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Direito Previdenciário ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA BÁSICA DA EDIÇÃO 2014 REVISAÇO ESAF JURÍDICO COAUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com OBRA ATUALIZADA: - Revisaço ESAF Disciplinas jurídicas V.1 (EDIÇÃO 2014) Prezados alunos e leitores, Com o objetivo de atualizar a 1ª edição do Revisaço ESAF Disciplinas Jurídicas, V.1, publicado em 2014, apresento-lhes a atualização básica da legislação previdenciária no ano de 2015 até 10 de julho de 2015. Adriana de Almeida Menezes www.adrianamenezes.com Direito Previdenciário QUESTÕES 3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURADOS E DEPENDENTES 11. (...) Assertiva “b”: CORRETA. É o que dispõe o art. 12, inciso VI, da Lei nº 8.212/91. No entanto, o Regulamento da Previdência Social Decreto nº 3.048/99 dispõe no seu art. 9º, inciso VI, que o trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos da Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e elenca quais as atividades desenvolvidas por esse tipo de segurado. A Lei nº 8.630/93 foi revogada pela Lei dos Portos Lei nº 12.815/2013. A intermediação dos trabalhadores avulsos portuários é feita pelo órgão gestor de mão de obra OGMO. A intermediação dos trabalhadores avulsos não portuários é feita pelos sindicatos. 4. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 13. (...) A assertiva CORRETA é a letra e. Os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão são concedidos aos dependentes do RGPS, sem exigirem um número mínimo de contribuições à Previdência Social. Não dependem de contribuições mensais para serem concedidos. O cônjuge, o companheiro e a companheira terão sua cota individual de pensão por morte cessada 1 : a) em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 02 (dois) anos antes do óbito do segurado; 1 . Alteração trazida pela Lei nº 13.135/2015.

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Direito Previdenciário

ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA BÁSICA DA EDIÇÃO 2014 – REVISAÇO

ESAF JURÍDICO COAUTORA: ADRIANA MENEZES

www.adrianamenezes.com OBRA ATUALIZADA: - Revisaço ESAF Disciplinas jurídicas V.1 (EDIÇÃO 2014)

Prezados alunos e leitores,

Com o objetivo de atualizar a 1ª edição do Revisaço ESAF Disciplinas Jurídicas, V.1, publicado em 2014, apresento-lhes a atualização básica da legislação previdenciária no ano de 2015 até 10 de julho de 2015.

Adriana de Almeida Menezes www.adrianamenezes.com

Direito Previdenciário

QUESTÕES

3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – SEGURADOS E DEPENDENTES

11. (...)

Assertiva “b”: CORRETA. É o que dispõe o art. 12, inciso VI, da Lei nº 8.212/91. No entanto, o Regulamento da

Previdência Social – Decreto nº 3.048/99 – dispõe no seu art. 9º, inciso VI, que o trabalhador avulso é aquele que,

sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a

intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos da Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e elenca

quais as atividades desenvolvidas por esse tipo de segurado.

A Lei nº 8.630/93 foi revogada pela Lei dos Portos – Lei nº 12.815/2013. A intermediação dos trabalhadores avulsos

portuários é feita pelo órgão gestor de mão de obra – OGMO. A intermediação dos trabalhadores avulsos não portuários é

feita pelos sindicatos.

4. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

13. (...)

A assertiva CORRETA é a letra “e”. Os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão são concedidos aos

dependentes do RGPS, sem exigirem um número mínimo de contribuições à Previdência Social. Não dependem de

contribuições mensais para serem concedidos.

O cônjuge, o companheiro e a companheira terão sua cota individual de pensão por morte cessada1:

a) em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou

a união estável tiverem sido iniciados há menos de 02 (dois) anos antes do óbito do segurado;

1. Alteração trazida pela Lei nº 13.135/2015.

b) transcorridos os períodos estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data do óbito do segurado, se o óbito

ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e, pelo menos há 02 anos após o início do casamento ou da união

estável, conforme tabela abaixo:

Idade cônjuge, companheiro ou companheira,

em anos

Duração do benefício de pensão

por morte (em anos)

Menor de 21 3

Entre 21 e 26 6

Entre 27 e 29 10

Entre 30 e 40 15

Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos

mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, o cônjuge, o

companheiro ou a companheira terão direito à pensão por morte pelo prazo da tabela acima ou até cessar a invalidez ou for

afastada a deficiência, mesmo não havendo o recolhimento de 18 contribuições mensais ou a comprovação de 02 anos de

casamento ou de união estável.

14(...)

A assertiva “d” está INCORRETA. O erro da assertiva encontra-se no prazo a ser observado pela empresa e pelo

empregador doméstico para a comunicação do acidente do trabalho – CAT. Conforme dispõe o art. 22 da Lei nº 8.213/91, a

empresa ou o empregador doméstico deverão deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º

(primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente. Veja que para o

caso de morte causada por acidente do trabalho, a comunicação do acidente deve ser feita imediatamente à autoridade

competente.

6. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

23. (...)

Item II: CORRETO. Este é o conceito do salário de contribuição do empregado doméstico trazido pelo art. 28, inciso II, da

Lei nº 8.212/91. O limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria

ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de

trabalho efetivo durante o mês. O limite máximo do salário de contribuição é o valor máximo estabelecido para os

benefícios do RGPS, segundo portaria interministerial dos Ministérios da Fazenda e da Previdência Social.

De acordo com a Lei Complementar nº 150/2015, a contribuição do empregado doméstico incidirá sobre o valor da

remuneração.

7. CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

26. (...)

Alternativa “b”: CORRETA. Salário de contribuição é a base de cálculo da contribuição social dos segurados

empregados, trabalhadores avulsos, empregados domésticos, contribuintes individuais e facultativos.

De acordo com a Lei Complementar nº 150/2015, a contribuição do empregado doméstico incidirá sobre o valor da

remuneração.

DICAS IMPORTANTES PARA O ESTUDO

1. SEGURIDADE SOCIAL – CONCEITO E EVOLUÇÃO

Acrescentar ao resumo:

Lei Complementar nº

144/2014

Trouxe novas regras para as aposentadorias voluntária e compulsória do servidor

policial civil

Lei Complementar nº

150/2015

Dispõe sobre o trabalho doméstico e traz alterações nas Leis 8.212 e 8.213,

ambas de 1991.

Lei nº 13.135/2015

Promoveu significativas mudanças para a concessão dos benefícios de auxílio-

doença, pensão por morte e auxílio-reclusão para os beneficiários do RGPS.

Trouxe, também, novas regras para a concessão de pensão por morte dos

servidores públicos federais.

3. OS BENEFICIÁRIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Segurado empregado doméstico

A Lei Complementar nº 150/2015 veio trazer expressamente que o empregado doméstico é aquele que presta serviços de

forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial

destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.

• Características do segurado empregado doméstico:

Empregado

doméstico:

• presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e

pessoal por mais de 02 dias por semana à pessoa física ou

à família, no âmbito residencial destas.

• Atividades sem fins lucrativos.

- Segurado especial

O pescador, considerado segurado especial é aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca

sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:

I - não utilize embarcação ou;

II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.

Nesse caso, o §14 do art. 9º do Decreto nº 3.048/99 teve nova redação trazida pelo Decreto nº 8.424/2015.

Pela Lei nº 11.959/2009, a embarcação de pequeno porte é aquela cuja arqueação bruta é inferior ou igual a 20 toneladas.

- Contribuinte individual

O médico participante do Programa “Mais Médicos” enquadra-se como segurado obrigatório do Regime Geral de

Previdência Social, na condição de contribuinte individual.

Porém, é excluído da filiação ao RGPS o médico intercambista, considerado aquele formado em instituição de educação

superior estrangeira com habilitação para exercício da medicina no exterior.

Para se valer da obrigatoriedade de filiação ao RGPS, médico intercambista deve ser:

I - selecionado por meio de instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura securitária

específica; ou

II - filiado a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual mantenha acordo internacional de seguridade social

com a República Federativa do Brasil.

- Dos dependentes

Os dependentes do RGPS são divididos em três classes dispostas no art. 16 da Lei nº 8.213/91, conforme tabela abaixo:

DEPENDENTES

1ª Classe: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou

mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente2;

2ª Classe: os pais.

3ª Classe: o irmão não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou

que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,

assim declarado judicialmente3.

2 A partir de 180 dias contados da data da publicação da Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, o inciso I do art.16 da Lei nº 8.213/91 passará a ter a seguinte redação:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou

inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

3 A partir de 180 dias contados da data da publicação da Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, o inciso III do art.16 da Lei nº 8.213/91 passará a ter a seguinte redação:

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual

ou mental ou deficiência grave.

A inclusão do irmão com deficiência grave entra em vigor em 180 dias a contar da publicação da Lei nº 13.135 de 18/06/2015.

• O cônjuge, o companheiro e a companheira terão sua cota individual de pensão por morte cessada4:

a) em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou

a união estável tiverem sido iniciados há menos de 02 (dois) anos antes do óbito do segurado;

b) transcorridos os períodos estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data do óbito do segurado, se o óbito

ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e, pelo menos há 02 anos após o início do casamento ou da união

estável, conforme tabela abaixo:

Idade cônjuge, companheiro ou companheira,

em anos

Duração do benefício de pensão

por morte (em anos)

Menor de 21 3

Entre 21 e 26 6

Entre 27 e 29 10

Entre 30 e 40 15

Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos

mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

• Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, o cônjuge,

o companheiro ou a companheira terão direito à pensão por morte pelo prazo da tabela acima ou até cessar a invalidez ou

for afastada a deficiência, mesmo não havendo o recolhimento de 18 contribuições mensais ou a comprovação de 02

anos de casamento ou de união estável.

• Em relação à perda da condição de dependente, veja a tabela abaixo:

Perda da

qualidade de

dependente

para o cônjuge, companheiro

ou companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado

18 contribuições mensais ou se o

casamento ou a união estável tiverem sido

iniciados há menos de 02 anos do

óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela

já demonstrada acima, se o segurado tiver

18 contribuições e o casamento ou a união

estável tiverem sido iniciados, há pelo

menos, 02 anos da data do óbito/reclusão

do segurado.

b) Pela cessação da invalidez ou pelo

afastamento da deficiência, respeitados os

períodos mínimos descrito na letra “a”.

para o filho, pessoa a ele

equiparada ou irmão, de

ambos os sexos:

• Ao completar 21 anos de idade, salvo se for

inválido ou com deficiência grave.

para o filho e o irmão

inválidos: • Com a cessação da invalidez.

para o filho e o irmão que

tenha deficiência intelectual ou

mental ou deficiência grave:

• pelo afastamento da deficiência, nos termos do

regulamento5.

4. Alteração trazida pela Lei nº 13.135/2015. 5. Alteração trazida pela Lei nº 13.135/2015, que entra em vigor em 02 anos, em relação às pessoas com deficiência

intelectual ou mental. Nota-se que foi retirada a exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência mental ou intelectual, e

excluída a necessidade de interdição judicial (vigência em 18/6/2017).

para os pais: • Quando vierem a falecer.

para todos os dependentes:

• Quando vierem a falecer.

• Com a perda da qualidade de segurado do qual eles

eram dependentes.

4. DO ACIDENTE DO TRABALHO

A Lei Complementar nº 150/2015 modificou a redação dos artigos 19, 21-A e 22, todos da Lei nº 8.213/91, a fim de inserir

a proteção acidentária em favor do empregado doméstico.

O acidente do trabalho TÍPICO é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou do empregador

doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

O acidente do trabalho contempla, agora, os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso e o

segurado especial. Daí, pode-se concluir que somente empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e

segurados especiais poderão ter seus benefícios caracterizados como de natureza acidentária.

A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar à Previdência Social a ocorrência de acidente de

trabalho através da CAT –Comunicação de Acidente do Trabalho :

• até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência;

• imediatamente no caso de morte à autoridade competente

A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de

nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado

doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em

conformidade com o que dispuser o regulamento.

Veja a nova tabela:

Segurados

sujeitos a

acidentes de

trabalho

• Empregado;

• empregado doméstico;

• trabalhador avulso.

• segurado especial.

Acidente do

Trabalho

• Acidente típico: Acidente pelo exercício do trabalho. (Art. 19, Lei nº 8.213/91)

• Acidente Atípico: decorrente de doenças ocupacionais. (Art. 20, Lei nº 8.213/91)

• Acidente por equiparação: O legislador equipara o evento ao acidente do trabalho. (Art. 21, Lei nº

8.213/91)

Doenças

ocupacionais

• Doenças profissionais: produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho. Também chamadas

de tecnopatias, ergopatias ou idiopatias.

• Doenças do trabalho: adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o

trabalho é realizado. Chamadas de mesopatias.

5. DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS

Devem ser feitas as seguintes inclusões ou substituições:

BENEFÍCIOS QUE NÃO EXIGEM CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Prestações

previdenciárias que não

exigem CARÊNCIA

MÍNIMA de

contribuições – Art. 25 e

26 da Lei nº 8.213/91

• Pensão por morte;

• auxílio-reclusão;

• auxílio-acidente;

• salário-família;

• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de

qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e de

doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da

Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo

com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro

fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento

particularizado;

• salário-maternidade para os segurados empregados, domésticos e

trabalhadores avulsos;

• serviço social e reabilitação profissional.

AUXÍLIO-DOENÇA

Beneficiários Todos os segurados.

Requisitos Incapacidade para o exercício do trabalho ou atividades habituais por mais de quinze

dias consecutivos. Necessidade de perícia médica a cargo da Previdência Social.

Carência

12 contribuições mensais, exceto no caso da causa ter sido acidente de qualquer

natureza ou doenças especificadas na lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da

Previdência Social.

No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo exercício na

atividade, imediatamente anteriores à data do requerimento do benefício.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a

80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI

91% do salário de benefício.

O valor do auxílio-doença não poderá ser superior à média aritmética simples dos

últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou,

se não alcançado o número de doze, à média aritmética simples dos salários de

contribuição existentes6.

Data de início

do benefício –

DIB

• para o empregado:

a) a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o benefício até o 30 dias

da data do afastamento;

b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data

de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias.

• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:

a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias

do início da incapacidade;

b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias

do início da incapacidade.

Divisão do

auxílio-doença

em acidentário

Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho. Após a cessação do

auxílio-doença acidentário o segurado mantém pelo prazo mínimo de doze meses o

contrato de trabalho, independentemente do recebimento de auxílio-acidente.

6. Art. 29,§10, Lei nº 13.135/2015.

ou

previdenciário

Previdenciário = incapacidade decorre de outros eventos exceto acidente do trabalho

Suspensão do

benefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ou recusar ao

tratamento de reabilitação profissional.

Cessação do

benefício

• quando cessar a incapacidade;

• quando transformar-se em aposentadoria por invalidez;

• quando conceder auxílio-acidente.

• quando o segurado falecer.

• Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de

efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da

previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos

de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação

técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e

supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS).

• O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o

benefício cancelado a partir do retorno à atividade.

• Caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício,

deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.

• AUXÍLIO-ACIDENTE

Beneficiários Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado especial.

Natureza

jurídica CARÁTER INDENIZATÓRIO por redução na capacidade para o trabalho.

Requisitos

Ocorrência de acidente de qualquer natureza que implique:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e que exija maior

esforço para o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente;

• impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém que

permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos

indicados pela perícia médica do INSS.

Carência NÃO EXIGE CARÊNCIA MÍNIMA.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do

período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI 50% do salário de benefício.

Data de início

do benefício –

DIB

Dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.

Da data do requerimento administrativo quando não precedido de auxílio-doença;

Da data da citação da autarquia quando não houver requerimento administrativo7.

Classificação

em auxílio-

acidente

acidentário e

previdenciário

Acidentário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre de acidente do trabalho

(típico, atípico ou por equiparação).

Previdenciário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre de acidente de qualquer

natureza. A causa não é acidente do trabalho.

Suspensão do

benefício

Em caso de retornar incapacidade temporária cuja causa seja a mesma que originou o

auxílio-acidente.

7 STJ, EResp n°735.329/RJ, de 06/05/2011.

Cessação do

benefício

• com a concessão de qualquer aposentadoria ao segurado;

• com a morte do segurado;

• com a emissão de certidão de tempo de contribuição – CTC para averbação de tempo de

serviço/contribuição em outro regime previdenciário.

Outros

A percepção de salário, salário-maternidade ou seguro-desemprego não impede o

recebimento do auxílio-acidente.

Pode ser concedido ainda que o segurado esteja desempregado, desde que o acidente

ocorra em época que o indivíduo esteja na condição de segurado do RGPS.

Não se acumula com aposentadoria.

Não é possível condicionar a concessão de auxílio-acidente à percepção de auxílio-doença

antecedente (Parecer n. 18/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU).

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Beneficiários

Os segurados, EXCETO:

• os contribuintes individuais e facultativos que optaram pelo regime simplificado de

recolhimento das contribuições (inclusão previdenciária);

• o segurado especial que não contribui facultativamente nos moldes do contribuinte

individual; e

• o MEI.

Pode ser, inclusive, concedida àquele que perdeu a qualidade de segurado do RGPS,

exigindo, nesse caso, o preenchimento da carência mínima.

Requisitos

Tempo de contribuição:

• Mulher: 30 anos de contribuição.

• Homem: 35 anos de contribuição.

• Professor de ensino infantil, fundamental e médio: 30 anos de contribuição,

exclusivamente em efetivo exercício de magistério.

• Professora de ensino infantil, fundamental e médio: 25 anos de contribuição,

exclusivamente em efetivo exercício de magistério.

O tempo de magistério inclui as funções de direção, coordenação e assessoramento

pedagógico.

Professores de nível superior não têm redução no tempo de contribuição.

Carência 180 contribuições mensais.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do

período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário.

O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá

optar pela não incidência do fator previdenciário8, no cálculo de sua aposentadoria,

quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as

frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

MULHERES (soma do tempo

de contribuição e da idade)*

HOMENS (soma do tempo de

contribuição e da idade)*

ANO DO REQUERIMENTO

85 95 Até 2016

86 96 2017 a 2018

87 97 2019

88 98 2020

89 99 2021

90 100 2022

* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

8. Alteração trazida pela Medida Provisória nº 676/2015, ainda não apreciada pelo Congresso Nacional até a presente

atualização.

Renda mensal

inicial – RMI 100% do salário de benefício

Data de início do

benefício – DIB

Para o

empregado,

incluído o

doméstico:

• a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até

90 dias do desligamento;

• a partir da data do requerimento, quando requerido após o 90º dia do

desligamento do emprego.

Para os demais

segurados: • a partir da data do requerimento da aposentadoria

Cessação do

benefício Com a morte do segurado.

Pontos

importantes

• O professor e a professora de ensino infantil, fundamental e médio, têm redução de cinco

anos no tempo de contribuição exigido.

• Pode o segurado retornar à atividade remunerada sem perder o benefício da

aposentadoria e deverá contribuir novamente para a previdência social.

• A aposentada que retornar a exercer atividade terá direito ao salário-maternidade em

relação à nova atividade.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Beneficiários

Segurados:

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em atividade;

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em gozo de auxílio-doença ou

aposentadoria por invalidez ou idade;

• trabalhador rural (empregado e trabalhador avulso rurais) aposentados por idade;

• demais aposentados, desde que empregados, empregados domésticos ou trabalhadores

avulsos, maiores de 65 anos, homem, e de 60 anos, mulher.

Carência NÃO HÁ CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES.

Requisitos

• possuir baixa renda = salário de contribuição igual ou inferior ao fixado por Portaria

Interministerial dos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.*

• ter filhos menores de 14 anos ou inválidos

Data de início

do benefício –

DIB

A partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação do

equiparado a filho e atestado de vacinação obrigatória para filho até 06 anos e frequência

escolar a partir dos 7 anos de idade.

O empregado doméstico somente deverá apresentar a certidão de nascimento do filho.

No caso de invalidez de filho ou equiparado maior de 14 anos, deve ser feita perícia médica a

cargo da previdência social.

Suspensão do

benefício

• Na falta da entrega da renovação da documentação exigida para a concessão do

benefício.

Outras

questões

• Quando mãe e pai são, ambos, segurados do RGPS e preencherem os requisitos do

benefício, será pago salário-família para os dois, pai e mãe.

• As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico,

mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das

contribuições, conforme dispuser o Regulamento.

• A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os

comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização

da Previdência Social.

*. O valor da cota do salário família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade,

ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 205, é de:

I - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$

R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);

II - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensal superior a R$

725,02(setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$ 1.089,72 (um mil e oitenta e nove

reais e setenta e dois centavos).

PENSÃO POR MORTE

Beneficiários Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar dependência econômica.

Requisitos • Óbito do segurado;

• morte presumida declarada por decisão judicial.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA EXIGIDA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do

segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20 ou de forma vitalícia, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados

há pelo menos 02 anos da data do óbito do segurado.

• Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença

profissional ou do trabalho, o cônjuge, o companheiro ou a companheira, não precisará

comprovar 02 anos de casamento ou de união estável até a data do óbito ou 18

contribuições mensais do segurado. Terá o benefício por anos, conforme item b, acima.

Renda mensal

inicial – RMI

• Quando o segurado já era aposentado = valor da aposentadoria.

• Quando o segurado encontrava-se em atividade = 100% do valor da aposentadoria por

invalidez que teria direito o segurado na data do óbito.

Benefício devido

a partir de

• Data do óbito, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da data do óbito;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa idade.

• Data do requerimento: quando superado o prazo acima mencionado.

• Data da decisão judicial: quando se tratar de morte presumida.

• Data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre: se requerida até trinta

dias desta.

Suspensão do

benefício

Quando o dependente inválido não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS

ou não se submeter ao processo de reabilitação profissional quando prescrito pela

previdência social.

Essa regra não é aplicada para os pensionistas inválidos que completarem 60 anos de idade.

Cessação do

benefício

• Quando o filho ou irmão completar 21 anos, salvo na condição de inválido ou que possua

deficiência intelectual ou mental, declarado judicialmente;

• quando o dependente inválido tiver a invalidez cessada;

• pela morte do dependente pensionista.

• pelo levantamento da interdição no caso de filhos e irmãos com deficiência mental ou

intelectual, declarado judicialmente.

pelo afastamento da deficiência do filho ou do irmão, nos termos do regulamento;

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do

segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o segurado tiver 18

contribuições e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02

anos da data do óbito do segurado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos

mínimos descritos na letra “a”.

• pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais biológicos, exceto se

for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a) do outro(a).

Outras ­questões

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de

crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira, perderá a pensão por morte se, comprovada, a

qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização

desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo

judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A pensão não se acumula com pensão deixada por cônjuge ou companheira, dando-se o

direito à opção pela mais vantajosa.

O casamento do(a) cônjuge ou do(a) companheiro(a) após a concessão do benefício não faz

cessar a pensão por morte.

Segundo entendimento do STJ, a mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial

ou divórcio, poderá ter direito à pensão por morte, se comprovada a dependência econômica

superveniente.

O recebimento de pensão por morte não impede o pagamento de seguro-desemprego

quando o dependente tiver direito.

AUXÍLIO-RECLUSÃO

Beneficiários Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar dependência econômica

Requisitos

Recolhimento do segurado à prisão para cumprir pena em regime fechado ou semiaberto.

Pode ser concedido quando a prisão for provisória.

O último salário de contribuição do segurado deve ser igual ou menor que R$ 1.089,72 (a

partir de janeiro de 2015 – Portaria MPS/MF nº 13/2015).

Não pode o segurado estar recebendo auxílio-doença, aposentadorias, abono de

permanência em serviço ou remuneração de empresa.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos antes da reclusão do segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o segurado tiver 18

contribuições ou o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há pelo menos, 02

anos da data da reclusão do segurado. Nesse caso, se ocorrer alguma causa de cessação do

benefício antes do prazo descrito, o benefício será cessado.

Renda mensal

inicial – RMI

= 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data do

recolhimento à prisão.

Data de início

do benefício –

DIB

• Data do recolhimento à prisão, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da prisão;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa idade.

• Data do requerimento: quando superado o prazo acima mencionado.

Suspensão do

benefício

• Em caso de fuga.

• Em caso de recebimento de auxílio-doença pelo segurado. Nesse caso, tem que haver a

concordância do dependente.

• no caso do dependente não apresentar o atestado trimestral emitido pela autoridade

competente.

• no caso do segurado deixar a prisão por livramento condicional ou para cumprir pena em

regime aberto.

Cessação do

benefício • Quando o dependente perde essa qualidade de beneficiário;

• quando o segurado passa a receber aposentadoria;

• quando o segurado morre. Nesse caso, o valor do auxílio-reclusão se converte

automaticamente em pensão por morte;

• na data da soltura.

• pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento para o filho ou irmão com

deficiência grave;

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados há menos de 02 anos antes da reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se o segurado tiver 18

contribuições e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos 02 anos

da data da reclusão do segurado. . Nesse caso, se ocorrer alguma causa de cessação do

benefício antes do prazo descrito, o benefício será cessado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os

períodos mínimos descritos na letra “a”.

• pela adoção do filho que recebia auxílio-reclusão dos pais biológicos exceto se for adotado

pelo cônjuge ou companheiro(a) do outro(a).

Pontos

importantes

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do maior de 16 e menor de 18 anos

que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do

Juizado da Infância e da Juventude, desde que, obviamente, segurado do RGPS.

9. DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

Confira a tabela com valores atualizados a partir de 01 de janeiro de 2015, pela Portaria de nº 13 do MPS/MF de 09 de

janeiro 2015:

Salário-de-contribuição

(R$)

Alíquota para fins de contribuição

RECOLHIMENTO AO INSS

Até 1.399,12 8,00%

De 1.399,13 até 2.331,88 9,00%

De 2.331,89 até 4.663,75 11,00 %

Os empregados domésticos passaram a gozar da presunção do recolhimento de suas contribuições previdenciárias,

com a redação do art. 35 da Lei nº 8.213/91 trazida pela Lei Complementar nº 150/2015.

O referido artigo passou a prever que “o segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que

tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus

salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser

recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição”.

Os empregadores domésticos devem recolher a contribuição previdenciária até o dia 07 do mês subsequente ao da

competência.

10. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS E DO EMPREGADOR DOMÉSTICO

CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO9

Contribuição

Previdenciária

do empregador

doméstico

8% x remuneração paga

ou devida ao empregado

doméstico

Contribuição patronal

0,8% x remuneração Contribuição patronal para

9. De acordo com a Lei Complementar nº 150/2015. As contribuições serão recolhidas mediante documento único de arrecadação e a

exigência das contribuições, de acordo com a nova LC, somente será devida após 120 dias da data da publicação da LC nº 150, de

01 de junho de 2015.

paga ou devida ao

empregado doméstico

financiamento do seguro

contra acidentes do trabalho

8, 9 ou 11% sobre a

remuneração paga ou

devida ao empregado

doméstico

Contribuição do doméstico

descontada pelo empregador e

repassada para a União.

Foi criado o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do empregador

doméstico (Simples Doméstico), com inscrição do empregador e entrada única de dados cadastrais e de informações

trabalhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico dando-se mediante registro em sistema eletrônico a

ser disponibilizado em portal na internet, conforme regulamento.

12. DOS PRAZOS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Os empregadores domésticos devem recolher a contribuição previdenciária até o dia 07 do mês subsequente ao da

competência.

17. PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO

Pela regra atual da Constituição Federal, os servidores ocupantes de cargo público efetivo, vinculados ao regime próprio

de previdência social, serão aposentados:

APOSENTADORIA DOS SERVIDORES

OCUPANTES DE CARGO PÚBLICO

EFETIVO

• por invalidez;

• por idade;

• por tempo de contribuição;

• de forma especial, e

• compulsoriamente aos 70 anos de idade ou aos 75 anos, conforme

dispuser lei complementar)10

.

A aposentadoria compulsória vai ocorrer quando o servidor completar 70 anos de idade, com proventos

proporcionais ao tempo de contribuição, sem exigir tempo mínimo de exercício no serviço público. Com a emenda

constitucional nº 88/2015, os servidores públicos poderão ter aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade, na

forma de lei complementar.

Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-

se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade até que entre em vigor a lei complementar de que

trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

O servidor público federal cujo Plano de Seguridade Social é regido pela Lei nº 8.112/90, tem a garantia dos seguintes

benefícios:

I - quanto ao servidor:

a) aposentadoria;

b) auxílio-natalidade;

c) salário-família;

d) licença para tratamento de saúde;

e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;

f) licença por acidente em serviço;

g) assistência à saúde;

h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

II - quanto ao

dependente:

a) pensão por morte

b) auxílio-funeral;

c) auxílio-reclusão;

d) assistência à saúde.

10. Redação nova dada ao art. 40, §1º, inciso II, da Constituição Federal, pela Emenda Constitucional nº 88/2015.

SÚMULAS IMPORTANTES

3 DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

• STF 613 Os dependentes de trabalhador rural não têm direito a pensão previdenciária, se o óbito ocorreu anteriormente à vigência da Lei

Complementar 11/71.

TNU 81 - Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei n. 8.213/91, nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão.

• TNU 78 - Comprovado que o requerente de benefício é portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais, sociais,

econômicas e culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da elevada estigmatização social da doença.

• TNU 75 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a

fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda

que a anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

• TNU 74 – O prazo de prescrição fica suspenso pela formulação de requerimento administrativo e volta a correr pelo saldo

remanescente após a ciência da decisão administrativa final.

5 DO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

STF - Súmula Vinculante nº 53 - A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

STF – Súmula Vinculante nº 50 - Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

• STJ 516 - A contribuição de intervenção no domínio econômico para o INCRA (Decreto-Lei n. 1.110/1970), devida por empregadores

rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis ns. 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a contribuição

ao INSS.

STJ 508 – A isenção da Cofins concedida pelo artigo 6º, II, da LC 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi

revogada pelo artigo 56 da lei 9.430/96.

STJ 468 - A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n. 1.212/1995, era o faturamento ocorrido no sexto mês anterior ao do fato

gerador.

STJ 425 - A retenção da contribuição para a seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às empresas optantes pelo

Simples.

STJ 360 – O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos lançados por homologação regularmente declarados, mas

pagos a destempo.

STJ 351 – A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada

empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro.

9. DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO

STF - Súmula Vinculante nº 44 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo

público.

STF - Súmula Vinculante nº 43 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,

sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual

anteriormente investido.

STF - Súmula Vinculante nº 42 - É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou

municipais a índices federais de correção monetária.

STF - Súmula Vinculante nº 39 - Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias

civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

STF - Súmula Vinculante nº 37 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos

de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.

10. DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

• STJ 505 - A competência para processar e julgar as demandas que têm por objeto obrigações decorrentes dos contratos de planos de

previdência privada firmados com a fundação rede ferroviária de seguridade social – REFER é da justiça estadual.

11. DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – BPC

TNU 80 - Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada

valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistente social ou outras providências aptas a revelar a efetiva

condição vivida no meio social pelo requerente.

TNU 79 - Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos

meios, por prova testemunhal.

TNU 48 - A incapacidade não precisa ser permanente para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada.

TNU 29 - Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento.

TNU 11 - A renda mensal, per capita, familiar, superior a ¼ (um quarto) do salário mínimo não impede a concessão do benefício

assistencial previsto no art. 20, § 3º da Lei nº. 8.742 de 1993, desde que comprovada, por outros meios, a miserabilidade do

postulante.