar, seja por d) prisão militar, seja por crime militar, seja por transgressão disciplinar; transgressão disciplinar;

• e) prisão administrativa.e) prisão administrativa.

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• Art. 282.  À exceção do flagrante delito, a prisão Art. 282.  À exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão em virtude de não poderá efetuar-se senão em virtude de pronúncia ou nos casos determinados em lei, e pronúncia ou nos casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da autoridade mediante ordem escrita da autoridade competente.competente.

•   Art. 283.  A prisão poderá ser efetuada em Art. 283.  A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.domicílio.

•               

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• Art. 284.  Não será permitido o emprego de Art. 284.  Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do resistência ou de tentativa de fuga do preso.preso.

•   Art. 285.  A autoridade que ordenar a Art. 285.  A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.prisão fará expedir o respectivo mandado.

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• CAPÍTULO IICAPÍTULO II• DA PRISÃO EM FLAGRANTEDA PRISÃO EM FLAGRANTE

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• Art. 301.  Qualquer do Art. 301.  Qualquer do povo poderápovo poderá e as e as autoridades policiais e seus agentes deverãoautoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.flagrante delito.

•               

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• Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:•                 I - está cometendo a infração penal; I - está cometendo a infração penal; PRÓPRIO PRÓPRIO

OU REAL.OU REAL.•                 II - acaba de cometê-la; II - acaba de cometê-la; PRÓPRIO OU REAL.PRÓPRIO OU REAL.•                 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo

ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; presumir ser autor da infração; IMPRÓPRIO OU IMPRÓPRIO OU QUASE FLAGRANTE.QUASE FLAGRANTE.

•                 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. autor da infração. PRESUMIDO OU FICTO.PRESUMIDO OU FICTO.

• Art. 303.  Nas Art. 303.  Nas infrações permanentesinfrações permanentes, entende-se o , entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.permanência.

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• DENOMINAÇÃO DOUTRINÁRIA DO DENOMINAÇÃO DOUTRINÁRIA DO FLAGRANTE:FLAGRANTE:

• PREPARADO.PREPARADO.

• ESPERADO.ESPERADO.

• FORJADO.FORJADO.

• PRORROGADO.PRORROGADO.

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• Art. 304. Apresentado o preso à autoridade Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, competente, ouvirá esta o condutorouvirá esta o condutor e colherá, desde e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhasoitiva das testemunhas que o acompanharem e ao que o acompanharem e ao interrogatório do acusadointerrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.lavrando, a autoridade, afinal, o auto.

•                 § 1§ 1oo  Resultando das respostas fundada a suspeita  Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança,fiança, e prosseguirá e prosseguirá nos atos do inquéritonos atos do inquérito ou processo, ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.       autos à autoridade que o seja.       

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• § 2§ 2oo    A falta de testemunhasA falta de testemunhas da infração da infração não impedirá o auto de prisãonão impedirá o auto de prisão em em flagrante; mas, nesse caso, flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoasdeverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a que hajam testemunhado a apresentação apresentação do preso à autoridade.do preso à autoridade.

• § 3§ 3oo Quando o acusado se recusar a Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhaspor duas testemunhas, que tenham ouvido , que tenham ouvido sua leitura na presença deste.sua leitura na presença deste.

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• Art. 305.  Art. 305.  Na faltaNa falta ou no impedimento do ou no impedimento do escrivão,escrivão, qualquer pessoa qualquer pessoa designada designada pela pela autoridade lavrará o auto, autoridade lavrará o auto, depois de prestado o depois de prestado o compromisso legal.compromisso legal.

•             

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•                 Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados onde se encontre serão comunicados imediatamenteimediatamente ao ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. indicada. (Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007).

•                 § 1§ 1oo  Dentro em   Dentro em 24h24h (vinte e quatro horas) (vinte e quatro horas) depois depois da prisãoda prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto , será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, de seu advogado, cópia integral para a Defensoria cópia integral para a Defensoria Pública.Pública. (Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007).

•                 § 2§ 2oo    No mesmo prazoNo mesmo prazo, será entregue ao preso, , será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas. condutor e o das testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.449, de 2007).

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• Art. 307.  Quando o fato for praticado em Art. 307.  Quando o fato for praticado em presença da autoridadepresença da autoridade, ou contra esta, no , ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.for a autoridade que houver presidido o auto.

•               

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• Art. 308.  Não havendo autoridade no Art. 308.  Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisãolugar em que se tiver efetuado a prisão, o , o preso será logo apresentado preso será logo apresentado à do lugar à do lugar mais próximo.mais próximo.

•   Art. 309.  Art. 309.  Se o réu se livrar soltoSe o réu se livrar solto, deverá , deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.auto de prisão em flagrante.

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•     Art. 310.  Quando o juiz verificar pelo auto de Art. 310.  Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato, prisão em flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do art. 19, I, II e IIInas condições do art. 19, I, II e III, , (art.23)(art.23) do do Código Penal, poderá, depois de ouvir o Código Penal, poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu Ministério Público, conceder ao réu liberdade liberdade provisóriaprovisória, mediante termo de comparecimento , mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de a todos os atos do processo, sob pena de revogação.revogação.

•                 Parágrafo único.  Igual procedimento será Parágrafo único.  Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar, pelo auto de adotado quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva das hipóteses que autorizam a prisão preventiva (arts. 311 e 312).(arts. 311 e 312).

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• CAPÍTULO IIICAPÍTULO III• DA PRISÃO PREVENTIVADA PRISÃO PREVENTIVA

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• Art. 311. Em qualquer fase do Art. 311. Em qualquer fase do inquérito policialinquérito policial ou da ou da instrução criminalinstrução criminal, caberá a prisão , caberá a prisão preventiva preventiva decretada pelo juizdecretada pelo juiz, de , de ofícioofício, a , a requerimento do Ministério Público, ou do requerimento do Ministério Público, ou do querelantequerelante, ou mediante , ou mediante representação da representação da autoridade policial.autoridade policial.

• Art. 312. A prisão preventiva poderá ser Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como decretada como garantia da ordem pública, da garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penalaplicação da lei penal, quando houver , quando houver prova da prova da existência do crime e indício suficiente de existência do crime e indício suficiente de autoria. autoria. (circunstâncias)(circunstâncias)

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Art. 313. Em qualquer Art. 313. Em qualquer das circunstânciasdas circunstâncias, previstas no artigo , previstas no artigo anterior, será admitida a decretação da prisão preventiva nos anterior, será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos:crimes dolosos:

                I - punidos com I - punidos com reclusãoreclusão;;

                II - punidos com II - punidos com detençãodetenção, quando se apurar que o indiciado é , quando se apurar que o indiciado é vadiovadio ou, havendo ou, havendo dúvida sobre a sua identidadedúvida sobre a sua identidade, não fornecer , não fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la; ou não indicar elementos para esclarecê-la;

                III - se o réu tiver sido III - se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgadosentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no , ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 46 do Código Penal parágrafo único do art. 46 do Código Penal (prestação de serviço (prestação de serviço à comunidade);à comunidade);

IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.” (NR)das medidas protetivas de urgência.” (NR)

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• Art. 315.  O Art. 315.  O despachodespacho que decretar ou que decretar ou denegar a prisão preventiva denegar a prisão preventiva será sempre será sempre fundamentado.   fundamentado.  

• Art. 316. O juiz poderá Art. 316. O juiz poderá revogarrevogar a prisão a prisão preventiva se, no correr do processo, preventiva se, no correr do processo, verificar a verificar a falta de motivofalta de motivo para que para que subsista, bem como subsista, bem como de novo decretá-lade novo decretá-la, se , se sobrevieremsobrevierem razões que a justifiquem. razões que a justifiquem.

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• CAPÍTULO IVCAPÍTULO IV• DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA DO DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA DO

ACUSADOACUSADO

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• Art. 317.  A apresentação espontânea do Art. 317.  A apresentação espontânea do acusado à autoridade acusado à autoridade não impedirá a decretação não impedirá a decretação da prisão preventivada prisão preventiva nos casos em que a lei a nos casos em que a lei a autoriza.autoriza.

•   Art. 318.  Em relação àquele que se tiver Art. 318.  Em relação àquele que se tiver apresentado espontaneamente à prisão, apresentado espontaneamente à prisão, confessando crime de autoria ignorada ou confessando crime de autoria ignorada ou imputada a outremimputada a outrem, não terá efeito suspensivo a , não terá efeito suspensivo a apelação interposta apelação interposta da sentença absolutóriada sentença absolutória, , ainda nos casos em que este Código Ihe atribuir ainda nos casos em que este Código Ihe atribuir tal efeito.tal efeito.

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• CAPÍTULO VCAPÍTULO V• DA PRISÃO ADMINISTRATIVADA PRISÃO ADMINISTRATIVA

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• A prisão administrativa, reconhecidamente inconstitucional nos A prisão administrativa, reconhecidamente inconstitucional nos termos da Súmula n. 280 do Superior Tribunal de Justiça. Não é termos da Súmula n. 280 do Superior Tribunal de Justiça. Não é possível, porém, afirmar o banimento da prisão administrativa do possível, porém, afirmar o banimento da prisão administrativa do sistema, tendo em vista a previsão constitucional da prisão militar sistema, tendo em vista a previsão constitucional da prisão militar por transgressão disciplinar. A própria Constituição Federal (CF) por transgressão disciplinar. A própria Constituição Federal (CF) tratou de mitigar a regra da reserva da jurisdição em matéria de tratou de mitigar a regra da reserva da jurisdição em matéria de prisão. prisão.

    Questão sempre polêmica envolve ainda a prisão decretada nos     Questão sempre polêmica envolve ainda a prisão decretada nos processos de extradição, expulsão e deportação, nos termos da Lei processos de extradição, expulsão e deportação, nos termos da Lei Federal n. 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro, arts. 61, 69 e 81, Federal n. 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro, arts. 61, 69 e 81, respectivamente. respectivamente. Dispõe essa Lei que a competência para a Dispõe essa Lei que a competência para a decretação da prisão nessas hipóteses é do Ministro da Justiçadecretação da prisão nessas hipóteses é do Ministro da Justiça, o , o que é inaceitável, tendo em vista a adoção da que é inaceitável, tendo em vista a adoção da cláusula da reserva da cláusula da reserva da jurisdição em matéria de prisãojurisdição em matéria de prisão, ressalvada a exceção acima , ressalvada a exceção acima apontada. A Lei n. 6.815/80, nesse particular, não foi recepcionada apontada. A Lei n. 6.815/80, nesse particular, não foi recepcionada pela CF de 1988. pela CF de 1988.

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• Art. 319.  A prisão administrativa terá Art. 319.  A prisão administrativa terá cabimento:cabimento:

•                 I - contra remissos ou omissos em entrar I - contra remissos ou omissos em entrar para os cofres públicos com os dinheiros a seu para os cofres públicos com os dinheiros a seu cargo, a fim de compeli-los a que o façam;cargo, a fim de compeli-los a que o façam;

•                 II - contra estrangeiro desertor de navio de II - contra estrangeiro desertor de navio de guerra ou mercante, surto em porto nacional;guerra ou mercante, surto em porto nacional;

•                 III - nos demais casos previstos em lei.III - nos demais casos previstos em lei.

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• § 1§ 1oo  A prisão administrativa será requisitada à  A prisão administrativa será requisitada à autoridade policial nos casos dos ns. I e III, pela autoridade policial nos casos dos ns. I e III, pela autoridade que a tiver decretado e, no caso do nautoridade que a tiver decretado e, no caso do noo II, II, pelo cônsulpelo cônsul do país a que pertença o navio. do país a que pertença o navio.

•                 § 2§ 2oo  A prisão dos  A prisão dos desertoresdesertores não poderá não poderá durar mais de durar mais de 3 (três)3 (três) meses e será comunicada meses e será comunicada aos cônsules.aos cônsules.

•                 § 3§ 3oo  Os que forem presos à  Os que forem presos à requisiçãorequisição de de autoridade administrativa ficarão à sua autoridade administrativa ficarão à sua disposição.disposição.

•                 Art. 320.  A prisão decretada na jurisdição Art. 320.  A prisão decretada na jurisdição cívelcível será executada pela autoridade policial a será executada pela autoridade policial a quem forem remetidos os respectivos mandados.quem forem remetidos os respectivos mandados.

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• DA PRISÃO TEMPORÁRIADA PRISÃO TEMPORÁRIA

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• LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989.DE 1989.

• Dispõe sobre prisão temporária.Dispõe sobre prisão temporária.

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• Art. 1° Caberá prisão temporária:Art. 1° Caberá prisão temporária:• I - quando imprescindível para as I - quando imprescindível para as

investigações do inquérito policial;investigações do inquérito policial;

• II - quando o indiciado não tiver residência II - quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;esclarecimento de sua identidade;

• III - quando houver fundadas razões, de III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:indiciado nos seguintes crimes:

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• III - quando houver fundadas razões, de acordo com III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:crimes:

• a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

• b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);seus §§ 1° e 2°);

• c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

• d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

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• e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);§§ 1°, 2° e 3°);

• f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);art. 223, caput, e parágrafo único);

• g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

• h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);art. 223 caput, e parágrafo único);

• i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

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• j) envenenamento de água potável ou substância j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);(art. 270, caput, combinado com art. 285);

• l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;Penal;

• m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;típicas;

• n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);de outubro de 1976);

• o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).de 16 de junho de 1986).

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• Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.extrema e comprovada necessidade.

• § 1° Na hipótese de representação da autoridade § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.Público.

• § 2° O despacho que decretar a prisão temporária § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de de 24 (vinte e quatro) horas24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do , contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.recebimento da representação ou do requerimento.

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• § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

• § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.expedição de mandado judicial.

• § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.tiver sido decretada sua prisão preventiva.

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• Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.obrigatoriamente, separados dos demais detentos.

• Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte 1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte redação:redação:

• "Art. 4° ..............................................................."Art. 4° ...............................................................• i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena

ou de medida de segurança, deixando de expedir em ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade;"de liberdade;"

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• CAPÍTULO VICAPÍTULO VI• DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU

SEM FIANÇASEM FIANÇA

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• Art. 321.  Ressalvado o disposto no Art. 321.  Ressalvado o disposto no art. 323, III art. 323, III e IV,e IV, o réu o réu livrar-se-á solto, independentemente livrar-se-á solto, independentemente de fiança:de fiança:

•                 I - no caso de infração, a que não for, I - no caso de infração, a que não for, isolada, cumulativa ou alternativamente, isolada, cumulativa ou alternativamente, cominada cominada pena privativa de liberdade;pena privativa de liberdade;

•                 II - quando o máximo da pena privativa de II - quando o máximo da pena privativa de liberdade, isolada, cumulativa ou liberdade, isolada, cumulativa ou alternativamente cominada, alternativamente cominada, não exceder a 3 não exceder a 3 (três) meses.(três) meses.

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• Art. 322. A Art. 322. A autoridade policialautoridade policial somente poderá somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida conceder fiança nos casos de infração punida com com detenção ou prisão simples.detenção ou prisão simples.

•                 Parágrafo único.  Nos demais casos do Parágrafo único.  Nos demais casos do art. 323art. 323, a fiança será requerida , a fiança será requerida ao juizao juiz, que , que decidirá em decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.48 (quarenta e oito) horas.

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• Art. 323.  Não será concedida fiança:Art. 323.  Não será concedida fiança: • I - nos crimes punidos comI - nos crimes punidos com reclusão reclusão em que a em que a pena pena

mínimamínima cominada for cominada for superior a 2 (dois)superior a 2 (dois) anos; anos;•   II - nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da II - nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da

Lei das Contravenções Penais;Lei das Contravenções Penais;•   III - nos crimes dolosos punidos com pena privativa da III - nos crimes dolosos punidos com pena privativa da

liberdade, se o réu já tiver sido condenado por outro liberdade, se o réu já tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;crime doloso, em sentença transitada em julgado;

•   IV - em qualquer caso, se houver no processo prova de IV - em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio;ser o réu vadio;

•     V - nos crimes punidos com V - nos crimes punidos com reclusãoreclusão, que provoquem , que provoquem clamor públicoclamor público ou que tenham sido cometidos com ou que tenham sido cometidos com violência contra a pessoa ou grave ameaça.violência contra a pessoa ou grave ameaça.

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• Art. 324.  Não será, igualmente, concedida fiança:Art. 324.  Não será, igualmente, concedida fiança:•                 I - aos que, no mesmo processo, tiverem I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado quebrado

fiança anteriormentefiança anteriormente concedida ou infringido, sem concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o art. 350;art. 350;

•                 II - em caso de prisão por mandado do juiz do II - em caso de prisão por mandado do juiz do cível, de prisão disciplinar, administrativa ou militar;cível, de prisão disciplinar, administrativa ou militar;

•                 III - ao que estiver no III - ao que estiver no gozo de suspensão gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento condicionalcondicional da pena ou de livramento condicional, , salvo se processado por crime culposo ou contravenção salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admita fiança;que admita fiança;

•                 IV - quando presentes os motivos que autorizam a IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).decretação da prisão preventiva (art. 312).

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• Art. 326.  Para determinar o valor da fiança, a Art. 326.  Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a autoridade terá em consideração a natureza da natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusadopregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de , as circunstâncias indicativas de sua sua periculosidadepericulosidade, bem como a importância provável , bem como a importância provável das das custas do processocustas do processo, até final julgamento., até final julgamento.

•   Art. 327.  A fiança tomada por termo obrigará o Art. 327.  A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for vezes que for intimado para atos do inquérito e da intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamentoinstrução criminal e para o julgamento. . Quando o réu Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.não comparecer, a fiança será havida como quebrada.

•               

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• Art. 328.  O réu afiançado não poderá, sob pena de Art. 328.  O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, quebramento da fiança, mudar de residência, sem mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.encontrado.

• Art. 329.  Art. 329.  Nos juízos criminais e delegacias de polícia, Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro especial,haverá um livro especial, com termos de abertura e de com termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas pela autoridade, destinado especialmente aos folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fiançatermos de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e . O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança, e assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á certidão para juntar-se aos autos.dele extrair-se-á certidão para juntar-se aos autos.

•                 Parágrafo único.  O réu e quem prestar a fiança Parágrafo único.  O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão notificados das obrigações e da serão pelo escrivão notificados das obrigações e da sanção previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos sanção previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos.      autos.      

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• Art. 330.  A fiança, que será sempre definitiva, Art. 330.  A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de consistirá em depósito de dinheiro, pedras, dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipalpública, federal, estadual ou municipal, ou em , ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.hipoteca inscrita em primeiro lugar.

• Art. 332.  Art. 332.  Em caso de prisão em flagrante, será Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a fiança a autoridade competente para conceder a fiança a autoridade que presidir ao respectivo autoque presidir ao respectivo auto, e, em caso de , e, em caso de prisão por prisão por mandado, o juiz que o houver mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial a expedido, ou a autoridade judiciária ou policial a quem tiver sido requisitada a prisão.quem tiver sido requisitada a prisão.

•   

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• Art. 333.  Depois de Art. 333.  Depois de prestada a fiançaprestada a fiança, que será , que será concedida concedida independentemente de audiência do independentemente de audiência do Ministério PúblicoMinistério Público, este terá     vista do processo , este terá     vista do processo a fim de requerer o que julgar conveniente.a fim de requerer o que julgar conveniente.

• Art. 334.  Art. 334.  A fiança poderá ser prestada emA fiança poderá ser prestada em qualquer termo do processoqualquer termo do processo, , enquanto não enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.transitar em julgado a sentença condenatória.

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• Art. 335.  Recusando ou demorando a Art. 335.  Recusando ou demorando a autoridade policial a concessão da fiança, o autoridade policial a concessão da fiança, o preso, preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz mediante simples petição, perante o juiz competentecompetente, que decidirá, depois de ouvida , que decidirá, depois de ouvida aquela autoridade.aquela autoridade.

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• DA PROVADA PROVA

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• PROVA: PROVA: VEM DOLATIM “PROBARE” – VEM DOLATIM “PROBARE” – CONSISTE NA DEMONSTRAÇÃO QUE CONSISTE NA DEMONSTRAÇÃO QUE SE FAZ PELOS MEIOS LEGAIS DA SE FAZ PELOS MEIOS LEGAIS DA EXISTÊNCIA OU A VERACIDADE DE EXISTÊNCIA OU A VERACIDADE DE UM FATO MATERIAL OU UM ATO UM FATO MATERIAL OU UM ATO JURÍDICO.JURÍDICO.

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• FINALIDADE DA PROVA: FINALIDADE DA PROVA: VISA VISA FORMAR A CONVICÇÃO DO JUIZ FORMAR A CONVICÇÃO DO JUIZ SOBRE ELEMENTOS SOBRE ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A DECISÃO NECESSÁRIOS PARA A DECISÃO DA CAUSA.DA CAUSA.

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• FATOS QUE INDEPENDEM DE PROVAFATOS QUE INDEPENDEM DE PROVA

• FATOS QUE DEPENDEM DE PROVAFATOS QUE DEPENDEM DE PROVA

• NOTÓRIOSNOTÓRIOS• INTUITIVOS – INTUITIVOS –

AXIOMÁTICOSAXIOMÁTICOS• PRESUNÇÕES LEGAISPRESUNÇÕES LEGAIS

• INCONTROVERSOINCONTROVERSO• VOX POPULIVOX POPULI• DIREITO ESTADUAL DIREITO ESTADUAL

E MUNICIPALE MUNICIPAL

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• PRINCÍPIOSPRINCÍPIOS

• DA PERSUASÃO RACIONAL OU LIVRE DA PERSUASÃO RACIONAL OU LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZCONVENCIMENTO DO JUIZ

• DA COMUNHÃO DAS PROVASDA COMUNHÃO DAS PROVAS

• DA AVERIGUAÇÃODA AVERIGUAÇÃO

• DA IMEDIAÇÃODA IMEDIAÇÃO

• DA ORALIDADEDA ORALIDADE

• DA CONCENTRAÇÃODA CONCENTRAÇÃO

• DA AUDIÊNCIA CONTRADITÓRIADA AUDIÊNCIA CONTRADITÓRIA

• LIBERDADE DA PROVALIBERDADE DA PROVA

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CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

• QTO AO OBJETOQTO AO OBJETO

• REALREAL• PESSOALPESSOAL

• PLENAPLENA• NÃO PLENANÃO PLENA

• DIRETADIRETA• INDIRETAINDIRETA

• QTO AO EFEITO OU QTO AO EFEITO OU VALORVALOR

• QTO AO SUJEITO OU QTO AO SUJEITO OU CAUSACAUSA

• QTO À FORMAQTO À FORMA• TESTEMUNHALTESTEMUNHAL• DOCUMENTALDOCUMENTAL• MATERIALMATERIAL

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• SISTEMA DESISTEMA DE• APRECIAÇÃOD E PROVASAPRECIAÇÃOD E PROVAS

• PROVA LEGAL OU TARIFADAPROVA LEGAL OU TARIFADA

• INTIMA CONVICÇÃOINTIMA CONVICÇÃO

• LIVRE CONVICÇÃO OU PERSUASÃO LIVRE CONVICÇÃO OU PERSUASÃO RACIONALRACIONAL

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• ÔNUS DA PROVAÔNUS DA PROVA

• PROVA EMPRESTADAPROVA EMPRESTADA

• PROVA PROIBIDAPROVA PROIBIDA ILÍCITAILÍCITA

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  PRESERVAÇÃO DO SEGREDO PRESERVAÇÃO DO SEGREDO NAS COMUNICAÇÕES – ART. NAS COMUNICAÇÕES – ART. 5º,XII5º,XII

  TELEGRÁFICATELEGRÁFICATRANSMISSÃO DE DADOSTRANSMISSÃO DE DADOSTELEFÔNICA – LEI Nº 9296/96TELEFÔNICA – LEI Nº 9296/96

  PRESERVAÇÃO DO SIGILO PRESERVAÇÃO DO SIGILO BANCÁRIOBANCÁRIO

  PODER JUDICIÁRIO ART. 93,IX PODER JUDICIÁRIO ART. 93,IX BACEN LC Nº 105/2001BACEN LC Nº 105/2001MP ART. 29,VI,CF – LC Nº 75/93MP ART. 29,VI,CF – LC Nº 75/93CPI ART. 58,§ 3º,CFCPI ART. 58,§ 3º,CF

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• TÍTULO VIITÍTULO VII• DA PROVADA PROVA• CAPÍTULO ICAPÍTULO I• DISPOSIÇÕES GERAISDISPOSIÇÕES GERAIS

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•       Art. 155.  No juízo penal, somente quanto ao Art. 155.  No juízo penal, somente quanto ao estado das pessoas, serão observadas as estado das pessoas, serão observadas as restrições à prova estabelecidas na lei civil.restrições à prova estabelecidas na lei civil.

•                 Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso da quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso da instrução ou antes de proferir sentença, instrução ou antes de proferir sentença, determinar, de ofício, diligências para dirimir determinar, de ofício, diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.dúvida sobre ponto relevante.

•                 Art. 157.  O juiz formará sua convicção Art. 157.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova.pela livre apreciação da prova.

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•   CAPÍTULO IICAPÍTULO II• DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS

PERÍCIAS EM GERALPERÍCIAS EM GERAL

•                 Art. 158.  Quando a infração deixar Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.supri-lo a confissão do acusado.

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•       Art. 159. Os exames de corpo de delito e as Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais.  oficiais.  

•                 § 1§ 1oo  Não havendo peritos oficiais, o exame  Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do habilitação técnica relacionada à natureza do exame.exame.

•                 § 2§ 2oo  Os peritos não oficiais prestarão o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.encargo.

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•   Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. formulados.

•                 Parágrafo único.  O laudo pericial será Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. excepcionais, a requerimento dos peritos.

•                 Art. 161.  O exame de corpo de delito Art. 161.  O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.hora.

    

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•       Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos 6 Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.declararão no auto.

•                 Parágrafo único.  Nos casos de morte Parágrafo único.  Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.verificação de alguma circunstância relevante.

              

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•       Art. 163.  Em caso de exumação para exame Art. 163.  Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.circunstanciado.

•                 Parágrafo único.  O administrador de Parágrafo único.  O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.constará do auto.

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•       Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

•                 Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.defensor.

•                 § 1§ 1oo  No exame complementar, os peritos terão  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.deficiência ou retificá-lo.

•                 § 2§ 2oo  Se o exame tiver por fim precisar a  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1classificação do delito no art. 129, § 1oo, I, do Código , I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime.(trinta) dias, contado da data do crime.

•                 § 3§ 3oo  A falta de exame complementar poderá ser  A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.suprida pela prova testemunhal.

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•       Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. desenhos ou esquemas elucidativos.

•                 Parágrafo único.  Os peritos registrarão, no laudo, as Parágrafo único.  Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.     conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.     

      • Art. 170.  Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão Art. 170.  Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão

material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.

•                 Art. 171.  Nos crimes cometidos com destruição ou Art. 171.  Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.sido o fato praticado.

        

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•       Art. 174.  No exame para o reconhecimento de escritos, por Art. 174.  No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte:comparação de letra, observar-se-á o seguinte:

•                 I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada;será intimada para o ato, se for encontrada;

•                 II - para a comparação, poderão servir quaisquer II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;autenticidade não houver dúvida;

•                 III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;não puderem ser retirados;

•                 IV - quando não houver escritos para a comparação ou IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.intimada a escrever.

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•       Art. 175.  Serão sujeitos a exame os Art. 175.  Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.eficiência.

•                 Art. 176.  A autoridade e as partes poderão Art. 176.  A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.formular quesitos até o ato da diligência.

•                 Art. 177.  No exame por precatória, a Art. 177.  No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.poderá ser feita pelo juiz deprecante.

•                 Parágrafo único.  Os quesitos do juiz e das Parágrafo único.  Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.partes serão transcritos na precatória.

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• Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.a novo exame por outros peritos.

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• Art. 182.  O juiz não ficará adstrito ao laudo, Art. 182.  O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.parte.

•   Art. 183.  Nos crimes em que não couber ação Art. 183.  Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19.pública, observar-se-á o disposto no art. 19.

•   Art. 184.  Salvo o caso de exame de corpo de Art. 184.  Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.necessária ao esclarecimento da verdade.

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•       CAPÍTULO IIICAPÍTULO III• DO INTERROGATÓRIO DO DO INTERROGATÓRIO DO

ACUSADOACUSADO

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•   Art. 185. O acusado que comparecer perante a Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. de seu defensor, constituído ou nomeado.

•                 § 1§ 1oo O interrogatório do acusado preso será O interrogatório do acusado preso será feito no estabelecimento prisional em que se feito no estabelecimento prisional em que se encontrar, em sala própria, desde que estejam encontrar, em sala própria, desde que estejam garantidas a segurança do juiz e auxiliares, a garantidas a segurança do juiz e auxiliares, a presença do defensor e a publicidade do ato. presença do defensor e a publicidade do ato. Inexistindo a segurança, o interrogatório será Inexistindo a segurança, o interrogatório será feito nos termos do Código de Processo Penal.feito nos termos do Código de Processo Penal.

•                 § 2§ 2oo Antes da realização do interrogatório, o Antes da realização do interrogatório, o juiz assegurará o direito de entrevista reservada juiz assegurará o direito de entrevista reservada do acusado com seu defensor. do acusado com seu defensor.

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•       Art. 186. Depois de devidamente qualificado e Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. forem formuladas.

•                 Parágrafo único. O silêncio, que não Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.interpretado em prejuízo da defesa.

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•       Art. 187. O interrogatório será constituído de Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. fatos.

•                 § 1§ 1oo Na primeira parte o interrogando será Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.outros dados familiares e sociais.

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•       § 2§ 2oo Na segunda parte será perguntado sobre: Na segunda parte será perguntado sobre:                 I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;                 II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo

particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; esteve antes da prática da infração ou depois dela;

                III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; teve notícia desta;

                IV - as provas já apuradas; IV - as provas já apuradas;                 V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por

inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas;                 VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração,

ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; apreendido;

                VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração;

                VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa.

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•       Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e correspondentes se o entender pertinente e relevante. relevante.

•       Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar no todo ou em parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar provas. esclarecimentos e indicar provas.

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•       Art. 190. Se confessar a autoria, será Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstâncias do perguntado sobre os motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas concorreram para a fato e se outras pessoas concorreram para a infração, e quais sejam. infração, e quais sejam.

•    Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente.

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• Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte:do surdo-mudo será feito pela forma seguinte:

                I - ao surdo serão apresentadas por escrito as I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; perguntas, que ele responderá oralmente;

                II - ao mudo as perguntas serão feitas II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; oralmente, respondendo-as por escrito;

                III - ao surdo-mudo as perguntas serão III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. respostas.

                Parágrafo único. Caso o interrogando não Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. a entendê-lo.

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•       Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. fundamentado de qualquer das partes.

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• CAPÍTULO IVCAPÍTULO IV• DA CONFISSÃODA CONFISSÃO

•                 Art. 197.  O valor da confissão se aferirá pelos Art. 197.  O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.estas existe compatibilidade ou concordância.

•                 Art. 198.  O silêncio do acusado não importará Art. 198.  O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.formação do convencimento do juiz.

•                 Art. 199.  A confissão, quando feita fora do Art. 199.  A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nos autos, interrogatório, será tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195.observado o disposto no art. 195.

•                 Art. 200.  A confissão será divisível e retratável, sem Art. 200.  A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.exame das provas em conjunto.

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•       CAPÍTULO VICAPÍTULO VI• DAS TESTEMUNHASDAS TESTEMUNHAS

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• Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.•                 Art. 203.  A testemunha fará, sob palavra de honra, Art. 203.  A testemunha fará, sob palavra de honra,

a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.de sua credibilidade.

•                 Art. 204.  O depoimento será prestado oralmente, Art. 204.  O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.

•                 Parágrafo único.  Não será vedada à testemunha, Parágrafo único.  Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos.entretanto, breve consulta a apontamentos.

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•       Art. 205.  Se ocorrer dúvida sobre a identidade Art. 205.  Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação da testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.tomar-lhe o depoimento desde logo.

•                 Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.a prova do fato e de suas circunstâncias.

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•                       Art. 207.  São proibidas de depor as Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.dar o seu testemunho.

•                 Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.nem às pessoas a que se refere o art. 206.

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•       Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.indicadas pelas partes.

•                 § 1§ 1oo  Se ao juiz parecer conveniente, serão  Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem.referirem.

•                 § 2§ 2oo  Não será computada como testemunha  Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão a pessoa que nada souber que interesse à decisão da causa.da causa.

•                 Art. 210.  As testemunhas serão inquiridas Art. 210.  As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho.ao falso testemunho.

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• Art. 211.  Se o juiz, ao pronunciar sentença final, Art. 211.  Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito.inquérito.

•                 Parágrafo único.  Tendo o depoimento sido Parágrafo único.  Tendo o depoimento sido prestado em plenário de julgamento, o juiz, no caso de prestado em plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na audiência (art. 538, § 2proferir decisão na audiência (art. 538, § 2oo), o tribunal ), o tribunal (art. 561), ou o conselho de sentença, após a votação dos (art. 561), ou o conselho de sentença, após a votação dos quesitos, poderão fazer apresentar imediatamente a quesitos, poderão fazer apresentar imediatamente a testemunha à autoridade policial.testemunha à autoridade policial.

•                 Art. 212.  As perguntas das partes serão requeridas Art. 212.  As perguntas das partes serão requeridas ao juiz, que as formulará à testemunha. O juiz não ao juiz, que as formulará à testemunha. O juiz não poderá recusar as perguntas da parte, salvo se não poderá recusar as perguntas da parte, salvo se não tiverem relação com o processo ou importarem repetição tiverem relação com o processo ou importarem repetição de outra já respondida.de outra já respondida.

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• Art. 213.  O juiz não permitirá que a testemunha Art. 213.  O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.inseparáveis da narrativa do fato.

•                 Art. 214.  Antes de iniciado o depoimento, as Art. 214.  Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.casos previstos nos arts. 207 e 208.

•                 Art. 215.  Na redação do depoimento, o juiz Art. 215.  Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se, tanto quanto possível, às deverá cingir-se, tanto quanto possível, às expressões usadas pelas testemunhas, expressões usadas pelas testemunhas, reproduzindo fielmente as suas frases.reproduzindo fielmente as suas frases.

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• Art. 216.  O depoimento da testemunha será reduzido a Art. 216.  O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos.presença de ambos.

•                 Art. 217.  Se o juiz verificar que a presença do réu, Art. 217.  Se o juiz verificar que a presença do réu, pela sua atitude, poderá influir no ânimo da testemunha, pela sua atitude, poderá influir no ânimo da testemunha, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com a presença do retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. Neste caso     deverão constar do termo a seu defensor. Neste caso     deverão constar do termo a ocorrência e os motivos que a determinaram.ocorrência e os motivos que a determinaram.

•                 Art. 218.  Se, regularmente intimada, a testemunha Art. 218.  Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.pública.

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•   Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da condená-la ao pagamento das custas da diligência. diligência.

•                 Art. 220.  As pessoas impossibilitadas, por Art. 220.  As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem.depor, serão inquiridas onde estiverem.

    

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•       Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.  juiz. 

•                 § 1o  O Presidente e o Vice-Presidente da República, os § 1o  O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofíciopartes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício. .

•                 § 2o  Os militares deverão ser requisitados à autoridade § 2o  Os militares deverão ser requisitados à autoridade superior.   superior.  

•                 § 3o  Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. § 3o  Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. 218, devendo, porém, a expedição do mandado ser imediatamente 218, devendo, porém, a expedição do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da repartição em que servirem, com indicação comunicada ao chefe da repartição em que servirem, com indicação do dia e da hora marcados. do dia e da hora marcados. 

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• Art. 222.  A testemunha que morar fora da jurisdição do Art. 222.  A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.razoável, intimadas as partes.

•                 § 1§ 1oo  A expedição da precatória não suspenderá a  A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal.instrução criminal.

•                 § 2§ 2oo  Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o  Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.devolvida, será junta aos autos.

•                 Art. 223.  Quando a testemunha não conhecer a Art. 223.  Quando a testemunha não conhecer a língua nacional, será nomeado intérprete para traduzir língua nacional, será nomeado intérprete para traduzir as perguntas e respostas.as perguntas e respostas.

•                 Parágrafo único.  Tratando-se de mudo, surdo ou Parágrafo único.  Tratando-se de mudo, surdo ou surdo-mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192.surdo-mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192.

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•                 Art. 224.  As testemunhas comunicarão ao Art. 224.  As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de 1 (um) ano, qualquer mudança de juiz, dentro de 1 (um) ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento.às penas do não-comparecimento.

•                 Art. 225.  Se qualquer testemunha houver de Art. 225.  Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.lhe antecipadamente o depoimento.

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•   CAPÍTULO VIICAPÍTULO VII• DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISASDO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS

•                 Art. 226.  Quando houver necessidade de fazer-se o Art. 226.  Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:

•                 I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;

•                 Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;reconhecimento a apontá-la;

•                 III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;autoridade providenciará para que esta não veja aquela;

•                 IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.presenciais.

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•       CAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIII• DA ACAREAÇÃODA ACAREAÇÃO

•                 Art. 229.  A acareação será admitida entre Art. 229.  A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

•                 Parágrafo único.  Os acareados serão Parágrafo único.  Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.acareação.

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•   CAPÍTULO IXCAPÍTULO IX• DOS DOCUMENTOSDOS DOCUMENTOS

•                 Art. 231.  Salvo os casos expressos em lei, as Art. 231.  Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo.qualquer fase do processo.

•                 Art. 232.  Consideram-se documentos Art. 232.  Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.públicos ou particulares.

•                 Parágrafo único.  À fotografia do Parágrafo único.  À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.mesmo valor do original.

•                           

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•   CAPÍTULO IXCAPÍTULO IX• DOS DOCUMENTOSDOS DOCUMENTOS

              •                 Art. 233.  As cartas particulares, interceptadas ou Art. 233.  As cartas particulares, interceptadas ou

obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em juízo.juízo.

•                 Parágrafo único.  As cartas poderão ser exibidas em Parágrafo único.  As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.direito, ainda que não haja consentimento do signatário.

•                                 Art. 236.  Os documentos em língua Art. 236.  Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.

•               

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•       CAPÍTULO XCAPÍTULO X• DOS INDÍCIOSDOS INDÍCIOS

•                 Art. 239.  Considera-se indício a Art. 239.  Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.outras circunstâncias.

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•   CAPÍTULO XICAPÍTULO XI• DA BUSCA E DA APREENSÃODA BUSCA E DA APREENSÃO

•                 Art. 240.  A busca será domiciliar ou pessoal.Art. 240.  A busca será domiciliar ou pessoal.•                 § 1§ 1oo  Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas  Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas

razões a autorizarem, para:razões a autorizarem, para:•                 a) prender criminosos;a) prender criminosos;•                 b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios

criminosos;criminosos;•                 d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na

prática de crime ou destinados a fim delituoso; prática de crime ou destinados a fim delituoso; •                 § 2§ 2oo  Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada  Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada

suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras mencionados nas letras bb a a ff e letra e letra hh do parágrafo anterior. do parágrafo anterior.

•                 Art. 241.  Quando a própria autoridade policial ou judiciária Art. 241.  Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.precedida da expedição de mandado.

•               

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•   CAPÍTULO XICAPÍTULO XI• DA BUSCA E DA APREENSÃODA BUSCA E DA APREENSÃO

•                 Art. 242.  A busca poderá ser determinada de ofício ou a Art. 242.  A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.requerimento de qualquer das partes.

•                 Art. 243.  O mandado de busca deverá:Art. 243.  O mandado de busca deverá:•                 I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será

realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;

•                 II - mencionar o motivo e os fins da diligência;II - mencionar o motivo e os fins da diligência;•                 III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade

que o fizer expedir.que o fizer expedir.•                 § 1§ 1oo  Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto  Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto

do mandado de busca.do mandado de busca.•                 § 2§ 2oo  Não será permitida a apreensão de documento em  Não será permitida a apreensão de documento em

poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.do corpo de delito.

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• Art. 244.  A busca pessoal independerá de mandado, no caso de Art. 244.  A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.busca domiciliar.

•                 Art. 245.  As buscas domiciliares serão executadas de dia, Art. 245.  As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.abrir a porta.

•                 § 1§ 1oo  Se a própria autoridade der a busca, declarará  Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência.previamente sua qualidade e o objeto da diligência.

•                 § 2§ 2oo  Em caso de desobediência, será arrombada a porta e  Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.forçada a entrada.

•                 § 3§ 3oo  Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de  Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.descobrimento do que se procura.

•                 § 4§ 4oo  Observar-se-á o disposto nos §§ 2  Observar-se-á o disposto nos §§ 2oo e 3 e 3oo, quando , quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.

•               

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•                 Art. 246.  Aplicar-se-á também o disposto no artigo Art. 246.  Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em anterior, quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade.público, onde alguém exercer profissão ou atividade.

•                 Art. 249.  A busca em mulher será feita por outra Art. 249.  A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.diligência.

•                 Art. 250.  A autoridade ou seus agentes poderão Art. 250.  A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.após, conforme a urgência desta.

•             

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• JURISDIÇÃOJURISDIÇÃO

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• Do latim jurisdictio, ditar ou dizer o direito.Do latim jurisdictio, ditar ou dizer o direito.•         Competência jurídica; território sobre o qual jurídica; território sobre o qual

exerce o juiz a sua autoridade; (p. ext.) órbita em exerce o juiz a sua autoridade; (p. ext.) órbita em que qualquer autoridade exerce suas funções.que qualquer autoridade exerce suas funções.

•         É uma das funções da soberania do Estado. É uma das funções da soberania do Estado. Função de poder, do , do Poder Judiciário..

• Consiste no poder de atuar o direito objetivo, que Consiste no poder de atuar o direito objetivo, que o próprio Estado elaborou, compondo os conflitos o próprio Estado elaborou, compondo os conflitos de interesses e dessa forma resguardando a de interesses e dessa forma resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei.ordem jurídica e a autoridade da lei.

•       

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•         É o poder de aplicar o direito conferido aos É o poder de aplicar o direito conferido aos magistrados. Somente estes possuem tal poder e, magistrados. Somente estes possuem tal poder e, por isso, a jurisdição não se confunde com a por isso, a jurisdição não se confunde com a circunscrição, peculiar a certos órgãos, como as circunscrição, peculiar a certos órgãos, como as autoridades policiais. A jurisdição contenciosa autoridades policiais. A jurisdição contenciosa ou inter nolentes, cuja finalidade é dirimir ou inter nolentes, cuja finalidade é dirimir litígios, não se confunde com a jurisdição litígios, não se confunde com a jurisdição graciosa ou voluntária, também denominada graciosa ou voluntária, também denominada inter volentes, a qual, como a própria inter volentes, a qual, como a própria denominação faz ver, refere-se à homologação denominação faz ver, refere-se à homologação de pedidos que não impliquem litígio.de pedidos que não impliquem litígio.

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• Princípios fundamentais da jurisdiçãoPrincípios fundamentais da jurisdição

Alguns princípios reconhecidos universalmente Alguns princípios reconhecidos universalmente em diversos países são: em diversos países são:

• a) investidura; a) investidura; • b) aderência ao território; b) aderência ao território; • c) indelegabilidade; c) indelegabilidade; • d) inevitabilidade; d) inevitabilidade; • e) inafastabilidade; e) inafastabilidade; • f) juiz natural; f) juiz natural; • g) inércia.g) inércia.

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• O princípio da investidura:O princípio da investidura: sendo a sendo a jurisdição um monopólio do Estado e este, jurisdição um monopólio do Estado e este, que é uma pessoa jurídica, precisa exercê-que é uma pessoa jurídica, precisa exercê-la através de pessoas físicas que sejam seus la através de pessoas físicas que sejam seus órgãos ou agentes, essas pessoas são os órgãos ou agentes, essas pessoas são os juízes. juízes.

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• Princípio da aderência ao território:Princípio da aderência ao território: em primeiro lugar, os órgãos do Poder em primeiro lugar, os órgãos do Poder Executivo ou Legislativo, e os Executivo ou Legislativo, e os magistrados só tem autoridade dentro magistrados só tem autoridade dentro do limite da própria soberania do do limite da própria soberania do território nacional. Assim como os território nacional. Assim como os juízes, das comarcas ou das seções juízes, das comarcas ou das seções judiciárias, só tem autoridade nos judiciárias, só tem autoridade nos limites da sua jurisdição. limites da sua jurisdição.

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• Princípio da indelegabilidade:Princípio da indelegabilidade: quer dizer quer dizer que o poder do juiz de julgar o caso que o poder do juiz de julgar o caso concreto é indelegável não pode este, concreto é indelegável não pode este, invertendo os critérios da Constituição e invertendo os critérios da Constituição e da lei, transferir a sua competência que da lei, transferir a sua competência que lhe foi atribuída pelo Estado para outro. lhe foi atribuída pelo Estado para outro.

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• Princípio da inevitabilidade:Princípio da inevitabilidade: significa que significa que sendo os órgãos jurisdicionais um poder sendo os órgãos jurisdicionais um poder que emana do próprio poder estatal que emana do próprio poder estatal soberano, este se impõe por si mesma. soberano, este se impõe por si mesma. Independem da vontade das partes ou de Independem da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados eventual pacto para aceitarem os resultados do processo; os resultados são impostos às do processo; os resultados são impostos às partes.partes.

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• Princípio da inafastabilidade:Princípio da inafastabilidade: ou princípio do ou princípio do controle jurisdicional garante a todos o acesso ao controle jurisdicional garante a todos o acesso ao Poder Judiciário, não podendo este deixar de Poder Judiciário, não podendo este deixar de atender. atender.

• Art.5º, inciso XXXV da CFArt.5º, inciso XXXV da CF: a lei não pode : a lei não pode "excluir da apreciação do Poder Judiciário "excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça de direito". qualquer lesão ou ameaça de direito".

• Nem pode o juiz, a pretexto de lacuna ou Nem pode o juiz, a pretexto de lacuna ou obscuridade da lei, recusar-se de proferir decisão obscuridade da lei, recusar-se de proferir decisão (Art.126 CPC). (Art.126 CPC).

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• Princípio do juiz natural:Princípio do juiz natural: só pode exercer a só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que a Constituição jurisdição aquele órgão a que a Constituição atribui o poder jurisdicional. Também assegura o atribui o poder jurisdicional. Também assegura o julgamento por juiz independente e imparcial. A julgamento por juiz independente e imparcial. A Constituição proíbe os chamados tribunais de Constituição proíbe os chamados tribunais de exceção para o julgamento de determinadas exceção para o julgamento de determinadas pessoas e determinados casos pessoas e determinados casos (art.5º, inciso (art.5º, inciso XXXVII, CF).XXXVII, CF).

• O princípio do juiz natural só pode ser exercido O princípio do juiz natural só pode ser exercido por aquele que a Constituição atribui o poder, e por aquele que a Constituição atribui o poder, e não cabe ao legislador criar juízes ou tribunais. não cabe ao legislador criar juízes ou tribunais.

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• Princípio da Inércia:Princípio da Inércia: os órgãos jurisdicionais são os órgãos jurisdicionais são inertes (nemo judex sine actore, ne procedat judex inertes (nemo judex sine actore, ne procedat judex ex officio), v. art.2º, CPC. Para Humberto ex officio), v. art.2º, CPC. Para Humberto Theodoro Júnior, são três os princípios Theodoro Júnior, são três os princípios fundamentais da jurisdição: a) princípio do juiz fundamentais da jurisdição: a) princípio do juiz natural; b) a jurisdição é improrrogável; e c) a natural; b) a jurisdição é improrrogável; e c) a jurisdição é indeclinável.jurisdição é indeclinável.

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• É improrrogávelÉ improrrogável porque não é permitido ao porque não é permitido ao legislador ordinário alterar os limites do poder legislador ordinário alterar os limites do poder jurisdicional traçados pela Constituição. jurisdicional traçados pela Constituição.

É indeclinávelÉ indeclinável porque o juiz não pode recusar-se porque o juiz não pode recusar-se a prestar tutela quando legitimamente a prestar tutela quando legitimamente provocado, nem pode delegar a outros órgãos a provocado, nem pode delegar a outros órgãos a sua função. sua função.

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• Espécies de jurisdiçãoEspécies de jurisdição

A jurisdição é una e indivisível assim como o poder A jurisdição é una e indivisível assim como o poder soberano. A doutrina, porém fazendo tais ressalvas, soberano. A doutrina, porém fazendo tais ressalvas, costuma classificar a jurisdição em espécies, são elas: costuma classificar a jurisdição em espécies, são elas:

• a) pelo seu objetoa) pelo seu objeto, jurisdição penal ou civil; , jurisdição penal ou civil; • b) pelos organismos judiciáriosb) pelos organismos judiciários que a exercem, especial que a exercem, especial

ou comum; ou comum; • c) pela posição hierárquicac) pela posição hierárquica do órgãos dotados dela, do órgãos dotados dela,

superior ou inferior; superior ou inferior; • d) pela fonte do direitod) pela fonte do direito com base no qual é proferido o com base no qual é proferido o

julgamento, jurisdição de direito ou de eqüidade.julgamento, jurisdição de direito ou de eqüidade.

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• a) Jurisdição penal ou civil: No processo, as a) Jurisdição penal ou civil: No processo, as atividades jurisdicionais têm atividades jurisdicionais têm por objetopor objeto uma uma pretensão, que varia conforme o direito objetivo pretensão, que varia conforme o direito objetivo material em se fundamenta. Há, então, causas material em se fundamenta. Há, então, causas penais, civis, comerciais, tributárias, etc. É penais, civis, comerciais, tributárias, etc. É comum dividir as pretensões de natureza penal comum dividir as pretensões de natureza penal das demais. das demais. Fala-se em jurisdição penalFala-se em jurisdição penal (causas (causas penais, pretensões punitivas) e penais, pretensões punitivas) e jurisdição civiljurisdição civil (por exclusão, causas e pretensões não-penais). (por exclusão, causas e pretensões não-penais).

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• A jurisdição penal é exercidaA jurisdição penal é exercida pelos juízes pelos juízes estaduais comuns, pela Justiça Militar Estadual, estaduais comuns, pela Justiça Militar Estadual, pela Justiça Militar Federal, pela Justiça Federal pela Justiça Militar Federal, pela Justiça Federal e pela Justiça Eleitoral. Apenas a Justiça do e pela Justiça Eleitoral. Apenas a Justiça do Trabalho é desprovida de competência penal. A Trabalho é desprovida de competência penal. A jurisdição civil é exercida pela Justiça Estadual, jurisdição civil é exercida pela Justiça Estadual, pela Federal, pela Trabalhista e pela Eleitoral, pela Federal, pela Trabalhista e pela Eleitoral, apenas a Militar não a exerce. apenas a Militar não a exerce.

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•Relacionamento entre jurisdição penal e civil:Relacionamento entre jurisdição penal e civil: por ex. quando alguém comete um furto, este ato por ex. quando alguém comete um furto, este ato gera duas conseqüências: obrigação de restituir o gera duas conseqüências: obrigação de restituir o objeto furtado (natureza civil) e sujeição às penas objeto furtado (natureza civil) e sujeição às penas do art. 155, CP. Outro exemplo: uma pessoa que do art. 155, CP. Outro exemplo: uma pessoa que se casa, já sendo casado com outra pessoa, o se casa, já sendo casado com outra pessoa, o direito impõe duas penas: nulidade do segundo direito impõe duas penas: nulidade do segundo casamento (art.183, inciso VI, CC) e sujeição à casamento (art.183, inciso VI, CC) e sujeição à pena de bigamia (art.235, CP). pena de bigamia (art.235, CP).

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•Assim há na lei dispositivos que interagem entre a Assim há na lei dispositivos que interagem entre a jurisdição penal e civil:jurisdição penal e civil: · I) Suspensão prejudicial do · I) Suspensão prejudicial do processo-crime: se alguém está sendo processado processo-crime: se alguém está sendo processado criminalmente e para o julgamento dessa acusação é criminalmente e para o julgamento dessa acusação é relevante o esclarecimento de uma questão civil, relevante o esclarecimento de uma questão civil, suspende-se o processo criminal à espera da solução no suspende-se o processo criminal à espera da solução no caso cível (art.92-94, CPP). Ex: o réu acusado de bigamia caso cível (art.92-94, CPP). Ex: o réu acusado de bigamia alega que o casamento anterior era nulo. O art.91, I, CP alega que o casamento anterior era nulo. O art.91, I, CP dá como efeito da sentença penal "tornar certa a dá como efeito da sentença penal "tornar certa a obrigação de indenizar o dano resultante do crime". Se o obrigação de indenizar o dano resultante do crime". Se o réu for absolvido no crime poderá ser absolvido em réu for absolvido no crime poderá ser absolvido em certos casos da ação cível (art.65 e 66, CPP). Resta certos casos da ação cível (art.65 e 66, CPP). Resta observar o art.64, caput e parágrafo, CPP permite que observar o art.64, caput e parágrafo, CPP permite que seja intentada a ação civil na pendência do processo-seja intentada a ação civil na pendência do processo-crime;crime;

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•II) Prova emprestadaII) Prova emprestada: é admissível, que mediante : é admissível, que mediante certidões, se levem provas produzidas em um certidões, se levem provas produzidas em um processo para outro contra o mesmo réu e vice-processo para outro contra o mesmo réu e vice-versa, sem necessidade de repetição, mas versa, sem necessidade de repetição, mas respeitado o princípio do contraditório; respeitado o princípio do contraditório; III) Prova da falsidade de um documentoIII) Prova da falsidade de um documento: : realizada em processo crime por delito de realizada em processo crime por delito de falsidade material (arts.297-298, CP), falsidade falsidade material (arts.297-298, CP), falsidade ideológica (art.299, CP), falso reconhecimento de ideológica (art.299, CP), falso reconhecimento de firma ou letra (art.485, inciso VI, CPC).firma ou letra (art.485, inciso VI, CPC).

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•b) Jurisdição especial ou comum:b) Jurisdição especial ou comum: A doutrina A doutrina costuma, levando em consideração as regras da costuma, levando em consideração as regras da Constituição, distinguir entre "Justiças" que Constituição, distinguir entre "Justiças" que exercem jurisdição especial e comum. As primeiras exercem jurisdição especial e comum. As primeiras são: a Justiça Militar (arts.122-124, CF), a Justiça são: a Justiça Militar (arts.122-124, CF), a Justiça Eleitoral (arts.118-121, CF), a Justiça do Trabalho Eleitoral (arts.118-121, CF), a Justiça do Trabalho (arts.111-116, CF) e as Justiças Militares Estaduais (arts.111-116, CF) e as Justiças Militares Estaduais (art.125, §3o , CF); no âmbito da jurisdição comum (art.125, §3o , CF); no âmbito da jurisdição comum estão a Justiça Federal (arts.106-110, CF) e as estão a Justiça Federal (arts.106-110, CF) e as Justiças Estaduais ordinárias (arts.125-126, CF).Justiças Estaduais ordinárias (arts.125-126, CF).

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•c) Jurisdição superior ou inferior:c) Jurisdição superior ou inferior: Os Os ordenamentos jurídicos em geral ordenamentos jurídicos em geral têm duplo grau têm duplo grau de jurisdição,de jurisdição, princípio que consiste na princípio que consiste na possibilidade de um mesmo processo após possibilidade de um mesmo processo após julgamento pelo juiz inferior, voltar a ser julgado julgamento pelo juiz inferior, voltar a ser julgado por órgãos superiores do Poder Judiciário. Os por órgãos superiores do Poder Judiciário. Os órgãos de primeiro grau de jurisdição são órgãos de primeiro grau de jurisdição são denominados "primeira instância" e os de denominados "primeira instância" e os de segundo grau de "segunda instância". segundo grau de "segunda instância".

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•d) Jurisdição de direito ou de eqüidade:d) Jurisdição de direito ou de eqüidade: O art.127, CPC O art.127, CPC diz que "o juiz só decidirá por eqüidade nos casos diz que "o juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei". Decidir por eqüidade significa decidir previstos em lei". Decidir por eqüidade significa decidir sem as limitações impostas pela lei (art.400 e 1.456, CC). sem as limitações impostas pela lei (art.400 e 1.456, CC). No direito processual civil, sua admissibilidade é No direito processual civil, sua admissibilidade é excepcional (art.127, CPC), mas nos processos arbitrais excepcional (art.127, CPC), mas nos processos arbitrais podem as partes convencionar que o julgamento seja podem as partes convencionar que o julgamento seja realizado com eqüidade (art.1.075, inciso IV, CPC; realizado com eqüidade (art.1.075, inciso IV, CPC; art.1.040, inciso VI, CC). Na arbitragem de causas art.1.040, inciso VI, CC). Na arbitragem de causas pequenas, o julgamento por eqüidade é sempre pequenas, o julgamento por eqüidade é sempre admissível, independente da autorização das partes (lei admissível, independente da autorização das partes (lei 9.099/95, art.25). 9.099/95, art.25).

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• TÍTULO VTÍTULO V• DA COMPETÊNCIADA COMPETÊNCIA

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 69.  Determinará a competência Art. 69.  Determinará a competência jurisdicional:jurisdicional:

                I - o lugar da infração:I - o lugar da infração:                II - o domicílio ou residência do réu;II - o domicílio ou residência do réu;                III - a natureza da infração;III - a natureza da infração;                IV - a distribuição;IV - a distribuição;                V - a conexão ou continência;V - a conexão ou continência;                VI - a prevenção;VI - a prevenção;                VII - a prerrogativa de função.VII - a prerrogativa de função.

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• Art. 70.  A competência será, de regra, determinada Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último lugar em que for praticado o último ato de execução.ato de execução.

•                 § 1§ 1oo  Se,   Se, iniciada a execução no território nacionaliniciada a execução no território nacional, , a infração se consumar fora dele, a competência será a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o Brasil, o último ato de execução.último ato de execução.

•                 § 2§ 2oo  Quando o último ato de   Quando o último ato de execução for execução for praticado fora do território nacionalpraticado fora do território nacional, será competente o , será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

•               

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• § 3§ 3oo  Quando   Quando incerto o limite territorialincerto o limite territorial entre entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á a competência firmar-se-á pela prevençãopela prevenção..

• Art. 71.  Tratando-se de Art. 71.  Tratando-se de infração continuada ou infração continuada ou permanentepermanente, praticada em território de duas ou , praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.prevenção.

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• TEXTO LEGALTEXTO LEGAL

• Art. 72.  Art. 72.  Não sendo conhecido o lugar da infraçãoNão sendo conhecido o lugar da infração, a , a competência regular-se-á pelo competência regular-se-á pelo domicílio ou residência domicílio ou residência do réu.do réu.

                § 1§ 1oo  Se o réu tiver mais de uma residência, a   Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.competência firmar-se-á pela prevenção.

                § 2§ 2oo  Se o réu não tiver residência certa ou for   Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.primeiro tomar conhecimento do fato.

•   Art. 73.  Nos casos de Art. 73.  Nos casos de exclusiva ação privadaexclusiva ação privada, o , o querelante poderá preferirquerelante poderá preferir o foro de domicílio ou da o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.infração.

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•     Art. 74.  A competência pela Art. 74.  A competência pela natureza da natureza da infraçãoinfração será regulada pelas leis de organização será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.Tribunal do Júri.

•               •                 § 1º Compete ao § 1º Compete ao Tribunal do JúriTribunal do Júri o o

julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1§§ 1oo e 2 e 2oo, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, , 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. tentados. 

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• § 2§ 2oo  Se, iniciado o processo perante um juiz,  Se, iniciado o processo perante um juiz, houver houver desclassificação desclassificação para infração da para infração da competência de outro, a este será remetido o competência de outro, a este será remetido o processo, processo, salvo se mais graduada for a salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada.sua competência prorrogada.

•     § 3§ 3oo  Se o  Se o juiz da pronúncia desclassificarjuiz da pronúncia desclassificar a a infração para outra atribuída à competência de infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a 410; mas, se a desclassificação for feita pelo desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júripróprio Tribunal do Júri, , a seu presidente a seu presidente caberá proferir a sentençacaberá proferir a sentença (art. 492, § 2 (art. 492, § 2oo).).

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• Art. 75.  A precedência da Art. 75.  A precedência da distribuiçãodistribuição fixará a fixará a competência quando, na competência quando, na mesma circunscriçãomesma circunscrição judiciária, judiciária, houver mais de um juiz igualmente houver mais de um juiz igualmente competente.competente.

•                 Parágrafo único.  A Parágrafo único.  A distribuiçãodistribuição realizada realizada para o efeito da concessão de fiança ou da para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.prevenirá a da ação penal.

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• Art. 76.  A competência será determinada pela conexão:Art. 76.  A competência será determinada pela conexão:•                 I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem

sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;contra as outras;

•                 II - se, no mesmo caso, houverem sido umas II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;qualquer delas;

•                 III - quando a prova de uma infração ou de III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.prova de outra infração.

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• Art. 77.  A competência será determinada pela Art. 77.  A competência será determinada pela continência quando:continência quando:

•                 I - duas ou mais pessoas forem acusadas I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;pela mesma infração;

•                 II - no caso de infração cometida nas II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. condições previstas nos arts. 51, § 151, § 1oo, 53, , 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.segunda parte, e 54 do Código Penal.

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• Art. 78. Na determinação da competência por conexão Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: ou continência, serão observadas as seguintes regras: 

•                 I - no concurso entre a competência do júri e a de I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;competência do júri;

•                 Il - no concurso de jurisdições daIl - no concurso de jurisdições da mesma categoria:mesma categoria:•                 a) preponderará a do lugar da infração, à qual for a) preponderará a do lugar da infração, à qual for

cominada a pena mais grave;cominada a pena mais grave;•                 b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o

maior número de infrações, se as respectivas penas maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; forem de igual gravidade;

•                 c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; outros casos;

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• III - no concurso de jurisdições de diversas III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior categorias, predominará a de maior graduação; graduação;

• IV - no concurso entre a jurisdição comum IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. e a especial, prevalecerá esta.

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• Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:de processo e julgamento, salvo:

•                 I - no concurso entre a jurisdição comum e a I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;militar;

•                 II - no concurso entre a jurisdição comum e a do II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.juízo de menores.

•                 § 1§ 1oo  Cessará, em qualquer caso, a unidade do  Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu, sobrevier o processo, se, em relação a algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art. 152.caso previsto no art. 152.

•                 § 2§ 2oo  A unidade do processo não importará a do  A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que não possa julgamento, se houver co-réu foragido que não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.

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• Art. 83.  Verificar-se-á a Art. 83.  Verificar-se-á a competência por competência por prevençãoprevenção toda vez que, concorrendo dois ou toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 370, § 3oo, 71, 72, § 2, 71, 72, § 2oo, e 78, II, , e 78, II, cc).).

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• Art. 84. Art. 84. A competência pela prerrogativa de A competência pela prerrogativa de funçãofunção é do Supremo Tribunal Federal, do é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. crimes comuns e de responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002)

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• § 1§ 1oo A competência especial por prerrogativa de A competência especial por prerrogativa de função,função, relativa a atos administrativos do relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. exercício da função pública. (Incluído pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002)

• § 2§ 2oo A ação de improbidade A ação de improbidade, de que trata a Lei , de que trata a Lei nnoo 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal competente para processar e perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na hipótese de prerrogativa de foro autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública, em razão do exercício de função pública, observado o disposto no § 1observado o disposto no § 1oo. . (Incluído pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002)

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• Art. 88.  No processo por crimes praticados fora do Art. 88.  No processo por crimes praticados fora do território brasileiroterritório brasileiro, será competente o juízo da Capital , será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República.juízo da Capital da República.

•   Art. 89.  Os crimes cometidos em qualquer embarcação Art. 89.  Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionaisnacionais, em alto-mar, serão processados e julgados , em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em que houver tocado.País, pela do último em que houver tocado.

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• Art. 90.  Os crimes praticados a bordo de aeronave Art. 90.  Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional,nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao dentro do espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao território nacional, serão correspondente ao território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo processados e julgados pela justiça da comarca em cujo território se verificar o pouso após o crime, ou pela da território se verificar o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.comarca de onde houver partido a aeronave.

•     Art. 91. Quando incerta e não se determinar de Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas  estabelecidas  nos arts. 89 e 90, acordo com as normas  estabelecidas  nos arts. 89 e 90, a competência se firmará pela prevenção. a competência se firmará pela prevenção. 

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• LIVRO IILIVRO II• DOS PROCESSOS EM ESPÉCIEDOS PROCESSOS EM ESPÉCIE• TÍTULO ITÍTULO I

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• CAPÍTULO IIICAPÍTULO IIIDO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOSDO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOSCRIMES DA COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR CRIMES DA COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR

– PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS – PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOSPÚBLICOS

• Art. 394-405 – instruçãoArt. 394-405 – instrução• Art. 498-502 – juiz singularArt. 498-502 – juiz singular• Art. 513-518 – funcionários públicosArt. 513-518 – funcionários públicos

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• CAPÍTULO IICAPÍTULO II• DO PROCESSO E DO DO PROCESSO E DO

JULGAMENTO DOS CRIMES JULGAMENTO DOS CRIMES • DE RESPONSABILIDADE DOS DE RESPONSABILIDADE DOS

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOSFUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

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IPIP INTERROGATÓRIOINTERROGATÓRIO

TESTEMUNHA 20d/40dTESTEMUNHA 20d/40d

D. PRÉVIA 3dD. PRÉVIA 3dJJ

DD

CITAÇÃOCITAÇÃO

DIL.DIL.

ARQ.ARQ.MPMP

DPDP

15d15d

DILIGÊNCIAS 24hDILIGÊNCIAS 24h

ALEGAÇÕES ALEGAÇÕES FINAIS 3dFINAIS 3d

SENTENÇA 10dSENTENÇA 10d

ARQ.ARQ.Not.Not.

10d10d

30d30d

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• FIMFIM