direito processual civil iv aula 7

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV Professor Fabiano Manquevich de Lima [email protected] http://www.professorfabianolima.blogspot.com.br/ 1

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Page 1: Direito processual civil iv   aula 7

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

Professor Fabiano Manquevich de Lima

[email protected]

http://www.professorfabianolima.blogspot.com.br/

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ARROLAMENTO DE BENS

Tem por receio o extravio ou de dissipação de bens (CPC, art. 855)

Consiste na enumeração de bens da parte contrária, e na sua entrega a um depositário, que zelará pela sua conservação.

DIFERE doSEQUESTRO – que busca preservar o bem objeto

do litígio;ARRESTO – que busca preservar bens para a

garantia de determinada dívida

ARROLAMENTO é uma UNIVERSALIDADE de bens

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ARROLAMENTO

EXEMPLO: um herdeiro teme que o inventariante se desfaça indevidamente de qualquer bem da herança, ou se um dos cônjuges, durante a separação, quer que fique retratado o patrimônio comum, para uma futura partilha, e que os bens sejam preservados, a ação adequada será o arrolamento.

Quem pode requerer – art. 856:

§ 1º quem tem direito reconhecido ou quem tem expectativa de direito;

§2º arrecadação de herança – que é o caso de não existência de herdeiros – e aí ocorre o arrolamento. Do contrário, o credor pode promover o arresto de bens do espólio para evitar dilapidação.

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PROTESTO, NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃOManifestação da vontade

Protesto – afirmar a titularidade de um direito ou manifestar a intenção de exercê-lo

Notificação – Comunicação de um fato determinado

Interpelação – busca a produção de um efeito jurídico a partir de uma ação ou omissão do interpelado.

PARA QUE SERVE: PARA PRESERVAR RESPONSABILIDADES, CONSERVAR E RESSALVAR DIREITOS.

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EXEMPLOS DE PROTESTOS, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES

1. Constituição em mora – Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.

Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.

Mora ex personae – falta de termo certoMora ex re – quando há termo certo2. Interrupção da prescrição – art. 202, II e III

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ATENTADO

Art. 879FINALIDADE: Coibir a inovação ilegal do estado do

litígio, removendo o ato ilícito e seus efeitos – art. 881

É mais satisfativa que cautelar, pois não precisa de outra ação. É repressiva, pois previne a inovação ilegal do estado fático-jurídico da causa.

É incidental

Ex. prosseguimento da obra embargada. Ex. 2. violação do arresto, sequestro, penhora.

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DIREITO ADMINISTRATIVO, CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR DE ATENTADO NOS AUTOS DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONTRATO ADMINISTRATIVO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EMERGENCIAL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA INOCORRÊNCIA. ATENTADO CONFIGURADO.

1. A participação em contrato firmado em reconhecido descumprimento a ordem judicial torna a parte legítima para figurar no pólo passivo da ação de atentado, sendo, ainda, sua participação obrigatória no restabelecimento do estado fático da causa.

2. O julgamento antecipado da lide não representa cerceamento de defesa se da prova documental sobressaem todos os elementos de fato e de direito necessários à completa compreensão da matéria posta em debate. Ademais, o Juiz, na condução do processo, não está obrigado a deferir outros requerimentos de produção de prova se prescindíveis para a formação de seu convencimento.

3. Comete atentado a parte que no curso do processo: I - viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse; II - prossegue em obra embargada; III - pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato (CPC: art. 879).

4. Configura-se como atentado a celebração, pela Secretaria de Comunicação Social do Distrito Federal, de contrato para prestação de serviços publicitários e de propaganda para toda a estrutura burocrática do GDF, na vigência de ordem judicial vedando a prestação de tais serviços de forma centralizada.

(Acórdão n.407336, 20030110186539APC, Relator: DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI, Revisor: CRUZ MACEDO, 4ª Turma Cível, Data de Julgamento: 24/02/2010, Publicado no DJE: 08/03/2010. Pág.: 185)

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CAUTELAR DE ATENTADO. INTERESSE PROCESSUAL. DESTRUIÇÃO DE MARCO DIVISÓRIO. INOVAÇÃO ILEGAL. SENTENÇA MANTIDA.1 - Encontrando-se em trâmite Feito no qual se discute proteção possessória de imóvel, remanesce interesse processual a qualquer de suas partes para manejar ação de atentado visando ao restabelecimento do estado de fato anterior.2 - A destruição de marco divisório configura ilegal alteração no estado de fato, nos termos do inciso III do art. 879 do CPC, porquanto os limites territoriais da área litigiosa constituem matéria concernente ao mérito do processo principal pendente de julgamento.Apelação Cível desprovida. (Acórdão n.328093, 20070810000144APC, Relator: ANGELO CANDUCCI PASSARELI, Revisor: ANTONINHO LOPES, 2ª Turma Cível, Data de Julgamento: 29/10/2008, Publicado no DJE: 10/11/2008. Pág.: 99)