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Simpósio de TCC e Seminário de IC , 2016 / 1º                                                                                                                  765

DIREITO ENTOMOLOGIA FORENSE: QUANDO OS INSETOS SÃO PERITOS FORENSIC ENTOMOLOGY: WHEN INSECTS ARE EXPERTS 

FERNANDA MARIA DE SOUZA ROCHA SAMUEL BARBOSA DOS SANTOS

Resumo O objetivo do presente trabalho é abordar a entomologia forense, considerando a evolução das tecnologias e o amparo dessa ciência ao âmbito jurídico. A cada dia que passa intensifica sua importância na resolução de crimes e no auxílio de descobertas em diversas áreas. Esse artigo científico, segundo o objetivo é divulgar essa ciência. Seu principal intuito é provar que os vestígios deixados por insetos têm um peso fundamental nas decisões judiciais sendo admitida como verdadeiro meio de prova pericial. Palavras-Chaves: Entomologia Forense. Resolução de Crimes. Vestígios. Prova Pericial. Insetos. Abstract The objective of this work is to approach the forensic entomology, considering the evolution of technology and the help of this science to the legal framework, which each passing day intensifies its importance in solving crimes and in aid of discoveries in various fields. This paper aims to disseminate this science to prove that the traces left by insects have a fundamental weight in judicial decisions being admitted as a real means of expert evidence . Keywords: Forensic Entomology. Solving Crimes. Remains. Expert Evidence. Insects.

INTRODUÇÃO O presente trabalho abordou o estudo dos

insetos pertencentes à fauna cadavérica, demonstrando a possibilidade de identificação nos episódios nos quais: o corpo é movido para um segundo local após a morte; se o mesmo foi, em algum momento, manipulado por animais ou até mesmo pelo assassino - que volta à cena do crime com o intuito de dificultar as provas deixadas. Abordou também, a possibilidade de identificação do crime através de uso de entorpecentes, de danos em bem imóveis, de contaminação de produtos estocados, em meio a outros casos que se apresentam à investigação forense.

Explanou sobre a prova pericial, demonstrou-se a interface entre biologia e outros ramos da ciência, notadamente, a medicina forense, explicou as atividades relevantes na solução de controvérsias forenses desenvolvidas pelos entomólogos.

Como parte da metodologia, o trabalho utilizou-se do método hipotético dedutivo, visto que nele se formulou uma hipótese e se testou o acontecimento dos fatos expostos na hipótese, bem como, adotou-se a pesquisa bibliográfica, por ser esta a que oferece subsídios para elaboração deste. Além de serem utilizadas fontes primárias e secundárias, como: leis, jurisprudências, doutrinas e artigos. E teve como objetivo o método descritivo, em prol de oferecer informações e indagações sobre o tema.

Não se perdeu assim, a perspectiva da multidisciplinaridade, visto seu caráter fundamental para o Direito. Trazendo desta forma, uma avaliação com outras áreas do conhecimento, relacionando as matérias de Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Constitucional, Biologia e Medicina.

No que tange às aplicações nos estudos entomológicos, temos grande abrangência na

esfera criminal, desde os crimes dolosos contra a vida, até o tráfico de entorpecentes.

A discussão exibida a partir do problema é a eficácia no uso da Entomologia Forense como meio de prova pericial, partindo da premissa de que a prova tem caráter decisivo para a caracterização do crime e conclusão da ação penal, pois se vincula a plausibilidade necessária para a persuasão, mais precisamente, o resultado da prova pericial1 que tem o intuito de fornecer elementos para o livre convencimento do juiz, pelo fato de que o magistrado posteriormente irá se utilizar do resultado destas provas para a postulação de sua sentença. (PEREIRA, 2015)

O laudo da Entomologia Forense, neste sentido, se considera válido, de acordo com o conceito de prova deliberado pelas doutrinas majoritárias. Nas quais, prova é o meio retórico para demonstrar, direta ou indiretamente, a existência ou a verossimilhança da alegação acerca de um fato. Tornando-o viável diante do novo padrão que se adota na perspectiva dos Direitos Humanos, partindo da premissa de que todos os meios de provas são admitidos no Direito, a fim de prover a persecução penal pelo Estado ou garantir o status libertatis2 do indivíduo. São os recursos de percepção da verdade (ou da plausibilidade) e formação do convencimento do destinatário. (PEREIRA, 2015)

Quando se iniciar o momento da apreciação probatória, o magistrado o fará por meio de seu livre convencimento motivado. Neste ato, é crucial o auxílio de um técnico, podendo ser levado em consideração que o juiz não é versado em matérias diversas, principalmente tendo em vista

                                                            1 Prova pericial é a destinada a levar ao juiz elementos de  convicção  sobre  fatos  que  dependem  de conhecimento  especial  técnico,  isto  é,  juízos especializados sobre os fatos relevantes da causa. 2 Estado de liberdade. 

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que determinadas provas precisam de conhecimentos técnicos que, por vezes, são alheios àqueles do Direito para o emprego da lei.

Neste sentido, o magistério de Costa (2007) citado por Teodósio e Ramos (2016) nos ensina que: Por mais culto e arguto que seja o magistrado, às vezes lhe faltam conhecimentos técnicos e científicos especializados, tornando imperiosa a utilização de auxiliares que lhe transmitam suas conclusões. É livre a convicção do juiz; ele não está adstrito à prova técnica, podendo aceitá-la ou rejeitá-la, no todo ou em parte. A doutrina majoritária do Direito afirma que não há hierarquia: as provas objetivas e subjetivas têm o mesmo valor probante. Porém, a prova objetiva, por ser baseada em ciência, é irrefutável, chegando a ser considerada como prefácio da sentença.

Apesar das primeiras pesquisas realizadas na década de 1850, a Entomologia ainda não é muito utilizada nos dias de hoje, por carência de estrutura, por falta de profissionais da área e por ausência de integração profissional entre peritos criminais, legistas e entomólogos. No entanto, pode ser utilizada como meio de prova, integrando a prova pericial.3

Como supracitado, é notório que a Entomologia Forense é cabível como meio de prova pericial, para demonstrar fato constitutivo, impeditivo, extintivo ou modificativo do direito alegado.

O estudo dos insetos permite que a perícia entomológica revele, por exemplo, o intervalo “post mortem” dos cadáveres analisados, desvende os elementos do local do crime e a causa da morte. É possível também, por seu intermédio, alcançar maior precisão investigativa, encontrar indícios de morte violenta, maus tratos contra idosos e bebês ou a presença de substâncias químicas no cadáver encontrado. (HOJO, 2008)

A Entomologia consiste em técnica pericial precisa e de custos financeiros baixos, pois é através dos insetos encontrados e dos materiais fisiológicos localizados no interior destes que se pode descobrir a resposta para as perguntas criminais, que não seriam descobertas sem esses exames. (PEREIRA, 2015)

Há possibilidade de insetos necrófagos serem utilizados como meio de prova após a morte? Essa foi a problematização desse artigo que levou a apresentação da possibilidade de os insetos necrófagos, serem utilizados como meio de prova.

                                                            3 A prova pericial é definida como sendo uma prova técnica, pois, representa algo que se objetiva certificar acerca da existência de fatos, a partir de conhecimentos específicos. Menciona-se, ainda, que a prova pericial através de sua materialização instrumental, isto é, do laudo pericial, demonstra a peculiaridade de ser uma função estatal destinada a fornecer dados instrutórios.

O Art. 158 e seguintes do CPP, que diz claramente que é indispensável à realização do exame de corpo de delito4 quando o crime deixar vestígios, os quais neste momento serão averiguados pelo método entomológico.

O ônus da prova – acerca dos fatos constitutivos do direito – é do autor ou de quem a invoca. Quando se opõe fato impeditivo, modificativo e extintivo, o ônus é de quem opõe. Nos termos do art. 158 do Código de Processo Penal, havendo vestígios, a prova pericial é obrigatória.

A Entomologia Forense como meio de prova, é imprescindível como garantia aos Direitos Fundamentais. A prova é uma recriação da cena do crime, de forma que, na qual tutela o Princípio Constitucional do Devido Processo Legal, defendendo os interesses de ambos interessados (vítima e acusado), seguindo simultaneamente pela Garantia Fundamental do Direito à vida, e o Direito à liberdade, avalizando ambas as partes através dos Princípios Constitucionais e Processuais Penais num processo válido. (COSTA, 2011)

Contexto Histórico

A fascinação do homem pelos insetos surgiu no antigo Egito, demonstrado por pinturas e esculturas de abelhas e escaravelhos. Porém, o primeiro escrito em que se falava na existência dos insetos e que houve o aprofundamento do estudo desses seres foi instituído por Aristóteles. (CLASSE INSECTA, 2009)

Entomologia forense teve sua primeira aplicação em 1235, na China, referenciados em manuais chinês, formulado por Sung Tzu, intitulado. “The washing away of wrongs” 5 . (COSTA, 2003)

Neste livro, Sung Tzu relatou um caso interessante: um homicídio com uso de instrumento cortante. Para se desvendar o crime, lavradores da região foram convocados a levarem os seus instrumentos de trabalho para análise de investigadores. A fim de se desvendar o crime, os investigadores à procura de vestígios, encontraram uma foice, na qual a grande presença de moscas, possivelmente atraídas pelos odores e resquícios de substâncias orgânicas ali encontradas e imperceptíveis a ‘olho nú’, contribuíram para que o proprietário da foice

                                                            4 Tourinho  Filho,  “Diz‐se  direto  quando  os  próprios peritos  examinam  os  vestígios  deixados  pelo  crime, isto é, o corpo de delito, e respondem ao questionário que lhes formulam a autoridade e as partes”, ou seja, no  exame  direto,  os  peritos  examinam  o  próprio “corpo  de  delito”,  que  constitui  a  materialidade  da suposta infração penal. 

5 In: <http://www.pucrs.br/fabio/pos/bgforense/Janyra2.pdf>

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fosse interrogado pela polícia, levando o mesmo a confessar a autoria do crime. (COSTA, 2003)

A utilização dessa ciência no âmbito forense ficou mundialmente conhecida, após 1894, com o ilustre trabalho de Mégnin, o qual publicou, na Franca, o livro “La faune dês cadáveres”. (GREDILHA; PARADELA e FIGUEIREDO).

No início do século, os pesquisadores brasileiros Roque-Pinto (1908) e Oscar Freire (1914) realizaram pesquisas nessa área e obtiveram bons resultados. Porém, após esse trabalho, o assunto caiu em esquecimento no Brasil.6 (PUJOL; ARANTES e CONSTANTINO, 2008.

Atualmente, os estudos de entomologia são admitidos largamente no foro e nas demandas arbitrais.

Objetivos da Entomologia

São objetivos da Entomologia: o estudo da forma externa do corpo dos insetos, da estrutura e função dos órgãos, do desenvolvimento e da reprodução, do ciclo de vida, da metamorfose, dos fósseis, da identificação, da classificação dos insetos, da transmissão de doenças aos animas e às plantas.

O objetivo investigativo da Entomologia Forense torna-se dependente de variados fatores e o leque de informações obtidas é gigantesco. É impressionante a diversidade de informações que um simples inseto fornece no âmbito jurídico. (PUJOL; ARANTES e CONSTANTINO, 2008)

A Entomologia Forense dedica-se à aplicação do estudo dos insetos na solução de casos criminais e disputas judiciais. Insetos podem ser usados como evidência na solução de crimes e em alguns casos pode estar no centro de disputas judiciais ao causar danos a produtos armazenados ou estruturas. (PUJOL; ARANTES e CONSTANTINO, 2008) Conceito de Entomologia Forense

Entomologia é o ramo da biologia no qual os insetos se tornam objeto de análise em que é possível se aferir os vestígios imprescindíveis para a investigação criminal. Entomologia Forense nada mais é do que a ciência que aplica o conhecimento da biologia dos insetos e outros artrópodes em investigações criminais. No âmbito da medicina legal, sua maior contribuição é a determinação do IPM (intervalo pós-morte) já que os insetos são os primeiros a encontrarem os corpos. (PEREIRA, 2015)

O Termo Entomologia surgiu da junção das palavras gregas Enton e Logos, que significam, respectivamente, em português, inseto e estudo, ou seja, Estudo dos Insetos. Entomologia é o ramo da biologia que se ocupa do estudo dos insetos ou, em outras palavras, é o estudo dos insetos nos seus mais variados aspectos e em todas as suas relações com as plantas, com o

                                                            6 Pinto, Edgar Roquette (1884-1954) – Médico Legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo.

homem, com o solo e com os animais. (PEREIRA, 2015)

A Entomologia Forense é a ciência que se dedica a determinar como variáveis ambientes, abióticos7 e bióticos8 reagem à ação humana ou nas interações com o ambiente. A referida ciência constitui uma área da Tafonomia Forense. (ROMANA, et al. 2012)

No tocante aos fatores abióticos exemplifica-se a temperatura, a umidade e a luminosidade, que além de influenciar a decomposição de cadáveres, também são determinantes dos fatores bióticos, como o ciclo de vida e a diversidade biológica da fauna associada. Dentre os fatores bióticos, destacam-se os insetos além de outros artrópodes, microrganismos (bactérias e fungos) e vertebrados (canídeos, felinos, roedores). (ROMANA, et al. 2012)

A divulgação da Entomologia como uma forma de ajuda nas perícias criminais é quase inexistente e dados diversos, muitas vezes são ignorados.

Para que possamos entender a atuação da Entomologia Forense é necessário saber que morte encefálica, é o termo que se aplica a condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do tronco cerebral e do encéfalo, incluindo a ausência de circulação do sangue em seus vasos. Apenas após a morte de fato consumada é que teremos esses acúmulos de insetos.

Principais Artrópodes

Os insetos são os primeiros a colonizar o cadáver, mais especificamente as moscas varejeiras. Isso por que, assim que a morte ocorre, o corpo entra em estado de decomposição exalando um odor muito forte que acaba atraindo diversos insetos.

Esses insetos se instalam em orifícios como: ouvido, nariz ou feridas decorrentes da forma que a pessoa foi morta. As moscas começam a depositar, nesses orifícios, seus ovos, que irão se alimentar do tecido em decomposição, ou seja, fase de putrefação.9

A identificação de uma espécie de inseto é de fundamental importância para se calcular o IPM (intervalo post mortem) em investigações criminais. Desta forma, revela-se também, se a vítima foi movida de um local para o outro.

Neste sentido, nos ensina Costa (2007):

                                                            7  Fatores abióticos todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, etc. 8  Fatores bióticos todos os elementos causados pelos organismos em um ecossistema que condicionam as populações que o formam.

9 Putrefação consiste na biodecomposição da matéria orgânica, em especial de proteínas, causada por microrganismos, com produção de substâncias de odor desagradável.

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Os insetos, devido ao olfato apuradíssimo, percebem os odores exalados pelos cadáveres muito antes que os seres humanos. Portanto, são os primeiros que chegam a cena do crime, onde se instalam e procriam, pois a carne decomposta forma um excelente micro-habitat, seja como sítio de cópula, como estimulo a oviposição ou como fonte proteica. Assim, são verdadeiras “ testemunhas” de tudo o que ocorreu nesse interim. Como podemos ignorá-los? Vestígios importantíssimos perdem-se pela falta de conhecimento sobre a sua aplicação.

Os principais artrópodes que residem em uma carcaça são insetos necrófagos, que se alimentam de tecidos dos corpos decompostos. Esses insetos estão em idade adulta ou imatura e são: Dípteros: (Sarcophagidae, Muscidae e Calliphoridae); Coleópteros (Scarabaeidae, Syrphidae e Dermestidae); Lepidópteros (Tineidae e Pyralidae). Insetos Omníveros: são insetos que se alimentam tanto do corpo quanto da fauna associada a ele, são exemplos: Himenópteros (formigas e vespas) e coleópteros (alguns besouros), Insetos Predadores ou Parasitas: são insetos parasitas aqueles que utilizam dos insetos que colonizam normalmente o cadáver para seu desenvolvimento próprio, e os predadores, são os insetos que se alimentam dos estágios imaturos dos insetos necrófagos, são exemplos: Coleópteros (Syrphidae, Staphylinidae e Histeridae); Dípteros (Calliphoridae – Chrysomya, Muscidae – Hydrotaea); Ácaros (aracnídeos diminutos – Macrochelidae, Parasitidae e Parholapidae); Himenópteros (predadores ou parasitas de imaturos de dípteros); Dermápteros (vulgarmente conhecidos como tesourinhas), Insetos Acidentais: são insetos encontrados nos cadáveres por acaso, com extensão do habitat normal. São exemplos: outros artrópodes como colêmbolas, percevejos, aranhas, centopeias e tatuzinhos de jardim. A Entomologia Forense pode indicar com os seus estudos, diversos tipos de morte e revelar também maus tratos em pessoas impossibilitadas de defender-se, a partir da análise da incidência de ovos, larvas ou pupas que residem no cadáver. (ROMANA, et al. 2012)

Aplicações nos casos de morte

Veremos abaixo que, através dos insetos peritos, podemos identificar o local da morte, o modo da morte, se houve violência sexual e o IPM. Local da morte

Observando a distribuição geográfica, habitat natural e biologia das espécies coletadas na cena da morte, é possível verificar o local onde ocorreu a morte. Por exemplo, certas espécies de dípteros (moscas) da família Calliphoridae são

encontradas em centros urbanos. E, em vista disso, a associação dessas espécies a corpos encontrados em meio rural, sugere que a vítima tenha sido morta no centro da cidade e levada para o ponto onde foi encontrada. (PEREIRA, 2015)

Da mesma forma que algumas moscas apresentam habitat específico, além de distinta preferência em realizar postura em ambientes internos ou externos, e até mesmo, em diferentes condições de sombra e de incidência de luz solar. Modo da morte

Drogas e tóxicos, presentes no corpo, podem acelerar ou desacelerar o desenvolvimento de insetos necrófagos, methamphetamina, amitriptylina e outros metabólitos. Podendo indicar, desta forma, um caso de morte por ingestão dessas substâncias, "overdose". (VENTURA, et al.)

Pela voracidade das larvas, os fluidos do corpo e partes macias necessárias para as análises toxicológica desaparecem, sendo, então, necessário identificar esse mecanismo, de substâncias tóxicas no corpo de larvas de insetos necrófagos, que se alimentam desses cadáveres contaminados.

Através do estudo do corpo do inseto é possível identificar em seu interior, tecido do cadáver, caso tenha utilizado algum tipo de tóxico. Violência Sexual

No que se referem ao abuso sexual, os insetos peritos podem auxiliar na busca da certeza jurídica informando através dos seus vestígios se a vítima foi abusada sexualmente, pois nesses casos, na área genital, há maior quantidade de insetos colonizando o local que advertem a presença de sêmen. A presença de larvas na área genital num estado de desenvolvimento mais avançado do que noutro orifício natural pode ser indicativa de ter existido agressão sexual. Intervalo Post Mortem (IPM)

No tocante à Medicina Legal, uma das questões mais críticas e especuladas versa sobre quando se deu a morte. São os patologistas e antropólogos forenses que aferem a determinação do IPM10, ou seja, o cálculo no qual se afere a data e hora aproximada da morte.

Circunstâncias intrínsecas e extrínsecas fazem variar a marcha e a fisionomia particular dos fenômenos putrefativos. (ESCOBAR, 2009)

Para que se identifique o IPM, os peritos podem se valer da evolução da rigidez cadavérica, resfriamento do corpo, livores cadavéricos, evolução das fases de decomposição e, mais recentemente, da fauna cadavérica.

Outras Aplicações

                                                            10In: Schoenly et al, 1991.

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Não se pode olvidar que a Entomologia oferece significativa contribuição nas hipóteses de maus tratos e de identificação de uso de entorpecentes, dentre outras, conforme explanação na sequência. Maus tratos

A Entomologia Forense pode, ainda, ser utilizada em casos de maus tratos a qualquer pessoa principalmente as mais debilitadas e incapazes. É possível identificar através dos insetos o número de dias, durante os quais as vítimas foram privadas de cuidados de higiene, caso sejam incapazes, baseando-se na determinação da idade das larvas de moscas achadas nos cueiros e camas 11.

Observe-se, de Machado de Assis, no conto “O Autor de Si Mesmo”, relata maus tratos infantis. (DIAS, 2005): “Guimarães chama-se ele; ela, Cristina. Tinham um filho a quem puseram o nome de Abílio. Cansados de lhe dar maus-tratos, pegaram do filho, meteram-no dentro de um caixão e foram pô-lo em uma estrebaria, onde o pequeno passou três dias, sem comer nem beber, coberto de chagas, recebendo bicadas de galinhas, até que veio a falecer. Contava dois anos de idade. Sucedeu este caso em Porto Alegre, segundo as últimas folhas, que acrescentam terem sido os pais recolhidos à cadeia, e aberto o inquérito. A dor do pequeno foi naturalmente grandíssima, não só pela tenra idade, como porque bicada de galinha dói muito, mormente em cima de chaga aberta. Tudo isto, com fome e sede, fê-lo passar "um mau quarto de hora", como dizem os franceses, mas um quarto de hora de três dias, donde se pode inferir que o organismo do menino Abílio era apropriado aos tormentos. Se chegasse a homem, dava um lutador resistente, mas a prova de que não iria até lá, é que morreu.

As lesões suportadas pelo infante podem ser datadas quando nelas incidam larvas e ovos, a partir do tempo de nascimento e de crescimento. Daí a sua viabilidade e pertinência. Entorpecentes

As drogas não sintéticas, comercializadas ilegalmente através da manipulação dos produtos naturais cultivados ou pertencentes a áreas de extrativismo, são acompanhadas de sua fauna entomológica associada. Como exemplo, a identificação de origem da “Cannabis Sativa” (maconha), com base nos insetos encontrados, que no momento da prensagem do vegetal ficaram retidos, traçando a rota do tráfico através da sua distribuição geográfica. 12

Desta forma, notamos o quanto os estudos dos insetos podem auxiliar no âmbito jurídico em diversas formas em ramos distintos.

                                                            11 In Lord & Rodriguez, 1989; Goff et al, 1991. 12 Cannabis Sativa – Planta que dá origem a Maconha, substância ilícita, proibida pela Legislação Brasileira.

Classificações A Entomologia Forense classifica - se em três

ramos: • Entomologia Urbana: estuda as interações entre

os insetos e o ambiente urbano relativo às ações cíveis envolvendo a presença de insetos em bens culturais, imóveis ou estruturas. Um caso típico é o do comprador de um imóvel que, pouco tempo depois da compra, descobre que o imóvel se encontra infestado por cupins e responsabiliza o vendedor pelo seu prejuízo. (GOMES, 2010 Apud ROMANA, et al, 2012)

A questão a ser respondida pela Entomologia Forense é o tempo de infestação e se ocorreu antes ou depois da compra.

• Entomologia de produtos estocados: dedica-se a estudar as relações entre insetos e a infestação de produtos estocados diz respeito à contaminação, em pequena ou grande extensão, de produtos comerciais estocados. O comprador do lote de alimento infestado por insetos pragas pode exigir do vendedor uma compensação pelo prejuízo. O desafio para a Entomologia Forense seria determinar quando ocorreu a infestação. (GOMES, 2010 Apud ROMANA, et al, 2012)

• Entomologia Médico-Legal: estuda os insetos que são úteis em investigações criminais, usualmente em crimes violentos como homicídios e estupros. Além de investigações sobre suicídios, envolvendo insetos necrófagos que geralmente vivem em contato com restos humanos ou animais em decomposição. (GOMES, 2010 Apud ROMANA, et al, 2012) Evolução sobre as Dípteras (moscas)

Para que possamos entender o auxilio das mocas na identificação de diversos acontecimentos com o cadáver é necessário estudar a evolução das dípteras.

As dípteras pertencem a um dos quatro maiores grupos de organismos vivos, existindo mais moscas do que vertebrados. As dípteras apresentam metamorfose completa, isto é, apresentam as fases de ovo, larva, pupa e adulto essa fase é essencial para o ramo da Entomologia Forense, com o estudo dessa fase evolutiva que se afere o IPM entre outros acontecimentos. Conhece-se aproximadamente 120.000 espécies de dípteros e estima-se que existam mais 1 milhão de espécies viventes. (PCO - CONTROLE DE PRAGAS URBANAS)

O tempo de vida varia de espécie para espécie, em geral de 25 a 30 dias. A fêmea coloca seus ovos (cerca de 100 a 150) em carcaças de animais, fossas abertas, cadáveres, depósitos de lixo, e outros locais ricos em substâncias orgânicas. Após aproximadamente 24 horas, ocorre o nascimento das larvas. Estas geralmente ficam agrupadas, são cilíndricas, esbranquiçadas, movimentam-se muito, não gostam de luz e alimentam-se ativamente. Após um período de 5 a 8 dias, as larvas abandonam a matéria orgânica onde estavam instaladas. A

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camada externa de pele das larvas se endurece, formando uma casca (casulo), dentro da qual começa a haver transformação para mosca adulta, recebendo o nome de pupa. As pupas têm coloração marrom clara, não se movimentam e nem se alimentam. As moscas permanecem nesta fase por um período de 4 a 5 dias. Cabe ressaltar que quanto maior a temperatura e a umidade, mais rápido ocorrerá o ciclo de vida. (FÜRST, 2012)

Estudos de Casos

Caso relatado pela ilustre Janyra Costa de Oliveira (2013), percebemos que não se pode estimar o IPM apenas pela conservação do cadáver que muitas vezes nos leva ao erro, que é o que demonstra este caso citado abaixo. A intrigante dúvida só foi desvendada graças aos conhecimentos especializados e observações minuciosas da autora. Caso verídico relatado por Costa (2013) no Livro “Insetos Peritos”: Em um imóvel abandonado no bairro do Rio de Janeiro, foi encontrado um cadáver cujo corpo está suspenso por uma corda, simulando um enforcamento. A vizinhança, amigos e parentes garantiam que o rapaz não era visto há, pelo menos, 15 dias, interveio provável de morte. Porém, os exames de praxe realizados pelos legistas não confirmaram essa informação. Baseado no estado de conservação do corpo os peritos estimaram o IPM em aproximadamente uma semana a fim de desfazer essa duvida, eu fui chamada para analisar o caso através da Entomologia Forense. Na cena do crime, verifiquei que existiam algumas larvas de moscas nas pernas da vitima e outras que se espalhavam pelo chão. Após algumas buscas, coletei algumas pupas próximas ao rodapé. Na mesma noite moscas califorídeas adultas emergiram em laboratório e, após realizar os cálculos matemáticos, conclui que estas tinham 15 dias de idade (intervalo ovo a adulto). Era realmente impressionante o estado de conservação do corpo, sua aparência não indicava um IPM tão extenso. Porém, a explicação era simples: como o corpo permaneceu o tempo todo pendurado, preservou-se melhor, pois as larvas, pela ação da gravidade, caíram no chão invés de permanecerem no corpo se alimentando dos tecidos e acelerando a deterioração. Com esse esclarecimento a versão dos vizinhos se fortaleceu e, pela primeira vez, de tantos anos de pesquisas, percebi que os policias passaram a crer na potencialidade do auxilio da Entomologia. Na época que isto aconteceu, eu estava prestes a desistir de tentar convencer meus superiores que aqueles “bichinhos repugnantes” tinham poder criminalístico e que poderiam auxiliar a perícia. Com esse acontecimento, eu reuni forças e continuei lutando. Mais foi muito difícil chegar aqui! COSTA (2013)

No relato exposto por Costa (2013) é possível perceber a grande importância do estudo da entomologia forense, constatar que com esse estudo conseguimos diagnosticar o IPM do cadáver. Veja-se desse caso a relevância jurídica da análise do inseto e dos estágios que podem ser medidos e mensurados. Casos hipotéticos

A entomologia pode ser grande auxiliar na elucidação de crimes. Vejam-se as hipóteses abaixo: Caso 1 O cadáver de Junior foi encontrado na zona rural, com larvas, sem ovos de uma mosca própria de zona urbana, e com larvas e ovos sem pupas de mosca própria da area rural. (UNESP, 2010) Caso 2 O cadáver de João encontrado em um matagal na zona urbana, com larvas, ovos e pupas no chão, típicas naquela região. (UNESP, 2010) Caso 3 O cadáver de José foi encontrado em zona urbana sobre pavimento com baratas, algumas moscas, poucos ovos e sem larvas. De acordo com as hipóteses podemos constatar qual cadáver foi movido de um lugar para o outro, quem é o cadáver mais recente e qual o cadáver que tem mais tempo. (UNESP, 2010) Análise de caso 1 - O cadáver de Junior foi encontrado na zona rural, com larvas e ovos próprios da zona urbana. Se o cadáver foi encontrado na zona rural, e as larvas e os ovos eram da zona urbana, de fato, o corpo foi movido de um local para o outro, ou seja, o Junior foi morto na zona urbana, sendo posteriormente levado para zona rural. (UNESP, 2010) 2 - No caso do cadáver de João, encontrado em um matagal na zona urbana, com larvas, ovos e pupas, logo a existência das larvas, dos ovos e das pupas confirmam o estágio avançado do ciclo das moscas, o estado de pupa em poucos dias eclode e viram moscas, por esse motivo se pode constatar que o corpo de João está há mais tempo no local. (UNESP, 2010) 3 - No que se refere ao cadáver de José foi encontrado em zona urbana colonizado por baratas e algumas moscas e poucos ovos sem larvas, refere-se ao primeiro estágio do ciclo das moscas, por esse motivo pode-se afirmar que o IPM aproximado é de poucos dias. As baratas são insetos acidentais. (UNESP, 2010)

Diante do exposto se conclui então que Junior foi movido de um lugar para o outro, João está há mais tempo no local e José foi morto há menos tempo. Séries televisivas que relatam a utilização da Entomologia Forense

Essa técnica vem sendo abordada em seriados e filmes, uma forma de demonstrar a importância da Entomologia Forense como forma de ajudar o Magistrado.

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Hannibal foi uma série de televisão “thriller” estadunidense desenvolvida por Bryan Fuller para a NBC. A série baseia-se nas personagens e nos elementos aparentes no romance “Red Dragon” de Thomas Harris, e aborda a relação de amizade entre o investigador especial do FBI (Federal Bureau of Investigation) Will Graham e Dr. Hannibal Lecter, um psiquiatra forense destinado a se tornar o inimigo mais astuto de Graham e nas horas vagas é serial killer e gourmet.

Hannibal mostra a investigação de alguns crimes em série pela equipe do laboratório forense e também pelo pessoal de unidade comportamental. Embora pareça ser apenas mais um entre os vários programas policiais, o trunfo da série é ter como protagonista um dos personagens mais intrigantes de todos os tempos: o assassino canibal Hannibal Lecter.

Hannibal, além de ser um psiquiatra muito conceituado, tem habilidades médicas que usa para desvendar crimes inexplicáveis e tem um hobby na área gourmet.

O serial killer calculadamente matava suas vitimas utilizando-se de técnicas médicas e de suas partes do corpo preparava os mais requintados e suculentos pratos.13

Conclusão

Diante do exposto, é de se concluir a fundamental importância da Entomologia Forense e como a mesma é eficaz nas esferas judiciais.

A Entomologia Forense auxilia na análise da sucessão de aparecimento e desenvolvimento de insetos no corpo de delito, na identificação do grau de evolução dos estágios imaturos das diferentes espécies e na identificação das espécies através do estudo genético.

Os entomologistas forenses têm um importante papel, na investigação pericial, uma vez que são frequentemente chamados para depor em tribunais, porque atuam em investigações, pesquisando evidências entomológicas que auxiliem a desvendar como, onde e quando a morte ocorreu e se esta foi natural ou acidental.

Mesmo quando o cadáver é afogado ou carbonizado para apagar evidências ou ocultar em lugares distantes do local do assassinato, “os insetos-detetives” são capazes de apontar, com cem por cento de precisão, onde o crime foi praticado, de quem é o corpo, há quanto tempo o homicídio foi cometido e como a vítima foi morta.

A descoberta pode ser decisiva para incriminar ou inocentar suspeitos, já que os laudos são aceitos pelos tribunais como uma forma de prova pericial.

Conclui-se que, os insetos nos auxiliam não somente em casos de morte, mas também no que se referem a produtos estocados e maus tratos.

                                                            13 In: Hannibal (série de televisão). Disponível em: http: <//www.adorocinema.com/series /serie-10545/criticas/)> Acesso em: 26/11/2015.

Porém, é necessário aprimorar os estudos referentes à Entomologia Forense como já foi mencionado no referido trabalho. Referências bibliográficas BLOG DA MARILIA. Entomologia Forense. Disponível em: <https://mariliaescobar.wordpress.com /2009/12/28/entomologia-forense/> Acesso em: 08/06/2016. _________________.Ciência Forense. Disponível em : <https://mariliaescobar.wordpress. com/category/medicina-forense/>. Acesso em: 08/06/2016. CLASSE INSECTA. Definição sobre a Classe Insecta. Disponível em: <http://classeinsecta. blogspot.com.br>. PCO - CONTROLE DE PRAGAS URBANAS LTDA-ME. Disponível em: <pcocontroledepragas.com/moscas.html>. Acesso em: 08/06/2016. COSTA, Janyra Oliveira. Entomologia Forense: quando os insetos são vestígios. 3ª Ed. Campinas: Editora Miillennium, 2011. _____________. Entomologia Forense e suas aplicações. Entomologia Forense: Quando os insetos são vestígios. Rio de Janeiro: Millennium, 2003, p. 44 – 52. _____________. Insetos “peritos” entomologia forense no Brasil / Janyra Oliveira-Costa, autora e coordenadora. –1 ed. – Campinas, SP: Milennium Editora, 2013. _____________. Entomologia Forense - Quando os insetos são vestígios - 3ª edição. Disponível em: <http://www.millenniumeditora.com.br/produtos_descricao.asp? codigo_produto=559> Acesso em: 14/06/2016. _____________. Entomologia Forense: Quando os insetos são vestígios. São Paulo: Editora Millenium, 2008. DEAD INSECTS. Controle de Moscas. Disponível em: <http://deadsinsects.com.br/ dedetizacao-de-pragas-rj/moscas/> Acesso em 08/06/2016. _____________. Moscas – pragas urbanas. Disponível em: <http://www.pombos. com.br/moscas/> Acesso em: 08/06/2016. DIAS, Fábio Coelho. A prova pericial no Direito Processual Penal brasileiro. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo _id=8452>. Acesso em: 08/06/2016. DIAS, Rosa Maria. “O autor de si mesmo”: Machado de Assis leitor de Schopenhauer. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X20050 00200020>. ENTOMOLOGIA FORENSE: INSETOS AUXILIANDO A LEI. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_08/5.pdf> Acesso em: 08/06/2016

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