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DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO 2015 - 5ª EDIÇÃO AUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO COLEÇÃO TRIBUNAIS E MPU 5ª EDIÇÃO - 2015 Prezados alunos e leitores, Com o escopo de atualizar a 5ª edição da obra Direito Previdenciário Coleção Tribunais e MPU, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização básica da legislação e jurisprudência do Direito Previdenciário, considerando as normas publicadas até 10 de julho de 2015. Abraços, ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO

2015 - 5ª EDIÇÃO

AUTORA: ADRIANA MENEZES

www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO – COLEÇÃO TRIBUNAIS E MPU

5ª EDIÇÃO - 2015

Prezados alunos e leitores,

Com o escopo de atualizar a 5ª edição da obra Direito Previdenciário – Coleção

Tribunais e MPU, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização básica da

legislação e jurisprudência do Direito Previdenciário, considerando as normas

publicadas até 10 de julho de 2015.

Abraços,

ADRIANA MENEZES

www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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CAPÍTULO 1 – A SEGURIDADE SOCIAL

2. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL

Corrigir: - LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência, responsável pela

prestação de assistência social às pessoas carentes;

Atualizar:

O direito ao salário-família, estendido aos empregados domésticos pela Emenda

Constitucional nº 72/2013, teve sua regulamentação pela Lei Complementar nº

150/2015. Os empregados domésticos de baixa renda que possuem filhos menores de 14

anos ou inválidos passaram a ter direito ao benefício de salário-família, nos termos do

art. 65 da Lei nº 8.213/91.

...

As Medidas Provisórias nº 664 e 665/2014 foram convertidas, respectivamente,

nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015.

Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por

morte e auxílio-reclusão, seguro-desemprego e abono salarial, distintas das que haviam

sido trazidas pelas referidas medidas provisórias.

CAPÍTULO 2 – A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

2. SAÚDE

(...)

A Lei nº 13.097/2015 veio autorizar a participação direta ou indireta, inclusive o

controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos casos de:

I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas,

de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;

II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:

a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral

e clínica especializada; e

b) ações e pesquisas de planejamento familiar;

III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para

atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade

social.

CAPÍTULO 6 – OS SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL – RGPS

2.2. dos empregados domésticos.

A Lei Complementar nº 150/2015 previu expressamente que o empregado

doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e

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pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas,

por mais de 2 (dois) dias por semana.

EMPREGADO

DOMÉSTICO:

– Trabalho doméstico para pessoa física ou família no âmbito

residencial destas;

– presta serviços de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal;

– atividades sem fins lucrativos;

- por mais de dois dias na semana.

2.4. Segurado especial

A atividade pesqueira capaz de qualificar a pessoa física como segurado especial

deve ser artesanal e ser o meio principal de vida do segurado, obedecendo ao disposto

no art. 9º, § 14, do Decreto nº 3.048/99, in verbis:

“considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em

regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio

principal de vida, desde que:

I – não utilize embarcação ou;

II – utilize embarcação de de pequeno porte, nos termos da Lei nº

11.959, de 29 de junho de 2009.”

A embarcação de pequeno porte é definida pela Lei de Pesca e Aquicultura – Lei

nº 11.959/2009 como de arqueação bruta – AC – de até 20 toneladas.

O Regulamento da Previdência Social, com a nova redação trazida pelo Decreto

nº 8.424/2015 elevou, assim, o peso da embarcação do pescador artesanal para até 20

toneladas. Não há mais a restrição imposta na legislação anterior de que o barco do

pescador artesanal teria que ter arqueação bruta de até 06 toneladas, quando se tratasse

de embarcação própria ou de até 10 toneladas, quando se tratasse de parceiro outorgado.

Se a embarcação tiver arqueação bruta superior a 20 e inferior a 100 toneladas

ela é considerada de médio porte e o pescador será enquadrado como segurado

contribuinte individual.

Enquadra-se, também, como contribuinte individual o pescador que tiver

embarcação de grande porte, com arqueação bruta igual ou superior a 100 toneladas.

Veja o quadro:

ATIVIDADE LIMITAÇÃO DA

EMBARCAÇÃO

ENQUADRAMENTO DO SEGURADO

NO RGPS

Pesca

Artesanal.

embarcação de

pequeno porte

arqueação bruta ≤ 20

toneladas.

Segurado especial

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Pesca

embarcação de

médio porte

20 < arqueação bruta

< 100 toneladas.

Contribuinte individual

Pesca

embarcação de

grande porte

arqueação bruta

maior ou igual a 100

toneladas.

Contribuinte individual

2.5. Segurado contribuinte individual

g) ...

O médico participante do “Programa Mais Médicos”, instituído pela Lei nº

12.871/2013, enquadra-se, em regra como contribuinte individual.

Mas, é bom enfatizar que os médicos intercambistas (aqueles formados em

instituição de educação superior estrangeira com habilitação para exercício da Medicina

no exterior) estão desobrigados da filiação ao RGPS como contribuinte individual ou

qualquer outra categoria de segurado. Estão desobrigados da filiação ao RGPS os:

I - selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismos

internacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou

II - filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual

mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do

Brasil.

CAPÍTULO 7 – DA FILIAÇÃO E DA INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS

(...)

3. INSCRIÇÃO

Os empregados domésticos têm sua inscrição feita por meio da apresentação de

documento que comprove a existência de contrato de trabalho. A inscrição é feita

diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet pelo site

www.previdenciasocial.gov.br.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, a inclusão do empregado

doméstico no FGTS passou a ser obrigatória. O empregador doméstico passará a ter a

obrigação de promover a inscrição de seu empregado e a promover os recolhimentos a

seu cargo após a entrada em vigor do regulamento a ser editado pelo Conselho Curador

e pelo agente operador do FGTS.

Desse modo, a inscrição do empregado doméstico perante a Previdência Social

ocorrerá nos mesmos moldes que a do empregado. A inscrição será feita pelo

empregador doméstico quando de sua inscrição no FGTS.

Foi criado o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos

demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), com inscrição do

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empregador e entrada única de dados cadastrais e de informações trabalhistas,

previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico, dando-se mediante registro

em sistema eletrônico a ser disponibilizado em portal na internet, conforme

regulamento.

CAPÍTULO 9 – DOS DEPENDENTES

1. OS DEPENDENTES

Os dependentes dos segurados do RGPS estão divididos em três classes, a saber,

conforme o disposto no art. 16 da Lei nº 8.213/91:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência

intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado

judicialmente;

II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos

ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou

relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

No entanto, com o advento da Lei nº 13.135/2015, a redação do inciso III, do art.

16 da Lei nº 8.213/91 passou a ser (art. 6º, da Lei 13.135/15):

III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou

inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos

termos do regulamento. Verificou-se, então, que:

- foi retirada a emancipação como causa de antecipação da maioridade

previdenciária para o irmão (vigência em 18/6/2015);

- foi retirada a exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência mensal

ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial (vigência em 18/6/2017);

- foi inserido como dependente o irmão com deficiência grave, nos termos do

regulamento (vigência em 180 dias, a contar de 18/6/2015).

A modificação proposta para o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213/91, no sentido

de estender a condição de dependente ao filho com deficiência grave foi vetada pela

Presidente da República.

Mais tarde, foi publicada a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015 que corrigiu as

distorções quanto ao filho e ao irmão com deficiência grave, modificando a redação dos

incisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91, que passam a vigorar, após 180 dias da data

da publicação oficial, ocorrida em 07 de julho de 2015.

Os incisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91 passarão a vigorar com as seguintes

alterações:

“Art. 16. ......................................................................

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de

qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha

deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

............................................................................................

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)

anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência

grave;

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Verifica-se, destarte, que a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015:

- volta a emancipação como causa de antecipação da maioridade previdenciária

para o irmão. Para o filho sempre foi considerada.

- É retirada a exigência de incapacidade civil do filho e irmão com deficiência

mental ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial;

- é inserido o filho com deficiência grave no rol de dependentes do RGPS.

Veja o quadro abaixo:

Legislação vigente Condição do dependente

Até 17 de junho de 2015

o irmão não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um) anos

ou inválido ou que tenha deficiência

intelectual ou mental que o torne absoluta

ou relativamente incapaz, assim declarado

judicialmente.

De 18 de junho até 180 dias após essa data

o irmão, de qualquer condição, menor de

21 (vinte e um) anos ou inválido ou que

tenha deficiência intelectual ou mental

que o torne absoluta ou relativamente

incapaz, assim declarado judicialmente.

Não houve alteração em relação ao filho.

a partir de 180 dias a contar de 18/06/2015

o irmão, de qualquer condição, menor de

21 (vinte e um) anos ou inválido ou que

tenha deficiência intelectual ou mental

que o torne absoluta ou relativamente

incapaz, assim declarado judicialmente,

ou com deficiência grave, nos termos do

regulamento.

Não houve alteração em relação ao filho

(veto presidencial).

a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015

- o filho não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um) anos

ou inválido ou que tenha deficiência

intelectual ou mental ou deficiência grave;

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- o irmão não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um) anos

ou inválido ou que tenha deficiência

intelectual ou mental ou deficiência grave.

É retirada a exigência de incapacidade

civil do filho e irmão com deficiência

mental ou intelectual e excluída a

necessidade de interdição judicial.

O filho com deficiência grave passará a

ser dependente do RGPS.

Em relação ao menor sob guarda, é imperioso destacar que o STJ alterou sua

posição no que diz respeito à condição de dependente do RGPS:

Após divergência interna, o STJ referendou a exclusão do menor sob guarda

da lista dos dependentes do RGPS:

“Pensão por morte. Regime Geral de Previdência Social. Menor sob guarda.

Incidência da lei previdenciária vigente ao tempo do óbito do instituidor do

benefício. Inaplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente. Precedentes

da Terceira Seção. Embargos de divergência conhecidos e recebidos” (3ª Seção,

EREsp 801.214, de 28.05.2008). Após certa divergência, a Corte Especial do STJ

EXCLUIU O MENOR SOB GUARDA no rol de equiparados a filho no

julgamento do AgRg na SLS 1988, de 4/3/2015: “II - Hipótese em que a decisão

cujos efeitos foram aqui suspensos discrepa da jurisprudência do Superior

Tribunal de Justiça "no sentido de ser indevida pensão por morte a menor sob

guarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência da MP nº 1.523/96,

posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97" (AgRg nos EDcl no REsp n.

1.104.494/RS, Relator o Ministro Nefi Cordeiro, DJ de 16/12/2014). III - Efeito

multiplicador reconhecido, tendo em conta a probabilidade de que a decisão impugnada

estimule o ajuizamento de novas ações com o mesmo objeto, e lesão à economia pública

demonstrada pela irrepetibilidade dos proventos eventualmente pagos, considerando a

natureza alimentícia do benefício de pensão por morte”.

Em relação ao cônjuge, ao companheiro ou à companheira, é de extrema

importância dispor sobre as alterações trazidas pela Lei nº 13.135/2015, publicada

em 18 de junho de 2015.

O cônjuge, o companheiro e a companheira terão direito ao benefício de pensão

por morte:

por 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o

casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito

do segurado.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer

natureza, doença profissional ou do trabalho.

pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou

mais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há,

pelo menos, 02 anos da data do óbito.

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Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte decorrer de

acidente de qualquer natureza ou causa, mesmo que não tenha o segurado

18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tenham sido

iniciado há menos de 02 anos da data do óbito do segurado.

Idade X do cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos

Duração do benefício de pensão por

morte,em anos

menor que 21 3

entre 21 e 26 6

entre 27 e 29 10

entre 30 e 40 15

entre 41 e 43 20

44 anos ou mais vitalícia

Perceba que a idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbito

do segurado vai determinar por quanto tempo será paga a pensão por morte.

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se

verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos

os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,

poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado o

acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando

se tratar de inválido ou com deficiência.

Nesse caso, são garantidos, no mínimo, conforme o caso, os prazos de 04 meses

ou o da tabela acima.

SITUAÇÃO

HIPOTÉTICA PERGUNTA RESPOSTA

Rosa, empregada em

uma fábrica de doces há

05 anos casou-se, há um

ano, com Joaquim.

Num domingo de

manhã, sentiu um mal

súbito e veio a falecer.

Joaquim terá

direito à pensão

por morte de

Rosa?

SIM.

Joaquim terá direito à pensão por morte

por apenas 04 meses.

O casamento de Rosa e Joaquim iniciou-

se há menos de 02 anos da data do óbito

da segurada.

João trabalha em um

banco comercial há 03

anos e está casado com

Maria há 02 (dois) anos.

Teve um mal súbito e

veio a falecer, quando

sua esposa contava com

27 anos.

Maria terá

direito à pensão

por morte de

João?

SIM.

Verifica-se que o segurado falecido

contava, na data do óbito, com mais de

18 contribuições mensais para a

Previdência Social e o casamento entre

João e Maria tinha 02 anos.

Nesse caso, Maria terá pensão por morte

de João pelo prazo de 10 anos,

considerando sua idade de 27 anos na

data do óbito do seu marido.

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SITUAÇÃO

HIPOTÉTICA PERGUNTA RESPOSTA

Sabrina, contribuinte

individual há pelo

menos 03 anos no

RGPS, mantinha união

estável com Sandra há

01 ano.

Ontem, as duas saíram

para comemorar o

aniversário de Sandra e,

quando voltavam para

casa, sofreram um

acidente

automobilístico que

culminou na morte de

Sabrina, de 30 anos.

Sandra tinha, à época

do óbito de sua

companheira, 35 anos.

Sandra terá

direito à pensão

por morte de

Sabrina?

SIM.

Sandra é companheira de Sabrina,

figurando, portanto, na qualidade de

dependente.

Embora a união estável entre Sandra e

Sabrina tenha se iniciado há 01 ano da

data do óbito da segurada, a pensão por

morte será concedida à companheira

pelo prazo de 15 anos (tabela acima).

No caso de morte decorrente de acidente

de qualquer natureza, mesmo não

havendo 18 contribuições mensais do

segurado e 02 anos de união estável, o

benefício será concedido pelo prazo

estipulado na tabela já descrita. E, como

Sandra tinha 35 anos na data do óbito de

Sabrina, o benefício de pensão por morte

ser-lheá por 15 anos.

Lucas trabalha em um

banco comercial desde

2003 e está casado com

Luzia há 06 meses. Um

mês após o casamento,

Luzia foi acometida de

uma grave doença e

ficou inválida aos 25

anos.

Lucas contraiu dengue e

veio a falecer no dia em

completava 07 meses de

casamento.

Luzia terá

direito à pensão

por morte de

Lucas?

SIM.

Embora Luzia esteja casada há menos

02 anos com Lucas, ela está inválida.

A princípio, Luzia teria pensão por

morte por 04 meses, mas como é

inválida vai receber o benefício até a

cessação da invalidez.

Se a invalidez cessar antes de 04 meses

após o óbito, ser-lhe-á garantida a

pensão por 04 meses.

Substituir o quadro de perda da qualidade de dependentes para:

PERDA DA

QUALIDADE

DE

DEPENDENTE

para o cônjuge,

companheiro ou

companheira

(perda da pensão

por morte):

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o

segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união

estável tiverem sido iniciados há

menos de 02 anos do

óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme

tabela já demonstrada acima, se o

segurado tiver 18 contribuições e

o casamento ou a união estável

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tiverem sido iniciados, há pelo

menos, 02 anos da data do

óbito/reclusão do segurado.

b) Pela cessação da invalidez ou pelo

afastamento da deficiência,

respeitados os períodos mínimos

descritos na letra “a”.

para o cônjuge,

companheiro ou

companheira

Anulação do casamento;

Separação judicial ou divórcio

sem direito à prestação

alimentícia.

para o filho, pessoa

a ele equiparada ou

irmão, de ambos os

sexos:

• Ao emancipar ou ao completar 21 anos

de idade, salvo se for inválido ou com

deficiência.

para o filho e o

irmão inválidos: • Com a cessação da invalidez.

para o filho e o

irmão que tenha

deficiência

intelectual ou

mental ou

deficiência grave:

• pelo afastamento da deficiência1.

para os pais: • Quando vierem a falecer.

para todos os

dependentes:

• Quando vierem a falecer.

• Com a perda da qualidade de segurado

do qual eles eram dependentes.

CAPÍTULO 10 - DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS – PERÍODO DE

CARÊNCIA-VALOR MENSAL – SALÁRIO DE BENEFÍCIO – REAJUSTAMENTOS

2. DA CARÊNCIA

O período de carência era contado, para o segurado empregado, o trabalhador

avulso e o contribuinte individual que presta serviço a pessoa jurídica (este a partir da

competência de abril/2003), da data da filiação ao RGPS, ou seja, a partir do exercício

da atividade remunerada.

1. Alteração trazida pela Lei nº 13.146/2015, que entra em vigor em 180 dias a contar de 07/07/2015.

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Esses segurados tinham a seu favor a presunção do recolhimento de suas

contribuições previdenciárias, uma vez que a responsabilidade tributária de recolher as

contribuições à União é da empresa empregadora ou tomadora de serviço.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico

passou a gozar, também, da presunção de recolhimento das contribuições

previdenciárias.

Os artigos 27 e 35 da Lei nº 8.213/91 foram alterados de forma a se concluir que

o empregado doméstico não precisa comprovar o recolhimento das contribuições

previdenciárias para obter benefícios da Previdência Social. Isso porque a

responsabilidade do recolhimento era e continua sendo do empregador doméstico.

De acordo com a nova redação do inciso I do art. 27 da Lei de Benefícios, para o

cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições referentes ao

período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no

caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores

avulsos. Para o empregado doméstico, não se considera mais o período de carência

computado a partir da primeira contribuição sem atraso.

E o art. 35 da Lei nº 8.213/91 passou a dispor:

“Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador

avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício

pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição

no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo,

devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários

de contribuição.”

Caso o empregado doméstico demonstre que, por exemplo, possuía salários de

contribuição de R$ 2.500,00, mas o seu empregador nunca recolheu a contribuição,

deverá o INSS considerar os salários de contribuição de R$ 2.500,00 no cálculo do

salário de benefício, e não mais conceder o benefício mínimo, deixando de aplicar o

disposto no art. 36 da Lei nº 8.213/91, que foi tacitamente revogado.

.

2.1. Benefícios que exigem carência

Os benefícios que exigem um número mínimo de contribuição para o RGPS são:

– auxílio-doença e aposentadoria por invalidez;

– aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial;

– salário-maternidade para os segurados contribuintes individuais, especiais e

facultivativos.

Os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão não exigem carência,

conforme previa a Medida Provisória nº 664/20134. A Lei nº 13.135/2015 restaurou a

redação anterior do art. 26 da Lei nº 8.213/91, isentando os benefícios de pensão por

morte e auxílio-reclusão do cumprimento de qualquer carência de contribuição

previdenciária.

SITUAÇÃO

HIPOTÉTICA

TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO,

OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA

EXIGIDA?

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SITUAÇÃO

HIPOTÉTICA

TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO,

OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA

EXIGIDA?

Lucas, segurado facultativo há 05 meses,

veio a falecer em razão de uma

pneumonia, deixando dependentes no

RGPS.

SIM

Os dependentes de Lucas terão direito à

pensão por morte, porque este benefício

não exige carência.

Finalmente, confira o quadro abaixo para melhor memorizar:

BENEFÍCIOS

CONTRIBUIÇÕES

MENSAIS

COM

CARÊNCIA –

ART. 25 DA

LEI Nº

8.213/91

auxílio-doença 12

aposentadoria por invalidez 12

aposentadoria por idade 180

aposentadoria por tempo de contribuição 180

aposentadoria especial 180

salário-maternidade para segurados e

seguradas facultativos, contribuintes

individuais e especiais*

10**

*. Para o segurado ou a segurada especial será exigida a carência mínima de 10 meses de

exercício efetivo na atividade rural imediatamente anteriores à data do requerimento,

ainda que descontínuos.

**. Se o parto antecipar o número mínimo de contribuições exigido será diminuído em

número igual aos meses de antecipação do parto, comprovada por atestado médico.

Assim, se o parto acontecer no 8º mês de gestação, a carência sofrerá a diminuição de 1

mês, sendo exigidas apenas 9 contribuições mensais.

2.3. Benefícios que não exigem carência

Com a restauração da redação anterior do art. 26, inciso I, da Lei nº 8.213/91,

pela Lei nº 13.135/2015, os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão

voltaram a não exigir carência para a sua concessão.

Os benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez estão

isentos da carência mínima quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer

natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho e de doenças ou afecções

graves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência

Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,

deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e

gravidade que mereçam tratamento particularizado.

É importante informar que o art. 151 da Lei nº 8.213/91, anteriormente revogado

pela MP nº 664/2014, foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, fazendo incluir na lista de

doenças graves, a esclerose múltipla. Confira:

Page 13: DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO …...nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015. Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por morte e

“Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do

art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria

por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das

seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose

múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e

incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose

anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte

deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou

contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.”

Para não gerar dúvidas, memorize o quadro abaixo:

Prestações

previdenciárias que não

exigem CARÊNCIA

MÍNIMA de

contribuições –

(Art. 25 e 26 da Lei nº

8.213/91)

• Pensão por morte;

• auxílio-reclusão;

• auxílio-acidente;

• salário-família;

• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos

de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença

profissional ou do trabalho e de doenças e afecções

especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da

Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)

anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação,

mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira

especificidade e gravidade que mereçam tratamento

particularizado;

• salário-maternidade para os segurados empregados,

domésticos e trabalhadores avulsos;

• serviço social e reabilitação profissional.

3. DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO – SB

A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo da

aposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº

676/2015.

Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que

preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela

não incidência do fator previdenciário2, no cálculo de sua aposentadoria, quando o

total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as

frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

MULHERES (soma do

tempo de contribuição e da

idade)*

HOMENS (soma do

tempo de

contribuição e da

idade)*

ANO DO REQUERIMENTO

85 95 Até 2016

86 96 2017 a 2018

2. A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento desta

atualização.

Page 14: DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO …...nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015. Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por morte e

87 97 2019

88 98 2020

89 99 2021

90 100 2022

* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do

professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício

de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Para dirimir possíveis dúvidas, vamos aos exemplos:

Joaquim, segurado contribuinte individual conta, em 2015, com 36 anos

de contribuição e 59 anos idade.

Se ele for requerer sua aposentadoria por tempo de contribuição, o fator

previdenciário não será utilizado para o cálculo do salário de benefício e,

consequentemente, para o da renda mensal do benefício requerido.

No caso, Joaquim será beneficiado pela regra da tabela acima. Como a soma de

seu tempo de contribuição – 36 anos – e da sua idade – 59 é igual a 95, não se

aplica o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria.

No entanto, para se aposentar por tempo de contribuição deverá ter, no mínimo,

35 anos de contribuição.

Fernando contará, em 2017, com 35 anos de contribuição e 50 anos de

idade, o fator previdenciário será utilizado, obrigatoriamente, no cálculo do

salário de benefício e, consequentemente, no da renda mensal do benefício

requerido.

Fernando não poderá ser beneficiado pela regra da tabela acima. Como a soma

de seu tempo de contribuição – 35 anos – e de sua idade – 50 é igual a 85,

aplica-se o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria. Para que o fator

previdenciário não seja exigido, será necessário que Fernando apresente 96 na

soma do seu tempo de contribuição e da sua idade, desde que cumprido o tempo

mínimo de contribuição de 35 anos.

É importante destacar, ainda, que para a apuração da renda mensal dos

benefícios dos segurados, há que se observar a regra disposta no art. 34 da Lei nº

8.213/91, com nova redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015:

• para o segurado empregado, o empregado doméstico e o trabalhador

avulso, serão computados os salários de contribuição referentes aos meses de

contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador

doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis;

• para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e

o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente será computado como salário de

contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria.

• para o contribuinte individual que prestar serviço à empresa ou for filiado

à cooperativa de trabalho ou de produção, a partir de abril de 2003, serão computados os

salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não

recolhidas pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das

penalidades cabíveis; e

• para os demais segurados, somente serão computados os salários de

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contribuição referentes aos meses de contribuição efetivamente recolhida.

Isso quer dizer que o empregado, o empregado doméstico, o trabalhador avulso e

contribuinte individual que tem descontada sua contribuição pela empresa gozam de

presunção de recolhimento para o cálculo do salário de benefício. Já os demais terão os

seus salários de contribuição considerados para o cálculo do seu salário de benefício

somente aqueles cuja contribuição foi efetivamente recolhida.

É imperioso destacar, ainda, que no caso do segurado empregado, inclusive o

doméstico, e do trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a

concessão do benefício pleiteado, mas que não possam comprovar o valor dos seus

salários de contribuição no período básico de cálculo será concedido o benefício de

valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos

salários de contribuição.3

A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o critério acima, deve ser

reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá,

a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que

prevalecia até então.

4. DA RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO – RMI

O valor da pensão por morte será o valor da aposentadoria que o segurado

recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data

de seu óbito (100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,

voltando a pensão por morte a ser integral. Os benefícios que foram concedidos sob

a vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se adequarem à lei então

vigente.

O auxílio-reclusão seguirá as mesmas regras impostas à pensão por morte para

apuração de sua renda mensal inicial, no que for cabível. O seu valor inicial será de

100% da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data de seu

recolhimento à prisão.

Exemplo:

João, aposentado, faleceu em julho de 2015, deixando 02 dependentes. O valor de

sua aposentadoria, na data do óbito, era de R$2.000,00.

A pensão por morte será de R$2.000,00 dividida em partes iguais para os 02

dependentes. Cada um receberá R$ 1.000,00.

CAPÍTULO 11 - ACIDENTE DO TRABALHO

2. O ACIDENTE DO TRABALHO

O art. 19 da Lei nº 8.213/91, após a publicação da Lei Complementar nº

150/2015, passou a dispor que:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

empresa ou do empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados

referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação

3. Art. 35, Lei nº 8213/9, com redação dada pela LC nº 150/2015.

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funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalho.

O acidente do trabalho contemplava somente os segurados empregado,

trabalhador avulso e especial.

Daí podia-se concluir que somente empregados, trabalhadores avulsos e

segurados especiais poderiam ter seus benefícios caracterizados como acidentários.

Com a nova redação do art. 19 da Lei nº 8.213/91, o empregado doméstico foi

incluído no conceito de acidente do trabalho.

O seguro contra acidente do trabalho que fora estendido aos empregados

domésticos, com a alteração do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, foi

regulamentado pela Lei Complementar nº 150/2015, trazendo alteração no texto dos

artigos 19, 21-A e 22 da Lei nº 8.213/91.

Os empregados domésticos passaram a ter direito aos benefícios de natureza

acidentária (decorrentes de acidente do trabalho) e o empregador doméstico terá a

obrigação de recolher a contribuição previdenciária, a título de SAT, de 0,8% sobre a

remuneração paga ou devida ao empregado no mês anterior.

Os benefícios previdenciários pagos ao empregado, inclusive o doméstico, ao

trabalhador avulso e ao segurado especial, bem como aos dependentes, em decorrência

de acidente do trabalho, são:

- auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho;

-auxílio-acidente por acidente de trabalho e

- pensão por morte por acidente de trabalho.

5. A COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO – CAT

Com a extensão do seguro contra acidente do trabalho e a caracterização de

benefícios de natureza acidentária aos empregados domésticos, fica o empregador

doméstico com a obrigação de emitir a CAT.

Caberá à empresa e ao empregador doméstico expedir a CAT – Comunicação de

Acidente de Trabalho ao INSS até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em

caso de morte, de imediato, sob pena de multa.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o artigo 21-A da Lei

8.213/91 também foi modificado, passando a prever que a perícia médica do Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da

incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o

trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do

empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na

Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o

regulamento. E, caso isso venha acontecer, poderão a empresa, o empregador doméstico

ou o segurado recorrer da decisão junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

6. ESTABILIDADE DO ACIDENTADO

O art. 118 da Lei de Benefícios determina que o segurado que sofreu acidente

do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu

contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,

independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Apesar de o referido artigo trazer o termo segurado, podemos entender que o

empregado e o empregado doméstico (após LC nº 150/2015) terão estabilidade, uma

vez que os outros segurados que poderão sofrer acidente do trabalho (trabalhador avulso

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e segurado especial) não possuem vínculo empregatício com empresas urbana ou rural

ou com o empregador doméstico.

O auxílio-doença somente é devido se for constatada incapacidade temporária do

segurado empregado por mais de 15 dias consecutivos.4 A regra antes trazida pela

Medida Provisória nº 664/2014, não foi aprovada pelo Congresso Nacional e a Lei nº

13.135/2015 restabeleceu o art. 59 da Lei nº 8.213/91, concedendo o auxílio-doença

para o segurado empregado a partir do 16º dia do afastamento, cabendo ao empregador

lhe pagar o salário integral durante os primeiros 15 dias.

.

CAPÍTULO 12 – DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

1. DO AUXÍLIO-DOENÇA

1.1. Fato gerador

O auxílio-doença é um benefício não programado, concedido em face da

incapacidade relativa ou temporária do segurado para o trabalho ou para o exercício de

suas atividades habituais por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

O art. 59 da Lei nº 8.213/91 foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, exigindo

que, para o gozo do auxílio-doença, a incapacidade do segurado tem que ser por mais de

15 dias consecutivos.

1.2. Avaliação da incapacidade

Com a Lei nº 13.135/15, o auxílio-doença para o empregado voltou a ser devido

quando ficar incapacitado por mais de 15 dias. O auxílio-doença será devido ao

empregado a partir do 16º dia do seu afastamento.

A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu

cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos 15 (quinze) primeiros

dias de incapacidade e somente deverá encaminhar o segurado empregado à perícia

médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar quinze dias.

Os demais segurados, incluindo o empregado doméstico, terão direito ao

benefício de auxílio-doença a partir do início da incapacidade.

A inclusão do §5º ao art. 60, da Lei nº 8.213/91, pela Lei nº 13.135/2015 veio

permitir que a perícia médica seja feita por órgãos e entidades públicos ou que integrem

o SUS, com coordenação e supervisão do INSS.

Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou

setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de

implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência

social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do

regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de

colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização

de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e

4. Súmula TST 378: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº

8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 105 e

230 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I. É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12

meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 – inserida em

01.10.1997)

II. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do

auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de

causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte – ex-OJ nº 230 da SBDI-1 – inserida em

20.06.2001)

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supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde

(SUS).

1.5. Data de início do benefício

O auxílio-doença será devido:

• para o empregado:

a) a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do

seu afastamento;

b) a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data do

seu afastamento e

para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:

a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da

incapacidade;

b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da

incapacidade.

Veja que no caso do empregado, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade

serão pagos pelo empregador a título de salário integral, iniciando o direito ao auxílio-

doença somente a partir do 16º dia do afastamento.

1.6. Modalidades de auxílio-doença

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico

passou a ter direito ao benefício de auxílio-doença acidentário. Isso, porque o art. 19 da

Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no conceito de

acidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior.

Somente os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos e

os segurados especiais têm direito ao auxílio-doença acidentário (os demais segurados

receberão sempre auxílio-doença previdenciário).

O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuição

de seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho.

2.7.Outras regras

O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe

garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade.

Nessa hipótese, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer

atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade

para cada uma das atividades exercidas.

O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será

considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado.

QUADRO RESUMO

AUXÍLIO-DOENÇA

Beneficiários Todos os segurados.

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Requisitos

Incapacidade para o exercício do trabalho ou atividades

habituais por mais de quinze dias consecutivos. Necessidade de

perícia médica a cargo da Previdência Social.

Carência

12 contribuições mensais, exceto no caso da causa ter sido

acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na lista

elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de

efetivo exercício na atividade, imediatamente anteriores à data

do requerimento do benefício.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI

91% do salário de benefício.

O valor do auxílio-doença não poderá exceder a média

aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição,

inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado

o número de doze, a média aritmética simples dos salários de

contribuição existentes5.

Data de início do

benefício – DIB

• para o empregado:

a) a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o

benefício até o 30 dias da data do afastamento;

b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o

afastamento e a data de entrada do requerimento

decorrerem mais de 30 dias.

• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido

dentro de 30 dias do início da incapacidade; b) da data da entrada do requerimento, se requerido após

decorrerem 30 dias do início da incapacidade.

Divisão do

auxílio-doença em

acidentário ou

previdenciário

Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho.

Após a cessação do auxílio-doença acidentário o segurado

mantém pelo prazo mínimo de doze meses o contrato de

trabalho, independentemente do recebimento de auxílio-acidente.

Previdenciário = incapacidade decorre de outros eventos exceto

acidente do trabalho

Suspensão do

benefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do

INSS ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional.

Cessação do

benefício

• quando cessar a incapacidade;

• quando transformar-se em aposentadoria por invalidez;

• quando conceder auxílio-acidente.

• quando o segurado falecer.

3. AUXÍLIO-ACIDENTE

5. Art. 29,§10, Lei nº 8.213/91.

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O empregado doméstico passou a ter direito ao auxílio-acidente.

Antes da publicação da LC nº 150/2015, apenas tinham direito ao auxílio-

acidente os segurados empregado, trabalhador avulso e especial.

AUXÍLIO-ACIDENTE

Beneficiários Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e

segurado especial.

Natureza

jurídica

CARÁTER INDENIZATÓRIO por redução na capacidade para

o trabalho.

Requisitos

Ocorrência de acidente de qualquer natureza que implique:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente

exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente

exercia e que exija maior esforço para o desempenho da

mesma atividade que exercia à época do acidente;

• impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à

época do acidente, porém que permita o desempenho de outra,

após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados

pela perícia médica do INSS.

Carência NÃO EXIGE CARÊNCIA MÍNIMA.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI 50% do salário de benefício.

Data de início

do benefício –

DIB

Dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.

Da data do requerimento administrativo quando não precedido

de auxílio-doença;

Da data da citação da autarquia quando não houver requerimento

administrativo6.

Classificação

em auxílio-

acidente

acidentário e

previdenciário

Acidentário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre

de acidente do trabalho (típico, atípico ou por equiparação).

Previdenciário = a perda parcial da capacidade laborativa,

decorre de acidente de qualquer natureza. A causa não é acidente

do trabalho.

Suspensão do

benefício

Em caso de retornar incapacidade temporária cuja causa seja a

mesma que originou o auxílio-acidente.

Cessação do

benefício

• com a concessão de qualquer aposentadoria ao segurado;

• com a morte do segurado;

• com a emissão de certidão de tempo de contribuição – CTC

para averbação de tempo de serviço/contribuição em outro

regime previdenciário.

6 STJ, EResp n°735.329/RJ, de 06/05/2011.

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Outros

A percepção de salário, salário-maternidade ou seguro-

desemprego não impede o recebimento do auxílio-acidente.

Pode ser concedido ainda que o segurado esteja desempregado,

desde que o acidente ocorra em época que o indivíduo esteja na

condição de segurado do RGPS.

Não se acumula com aposentadoria.

Não é possível condicionar a concessão de auxílio-acidente à

percepção de auxílio-doença antecedente (Parecer n.

18/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU).

3. DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

3.4. Data de início do benefício

Se o benefício for concedido pela transformação do auxílio-doença em

aposentadoria, a data do seu início será o dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,

qualquer que seja a qualidade de segurado.

Nesse caso, ainda que o segurado seja empregado, não terá o empregador o

dever de lhe pagar os 15 primeiros dias a título de salário, uma vez que já havia

assumido esse ônus quando da concessão do auxílio-doença.

Já se a aposentadoria por invalidez for concedida de forma imediata o benefício

será devido:

• para o empregado:

a) a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do

seu afastamento;

b) a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data do

seu afastamento e

• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:

a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da

incapacidade;

b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da

incapacidade

Veja que no caso do empregado, quando a aposentadoria por invalidez for

concedida instantaneamente, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos

pelo empregador a título de salário, iniciando o direito à aposentadoria somente a partir

do 16º dia do afastamento7. Perceba que não está incluído, nessa regra, o empregado

doméstico, sendo este tratado como os demais segurados. O empregador doméstico não

tem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado os 15 primeiros dias de

afastamento.

3.5. Modalidades de aposentadoria por invalidez

7. Os 15 primeiros dias pagos pelo empregador não terão a incidência de contribuição previdenciária, segundo entendimento do STJ

(REsp 942.365-SC).

Page 22: DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO …...nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015. Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por morte e

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico

passou a ter direito ao benefício de aposentadoria por invalidez acidentária. Isso, porque

o art. 19 da Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no

conceito de acidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior.

A aposentadoria por invalidez de natureza acidentária pode ser concedida apenas

aos segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e segurados

especiais.

O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuição

de seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Beneficiários Todos os segurados

Requisitos

Incapacidade permanente para o exercício do trabalho e insuscetível de

reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a

subsistência. Necessidade de perícia médica a cargo da Previdência

Social.

Carência

Doze contribuições mensais, EXCETO no caso da causa ter sido

acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na lista

elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo

exercício na atividade, imediatamente anteriores à data do

requerimento do benefício.

Salário de

benefício –

SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda

mensal

inicial –

RMI

100% do salário de benefício.

O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da

assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% e poderá

ultrapassar o valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS

Data de

início do

benefício –

DIB

• Se for concedida pela transformação do auxílio-doença: a partir do

dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença;

• Se for concedida de imediato:

A) para o empregado, exceto o doméstico: a partir do 16º dia do

afastamento, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;

B) para os demais segurados: a partir da data do início da

incapacidade, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;

C) para todos os segurados: a partir da data do requerimento, quando

requerido após o 30º dia do afastamento.

• Entendimento do STJ é de que a citação válida deve ser considerada

como termo inicial para a implantação da aposentadoria por invalidez

concedida na via judicial quando ausente prévia postulação

administrativa.

Dividida em

acidentária

Acidentária= incapacidade decorre de acidente do trabalho

Previdenciária = incapacidade não decorre de acidente do trabalho.

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Beneficiários Todos os segurados

ou

previdenciári

a

Decorre de outros eventos, exceto o acidente do trabalho.

Suspensão do

benefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ou

recusar ao tratamento de reabilitação profissional.

O aposentado por invalidez que completar 60 anos de idade estará

isento do exame médico periódico a cargo do INSS.

Cessação do

benefício

• quando cessa a incapacidade;

• quando o segurado falece;

• quando o segurado retorna voluntariamente à atividade.

5. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

5.5. Da renda mensal inicial

A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo da

aposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº

676/2015.

Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que

preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela

não incidência do fator previdenciário8, no cálculo de sua aposentadoria, quando o

total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as

frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

MULHERES (soma do

tempo de contribuição e da

idade)*

HOMENS (soma do

tempo de

contribuição e da

idade)*

ANO DO REQUERIMENTO

85 95 Até 2016

86 96 2017 a 2018

87 97 2019

88 98 2020

89 99 2021

90 100 2022

* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do

professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício

de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Sugiro ao leitor que leia o item 3 do capítulo 10.

8. SALÁRIO-FAMÍLIA

8.1. Requisitos

8.A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento desta

atualização.

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O salário-família para o empregado doméstico teve sua regulamentação trazida

pela Lei Complementar nº 150/2015, alterando a redação do artigo 65 da Lei nº

8.213/91.

Veja que para se ter direito ao salário-família é necessário:

• ser segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso;

• ter filhos menores de 14 anos ou inválidos;

• ter salário de contribuição menor ou igual a R$ 1.089,729.

O empregado doméstico terá apenas que apresentar a certidão de nascimento do

filho.

Veja o que dispõe o art. 67 da Lei nº 8.213/91:

“Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da

certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou

ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de

comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos do

regulamento.

Parágrafo único. O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão de

nascimento referida no caput.” (Incluído pela Lei Complementar nº 150, de

2015)

8.7. Outros pontos importantes

A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os

comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização

da Previdência Social.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Beneficiários

Segurados:

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em atividade;

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em gozo de auxílio-

doença ou aposentadoria por invalidez ou idade;

• trabalhador rural (empregado e trabalhador avulso rural) aposentado por idade;

• demais aposentados, desde que empregados, empregados domésticos ou

trabalhadores avulsos, maiores de 65 anos, homem, e de 60 anos, mulher.

Carência NÃO HÁ CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES.

Requisitos

• possuir baixa renda = salário de contribuição igual ou inferior ao fixado por

Portaria Interministerial dos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.*

• ter filhos menores de 14 anos ou inválidos

Data de início

do benefício –

DIB

A partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação

do equiparado a filho e atestado de vacinação obrigatória para filho até 06 anos e

frequência escolar a partir dos 7 anos de idade.

O empregado doméstico somente deverá apresentar a certidão de

nascimento do filho.

No caso de invalidez de filho ou equiparado maior de 14 anos, deve ser feita

perícia médica a cargo da previdência social.

9. Valores estabelecidos pela Portaria MPS/MF nº 13 /2015

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Suspensão do

benefício

• Na falta da entrega da renovação da documentação exigida para a concessão do

benefício.

Outras

questões

• Quando mãe e pai forem, ambos, segurados do RGPS e preencherem os

requisitos do benefício, será pago salário-família para os dois, pai e mãe.

• As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador

doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação

quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o Regulamento.

• A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos

os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes,

para fiscalização da Previdência Social.

*. O valor da cota do salário família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14

(quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 205, é de:

I - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal não

superior a R$ R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);

II - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensal

superior a R$ 725,02(setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$

1.089,72 (um mil e oitenta e nove reais e setenta e dois centavos).

10. PENSÃO POR MORTE

10.2. Beneficiários

No que diz respeito às regras trazidas pela Medida Provisória nº 664/2014,

importantíssimo esclarecer que nem todas elas foram aprovadas pelo Congresso

Nacional.

A Lei nº 13.135/2015, que converteu a MP nº 664/2014, trouxe novas regras

para a pensão por morte, determinando, inclusive, que os atos praticados com base em

dispositivos da referida MP, serão revistos e adaptados ao disposto na nova Lei.

Os cônjuges, companheiros e companheiras vão ter direito à pensão por

morte, independentemente do tempo de contribuição do segurado falecido. A pensão

por morte a esses dependentes passou a ser temporária ou vitalícia.

Será devida a pensão por morte ao cônjuge, companheiro ou companheira:

por 04 meses, quando o segurado não tiver 18 contribuições mensais ou

se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do

óbito do segurado, salvo se a morte for decorrente de acidente de qualquer

natureza, doença profissional ou do trabalho.

pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado possua 18 ou

mais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tenham sido iniciados há,

pelo menos, 02 anos da data do óbito. A mesma regra é aplicada nos casos de o óbito

decorrer de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho, mesmo que não haja 18 contribuições e o casamento ou a união estável não tenham 02

anos até a data da morte do segurado.

Idade X do cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos

Duração do benefício de pensão por

morte, em anos

menor que 21 3

entre 21 e 26 6

entre 27 e 29 10

entre 30 e 40 15

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entre 41 e 43 20

44 anos ou mais vitalícia

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se

verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos

os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,

poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado o

acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando

se tratar de inválido ou com deficiência. Neste caso, são garantidos, no mínimo,

conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da tabela acima.

Para facilitar a compreensão, veja o quadro abaixo:

Regras para concessão de

pensão por morte ao

cônjuge, companheiro,

companheira

Número de contribuições

do segurado falecido e

tempo de casamento ou

união estável

Tempo de duração da

pensão por morte

Regra I – (regra geral)

Menos de 18 contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há menos de 02 anos até a

data do óbito.

04 meses

Regra II – (regra geral)

A pensão será temporária

ou vitalícia, dependendo da

idade do cônjuge,

companheiro e

companheira na data do

óbio do segurado.

18 ou mais contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há, pelo menos, 02 anos até

a data do óbito.

Tempo Idade do

cônjuge

na data

do óbito

do

segurado

03anos Menor que

21

06 anos Entre 21 e

26

10 anos Entre 27 e

29

15 anos Entre 30 e

40

20 anos Entre 41 e

43

Vitalícia 44 anos ou

mais

Regra III Mesmo não havendo 18 ou

mais contribuições do

segurado e 02 anos ou mais

de casamento/união estável

até a data do óbito do

segurado, se a morte

decorrer de acidente de

Tempo Idade do

cônjuge

na data

do óbito

do

segurado

03anos Menor que

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qualquer natureza ou de

doença profissional ou do

trabalho .

21

06 anos Entre 21 e

26

10 anos Entre 27 e

29

15 anos Entre 30 e

40

20 anos Entre 41 e

43

Vitalícia 44 anos ou

mais

Regra IV Inválido ou deficiente

-menos de 18 contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há menos de 02 anos até a

data do óbito.

Até a cessação da invalidez

ou o afastamento da

deficiência, garantido, no

mínimo, o prazo de 04

meses.

Regra V Inválido ou deficiente

- 18 ou mais contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há, pelo menos, 02 anos até

a data do óbito.

Até a cessação da invalidez

ou o afastamento da

deficiência, garantido, no

mínimo, o prazo da tabela

da regra II.

Importante dizer que aos demais dependentes dos segurados do RGPS não se

aplicam as regras dispostas no quadro acima.

Os filhos, irmãos e pais terão suas cotas de pensão cessadas nos moldes do item

10.7 deste capítulo.

Sugiro ao leitor que verifique as anotações constantes no capítulo 9 acerca dos

filhos e dos irmãos dos segurados, especialmente quanto à inclusão de pessoas com

deficiência grave.

10. 3. Da carência

Com a restauração da redação anterior do art. 26, inciso I, da Lei nº 8.213/91

pela Lei nº 13.135/2015, o benefício de pensão por morte voltou a não exigir

carência para a sua concessão.

10.4. Renda mensal inicial – valor inicial

O valor da pensão por morte será o valor da aposentadoria que o segurado

recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data

de seu óbito (100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,

voltando a pensão por morte a ser integral. Os benefícios que foram concedidos sob a

vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se adequarem à lei vigente.

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Foi revogado o §4º do art. 77 da Lei nº 8.213/91 que dispunha que “a parte

individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que o torne

absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade

remunerada, será reduzida em 30% (trinta por cento), devendo ser integralmente

restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade

empreendedora”.

Assim, o filho e o irmão com deficiência intelectual ou mental não terão mais

redução na sua quota de pensão por morte, caso venham exercer atividade remunerada.

10.7. Cessação da pensão

O direito à percepção de cada cota individual de pensão por morte cessará:

I - pela morte do pensionista;

II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21

(vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência10

.;

III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;

IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência

grave, pelo afastamento da deficiência11

;

V - para cônjuge ou companheiro(a):

a) em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)

contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, salvo nos casos em que a morte

decorrer de acidente de qualquer natureza, de doença profissional ou do trabalho;

b) após os períodos descritos na tabela abaixo, estabelecidos de acordo com a idade do

beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18

(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento

ou da união estável. O mesmo acontece se a morte do segurado ocorrer de acidente de

qualquer natureza ou causa, ainda que não tenha 18 contribuições mensais e nem 02

anos de casamento ou união estável.

Idade cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos

Duração do benefício de

pensão por morte (em

anos)

Menor de 21 3

Entre 21 e 26 6

Entre 27 e 29 10

Entre 30 e 40 15

Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento

10. A partir de 180 dias a contar de 07/07/2015, a emancipação será causa de cessação da cota de pensão do irmão (Lei nº

13.146/2015). Para o filho, como não houve modificação do inciso I, do art. 16 da Lei nº 8.213/91, a emancipação

continua sendo causa de perda do benefício. 11. No caso do filho e do irmão com deficiência intelectual ou mental, a pensão será cessada pelo levantamento da

interdição até que entre em vigor a nova redação do art. 16, inciso I, da Lei nº 8.213/91 (entrará em vigor em 180 dias a

contar de 07/07/2015). Não vai haver a necessidade de declaração judicial de incapacidade civil para inclui-los como

dependentes.

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da deficiência, respeitados os períodos mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

Quando o pensionista inválido completar 60 anos de idade, ficará isento do exame

médico periódico a cargo do INSS12

.

VI) pelo levantamento da interdição para o pensionista com deficiência mental ou

intelectual13.

VII) pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais biológicos. No caso

em que cônjuge ou companheiro adote o filho do outro, a pensão recebida do pai

biológico falecido não será cessada.

Quando o direito à pensão cessar em relação a um dependente, a pensão por

morte reverterá em favor dos demais dependentes.

Peço ao leitor que confira o item 10.4. deste capítulo.

10.8. Outras questões importantes

Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira

se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união

estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício

previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao

contraditório e à ampla defesa.

E, perderá o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado

pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. Essa

regra é aplicada para todos os dependentes.

PENSÃO POR MORTE

Beneficiários

Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar

dependência econômica.

Requisitos • Óbito do segurado;

• morte presumida declarada por decisão judicial.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA EXIGIDA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o

benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou

se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos

de 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20 ou de forma vitalícia, conforme tabela já

demonstrada, se o segurado tiver 18 contribuições e o casamento

ou a união estável tiverem sido iniciados há pelo menos 02 anos da

data do óbito do segurado.

12. Nova redação do art. 101 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei nº 13.063/2014. 13. No caso do filho e do irmão com deficiência intelectual ou mental, a pensão será cessada pelo levantamento da

interdição até que entre em vigor a nova redação do art. 16, incisos I e III, da Lei nº 8.213/91 (entrará em vigor em 180 dias

a contar de 07/07/2015). Não vai haver a necessidade de declaração judicial de incapacidade civil para inclui-los como

dependentes.

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• Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza

ou de doença profissional ou do trabalho, o cônjuge, o

companheiro ou a companheira, não precisará comprovar 02 anos

de casamento ou de união estável até a data do óbito ou 18

contribuições mensais do segurado. Terá o benefício por anos,

conforme item b, acima.

Renda

mensal inicial

– RMI

• Quando o segurado já era aposentado = valor da aposentadoria.

• Quando o segurado encontrava-se em atividade = 100% do valor da

aposentadoria por invalidez que teria direito o segurado na data do

óbito.

Benefício

devido a

partir de

• Data do óbito, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da data do óbito;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa

idade.

• Data do requerimento: quando superado o prazo acima

mencionado.

• Data da decisão judicial: quando se tratar de morte presumida.

• Data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre: se

requerida até trinta dias desta.

Suspensão do

benefício

Quando o dependente inválido não comparecer à perícia médica ou à

convocação do INSS ou não se submeter ao processo de reabilitação

profissional quando prescrito pela previdência social.

Essa regra não é aplicada para os pensionistas inválidos que

completarem 60 anos de idade.

Cessação do

benefício

• Quando o filho ou irmão completar 21 anos, salvo na condição de

inválido ou que possua deficiência intelectual ou mental, declarado

judicialmente;

• quando o dependente inválido tiver a invalidez cessada;

• pela morte do dependente pensionista.

• pelo levantamento da interdição no caso de filhos e irmãos com

deficiência mental ou intelectual, declarado judicialmente.

pelo afastamento da deficiência do filho ou do irmão;

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável

tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito do

segurado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,

respeitados os períodos mínimos descritos na letra “a”.

• pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais

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biológicos, exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a)

do outro(a).

Outras ­questões

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o

condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a

morte do segurado.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira, perderá a pensão por

morte se, comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no

casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim

exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em

processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e

à ampla defesa.

A pensão não se acumula com pensão deixada por cônjuge ou

companheira, dando-se o direito à opção pela mais vantajosa.

O casamento do(a) cônjuge ou do(a) companheiro(a) após a

concessão do benefício não faz cessar a pensão por morte.

Segundo entendimento do STJ, a mulher que renunciou aos

alimentos na separação judicial ou divórcio, poderá ter direito à

pensão por morte, se comprovada a dependência econômica

superveniente.

O recebimento de pensão por morte não impede o pagamento de

seguro-desemprego quando o dependente tiver direito.

Pensão por morte e aposentadoria podem ser recebidas

conjuntamente.

11. AUXÍLIO-RECLUSÃO

11.2. Dos beneficiários

Peço ao leitor que se remeta ao item 10.2, visto que o auxílio-reclusão será

devido nas mesmas condições da pensão por morte (art. 80, Lei nº 8.213/91).

11. 3. Da carência

O auxílio-reclusão não exige carência minima de contribuições para que seja

concedido.

11.4. Renda mensal inicial – valor inicial

O valor do auxílio-reclusão corresponderá ao valor da aposentadoria por

invalidez a que teria direito o segurado na data de seu recolhimento à prisão

(100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,

voltando a pensão por morte e o auxílio-reclusão a ser integrais. Os benefícios que

foram concedidos sob a vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se

adequarem à lei em vigor.

11.7. Da cessação do benefício

O direito à percepção de cada cota individual de pensão por morte cessará:

(...)

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i) para cônjuge ou companheiro(a):

1) após 04 meses, se a prisão ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)

contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.

2) após os períodos descritos na tabela abaixo, estabelecidos de acordo com a idade do

beneficiário na data da prisão do segurado, se a prisão ocorrer depois de vertidas 18

(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento

ou da união estável:

Idade cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos

Duração do benefício de

auxílio-reclusão (em

anos)

Menor de 21 3

Entre 21 e 26 6

Entre 27 e 29 10

Entre 30 e 40 15

Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento

da deficiência, respeitados os períodos mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

Como o auxílio-reclusão é devido nas mesmas condições da pensão por morte,

conclui-se que, no que couber, as mudanças promovidas pela Lei 13.135/2015 na

pensão por morte se estenderam ao auxílio-reclusão. Desse modo, as regras que

atingiram o cônjuge, companheiro e companheira devem ser aplicadas, adaptando-as às

especificidades do benefício de auxílio-reclusão.

Caso ocorra alguma hipótese de cessação do benefício anterior ao prazo

estabelecido pela Lei nº 8.213/91, o benefício deverá ser cessado.

Exemplo:

Segurado de baixa renda foi preso para cumprir pena em regime fechado. Sua

esposa irá receber o benefício de auxílio-reclusão por 04 meses porque o

segurado, no momento da prisão, possuía apenas 10 contribuições mensais à

Previdência.

Caso, o segurado seja solto no 2º mês, o benefício será cessado. Caso o

segurado permaneça preso após os primeiros 04 meses de gozo do benefício, o

auxílio-reclusão da esposa será cessado, salvo se ela for inválida ou deficiente.

Quando o pensionista inválido completar 60 anos de idade, ficará isento do

exame médico periódico a cargo do INSS14

.

Quando o direito ao auxílio-reclusão cessar em relação a um dependente, a cota

do benefício reverterá em favor dos demais dependentes.

Peço ao leitor que confira o item 10.4. deste capítulo.

AUXÍLIO-RECLUSÃO

14. Nova redação do art. 101 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei nº 13.063/2014.

Page 33: DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO …...nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015. Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por morte e

Beneficiários

Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar

dependência econômica

Requisitos

Recolhimento do segurado à prisão para cumprir pena em regime

fechado ou semiaberto. Pode ser concedido quando a prisão for

provisória.

Não cabe em caso de cumprimento de pena em regime aberto e

de prisão civil.

O último salário de contribuição do segurado deve ser igual ou menor

que R$ 1.089,72 (a partir de janeiro de 2015 – Portaria MPS/MF nº

13/2015).

Não pode o segurado estar recebendo auxílio-doença, aposentadorias,

abono de permanência em serviço ou remuneração de empresa.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o

benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se

o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo

menos, 02 anos antes da reclusão do segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável

tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data da reclusão do

segurado.

Se ocorrer alguma causa de cessação do benefício antes do prazos

descritos, o benefício será cessado.

Esses prazos somente serão cumpridos se não houver, antes outra

causa de cessação do benefício, como soltura do segurado, por

exemplo.

Renda mensal

inicial – RMI

= 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito o

segurado na data do recolhimento à prisão.

Data de início

do benefício –

DIB

• Data do recolhimento à prisão, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da prisão;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa

idade.

• Data do requerimento: quando superado o prazo acima

mencionado.

Suspensão do

benefício

• Em caso de fuga.

• Em caso de recebimento de auxílio-doença pelo segurado. Nesse

caso, tem que haver a concordância do dependente.

• no caso do dependente não apresentar o atestado trimestral emitido

pela autoridade competente.

• no caso do segurado deixar a prisão por livramento condicional ou

para cumprir pena em regime aberto.

Cessação do

benefício

• Quando o dependente perde essa qualidade de beneficiário;

• quando o segurado passa a receber aposentadoria;

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• quando o segurado morre. Nesse caso, o valor do auxílio-reclusão

se converte automaticamente em pensão por morte;

• na data da soltura;

• pelo levantamento da interdição para o filho ou o irmão (vigência

até 180 dias a contar de 07//07/2015)

• pelo afastamento da deficiência, para o filho ou irmão com

deficiência grave (vigência em 180 dias a contar de 07/07/2015);

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há

menos de 02 anos antes da reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável

tiverem sido iniciados há menos 02 anos da data da reclusão do

segurado. . Nesse caso, se ocorrer alguma causa de cessação do

benefício antes do prazo descrito, o benefício será cessado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da

deficiência, respeitados os períodos mínimos descritos na

letra “a”.

• pela adoção do filho que recebia auxílio-reclusão dos pais

biológicos exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a)

do outro(a).

Pontos

importantes

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do maior de

16 e menor de 18 anos que se encontre internado em estabelecimento

educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da

Juventude, desde que, obviamente, segurado do RGPS.

CAPÍTULO 14 – QUESTÕES GERAIS SOBRE BENEFÍCIOS

6. OUTRAS QUESTÕES SOBRE BENEFÍCIOS

Foi alterado o inciso VI do art. 115 da Lei nº 8.213/91, pela Medida Provisória

nº 681/2015, aumentando o percentual de desconto a ser promovido no benefício do

RGPS para pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações

de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de

arrendamento mercantil, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo

beneficiário

O limite passou para 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício,

sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para a amortização de

despesas contraídas por meio de cartão de crédito.

CAPÍTULO 17 – AS EMPRESAS E AS ENTIDADES EQUIPARADAS E OS

EMPREGADORES

4. DO EMPREGADOR DOMÉSTICO

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A contribuição do empregador doméstico foi alterada pela Lei Complementar nº

150/2015.

A contribuição que, antes era de 12% sobre o salário de contribuição do

empregado doméstico, passará a ser de:

- 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade

social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24

de julho de 1991 e

- 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do

seguro contra acidentes do trabalho.

O recolhimento da contribuição previdenciária do empregador doméstico e de seu

empregado será feito mensalmente através do regime unificado de tributos, de

contribuições e demais encargos do empregador doméstico – SIMPLES DOMÉSTICO,

que deverá ser regulamentado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de

entrada em vigor da Lei Complementar nº 150/2015 (02/06/2015).

O SIMPLES DOMÉSTICO assegurará o recolhimento mensal, mediante

documento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a

cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei no 8.212, de 24

de julho de 1991;

II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade

social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24

de julho de 1991;

III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do

seguro contra acidentes do trabalho;

IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;

V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida no

mês anterior ao empregado doméstico destinada ao pagamento da indenização

compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregado;

VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7o da Lei

no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente.

O empregador fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia do

documento de arrecadação do SIMPLES DOMÉSTICO.

O empregador doméstico deverá recolher as contribuições previdenciárias até o

dia 07 do mês seguinte ao da competência.

CAPÍTULO 19 – CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

4. Contribuição do empregado doméstico

O empregador doméstico terá até o dia 07 do mês seguinte ao da competência

para:

• pagar a sua contribuição própria de empregador, correspondente a 8,8%

sobre a remuneração devida no mês anterior ao empregado doméstico e

• recolher a contribuição retida do empregado doméstico na alíquota

correspondente à sua faixa de salário de contribuição.

CAPÍTULO 20 – CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS

6. Da contribuição da empresa sobre os serviços prestados por cooperativas de

trabalho

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(...)

O STF, no julgamento do RE.595.838 entendeu ser inconstitucional o inciso IV

do art. 22 da Lei nº 8.212/91. Entendeu o Pretório Excelso que a contribuição das

empresas, incidente sobre a nota fiscal ou fatura de services emitida pelas cooperativas

de trabalho não poderia ter sido criada por lei ordinária. Concluiu que a contribuição

destinada a financiar a seguridade social, que tivesse base econômica estranha àquelas

indicadas no art. 195 da Constituição Federal, somente poderia ser legitimamente

instituída por lei complementar, nos termos do art. 195, §4º da CF.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil, por sua vez, publicou o Ato

Declaratório Interpretativo RFB nº 5, de 25 de maio de 2015, dispondo que não

constituirá crédito tributário decorrente da contribuição de que trata o § 1º do art. 1º da

Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, que instituiu contribuição adicional àquela prevista

no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, para fins de custeio de aposentadoria

especial para cooperados filiados a cooperativas de trabalho.

CAPÍTULO 22 – PRAZOS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS

1. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

O empregador doméstico deverá recolher a sua contribuição e a do seu empregado

doméstico até o dia 07 do mês seguinte ao da competência.

CAPÍTULO 28 – COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA RECEITA

FEDERAL DO BRASIL E DO INSS

Com o advento da Lei nº 13.134/2015, o INSS passou a ter competência

administrativa para processar e deferir o seguro-defeso para o pescador artesanal.

No ato da habilitação do seguro-defeso, o INSS deverá verificar a condição de

segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos

da Lei nº 8.212, de 1991, nos últimos doze meses imediatamente anteriores ao

requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do

benefício, o que for menor.

CAPÍTULO 31 – APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO

4.4. Aposentadoria compulsória

A aposentadoria compulsória do servidor ocupante de cargo público efetivo teve

suas regras alteradas pela Emenda Constitucional 88, de 7 de maio de 2015.

Conforme dispõe a nova redação do inciso II do §1º do art. 40 da Constituição

Federal, os servidores abrangidos pelo regime próprio de previdência social serão

aposentados, compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de

contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade,

na forma de lei complementar.

Para que os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo sejam aposentados,

compulsoriamente, aos 75 anos de idade, é necessária a edição de lei complementar. Até

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que seja editada a lei complementar, portanto, os servidores públicos continuarão a ser

aposentados compulsoriamente, aos 70 anos de idade, se homem ou se mulher.

Essa nova regra, todavia, apresenta uma exceção. É que a Emenda

Constitucional nº 88/2015 fez incluir no Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias – ADCT o art. 100, in verbis:

“Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do

§ 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal

Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-

se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, nas

condições do art. 52 da Constituição Federal.”

Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do

Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e

cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.

6.1. A pensão por morte do servidor público federal

A Medida Provisória 664/2014 havia trazido novas regras para a concessão da

pensão por morte do servidor público federal. Todavia, no processo de sua conversão

em lei, o Congresso Nacional não aprovou certas regras além de introduzir várias

modificações na proposta original da Presidente da República.

Foi, então, aprovada a Lei nº 13.135/2015, que alterou os artigos 215, 217, 218,

222, 223, 225 e revogou expressamente o art. 216 e os §§ 1º a 3º do art. 218 da Lei nº

8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Os atos praticados com base em dispositivos da Medida Provisória no 664/2014

serão revistos e adaptados ao disposto na Lei nº 13.135/2015.

6.1.1. Carência

A pensão por morte do servidor público federal não exige carência mínima de

contribuições.

A exigência anteriormente trazida pela Medida Provisória nº 664/2014 não foi

aprovada pelos membros do Congresso Nacional.

6.1.2. Dos beneficiários

Os beneficiários da pensão por morte do servidor federal passam a ser:

I – o cônjuge;

II – o cônjuge divorciado, separado judicialmente ou de fato, com

percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

III – o companheiro ou companheira que comprove união estável como

entidade familiar;

IV – o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes

requisitos:

a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;

b) seja inválido;

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c) tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02 anos contados

de 18/06/2017)

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do regulamento;

V – a mãe e o pai que comprove dependência econômica do servidor; e

VI – o irmão de qualquer condição que comprove dependência

econômica do servidor e atenda a um dos requisitos:

a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;

b) seja inválido;

c) tenha deficiência grave ou (vigência somente em 02 anos contados de

18/06/2017);

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do regulamento;

Após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime de

que tenha dolosamente resultado a morte do servidor, perde o direito à pensão. Essa

regra é aplicada para todos os dependentes.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira perderão o direito à pensão por

morte do servidor se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento

ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir

benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o

direito ao contraditório e à ampla defesa.

Os cônjuges, companheiros e companheiras vão ter direito à pensão por

morte, independentemente do tempo de contribuição do segurado falecido. A pensão

por morte a esses dependentes passou a ser temporária ou vitalícia.

Será devida a pensão por morte ao cônjuge, companheiro ou companheira:

por 04 meses, quando o servidor não tiver 18 contribuições mensais ou

se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do

óbito do segurado, salvo se a morte for decorrente de acidente de qualquer

natureza, doença profissional ou do trabalho.

pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o servidor possua 18 ou

mais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tenham sido

iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito. A mesma regra é aplicada

nos casos de o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou doença

profissional ou do trabalho, mesmo que não haja 18 contribuições e o

casamento ou a união estável não tenham 02 anos até a data da morte do

servidor.

A Lei 13.135/2015 admitiu expressamente que o tempo de contribuição a Regime

Próprio de Previdência Social (RPPS) ou RGPS será considerado na contagem das 18

(dezoito) contribuições mensais, acaso o servidor não possua 18 recolhimentos no RPPS

federal.

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Idade do cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos

Duração do benefício de pensão por

morte, em anos

menor que 21 3

entre 21 e 26 6

entre 27 e 29 10

entre 30 e 40 15

entre 41 e 43 20

44 anos ou mais vitalícia

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se

verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos

os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,

poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado o

acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando

se tratar de inválido ou com deficiência. Neste caso, são garantidos, no mínimo,

conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da tabela acima.

Para facilitar a compreensão, veja o quadro abaixo:

Regras para concessão de

pensão por morte ao

cônjuge, companheiro,

companheira

Número de contribuições

do servidor falecido e

tempo de casamento ou

união estável

Tempo de duração da

pensão por morte

Regra I – (regra geral)

Menos de 18 contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há menos de 02 anos até a

data do óbito.

04 meses

Regra II – (regra geral)

A pensão será temporária

ou vitalícia, dependendo da

idade do cônjuge,

companheiro e

companheira na data do

óbio do servidor.

18 ou mais contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há, pelo menos, 02 anos até

a data do óbito.

Tempo Idade do

cônjuge

na data

do óbito

do

segurado

03anos Menor que

21

06 anos Entre 21 e

26

10 anos Entre 27 e

29

15 anos Entre 30 e

40

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20 anos Entre 41 e

43

Vitalícia 44 anos ou

mais

Regra III

Mesmo não havendo 18 ou

mais contribuições do

segurado e 02 anos ou mais

de casamento/união estável

até a data do óbito do

segurado, se a morte

decorrer de acidente de

qualquer natureza ou de

doença profissional ou do

trabalho.

Tempo Idade do

cônjuge

na data

do óbito

do

segurado

03anos Menor que

21

06 anos Entre 21 e

26

10 anos Entre 27 e

29

15 anos Entre 30 e

40

20 anos Entre 41 e

43

Vitalícia 44 anos ou

mais

Regra IV

Inválido ou deficiente

-menos de 18 contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há menos de 02 anos até a

data do óbito.

Até a cessação da invalidez

ou o afastamento da

deficiência, garantido, no

mínimo, o prazo de 04

meses.

Regra V

Inválido ou deficiente

- 18 ou mais contribuições

mensais;

Casamento/união estável

há, pelo menos, 02 anos até

a data do óbito ou

- morte do servidor

decorrente de acidente de

qualquer natureza ou

doença profissional ou do

trabalho.

Até a cessação da invalidez

ou o afastamento da

deficiência, garantido, no

mínimo, o prazo da tabela

da regra II.

Vale frisar que a partir de junho de 2018 existe a possibilidade de mudanças nas

faixas da pensão temporária e vitalícia, por ato do Ministro de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão, desde que haja o incremento mínimo de um ano inteiro na média

nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da

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população brasileira ao nascer, limitado o acréscimo na comparação com as idades

anteriores ao referido incremento.

A critério da Administração, o beneficiário de pensão motivada por invalidez

poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram

a concessão do benefício.

Para exemplicar:

SITUAÇÃO

HIPOTÉTICA PERGUNTA RESPOSTA

Rosa, servidora pública

federal há 05 anos casou-se,

há um ano, com Joaquim.

Num domingo de manhã,

sentiu um mal súbito e veio a

falecer.

Joaquim terá direito à

pensão por morte de Rosa? SIM.

Joaquim terá direito à pensão

por morte de Rosa por apenas

04 meses, uma vez que o

casamento iniciou-se há menos

de 02 anos da data do óbito da

servidora.

Renata, procuradora federal

há 13 anos, mantinha união

estável com Sandra há 01

ano.

Ontem, as duas saíram para

comemorar o aniversário de

Sandra e, quando voltavam

para casa, sofreram um

acidente automobilístico que

culminou na morte de Renata.

Sandra tinha 40 anos na data

do óbito de Renata.

Sandra terá direito à pensão

por morte de Renata?

SIM.

Sandra é companheira de

Renata, figurando, portanto, na

qualidade de dependente.

Embora a união estável entre

Sandra e Renata tenha apenas 01

ano até a data do óbito da

servidora, a morte de Renata foi

decorrente de acidente, o que

leva à isenção do cumprimento

da exigência de haver união

estável há pelo menos 02 anos

até o óbito.

Renata tinha mais de 18

contribuições para o RPPS.

Sandra vai receber pensão por

morte por 15 anos, porque na

data do óbito da servidora ela

tinha entre 30 e 40 anos.

Aparecida ficou viúva aos 23

anos de idade após viver em

união estável com Júlio pelo

período de 3 anos.

Júlio era aposentado do

Tribunal Regional Federal da

3ª Região.

Aparecida terá direito à

pensão por morte de Júlio? SIM.

Aparecida terá direito à pensão

na condição de companheira.

No entanto, receberá o

benefício por 06 anos, porque

na data do óbito do servidor ela

tinha entre 21 e 26 anos.

Mirtes ficou viúva aos 48

anos de idade após viver com

Luís pelo período de 13 anos.

Luís era servidor do

Ministério da Fazenda há 12

Mirtes terá direito à pensão

por morte de Luís? SIM.

Mirtes terá direito à pensão na

condição de companheira.

Terá pensão vitalícia porque:

- o servidor tinha mais de 18

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anos.

contribuições;

- até a data do óbito, havia

união estável há mais de 02

anos;

- Mirtes tinha 44 ou mais anos

na data da morte de Luís.

Mateus ficou viúvo aos 28

anos de idade após um

casamento de 05 anos com

Isabel.

Após o casamento, Mateus

sofreu um acidente e ficou

completamente inválido,

situação que se mantinha na

data do óbito de Isabel.

A morte de Isabel decorreu de

um acidente automobilístico,

quando voltava de viagem de

férias.

Isabel contava com 12

contribuições ao RPPS da

União e nunca tinha, antes,

contribuído para o RGPS.

Mateus terá direito à pensão

por morte de Isabel? SIM.

Mirtes terá direito à pensão na

condição de cônjuge.

Terá pensão até que cesse sua

invalidez.

Caso sua recuperação aconteça

antes de 10 anos da data do

início da pensão, ser-lhe-á

garantida a pensão pelo prazo

de 10 anos meses porque:

- a morte da servidora decorreu

de acidente de qualquer

natureza ou causa.

6.1.3. Do valor da pensão por morte

Com a nova redação dada ao art. 218 da Lei nº 8.112/90 pela Medida Provisória

nº 664/2014, convertida pela Lei nº 13.135/2015, ocorrendo habilitação de vários

titulares à pensão o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários

habilitados.

Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá para

os cobeneficiários.

O benefício deverá ser pago desde o óbito do servidor, independentemente da

data do requerimento administrativo, observada apenas a prescrição quinquenal, que não

correrá contra os absolutamente incapazes.

Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique

exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em

que for oferecida.

6.1.4. Da cessação da pensão por morte

Acarreta a perda da condição de beneficiário da pensão por morte:

– o seu falecimento;

– a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao

cônjuge;

– a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, o afastamento da

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deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, ou o levantamento da

interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental que o

torne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes

da aplicação das regras para o cônjuge, o companheiro e a companheira, conforme

abordado no item 6.1.2. deste capítulo;

– o atingimento da idade de vinte e um anos pelo filho ou irmão, incluindo o enteado e o

menor tutelado, quando equiparado a filho;

– a acumulação de pensão deixada por mais de um cônjuge, companheiro ou

companheira e de mais de duas pensões, ressalvo o direito de opção pela mais

vantajosa;

– a renúncia expressa; e

– o decurso do prazo de recebimento de pensão dos beneficiários cônjuge, companheiro

e companheira, conforme já explicado no item 6.1.2.

QUADRO RESUMO – PENSÃO POR MORTE DO SERVIDOR PÚBLICO

FEDERAL15

.

BENEFICIÁRIOS

• Cônjuge;

• o cônjuge divorciado, separado judicialmente ou de fato, com

percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

• o companheiro ou companheira que comprove união estável

como entidade familiar;

• o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes

requisitos: c) seja menor de 21 (vinte e um) anos;

d) seja inválido;

c) tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02 anos

contados de 18/06/2017)

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do

regulamento;

• a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do

servidor; e

irmão de qualquer condição que atenda a um dos

seguintes requisitos:

a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;

b) seja inválido;

c) tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02

anos contados de 18/06/2017)

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do

regulamento;

REQUISITOS • óbito ou morte presumida do servidor.

15. Considerando as alterações trazidas pela Lei nº 13.135/2015.

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CARÊNCIA

Não exige carência minima de contribuições

VALOR DA

PENSÃO

I – à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na

data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para

os benefícios do regime geral de previdência social, acrescida

de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite;

ou

II – à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo

na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido

para os benefícios do regime geral de previdência social,

acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a

este limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor ainda

estiver em atividade.

DURAÇÃO DA

PENSÃO POR

MORTE DE

CÔNJUGE/COMPA

NHEIRO(A)

04 meses, se não tiver o servidor 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do servidor;

03, 06, 10, 15, 20 anos ou vitalícia, conforme tabela já

demonstrada, se o servidor tiver 18 ou mais contribuições e o

casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo

menos, 02 anos da data do óbito do servidor ou, ainda, se a

morte decorrer de acidente de qualquer natureza ou doença

profissional ou do trabalho.

Até a cessação da invalidez ou o afastamento da deficiência,

respeitados os períodos mínimos descritos acima.

Desconsiderar as anotações do Anexo III.

CAPÍTULO 35 – DO SEGURO-DESEMPREGO

A Lei nº 5859/72 foi revogada pela Lei Complementar nº 150/205 que trouxe

regras específicas sobre o trabalho doméstico.

2.1. Empregados

Para que o trabalhador demitido sem justa causa tenha direito ao seguro-

desemprego é necessário:

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos

a:

a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores

à data de dispensa, quando da primeira solicitação;

b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à

data de dispensa, quando da segunda solicitação; e

c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das

demais solicitações;

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II - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada,

previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-

acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976,

bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho

de 1973;

III - não estar em gozo do auxílio-desemprego;

IV - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de

sua família.

V - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de

formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministério

da Educação, nos termos do art. 18 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado

por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional

de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei no 12.513, de 26

de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e

tecnológica.

Verifica-se que a Lei nº 13.134/2015 trouxe uma nova exigência para que o

trabalhador tenha direito ao seguro-desemprego: matrícua e frequência, quando

aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de

qualificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, ofertado por meio da

Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito Pronatec, ou de vagas gratuitas na

rede de educação.

Com as novas regras trazidas pela Lei nº 13.134/2015, o seguro-desemprego será

pago por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou

alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à

última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de

Amparo ao Trabalhador (Codefat).profissional e tecnológica.

A determinação do período máximo de recebimento do seguro-

desemprego observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do

benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e

seis) meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do

benefício, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos

aquisitivos anteriores:

Quando da 1ª

solicitação do

benefício, serão

pagas:

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência;

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 24 meses no período de referência.

Quando da 2ª

solicitação do

benefício, serão

pagas:

03 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 09 e no máximo 11 meses no período de referência;

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência.

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 24 meses no periodo de referência.

Quando da 3ª

solicitação em

03 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 06 e no máximo 11 meses no período de referência;

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diante, serão

pagas:

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência;

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de no

mínimo 24 meses no período de referência.

O período máximo de recebimento do seguro-desemprego poderá ser

excepcionalmente prolongado por até 2 (dois) meses, para grupos específicos de

segurados, a critério do Codefat, desde que o gasto adicional representado por esse

prolongamento não ultrapasse, em cada semestre, 10% (dez por cento) do montante da

reserva mínima de liquidez de que trata o § 2o do art. 9

o da Lei n

o 8.019, de 11 de abril

de 1990.

Na hipótese de prolongamento do período máximo de percepção do benefício do

seguro-desemprego, o Codefat observará, entre outras variáveis, a evolução geográfica e

setorial das taxas de desemprego no País e o tempo médio de desemprego de grupos

específicos de trabalhadores.

O Codefat observará as estatísticas do mercado de trabalho, inclusive o tempo

médio de permanência no emprego, por setor, e recomendará ao Ministro de Estado do

Trabalho e Emprego a adoção de políticas públicas que julgar adequadas à mitigação da

alta rotatividade no emprego.

2.3. Pescador artesanal: seguro-defeso

O Ministério do Trabalho e Emprego – MTE deixou de ser o responsável pelos

requerimentos do seguro-defeso a partir de abril de 2015. Com a nova regra trazida pela

Medida Provisória nº 665/2014, convertida na Lei nº 13.134/2015, o INSS passou a

receber e processar os requerimentos e habilitar os beneficiários para o seguro-defeso,

nos termos do regulamento. Mas, o pagamento deste benefício continua sendo pago à

conta do Fundo do Amparo ao Trabalhador – FAT.

Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os seguintes

documentos:

I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente

atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério da

Pesca e Aquicultura com antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data de

requerimento do benefício;

II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente,

consumidora ou consignatária da produção, em que conste, além do registro da operação

realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária de que trata o § 7º do art. 30

da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou comprovante de recolhimento da

contribuição previdenciária, caso tenha comercializado sua produção a pessoa física; e

III - outros estabelecidos em ato do Ministério da Previdência Social que

comprovem:

a) o exercício da profissão de pescador artesanal;

b) que se dedicou à pesca durante no período compreendido entre o defeso

anterior e o em curso, ou nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do defeso em

curso, o que for menor;

c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decorrente da atividade

pesqueira.

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O INSS, no ato de habilitação ao benefício, deverá verificar a condição de

segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos

da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nos últimos 12 (doze) meses imediatamente

anteriores ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o

requerimento do benefício, o que for menor.

O Ministério da Previdência Social poderá, quando julgar necessário, exigir

outros documentos para a habilitação do benefício.

O Ministério da Previdência Social e o Ministério da Pesca e Aquicultura

desenvolverão atividades que garantam ao INSS acesso às informações cadastrais

disponíveis no Registro Geral de Pesca, necessárias para a concessão do seguro-

desemprego, sem resultar nenhum ônus para os segurados.

O INSS deverá divulgar mensalmente lista com todos os beneficiários que estão

em gozo do seguro-desemprego no período de defeso, detalhados por localidade, nome,

endereço e número e data de inscrição no RGP.

Desde que atendidos os requisitos para a obtenção do seguro-defeso, o benefício

será concedido ao pescador profissional artesanal cuja família seja beneficiária de

programa de transferência de renda com condicionalidades, e caberá ao órgão ou à

entidade da administração pública federal responsável pela manutenção do programa a

suspensão do pagamento pelo mesmo período da percepção do benefício de seguro-

desemprego.

Para isso, o INSS disponibilizará aos órgãos ou às entidades da administração

pública federal responsáveis pela manutenção de programas de transferência de renda

com condicionalidades as informações necessárias para identificação dos beneficiários e

dos benefícios de seguro-desemprego concedidos, inclusive as relativas à duração, à

suspensão ou à cessação do benefício.

O pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de benefício

previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e

auxílio-acidente.

Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, todo aquele que fornecer ou

beneficiar-se de atestado falso para o fim de obtenção do benefício do seguro-defeso

estará sujeito:

I - a demissão do cargo que ocupa, se servidor público;

II - a suspensão de sua atividade, com cancelamento do seu registro, por dois anos,

se pescador profissional.

2.5. Empregado doméstico

A regulamentação do direito do empregado doméstico ao seguro-desemprego

veio, então, com a publicação da Lei Complementar nº 150/2015, que revogou a Lei nº

5859/72, tornando obrigatória a inscrição do empregado doméstico no FGTS.

Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico

deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação

do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo

empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos

últimos 24 (vinte e quatro) meses;

II - termo de rescisão do contrato de trabalho;

III - declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da

Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

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IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à

sua manutenção e de sua família.

O empregado doméstico receberá, no máximo, 03 (três) parcelas de seguro-desemprego

no valor de 01 (um) salário mínimo cada uma.

O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias

contados da data de dispensa.

Novo seguro-desemprego só poderá ser requerido após o cumprimento de novo

período aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat.

3. SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO

A Lei nº 13.134/2015 acrescentou mais uma hipótese de suspensão do seguro-

desemprego:

- a recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar de

ações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat

Em relação ao seguro-desemprego do empregado doméstico, o benefício

sera cancelado:

I - pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente

com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à

habilitação;

III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do

seguro-desemprego; ou

IV - por morte do segurado.

5. OUTRAS QUESTÕES

O trabalhador que infringir o disposto na Lei do seguro-desemprego e houver

percebido indevidamente parcela do benefício sujeitar-se-á à compensação automática

do débito com o novo seguro-desemprego, na forma e no percentual definidos por

resolução do Codefat.

O ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação,

no prazo de 10 (dez) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão

simples.

A restituição de valor devido pelo trabalhador será realizada mediante compensação

do saldo de valores nas datas de liberação de cada parcela ou pagamento com Guia de

Recolhimento da União (GRU), conforme regulamentação do Codefat.

6. ABONO SALARIAL

É assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de um salário

mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados que:

1) tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de

Integração Social – PIS ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor

Público – Pasep, até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no período

trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta)

dias no ano-base e

2) estejam cadastrados há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de Participação PIS-

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Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

O valor do abono salarial anual será calculado proporcionalmente ao número de

meses trabalhados ao longo do ano-base. Será pago, dessa forma, a partir do exercício

de 2016, considerando o ano-base de 2015.

A base de cálculo utilizada será o salário mínimo, mas será proporcional ao

número de meses trabalhados ao longo do período-base.

Até o exercício de 2016, o valor do abono salarial será de um salário mínimo.

6. SEGURO-DESEMPREGO

SOLICITAÇÃO DO

SEGURO-

DESEMPREGO

Requisito –

receber salário de

pessoa jurídica ou

física equiparada:

Número de parcelas do beneficio

1ª SOLICITAÇÃO

pelo menos 12

meses nos últimos

18 meses

imediatamente

anteriores à data da

dispensa

04 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 12 e no máximo 23 meses no

período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 24 meses no período de

referência.

2ª SOLICITAÇÃO

pelo menos 09

meses nos últimos

12 meses

imediatamente

anteriores à data da

dispensa

03 parcelas, se o empregado tiver tido

vínculo empregatício de no mínimo 09 e

no máximo 11 meses no período de

referência;

04 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 12 e no máximo 23 meses no

período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício de,

no mínimo, 24 meses no período de

referência.

3ª SOLICITAÇÃO

EM DIANTE

a cada um dos 06

meses

imediatamente

anteriores à data da

dispensa

03 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 06 e no máximo 11 meses no

período de referência.

04 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 12 e no máximo 23 meses no

período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 24 meses no período de

referência.

7. ABONO SALARIAL

SITUAÇÃO ANTERIOR À

LEI Nº 13.134/2015

SITUAÇÃO POSTERIOR À

LEI Nº 13.134/2015 QUE

PASSA A VIGORAR NO

EXERCÍCIO DE 2016

REQUISITOS: – empregado ter percebido de – empregado ter percebido de

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empregador que contribui para o

PIS/PASEP até 02 salários

mínimos médios de remuneração

mensal;

– tenha exercido atividade

remunerada pelo menos durante

30 dias no ano-base;

- esteja cadastrado há pelo

menos 05 anos no PIS/PASEP ou

no Cadastro Nacional do

Trabalhador.

empregador que contribui para o

PIS/PASEP até 02 salários

mínimos médios de

remuneração mensal;

– tenha exercido atividade

remunerada pelo menos durante

30 dias no ano-base;

– esteja cadastrado há pelo

menos 05 anos no PIS/PASEP

ou no Cadastro Nacional do

Trabalhador.

VALOR:

um salário mínimo vigente na

data do pagamento

máximo de um salário mínimo

vigente na data do pagamento.

Será calculado

proporcionalmente ao número

de meses trabalhados ao longo

do ano-base (em vigor a partir

do exercício de 2016).

SÚMULAS DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE

JURISPRUDÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Súmula nº 81 - Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei n.

8.213/91, nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação

às questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão.

Súmula nº 80 - Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em

vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais,

sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa com

deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistente

social ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social

pelo requerente.

Súmula nº 79 - Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a

comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social,

por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os

referidos meios, por prova testemunhal.

Súmula nº 64 - CANCELADA