direito processual civil

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Direito Processual Civil

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    JURISDIO

    Deve-se entender por jurisdio a parcela do poder do Estado entregue aos diversos

    rgos do Poder Judicirio, pela qual lhes compete dizer o direito, dando a adequada

    interpretao s normas jurdicas e, por consequncia, a soluo ao conflito trazido pelas partes,

    bem como fazendo valer, pela fora, a soluo dada ao caso concreto (execuo das decises

    proferidas).

    1. Contenciosa: jurisdio, pressupe lide;

    2. Voluntria: " a administrao pblica dos interesses privados". Existem situaes

    em que a despeito de no haver conflito o estado deseja intervir na esfera

    jurdica das partes para que se produzam seus regulares efeitos (separao consensual,

    interdio).

    Contenciosa Voluntria

    Lide Ausncia de lide

    Parte (parcial cada um busca o seu interesse) Interessados

    Substitutiva (o Estado substitui subroga a

    vontade das partes)

    Integrativa (o Estado integra a vontade dos

    interessados)

    Qualquer tipo de sentena (declaratria,

    constitutiva, condenatria, etc.)

    Sentena homologatria

    Gera coisa julgada No faz coisa julgada (art. 111 CC), pois no h

    conflito, no h o que se tornar imutvel

    Ao rescisria (art. 485, CPC) Ao anulatria (art. 486, CPC)

    - Caractersticas

    Inafastabilidade: (art. 5, XXXV), a lei no excluir da apreciao do poder judicirio leso ou

    direito; (art. 126 do CPC)

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    Juiz natural: um juiz previamente investido no cargo, sendo vedado tribunal de exceo.

    Imparcialidade: art.134, CPC Impedimento; art. 135, CPC Suspeio nas duas hipteses h o

    afastamento. Se provar de plano que o juiz no pode julgar a causa o caso de impedimento. Se

    demandar dilao probatria o caso de suspeio.

    Inrcia: art. 2 e 262 CPC, o juiz s age quando provocado. Exceo: inventrio (art. 989, CPC),

    interesses do Estado na herana jacente, herana vacante.

    COMPETNCIA

    A Competncia nada mais do que o exerccio do Poder de julgar de forma organizada, e

    essa organizao deve ser estabelecida por norma jurdica. A jurisdio uma funo do poder

    estatal, exercida sobre todos aqueles subordinados ao Estado.

    Critrios

    1. Material: cvel, penal, etc.;

    2. Funcional: hierrquica (1 grau, 2 grau, Tribunais)

    3. Territorial: estadual, federal, etc.;

    4. Valor da causa: Rito sumrio, juizado especial, etc.;

    5. Em razo da pessoa.

    As competncias material e funcional so absolutas; a territorial e a em razo valor

    da causa so relativas.

    Absoluta (material e funcional) Relativa (territorial e valor da causa)

    Juiz reconhece de ofcio (113, CPC) - Remete para a

    vara competente.

    O juiz no pode reconhecer de ofcio (Smula 33, STJ);

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    Ao de objeo: (instrumento para legar incompetncia

    absoluta);

    Pode ser questionada a qualquer momento, inclusive

    depois do transito em julgado, por ao rescisria (485, II,

    CPC);

    Pode ser arguida em preliminar de contestao (301 II);

    Exceo de incompetncia no prazo de 15 dias

    (preclusivo)

    parte no opuser exceo de incompetncia ocorre

    PRORROGAO DA COMPETNCIA (art. 114 CPC).

    Exceo:

    Contrato de adeso em que se verificar a abusividade da

    clusula de eleio de foro (art. 112, nico, CPC).

    As partes no podem derrogar (escolher o foro de eleio) As partes podem derrogar

    Exceo: quando o valor da causa exigir juizado

    especial federal ou juizado da fazenda pblica as partes

    no podem derrogar (a competncia absoluta). Apenas

    no juizado especial cvel a competncia relativa.

    Conflitos de Competncia

    Os conflitos podem ocorrer tanto no caso de competncia absoluta, quanto relativa.

    Ocorre que, quando dois magistrados declaram-se competentes para o processo e julgamento da

    causa, teremos um conflito positivo de competncia, contudo, quando ambos se dizem

    incompetentes, teremos um conflito negativo de competncia. O conflito sempre ser suscitado

    em nome do presidente do Tribunal competente; pelas partes, pelo prprio Juiz ou pelo

    Ministrio Pblico.

    ATENO: importante o estudo dos arts. 102 a 126 da CF/ 88, pois disciplinam a principal parte da

    distribuio de competncias ao Poder Judicirio. Ateno especial aos artigos 102, 105 e 109 referentes

    ao STF, STJ e Justia Federal.

    Hipteses de modificao

    - Conexo: Aes ajuizadas com mesmo objeto ou causa de pedir;

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    - Continncia: Aes ajuizadas com mesmas partes e causa de pedir, o objeto de uma engloba o

    da outra.

    - Soluo: Juzo competente aquele que determinou a citao em primeiro lugar.

    SUJEITOS DO PROCESSO

    Os sujeitos envolvidos na relao jurdica processual so:

    1) Juiz

    Trata-se do agente estatal imparcial, dotado de poder para solucionar o conflito e fazer

    valer sua deciso. Ademais, tambm compete ao Juiz apreciar livremente a prova, indicando os

    motivos que lhe formaram convencimento.

    - Impedimento e Suspeio:

    O impedimento e a suspeio diferenciam-se de acordo com o nvel de comprometimento

    que o juiz tem com a causa, podendo prejudicar sua imparcialidade. As causas de impedimento e

    suspeio so elencadas respectivamente nos arts. 134 e 135 do CPC. So regras de impedimento

    para processo e julgamento de ao: a) quando for parte do processo; b) quando tiver acionado no

    processo como mandatrio da parte, perito, rgo do Ministrio Pblico ou testemunha; c)

    quando conheceu do processo em primeiro grau, no podendo atuar como revisor; d) quando for

    mandatrio no processo seu cnjuge ou qualquer parente, consanguneo ou afim, de qualquer das

    partes, em linha reta, ou na colateral at o terceiro grau; e e) quando for rgo de administrao

    ou de direo de pessoa jurdica parte da causa.

    J as regras de suspeio so as seguintes: a) quando for amigo ntimo ou inimigo capital

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    de qualquer das partes; b) quando alguma das partes for sua credora ou devedora, de seu cnjuge

    ou parente de ambos, em linha reta ou colateral at o terceiro grau; c) quando for herdeiro

    presuntivo, donatrio ou empregador de alguma das partes; d) quando receber ddivas antes ou

    depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes sobre o objeto da causa ou

    subministrar meios para atender s despesas do litgio; e) quando for interessado no julgamento

    da causa em favor de uma das partes; ou f) por motivo ntimo.

    2) As Partes - Autor e Ru

    Atuaro nos polos ativo e passivo da ao, como as pessoas responsveis por apresentar o conflito

    perante o poder Judicirio (autor) e em face de quem a ao ajuizada, indicada como resistente

    pretenso deduzida em juzo (ru).

    - Capacidade para ser parte no processo:

    Toda pessoa que se acha no exerccio de seus direitos tem capacidade para estar em juzo (art. 7,

    CC). Os incapazes sero representados ou assistidos por seus representantes legais, na forma da lei civil

    (art. 8) e, no caso de no o possurem ou havendo conflito de interesses, o juiz nomear curador especial

    para a sua defesa (arts. 9, I), o mesmo se dando quanto ao ru preso e ao revel citado por edital ou com

    hora certa (art. 9, II). Ademais, importa destacar que caso o Juiz constate a incapacidade processual da

    parte, dever suspender o curso do processo.

    No caso de cnjuges, inicialmente nodependem do consentimento do outro para ajuizamento,

    exceto nas aes que versem sobre direitos reais imobilirios. Contudo, tal consentimento poder ser

    suprimido judicialmente quando negado sem justo motivo.

    - Capacidade para postular em juzo

    Primeiramente, no tocante s partes, por regra, devem se fazer representar em juzo por meio de

    advogado devidamente habilitado (por meio de mandato).

    Entretanto, podem postular em juzo os autores trabalhadores na Justia do Trabalho, autores nos

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    Juizados Especiais Cveis Estaduais e Federais, os advogados que litigam em causa prpria, ou ainda na

    hiptese de falta ou impedimento de advogado no lugar da demanda.

    ATENO:

    No confundir capacidade para ser parte do processo com capacidade processual: para figurar no polo

    ativo ou passivo da ao basta ter personalidade jurdica (arts. 2 e 45, do CC), enquanto que para deter

    capacidade processual necessria a existncia de capacidade de exerccio de seus direitos (arts. 3 e 4 ,

    do CC).

    Litisconsrcio

    O litisconsrcio pode ser ativo (vrios autores) ou passivo (vrios rus), sendo que as

    hipteses de ocorrncia encontram-se arroladas no art. 46 do CPC, vejamos:

    Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa

    ou passivamente, quando:

    I - entre elas houver comunho de direitos ou de obrigaes relativamente lide;

    II - os direitos ou as obrigaes derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;

    III - entre as causas houver conexo pelo objeto ou pela causa de pedir;

    IV - ocorrer afinidade de questes por um ponto comum de fato ou de direito.

    Pargrafo nico. O juiz poder limitar o litisconsrcio facultativo quanto ao nmero de

    litigantes, quando este comprometer a rpida soluo do litgio ou dificultar a defesa. O

    pedido de limitao interrompe o prazo para resposta, que recomea da intimao da

    deciso.

    Ademais, a doutrina classifica o litisconsrcio como:

    a) Quanto posio processual, o litisconsrcio pode ser:

    - Ativo: ser o litisconsrcio ativo quando dois ou mais autores litigam contra um mesmo ru.

    - Passivo: ser o litisconsrcio passivo quando dois ou mais rus so demandados contra um

    mesmo autor.

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    - Misto: tambm chamado de recproco. Ocorre quando dois ou mais autores litigam contra dois

    ou mais rus.

    b) Quanto ao momento da formao, o litisconsrcio pode ser:

    - Inicial (ou originrio): o litisconsrcio que surge com a formao da relao processual.

    - Ulterior (ou incidental): o litisconsrcio que se forma no curso do processo. Existem trs

    hipteses que podem gerar a formao de um litisconsrcio ulterior: a conexo, a sucesso e a

    interveno de terceiros.

    c) Quanto obrigatoriedade ou no da formao, o litisconsrcio pode ser:

    - Facultativo: o litisconsrcio ser facultativo quando no obrigatria a sua formao, ficando

    a critrio das partes a sua ocorrncia. O litisconsrcio facultativo se subdivide em irrecusvel e

    recusvel. Ser irrecusvel quando requerido pelos autores, no pode ser recusado pelos rus.

    Ser recusvel quando permitir rejeio pelos demandados.

    - Necessrio: o litisconsrcio ser necessrio quando as partes no puderem acordar quanto sua

    existncia. A natureza da relao jurdica ou a lei determina que seja formado um litisconsrcio

    obrigatoriamente, j que nessas hipteses o juiz ter que decidir a lide de modo uniforme para

    todas as partes, conforme a leitura do art. 47 do CPC.

    d) Quanto aos efeitos da sentena, ser o litisconsrcio:

    - Unitrio: o litisconsrcio ser unitrio quando o juiz tiver que decidir a lide de forma idntica

    para todos os litisconsortes, dependendo a sua formao da natureza da relao jurdica posta em

    juzo.

    - Simples: o litisconsrcio ser considerado simples quando a deciso de mrito dada pelo juiz

    no ser necessariamente idnticas para todos os litisconsortes, podendo inclusive ser

    procedente com relao a um e improcedente com relao ao outro. Ocorre quando temos

    pluralidade de relaes jurdicas em um processo ou quando h uma relao jurdica cindvel.

    Para que se identifique se o litisconsrcio simples ou unitrio devero ser analisadas quantas

    relaes jurdicas esto sendo decididas naquela demanda. Se houver mais de uma relao

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    jurdica, sem sombra de dvidas o litisconsrcio ser simples. A questo se torna mais complexa

    se houver somente uma relao jurdica, pois nesse caso o litisconsrcio poder ser simples ou

    unitrio, dependendo da divisibilidade ou no da relao jurdica. Se for a relao jurdica

    indivisvel ser caso de litisconsrcio unitrio, se a relao jurdica for divisvel ser caso de

    litisconsrcio simples.

    importante salientar que tanto o litisconsrcio necessrio quanto o litisconsrcio facultativo

    podem ser considerados unitrio, assim com nem sempre um litisconsrcio necessrio ser

    unitrio.

    INTERVENO DE TERCEIROS

    O Cdigo de Processo Civil disciplina quatro modalidades de interveno de terceiros no

    processo: a) Oposio (arts. 56 a 61do CPC); b) Nomeao autoria (arts. 62 a 69 do CPC); c)

    Denunciao da lide (arts. 70 a 76); d) Chamamento ao Processo (arts. 77 a 80).

    a) Oposio: o instituto processual que autoriza um terceiro, denominado opoente, a ingressar

    em processo alheio j existente, em que exercer seu direito de ao simultaneamente contra

    autor e ru (opostos), que figuram, no plo passivo, como litisconsortes necessrios. Prev o art.

    56 do CPC que quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que

    controvertem autor e ru, poder, at ser proferida a sentena, oferecer oposio contra ambos,

    os quais, autor e ru, passaro a atuar em litisconsrcio. Ademais, a oposio dever ser ofertada

    na forma de petio inicial, por dependncia ao processo principal, para que os opostos sejam

    citados nas pessoas de seus respectivos patronos e podero oferecer contestao, ou outra

    resposta cabvel, no prazo comum de quinze dias. Outrossim, em sendo a oposio ofertada

    antes da audincia de instruo e julgamento ser ela apensada aos autos principais, de modo a

    correr simultaneamente com a ao originria, para que ambas sejam julgadas pela mesma

    sentena (art. 59).

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    b) Nomeao autoria: prev o art. 62 do CPC que aquele que detiver a coisa em nome alheio,

    sendo-lhe demandada em nome prprio, dever nomear autoria o proprietrio ou o possuidor.

    Outra hiptese que cabvel a nomeao autoria vem expressa no art. 63 do CPC, segundo o

    qual, no caso de uma ao de indenizao intentada pelo proprietrio ou pelo titular de um

    direito sobre a coisa, se o responsvel pelos prejuzos alegar que praticou o ato por ordem ou em

    cumprimento de instrues de terceiro, a nomeao autoria deve ser dirigida ao mandante. O

    prazo para o ru requerer a nomeao ser o da defesa. Sendo deferido o pedido, o juiz

    suspender o curso do processo e determinar que o autor se manifeste no prazo de cinco dias

    (art. 64). O autor poder aceitar a nomeao, hiptese em que dever promover a citao do

    nomeado. Todavia, se o autor recusar o nomeado, a nomeao ficar sem efeito (art. 65).

    Ademais, na hiptese de o nomeado reconhecer a qualidade que lhe foi atribuda, contra ele

    correr o processo; porm, se a negar, o processo correr contra o nomeante (art. 66). Quer seja a

    nomeao recusada pelo autor ou pelo prprio nomeado, ao nomeante ser assinalado novo

    prazo, integral, para resposta (art. 67) se na primeira oportunidade houver apenas peticionado

    pela interveno do nomeado.

    c) Denunciao da lide: o instituto da denunciao da lide vem previsto nos arts. 70 a 76 do CPC

    e cuida-se da espcie de interveno de terceiro mais corriqueira no cotidiano forense. A

    denunciao da lide ao secundria, de natureza condenatria, ajuizada no curso de outra ao

    condenatria principal, poder ser oferecida pelo autor ou pelo ru, ou at por aquele que j

    figura no processo como denunciado. Ademais, determina o art. 71, do CPC, que o autor deve

    promover a denunciao ao mesmo tempo em que prope a ao e, se denunciante for o ru,

    deve promover a denunciao no prazo da contestao. Ocorre que, quando for o ru principal o

    denunciante, este dever oferecer a litisdenunciao no prazo que tiver para contestar a ao (art.

    71) e, com a determinao da citao do denunciado, o processo ficar suspenso (art. 72). Um

    dos objetivos buscados com a denunciao levar a terceiro potencialmente responsvel pelo

    pedido formulado pelo autor o conhecimento do litgio para que, ento, venha a juzo e assuma

    os riscos da demanda. A denunciao da lide, portanto, instituto que serve realizao do

    direito material de duas partes distintas no bojo do mesmo processo, porm em relaes

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    processuais diferentes. Realiza-se, por exemplo, o direito do autor em desfavor do ru (primeira

    relao jurdico-processual) e deste, denunciante, em desfavor do denunciado (segunda relao

    jurdico-processual).

    d) Chamamento ao processo: o chamamento ao processo, espcie de interveno de terceiros,

    est previsto nos arts. 77 a 80, do CPC, pode ser qualificado como o incidente pelo qual o

    devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dvida, de modo

    a faz-los tambm responsveis pelo resultado do feito. Nos termos do art. 77 do CPC,

    admissvel o chamamento ao processo: a) do devedor, na ao em que o fiador for ru; b) dos

    outros fiadores, quando para a citao for citado apenas um deles; e c) de todos os devedores

    solidrios, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dvida

    comum. Por se tratar o chamamento ao processo de uma faculdade do ru, no caso de omitir-se

    em promover o chamamento do coobrigado ou coobrigados, poder posteriormente, em ao

    autnoma, exercer o direito de regresso contra o devedor principal ou co-devedores.

    AUXILIARES DA JUSTIA

    O art. 139 apresenta o rol dos chamados auxiliares da justia, quais sejam, o escrivo, o

    oficial de justia, o perito, o depositrio, o administrador e o intrprete, como meros

    intervenientes sem qualquer interesse pessoal na soluo do litgio.

    PEDIDOS - Art. 286

    Certo e Determinado

    1. Certo : expresso (pedido implcito: aquele que no precisa ser pedido para que

    seja analisado, ex. honorrios advocatcios, correo monetria e juros)

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    2. Determinado: gnero e quantidade

    a) Aes universais: quando o autor no puder constatar a universalidade de bens que compe

    o seu direito. Ex: inventrio e petio de herana.

    b) reparaes de dano: quando o autor no puder quantificar a extenso do ato

    ilcito

    Duas correntes: a parte deve dar um valor ao dano moral; a outra que o juiz dar arbitrar o

    valor, uma vez que o juiz detm a prova dos autos (essa ultima deve ser adotada para a prova

    da OAB)

    c) quando depender de um ato a ser praticado pelo ru: nas aes de prestaes de contas

    a

    fixao do valor depende das contas que o ru apresentar.

    Pedidos Alternativos: Ocorrem quando o ru tem a sua disposio duas ou mais maneiras de

    cumprir a obrigao. Os pedidos tem mesma hierarquia e quem escolhe o ru.

    Pedidos Sucessivos (art. 289, CPC): H uma escala de interesses. Desta forma, somente ser

    apreciado o pedido SUBSIDIRIO ser rejeitado o PRINCIPAL. Quem escolhe o juiz, se ele

    rejeita o principal pode acatar o subsidirio.

    Prestaes Peridicas (art. 290, CPC): Nas relaes de trato sucessivo o autor formulando a

    primeira parcela todas as demais sero devidas de pleno direito. Constitui modalidade de

    pedido implcito.

    Pedidos Cumulados (art. 292, CPC): a possibilidade de cumular dentro do mesmo processo

    dois ou mais pedidos para que sejam apreciados indistintamente.

    Requisitos de cumulao de pedidos:

    - devem ser compatveis entre si: que decorrem do mesmo fato (Humberto Teodoro Jr.).

    Mesmo que entre os pedidos no haja conexo poder cumular.

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    - devem ser apreciados pelo mesmo juzo competente;

    - mesmo procedimento

    A cumulao de pedidos poder ser feita com procedimentos distintos se para todos eles se

    adotar o rito ordinrio (art. 292, 2)

    CITAO REAL:

    - Correios: nos termos do art. 222 a citao ser feita pelo correio para qualquer comarca do

    pas, somente por exceo ser feita por oficial.

    Para citao em outra cidade a citao por correio, ser por precatria apenas quando se

    tratar de citao que dever ser realizado por oficial de justia.

    - Oficial de justia: (Art. 222, do CPC).

    A citao ser feita pelo correio, para qualquer comarca do Pas, exceto:

    a) nas aes de estado;

    b) quando for r pessoa incapaz;

    c) quando for r pessoa de direito pblico;

    d) nos processos de execuo;

    e) quando o ru residir em local no atendido pela entrega domiciliar de correspondncia;

    f) quando o autor a requerer de outra forma.

    FICTA: ao ru citado de forma ficta ser nomeado um curador especial.

    - Edital: Ocorre citao por edital quando no se souber quem o ru ou este residir em local

    incerto ou de difcil acesso. Utilizada quando correio e oficial no poder ser realizado.

    - Por hora certa: ocorre citao por hora certa quando o oficial de justia comparece por trs

    vezes na casa do ru e presume que a suspeita de ocultao.

    Requisitos: domiclio certo; elemento objetivo (o oficial tem que ir trs vezes casa em dias e

    horrios distintos); o oficial tem que presumir o dolo de ocultao.

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    RESPOSTA DO RU

    Contestao (art. 300, CPC): toda resposta que no couber na reconveno ou nas excees.

    natureza de defesa;

    Demonstrar que o autor no tem razo;

    Prazo: 15 dias (art. 188: em qudruplo para Fazenda Pblica e MP; art. 191, tendo mais de uma

    parte com procuradores diferente o prazo em dobro)

    rincpios da contestao:

    a) Eventualidade/concentrao: a contestao deve ser concentrada em um nico ato e deve-se

    considerar qualquer eventual tese a ser contraditada pelo autor.

    b) nus da impugnao especfica: somente poder fazer defesa por negativa geral MP,

    curador especial e advogado dativo.

    Existem duas defesas:

    a) Preliminares: defesa processual. Pode ser peremptria (extingue o processo) ou dilatria (se

    acolhidas, permitem regularizao).

    b) Mrito: direito

    - Principio da concentrao

    - Principio da eventualidade: estabelece que o juiz a defesa de mrito se eventualmente no acolher

    a defesa preliminar

    PRELIMINARES ART. 301 CPC:

    a) Incompetncia absoluta: acolhida essa preliminar o juiz encaminhar os autos ao juzo

    competente, no tem extino

    b) Carncia da ao: ocorre quando ausente uma das condies da ao, ou seja, interesse de

    agir, legitimidade e possibilidade jurdica do pedido. A conseqncia a extino do feito sem

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    resoluo do mrito. Art. 267, IV:

    Art. 267. Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

    Vl - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica,

    a legitimidade das partes e o interesse processual;

    c) Perempo: Significa inrcia. Ocorre quando o autor promove pela quarta vez a mesma ao

    sendo que nas trs primeiras o processo foi extinto sem resoluo do mrito por falta de andamento

    processual, ou seja, por inrcia do autor. A conseqncia ser e extino do feito sem resoluo do

    mrito

    Art. 268: Pargrafo nico. Se o autor der causa, por trs vezes, extino do processo

    pelo fundamento previsto no III do artigo anterior, no poder intentar nova ao contra o

    ru com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em

    defesa o seu direito.

    d) Coisa julgada: acolhida essa preliminar ocorre a extino sem resoluo do mrito;

    e) Conveno de arbitragem: a preliminar de conveno de arbitragem a nica do art. 301 que

    no matria de ordem pblica, ou seja, no alegada pelo ru na contestao acarreta precluso.

    Tambm ocorre a extino do feito sem resoluo do mrito Arbitragem a soluo privada de um

    conflito, ou seja, na arbitragem o Estado no atua prevista na lei 9.307/96. Requisitos para submeter

    conflito para arbitragem: pessoas capazes e deve versar sobre direitos disponveis. sempre

    fruto da vontade de todas as partes, no existe arbitragem obrigatria.

    PRAZOS

    Prazo comum: 15 dias.

    Se existirem litisconsortes com procuradores diferentes o prazo ser em dobro, conforme disposto

    no Art. 191 do CPC:

    Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados

    em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

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    Se a demanda for contra a fazenda pblica um qudruplo:

    Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer

    quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.

    REVELIA

    Trata-se da ausncia de defesa.

    Efeitos:

    a) Presuno da veracidade dos fatos alegados pelo autor.

    b) O revel s ser intimado dos autos processuais se possuir advogado nos autos;

    RECONVENO (315, CPC):

    natureza de ao;

    No plo ativo teremos o ru/reconvinte;

    No plo passivo: autor/reconvindo;

    Dever ser apresentada no prazo da contestao em PETIO AUTNOMA;

    reconveno e contestao devero ser apresentadas simultaneamente;

    utuao: nos mesmos autos da ao;

    Mesma na mesma sentena o juiz dever julgar ao e reconveno;

    No cabe reconveno no rito sumrio e no JEC, pelo fato de serem aes de menor

    complexidade; embora no caiba reconveno admite-se O PEDIDO CONTRAPOSTO O QUAL

    DEVER SER FORMULA NA PROPRIA CONTESTAO;

    No cabe reconveno nas aes de carter dplice, nos casos em que a improcedncia da ao

    beneficia o ru.

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    EXCEO

    ncidente destinado a argir a incompetncia relativa, impedimento do juiz, ou a suspeio;

    to exclusivo do ru;

    razo: 15 dias contados da cincia do fato;

    Mesmo prazo da contestao em petio autnoma;

    feito suspensivo (306, 265, III);

    utuada em apenso;

    Da exceo de incompetncia o recurso cabvel AGRAVO DE INSTRUMENTO. Das

    demais, no cabe recurso.

    Impedimento/Suspeio: Se o juiz acolher o impedimento ou suspeio no cabe recurso, por

    falta de interesse recursal, por outro lado se ele rejeitar o impedimento ou suspeio tambm no

    caber recurso, pois nesse caso ele tem obrigao de remeter os autos ao tribunal o qual dever

    analisar a questo.

    Se provar de plano que o juiz no pode julgar a causa: o caso de impedimento. Se

    demandar dilao probatria o caso de suspeio.

    a) Impedimento:

    Art. 134. defeso ao juiz exercer as suas funes no processo contencioso ou

    voluntrio:

    I - de que for parte;

    II - em que interveio como mandatrio da parte, oficiou como perito, funcionou como

    rgo do Ministrio Pblico, ou prestou depoimento como testemunha;

    III - que conheceu em primeiro grau de jurisdio, tendo-lhe proferido sentena ou

    deciso;

    IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cnjuge ou

    qualquer parente seu, consangneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral at o

    segundo grau;

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    V - quando cnjuge, parente, consangneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta

    ou, na colateral, at o terceiro grau;

    VI - quando for rgo de direo ou de administrao de pessoa jurdica, parte na

    causa.

    Pargrafo nico. No caso do no IV, o impedimento s se verifica quando o advogado j

    estava exercendo o patrocnio da causa; , porm, vedado ao advogado pleitear no

    processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

    b) Suspeio:

    Art. 135. Reputa-se fundada a suspeio de parcialidade do juiz, quando:

    I - amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

    II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cnjuge ou de parentes

    destes, em linha reta ou na colateral at o terceiro grau;

    III - herdeiro presuntivo, donatrio ou empregador de alguma das partes;

    IV - receber ddivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das

    partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender s despesas do

    litgio;

    V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Pargrafo nico.

    Poder ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo ntimo.

    - Tutela Antecipada: tem por objetivo, antecipar, no todo ou em parte, os efeitos da Sentena.

    - Liminar Mandamental: tem por funo suspender o ato que deu motivo impetrao do

    mandado de segurana.

    - Liminar em ao cautelar: visa garantir a existncia e a integridade do bem da vida objeto do

    pedido formulado na ao principal.

    SENTENA

    Conceito: a sentena no Brasil, conforme artigo 162, 1, do Cdigo de Processo Civil Brasileiro

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    (Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973), o ato do juiz que implica alguma das situaes previstas

    nos arts. 267 e 269 dessa Lei.

    Art. 269. Haver resoluo de mrito:

    I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;

    II - quando o ru reconhecer a procedncia do pedido;

    III - quando as partes transigirem;

    IV - quando o juiz pronunciar a decadncia ou a prescrio;

    V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ao.

    Assim sendo, deve-se entender a sentena como o ato do juiz pelo qual o mesmo julga a

    causa em seu mrito de forma parcial ou plena, rejeitando ou provendo seus pedidos (em

    sua totalidade ou no) ou, ainda, quando for o caso, o ato do juiz pelo qual o mesmo

    extingue o processo, sem julgar-lhe a causa, por uma das causas do art. 267 do CPC.

    Art. 267. Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

    I - quando o juiz indeferir a petio inicial;

    Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligncia das partes;

    III - quando, por no promover os atos e diligncias que Ihe competir, o autor abandonar a

    causa por mais de 30 (trinta) dias;

    IV - quando se verificar a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento

    vlido e regular do processo;

    V - quando o juiz acolher a alegao de perempo, litispendncia ou de coisa julgada;

    Vl - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a

    legitimidade das partes e o interesse processual;

    Vll - pela conveno de arbitragem;

    Vlll - quando o autor desistir da ao;

    IX - quando a ao for considerada intransmissvel por disposio legal;

    X - quando ocorrer confuso entre autor e ru;

    XI - nos demais casos prescritos neste Cdigo.

    Se a sentena julga o mrito, diz-se que definitiva, porque define a lide. Nos demais

    casos, meramente terminativa.

    Se faz necessria maior anteno para as mudanas que o Anteprojeto do Novo Cdigo de

    Processo Civil trar ao ordenamento jurdico brasileiro. Haver mudanas, por exemplo, no

    que diz respeito a necessidade de intimao para o cumprimento de sentea.

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    Requisitos:

    Art. 458. So requisitos essenciais da sentena:

    I - o relatrio, que conter os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do ru,

    bem como o registro das principais ocorrncias havidas no andamento do processo;

    II - os fundamentos, em que o juiz analisar as questes de fato e de

    direito;

    III - o dispositivo, em que o juiz resolver as questes, que as partes Ihe submeterem.

    1. Relatrio: resumo do processo. No JEEC no necessrio relatrio.

    2. Fundamento (motivos, razoes, verdade dos fatos, questes prejudiciais):

    3. Dispositivo: concluso. a nica coisa que faz coisa julgada. Exceo regra: a

    fundamentao somente far coisa julgada quando a parte expressamente requerer que a

    questo prejudicial faa coisa julgada (art. 470, CPC).

    Princpio da congruncia./adstrio (128 e 460, CPC)

    O juiz deve julgar nos termo da petio inicial, no deve julgar extra (fora do que foi

    pedido), ultra (mais do que foi pedido) ou infra (citra) petita (no foram apreciados todos os

    pedidos). Para deciso infra petita cabe embargos de declarao.

    Coisa julgada: torna imutvel fora de um processo aquilo que foi decidido dentro dele. A

    deciso sem mrito gera coisa julgada formal, com mrito, gera coisa julgada material.

    A coisa julgada formal, torna imutvel somente o processo em que esta se formou. Coisa

    julgada material torna imutvel no s o processo, como o direito a ele vinculado.

    A coisa julgada material no permite repropositura da demanda. A coisa julgada formal permite a

    repropositura (267 e 286, CPC).

    RECURSOS

    Apelao (513, PCP)

    Prazo: 15 dias

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    Admissibilidade: Smula impeditiva de recursos. Art. 518 1, CPC. Poder o juiz no receber a

    apelao se a sua sentena tiver por base smula do STF ou do STJ. Tempestividade. Preparo.

    Efeitos:

    Efeito devolutivo: obriga o tribunal a analisar somente aquilo que estiver nas razes recursais.

    Aquilo que no foi recorrido no ser analisado. Exceo: as matrias de ordem pblica, ainda

    que no apeladas, sero todas analisadas.

    Efeito suspensivo: a sentena no vai surtir efeitos enquanto a apelao estiver no Tribunal.

    Existem sentenas que no sero recebidas no seu efeito suspensivo o que autoriza desde j a

    execuo provisria do julgado.(515, 3)

    Art. 515. A apelao devolver ao tribunal o conhecimento da matria

    impugnada.

    3 Nos casos de extino do processo sem julgamento do mrito (art.267), o tribunal

    pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questo exclusivamente de direito e estiver

    em condies de imediato julgamento.

    AGRAVO

    recurso cabvel contra as decises interlocutrias (no curso do processo).

    regra o cabvel o agravo retido, mas pode ser de instrumento quando:

    a) Decises de urgncia (dano de difcil ou incerta reparao);

    b) Decises aps a sentena.

    Agravo retido:

    Dirigido: ao juiz da causa no prazo de 10 dias;

    tratao: o juiz pode se retratar aps conhecer o agravo;

    oriedade: o agravo s sobe se a apelao subir (tem que protocolizar os dois dentro do

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    prazo, 10 e 15 dias respectivamente);

    reliminar: o agravo ser apreciado antes da apelao;

    terao: o recorrente dever nas razes ou contrarrazes de apelao, informar a existncia

    do agravo, sob pena de desistncia tcita;

    t. 523, 3 CPC. A regra criada pelo CPC que o agravo retido para deciso interlocutria

    em audincia, dever ser oral.

    Agravo de instrumento:

    Dirigido: ao Tribunal no prazo de 10 dias;

    utos no sobem com o agravo;

    t. 525. deve ser feito um instrumento com a juntada de peas para instruir as razes:

    a) Obrigatrias: deciso agravada; certido de intimao; procuraes (agravante e agravado).

    b) Facultativos: as demais peas.

    As peas que instruem o agravo sero declaradas autnticas pelo prprio advogado sob sua

    responsabilidade pessoal (art. 544, 1, CPC)

    Art. 526, CPC. Compete ao agravante no prazo de trs dias informar acerca da existncia do

    agravo para o juiz da causa, o no cumprimento do disposto neste artigo, desde que

    provado pelo agravado importa no conhecimento do recurso.

    oderes do relator:

    c) Negar segmento liminar ao agravo: no preenche requisitos de admissibilidade dessa

    deciso caber agravo interno (regimental) no prazo de 5 dias;

    d) Converter o agravo de instrumento em agravo retido: quando se erra na denominao, o

    tribunal devolve para o 1 grau, dessa deciso no cabe recurso, mas pedido de reconsiderao. A

    segunda sada o MS.

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    EMBARGOS DE DECLARAO

    O nico recurso que no visa reformar deciso e sim esclarecer uma deciso contraditria,

    obscura ou integralizar uma deciso omissa;

    Processamento:

    Dirigidos: ao prolator da deciso:

    razo: 5 dias;

    No h preparo;

    No h contraditrio,

    feito infringente, ou modificativos: efeito excepcional.

    Ocorre efeito infringente quando o magistrado ao julgar os embargos modifica a sua deciso,

    nessa ocasio cabe contrarrazes.

    Efeito interruptivo: nos termos do art. 538, CPC os embargos de declarao interrompem a

    contagem de prazo para interposio de outros recursos. Nos Juizados Especiais Cveis

    suspende o prazo (art. 60 da lei 9099/95).

    RECURSO EXTRAORDINRIO: 102, III, CF STF usado quando houver violao CF.

    RECURSO ESPECIAL: 105, III, CF STJ usado quando houver violao Lei Federal.

    ecursos vo aos tribunais recorridos, que por sua vez fazem um exame de

    admissibilidade.

    caso de denegao da admissibilidade cabe AGRAVO.

    Da deciso que no admite recurso especial/extraordinrio caber "agravo" no prazo de

    10 dias dirigido aos tribunais superiores. Antes da reforma o agravo subia junto com as peas

    (instrumento). Hoje o agravo sobe dentro do prprio processo.

    s regulam matria de direito, Smula 7 do STJ.

    no se prestam a reexame de prova.

  • EXECUAO

    Execuo de quantia certa/ttulo extrajudicial

    1 Fase, inicial:

    etio inicial;

    - Na inicial o credor nomeia bens a penhora;

    - Citao do executado para pagar em 3 dias, art. 222, CPC (por oficial de justia).

    - O Juiz fixa os honorrios de plano.

    executado pode pagar em 3 dias, a lei estabelece que quem paga neste prazo pagar

    metade dos honorrios;

    o executado no pagar em 3 dias ser expedido mandado de penhora e avaliao.

    pedido mandado de penhora e avaliao, encontrando-se o executado, mas no

    encontrando bem a penhorar, a execuo ser suspensa (art. 791, III).

    ncontrando bens a penhora e no encontrando o executado, no poder fazer a penhora

    sem sua cincia, mas poder fazer uma pr-penhora (arresto).

    to o arresto o oficial procura o executado trs vezes por 10 dias, a fim de cientific-lo.

    Depois dos 10 dias, procurado por 3 vezes e no encontrado, ele ser citado por edital,

    no se manifestando, o arresto converte-se em penhora.

    oder o exequente no ato da distribuio requerer certido com os dados do processo

    para que possa proceder a averbao em cartrios que contenham bens do executado.

    2 Fase, penhora:

    dem da penhora (art. 655, CPC): 1. dinheiro; 2. veculos de transporte terrestre; 3.

    bens mveis; 4. imveis; 5. aeronaves e embarcaes.

    Bens impenhorveis art. 649, CPC e Lei 8.009/90 (bem de famlia).

    I. Clausula de impenhorabilidade;

    II. Bens mveis, de guarnio

    III. Roupas;

    IV. Salrio;

    V. Instrumentos de profisso;

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    VI. Seguro de vida.

    Bem de famlia, o nico bem da entidade familiar no sujeito expropriao. o bem

    destinado moradia, se a famlia passa tempos em diferentes casas, o bem de famlia ser

    o de menor valor.

    Bem de famlia voluntrio: possvel que algum que tenha vrios bens escolha um para

    ser o bem de famlia, mesmo que este no seja onde a famlia reside, a residncia da famlia

    passa a ser penhorvel.

    Excees: casos em que o bem de famlia pode ser penhorado:

    I. Dvidas da empregada domstica;

    II. Dvida de alimentos;

    III. Quando a aquisio da casa se deu por produto de crime;

    IV. Dvidas do prprio imvel (IPTU, condomnio, hipoteca, financiamento);

    V. A casa do fiador em contrato de locao.

    enhora online bloqueio de conta do executado (BACEN-Jud). O art. 655-A que

    estabelece a penhora online diz que o juiz no pode determinar a penhora online de

    oficio, ma na prtica possvel.

    3 Fase, moratria processual

    Poder o executado no prazo dos embargos e confessando a existncia da dvida

    requerer o depsito de 30% para que o restante seja pago em at 6 parcelas iguais e

    sucessivas com juros de 1% ao ms. O no pagamento de uma delas acarreta: a) vencimento

    antecipado das demais; b) multa de 10% sobre as vincendas (art. 475-J); c) impossibilidade

    de se opor embargos.

    EMBARGOS ( execuo)

    Embargos so para ttulos extrajudiciais, para ttulos judiciais temos a

    impugnao.

    mbargos tem carter de ao, promovida pelo devedor;

    No requisito dos embargos a penhora;

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    razo: 15 dias a partir da juntada, do mandado de citao cumprido;

    mbargos no precisam de garantia para o juzo (no preciso caucionar);

    Os embargos sero distribudos por dependncia do juzo de execuo;

    autuados em autos apartados;

    Regra: no tem efeito suspensivo. Exceo: quando houver penhora nos autos e dano

    (decorrente da penhora), o efeito ser suspensivo/ poder o executado obter efeito suspensivo

    se: a) provar o dano; b) garantir o juzo.

    matria dos embargos ilimitada.

    recurso cabvel para sentena que julga os embargos a apelao.

    CUMPRIMENTO DE SENTENA (EXECUO DE TTULO JUDICIAL)

    1. Execuo fundada no ttulo executivo judicial (obrigao de "pagar").

    2. Art. 475-J, CPC: A partir do transito em julgado o devedor ter 15 dias para pagar,

    se o devedor no pagar neste prazo, ser aplicada multa de 10%. A partir do

    momento da aplicao da multa o credor dever apresentar o requerimento no prazo

    de 6 meses, a contar dos ditos 15 dias, a fim de que ocorra e penhora de bens do

    devedor. Da o juiz expede mandado de penhora e avaliao. A penhora jamais ser

    decretada de ofcio, o que pode ser feito de oficio mandar que o devedor ou o

    credor indiquem bens a ser penhorados.

    3. Obs. (tanto pro judicial quanto para o extrajudicial) o Juiz no pode determinar de

    ofcio a penhora de bens do devedor, no entanto ele poder a qualquer momento

    intimar o devedor para que apresente bens penhorveis no prazo de 5 dias. Se o

    devedor possuir bens e no indic-los no prazo acima o juiz aplicar multa de 20%

    por se tratar de ato atentatrio dignidade da justia. (arts. 600 e 601, CPC). As

    multas so destinadas parte contrria e no ao Estado.

    4. A partir do momento em que existe a penhora dever ocorrer a intimao do

    devedor, que feita em nome do advogado do devedor. No citao porque no

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    comea outro processo, mas se continua o outro. Aps a intimao ele ter 15 dias

    para apresentar impugnao (ao cumprimento de sentena).

    5. Impugnao. (art. 475-L)

    a) Tem natureza de

    incidente. b) Requisito:

    penhora

    c) Prazo: 15 dias, a partir da juntada aos autos do mandado de penhora cumprido;

    d) necessrio garantir o juzo.

    e) Regra: no tem efeito suspensivo, autuada em apenso. Exceo: quando

    ocorrer dano pela penhora, neste caso a execuo ser autuada nos mesmo

    autos.

    f) Matria: limitada, rol taxativo do 475-L.

    g) Se o juiz ao julgar procedente a impugnao determinando a extino

    da execuo o recurso cabvel a APELAO, se ele julgar o

    prosseguimento da execuo cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO. A

    impugnao pode ser procedente, e ainda assim prosseguir a execuo, ex.

    excesso de execuo, nesse caso cabe agravo de instrumento.

    MECANISMOS DE EXPROPRIAO

    1. Adjudicao: o bem penhorado ficar com o credor (valido para execuo de

    ttulos judiciais e extrajudiciais).

    Se o valor do bem for maior que o da dvida, o credor dever depositar a diferena.

    Por outro lado se o valor do bem penhorado for menor que a dvida, o juiz

    determinar que a execuo prossiga com relao diferena.

    2. Alienao por iniciativa particular: o devedor vender seu bem a um terceiro, venda

    feita com autorizao judiciria.

    3. Hasta pblica:

    a) Leilo: bens

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    mveis;

    b) Praa: bens imveis.

    Obs. Navios e aeronaves so considerados bens moveis para algumas relaes

    jurdicas.

    647, CPC: possvel que no prazo de 5 dias aps a adjudicao, ou da

    arrematao (hasta pblica) sejam compostos embargos cujo objeto ser a nulidade

    destes atos. Ex. preo vil, quando o bem arrematado ou adjudicado por um preo

    60% menor que o da avaliao.

    4. Particularidades do cumprimento de sentena.

    Judicial: Se o devedor demonstrar nos autos que no tinha conhecimento da

    multa, e por isso no pagou a dvida no prazo estipulado, entendimento do STJ que

    esta ser de responsabilidade do advogado.

    Extrajudicial: art. 745-A: o devedor no prazo para os embargos poder parcelar a

    dvida.

    Para tanto dever depositar em juzo o valor correspondente a 30% e o restante

    dever pagar em at seis vezes. Se o devedor no pagar uma das parcelas as demais

    sero antecipadas e ele no poder mais opor embargos.

    5. Execues de alimentos

    a) 732: comum;

    b) 733: especial, com priso.

    A execuo no pessoal e sim real, por isso no se cabe priso por dvida.

    AO CAUTELAR

    1. Natureza: cautelar

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    2. Objetivo: assegurar direitos (bens, provas, pessoas).

    3. Espcies

    a) Preparatria: exige no futuro, uma ao

    principal.

    b) Incidental: no curso de uma ao de

    conhecimento

    a) Tpica (nominada): previso legal

    b) Atpica (inominada): sem previso legal

    4. Cautelar de alimentos provisionais: quando ainda no h prova da obrigao de

    alimentar.