direito financeiro crédito público e orçamento 2015 15.05.2015 formato reduzido (2)

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1 1 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Prof. Romero Auto 2 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Assim, o CRÉDITO PÚBLICO é uma modalidade de ingresso de recursos que gera receita por um lado, mas que por outro lado, gera despesa , pois cria o ENDIVIDAMENTO PÚBLICO para o Estado. Dentro do contexto do estudo da Atividade Financeira do Estado, a questão do CRÉDITO PÚBLICO se insere quando se observa a existência de um desequilíbrio nas contas públicas, com receitas insuficientes para custear todas as despesas demandas pelas necessidades públicas. 3 CRÉDITO PÚBLICO Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO): modalidade de empréstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir déficit de caixa, devendo ser pago no mesmo exercício financeiro. O Estado oferece em garantia desse empréstimo parte de sua receita. FORMAS DE OBTENÇÃO DO CRÉDITO PÚBLICO E DE FORMAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA Operações de crédito em geral: são as demais formas de endividamento público que não resultam de antecipação de receita. São endividamentos de dio e longo prazo. Pode surgir de um contrato de mútuo (simples empréstimo de dinheiro), emissão e aceite de títulos da dívida pública, aquisição financiada de bens pelo Estado, etc. 4 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA (conceito geral): é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior a doze meses (tem exceções). DÍVIDA PÚBLICA – DEFINIÇÕES (Art. 29, I e II, LRF) DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA: é aquela representada por títulos da dívida pública emitidos pela União, Estados e Municípios. 5 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Dívida Pública (art. 29, LRF) Mobiliária Consolidada Obrigações de curto prazo SE as receitas tiverem constado do orçamento Obrigações de médio e longo prazo (+ 12 meses) Precatórios incluídos no orça- mento e não pagos União: Títulos do BACEN* Títulos emitidos pela União, Estados e Municípios. 6 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO AS EXPRESSÕES CRÉDITO PÚBLICO, EMPRÉSTIMO PÚBLICO OU DÍVIDA PÚBLICA SÃO TERMOS SINÔNIMOS. Genericamente diz-se do crédito público como o contrato administrativo pelo qual o Estado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele estipulada. A vontade livre e consciente é um elemento essencial na constituição do crédito público, por este motivo, o empréstimo compulsório não possui a mesma natureza dos empréstimos públicos.

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    DIREITO FINANCEIRO

    CRDITO PBLICO

    Prof. Romero Auto2

    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    Assim, o CRDITO PBLICO uma modalidade de ingresso de recursos que gera receita por um lado, mas que por outro lado, gera despesa, pois cria o ENDIVIDAMENTO PBLICO para o Estado.

    Dentro do contexto do estudo da Atividade Financeira do Estado, a questo do CRDITO PBLICO se insere quando se observa a existncia de um desequilbrio nas contas pblicas, com receitas insuficientes para custear todas as despesas demandas pelas necessidades pblicas.

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    CRDITO PBLICO

    Operaes de Crdito por Antecipao de Receita(ARO): modalidade de emprstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir dficit de caixa, devendo ser pago no mesmo exerccio financeiro. O Estado oferece em garantia desse emprstimo parte de sua receita.

    FORMAS DE OBTENO DO CRDITO PBLICO E DE FORMAO DA DVIDA PBLICA

    Operaes de crdito em geral: so as demais formas de endividamento pblico que no resultam de antecipao de receita. So endividamentos de mdio e longo prazo. Pode surgir de um contrato de mtuo (simples emprstimo de dinheiro), emisso e aceite de ttulos da dvida pblica, aquisio financiada de bens pelo Estado, etc. 4

    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    DVIDA PBLICA CONSOLIDADA (conceito geral): o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito para amortizao em prazo superior a doze meses (tem excees).

    DVIDA PBLICA DEFINIES (Art. 29, I e II, LRF)

    DVIDA PBLICA MOBILIRIA: aquela representada por ttulos da dvida pblica emitidos pela Unio, Estados e Municpios.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    Dvida Pblica(art. 29, LRF)

    Mobiliria

    Consolidada

    Obrigaes de curto prazo SE as receitas tiverem constado do oramento

    Obrigaes de mdio e longo prazo (+ 12 meses)Precatrios includos no ora-mento e no pagos

    Unio: Ttulos do BACEN*

    Ttulos emitidos pela Unio, Estados e Municpios.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    AS EXPRESSES CRDITO PBLICO, EMPRSTIMO PBLICO OU DVIDA PBLICA SO TERMOS SINNIMOS.Genericamente diz-se do crdito pblico como o contrato administrativo pelo qual o Estado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele estipulada. A vontade livre e consciente um elemento essencial na constituio do crdito pblico, por este motivo, o emprstimo compulsrio no possui a mesma natureza dos emprstimos pblicos.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    AS EXPRESSES CRDITO PBLICO, EMPRSTIMO PBLICO OU DVIDA PBLICA SO TERMOS SINNIMOS.Genericamente diz-se do crdito pblico como o contrato administrativo pelo qual o Estado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele estipulada. A vontade livre e consciente um elemento essencial na constituio do crdito pblico, por este motivo, o emprstimo compulsrio no possui a mesma natureza dos emprstimos pblicos.

    EMPRSTIMO COMPULSRIO = TRIBUTO (STF)8

    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    1. CRDITO PBLICO COMO ATO UNILATERAL DO ESTADO: um ato de soberania, uma vez que, contrado por lei, pode ser modificado unilateralmente mediante a elaborao de uma nova lei.

    NATUREZA JURDICA Principais teorias

    2. CRDITO PBLICO COMO CONTRATO SOB CONDIO POTESTATIVA PELO DEVEDOR (O ESTADO): este poder suspender as obrigaes de pagamento assumidas sempre que circunstncias excepcionais, a seu critrio, o impossibilitem de cumpri-las.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    3. CRDITO PBLICO COMO CONTRATO DE NATUREZA CIVIL: um contrato de mtuo simples, cujo objeto o dinheiro que entregue pelo particular ao Estado, devendo ser devolvido num prazo estipulado em lei. O Estado ficaria submetido s regras comuns de direito civil, no havendo prevalncia de seu interesse sobre o interesse do particular.

    NATUREZA JURDICA Principais teorias

    4. CRDITO PBLICO COMO CONTRATO DE DIREITO PBLICO: um contrato administrativo que gera crdito de uma soma de dinheiro em proveito do Estado, ficando o mesmo obrigado a seu pagamento. No h a aplicao do princpio da soberania para afirmar que o Estado pode se negar ao pagamento da dvida pblica. O fato de no poder ter seus bens penhorados, no modifica o direito do credor. 10

    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    NATUREZA JURDICA Principais teoriasTende-se a reconhecer como sendo o CRDITO PBLICO como modalidade de contrato de direito pblico pelas seguintes razes:1. possui finalidade de interesse pblico;2. possui forma especial (lei);3. pode ser rescindido ou ter seus dispositivos

    alterados unilateralmente pelo Estado;4. deve estar autorizado no oramento;5. h sujeio prestao de contas e autorizao e

    controle do Senado;6. H inviabilidade de execuo especfica (impenhorabilidade dos bens do Estado).

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    CLASSIFICAO DO CRDITO OU DA DVIDA PBLICA

    QUANTO PESSOA JURDICA DEVEDORA:dvida federal, dvida estadual e dvida municipal.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    CLASSIFICAO DO CRDITO OU DA DVIDA PBLICA

    QUANTO AO LOCAL DE PAGAMENTO DO CRDITO: Dvidas internas: contrada e resgatada no pas, sendo os ttulos resgatados em reais. O credor pode ser brasileiro ou no.Dvidas externas: so aquelas cujo pagamento importa em transferncia de divisas para o exterior. O que importa no a moeda contratada, mas o local ou a praa em que o pagamento deve ser realizado.

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    QUANTO AO PRAZO DE DURAO:Dvida flutuante: a dvida provisria, de curto prazo, cujo pagamento deve ser feito no mesmo ano de sua contratao. Deve ser utilizada para suprir deficincias de caixa momentneas e eventuais. A Constituio Federal s traz um exemplo: as operaes de antecipao de receita oramentria ARO (art. 165, 8, CF), que devem ser liquidadas, segundo a doutrina, assim que os recursos oramentrios efetivamente ingressarem no caixa do Estado, ficando limitado a um ano.Dvida consolidada: a que tem prazo longo, destinando-se a investimento pblico, obtida, por exemplo, por meio da emisso e aceite de ttulos da dvida pblica no mercado, com resgate a longo prazo. Segundo a Lei n 4.320/64, compreende apenas os compromissos que ultrapassam o perodo de 12 meses. O seu no pagamento por mais de dois anos consecutivos implica em interveno da Unio e do Estado (art. 34, V, a e 35, I, CF). Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, entretanto, o conceitode Dvida Consolidada foi um pouco modificado, pois tambm contempla as operaes de crdito de curto prazo, se as receitas provenientes das mesmas estiverem previstas no oramento, conforme o 3 do seu art. 29.

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    DIREITO FINANCEIROCRDITO PBLICO

    CLASSIFICAO DO CRDITO OU DA DVIDA PBLICA

    CRDITOS COMPULSRIOS E CRDITOS VOLUNTRIOS: para maior parte da doutrina essa classificao no tem sentido. No Brasil existe a figura do emprstimo compulsrio que entendido com uma espcie de tributo pela imensa maioria dos tericos, havendo deciso do STF nesse sentido. Entende-se que apenas os crditos voluntrios, que no tenham um carter forado, podem ser considerados dentro da teoria do crdito pblico, dada sua natureza contratual.

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    CLASSIFICAO CONSTITUCIONAL:Operaes de crdito por antecipao de receita: correspondem s AROs (antecipaes de receita oramentria), modalidade de emprstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir dficit de caixa, devendo ser pago at o 30 dia do exerccio financeiro seguinte ao da realizao do contrato. o tipo de emprstimo pblico que se faz diretamente na rede bancria. O Estado oferece em garantia desse emprstimo parte de sua receita.Operaes de crdito em geral: so os demais emprstimos que no resultam de antecipao de receita. So emprstimos de longo e mdio prazo que objetivam atender, em geral, as despesas de capital.

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    DIREITO FINANCEIRO

    ORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    A origem dos oramentos pblicos est relacionada ao desenvolvimento da democracia, opondo-se ao Estado antigo, em que o monarca representava um poder soberano e absoluto, e que se considerava detentor detentor do patrimnio originrio da coletividade.

    ORIGEM DA PRTICA ORAMENTRIA

    Prof. Romero Auto18

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Alguns exemplos histricos sobre o surgimento do oramento pblico so os seguintes:1. Inglaterra (1215) Carta Magna, exigindo a autorizao do Parlamento para a instituio de tributos: no taxation withouth no representation.2. EUA (1765) Colnia da Virgnia, precursora da independncia americana, instituram a AssembleiaNacional, prevendo a necessidade de autorizao do Parlamento para a criao de impostos.3. Frana (1789) Revoluo Francesa (Declarao de Direitos) instituiu o primeiro oramento pblico aprovado pelo Parlamento em 1798.4. Brasil primeira lei oramentria surgiu em 1830.

    ORIGEM DA PRTICA ORAMENTRIA

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Pea que contempla apenas a previso das receitas e fixao das despesas para um determinado perodo, sendo um documento de natureza eminentemente contbil e financeiro, sem preocupaes com o planejamento do Estado ou com as efetivas necessidades da populao. (Valdecir Pascoal)

    CONCEITO CLSSICO

    Prof. Romero Auto20

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Modernamente, passou a assumir um carter poltico, refletindo um PLANO DE AO GOVERNAMENTAL, representativo da vontade popular, objetivando o desenvolvimento econ-mico-social da coletividade. a ideia de ORAMENTO-PROGRAMA.

    CONCEITO MODERNO

    Prof. Romero Auto

    PROGRAMA DE GOVERNO

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Lei que contempla a previso de receita e despesa, programando a vida econmica e financeira do Estado, por um certo perodo. (Rgis Fernandes de Oliveira).

    CONCEITO MODERNO

    Prof. Romero Auto

    ato pelo qual o Poder Legislativo prev e autoriza ao Poder Executivo, por certo perodo e em pormenor, as despesas destinadas ao funciona-mento dos servios pblicos e outros fins adotados pela poltica econmica ou geral do pas, assim como a arrecadao das receitas j criadas em lei. (Aliomar Baleeiro)

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    ASPECTOS DO ORAMENTO

    Prof. Romero Auto

    POLTICOECONMICO

    TCNICO

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    ASPECTO POLTICO: o Parlamento, que o poder representado pela sociedade (representantes eleitos pelo POVO) autoriza o gasto pblico, levando em considerao a realizao das finalidades do Estado, isto , a satisfao das necessidades pblicas.

    ASPECTOS DO ORAMENTO

    Prof. Romero Auto24

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    ASPECTO ECONMICO: o oramento pblico um instrumento de atuao ou de interveno do Estado na economia. Isso porque quanto maior ou menor for o gasto pblico autorizado no oramento, maior ou menor ser a interveno do Estado no domnio econmico.

    ASPECTOS DO ORAMENTO

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    ASPECTO TCNICO: esse aspecto est relacionado com obrigatoriedade de observncia da tcnica oramentria, sobretudo em relao classificao clara, metdica e racional da receita e da despesa.

    ASPECTOS DO ORAMENTO

    Prof. Romero Auto26

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    NATUREZA JURDICA

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    A NATUREZA JURDICA do oramento pblico a de ser uma lei, apesar de ser uma lei em sentido meramente formal.No se trata, pois, de uma lei em sentido material, jque no prescreve normas de conduta, nem cria direitos ou obrigaes. Trata-se de uma pea de contabilidade pblica, aprovada pelo Parlamento em forma de lei.As leis oramentrias apenas trazem a previso das receitas esperadas, bem como a autorizao para a realizao de despesas. Essas despesas, entretanto, no so de realizao obrigatria.

    NATUREZA JURDICA

    Prof. Romero Auto28

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    TIPOS DE LEIS ORAMENTRIAS CF/88

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    TIPOS DE LEIS ORAMENTRIAS

    PLANO PLURIANUAL - PPA

    LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS - LDO

    LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    PLANO PLURIANUAL - PPA

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICOPPA Plano Plurianual

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I - o plano plurianual;...................................................................................................

    1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metasda administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.

    Prof. Romero Auto32

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICOPPA Plano Plurianual

    Art. 165, 7 - Os oramentos previstos no 5, I e II (LOA), deste artigo, compatibilizados com o PLANO PLURIANUAL, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICOPPA Plano Plurianual

    Art. 167, 1, CF/88. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poderser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PPA(contedo)

    Diretrizes, Objetivos e Metas da Administrao Pblica Relativas a:

    Despesas de Capital +Despesas correntes delas derivadas

    Programas deDurao Continuada

    Funo de reduzir as desigualdades inter-regionais

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICOPPA Plano Plurianual

    O PPA tem uma vigncia de 4 anos. A CF/88 estabelece que o primeiro ano da gesto de um governo realizado sempre aplicando o 4 e ltimo ano do PPA definido pela gesto anterior. Seguindo essa mesma linha, o governo do momento, ao fixar o novo PPA, ao definir o planejamento para os 4 prximos anos, tambm fixar as diretrizes, objetivos e metas para o primeiro ano do prximo governo. O objetivo da CF/88 evitar que os grandes projetos de governo no sofram interrupes!

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS - LDO

    Prof. Romero Auto

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    LDO LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIASArt. 165, CF/88. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: II as diretrizes oramentrias;...................................................................................................

    2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. 38

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    LDO(contedo)

    1. Compreender as Metas e Prioridades da Administrao Pblica, incluindo as despesas de capital para o exerccio seguinte (investimentos)2. Orientar a elaborao da LOA3. Dispor sobre as alteraes na legislao tributria4. Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.

    Lei anual

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    LDO LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIASA LRF (LC 101/2000) aumentou substancialmente o leque de atribuies da LDO, de maneira que a sua funo tem se tornado das mais importantes para o controle do gasto pblico e viabilizao do plano de governo. Assim, deve ser objeto da LDO, entre outros: O equilbrio entre as receitas e despesas; A limitao de empenho (limitao de contratao de novas obrigaes, como operaes de crdito, por exemplo); O estabelecimento de normas relativas ao controle de custos. Ex: aquisio centralizada dos materiais de consumo cotidiano das reparties pblicas, evitando diferenas de preo. O estabelecimento de normas relativas avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos do oramento. Ex: financiamento de programas sociais como, por exemplo, o bolsa-famlia. Fixao de condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas, como metas a serem atingidas, etc.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    LOA LEI ORAMENTRIA ANUALArt. 165, CF/88. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: III os oramentos anuais;...................................................................................................

    5 - A lei oramentria anual compreender: I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    LOA LEI ORAMENTRIA ANUALArt. 165, 8, CF/88. A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho PREVISO DA RECEITA E FIXAO DA DESPESA, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei.

    PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE ORAMENTRIA

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    LOA(contedo)

    1. ORAMENTO FISCAL DO ESTADO, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico

    2. ORAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS3. ORAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

    Lei anualTABELA DE RECEITA E DESPESAS RELATIVOS A:

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIO

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    ORAMENTO PBLICOPROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIO - RITO

    1 FASE: REMESSA DO PROJETO DE LEI PELO PODER EXECUTIVO, CONFORME PRAZOS PREVISTOS NO ART. 35 DA ADCT2 FASE: ANLISE E EMISSO DE PARECER PELA Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao CMO DO PROJETO DE LEI E DAS EMENDAS DOS PARLAMENTARES3 FASE: VOTAO PELO PLENRIO EM SESSO NICA E CONJUNTA DAS DUAS CASAS. APROVAO POR MAIORIA SIMPLES.

    Prof. Romero Auto

    4 FASE: DEVOLUO, J CONVERTIDO EM LEI, PARA SANO E PROMULGAO PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO AT O ENCERRAMENTO DA RESPECTIVA SESSO LEGISLATIVA.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIOArt. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica: XXIII enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta Constituio.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIOArt. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:I o plano plurianual;

    II as diretrizes oramentrias;III os oramentos anuais.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIO

    A iniciativa portanto do Poder Executivo, por fora dos artigos j citados. O Parlamento exerce grande influncia por meio das emendas dos parlamentares, suprimindo, acrescentando e alterando a proposta inicial. A proposta oramentria deve ser debatida e aprovada no Congresso, de maneira que modificaes substanciais podem ocorrer.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    COMISSO MISTA DO ORAMENTO - CMOA discusso das leis oramentrias deve ser realizada em um primeiro momento numa comisso mista permanente formada por deputados e senadores, chamada de Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao CMO. O funcionamento dessa comisso foi regulado pela Resoluo n 1/2001 do Congresso Nacional. Segundo seu art. 3, formada por 84 membros: 63 deputados e 21 senadores, e mesmo nmero de suplentes. 50

    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    COMISSO MISTA DO ORAMENTO - CMOATRIBUIES:1. examinar e emitir parecer sobre os projetos da LOA, LDO e o PPA, alm de examinar as contas do Presidente da Repblica;2. examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais nesta Constituio e exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria;3. receber e examinar as emendas propostas LOA, LDO e ao PPA

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    COMISSO MISTA DO ORAMENTO - CMOAs emendas tm atuao limitada:a) devem se adequar ao plano plurianual e lei de diretrizes oramentrias; b) no podem indicar novas fontes de receitas (a no ser por anulao de despesas e com limitaes); c) no podem versar sobre matria distinta da regulada na proposta oramentria.

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    PRAZOS DE DELIBERAO DAS LEIS ORAMENTRIAS

    No caso da LDO, se o Congresso Nacional no respeitar o prazo, o Parlamento no poder entrar no recesso previsto para o ms de julho (18 a 31/07).

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    DIREITO FINANCEIROORAMENTO PBLICO

    Prof. Romero Auto

    NO DEVOLUO DO PROJETO DE LEI ORAMENTRIA AT O ENCERRAMENTO DO ANO

    Nesses casos, a prtica a chamada EXECUO PROVISRIA DO ORAMENTO, tambm conhecida como EXECUO ANTECIPADA DO ORAMENTO. O oramento vai sendo aplicado pelo Poder Executivo, mensalmente, a base de 1/12 do seu valor total previsto no projeto de lei encaminhado ao Poder Legislativo, at que o Oramento venha a ser aprovado. No h previso na CF/88 para isso, mas a LDO passou a prever essa possibilidade por uma necessidade prtica.