direito processual penal iv - recursos

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1 Direito Processual Penal IV 06/03/15 Processo: é o todo. Procedimento: é específico A relação entre autor e réu é simétrica, o juiz distribui as cargas processuais, como as obrigações das partes dentro do processo. Quando o juiz distribui as cargas processuais de forma equânime ele é um juiz justo. O processo penal se inicia com o recebimento da denúncia. A regra é de que a denúncia deve ser sempre recebida. Como exceção existem três elementos para que ela seja rejeitada, dentre eles está a justa causa para a ação penal que são os indícios de autoria e prova da materialidade. A atividade processual no produzir provas é uma atividade de captação psicológica. Nulidades A nulidade não é problema do réu ou do autor – as nulidades dizem respeito ao juiz, é ele quem pode cometer nulidades, isso acontece porque ele possui jurisdição. O ato conforme o previsto não foi realizado, há uma atipicidade, isso é nulidade. Todo o ato que não está imbuído de jurisdição, de um juiz que não está investido em um cargo é uma nulidade. NULIDADE É ATO ATÍPICO. Eu só posso falar em nulidades de atos A essência da matéria é a necessidade de que o juiz na aplicação da lei processual consiga manter a igualdade entre as partes conforme o devido processo legal. Então as nulidades são atos do juiz feitos em desconformidade com a lei na condução do procedimento. Os códigos são modelos típicos (legalidade) determinam a forma dos atos processuais tais como citação, recebimento da denúncia ou queixa. De tal forma, os efeitos jurídicos previstos para os atos dependem de sua regularidade.

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Recursos de Processo Penal

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Direito Processual Penal IV06/03/15Processo: o todo.Procedimento: especficoA relao entre autor e ru simtrica, o juiz distribui as cargas processuais, como as obrigaes das partes dentro do processo. Quando o juiz distribui as cargas processuais de forma equnime ele um juiz justo.O processo penal se inicia com o recebimento da denncia. A regra de que a denncia deve ser sempre recebida. Como exceo existem trs elementos para que ela seja rejeitada, dentre eles est a justa causa para a ao penal que so os indcios de autoria e prova da materialidade.A atividade processual no produzir provas uma atividade de captao psicolgica. NulidadesA nulidade no problema do ru ou do autor as nulidades dizem respeito ao juiz, ele quem pode cometer nulidades, isso acontece porque ele possui jurisdio.O ato conforme o previsto no foi realizado, h uma atipicidade, isso nulidade. Todo o ato que no est imbudo de jurisdio, de um juiz que no est investido em um cargo uma nulidade. NULIDADE ATO ATPICO.Eu s posso falar em nulidades de atosA essncia da matria a necessidade de que o juiz na aplicao da lei processual consiga manter a igualdade entre as partes conforme o devido processo legal. Ento as nulidades so atos do juiz feitos em desconformidade com a lei na conduo do procedimento. Os cdigos so modelos tpicos (legalidade) determinam a forma dos atos processuais tais como citao, recebimento da denncia ou queixa. De tal forma, os efeitos jurdicos previstos para os atos dependem de sua regularidade.Art. 564. A nulidade ocorrer nos seguintes casos: ROL MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO. I - por incompetncia, suspeio ou suborno do juiz;II - por ilegitimidade de parte;III - por falta das frmulas ou dos termos seguintes:a) a denncia ou a queixa e a representao e, nos processos de contravenes penais, a portaria ou o auto de priso em flagrante;b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestgios, ressalvado o disposto no Art. 167;c) a nomeao de defensor ao ru presente, que o no tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;d) a interveno do Ministrio Pblico em todos os termos da ao por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ao pblica; e) a citao do ru para ver-se processar, o seu interrogatrio, quando presente, e os prazos concedidos acusao e defesa;f) a sentena de pronncia, o libelo e a entrega da respectiva cpia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Jri;g) a intimao do ru para a sesso de julgamento, pelo Tribunal do Jri, quando a lei no permitir o julgamento revelia; h) a intimao das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;i) a presena pelo menos de 15 jurados para a constituio do jri; j) o sorteio dos jurados do conselho de sentena em nmero legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas;l) a acusao e a defesa, na sesso de julgamento; m) a sentena; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimao, nas condies estabelecidas pela lei, para cincia de sentenas e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelao, o quorum legal para o julgamento;Duplo Aspecto da Nulidade 1. O primeiro aspecto da nulidade : VCIO OU DEFEITO DE QUE PADECE O ATO PROCESSUAL ATPICO. a constatao da nulidade em si. 2. O segundo aspecto da nulidade : A INVALIDAO DO ATO LHE RETIRANDO OS EFEITOS JURDICOS. Os dois elementos devem acontecer. Eu no posso falar em nulidade se um outro ato jurisdicional no retirar o efeito do ato viciado. Eu s posso falar em ato nulo quando eu tenho a constatao da nulidade e o reconhecimento dessa nulidade pelo juiz ou por instncia superior, que vai lhe retirar os efeitos. Atos InexistentesPara o processo penal um ato inexistente para uma parte da doutrina os no atos, eles no so considerados atos jurdicos, eles so to irrelevantes que o CPP no trabalha com atos inexistentes, ele s trabalha com nulidades, o ato inexistente o ato que no tem jurisdio. Eu no posso falar em ato inexistente porque ele no foi emanado por um juiz. Um ato inexistente no precisa ser cumprido. Ex: sentena prolatada e assinada pela assessora do juiz que entrega ao delegado para prender o ru, um ato inexistente, no tem jurisdio. STF entende que a sentena sem dispositivo ato inexistente, frente a sua inaplicabilidade total. Um ato inexistente NO TEM JURISDIO.Atos IrregularesA primeira vista so atipicidades. A doutrina e a jurisiprudencia dizem que a forma que no foi atingida, que a atipicidade que aconteceu INSIGNIFICANTE, ato atpico e desconforme, mas so formalidades insignificantes.A omisso da formalidade no considerada essencial para o ato como pressuposto de VALIDADE. Ex: denncia sem assinatura, resposta acusao sem assinatura, depoimento degravado sem identificao das partes. Aqui acontece uma proporcionalidade, so atos insignificantes que podem ser sanados a qualquer tempo, 1 e 2 grau. Espcies de NulidadePrincipio da Presuno de Legalidade: o primeiro aspecto da nulidade e tambm o segundo aspecto da nulidade. Os efeitos sempre vo acontecer, mesmo quando h a constatao de ilegalidade do ato, ela somente vai se perfectibilizar no sentido de retirar a eficcia quando juiz ou outro ato o fizer. Pressupe-se sempre que o juiz age com legalidade, de acordo com a lei.A diferenciao das espcies de nulidade relativa ou absoluta depende do GRAU DE INTERESSE ENVOLVIDO. Ela definida se absoluta ou relativa conforme o grau de interesse envolvido e a FINALIDADE PARA O QUAL O ATO POSTO. Nulidade Absoluta: 1. Caractersticas; de ser reconhecida de ofcio, tambm cabe provocao. Ela atinge interesse processual de ordem pblica diz respeito a todos. Aqui se atinge uma norma constitucional, uma norma que atinge o processo, a essncia da prpria norma. Ela atinge uma regra constitucional sobre o processo. Ex: ausncia de contraditrio e ampla defesa, juiz natural, motivao das decises, publicidade dos atos processuais, presuno de inocncia.Quanto as provas ilcitas elas j remetem diretamente a nulidade absoluta, pelas decises sistematizadas dos tribunais superiores.O prejuzo presumido. NA nulidade relativa necessrio provar o prejuzo, na absoluta o prejuzo presumido. Ela pode ser alegada e reconhecida a qualquer tempo, ela uma nulidade insanvel porque jamais vai se convalidar. Jamais acontece a coisa julgada formal em relao a nulidade absoluta. Nem com o transito em julgado se opera a convalidao. O grau de interesse coletivo.SMULA 160 STF NULA A DECISO DO TRIBUNAL QUE ACOLHE, CONTRA O RU, NULIDADE NO ARGIDA NO RECURSO DA ACUSAO, RESSALVADOS OS CASOS DE RECURSO DE OFCIO. (Se a acusao desejar que seja reconhecida uma nulidade absoluta, independentemente das caractersticas, ela somente pode ser conhecida pelo tribunal se ela tiver sido lanada nas razes de recurso da acusao).Essa smula subverte o que falamos at agora acerca da nulidade absoluta. O tribunal no pode conhecer de ofcio nulidade que prejudique o ru se no foi alegada nas razes da acusao. Quanto ao processo sem alegaes finais nulidade absoluta. A sentena proferida por um juiz com incompetncia absoluta nulidade absoluta, uma sentena proferida por um juiz com incompetncia relativa nulidade relativa. Nulidade Relativa:A atipicidade jurdico penal no to grave como no caso anterior. 1. Caractersticas: deve haver a arguio da parte prejudicada. Essa arguio se faz em preliminar no RSE, Mandado de Segurana, Apelao denominada DA NULIDADE. O interesse privado, no coletivo. O prejuzo tem que ser demonstrado, no presumido. A projeo, ou prova do prejuzo, como a perda de uma chance, a perda de uma chance de fazer uma sustentao oral por exemplo. Caso no haja manifestao no momento oportuno, haver a convalidao pela precluso, a nulidade ser considerada sanada. Art. 571. As nulidades devero ser argidas: 8 MOMENTOS PRECLUSIVOS. S SE APLICA A NULIDADE RELATIVA. I - as da instruo criminal dos processos da competncia do jri, nos prazos a que se refere o art. 406; II - as da instruo criminal dos processos de competncia do juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos Captulos V e Vll do Ttulo II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500; III - as do processo sumrio, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audincia e apregoadas as partes; IV - as do processo regulado no Captulo VII do Ttulo II do Livro II, logo depois de aberta a audincia; V - as ocorridas posteriormente pronncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes (art. 447); VI - as de instruo criminal dos processos de competncia do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelao, nos prazos a que se refere o art. 500; VII - se verificadas aps a deciso da primeira instncia, nas razes de recurso ou logo depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes; VIII - as do julgamento em plenrio, em audincia ou em sesso do tribunal, logo depois de ocorrerem.Nulidade absoluta atinge a Constituio;Nulidade relativa no atinge a Constituio A nulidade s acontece do descumprimento do procedimento talvez pode-se conseguir pela via indireta dizer que ao no acatar o procedimento a Constituio foi atingida, por exemplo, quando a norma processual penal no for acatada no foi observado o devido processo legal atingindo a Constituio.Princpios Aplicveis as Nulidadesa) Princpio do Prejuzo ou Transcendncia ou Instrumentalidade das Formas: Art. 563. Nenhum ato ser declarado nulo, se da nulidade no resultar prejuzo para a acusao ou para a defesa.b) Princpio do Interesse: Art. 565. Nenhuma das partes poder argir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observncia s parte contrria interesse.13/03Art. 564, CPP A nulidade ocorrer nos seguintes casos: I-por incompetncia, suspeio ou suborno do juiz; II-por ilegitimidade de parte; III-por falta das frmulas ou dos termos seguintes;IV-por omisso de formalidade que constitua elemento essencial do ato. arrolar todas as nulidades rol exemplificativo, no taxativo.

Cdigo de Processo Penal dividiu as nulidades em quatro grandes grupos:1 INCOMPETNCIA, SUSPEIO E SUBORNO + impedimento:a Incompetncia: relativa ou absoluta (nulidade absoluta) enseja a possibilidade de nulidade.I Princpio do juiz natural: ningum ser processado ou julgado por juiz incompetente. Competncia absoluta no admite prorrogao, intuito personae com relao ao cargo e matria. ATACA DIRETAMENTE UMA NORMA CONSTITUCIONAL!!! Existe prorrogao de competncia no caso de competncia relativa, pois existe a preveno = juzo prevento (primeiro tomou atitude com relao ao fato). Tem relao nulidade relativa, pois as normas de competncia relativa esto previstas apenas no CPP e, com isso, no ferem a CF.

II No h processo de ofcio: = vedao ao processo de ofcio. Juiz inerte, precisa de provocao, gestor do processo a partir da chegada da demanda a ele. Nulidade absoluta, pois fere o princpio da imparcialidade que constitucional.III Indelegabilidade: o juiz no pode transferir suas funes jurisdicionais para um terceiro. No nulidade (ato jurisdicional viciado por algum que possui jurisdio), ato inexistente, porque no existe jurisdio de quem agir.IV Improrrogabilidade: a jurisdio est, por bvio, dentro dos limites da competncia. Em regra, no possvel invadir jurisdio de competncia alheia.Se essa invaso territorial, competncia relativa. Logo, a nulidade tambm relativa (as regras esto apenas no CPP, no atinge a CF). Se admite a prorrogao de competncia.Se a invaso em relao pessoa ou matria, tambm chamada de incompetncia absoluta, a nulidade absoluta. No se admite a prorrogao de competncia. So normas constitucionais inflexveis.V Motivao das decises: atividade jurisdicional motivada a forma como se apresenta. ART. 93, IX, CF = todas as decises sero motivadas. Nulidade absoluta ( uma nulidade absoluta, porque a fundamentao precede o dispositivo o ato coercitivo est), mas segmentos da doutrina entendem como ato inexistente.VI Princpio da correlao: a deciso tem de estar relacionada com o permetro do pedido. O juiz est limitado a analisar os fatos. Sentena extra e ultra petita fogem do princpio da correlao.O segundo grau de jurisdio em relao ao recuso da acusao tem de limitar sua deciso ao permetro do recurso. Se nesse caso otribunal for alm teremos ultra e extra.Em relao ao recurso de defesa isso no se verifica. Isto , mesmo que a defesa no tenhha postulado o tribunal poder rever toda a decisao. ASPECTOS PONTUAIS ACERCA DA COMPETNCIA: no tocante incompetncia relativa, ocorre a prorrogao de competncia se no for oposta a exceo no prazo legal. A exceo de incompetncia relativa deve ser alegada em apartado, no mesmo prazo para a resposta do ru, sob pena de precluso. Art. 108, CPP a exceo de incompetncia do juzo poder ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo da defesa (nulidade relativa). Art. 567, CPP a incompetncia do juzo anula somente os atos decisrios, devendo o processo, quando declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. s se aplica s nulidades relativas. No tocante incompetncia relativa/nulidade relativa, aplica-se o art. 567, CPP, destacando que a exceo, que uma preliminar, deve ser oposta no prazo do artigo 108 momento preclusivo. No caso de incompetncia em relao matria ou pessoa (absoluta), por atingir ditame constitucional, os atos decisrios e instrutrios sero nulos. O Habeas Corpus 54032/PR (a viso de que a prova dirigida ao juiz = correta, mas viso apenas procedimental), julgado pelo STF, entende que os atos instrutrios podem ser ratificados pelo juzo agora competente. De forma diversa, parte da doutrina (Paccelli) entende que os atos instrutrios devem ser refeitos. O que levou o STF a decidir dessa forma foi uma viso unicamente procedimental no sentido de economia processual, celeridade e aproveitamento dos atos. O entendimento de Paccelli foi galgado no entendimento de que o que deve ser preservado o pleno contraditrio e a ampla defesa eis que se trata de uma situao nova.

Art. 95, II, CPP exceo de incompetncia.

b Suspeio: art. 254, CPP O juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes: I-se for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II-se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia; III-se ele, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV-se tiver aconselhado qualquer das partes; V-se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; VI-se for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Recusado significa exceo de suspeio. O art. 96 do CPP determina que a exceo de suspeio precede qualquer outra. Art.258 - Os rgos do Ministrio Pblico no funcionaro nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cnjuge, ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicvel, as prescries relativas suspeio e aos impedimentos dos juzes.

*IMPEDIMENTO: art. 252, CPP - O juiz no poder exercer jurisdio no processo em que: I-tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito; II-ele prprio houver desempenhado qualquer dessas funes ou servido como testemunha; III-tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo; IV-ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.- Porque o CPP no elencou no art. 564 o impedimento? Porque no ato jurisdicional, ato inexistente e, portanto, no se trata de nulidade.

c Suborno: tecnicamente no existe como uma categoria jurdica. uma desonestidade funcional que ocorre pelo recebimento de valores para realizar um ato de forma diferente, em desconformidade com o estabelecido. Vinculado a tipos penais que atingem a administrao pblica. SE TRATA DE NULIDADE ABSOLUTA, POIS FERE, TAMBM, A IMPARCIALIDADE!

2 ILEGITIMIDADE DE PARTE: uma exceo! nulidade absoluta, trata de titularidade ativa e passiva na ao penal, irrenuncivel, inelegibilidade ad causam, impossibilidade de figurar como ru. No pode ser desconsiderado que a ilegitimidade de parte talvez transcenda a nulidade, j que uma causa de extino do processo sem julgamento do mrito. Art. 395, II, CPP.Legitimidade ad causam sempre gera nulidade absoluta trata da titualidade ativa e passiva na ao penal. irrenuncivel.Ex: ausencia de representao para o MP propor ao penal pblica condicionada. Ou MPF oferecer denncia em trfico nacional. Isso no ocorre com a polcia.Para uma nulidade em razo da ilegitimidade de parte precioso que o juiz receba a denncia ou queixa em que hpa ilegitimidade da part. Tem de haver a relao jursdicional.No pode ser desconsiderado que a ilegitmidade da parte talvez transcenda a nulidade, j que uma causa de extino do processo sem julgamento do mrito art. 385, II do CPP.3 FALTA DE FRMULAS E TERMOS: ART. 564 Termo no traduz ou no foi feito da forma que a lei estabelece. / Frmula ou forma no abordada da forma que o CPP estabelece para ser vlido.a) a denncia ou a queixa e a representao e, nos processos de contravenes penais, a portaria ou o auto de priso em flagrante existe denncia ou queixa como forma de incio do processo, mas sem os requisitos legais. O JUIZ RECEBE SEM OS REQUISITOS LEGAIS, O QUE ENSEJA A NULIDADE ABSOLUTA (apesar de doutrinas considerarem nulidade relativa), POIS IMPOSSVEL CONTRAPOR OS FATOS! Trata do art. 41 do CPP juiz recebe queixa, mas no atende aos requisitos do artigo (denncia ou queixa so ineptas no aptas se no cumprirem os requisitos). Contravenes so sujeitas ao rito sumarssimo e, com isso, impossvel haver priso em flagrante ou portaria (ato inaugural do inqurito no existe inqurito policial para contraveno). Art. 569 omisses da denncia ou queixa podem ser supridas a qualquer tempo. Nao essa nulidade que o artigo trata.

b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestgios, ressalvado o disposto no Art.167 obrigao! Todo crime que deixa vestgios necessita de exame de corpo de delito. Em caso de desaparecimento de vestgios, pode ser substitudo por prova testemunhal. Entende-se que a NULIDADE ABSOLUTA quando no realizado o exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestgios e que esto presentes = simplesmente houve inrcia. Entende-se que NULIDADE RELATIVA quando no so observadas as formalidades exigidas em lei, ou so realizadas em desconformidade com a lei (tem de ser feito o exame por dois peritos, se no puder ser perito tem que ser substitudo e ...).

c) a nomeao de defensor ao ru presente, que o no tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos

d) a interveno do Ministrio Pblico em todos os termos da ao por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ao pblica;

e) a citao do ru para ver-se processar, o seu interrogatrio, quando presente, e os prazos concedidos acusao e defesa;

Nulidades no jri so arguidas aps a pronncia, assim que instalada a sesso em plenrio. Art. 571, III do CPP. Pode a revogao de ato nulo com base no art. 573 do CPP. Para anular tem que ficar demonstrado o prejuzo.

f) a sentena de pronncia, o libelo e a entrega da respectiva cpia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Jri;

a sentena de pronncia deciso de mrito. nulidade absoluta se o exame de insanidade no for realizado.Nulidade absoluta juiz falar de majorantes e minoantes na deciso de pronncia.

g) a intimao do ru para a sesso de julgamento, pelo Tribunal do Jri, quando a lei no permitir o julgamento revelia;a ausncia do ru no jri se ele est solto no problema. Todavia se esta preso e no participa dos atos processuais e a sesso do jri nulidade absoluta, pois cabe a SUSEPE lev-lo.

h) a intimao das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;

i) a presena pelo menos de 15 jurados para a constituio do jri;

j) o sorteio dos jurados do conselho de sentena em nmero legal e sua incomunicabilidade;

k) os quesitos e as respectivas respostas; aqui no falta de quesitos, so vcios na formulao dos quesitos, ordens mal feitas, quesitos invertidos NULIDADE RELATIVA

l) a acusao e a defesa, na sesso de julgamento; deve ser analisada com aspecto substancial, de contedo, de efetiva acusao, efetiva defesa no a falta de defesa ou acusao, pois a falta destes sequer abriria a sesso. NULIDADE RELATIVA a falta leva a nulidade absoluta, mas deficincia leva a nulidade relativa.

m) a sentena; no a falta de sentena pois ato inexistente falta de fundamentao da sentena NULIDADE ABSOLUTA A doutrina e a jurisprudncia entendem que razes remissivas em sentena so NULIDADE ABSOLUTA

n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; vcio est no fato de no remeter o recurso de ofcio aonde est o ato viciado nesse caso? Sumula 423 do STF - Nunca vai transitar em julgado a sentena que no foi remetida de ofcio instancia superior

SUMULA 473 - NO TRANSITA EM JULGADO A SENTENA POR HAVER OMITIDO O RECURSO "EX OFFICIO", QUE SE CONSIDERA INTERPOSTO "EX LEGE".

o) a intimao, nas condies estabelecidas pela lei, para cincia de sentenas e despachos de que caiba recurso; ela da cincia de contedo e define o prazo preclusivo de um recurso a ausncia de intimao de sentena (intimao do ru e do defensor por nota de expediente) a falta de intimao da sentena no deixa haver o trnsito em julgado gera a nulidade da certido do trnsito em julgado enquanto no intimado no h o trnsito em julgado. NULIDADE ABSOLUTA.

p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelao, oquorumlegal para o julgamento; o nmero mnimo de Ministros e Desembargadores deve estar presente o nmero mnimo est previsto nas leis internas dos tribunais NULIDADE ABSOLUTA.

4 POR OMISSO DE FORMALIDADES QUE SO ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ATO: Omisso fazer em desconformidade tanto a falta como a omisso podem gerar nulidades.

Falta: no fazerOmisso: fazer em desconformidade

20/03/15Aula Prof Jader Marques27/02Art. 564 do CPP Convalidao dos atos atpicos ou meios sanatriosConvalidao uma nulidade relativa defeituoso no vai ser refeito.Substituio quando um ato refeito porque outro foi feito de forma irregularFenmenos da Convalidao:Precluso perda do momento de arguir algo.Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-o sanadas: I - se no forem argidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior; afirma como podemos pretender que uma nulidade relativa seja afirmada. O artigo 571 um rol de momentos preclusivos II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.MOMENTOS DA ALEGAO DA NULIDADE Momentos preclusivos do procedimento ordinria No procedimento ordinria o momento preclusivo para arguir nulidades relativas so as alegaes finais.As nulidades relativas da primeira fase devem ser arguidas nos debates orais art. 411, 4.As nulidades que vem depois da pronuncia e acontecem antes da abertura da sesso de julgamento (Art. 422 diligncias) essas s devem ser alegadas quando for aberta a sesso de julgamento, aps anunciado o julgamento e apregoadas as partes Art. 463, 1 do CPP.AS nulidades do julgamento, do plenrio devem ser arguidas to logo aconteam. No procedimento sumrio Art. 531 536 do CPP as nulidades devem ser arguidas nos debates orais ou memoriais. (Art. 534)Nulidades que surjam na sentena ou posteriores ela devem ser alegadas nas razes de recurso Exceo Art. 571, VII, permite que se no feito nas razes de recurso podem ser alegadas na sustentao oral. Art. 571, VIII - as do julgamento em plenrio, em audincia ou em sesso do tribunal, logo depois de ocorrerem.

TEORIA GERAL DOS RECURSOS O recurso um princpio indireto, a nossa Constituio prestigia o duplo grau de jurisdio.O Brasil s tem dois graus de jurisdio porque STJ e STF no podem ser entendidos como terceiro grau de jurisdio, j que a deciso s chega a eles se elas se amoldarem aos requisitos exigidos para tanto. Conceito e Classificao: O recurso ato voluntrio da parte, que pode decidir se vai recorrer e do que vai recorrer, s pode ser interposto antes do trnsito em julgado, no pode haver trnsito em julgado se quero falar em recurso, sempre dentro da mesma relao jurdica processual. Recurso dentro da mesma relao jurdica que se inaugura no recebimento da denncia e vai at o trnsito em julgado.A ao de reviso criminal assim como o mandado de segurana e habeas corpus so aes autnomas de impugnao porque elas alterao a relao jurdica processual, no podendo ser recursos, se alteram as posies processuais, tecnicamente elas esto postas de forma diferente. NO SO RECURSOS, um novo processo. Com o recurso busca-se a reforma ou invalidao da sentena, pode-se buscar esclarecimentos, entre outros. Invalidao manda de volta para o juiz para refazer a sentena.Recurso um meio voluntrio de impugnao de decises judiciais utilizado antes do trnsito em julgado e no prprio processo (mesma relao jurdica processual) em que foi proferida a deciso, visando a reforma, invalidao ou esclarecimento...Extenso ou devolutibilidade dos recursosEfeito devolutivo entregar a instncia superior a reapreciao da matria. A extenso que decorre da devoluo total ou parcial total devolve toda a matria/ toda a deciso recorrida OU parcial devolve apenas parte da matria. Momento de Interpor o recurso: pode ser interposto por petio ou por termo nos autos (traduzir por escrito algo que foi falado) oralmente em audincia por exemplo. Fundamento do recurso Fundamentao pode ser livre ou vinculadaa) Livre: so aqueles recursos que admitem qualquer fundamento como razo de impugnao; ex: apelao b) Vinculado: o legislador disciplina quais so os motivos que podem ser invocados para atacar a deciso recorrida. Ex: Recurso Especial ou Recurso Extraordinrio. Objeto do Recurso: Aqui o recurso pode ser ordinrio ou extraordinrio;a) Ordinrio: o comum, permite discusso de matria de fato e de direito; ex: apelao e recurso em sentido estrito.b) Extraordinrio: aqueles que s admitem discusso acerca de matria de direito. Aqui posso falar de nulidades. Ex: Recurso Especial e Recurso Extraordinrio.Princpios Relativos aos Recursos: a) Princpio da Taxatividade: somente podem ser usados os recursos expressamente previstos em lei, ao mesmo tempo em que estabelece o recurso prev as hipteses de cabimento. Se no houver hiptese usa-se a ao autnoma de impugnao. b) Princpio da Unirecorribilidade das decises: cada deciso corresponde a um nico recurso, uma deciso no pode ser impugnada por mais de um recurso. Ex: a lgica que se no cabe recurso em sentido estrito cabe apelao. 4o Quando cabvel a apelao, no poder ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da deciso se recorra.Ex 2: negar SURSI recorrvel por recurso em sentido estrito, porm se for caso de sentena, e se voc apelar de uma parte dela, e essa parte dela for SURSI voc no pode usar de RSE, deve usar apelao, porque RSE no cabe de sentena. Exceo: RESP E REXT quebram com a regra da unirecorribilidade porque so de fundamentao vinculada e no posso pretender que um faa as vezes de outro cada um tem sua hiptese de incidncia se numa mesma deciso a hiptese de cada um deles for infringida, h duas situaes distintas, nesse caso no cabe apenas um nico recurso, se quiser recorrer dos dois aspectos devo usar os dois recursos porque ambos so de fundamentao vinculada que imodificvel. c) Princpio da Fungibilidade dos Recursos: Art. 579 do CPP posso interpor um recurso e se estiver errado e no houver m-f, ele pode ser conhecido como o recurso correto. A m-f deve ser provada se for erro grosseiro no tem problema o recurso errado continua sendo conhecido como verdadeiro. Art. 579. Salvo a hiptese de m-f, a parte no ser prejudicada pela interposio de um recurso por outro.Pargrafo nico. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandar process-lo de acordo com o rito do recurso cabvel.Os tribunais entendem que o prazo deve ser do recurso correto o professor no. d) Princpio da Dialeticidade: todos os recursos tem de ter razo e contrarrazes.Artigos 589 e 601 esses artigos no se sustentam para a jurisprudencia. A jurisprudncia entende inadmissvel recurso sem razes e contrarrazes por afronta ao Princpio do Contraditrio.HC 28043: HC 61440; HC 19689; HC 9447;O fato de interpor recurso a termo no representa as razes, no vale como razes.

10-04-2015

e) Principio da disponibilidade: afirma que a gente consegue visualizar facilmente que possvel renunciar ao direito de recorrer.f) Irrecorribilidade das decises interlocutrias: as decises interlocutrias so irrecorrveis, exceto as situaes previstas no art. 581 do CPP RSEg) Personalidade dos recursos e proibio do reformatio in pejus: um principio decorre do outro. A reformatio in pejus pura, clssica, aquela que impede o tribunal de reformar a sentena para piorar a situao do ru.O permetro de debate do recurso o que foi requerido no recurso. Reformatio in pejus indireta: quando acontece uma nulidade o tribunal julga esse ato atpico cometido pelo juiz, e quando ele acata a deciso anulada. O processo volta ao juiz de primeiro grau para que ele refaa o ato. O que se veda na reformatio in pejus indireta o que no recurso exclusivo do acusado um novo julgamento seja feito e aplicada uma pena mais grave do que a primeira aplicada na sentena anulada. No novo julgamento o juiz no pode aplicar pena superior aquela j aplicada anteriormente.Reformatio in pejus indireta aparente: tem a aparncia de ser reformatio in pejus mas no . Ela acontece no tribunal do jri. Acontece quando a seo do jri for anulada, se o novo corpo de jurados condenar o ru em uma qualificadora que no havia sido condenado antes, eles podem. Uma qualificadora no reconhecida no primeiro julgamento, em novo julgamento possvel aos jurados reconhec-la, (soberania dos vereditos).Efeitos dos Recursos:a) Devolutivo: devolve ao tribunal o conhecimento da matria. Todos tem esse efeito. Extenso do recurso: o quanto se estende o recurso. Qual a matria efetivamente devolvida ao tribunal. Ela tem um duplo aspecto, parcial ou total:Parcial s uma frao da matria vai ser debatida.Total: toda a matria ser debatida. RSE s permite debate de uma frao da matria, enquanto na apelao toda a matria pode ser debatida. Ela fica vinculada a hiptese e a voluntariedade das partes.b) Suspensivo: nem todos os recursos tem efeitos suspensivo. Prolonga a ineficcia de uma deciso, no permite que ela transite em julgado e gere seus efeitos. c) Regressivo ou interativo ou efeito misto: no propriamente um efeito recursal. um ato do procedimento do recurso, permite ao juiz rever a sua deciso. Temos o efeito misto em recurso em sentido estrito e em agravo em sede de execuo penal. O recurso interposto e o juiz pode decidir se ele mantm a sua deciso ou reforma, se ele reformar para ai. Se ele mantm a deciso, obrigatoriamente ele deve mandar a apreciao do tribunal. a hiptese de retratao. Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, ser o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformar ou sustentar o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessrios.Pargrafo nico. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrria, por simples petio, poder recorrer da nova deciso, se couber recurso, no sendo mais lcito ao juiz modific-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subir o recurso nos prprios autos ou em traslado.Art. 197 da LEP.Aqui h o plano horizontal e o plano vertical concomitantemente. EFEITO MISTO NO SE APLICA AOS EMBARGOS ficam apenas no plano horizontald) Efeito Extensivo: art. 580 do CPP - No caso de concurso de agentes (Cdigo Penal, art. 25), a deciso do recurso interposto por um dos rus, se fundado em motivos que no sejam de carter exclusivamente pessoal, aproveitar aos outros.Ele tem que ser entendido no como uma extenso do recurso. A extenso do efeito do recurso. S as situaes que no sejam de carter pessoal. Juzo de admissibilidade e juzo de mrito:A admissibilidade do recurso prvia ao juzo de mrito. No tocante ao aspecto de admissibilidade h uma dupla competncia, o juiz de primeiro grau tem uma competncia e o juiz de segundo grau tem outra competncia, mas os dois exercem o juzo de admissibilidade. O primeiro juzo de admissibilidade feito perante o juiz da deciso recorrida e o segundo no tribunal o qual julgar o recurso. Se no superada essas duas fases de juzo de admissibilidade o mrito no ser analisado. Analisa-se na admissibilidade a tempestividade, condies da ao, pressupostos processuais, pagamento de custas. Mrito: Superada a fase de admissibilidade, so analisadas as preliminares e depois os fatos ou mrito. Em preliminares deve-se alegar nulidades.Analisar fato e mrito analisar a fundamentao.Objeto do Recurso: O permetro do recurso o tantum devolutum quantum apelatum. Aquilo que foi objeto de pedido de recurso pelas partes.As preliminares so o error in procedendo. Quando eu alego nulidades, eu digo que o juiz cometeu um erro no procedimento. Seu efeito a anulao, da sentena, da deciso. O juiz deve refazer a deciso, a matria devolvida ao juiz. O mrito ou fato so o error in judicando. Quando o juiz julga mal, no aplicou a pena correta, ataco o juzo no recurso. o erro no julgamento. O tribunal reforma ele mesmo, no manda para o juiz, pressupe que no h nenhum erro no processo. O tribunal pode de ofcio julgar a favor do ru, mesmo que ele no tenha alegado, desde que o beneficie. DE OFCIO O TRIBUNAL PODE SEMPRE CONHECER MATRIAS A FAVOR DO RU. Requisitos de Admissibilidade: 1 Requisito Cabimento: um duplo aspecto, o primeiro o ato impugnado deve ser recorrvel. O segundo aspecto saber qual o recurso adequado. 2 Requisito Tempestividade: a lei confere um tempo para interpor o recurso, a interposio que marca a tempestividade. Art. 798, 5 do CPP 5o Salvo os casos expressos, os prazos correro: a) da intimao; b) da audincia ou sesso em que for proferida a deciso, se a ela estiver presente a parte; c) do dia em que a parte manifestar nos autos cincia inequvoca da sentena ou despacho. Art. 800 2o Os prazos do Ministrio Pblico contar-se-o do termo de vista, salvo para a interposio do recurso (art. 798, 5o).Para o Ministrio Pblico quando o processo pego em carga por um servidor o prazo est comeando a correr. A cincia da deciso judicial aconteceu. o que entende o STF que a entrega dos autos em setor administrativo do MP e formalizada a carga por servidor configurada est a intimao direta e pessoal, ou seja, a cincia da deciso judicial. HC 83225-SP O Defensor intimado por nota, e no caso de sentena condenatria o condenado intimado pessoalmente. a data da ultima intimao que o termo inicial. Da precatria o prazo de juntada aos autos da precatria. Para o DPE a intimao pessoal e o prazo em dobro. Assistente de acusao ele tambm intimado, porm seu recurso sempre supletivo, seu prazo somente comea a correr aps o trmino do prazo do MP.Sumula 448 do STF diz que o prazo do assistente comea imediatamente, porm mesmo que tenha essa smula ele intimado igual.3 Aspecto Regularidade procedimental: art. 578 do CPP - O recurso ser interposto por petio ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. Pode ser oral, por petio ou por cota nos autos. 4 Aspecto Ausncia de fato impeditivo ou extintivo: O impeditivo impede a propositura do recurso e o extintivo extingue o recurso em andamento.Fato impeditivo renncia ao recurso. Pode ser expresso ou tcito, quando no se manifesta no prazo. O Art. 59 da Lei de Drogas estabelece que uma condio para que o indivduo que praticou trfico de trocas apela a deciso recolher-se a priso, porm h uma forma posterior do CPP E isso no se aplica. Fato extintivo do recurso, pode ser a desistncia, desero art. 806, ,2 do CPP, 2o A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz, importar renncia diligncia requerida ou desero do recurso interposto.Legitimidade: Existe legitimidade geral e especial:a) Geral: porque todas as pessoas podem recorrer art. 577 do CPP - O recurso poder ser interposto pelo Ministrio Pblico, ou pelo querelante, ou pelo ru, seu procurador ou seu defensor. + Prejuzo. b) Especiais: os legitimados especiais so outros que no os do art. 577. So o ofendido e o assistente de acusao art. 271 c.c 584, 1 do CPP, art, 598 c.c do CPP.Interesse: Quem tem prejuzo + art. 577. O interesse do MP, do acusado ( a jurisprudncia entende que quando ocorre a extino da punibilidade no h legitimidade para recorrer, para no gerar um tumulto processual).Recurso de ApelaoCabimento, Hiptese: Art. 593 Art. 593. Caber apelao no prazo de 5 (cinco) dias: (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948) I - das sentenas definitivas de condenao ou absolvio proferidas por juiz singular; (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948)Absolvio sumria uma sentena, hiptese de apelao. Porm o Inciso IV do art. 397 NO ATACVEL VIA APELAO. IV - extinta a punibilidade do agente.A extino da punibilidade tem rtulo de sentena, mas no tem contedo de sentena. O RECURSO ADEQUADO RSE DA DECISO DE EXTINO DA PUNIBILIDADE. Art. 581, VIII, do CPP. A absolvio imprpria tambm atacvel por apelao. II - das decises definitivas, ou com fora de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos no previstos no Captulo anterior (RSE); (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948).Clusula geral de apelao NO CABE RSE, CABE APELAO. Decises com fora de definitiva so aquelas que solucionam processos ou procedimentos de carter incidental. Sentena terminativa no permite a instalao de uma relao jurdica processual ou pe fim ao processo.Homologao da transao penal feita por sentena passvel de apelao. uma apelao especfica da Lei 9.099. Art. 76, 5.A sentena que rejeita a denncia ou queixa passvel de apelao, inclusive no art. 82, 2 parte da lei 9.099. III - das decises do Tribunal do Jri *seo do jri, plenrio, quando: (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948) S CABE EM RELAO A ESSE INCISO E A ESSAS ALNEAS. Smula 713 do STF - O efeito devolutivo da apelao contra decises do jri adstrito aos fundamentos da sua interposio. O que vai demarcar o tantum devolutum quantum apelatum j tem que estar definido na interposio do recurso quando ele afirma que quer apelar j deve dizer por qual fundamento, pode arrolar todas na interposio e nas razes fazer apelao de a e b. a) ocorrer nulidade posterior pronncia; (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948). Toda e qualquer nulidade que acontea posterior a denncia error in procedendo, porque nulidade, atipicidade. A consequncia nova seo do jri, anulao da seo anterior, refazimento do ato. Somente pode ser envocada a alnea a se a nulidade foi arguida na ata de julgamento. A nulidade que acontecer por conta do art. 422 deve ser alegada quando aberta a seo e apregoadas as partes. b) for a sentena do juiz-presidente contrria lei expressa ou deciso dos jurados; (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948):Contrria a lei expressa quando a sentena do juiz est contra as regras de aplicao de pena no est aplicando o art. 59 do CP, alm dos artigos 61, 62, 65, 66 do CP. Ele no aplica a lei. Alm disso a sentena do juiz pode ser contrria a deciso dos jurados. Os jurados por exemplo reconhecem um elemento e ele no aplica esse elemento. Ex: jurados reconhecem a existncia de uma privilegiadora e o juiz no a aplica, no reconhece. NA desclassificao prpria, feita pelos prprios jurados, desclassifica de homicdio para leso corporal grave, o juiz sentencia o processo como leso corporal grave. Nesse caso cabe APELAO com fundamento no inciso I, deciso condenatria.ERROR IN JUDICANDO., 1 c) houver erro ou injustia no tocante aplicao da pena ou da medida de segurana; (Redao dada pela Lei n 263, de 23.2.1948). Justia na aplicao da pena um conceito muito relativo uma coisa justa aquilo que est conforme o procedimento.O juiz quando tem a subjetividade de aumentar ou diminuir a pena vai muito alm do justo. Quando ele tem possibilidade, dentro de mnimo e mximo, se exceder ou abranda demais a pena. Ex: a elevao da pena demasiada frente a uma reincidncia. NA medida de segurana que existe ambulatorial e de internao, ele pode ser injusto na aplicao de uma das duas.ERROR IN JUDICANDO o tribunal que modifica o erro. 2 d) for a deciso dos jurados manifestamente contrria prova dos autos.OS jurados podem se valer de qualquer prova para condenar, inclusive as provas do inqurito, porque no h como saber com base no que eles julgaram j que no fundamentam. O que leva a possibilidade de apelao os jurados levar em conta um elemento que no existe. O recurso cabvel para deciso de pronncia RSE. Error in judicando porque julgaram mal, s que como o tribunal no poder reformar a deciso dos jurados, ser feito novo jri, isto consequencia do error in procedendo.A deciso de impronncia atacvel por apelao art. 416 do CPPArt. 416. Contra a sentena de impronncia ou de absolvio sumria caber apelao. 1o Se a sentena do juiz-presidente for contrria lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem far a devida retificao. (Includo pela Lei n 263, de 23.2.1948)ERROR IN JUDICANDO o tribunal que vai fazer a retificao, no h anulao da sentena. 2o Interposta a apelao com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificar a aplicao da pena ou da medida de segurana. (Includo pela Lei n 263, de 23.2.1948)ERROR IN JUDICANDO o juiz foi injusto o tribunal que modifica a pena. 3o Se a apelao se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a deciso dos jurados manifestamente contrria prova dos autos, dar-lhe- provimento para sujeitar o ru a novo julgamento; no se admite, porm, pelo mesmo motivo, segunda apelao. (Includo pela Lei n 263, de 23.2.1948) igual a hiptese.

4o Quando cabvel a apelao, no poder ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da deciso se recorra.

Apelao Sumria/ Apelao OrdinriaDeteno (art. 610 CPP) Recluso (Art. 613 do CPP).

1 Grau - Interposio do recurso;- Recebimento pelo juiz;- Formao do instrumento;- Intimao do recorrente para razes;- Apresentao de razes;- Intimao do recorrido para contrarrazes;- Apresentao de contrarrazes.

2 GRAU:- Ordinrio:- Sumrio:a) Distribuio;a) Distribuio;b) Sorteio do relator;b) Sorteio do Relator;c) Parecer da procuradoria (10 dias);c) Parecer da Procuradoria (15 dias);d) Vista do relator (10 dias);d)Vista ao Relator (5 dias)e) Vista do revisor (10 dias)e) Designao data do julgamento;f) Designao data do julgamento;f) Sustentao oral (10 minutos).g) Sustentao oral (15 minutos)

No rito sumrio no tem revisor.Tempestividade:art. 593 CPP estabelece que a interposio do recurso de apelao de 5 dias. Ela interrompe a perempo.Rito Ordinrio/ Sumrio:O termo de interposio (onde se diz eu quero apelar) deve ser interposto em 5 dias.Para oferecer as razes (apresent-las) o prazo de 8 dias. A intimao para apresentar as razes feita por nota. Publicada a nota, se tem o prazo de 8 dias para apresentar as razes.Se a apresentao das razes feita fora do prazo (extempornea) ocorre uma mera irregularidade. Ou seja, no impedimento para conhecimento do recurso.Se o procurador no julta as razes no prazo de 8d ias, o juiz intima a parte para constituir novo advogado, ou nomeia novo defensor ad hoc. nulo o julgamento de apelao sem razes.Procedimento: Como a apelao pode ser interposta: por escrito, por cota nos autos e por termo.* No ato sumarssimo h diferenas:O prazo para apelao de 10 dias (prazo maior).Art. 82, 1 da Lei 9.099 as razes devem ser apresentadas junto com o termo de interposio da apelao.Se no apresentar as razes junto com o termo o recurso no ser conhecido, devido o carter especial da lei. Se a apelao interposta por Promotor MP ou pelo DPE, e estes no apresentam as razes juntameto com o termo de interposio o recurso no deve ser conhecido.Se o prprio acusado, em cotas nos autos, que afirma pretender apelar, o juiz dev e intimar o defesnro para que no prazo legal (10 dias) apresente as razes. Caso seja inexistente a figurado do defensor, ser nomeado um para o ato de apresentao de razes.Fatos Impeditivos e Extintivos:Fatos Impeditivos ocorrem antes da interposio, impede que o recurso seja interposto. Ex: renncia ao direito de recorrer.Fatos Extintivos extingue o recurso que j foi interposto. Impede que o recurso seja o prosseguimento. Art. 576 do CPP.Legitimidade: Legitimidade geral art. 577, caput, do CPP;Legitimidade especial art. 578 do CPP.Procedimento:H dois procedimentos: apelao sumria e apelao ordinria. Em 1 grau as duas apelaes (sumria e ordinria) possuem algumas coisas em comum (vide incio desse contedo).Efeitos da Apelao:Efeito suspensivo decorrente da apelao. S a interposio do recurso j gera a suspenso.No tribunal do juri o tantum devolutum e tantoum debeatur s vai dizer respeito as alneas que a parte alegar.Sentena absolutria, se o MP interpor recurso no h efeito suspensivo, o que na pratica significa que o ru que estiver preso deve ser solto imediatamente.Efeito regressivo: Nao cabe efeito regressivo na apelao. A deciso devolvida ao prprio juiz prolator da deciso para que se manifeste.Efeito Extensivo: Cabe na apelao art. 580 do CPP.

2 Parte08-05-2015Recurso em Sentido Estrito Ele equivale ao agravo no processo civil. O recurso em sentido estrito cabe de decises interlocutrias, expressamente nos casos previstos em lei. O artigo um rol taxativo. Cabe RSE tambm para decises administrativas. recurso ordinrio um recurso voluntrio. Exceo: recurso em sentido estrito obrigatrio no caso de Habeas Corpus concedido como antecipao de tutela em primeiro grau.Requisitos de Admissibilidade Cabimento:Ele cabvel quando se amolda a uma hiptese prevista no art. 581 do CPP.Art. 581. Caber recurso, no sentido estrito, da deciso, despacho ou sentena:Esse despacho colocado de forma genrica no cabe. No tem previso de recurso para esse despacho genrico. I - que no receber a denncia ou a queixa;Diz respeito ao fato de que est ou no instalada a relao jurdica processual. O juiz faz a anlise do art. 395 do CPP para rejeitar o receber.O juiz pode rejeitar parcialmente a denncia ou queixa de ofcio.Se o juiz rejeitar a queixa parcialmente o recurso cabvel para acusao o RSE. Interpretao extensiva.A muttatio s pode acontecer na fase instrutria- porque so fatos novos que s podem aparecer na instruo do processo. O promotor no obrigado a fazer o aditamento. Se o promotor fizer o aditamento e apresent-lo ao juiz ele poder rejeitar o aditamento se ele rejeita o recurso cabvel RSE interpretao extensiva do inciso I.O juiz quando recebe a denncia pode alterar a capitulao jurdica ela dada a denuncia trazia 155 do CP e o juiz pode receber por 171 do CP.Qual o recurso cabvel se o juiz muda a capitulao dos fatos quando recebe a denncia? Pattieli diz que RSE. Mas no caso no cabe RSE da situao.Da denncia que recebe a denncia ou queixa NO CABE RECURSO. Cabe Habeas para trancamento da ao penal art. 395, IV do CPP.SMULA 707 - STFCONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIO DA DENNCIA, NO A SUPRINDO A NOMEAO DE DEFENSOR DATIVO.A intimao tem que ser pessoal. Deve haver INTIMAO pessoal do denunciado.

II - que concluir pela incompetncia do juzo;Aqui acontece quando o juiz de ofcio se declara incompetente. um das possibilidades que ele tem frente ao art. 109 do CPP. Ele pode se declarar de ofcio ou depois que aparece a exceo de incompetncia. Mas no inciso I quando o juiz se declara de ofcio.A desclassificao prpria (jurados entendem que no crime doloso contra a vida tentativa de homicdio e leso). A desclassificao imprpria (quando no final da primeira fase o juiz desclassifica o crime) O juiz est retirando a competncia dos jurados art. 419 do CPP. Da DESCLASSIFICAO IMPRPRIA realizada pelo juiz sem consulta dos jurados RSE. como se os jurados estivessem afirmando eles mesmos que no so competentes. III - que julgar procedentes as excees, salvo a de suspeio;Quando o juiz por provocao, exceo de incompetncia se declarar incompetente cabe RSE com fundamento no inciso III.Exceo de coisa julgada da deciso que julgar cabe RSE.Exceo de litispendncia deciso que julga cabe RSE.Exceo de ilegitimidade cabe RSE.Todos so sentenas terminativas. Quando o juiz acatar as decises. Aqui ele age mediante provocao. IV que pronunciar o ru; (Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008) o que mais se aproxima do carter ordinrio do RSE.Pronncia deciso interlocutria mista no terminativa. Da impronncia cabe apelao. V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidnea a fiana, indeferir requerimento de priso preventiva ou revog-la, conceder liberdade provisria ou relaxar a priso em flagrante; (Redao dada pela Lei n 7.780, de 22.6.1989)Deciso que decreta a priso preventiva ou deciso que indefere o requerimento de relaxamento da priso em flagrante cabe Habeas Corpus.Lei 12.403 de 2011 criou vrias medidas cautelares alternativas priso ART. 319. Retomou a fiana. Tambm so medidas enfretadas por Habeas Corpus. O rol taxativo do RSE.Quando voc modifica uma medida cautelar (que no so do art. 319) por outra ou se vier as modificaes das condies da medida Quando voc modifica eu revogo uma e concedo outra est se revogando e ao mesmo tempo concedendo uma nova nesse caso RSE cabvel RSE nos casos do inciso V quando a deciso substituir uma medida por outra ou modificar as condies da medida. So hipteses equivalentes a revogao e concesso VII - que julgar quebrada a fiana ou perdido o seu valor; VIII - que decretar a prescrio ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;Ato que declara extinta a punibilidade - IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrio ou de outra causa extintiva da punibilidade;Ato que indefere o pedido de extino da punibilidade. o nico caso de sentena absolutria que cabe RSE. Lembrar inciso IV, art. 397 do CPP, o qual afirma ser absolvio sumria, mas no sentena de mrito.Extino da punibilidade na fase de execuo cabe Agravo em Execuo 197 - LEP X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XI - que conceder, negar ou revogar a suspenso condicional da pena; XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; XIII - que anular o processo da instruo criminal, no todo ou em parte;Deciso que anula o processo na instruo criminal, no todo ou em parte. Quem faz essa deciso o juiz de primeiro grau. Se o juiz anular uma parte do ato da instruo RSE. Ex: perguntas que no foram transcritas porque o sistema caiu, pede para o juiz anular essa instruo e refazer.Se o juiz no anular essa instruo da deciso que indefere o pedido de reconhecimento de nulidade mandado de segurana. XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV - que denegar a apelao ou a julgar deserta; uma deciso interlocutria que denega o processamento do recurso por falta de pressuposto processual. Desero denegao de processamento por falta de preparo. Se o juiz denegar o RSE o recurso cabvel carta testemunhvel art. 639, I do CPP. XVI - que ordenar a suspenso do processo, em virtude de questo prejudicial;Da deciso que determinar a suspenso

XVII - que decidir sobre a unificao de penas; XVIII - que decidir o incidente de falsidade; XIX - que decretar medida de segurana, depois de transitar a sentena em julgado; XX - que impuser medida de segurana por transgresso de outra; XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurana, nos casos do art. 774; XXII - que revogar a medida de segurana; XXIII - que deixar de revogar a medida de segurana, nos casos em que a lei admita a revogao; XXIV - que converter a multa em deteno ou em priso simples.15/05/15Continuao de RSETempestividadeArt. Art. 586, caput, CPP 5 dias, interpor.Art. 588 CPP 2 dias para apresentarO RSE como se fosse o Agravo do Direito Civil.Palavra-chave: Art. 589 do CPP:Art.589.Com a resposta do recorrido ou sem ela, ser o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformar ou sustentar o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessrios. Pargrafo nico.Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrria, por simples petio, poder recorrer da nova deciso, se couber recurso, no sendo mais lcito ao juiz modific-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subir o recurso nos prprios autos ou em traslado.Tem efeito regressivo (misto e devolutivo junto)A doutrina chama o paragrafo nico de RECURSO INVERTIDO. No entanto a parte contrria somente poder recorrer da deciso de primeiro grau reformada, caso a deciso do juiz se encaixe em uma das 24 hipteses de RSE.Para saber se o RSE ser por traslado ou nos prprios autos, deve-se verificar o art. 583 do CPP.EFEITOS:Via de regra no tem efeito suspensivo, salvo as hipteses do art. 584 do CPP.EMBARGOS DE DECLARAO:Noes Gerais:Muitos dizem que no se trata de recurso, pois se opera no plano horizontal. No entanto, a doutrina entende que RECURSO.Art. 83, 3 da Lei 9.099, diz expressamente que o juiz pode reconhecer de oficio erros MATERIAIS.Art. 463, I, do CPC, estabelece que no caso de embargos de declarao, o juiz tbm pode corrigir erros MATERIS de ofcio.Hipteses de cabimento:Em relao aos acrdos proferidos pelos tribunais - Art. 619 e 629 do CPP.Art. 382 do CPP apesar de no nominar, trata de embrago de declarao de sentena de primeiro grau. SO CHAMADOS DE EMBARGUINHOS.Essas so as duas hipteses de cabimento de Embargos de Declarao.H uma terceira hiptese, mas que no possui previso legal. Que so nas hipteses de embargos de deciso interlocutria. uma AMPLIAO DE POSSIBILIDADES.Requisitos de admissibilidade:Art. 619 e 382 Dizem que cabe embargos quando houver OBSCURIDADE, CONTRADIO, OMISSO.Art. 83 da Lei 9099 Nos casos de DVIDA.Ou seja, so quatro casos. Mas a dvida somente cabe no Juizado.O que ambiguidade e obscuridade?Ambiguidade: expresses que possuem duplo sentido. um grau menor de obscuridade.Obscuridade: falta de clareza em ideias e expresses que dificultam o entendimento.Encontra-se isso na FUNDAMENTAO e no DISPOSITIVO. Normalmente, no vai haver no relatrio.Contradio: proposies irreconciliveis entre si. Uma frase vai contra a outra. No h harmonia.Omisso: Ausncia de manifestao de questo de fato e de direito. (No enfrentou um tese, argumento legal), basta ler a fundamentao da sentena.Prequestionamento: manejado por embargos de declarao. Enquadra-se na omisso. Serve para REsp e RExt.Prequestionamento: A matria tem que ter sido previamente analisada.Dvida: o estado subjetivo de quem analisa a deciso. Ela no um atributo negativo da deciso, como nos casos anteriores. Os anteriores so objetivos, esse subjetivo. a mais ampla das oportunidades de embargos.Tempestividade:Prazo: 2 dias a contar da intimao Art. 382 e 619 do CPP No Juizado o prazo de 5 dias art. 83, 1 da Lei 9.099.Eles tem que ser interpostos por escrito, mediante petio. No possvel a interposio oral.Art. 620, 2 - deve-se indicar expressamente qual a contradio.JEC possvel a interposio oral. Art. 83, 1 da Lei 9.099.Procedimento:Petio: Endereada pra quem? Ao juzo prolator da deciso.Art. 620, 2 do CPP.Art.620.Os embargos de declarao sero deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acrdo ambguo, obscuro, contraditrio ou omisso. 1oO requerimento ser apresentado pelo relator* e julgado, independentemente de reviso, na primeira sesso.*Se for indeferido liminarmente, o recurso cabvel o AGRAVO REGIMENTAL.No h manifestao do embargado.Efeitos:Devolutivo: no sentido horizontal. Delimitado o mbito do motivo.Pode ter efeito extensivo Art. 580 do CPP. (beneficiar outros rus).Suspenso ou interrupo do prazo de outros recursos.Aplica-se o art. 538 do CPP, por analogia, ou seja aplica-se o efeito INTERRUPTIVO.Na interrupo o prazo comea do zero. A interrupo vale para ambas as partes.Na lei 9.099 os embargos tem efeito suspensivo, art. 83, 2.No STJ e no STF tem efeito suspensivo.Art. 339 do RI-STF e art. 265, caput, do RI-STJ.EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADEArt. 609, , do CPP.Hiptese: quando no for unanime a deciso de segunda instncia, que for prejudicial ao ru. (Dois condenam e um vota para absolver).So privativos da DEFESAArt. 609. Os recursos, apelaes e embargos sero julgados pelos Tribunais de Justia, cmaras ou turmas criminais, de acordo com a competncia estabelecida nas leis de organizao judiciria. Pargrafo nico.Quando no for unnime a deciso de segunda instncia, desfavorvel ao ru, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que podero ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicao de acrdo, na forma do art.613. Se o desacordo for parcial, os embargos sero restritos matria objeto de divergncia.Embargos infringentes so quando o que se quer atacar o direito material.Embargos de Nulidade quando a matria que se ataca de direito processualDuplo aspecto: natureza da deciso recorrida.Juizado Especial:No se admite embargos infringentes e embargos de nulidade. Pois no so rgos colegiados de segunda instncia. So somente juizes designados.Art. 197 da LEP: Na execuo penal somente cabe agravo, e no possui efeito suspensivo. Em agravo de sede de execuo penal, art. 197 da LEP, havendo voto divergente da maioria, caber Embargos Infringentes de Nulidade.Por qu? Pois como ele no tem procedimento explicitado na lei, e como ele parecido com o RSE, segue o mesmo procedimento do RSE.Os Embargos podem ser de decises com divergncia TOTAL ou PARCIAL. O que vai delimitar o debate.A divergncia pode ser tanto de uma questo preliminar quanto de mrito.Parte mais crucial: A divergncia somente pode ser em relao a CONCLUSO do voto. (condeno ou absolvo, e no os motivos, mas a prpria deciso). Ou seja, a fundamentao pode ser divergente, mas se o voto for igual, no cabe embargos.Exceo: Se o interesse jurdico for em efeitos civis admite-se embargos em relao a fundamentao. Art. 386 do CPP. Ex: Dois votos absolvem com fundamentam no inciso VI. E um voto absolve com fundamento no inciso I. Ou seja, nesse caso, cabe os Embargos, pois se o ru fosse absolvido com base no inciso I, ele no teria obrigaes CIVEIS. Mas absolvido com base no inciso VI, o ru pode ser condenado na esfera cvel. mais vantajoso para o ru ser absolvido com base no inciso I.Tempestividade:Art. 609 do CPP: 10 dias a contar da intimao da deciso.Art. 498 do CPC: Aplica-se analogamente. Ainda que seja embargado somente parte da deciso, em tese entende-se que poderia se executar a parte no embargada. No entanto, o professor entende que por analogia do artigo 498 do CPC, suspende-se toda a deciso.

Procedimento: o da apelao ordinria Art. 603 do CPP.Tem contrarrazes. A parte intimada para contrarrazoar.Endereado ao Relator.Deve ser escrito, no pode ser oral.Razes dos Embargos:Pode simplesmente invocar que a deciso tem divergncia. As razes no precisam ter mais do que isso.Efeitos:Efeito Devolutivo: adstrito ao mbito do voto divergente.Efeito Suspensivo: todo recurso possui efeito suspensivo, exceto quando a lei vedar expressamente. Ou seja, nesse caso possui efeito suspensivo sim.Quem vai julgar? necessrio que sejam julgados por colegiados superiores da mesma instncia.Mas quem so eles? Na justia estadual, esses colegiados so chamados de GRUPO CRIMINAL. Na justia federal, esses colegiados so chamados de SEO CRIMINAL.Deve-se ler o regimento interno do TJ ou do STF, o qual informar como dever ser estabelecido o GRUPO ou a SEO. Deve ser previamente estabelecido no regimento.Somente vedado que seja o mesmo relator.Tambm possui efeito suspensivo com base no artigo 580 do CPP. 22.05.2015Carta TestemunhvelServe para levar a conhecimento do rgo adquem uma deciso do rgo ad quo que denegou o recurso ou no lhe deu seguimento. Um doutrinador apenas entende que a Carta Testemunhvel no recurso. Mas a posio majoritria de que recurso.O recorrente se chama testemunhante o recorrido testemunhado. A carta testemunhvel recurso subsidirio. Se no for caso de RSE ai sim aplica-se a Carta Testemunhvel.Cabe a Carta Testemunhvel:a) de deciso que denegar RSEb) da deciso que denega agravo em execuo penal art. 197 da Lei 7210 (o rito do agravo o rito do RSE. Apelao cabe RSE art. 581, XV do CPP Agravo Regimental da deciso que denegar Embargos Infringentes. Se o juiz de primeiro grau no recebe utiliza-se Habeas Corpus. Da negativa de recebimento de recurso especial e recurso extraordinrio cabe Agravo Lei 8038 art. 28. Carta TestemunhvelPrazo 48 horas da intimao da deciso art. 640 do CPP.Rito o do art. 640 e 641O instrumento da Carta Testemunhvel formado em primeiro grau. Aps observa-se o art. 643 ou seja, o rito do recurso em sentido estrito.Cabe juzo de retratao pelo juiz. O tribunal ainda pode decidir o recurso denegado se entender suficientemente instrudo. Art. 644 do CPP. O efeito devolutivo, ampliado. No tem efeito suspensivo art. 646 do CPP.Correio Parcial o recurso para que os tribunais reformem uma deciso que cause tumulto ao regular desenvolvimento do processo. A correio parcial tem uma finalidade administrativa disciplinar, Ex: chamar ateno do juiz porque est transcendendo os limites da atividade dele. um recurso subsidirio, s cabvel quando no for cabvel outro recurso especfico. Recurso Especial n. 145.560Busca corrigir error in procedendo. Regimento Interno do Tribunal Regional da 4 RegioA correio parcial est estabelecida no art. 463.Aqui alm da questo do tumulto, h uma possibilidade de interpor por paralisao injustificada ou dilao abusiva de prazo. Ex: prazo de 80 dias para resposta do ru. possvel essa correio para desembargadores federais e a juzes federais. Prazo 5 dias art. 263.COJEArt. 145 estabelece a Correio.Deixa expresso ser a correio ser subsidiria.Prazo de 5 dias. Art. 195, 2.Exemplos de casos:No envio de IP Polcia para novas diligncias requeridas pelo MP; Falta de apreciao do pedido de arquivamento do IP;Encerramento da instruo sem oitiva de testemunhas.O entendimento do STJ no sentido de que no cabe Correio Parcial de decises de colegiado. cabvel apenas de decises monocrticas de desembargadores e juzes de direito.Tem efeito devolutivo e no tem efeito suspensivo via de regra.Recurso Agravo em Execuo PenalArt. 197 da LEPNo tem procedimento previsto por isso se aplica o procedimento do RSE.Sumula 700 STF prazo Cabe retratao.Legitimidade DPE, MP, o preso (por meio de advogado), parente do preso (por meio do advogado).Recurso Especial e Recurso ExtraordinrioRecurso Extraordinrio art. 102, III da CFRecurso Especial art. 105, III da CFSo recursos extraordinrios s tratam de questo de direito, cuja hiptese de cabimento esteja expressa. Alm disso, so extraordinrios porque a questo somente pode ser de natureza constitucional (REXT) ou de direito federal infraconstitucional e uniformizao de jurisprudncia (RESP).O recurso extraordinrio visa preservar a autoridade e integridade da Constituio Federal. O recurso especial busca preservar a autoridade da legislao federal e a uniformidade da jurisprudncia. Eles no buscam realizar justia no caso concreto, mas sim tutelar o direito objetivo. No busca tutelar direito especfico de determinada pessoa.Recurso Especial necessrio que a deciso impugnada tenha sido julgada por Tribunal de Justia ou TRFDecises da Justia Eleitoral e Decises da Justia Militar no podem ser impugnadas por Recurso EspecialNo cabe recurso especial de decises proferidas pelos rgos colegiados de Juizado Especial Criminal.Sumula 203 do STJNo cabe RESP e REXT de decises de juzes de primeiro grau. Somente pode ter esses recursos se todas as instncias ordinrias tiverem sido supridas, esgotadas. No se trata de um terceiro grau de jurisdio.Recurso Extraordinrio no depende do rgo que emane ela. Posso ter REXT de deciso do STM, TST, TSE.Posso ter Recurso Extraordinrio de uma deciso das Turmas Recursais do Juizado Especial Criminal. Sumula 640 STFEu interponho o RESP e REXT a um tribunal, ao Presidente do Tribunal.Se for REXT de deciso do JEC eu interponho para o Presidente das Turmas Recursais do JECRIM.Causas Decididas: no h limitao quanto a natureza do processo. Causas decididas em ultima instncia o que basta. No importa se Cautelar ou Principal.Conhecimento e Execuo Cautelar: No h limitao quanto ao objeto do processo.Em inconstitucionalidade de processo administrativo no cabe REXP, cabe ao judicialQuestes de Direito: No cabe discusso acerca de direito estadual, direito municipal e ato administrativo. No cabe para impugnao de matria ftica. Reexame de prova vedado, est excludo de apreciao por RESP E REXT.Sumula 279 do STF e Sumula 7 do STJConceitos Jurdicos Indeterminados: Funcionrio Pblico, Justa Causa, Boa-F so passveis de discusso por REXT. PR-questionamento: um tratamento. Sumula 282 STFSignifica que a questo que se amolda a uma hiptese tenha sido analisada na deciso recorrida. No basta que tenha sido arguida durante o processo (tratamento).No segundo grau usa os embargos de declarao. O STF exige pr questionamento explcito meno da hiptese constitucional no acrdo, o artigo escrito. O STJ se contenta que no se mencione a lei, basta que o acrdo trate da questo.29.05.15RECURSO EXTRAORDINRIO: (e recurso especial so chamados de recursos extraordinrios, s permitem a anlise do fato. J os ordinrios permitem analise de fato e de direito).- Hipteses: art. 102, III, CFGrande hiptese, contendo 4 pequenas hipteses.a) Contrariar dispositivo da CF -> recurso extraordinrio Lei federal -> recurso especialEstes recursos trabalham com a norma objetiva, no servem para fazer justia ao caso concreto.Art. 543 CPCSmula 400 STF (art. 102, III, CF erro na smula)QUAL O RECURSO CABVEL DE UMA PROVA ILCITA ADMITIDA NO PROCESSO?RECURSO ESPECIAL (depois de esgotados os demais).*Ocorre muitas vezes que princpios constitucionais esto concretizados em normas infraconstitucionais, de tal forma, ocorreria uma violao simultnea de constituio e de lei. Em tese aplica-se o art. 543 CPC, eis que vedada a fungibilidade. Ocorre que o STF vem entendendo (sumula 400) que, se o princpio constitucional violado estiver regulamentado por lei, no cabe recurso extraordinrio.b) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.* Acontece quando um rgo diverso do STF declara a inconstitucionalidade de lei ou tratado (ltima palavra sempre do STF).A inconstitucionalidade nem sempre versa sobre a matria, pode ser em razo do procedimento.c) Julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio.d) Julgar vlida lei local contestada em face de lei federal.- Repercusso geral:Art. 102, 3, CF (sublinhar no cod.= termos da lei, tribunal examine) requisito de admissibilidade. questo formal. Na pea de recurso deve haver um tpico chamado da repercusso geral. Se no tive, ser denegado.Art. 543, a, CPC1No PP mais fcil argumentar repercusso geral, pois matria de ordem publica, por exemplo, casos de nulidade (absoluta: atinge a CF, matria de ordem pblica).*Materialmente, ela est no art. 543, a, 1 e 3, CPC. Trata-se de exigncia formal e fundamentada das questes constitucionais discutidas. Ocorre por preliminar. A anlise da repercusso geral exclusiva do STF. uma deciso preliminar.RI-STF art. 323 e 324*Negada repercusso geral, a deciso vale para todos os recursos sobre matria idntica. Tanto os recursos sobrestados como os futuros. Eles sero indeferidos liminarmente.Mas e a mutabilidade da interpretao da lei? enquanto o entendimento existir.Art. 543, a, 5, CPC situao fixa e imutvel at que no seja revisada a tese. Salvo reviso de tese.A deciso acerca de inexistncia de repercusso geral irrecorrvel. Art. 326, RI-STF cc 543, a, caput, CPC.-RECURSO ESPECIAL:- Hipteses: art. 105, III, CFa) Competncia da Unio. Entende-se que decretos tambm entrariam.Smula 399 STFc) o dissdio jurisprudencial.*Deve haver prova de divergncia jurisprudencial.Art. 541 CPP (meios eletrnicos, anexar votos, acrdos, etc)Deve haver a demonstrao analtica de divergncia. entre tribunais distintos.*Prazo comum para recurso especial e recurso extraordinrio 15 dias art. 26, lei 8038.No se prev efeito suspensivo.STF entende que recurso extraordinrio em material criminal tem efeito suspensivo. (deve ser requerido)HC n 84078/MG-STF*segurana da coisa julgada e valor de justia.- REVISO CRIMINAL:Est includo como recurso, mas no . ao autnoma. No cabe reviso criminal em favor da sociedade, em desfavor do ru. Rever deciso mal aplicada.- Hipteses: art. 621 CPP.- Aspectos: ao de impugnao, no recuso. O processamento e o julgamento da reviso criminal competncia originaria do Tribunal.O primeiro grau est fora do julgamento. No submetido a prazos.Ataca a imutabilidade da coisa julgada, em nome da justia (exigncia individual do cidado).*Ataca a sentena condenatria de juiz singular, ou deciso do tribunal do jri. Tambm desconstitui acrdos condenatrios.*Sentena absolutria, ou acrdo, improprio = que aplica medida de segurana. Cabe reviso criminal. Pode ser rescindida. medida excepcional, os casos so aqueles expressamente previstos em lei.- Casos: art. 621 CPPI- (sublinhar lei penal, evidncia)Lei penal * bem como CF que atinge direito penal e processual penal. * Direito penal * Direito processual penalTambm se aplica a atos normativos atinentes ao direito penal.Art. 626 CPPAntagonismo entre a deciso condenatria e o contexto probatrio. Esse antagonismo deve ser divorciado dos elementos do processo.Continuao de Reviso Criminal... art. 621 e ss do CPP.O ltimo tribunal que julgou no processo ser competente para julgar a reviso criminal.Mas e se tiver recurso no STJ e STF, mas eu fui condenado em primeiro grau, a reviso criminal dever ser dirigida ao juzo condenou. S ser dirigida ao STF ou STJ se estes rgos tiverem condenado.Art.621.A reviso dos processos findos ser admitida: I-quando a sentena condenatria for contrria ao texto expresso da lei penal ou evidncia dos autos; II-quando a sentena condenatria se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;Como se comprova que o documento falso? Os tribunais exigem a PROVA PRCONSTITUDA, significa que no existe instruo (igual no HC).Deve-se levar a termo um fato com o fim de se fazer prova. Deve-se manejar uma ao cautelar de justificao para levar a termo. Art. 861 do CPC:. Quem pretender justificar a existncia de algum fato ou relao jurdica, seja para simples documento e sem carter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, expor, em petio circunstanciada, a sua inteno.Diferentemente do que a Reviso criminal, a Ao de justificao dever ser feita no primeiro grau. A ao de Justificao dever ser feita na justia criminal.Na reviso criminal eu tenho que prova o nexo causal. Ex: tenho que provar que aquela percia, prova, depoimento falso tem ligao com a condenao do ru, que ela influenciou. III-quando, aps a sentena ou acrdo, se descobrirem novas provas de inocncia do condenado ou de circunstncia que determine ou autorize diminuio especial da pena.Ou seja, devem ser provas que surgiram depois da ao ou que no se tinha conhecimento no momento da ao.No precisa-se necessariamente pedir a absolvio mas tambm a diminuio de pena.Nesse caso, tbm precisa-se fazer a Ao de Justificao.Art.622.A reviso poder ser requerida em qualquer tempo, antes da extino da pena ou aps. Pargrafo nico.No ser admissvel a reiterao do pedido, salvo se fundado em novas provas.A reviso criminal somente poder ser utilizada UMA NICA VEZ.No h recurso.Art.623.A reviso poder ser pedida pelo prprio ru ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do ru, pelo cnjuge, ascendente, descendente ou irmo.Quando o ru j morreu, os sucessores podero fazer no intuito de resgatar o bom nome.COMPETNCIA:Art. 624. As revises criminais sero processadas e julgadas: I-pelo Supremo Tribunal Federal, quanto s condenaes por ele proferidas; II-pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justia ou de Alada, nos demais casos. 1oNo Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e julgamento obedecero ao que for estabelecido no respectivo regimento interno 2oNos Tribunais de Justia ou de Alada, o julgamento ser efetuado pelas cmaras ou turmas criminais, reunidas em sesso conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso contrrio, pelo tribunal pleno. 3oNos tribunais onde houver quatro ou mais cmaras ou turmas criminais, podero ser constitudos dois ou mais grupos de cmaras ou turmas para o julgamento de reviso, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento interno.Ou seja, as revises criminais so julgadas por rgos colegiados das respectivas cmaras e turmas. Art.625.O requerimento ser distribudo a um relator e a um revisor, devendo funcionar como relator um desembargador que no tenha pronunciado deciso em qualquer fase do processo.Ou seja, este artigo serve para aqueles casos em que um juiz de primeiro graus vira desembargador.A reviso criminal no possui efeito suspensivo, pois no recurso. Diante de no possuir efeito suspensivo, os tribunais, quando verificada latentemente que a pessoa inocente, concede HABEAS CORPUS DE OFCIO. 1oO requerimento ser instrudo com a certido de haver passado em julgado a sentena condenatria e com as peas necessrias comprovao dos fatos argidos. 2oO relator poder determinar que se apensem os autos originais, se da no advier dificuldade execuo normal da sentena. 3oSe o relator julgar insuficientemente instrudo o pedido e inconveniente ao interesse da justia que se apensem os autos originais, indeferi-lo-in limine, dando recurso para as cmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art.624, pargrafo nico). 4oInterposto o recurso por petio e independentemente de termo, o relator apresentar o processo em mesa para o julgamento e o relatar, sem tomar parte na discusso. 5oSe o requerimento no for indeferidoin limine, abrir-se- vista dos autos ao procurador-geral, que dar parecer no prazo de dez dias. Em seguida, examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor, julgar-se- o pedido na sesso que o presidente designar. Art.626.Julgando procedente a reviso, o tribunal poder alterar a classificao da infrao, absolver o ru, modificar a pena ou anular o processo.No entanto, a nova deciso no poder ser mais gravosa que a originariamente desconstituda. Pargrafo nico.De qualquer maneira, no poder ser agravada a pena imposta pela deciso revista. Art.627.A absolvio implicar o restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da condenao, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de segurana cabvel. Art.628.Os regimentos internos dos Tribunais de Apelao estabelecero as normas complementares para o processo e julgamento das revises criminais. Art.629. vista da certido do acrdo que cassar a sentena condenatria, o juiz mandar junt-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da deciso. Art.630.O tribunal, se o interessado o requerer, poder reconhecer o direito a uma justa indenizao pelos prejuzos sofridos. 1oPor essa indenizao, que ser liquidada no juzo cvel, responder a Unio, se a condenao tiver sido proferida pela justia do Distrito Federal ou de Territrio, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justia. 2oA indenizao no ser devida: a) se o erro ou a injustia da condenao proceder de ato ou falta imputvel ao prprio impetrante, como a confisso ou a ocultao de prova em seu poder; b) se a acusao houver sido meramente privada.Trata da Ao Penal EXCLUSIVAMENTE Privada. Ou seja, da ao penal privada subsidiaria da pblica, haver indenizao.Se o impetrante no concordar com o valor fixado, ele poder pleitear civilmente um valor maior.A responsabilidade civil do Estado OBJETIVA. Art.631.Quando, no curso da reviso, falecer a pessoa, cuja condenao tiver de ser revista, o presidente do tribunal nomear curador para a defesa.HABEAS CORPUSApesar de HC estar no rol dos Recursos ele no recurso.Habeas corpus significa D-me o corpo.Diferena entre HC e Mandado de Segurana: no Mandado, pode ter no polo passivo um particular. Habeas corpus para trancar inqurito policial e ao penal, tbm de deciso que denegou o recebimento de agravo.Qual a iminncia nesses casos? Art. 5 LXVIII - conceder-se-habeas corpussempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder; Ou seja, no precisa ser iminncia basta a ameaa de restrio de locomoo. Por isso, se justifica o HC para trancar o inqurito policial e ao penal.Ou seja, se o ato poder, no futuro, manejar a priso caber o HC.Art.647.Dar-se-habeas corpussempre que algum sofrer ou se achar na iminncia de sofrer violncia ou coao ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punio disciplinar, quando a deciso versar sobre justia ou sobre mrito.EXCEO: No entanto, poder se manejar HC diante de punies disciplinares, se versar a ilegalidade da medida, incompetncia de autoridade, inobservncia de formalidade, falta de respeito a ampla defesa, excesso de prazo.O HC tbm poder ser feito no Estado de Stio, previsto na CF. Art.648.A coao considerar-se- ilegal: I-quando no houver justa causa; II-quando algum estiver preso por mais tempo do que determina a lei; III-quando quem ordenar a coao no tiver competncia para faz-lo; IV-quando houver cessado o motivo que autorizou a coao; V-quando no for algum admitido a prestar fiana, nos casos em que a lei a autoriza; VI-quando o processo for manifestamente nulo; VII-quando extinta a punibilidade. Art.649.O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdio, far passar imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora. Art.650.Competir conhecer, originariamente, do pedido dehabeas corpus: I-ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art.101, I,g, da Constituio; II-aos Tribunais de Apelao, sempre que os atos de violncia ou coao forem atribudos aos governadores ou interventores dos Estados ou Territrios e ao prefeito do Distrito Federal, ou a seus secretrios, ou aos chefes de Polcia. 1oA competncia do juiz cessar sempre que a violncia ou coao provier de autoridade judiciria de igual ou superior jurisdio. 2oNo cabe ohabeas corpuscontra a priso administrativa, atual ou iminente, dos responsveis por dinheiro ou valor pertencente Fazenda Pblica, alcanados ou omissos em fazer o seu recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado de prova de quitao ou de depsito do alcance verificado, ou se a priso exceder o prazo legal. Art.651.A concesso dohabeas corpusno obstar, nem por termo ao processo, desde que este no esteja em conflito com os fundamentos daquela. Art.652.Se ohabeas corpusfor concedido em virtude de nulidade do processo, este ser renovado. Art.653.Ordenada a soltura do paciente em virtude dehabeas corpus, ser condenada nas custas a autoridade que, por m-f ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coao. Pargrafo nico.Neste caso, ser remetida ao Ministrio Pblico cpia das peas necessrias para ser promovida a responsabilidade da autoridade.LEGITIMIDADE: Art.654.Ohabeas corpuspoder ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministrio Pblico. 1oA petio dehabeas corpusconter: a) o nome da pessoa que sofre ou est ameaada de sofrer violncia ou coao e o de quem exercer a violncia, coao ou ameaa; b) a declarao da espcie de constrangimento ou, em caso de simples ameaa de coao, as razes em que funda o seu temor; c) a assinatura do impetrante, ou de algum a seu rogo, quando no souber ou no puder escrever, e a designao das respectivas residncias. 2oOs juzes e os tribunais tm competncia para expedir de ofcio ordem dehabeascorpus, quando no curso de processo verificarem que algum sofre ou est na iminncia de sofrer coao ilegal. Art.655.O carcereiro ou o diretor da priso, o escrivo, o oficial de justia ou a autoridade judiciria ou policial que embaraar ou procrastinar a expedio de ordem dehabeas corpus, as informaes sobre a causa da priso, a conduo e apresentao do paciente, ou a sua soltura, ser multado na quantia de duzentos mil-ris a um conto de ris, sem prejuzo das penas em que incorrer. As multas sero impostas pelo juiz do tribunal que julgar ohabeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciria, caso em que caber ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelao impor as multas. Art.656.Recebida a petio dehabeas corpus, o juiz, se julgar necessrio, e estiver preso o paciente, mandar que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar. Pargrafo nico.Em caso de desobedincia, ser expedido mandado de priso contra o detentor, que ser processado na forma da lei, e o juiz providenciar para que o paciente seja tirado da priso e apresentado em juzo. Art.657.Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusar a sua apresentao, salvo: I-grave enfermidade do paciente; Il-no estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a deteno; III-se o comparecimento no tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal. Pargrafo nico.O juiz poder ir ao local em que o paciente se encontrar, se este no puder ser apresentado por motivo de doena. Art.658.O detentor declarar ordem de quem o paciente estiver preso. Art.659.Se o juiz ou o tribunal verificar que j cessou a violncia ou coao ilegal, julgar prejudicado o pedido. Art.660.Efetuadas as diligncias, e interrogado o paciente, o juiz decidir, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas. 1oSe a deciso for favorvel ao paciente, ser logo posto em liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido na priso. 2oSe os documentos que instrurem a petio evidenciarem a ilegalidade da coao, o juiz ou o tribunal ordenar que cesse imediatamente o constrangimento. 3oSe a ilegalidade decorrer do fato de no ter sido o paciente admitido a prestar fiana, o juiz arbitrar o valor desta, que poder ser prestada perante ele, remetendo, neste caso, autoridade os respectivos autos, para serem anexados aos do inqurito policial ou aos do processo judicial. 4oSe a ordem dehabeas corpusfor concedida para evitar ameaa de violncia ou coao ilegal, dar-se- ao paciente salvo-conduto assinado pelo juiz. 5oSer incontinenti enviada cpia da deciso autoridade que tiver ordenado a priso ou tiver o paciente sua disposio, a fim de juntar-se aos autos do processo. 6oQuando o paciente estiver preso em lugar que no seja o da sede do juzo ou do tribunal que conceder a ordem, o alvar de soltura ser expedido pelo telgrafo, se houver, observadas as formalidades estabelecidas no art.289, pargrafo nico, in fine, ou por via postal. Art.661.Em caso de competncia originria do Tribunal de Apelao, a petio dehabeas corpusser apresentada ao secretrio, que a enviar imediatamente ao presidente do tribunal, ou da cmara criminal, ou da turma, que estiver reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. Art.662.Se a petio contiver os requisitos do art.654, 1o, o presidente, se necessrio, requisitar da autoridade indicada como coatora informaes por escrito. Faltando, porm, qualquer daqueles requisitos, o presidente mandar preench-lo, logo que Ihe for apresentada a petio. Art.663.As diligncias do artigo anterior no sero ordenadas, se o presidente entender que ohabeas corpusdeva ser indeferidoin limine. Nesse caso, levar a petio ao tribunal, cmara ou turma, para que delibere a respeito. Art.664.Recebidas as informaes, ou dispensadas, ohabeas corpusser julgado na primeira sesso, podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sesso seguinte. Pargrafo nico.A deciso ser tomada por maioria de votos. Havendo empate, se o presidente no tiver tomado parte na votao, proferir voto de desempate; no caso contrrio, prevalecer a deciso mais favorvel ao paciente. Art.665.O secretrio do tribunal lavrar a ordem que, assinada pelo presidente do tribunal, cmara ou turma, ser dirigida, por ofcio ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro ou autoridade que exercer ou ameaar exercer o constrangimento. Pargrafo nico.A ordem transmitida por telegrama obedecer ao disposto no art.289, pargrafo nico,in fine. Art.666.Os regimentos dos Tribunais de Apelao estabelecero as normas complementares para o processo e julgamento do pedido dehabeas corpusde sua competncia originria. Art.667.No processo e julgamento dohabeas corpusde competncia originria do Supremo Tribunal Federal, bem como nos de recurso das decises de ltima ou nica instncia, denegatrias dehabeas corpus, observar-se-, no que Ihes for aplicvel, o disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do tribunal estabelecer as regras complementares.Atualmente, vige o entendimento de que no cabe HC de denegao de HC anterior (HC do HC) devendo ser usado o recurso especfico Recurso Ordinrio em HC ROHC. Art. 102, II, a e art 105, II, a da CF.Procedimento: Lei 8038, art. 30 a 32. Ele destinado a impugnar decises impugnatrias ou de no conhecimento de HC por Tribunal. Ou seja, no h o HC substitutivo.Jurisprudncia: HC 109956/PR, julgado em 2012.Art. 7, caput, e III da Lei 12.016 9lei do mandado de segurana No h previso legal para a concesso de antecipao de tutela no HC. No entanto, usa-se analogamente a lei no mandado de segurana, onde h a possibilidade. H a interveno do MP somente no 2 grau.O querelante pode intervir no HC para intervir na ao penal. Entendimento do STF.