direito empresarial ii

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 DIREITO EMPRES RI L ++++++++

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DIREITO

EMPRESARIAL

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TÍTULOS DE CRÉDITO ............................................................ ............................................................. 1 

1. Princípios ..................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...................... ................. 2

1.1Cartularidade .......................................................................................................................................... 2

1.2Literalidade ............................................................................................................................................. 4

1.3Autonomia ............................................................................................................................................... 5

2. Legislação aplicável .................... ..................... ...................... ...................... ..................... ..................... 8

2.1Letra de Câmbio: LUG – Dec. 57.773/66 ..................................................................................... 8

2.2.Nota Promissória: LUG – Dec. 57.773/66 .................................................................................. 8

2.3.Duplicata: Lei 5.474/68..................................................................................................................... 8

2.4.Cheque: Lei 7.357/85 ......................................................................................................................... 8

3. Classificação................................... ...................... ..................... ..................... ...................... ..................... 8

4. Letra de Câmbio ................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...................... .... 16

5. Nota Promissória ..................... ...................... ...................... ...................... ..................... ..................... . 30

6. Cheque .................... ..................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...................... 34

7. Duplicata ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...................... ............... 41

DIREITO SOCIETÁRIO....................................... ............................................................... .................. 47 

1.Quadro Geral das Sociedades: .................... ...................... ...................... ..................... ...................... .... 47

2. Classificação das sociedades personificadas empresariais: ..................... ...................... .... 58

3. Sociedades Contratuais .................... ...................... ...................... ...................... ..................... ........... 65

4. Sociedade Simples ................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...................... 71

5. Sociedade Limitada................................ ..................... ...................... ..................... ...................... ........ 94

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6. Dissolução das Sociedades Contratuais: .................... ..................... ...................... ................... 127

7. Sociedade Anônima (S/A): .................... ...................... ...................... ..................... ...................... . 133

NOVA LEI DE FALÊNCIA – LEI 11.101/05 ......................................................... ............... 166 

1. Falência: .................... ...................... ...................... ..................... ..................... ...................... ................ 169

1.1 Pressupostos: ...................... ..................... ...................... ...................... ..................... ................ 169

1.2 Fundamentos de pedido de falência: .................... ..................... ...................... ................ 170

1.3 Processo Falimentar .................... ..................... ...................... ..................... ...................... ..... 174

1.4 Juízo competente ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ........ 180

1.5 Pedido de Falência ................... ...................... ...................... ..................... ...................... ........ 184

1.6 Hipóteses do devedor após a sua citação: ..................... ..................... ...................... ..... 185

1.7 Sentença: .................... ...................... ...................... ..................... ..................... ...................... ..... 187

1.8 Da ineficácia e revogação de atos praticados antes da falência ...................... ..... 208

1.9 Arrecadação e Realização do ativo ..................... ...................... ..................... ................... 213

RECUPERAÇÃO JUDICIAL: ......................................................................................................... .... 224 

1. Recuperação Judicial Especial (art. 70 e seguintes da lei): .................................................. 230 

2. Recuperação Extrajudicial: ..................................................................................................................... 231

CONTRATOS COMERCIAIS .................................................................................. .......................... 232 

1   ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA ................................................................. ..................................... 232 

2  CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ................................... 235 

3  CONTRATO DE FRANQUIA .................................................................................... ............... 239 

4  CONTRATO DE FACTORING – FOMENTO MERCANTIL ........................................... .... 241 

5  CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL ......................................................... .... 243 

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Luiz Emygydio Rosa Jr, Título de Crédito, Ed. Renovar

Ricardo Negrão, Direito Comercial, V. 2, Ed.

Gladson Memebe, Título de Crédito,

Título de Crédito é o documento necessário para o exercício

do direito literal e autônomo nele mencionado. (famoso conceito de

Vivante)

Este conceito cai em prova!!

Vejamos o que diz o art. 887 do CC:

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Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício dodireito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quandopreencha os requisitos da lei.

TRF 3 perguntou os dois conceitos, Vivante e CC.

Cártula: pequeno papel.

O crédito deverá ser representado (materializado) em um título

(documento).

Para a transferência do crédito, é necessária a transferência do

documento

Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a

apresentação do documento.

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CESPE:

“Para transferência de um cheque é suficiente o endosso”. 

Errado! Tem que endossar e entregar!

Tenho que usar o documento original para instruir a ação de

execução. Ele é a prova de que o crédito não foi pago.

Não dá para usar ação de execução com cópia autenticada de

cheque – a princípio. Mas, excepcionalmente, o STJ já permitiu isso.

Quando? Quando o borrachudo integra um inquérito policial ou processo

penal para apuração de crime de emissão de cheque sem fundos.

O detalhe é que estamos diante de uma situação que vem se

modificando no decorrer do tempo. Já temos no CC 889, § 3º, autorização

para emitir título de crédito eletrônico.

Art. 889, § 3o O título poderá ser emitido a partir dos

caracteres criados em computador ou meio técnico

equivalente e que constem da escrituração do emitente,

observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.

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“Duplicata virtual” já é muito comum na atividade empresarial. O

título de crédito, em tese, não é emitido. A duplicata não é encaminhada ao

devedor, apenas o boleto, e as informações da duplicata são transmitidas ao

tabelionato, que protesta a duplicata, permitindo a execução do título.

É 1 processo de desmaterialização dos títulos de crédito. Por isso,

alguns autores estão chamando a cartularidade de incorporação. O que se

busca é que o crédito esteja materializado em um documento, que pode ser

em papel ou em meio eletrônico. O crédito está incorporado em um

documento em papel ou em um documento meio eletrônico.

“O que não está no título de crédito não está no mundo cambial”.

Só tem validade para o direito cambial aquilo que está

literalmente escrito no título.

A quitação tem que ser dada no título & tem que ser devolvido ao

pagador.

O aval tem que ser dado no título de crédito. Cuidar quando o cara

for casado!

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É pela literalidade que se determina a existência, o conteúdo, a

extensão e a modalidade do direito constante do título.

Se constar quitação parcial no título, posso protestar apenas o

restante. Não posso protestar o título todo.

As relações Jurídico-cambiais são autônomas e independentes

entre si.

Causa subjacente / Causa debendi – causa que deu origem aotítulo de crédito.

Ex.: compra e venda de celular. Celular apresenta vícios.

Comprador solicita devolução da NP e pede para devolver ao vendedor o

celular. Se o credor da NP executar o devedor, o devedor pode apresentar

uma defesa pessoal contra o credor.

Se o título for transferido a 3º, ele adquire autonomia com esta 2ª

relação jurídica cambial. As relações são independentes uma da outra. Por

isso, na 3ª relação jurídica, entre o adquirente do título de crédito e o

devedor desse título, este não poderá alegar nada sobre as relações

anteriores.

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Ex.: transferências sucessivas – 1 ocorre com assinatura falsa a

incapaz (14 anos) e continuam as transferências. Pouco importam estes

fatos, as relações não dependem uma da outra. O devedor do título vai ter

que pagar o título, em razão da autonomia.

O possuidor de um título de crédito exerce um direito próprio e

não um direito derivado de quem quer que seja. Pela autonomia, uma

obrigação nula não afeta as demais obrigações válidas no título.

A maioria dos autores afirma que o princípio da autonomia possui

2 sub-princípios:

1º - Inoponibilidade de exceções pessoais a terceiros de boa-fé.

É um sub-princípio que tem natureza processual.

O devedor somente poderá formular defesa pessoal

contra o legítimo possuidor se este e o devedor participaram da mesma

relação causal que deu origem ao título.

2º - Abstração

É o que chamamos de desvinculação.

Ex.: Compra e venda de celular & NP. Quando o credor

transfere o título de crédito, este se desvincula da compra e venda, da causa

que lhe deu origem.

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Essa autonomia só vem a existir com a transferência do

título a terceiro.

Negociabilidade

Atributos / Qualidades dos títulos de crédito.

Executividade

A negociabilidade é 1 atributo do Título de crédito, pois visa à maior

facilitação da circulação.

Art. 585, I, CPC – Título de crédito é título executivo extra-judicial. Não se

precisa de uma ação de cobrança. Propõe-se diretamente ação de execução.

Essa é a executividade.

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1.1  Letra de Câmbio: LUG – Dec. 57.773/66

1.2  Nota Promissória: LUG – Dec. 57.773/66

1.3  Duplicata: Lei 5.474/68

1.4  Cheque: Lei 7.357/85

* CC: aplicação subsidiária

Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial,

regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.

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Título cuja forma esteja definida e exigida em lei.

Forma não exigida, não definida em lei.

Ex.: NP e Letra de Câmbio

É aquele que precisa de uma causa especial para ser emitido.

Ex.: duplicata:

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  Compra e venda mercantil

  Prestação de serviços

Não precisa de uma causa específica.

Ex.: cheque.

Pode ser utilizado para pagar qualquer dívida.

3 intervenientes:

Dá a ordem

Recebe a ordem

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Tomador/Beneficiário (credor do título)

2 intervenientes.

Promitente / Subscritor emitente

Tomador/Beneficiário

Só é promessa de pagamento a Nota Promissória.

Os demais títulos são ordem de pagamento.

É aquele que não identifica o beneficiário.

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Desde a lei 8.021/90, o título ao portador não é mais admitido,

exceto se com previsão expressa em lei especial.

Art. 907, CC:

Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização

de lei especial.

Ex.: lei 9.069/95 instituiu o Plano Real. Art. 69, regra que permite

cheque ao portador de cheque igual ou inferior a R$ 100,00. Acima de R$

100,00, tem que ser nominativo.

Circula por mera entrega. Transfere-se por tradição.

4.4.2 NOMINAL (ANTIGO NOMINATIVO)

É aquele que indica o beneficiário no título.

A circulação varia conforme o título seja à ordem ou não à ordem.

4.4.2.1   À ordem

Circula por Endosso + tradição.

Endosso - A pessoa responde por:

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Existência

Solvência

4.4.2.2  Não à ordem

Circula por cessão civil + tradição.

Cessão Civil - A pessoa responde por:

Existência

Solvência

Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não

responde pela solvência do devedor.

Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário,

constante do endosso, não responde o endossante pelo

cumprimento da prestação constante do título.

De acordo com o CC, o endosso não responde nem pela existência

nem pela solvência.

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A presunção é de que os títulos nominativos são à ordem.

Só vou transferir por cessão civil se eu riscar a cláusula “à ordem”

e inserir a cláusula “não à ordem” no título de crédito. 

Esta é a classificação tradicional.

A CESPE está adotando outra classificação

Ao Portador

Nominal

4.4.3 Nominativo

Para o Cespe, é o do 921 e 922, CC.

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CAPÍTULO IV

Do Título Nominativo

Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de

pessoa cujo nome conste no registro do emitente.

Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante

termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e

pelo adquirente.

No título nominativo, o nome do beneficiário está no registro do

emitente, não no título.

Você pode criar um título de crédito com as características que

você escolher, desde que observe as regras do CC.

Meu, está na cara que isso não vai funcionar.

Para isso, vou ter que ter um livro chamado “Livro de Registro do

Emitente”. Neste livro, colocarei o nome do credor. Se o proprietário do

título quiser transferir o título a 3º, eles têm que fazer um termo de

transferência, tirar o nome do credor originário do registro, colocar o do

novo credor e emitir um título para este novo credor.

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É o título de crédito decorrente de relação ou relações de crédito,

entre 2 ou mais pessoas, pela qual a designada “sacador” dá a ordem de

pagamento pura e simples, à vista ou à prazo, a outrem, denominado

“sacado”, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário), no

valor e nas condições dela constantes.

3 figuras:

Dá a ordem de pagamento - Gialluca

Recebe a ordem de pagamento - Renato

Tomador beneficiário - LFG

Saque é criação e emissão de um título que é ordem de

pagamento.

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Sacador: quem dá a ordem de pagamento

É o ato de concordância com a ordem dada.

É ato privativo do sacado.

Quando o sacado dá o aceite, ele se torna o devedor principal do

título.

O sacador é o coobrigado.

O beneficiário pode ajuizar a ação contra um, alguns ou todos os

co-devedores

“Na Letra de Câmbio, o aceite é ato obrigatório?” 

Não, na Letra de Câmbio, o aceite é facultativo.

Significa que o sacado pode recusar o aceite.

Efeitos da recusa do aceite:

Vencimento antecipado do título ( ou quando o sacado recusa o aceite

ou quando o emitente tem sua falência decretada);

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Torna o sacador o devedor principal do título

CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL

Evita o vencimento antecipado do título

Para evitar o antecipado, existe a “Cláusula Não Aceitável”,

inserida nos títulos de crédito. Significa que esse título não poderá ser

apresentado para aceite. Somente para o pagamente. Somente posso

apresentar o título para pagamento na data do vencimento.

 ACEITE PARCIAL

Modalidades:

Limitativo

Modificativo

 ACEITE PARCIAL LIMITATIVO

Existe limitação de valor.

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Diretamente relacionado a valor.

 ACEITE PARCIAL MODIFICATIVO

Modifica as condições do título, como a data de pagamento.

Ricardo Negrão fala que tanto o aceite limitativo quanto o aceite

modificativo equivalem à recusa total. Significa que haverá o vencimento

antecipado do título.

Aula 2 – 25/02/2011

CONCEITO

É o ato cambiário formal pelo qual o beneficiário ou terceiro

adquirente chamado de endossante transfere os direitos dele decorrentes a

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outra pessoa, denominada endossatário, ficando, em regra, o endossante

responsável pelo pagamento do título.

EFEITOS

Transferência da titularidade do crédito do endossante para o endossatário

Tornar o endossatário co-devedor do título.

Gialluca

Sacador

Endossatário

Sacado

Tomador Endossatário Endossatária

Beneficiário Rogério Fernanda

LFG Endossante

Endossante

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O último endossatário pode ajuizar contra 1, alguns ou todos os co-

devedores.

O que pagar terá direito de regresso contra todos os devedores e co-

devedores anteriores a ele.

No Verso -> por simples assinatura

No Anverso -> assinatura + expressão identificadora

“Endosso a”, “Pague-se a”, “Transfiro a”. 

ENDOSSO EM PRETO X ENDOSSO EM BRANCO

Preto: identifica o endossatário

Branco: não identifica o endossatário

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Não, endosso parcial é nulo.

ENDOSSO PÓSTUMO

É o dado após o vencimento.

Efeitos:

a) Vencimento do título -> endosso

b) Vencimento do título + protesto ou expirou o prazo de

 protesto -> cessão civil.

ENDOSSO IMPRÓPRIONão há transferência da titularidade do crédito.

Objetivo: legitimar a posse.

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ENDOSSO-MANDATO

Para fins de cobrança.

Endossante mandante dá poderes de cobrança para o

endossatário-mandatário, para que este efetue o serviço de

cobrança.

O endossatário não é o credor do título.

Cláusulas: “para cobrança”, “por procuração” 

ENDOSSO-CAUÇÃO / PIGNORATÍCIOTítulo de crédito é 1 bem móvel.

Se você quer instituir penhor sobre o título de crédito, você faz

1 endosso caução.

Cláusulas: “em penhor”, “em garantia” 

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CONCEITO

É a declaração cambiária pela qual uma pessoa natural ou

jurídica, estranha à relação cartular, ou que nela já figura,

assume obrigação cambiária autônoma e incondicional de

garantir total ou parcialmente, no vencimento, o pagamento dotítulo nas condições nele estabelecidas.

Garantia

Avalista (PF/PJ)

Avalizado (PF/PJ)

O avalista tem obrigação equivalente à do avalisado, pois

garante o avalizado.

Caso seja acionado judicialmente, o avalista será obrigado a

pagar o título. Todavia, terá direito de regresso contra o

avalizado e todos os devedores anteriores ao avalizado.

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No Verso -> por simples assinatura

O Anverso -> assinatura + expressão identificadora

“Endosso a”, “Pague-se a”, “Transfiro a”. 

No Anverso -> por simples assinatura

No Verso -> assinatura + expressão identificadora

“Endosso a”, “Pague-se a”, “Transfiro a”. 

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 AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO

Aval em Preto: identifica o avalizado. Cláusula “por aval a

Tatiana”. 

Aval em Branco: não identifica o avalizado. Avalizado é quem

criou o título de crédito. O avalizado será o sacador emitente do

título.

1.4.1 É possível o aval parcial? 

A lei especial 7.357, art. 29, admite o aval parcial.

Porém, o Código Civil, no seu artigo 897, parágrafo único, não

admite o aval parcial.

O Decreto 57.663/66, artigo 30, admite o aval parcial

expressamente. Assim, deve-se utilizar, de acordo com o

critério da especialidade, a orientação de que é possível o aval

parcial.

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1.4.2  Aval dado depois do vencimento

Vai ter os mesmos efeitos de aval.

CC, Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os

mesmos efeitos do anteriormente dado.

1.4.3  Aval X Fiança

  Aval Fiança

Só pode ser dado em título

de crédito.

Somente pode ser dada em

contrato.

Benefício de ordem

Lembre dos bancos que

sempre colam os sócios

como avalistas. Na execução,

vão direto nestes.

Benefício de ordem

 Autônomo  Acessória

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Em caso de morte,

incapacidade ou falência do

avalizado, o avalista

continua responsável 

Em caso de morte,

incapacidade ou falência do

avalizado, acaba a

responsabilidade do cara

que afiançou.

- caso o avalista

seja acionado ele

terá direito de

regresso contra o

avalizado e todos

os devedoresanteriores a ele;

- o aval dado após

o vencimento,

mesmo após o

protesto, continua

tendo o mesmo

efeito de aval;

Segundo o artigo 1.647 do CC/02, nenhum dos cônjuges

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pode, sem a autorização do outro (salvo quando o regime

for de separação absoluta), prestar fiança ou aval

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648,

nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,

exceto no regime da separação absoluta:

III - prestar fiança ou aval;

1.5  Vencimento

1.5.1  À vista

É o título exigível de imediato.

1.5.2 Data certa

Tem data definida de pagamento

1.5.3  A certo termo da vista

É o nº de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do

aceite.

Schwasneger

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Hasta la vista, baby!

Hasta la vista, aceite!

1.5.4  A certo termo da data

É o nº de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da

emissão.

2.  Nota Promissória

2.1  Conceito

É o título de crédito pelo qual uma pessoa (emitente) faz a outra

pessoa, designada beneficiário, uma promessa pura e simples de

pagamento de quantia determinada, à vista ou à prazo, em seu favor

ou a outrem, nas condições dela constantes.

Só há 2 figuras:

Promitente/Subscritor/Emitente

Tomador/Beneficiário

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2.2   Aceite

É uma promessa de pagamento.

Não é uma ordem de pagamento: Aceite.

- Decreto 57.663/66. Inicia no artigo 75.

No artigo 77 diz que as mesmas regras que foram vistas em relação à

letra de câmbio aplicam-se no que for possível à nota promissória;

- a Lei Uniforme de Genebra, em seu artigo 78, diz que a nota

promissória pode ter os mesmos 4 tipos de vencimento, assim, o

vencimento a certo termo de vista conta-se do visto do subscritor, já

que a nota promissória não tem aceite;

2.3  Vencimento

2.3.1  À vista

É o título exigível de imediato.

2.3.2 Data certa

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Tem data definida de pagamento

2.3.3  A certo termo da vista

É o nº de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do

visto.

Schwasneger

Hasta la vista, baby!

Hasta la vista, visto!

2.3.4  A certo termo da data

É o nº de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se daemissão.

2.4  Endosso

Idem à Letra de Câmbio.

2.5   Aval

Idem à Letra de Câmbio.

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2.6  NP vinculada a Título de Crédito

- é muito comum a vinculação de nota promissória a determinado

contrato. Segundo o Princípio da Autonomia dos Títulos de Crédito,

caso o título seja transferido a terceiro de boa fé, ocorre a abstração,onde o título se desprende da causa. Agora, se na nota promissória

constar que ela foi emitida em razão de determinado negócio jurídico,

esse título não goza de autonomia, uma vez que poderá ser alegada

exceção pessoal em desfavor de terceiro de boa fé. Nota-se portanto,

que nota promissória vinculada a contrato não goza de autonomia;

- segundo a súmula 258 do STJ  “a nota promissória vinculada a

contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da

iliquidez do título que a originou.” Isso significa que a exceção pessoal

que você apresentaria ao banco, você também pode apresentá-la ao

terceiro de boa-fé. Nessa súmula, apesar da causa ser distinta, o título

também não goza de autonomia;

- portanto, é de extrema importância lembrar que nota promissória

vinculada a contrato não goza de autonomia;

2.7  NP Pro Soluto X NP Pro Solvendo

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NP Pro Soluto é a nota em pagamento. Quando você faz a tradição

(entrega), a tradição faz a novação. A simples entrega provoca a

novação da obrigação. Quando entrego a NP estou provocando a

quitação da obrigação que a originou. Ex.: compra e venda de imóvel.

Se não pago a NP, a construtora vai poder fazer a rescisão do contrato.

Quando entrego a Np, quitei a compra e venda não é possível. A

construtora só terá à disposição a execução.

NP Pro Solvendo é a nota para pagamento. A entrega do título não

provoca a quitação da obrigação. A quitação somente se opera com o

pagamento do título. Só vou ter a quitação da obrigação quando pagar

a NP. Se eu não pagar a NP no vencimento, a construtora pode ajuizar

ação de execução, mas também pode optar pela rescisão do contrato,

porque o contrato não está quitado.

3.  Cheque

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- a lei do cheque é a lei 7.357/85;

3.1  Conceito

É o título cambiário pelo qual uma pessoa (Emitente/Sacador), com

base em prévia e disponível provisão de fundos, em poder do banco ou

instituição financeira a ele assemelhada por lei (Sacado), dá contra o

banco uma ordem incondicional de pagamento à vista, em seu próprio

benefício ou em favor de terceiro (Tomador/Beneficiário).

Cheque é uma ordem de pagamento à vista, incondicional, contra um

banco, em razão de provisão que o emitente possui junto ao sacado,

proveniente esta de contrato de depósito bancário ou de abertura de

crédito;

- a relação jurídica do cheque é composta de: sacador + sacado (banco)

+ tomador;

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- súmula 387 do STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões ou em

branco, pode ser completada pelo credor de boa fé, antes da cobrança

ou do protesto.” 

3.2  Não há Aceite

- o cheque não admite aceite: aceite;

- com relação ao vencimento, o cheque somente pode ser à vista, não

existindo cheque a data certa, a certo termo de vista ou a certo termo

de data;

- daí surge o problema do cheque pós-datado (ou pré-datado, com

querem alguns) – construção doutrinária: segundo o artigo 32 da lei do

cheque, ele é pagamento à vista, considerando-se não escrita qualquer

menção em contrário (portanto, o “bom para” é considerado não

escrito), podendo portanto, haver execução, protesto, de cheque pré-

datado antes da data estipulada no título (esse procedimento por parte

do credor pode gerar dano moral para o devedor – segundo a súmula

370 do STJ caracteriza dano moral a apresentação antecipada de

cheque pré-datado1);

1Segundo a súmula, o dano é presumido, não precisar ser comprovado.

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STJ Súmula 370:Caracteriza dano moral a apresentação

antecipada de cheque pré-datado.

3.3  Endosso

- no caso de devolução indevida do cheque (cheque perfeito,

apresentado para pagamento, com fundos no banco, e devolvido):assim, o STJ editou a súmula 388, no sentido de que “a simples

devolução indevida de cheque caracteriza dano moral”; 

- no que se refere ao endosso, tudo visto na letra de câmbio também se

aplica ao cheque.

Obs.: quando ainda vigorava a CPMF, existia o motivo 36 paradevolução do cheque, para o caso de cheque com mais de um

endosso (a regra proibitiva de dava pelo fato do endosso fazer o

cheque circular sem a incidência de CPMF).  Atualmente, não há

mais limite de endosso para o cheque.

3.4   Aval

No que se refere ao aval, tudo visto na letra de câmbio se aplica ao

cheque. O aval no cheque pode ser parcial ou total. O aval somente

continua enquanto o título ainda é cambial, uma vez que, caso o título

deixe de ser obrigação cambial, o aval não mais vale (ex.: o título

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prescrito faz com que o título deixe de ser cambial, gerando a perda de

efeito do aval). A súmula 299 do STJ diz que “[...]é admissível ação

monitória fundada em cheque prescrito.” A ação monitória contra o

avalista de um cheque não pode ser proposta contra o avalista (nesse

sentido a jurisprudência do STJ, como o REsp. 200.492/MG);

3.5  Prazo de apresentação

É de 30 dias se emitido na praça do sacado ou de 60 dias se for emitido

em praça diferente da do sacado. Esse prazo é contato à partir da data

de emissão do cheque.

2 finalidades principais do prazo de apresentação:

- dar início ao prazo prescricional;

- só é possível executar o endossante de cheque se o cheque for

apresentado dentro do prazo legal (art. 47, II, da lei de cheque).

Perdido o prazo de apresentação, não se pode mais executar o

endossante.

Segundo a súmula 600 do STF, “cabe ação executiva contra o emitente e

seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo

legal, desde que não prescrita a ação cambiária.” Portanto, somente o

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endossante não pode ser executado se o cheque for apresentado após o

prazo;

3.6  Sustação

A sustação pode ser de dois tipos:

- contra ordem/revogação (art. 35 da lei) somente pode

ser realizada pelo emitente, só produzindo efeito depois do

prazo de apresentação;

- oposição/sustação (art. 36 da lei) pode ser realizado pelo

emitente e o portador legitimado, ocorrendo esta mesmo

durante o prazo de apresentação;

3.7  Pagamento

- pagamento parcial: segundo o artigo 38, parágrafo único da lei,

diz que “o portador não pode recusar pagamento parcial...”; 

- se 2 ou + cheques são apresentados para pagamento

simultaneamente (Detalhe, não há fundo disponível de ambos),

qual o banco deve pagar? Art. 40

terão preferência os cheques de emissão mais antiga;

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se forem de mesma data, o de número inferior.

- conta conjunta: segundo o STJ, na conta conjunta há

solidariedade ativa, no sentido de que ambos podem movimentar

a conta, mas não há solidariedade passiva. A responsabilidade

passiva é do emitente do cheque;

- Prescrição:

DEVEDOR

PRINCIPAL E

 AVALISTA

CO-DEVEDOR E

 AVALISTA

DIREITO

DE

REGRESSO

LETRA DE

CÂMBIO E

NOTA

PROMISSÓRIA

3 anos

contados do

vencimento;

1 ano contado do

protesto;

6 meses

contados do

pagamento

ou de

quando

demandado;

DUPLICATA 3 anos

contados do

vencimento;

1 ano contado do

protesto;

1 ano

contado do

pagamento

ou de

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quando

demandado;

CHEQUE 6 meses – 

contados do

fim do prazopara

apresentação;

6 meses – contados

do protesto (o

processo poderáser substituído – 

nos termos do

artigo – por uma

declaração do

banco sacado ou

por uma declaraçãoda câmara de

compensação)2;

6 meses – 

do

pagamentoou de

quando

demandado;

4.  Duplicata

- duplicata é regida pela 5.474/68;

2Na verdade, o grande objetivo de protestar o cheque é a interrupção do prazo prescricional.

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- conceito

4.1  Conceito

Duplicata é um título de crédito causal, à ordem, extraído pelo

vendedor ou prestador de serviços, que visa a documentar o saque

fundado sobre crédito decorrente de compra e venda mercantil ou deprestação de serviços, e tem como pressuposto a extração de uma

fatura;

- a duplicata é um título causal - só pode ser emitida nos casos de

  compra e venda mercantil

  prestação de serviços;

- a emissão de fatura é obrigatória, mas a emissão de duplicata é

facultativa. Do crédito (correspondente à fatura), pode ser emitida uma

duplicata;

- na duplicata, o vendedor dá uma ordem para o comprador pagar para

ele (o vendedor);

- não é obrigatória a emissão de duplicata – é obrigatória a emissão da

fatura – o crédito da fatura é representado na duplicata – por isso,

consta na duplicata o nº da fatura;

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- a duplicata somente pode representar uma única fatura (art. 2º, §2º

da lei 5.474/68). Porém, pode haver uma única fatura com mais de

uma duplicata (ex.: exemplo claro é o comum parcelamento em

prestações, onde para cada prestação é feita uma duplicata);

4.2   Aceite obrigatório

- na letra de câmbio, se o sacado concordar com o pagamento, ele vai

dar o “aceite”, sendo facultativo o aceite. Na duplicata, o aceite é

obrigatório;

4.3  Hipóteses legais que permitem a recusa do aceite - rol

taxativo – art. 8º e 21:

* avaria/não recebimento da mercadoria/não prestação dos

serviços;

* vício/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou serviço;

* divergências quanto a prazo/preço/condições de pagamento;

Obs.: a recusa do aceite deve ser motivada.

- após a emissão da duplicata, o sacador terá prazo de 30 dias para sua

remessa ao sacado;

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- o sacado, ao receber a duplicata, terá prazo de 10 dias para dar o

aceite ou recusá-lo de forma motivada e devolver a duplicata ao

sacador;

- o endosso da duplicata segue a regra do endosso da letra de câmbio.No que se refere ao aval, também se aplica as disposições referentes à

letra de câmbio. Porém, há algumas pequenas diferenças:

- a duplicata ou é à vista ou é com data certa, não se admitindo

duplicata a certo termo de vista ou a certo termo de data;

- a triplicata é a segunda via da duplicata, só podendo ser emitida nas

hipóteses previstas na lei:

- a perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor à extrair

triplicata, portanto, só pode haver a triplicata em caso de perda ou

extravio;

- modalidades de protesto da duplicata:

- protesto pro falta de aceite  surge em razão da devolução da

duplicata sem aceite e sem justificativa para recusa do aceite;

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- protesto por falta de devolução  caso o comprador não

devolva a duplicata no prazo de 10 dias que ele tem para dar o

aceite, cabe o protesto por falta de devolução;

- protesto por falta de pagamento  quando a duplicata é

aceita, é devolvida mas não é honrado o pagamento, cabendo esse

protesto;

PERGUNTA: É possível a execução de duplicata sem aceite?

RESPOSTA: É sim possível, desde que preenchido alguns requisitos da

lei. Esses requisitos são: protesto + comprovante da entrega damercadoria ou da prestação de serviços. Não precisa-se do contrato,

mas precisa-se do comprovante da entrega da mercadoria.

4.4  Execução de duplicata sem aceite?

Art. 15, II

Sim, se tiver:

  Protesto

  Comprovante da entrega da mercadoria/prestação dos serviços

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4.5  Prazos Prescricionais

Devedor Principal e

 Avalista

Co-devedor

e

 Avalista

Direito de

Regresso

LC & NP 3 anos do

vencimento

1 ano do

protesto

(p/

endossante

tbm)

6 meses

- do

pagamento

- de quando

demandado

Duplicata = = 6 meses

- do

pagamento

- de quando

demandado

Cheque 6 meses contados do

fim do prazo de

apresentação(30/60)

6 meses 6 meses

- do prazo

- de quando

demandado

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Aula 3 – 25/03/2011

DIREITO SOCIETÁRIO

1.  Quadro Geral das Sociedades:

1.1  Sociedade Não-personificada

Não possui personalidade jurídica;

1.1.1  Sociedade em comum

- encontrada no artigo 986 do CC/02;

- se a sociedade não tem registro ela se chama de sociedadeem comum, ou seja, ela é uma sociedade que não foi levada a

registro;

Art. 990. Todos os sócios respondem ***solidária*** e

ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do

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benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que

contratou pela sociedade.

Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser

executados por dívidas da sociedade, senão depois de

executados os bens sociais.

O artigo pode cair de 2 formas no concurso:

  Na prova objetiva

 Na prova discursiva.

O que ele diz?

Todos têm benefício de ordem.

Só não tem benefício de ordem o sócio que contratoupela sociedade: então, o sócio que contratou pela

sociedade tem responsabilidade solidária com a

sociedade.

Entre a sociedade e os sócios, a regra é

responsabilidade subsidiária. Se o desejar, o credor

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pode executar diretamente os bens do sócio que

contratou pela sociedade.

Os demais sócios respondem somente

subsidiariamente perante o credor e entre os sócios,

há solidariedade.

OBS: A regra geral, no direito societário, é que a

responsabilidade será sempre subsidiária.

Sócio – Sociedade – Responsabilidade subsidiária

Sócio – Sócio – Responsabilidade solidária

Sócio contratante – Sociedade – Responsabilidade

Solidária

- para que não se incentive esse tipo de sociedade, deve-se

criar um regramento que incentive o registro, portanto, nessa

sociedade, a responsabilidade do sócio será ilimitada;

- a responsabilidade que o sócio tem perante a sociedade

sempre será subsidiária (não importando o tipo de

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sociedade); assim, o sócio tem o famoso benefício de ordem

(art. 1.024 do CC/02):

- 1º  devem ser perseguidos os bens da sociedade;

- 2º  insuficientes os bens da sociedade, deve-se

perseguir os bens pessoais;

- a responsabilidade que os sócios têm perante os demais

sócios será uma responsabilidade solidária;

- aquele que contratou pela sociedade não pode alegar o

benefício de ordem (por exemplo, aquele que fez um

contrato, um leasing, uma alienação fiduciária, etc);

OBS: Personalidade jurídica:

  Titularidade processual

  Titularidade negocial

  Autonomia patrimonial

- o artigo 988 chama o patrimônio da sociedade comum de

patrimônio especial e diz que quem vai ser o titular desse

patrimônio são os sócios da sociedade, portanto, os sócios

serão co-titulares do patrimônio especial;

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- não possui nome empresarial porque não possui

personalidade jurídica;

- no momento em que é registrada, deixa de ser sociedade

em comum e passa a ser uma sociedade personificada;

1.1.2  Sociedade em conta de participação3 

- encontrada no artigo 991 do CC/02;

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a

atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente

pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua

própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais

dos resultados correspondentes.

3Esse é disparado o tema do Direito Societário que mais cai em prova.

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Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-

somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o

sócio participante, nos termos do contrato social.

- nesse tipo de sociedade temos duas categorias de sócios:

- sócio ostensivo:

  é ele quem vai exercer o objeto social (administra,

explora a atividade, etc.);

  ele tem responsabilidade exclusiva (ele quem

responde perante terceiros);

  age em seu nome individual (sociedade em conta

de participação, como não tem personalidade

jurídica, também não terá nome empresarial,

portanto, tudo que o sócio ostensivo faz, faz em

favor da sociedade em nome próprio);

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- sócio participante/oculto4:

  só participa dos resultados;

- não tem nome empresarial porque não tem personalidade

jurídica;

- legitimidade ativa/passiva em demanda judicial sobre a

sociedade em conta de participação: sócio ostensivo;

Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica

com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos

seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

A sociedade em conta de participação vai adquirir

personalidade jurídica com seu registro?

- o artigo 993 é exceção ao 985: “[...] o contrato social produz

efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu

instrumento em qualquer registro não confere personalidade

jurídica à sociedade.5” 

4 Normalmente o contrato não é registrado, então, não se conhece o sócio participante.

5A sociedade em conta de participação é a única que com o registro não adquire personalidade jurídica.

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1.2  Sociedade Personificada

Possui personalidade jurídica;

1.2.1 Quanto ao objeto

1.2.1.1  Sociedade Empresária

- definida no artigo 982 do CC/02;

Art. 982. as EXCEÇÕES EXPRESSAS, considera-se

empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de

atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967);e, simples, as demais.

- é aquela que tem por objeto o exercício de atividade

própria de empresário sujeito a registro;

- organização empresarial + produção/circulação de

bens/serviços;

1.2.1.2  Sociedade Simples;

- definida por exclusão pelo artigo 982 do CC/02;

- sociedade simples é a sociedade tida por não-

empresária;

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- sociedade simples é aquela que exerce uma atividade

não classificada como de empresária;

- exercendo profissão intelectual de natureza: científica,

literária ou artística sociedade simples;

- atividade comercial,porém, sem organizaçãoempresarial, ex. sociedade rural sem registro:

Art. 971. O empresário, cuja atividade rural

constitua sua principal profissão, pode, observadas as

formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos,

requerer inscrição no Registro Público de Empresas

Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de

inscrito, ficará EQUIPARADO, para todos os efeitos, ao

empresário sujeito a registro.

- além dessas sociedades acima citadas, outras podem

ser sociedades simples. Assim são sociedades simples

todas aquelas que não possuem organização

empresarial;

1.2.2 Quanto à forma

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- o artigo 983 do CC/02 diz que “[...] a sociedade empresária

deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos

artigos 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se

de conformidade com um desses tipos, e não o fazendo,

subordina-se às normas que lhe são próprias”: 

- o artigo 982, parágrafo único do CC/02 diz que “[...]

independentemente de seu objeto (não importa a atividade

da sociedade), considera-se empresária a sociedade por

ações; e simples, a cooperativa”; 

Teoria Geral das Sociedades:

- Portanto, são tipos societários:

1.2.2.1  Sociedades Empresárias devem:

- Sociedade em nome coletivo;

- Sociedade em comandita simples;

- Sociedade em comandita por ações (sempreempresária);

- Sociedade Anônima (S/A) (sempre empresária);

- Sociedade Limitada (LTDA);

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1.2.2.2  Sociedades Simples podem:

- Cooperativa (sempre simples);

- Sociedade em nome coletivo;

- Sociedade em comandita simples;

- Sociedade Limitada (LTDA);

- Sociedade Simples Simples/Pura;

É simples quanto ao objeto e quanto à forma.

As sociedades por ações são sempre empresárias.

As Cooperativas são sempre simples.

- a sociedade só ganha personalidade jurídica depois do

registro:

- sociedade empresária junta comercial;

- sociedade simples registro civil de pessoa jurídica

(cartório);

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Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-

se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das

Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das

Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas

para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos

tipos de sociedade empresária.

- exceções a essa regra:

- a sociedade de advogados, apesar de ser uma

sociedade simples, ele deve ser feito na OAB;

- cooperativa, mesmo sendo uma sociedade

simples, ela deve ser registrada na junta

comercial6;

2. 

Classificação das sociedades personificadas empresariais:

2.1  Sociedade de pessoa X Sociedade de capital:

- Critério: leva em conta o grau de dependência da sociedade em

relação às qualidades subjetivas dos sócios;

6O artigo 32 da lei 8.934/94 diz que a cooperativa deve ter o registro na junta comercial;

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- Sociedade de Pessoas: as características subjetivas dos

sócios são indispensáveis ao desenvolvimento da sociedade;

- Sociedade de Capitais: o mais relevante é o capital investido

pelo sócio na sociedade; Ex.: Sociedade Anônima

2.2  Sociedade Contratual X Sociedade Institucional:

- Critério: regime de constituição e dissolução do vínculo

societário;

- Sociedade Contratual: o ato constitutivo da pessoa jurídica é

o contrato social; nessa sociedade, sobre esse contrato

incidirão os princípios contratuais (prevalece a vontade

dos sócios);

- Sociedade Institucional: o ato constitutivo é um estatuto

social; sobre o estatuto social, não incidirão princípios

contratuais, devendo observar a lei 6.404/76 (lei de S/A) – 

prevalece a vontade do legislador;

2.3  Responsabilidade Ilimitada X Responsabilidade Limitada VS

Responsabilidade Mista:

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- Critério: responsabilidade do sócio pelas obrigações sociais;

- Responsabilidade Ilimitada: o sócio responderá com seu

patrimônio pessoal pelas dívidas da sociedade;

- Responsabilidade Limitada: o patrimônio pessoal do sócio

não responde pelas dívidas da sociedade;

- Responsabilidade Mista: quando na mesma pessoa jurídica

há sócios com a responsabilidade limitada e sócios com a

responsabilidade ilimitada (ex.: sociedade em comandita

simples);

2.4  Sociedade Nacional X Sociedade Estrangeira:

- Critério: para ser nacional, deve a sociedade atender a dois

requisitos do artigo 1.126 do Código Civil: tem de ser organizada

de acordo com a lei brasileira + a sede da administração tem de ser 

no país;

- Sociedade Nacional: quando presente os dois requisitos do

artigo 1.126 do CC/02;

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- Sociedade Estrangeira: quando faltar um dos requisitos do

artigo 1.126 do CC/02;

- não importa o tipo de atividade que a sociedade

estrangeira exerça, ela sempre precisará para se

constituir no Brasil de autorização do Poder Executivo

Federal (art. 1.134 do CC/02);

- Sociedade em nome coletivo:

- prevista no artigo 1.039 do CC/02;

- a responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada (sendo também

subsidiária);

- pessoa física (não permite-se sociedade em nome coletivo de pessoa

jurídica);

- nome da sociedade firma social;

- aplica-se a ele subsidiariamente as normas da sociedade simples (art.

1.040 do CC/02);

- é muito raro no Brasil sociedade em nome coletivo;

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- Sociedade em comandita simples:

- prevista no artigo 1.045 do CC/02;

- há duas categorias de sócios: sócio comanditado + sócio

comanditário;

- sócio comanditado --> responsabilidade solidária e ilimitada; tem de

ser pessoa física;

- sócio comanditário --> responsabilidade limitada; pode ser pessoa

física ou jurídica;

- Sociedade limitada (LTDA):

- Legislação Aplicável:

- capítulo próprio no Código Civil (começa no art. 1.052); na

omissão do capítulo, aplica-se as regras da sociedade simples de

forma subsidiária. Quanto à regência supletiva da lei de sociedade

anônima, pode-se aplicar a lei de S/A de forma supletiva desde

que o contrato social permita expressamente tal aplicação;

- Características:

- pode ser uma sociedade empresária ou uma sociedade simples;

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- é uma sociedade contratual o ato constitutivo é um contrato

social;

- nome empresarial firma social ou denominação;

- Constituição:

- é feita por meio de um contrato social, que possui alguns

requisitos de validade:

- agente capaz7;

- objeto lícito8;

- forma legal9;

- requisitos específicos:

a) contribuição dos sócios com a formação do capital social

(todos os sócios devem contribuir com a formação do capital

social). O ato de comprometimento de integralizar o capital

7O RE 82.433/SP chegou ao STF para se discutir se o menor pode ser sócio de uma sociedade limitada. Segundo

o STF, menor pode sim ser sócio, desde que preencha os seguintes requisitos: tem de estar devidamente

assistido ou representado + não pode exercer a administração + o capital social deve estar totalmente

integralizado.

8 Deve-se observar as peculiaridades de cada região, uma vez que o poder público pode proibir determinadasatividades.

9 É possível por instrumento particular ou instrumento público, necessitando em ambos os casos de “visto do

advogado”, sob pena de nulidade. Micro-empresa e empresa de pequeno porte não necessitam de visto deadvogado.

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na sociedade na proporção do contrato chama-se subscrição.

Capital social é o valor destinado para exploração da

atividade provindo da contribuição dos sócios. O ato de

integrar o valor à sociedade chama-se integralização.

- formas de integralização:

- com dinheiro;

- com bens (carro, imóvel10, computador, etc)11;

- com créditos;

- art. 1055, §2º, CC/02 é vedada a

contribuição que consista em prestação de

serviços.

- obs.: o sócio que não integralizou (total/parcialmente)

o capital (as quotas sociais) será chamado de “sócio

remisso”. O sócio remisso pode ser (art. 1.004, parágrafo

único do CC/02):

10 Quem integraliza com bens imóveis o ITBI (art. 156, II da CRFB/88) não é cobrado, portanto, sobre aoperação não incide ITBI, é um caso de imunidade especial (art. 156, §2º, da CRFB/88).

11 Quem integraliza com bens responde pela evicção, ou seja, tem a mesma responsabilidade do que umvendedor. O valor não integralizado (ex.: sócio deixa de integralizar; sócio integraliza bem mas com valorestipulado acima do que realmente vale) fará com todos os sócios se responsabilizem por essa não-integralização pelo prazo de cinco anos contados do registro da sociedade (art. 1.055, §1º).

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- excluído da sociedade;

- indenização (cobrar a sociedade o que ele deve);

- redução da quota;

b) distribuição dos resultados: todos os sócios devem

participar dos lucros e das perdas da sociedade. O art. 1.008

diz que “é nula a estipulação contratual que exclua qualquer

sócio de participar dos lucros e das perdas”. 

3.  Sociedades Contratuais

3.1  Requisitos Comuns

3.1.1  Agente

3.1.2 Objeto

3.1.3 Forma

3.2  Requisitos específicos

3.2.1  Pluralidade de sócios

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São necessários dois ou mais sócios, portanto, na

constituição da sociedade não é possível sociedade

unipessoal, mas depois de constituída é possível que haja a

unipessoalidade temporária. Assim, quando a sociedade

tiver dois sócios e um sair (exemplo: marido que separa da

mulher e quer sair da sociedade limitada que têm juntos)

pode haver a sociedade unipessoal no prazo de 180 dias

no máximo, sob pena de desconstituição da sociedade (ver 

artigo 1.033, IV ). Quanto à possibilidade de sociedade

entre cônjuges, o artigo 977 do Código Civil nos responde,

dizendo que “[...] facultam aos cônjuges contratar

sociedade entre si ou com terceiros, desde que não

tenham casado no regime da comunhão universal de bens

ou no regime de separação obrigatória.” 

- art. 1.639, §2º  –  é admissível a alteração do regime de

bens, mediante autorização judicial em pedido motivado

de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões

invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. 

- casamentos em comunhão universal de bens em

sociedades constituídas antes do CC/02 o DNRC

(Departamento Nacional de Registro de Comércio) é um

órgão normatizador e emitiu um parecer (parecer

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125/03), que causou a edição do Enunciado 204 do CJF,

no sentido de que as sociedades já constituídas devem

ser mantidas em razão do ato jurídico perfeito e do

direito adquirido.

REsp 1.058.165/RS

977 se aplica a sociedade empresária e a sociedade simples.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade,

entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no

regime da comunhão universal de bens, ou no da separaçãoobrigatória.

3.2.2 Contribuição dos Sócios para formar o Capital Social 

  Subscrição (comprometimento)

  Integralização (pagamento).

Capital social é o valor destinado para exploração da

atividade provindo da contribuição dos sócios

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3.2.3 Distribuição dos Resultados

3.2.4  Affectio Societatis

É a disposição dos sócios em formar e manter a sociedade

uns com os outros. Quando não existe ou desaparece esse

ânimo, a sociedade não se constitui, ou deve ser dissolvida.

Aula 4 – 31/03/2011

3.2.5 Contrato Social 

3.2.5.1  Cláusulas contratuais essenciais12:

a) art. 997 do CC traz o rol das cláusulas:

- qualificação dos sócios;

12Cláusulas essenciais não podem deixar de existir no contrato.

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- nome/denominação empresarial, objeto e sede da

sociedade;

- valor do capital social;

- se o prazo é determinado ou indeterminado;

- cota de cada sócio e modo de integralização;

- pessoas naturais que exercerão a administração;

- participação de cada sócio nos lucros e perdas;

- tipo de responsabilidade dos sócios.

SUBTÍTULO II

Da Sociedade Personificada

CAPÍTULO IDa Sociedade Simples

Seção I

Do Contrato Social

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Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO

ESCRITO, PARTICULAR ou PÚBLICO, que, além de cláusulas

estipuladas pelas partes, mencionará:

I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e

residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou adenominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;

III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente,

podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis

de avaliação pecuniária;

IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de

realizá-la;

V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja

contribuição consista em serviços;

VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da

sociedade, e seus poderes e atribuições;

VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas

perdas;

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VIII - se os sócios respondem, ou não,

subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros

qualquer pacto separado, contrário ao disposto no

instrumento do contrato. 

3.2.5.2  Cláusulas contratuais acidentais13:

a)  pro labore: existe diferença entre lucro e  pro labore.

Lucro é decorrente do o investimento inicial. Pro labore

é a remuneração decorrente do trabalho em favor da

sociedade. Assim, todos os sócios têm direito ao lucro,

mas somente os que trabalham têm direito ao pro labore.

4.  Sociedade Simples

4.1  Constituição: Contrato Social (998)

13A presença dessas cláusulas são dispensáveis, mas podem constar no contrato.

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Art. 998. Nos 30 dias subseqüentes à sua

constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do

contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local

de sua sede.

- Registro dentro do prazo: efeitos ex tunc (retroagem àdata da constituição) 

- Registro depois do prazo: efeitos ex nunc (efeitos a

 partir da concessão do registro) 

§ 1o O pedido de inscrição será acompanhado do

instrumento autenticado do contrato, e, se algum sócio nelehouver sido representado por procurador, o da respectiva

procuração, bem como, se for o caso, da prova de

autorização da autoridade competente.

§ 2o Com todas as indicações enumeradas no artigo

antecedente, será a inscrição tomada por termo no livro de

registro próprio, e obedecerá a número de ordem contínua

para todas as sociedades inscritas.

4.2  Contrato Social (998)

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4.2.1 Cláusulas essenciais

Alteração modificação: quórum de

UNANIMIDADE

Art. 999.   As modificações do contrato social, que

tenham por objeto matéria indicada no art. 997,

dependem do  consentimento de todos os sócios

(UNANIMIDADE); as demais podem ser decididas

por maioria absoluta de votos, se o contrato não

determinar a necessidade de deliberação

unânime.

Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato

social será averbada, cumprindo-se as formalidades

previstas no artigo antecedente.

4.2.2 Cláusulas acidentais

Alteração modificação: quórum de maioria

absoluta

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4.3  Cotas Sociais

4.3.1 Formas de integralização:

4.3.1.1  Dinheiro

4.3.1.2  Bens

4.3.1.3  Créditos

4.3.1.4  Prestação de Serviços

Quando isso ocorre, o sócio que pagará sua parte

prestando serviço não pode empregar-se em atividade

estranha à sociedade. Tem que prestar serviço só para

aquela atividade.

Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços,

não pode, convenção em contrário, empregar-se ematividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado

de seus lucros e dela excluído.

OBA: Neste tipo de sociedade, admite-se a contribuição

em serviços.

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4.3.2 Cessão de Quotas

4.3.2.1  Alteração do Contrato Social

Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a

correspondente modificação do contrato social com o

consentimento dos demais sócios, não terá eficácia

quanto a estes e à sociedade.

Cessão de quota – exigidos:

- consentimento dos demais sócios

- modificação do contrato social

Para ter eficácia quanto aos sócios e à sociedade

4.3.2.2  Aprovação de todos os sócios

Como muda uma cláusula essencial, é necessáriaconcordância da unanimidade dos sócios

4.4  Responsabilidade do Sócio

* Definida no Contrato Social:

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  Limitada X Ilimitada

  Solidária X Subsidiária

* Contrato omisso Responsabilidade:

  Ilimitada

  Subsidiária

Insolvência:

Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as

dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção

em que participem das perdas sociais, cláusula de

responsabilidade solidária.

4.5  Direitos dos Sócios

4.5.1 Participação nos lucros

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Direito que todos os sócios possuem. Tanto é assim, que temos

uma regra no CC que define que, se o contrato social de uma

sociedade simples contiver uma cláusula excluindo um

determinado sócio da participação nos lucros, essa cláusula é

nula.

Art. 1.008. É NULA a estipulação contratual que exclua

qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

O CC permite que os sócios distribuam os lucros

desproporcionalmente à participação Social:

Participaçãosocial

Distribuição deLucros

A 70% 75%

B 30% 25%

Art. 1.007. estipulação em contrário, o sócio

participa dos lucros e das perdas, na proporção das

respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição

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consiste em serviços, somente participa dos lucros na

proporção da média do valor das quotas.

4.5.2 Participação nas deliberações sociais

 Decisão da Maioria do Capital Social.

Vai prevalecer a decisão da maioria do capital social.

Participação

socialVotos

A 51% Sim

B 29% Não

C 20% Não

Seção III

Da Administração

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Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social,

competir aos sócios decidir sobre os negócios da

sociedade, as deliberações serão tomadas por

MAIORIA de votos, contados segundo o valor das

quotas de cada um.

§ 1o Para formação da maioria absoluta são

necessários votos correspondentes a mais de metade

do capital.

 Empate Desempate:

1º Critério: decisão do maior nº de sócios

Participação

socialVotos

A 50% Sim

B 30% Não

C 20% Não

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2º Critério: decisão judicial ou arbitral 

§ 2o Prevalece a decisão sufragada por maior

número de sócios no caso de empate, e, se este

persistir, decidirá o juiz.

Participação

socialVotos

A 50% Sim

B 30% Não

C 20% Não

§ 3o Responde por perdas e danos o sócio que,

tendo em alguma operação interesse contrário ao dasociedade, participar da deliberação que a aprove

graças a seu voto.

4.5.3 Direito de Retirada

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4.5.3.1  Sociedade de Prazo Determinado

   Justa causa

  Provada judicialmente

4.5.3.2  Sociedade de Prazo Indeterminado

   Justa causa

  Notificação aos demais sócios (ant. 60 dias)

Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no

contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se

de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais

sócios, com antecedência mínima de 60 dias; se de prazo

determinado, provando judicialmente justa causa.

Parágrafo único. Nos 30 dias subseqüentes à

notificação, podem os demais sócios optar pela dissoluçãoda sociedade.

* Retirada, Exclusão ou Morte de Sócio responde até 2

anos da averbação da resolução da sociedade:

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Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não

o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas

obrigações sociais anteriores, até 2 anos após averbada a

resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos,

pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se

requerer a averbação.

* Cessão de Quotas:

Art. 1.003, Parágrafo único. Até 2 anos depois de

averbada a modificação do contrato, responde o cedente

solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e

terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

4.6  Exclusão de Sócio

4.6.1 Falta grave

Ex.: fazer concorrência com a própria sociedade.

Ex.: sócio remisso pode ser:

  Excluído

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  Executado

  Ter sua quota reduzida

Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e

prazo previstos, às contribuições estabelecidas

no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo,

nos 30 dias seguintes ao da notificação pela

sociedade, responderá perante esta pelo dano

emergente da mora.

Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a

maioria dos demais sócios preferir, à indenização,a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a

quota ao montante já realizado, aplicando-se, em

ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.

4.6.2 Incapacidade Superveniente

Ex.: fazer concorrência com a própria sociedade.

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu

parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente,

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mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta

grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por

incapacidade superveniente.

4.7   Apuração de haveres

4.7.1 Balanço Especial 

Balanço (Ativo – Passivo) para verificar patrimônio e o

montante que o sócio receberá. Não receberá o valor da sua

quota.

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em

relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo

montante efetivamente realizado, liquidar-se-á,

disposição contratual em contrário, com base na situação

patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em

balanço especialmente levantado.

§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução,

se os demais sócios suprirem o valor da quota.

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§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo

de noventa dias, a partir da liquidação, acordo, ou

estipulação contratual em contrário.

4.8   Administração

Não pode ser PJ.

Obs.: pessoa jurídica não pode ser

administradora da sociedade LTDA, podendo

ser somente a pessoa natural, conforme o artigo

997, inciso VI.

4.8.1   Somente Pessoa Física.

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO

ESCRITO, PARTICULAR ou PÚBLICO, que, além de cláusulas

estipuladas pelas partes, mencionará:

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VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da

sociedade, e seus poderes e atribuições;

A Administração é personalíssima. Não se transfere a

Administração com a cessão de quotas.

4.8.2  Sócio ou Não sócio

Para que o não sócio seja administrador, são necessários doisrequisitos cumulativos (art. 1.061 do CC/02):

- previsão no contrato social14;

- aprovação dos sócios, com o seguinte quórum:

- capital social integralizado -> 2/3 da quotas sociais;

- capital social não está totalmente integralizado ->

unanimidade;

14Não havendo previsão no contrato social, somente o sócio pode ser administrador.

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Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores não

sócios, a designação deles dependerá de aprovação da

unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver

integralizado, e de 2/3, no mínimo, após a integralização.

4.8.3 Omissão contratual: São administradores todos os sócios.

Na omissão do contrato, todos os sócios serão

administradores.

Art. 1.013. A administração da sociedade, nada

dispondo o contrato social, compete separadamente a cada

um dos sócios.

§ 1o Se a administração competir separadamente a

vários administradores, cada um pode impugnar operação

pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por

maioria de votos.

§ 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o

administrador que realizar operações, sabendo ou devendo

saber que estava agindo em desacordo com a maioria.

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Art. 1.014. Nos atos de competência conjunta de vários

administradores, torna-se necessário o concurso de todos,

nos casos urgentes, em que a omissão ou retardo das

providências possa ocasionar dano irreparável ou grave.

4.8.4  Administrador – Nomeação:

4.8.4.1  No contrato

   Sócio: Poderes Irrevogáveis

  Não sócio: Poderes Revogáveis

4.8.4.2  Em ato separado

   Sócio: Poderes Revogáveis

  Não sócio: Poderes Revogáveis

Art. 1.012. O administrador, nomeado por

instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da

inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de

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requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente 

com a sociedade.

Sócio Não sócio

Contrato Poderes

irrevogáveis

Poderes

Revogáveis

Em atoseparado

PoderesRevogáveis

PoderesRevogáveis

Art. 1.019. São irrevogáveis os poderes do sócio

investido na administração por cláusula expressa do

contrato social, justa causa, reconhecida

judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios.

Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo,

os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a

quem não seja sócio.

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4.8.5  Administrador – Responsabilidade:

Os atos praticados pelo administrador, em regra, são de

responsabilidade da sociedade porque, enquanto

administrador, representa os interesses da PJ. Foi escolhido

pela PJ para exercer os atos de administração.

Se o administradora agir com culpa no desempenho de suas

funções, ele responderá solidariamente com a sociedade.

 Art. 1.015, p. único é muito comum em prova.

Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores

podem praticar todos os atos pertinentes à gestão dasociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a

VENDA de bens IMÓVEIS depende do que a MAIORIA dos

sócios decidir.

Teoria Ultra Vires (“Além das Forças”): 

Condições para oposição a terceiros do excesso de poder

praticado por administradores – basta 1 hipótese:

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Parágrafo único. O excesso por parte dos

administradores somente pode ser oposto a terceiros [pela

sociedade] se ocorrer pelo menos 1 das seguintes hipóteses:

I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou

averbada no registro próprio da sociedade (limitação depoderes bem definida no contrato social, dizendo o que

ele pode e não pode fazer);

Ex.: contrato prevê que o Administrador não

pode prestar fiança, aval, assinar cheque sozinho

(precisa de assinatura de 2 ou + administradores).

Se o locador alugar um imóvel afiançado pela

sociedade, aquele não poderá cobrar desta o valor não

pago. Quem responderá é o próprio administrador.

II - provando-se que [a limitação de poderes] era

conhecida do terceiro;

III - tratando-se de operação evidentemente

estranha aos negócios da sociedade.

Se o administrador pratica ato diverso do

explorado pela atividade, o ato é chamado de

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“excessivo”, por que o próprio administrador

responderá, e não a sociedade.

Art. 1.016. Os administradores respondem

solidariamente perante a sociedade e os terceiros

prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.

Teoria Ultra Vires (“Além das Forças”): 

Ato ultra vires é o praticado pelo administrador além das forçaspor ele atribuídas pelo Estatuto Social, ou Contrato Social, isto é,

com extrapolação dos limites de seus poderes estatutários ou

contratuais.

Segundo esta Teoria, não é imputável à Sociedade o ato

excessivo (ato ultra vires).

Obs.: a teoria ultra vires é uma teoria inglesa e nem

mesmo na Inglaterra se usa mais essa teoria, além

dela ainda estar contra a orientação do STJ. Para

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este Tribunal Superior, deve ser aplicada a Teoria da

 Aparência.

Em razão da dinâmica das relações contratuais,

modernidade e massificação das relações, aliada à

proteção da boa-fé é que se impõe a aplicação da Teoria

da Aparência.

Aparentemente, o Administrador tem poderes para

exercer diversos atos.

- Sérgio Campinho traz um conceito muito interessante:segundo ele, a teoria ultra vires deve ser aplicada para os

fornecedores e instituições financeiras de crédito, mas

em se tratando de relação de consumo e de trabalho

deve prevalecer a teoria da aparência.

Se o Administrador pratica ato excessivo, a sociedade

tem culpa in eligendo e terá direito de regresso contra o

Administrador.

REsp 704.546/DF

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5.  Sociedade Limitada

Artigo 1.052 e ss do CC.

Omissão do CC aplicam-se as regras de sociedade simples.

  Ex.: questão do ato ultra vires, porque, no capítulo de ltda, o CC

não fala nada sobre o assunto.

  Ex.: direito de retirada.

  Ex.: regra de cláusula que exclui o sócio de participar dos lucros

é nula.

Quanto ao objeto, pode ser:

  Sociedade Simples

  Sociedade Empresária

Se o tipo é Ltda, não importa se simples ou empresária, deve observar

as regras da Ltda, não da Sociedade Simples. Apenas na omissão do

capítulo da Ltda aplicam-se as regras do capítulo da Sociedade

Simples.

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O contrato social da Ltda pode prever que, na omissão, a regência será

a da SA.

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste

Capítulo, pelas normas da sociedade simples.

Regência Supletiva da Lei de SA: 

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência

supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade

anônima.

Aula 5 – 18/04/2011

5.1  Responsabilidade dos sócios: Limitada

- segundo o artigo 1.052 do CC/02, na sociedade limitada, a

responsabilidade do sócio está restrita ao valor de suas quotas,

mas todos os sócios respondem de forma solidária pelo que falta

para a integralização do capital social;

- como exemplo, uma padaria em que o capital social seja

R$100.000,00, onde um pontepretano tem 40%, um flamenguista

tem 30%, um são-paulino tem 24% e um corinthiano tem 6%.

Cada um desses sócios é obrigado a integralizar o valor de suas

quotas, assim, integralizada a quota parte de cada um, acabou-se a

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responsabilidade dos sócios. Essa é a grande diferença da

sociedade limitada e da sociedade em comandita simples. Na

sociedade limitada o sócio não responde com o seu patrimônio,

respondendo apenas com o patrimônio da sociedade, sendo o seu

dever apenas integralizar as quotas a que se comprometeu. No

caso em que um dos sócios deixe de integralizar (ex.:

Flamenguista), faltará R$30.000,00 assim, todos os sócios

respondem por esse valor que faltou, ou seja, quem vai ter de

pagar serão todos os sócios, visto que eles respondem de forma

solidária pelo que falta para a integralização.

- exceções à regra da limitação da responsabilidade (dívidas

que recaem sobre o patrimônio dos sócios):

5.1.1 Exceções:

5.1.1.1    Ausência de registro - sociedade em comum (CC

986);

Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos,

reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo

disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no

que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade

simples.

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5.1.1.2  Dívidas trabalhistas;

5.1.1.3  Casos de desconsideração da personalidade jurídica;

5.1.1.4  Dissolução irregular (RESP 586.222)

5.1.1.5  Quando a sociedade violar a regra do artigo 977

(sociedade entre cônjuges);

- Obs1 .: nesses casos acima todos os sócios vão se

responsabilizar com o patrimônio pessoal e de

 forma solidária.

- Obs2  .: as deliberações infringentes do contrato

ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade

  somente dos sócios que expressamente as

aprovaram (art. 1.080 do CC/02).

- Obs3 .: o CTN, em seu artigo 135, diz que “[...] são

  pessoalmente responsáveis pelos créditos

correspondentes a obrigações tributárias

resultantes de atos praticados com excesso de

  poderes ou infração de lei, contrato social ou

estatutos.” O inciso III do mesmo artigo diz que

quem responde nesse caso é o administrador.

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- entendimento do STJ  quando a sociedade

deixa de pagar o imposto porque não possui

recurso suficiente para o pagamento, isso vai

se chamar inadimplência. Na inadimplência, o

administrador não responde pela dívida

tributária. Agora, caso a sociedade deixe de

pagar o imposto por qualquer outro motivo,

isso vai se chamar sonegação. Na sonegação o

administrador responde com o seu patrimônio

pessoal.

* Débito com INSS (era um item, agora é uma obs.) – art.

13, Lei 8.620, foi revogado pela Lei 11.941/2009. Hoje,

não se aplica mais.

5.1.1.6   Apenas o Administrador:

Dívida Tributária (CTN 153, III)

Art. 135. São pessoalmente responsáveis* pelos

créditos correspondentes a obrigações tributárias

[tributos ou multas (tributárias ou não tributárias), e

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dívidas não tributárias, de qualquer natureza – Lei

6.830, art. 2º, § 4º] resultantes de atos praticados com

excesso de poderes ou infração de lei, contrato

social ou estatutos:

III - os diretores, gerentes ou representantes depessoas jurídicas de direito privado.

Simples inadimplência: o administrador não responde.

Sonegação: o administrador responde.

5.1.1.7   Alguns sócios

Deliberações infringentes da lei ou CS (CC 1080)

Art. 1.080. As deliberações infringentes do

CONTRATO ou da LEI tornam ilimitada aresponsabilidade dos que expressamente as

aprovaram.

5.2  Quotas sociais:

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5.2.1 Natureza Jurídica duplo aspecto:

- segundo Rubens Requião as quotas sociais têm duplo

aspecto: asseguram ao seu titular

5.2.1.1  direito patrimonial e

5.2.1.2  direito pessoal.

Direito patrimonial: identificado com um crédito

consistente em percepção dos lucros durante a existência da

sociedade e, eventualmente, na partilha de sua massa

residual, decorrente de sua liquidação final.

Direito pessoal: são os direitos que decorrem do status de

sócio (ex.: direito de participar das decisões nas reuniões,

direito de fiscalizar os atos da administração, direito de

preferência na subscrição de novas quotas sociais).

5.2.2 Formas de Integralização:

5.2.2.1  Dinheiro

5.2.2.2  Bens

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Art. 1.055, § 1o Pela exata estimação de bens

conferidos ao capital social respondem

solidariamente todos os sócios, até o prazo de 5

anos da data do registro da sociedade.

5.2.2.3  Créditos

5.2.2.4  Prestação de Serviços (CC 1.055, § 2º)

Art. 1.055,§ 2o É vedada contribuição que consista

em prestação de serviços.

PJ MG, PJ SP, AGU, MG SE

5.2.3 Quotas Iguais ou Desiguais (1.055):

5.2.3.1  Iguais

5.2.3.2  Desiguais

Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou

desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.

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- as quotas podem ser iguais

Exemplo: R$10.000,00 divididas em 10 quotas de

R$1.000,00) – o valor da quota é igual;

60% CS R$ 6.000,00 10.000 quotas

40% CS R$ 4.000,00; R$ 1,00

- as quotas também podem ser desiguais

Exemplo:

R$ 10.000,00, dividido em 2 quotas:

uma quota de R$ 6.000,00 e

uma quota de R$ 4.000,00;

5.2.4 Cuidados com a Integralização:

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Art. 1.055, § 1o Pela exata estimação de bens

conferidos ao capital social respondem

solidariamente todos os sócios, até o prazo de 5

anos da data do registro da sociedade.

5.2.5 Transferências das quotas sociais:

- o contrato social disciplina a transferência de quotas;

- porém, o contrato social pode ser omisso, seguindo o

seguinte regramento (art. 1.057 do CC/02):

- transferência para outro sócio: não precisa de

autorização dos demais;

- transferência para terceiro: só é possível se não houver

a oposição de mais de ¼ do capital social;

Art. 1.057. Na OMISSÃO do contrato, o sócio pode ceder

sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio,

independentemente de audiência dos outros, ou a estranho,

se não houver oposição de titulares de mais de 1/4 do capital

social.

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Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à

sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo

único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo

instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.

Art. 1.003, Parágrafo único. Até 2 anos depois deaverbada a modificação do contrato, responde o cedente

solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e

terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

5.2.6  Sócio incapaz:

STF RE 82.433/SP possível menor ser sócio de

limitada.

3 requisitos:

  Assistido ou representado

  Não pode exercer a Administração

  Capital Social 100% integralizado

Esse era o posicionamento jurisprudencial.

Virou lei.

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Lei 12.399/2011 - Art. 1o Esta Lei acresce o § 3o ao art.

974 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que

institui o Código Civil, para dispor sobre o registro de

contratos e alterações contratuais de sociedade que sejaintegrada por sócio incapaz.

Art. 974, § 3o, CC - O Registro Público de Empresas

Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar

contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolvasócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os

seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de

2011) 

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da

sociedade; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 

II – o capital social deve ser totalmente

integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 

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III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o

absolutamente incapaz deve ser representado por seus

representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 

Incapacidade superveniente: Princípio da preservação

da Empresa permanece a sociedade, se houver

autorização judicial (974, § 1º).

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização

judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da

empresa, bem como da conveniência em continuá-la,

podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os

pais, tutores ou representantes legais do menor ou do

interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

5.2.7  Penhora de quotas sociais:

- a doutrina diz que a sociedade limitada pode ser uma

sociedade de capital ou uma sociedade de pessoas.

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No caso de sociedade de capital, a quota seria penhorável,

uma vez que depois de arrematada a quota na execução,

qualquer um pode ingressar na sociedade, uma vez que ela é

de capital.

Porém, se for sociedade de pessoas, a doutrina diz que ela é

impenhorável, uma vez que, em processo de execução, a

substituição do proprietário poderia causar a

desconfiguração da sociedade, uma vez que a pessoa do

proprietário é importante para a existência da sociedade;

- o STJ diz que não importa se a sociedade é de pessoas ou de

capital, as quotas sociais sempre são penhoráveis. SegundoSTJ, deve ser observado o princípio da ordem pública,

conforme o artigo 591 do CPC, onde o devedor deve

responder para o cumprimento de suas obrigações com todos

os seus bens, presentes e futuros.

Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento

de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e

futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

Ademais, o artigo 649 do CPC enumera os bens

absolutamente impenhoráveis, e não estão nesse rol as

quotas sociais, que, portanto, são passíveis de penhora.

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Porém, segundo o STJ, no processo executivo, deve ser dada

preferência para os sócios na arrematação (em analogia ao

art. 1.116 a 1.119 do CPC);

Há de ser observada a ordem do CPC 655:

Nova ordem de penhora:

Art. 655. A penhora observará, preferencialmente, a

seguinte ordem: (Redação dada pela Lei nº 11.382, de

2006). 

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em

instituição financeira; (Redação dada pela Lei nº 11.382,

de 2006). 

II - veículos de via terrestre; (Redação dada pela Lei nº

11.382, de 2006). 

III - bens móveis em geral; (Redação dada pela Lei nº

11.382, de 2006). 

IV - bens imóveis; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de

2006). 

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V - navios e aeronaves; (Redação dada pela Lei nº

11.382, de 2006). 

VI - ações e quotas de sociedades

empresárias; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de

2006). 

...

AgRg 1.116.746/SP

Não esquecer da importante regra do 1.026. O credor não

quer ser sócio, quer receber. Neste sentido, possível pedir apenhora dos lucros da Sociedade:

Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na

insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a

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execução sobre o que a este couber nos lucros da

sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.

Parágrafo único. Se a sociedade não estiver

dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota

do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031,será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até

90 dias após aquela liquidação.

Esse artigo protege a affectio societatis – mantém os sócios e

penhora apenas os lucros da sociedade.

5.3   Administrador:

5.3.1 Nomeação:

5.3.1.1  Contrato Social

5.3.1.2   Ato separado

5.3.2 Qualidade

5.3.2.1  Sócio

5.3.2.2  Não sócio – 1 só requisito (1.061):

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  Previsão no contrato social

  Aprovação dos Sócios – Quórum depende do Capital

social:

  100% integralizado 2/3

  Não 100% integralizado unanimidade

Nos livros antigos: 2 requisitos. A Lei 11.375, de 30 de

dezembro de 2010 modificou o artigo 1.061:

Art. 1.061. A designação de administradores não sócios

dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios,

enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3

(dois terços), no mínimo, após a integralização. (Redação

dada pela Lei nº 12.375, de 2010) 

Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores não

sócios, a designação deles dependerá de aprovação da

unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver

integralizado, e de 2/3, no mínimo, após a integralização.

Agora, não é mais necessária a autorização no contrato social.

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Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma

ou mais pessoas designadas no contrato social ou em

ato separado.

Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a

todos os sócios NÃO se estende de pleno direito aos que

posteriormente adquiram essa qualidade.

5.4  Conselho Fiscal:

5.4.1 Facultativo (1066)

Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos

sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto

de 3 ou + membros e respectivos suplentes, sócios ou não,residentes no País, eleitos na assembléia anual prevista

no art. 1.078.

§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos

inelegíveis enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros

dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela

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controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos

respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes

até o 3º grau.

§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que

representarem pelo menos 1/5 do capital social, o direitode eleger, separadamente, 1 dos membros do conselho

fiscal e o respectivo suplente.

5.4.2 Composição: mínimo 3 membros

5.4.2.1   Anualmente eleitos na Assembléia Geral

5.4.2.2  Sócio ou não

5.4.2.3  Residente no País

5.4.3 Funções

5.4.3.1  Fiscalizar as contas da sociedade

 Não aprova as contas da sociedade, apenas FISCALIZA.**Questão de prova.**

5.4.3.2  Fiscalizar os atos de gestão da

administração

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5.5  Deliberações Sociais:

5.5.1 Reunião ou Assembleia

Art. 1.072, § 1o A deliberação em assembléia será

obrigatória se o número dos sócios for superior a 10.

+ de 10 time de futebolmínimo 11

Não dá para tomar decisões em reunião se a sociedade

possui 11 ou + sócios.

Reunião: é mais simplificada, cujas cláusulas mais simplesdevem estar previstas no Contrato Social. Se este não

prever, aplicar-se-ão as regras da Assembléia.

Art. 1.079. Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos

omissos no contrato, o estabelecido nesta Seção sobre a

assembléia, obedecido o disposto no § 1o do art. 1.072.

5.5.2  Assembleia

5.5.2.1  Formalidades (1.052, § 3º)

Convocação: Edital de Convocação

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Publicado

  na Imprensa Oficial

&

  jornal de grande circulação

  3 vezes

  Prazo mínimo de 8 dias entre a 1ª Publicação

e a realização da Assembléia

1ª 2ª 3ª Assembléia

8 dias

  Exceção: Art. 1.072, § 2º

  Quórum de instalação

  1ª convocação: ¾ do Capital Social

  2ª convocação: qualquer nº de presentes.

  Quórum de aprovação

  Maioria do Capital social

  Empate:

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Nº de sócios

Decisão judicial

  Modificação do Contrato Social (1071 + 1076)

  ¾ do Capital social

  Não comparecimento Representação

(1074, § 1º).

  Outro sócio

  Advogado

Art. 1.152. Cabe ao órgão incumbido do registro verificar a

regularidade das publicações determinadas em lei, de acordo

com o disposto nos parágrafos deste artigo.

§ 1o exceção expressa, as publicações ordenadas neste

Livro serão feitas no órgão oficial da União ou do Estado,

conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e

em jornal de grande circulação.

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§ 2o As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas

nos órgãos oficiais da União e do Estado onde tiverem

sucursais, filiais ou agências.

§ 3o O anúncio de convocação da assembléia de sócios será

publicado por 3 vezes, ao menos, devendo mediar, entre adata da primeira inserção e a da realização da assembléia, o

prazo mínimo de 8 dias, para a primeira convocação, e de 5

dias, para as posteriores.

Art. 1.074. A assembléia dos sócios instala-se com a

presença, em 1ª convocação, de titulares de no mínimo

3/4 do capital social, e, em 2ª, com qualquer número.

§ 1o O sócio pode ser representado na assembléia por outro

sócio, ou por advogado, mediante outorga de mandato com

especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento

ser levado a registro, juntamente com a ata.

§ 2o Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário,

pode votar matéria que lhe diga respeito diretamente.

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Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto

no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia,

conforme previsto no contrato social, devendo ser

convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei

ou no contrato.

Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social,

competir aos sócios decidir sobre os negócios da

sociedade, as deliberações serão tomadas por

MAIORIA de votos, contados segundo o valor das

quotas de cada um.

§ 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o

número dos sócios for superior a 10.

§ 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas

no § 3o do art. 1.152, quando todos os sócios comparecerem

ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e

ordem do dia.

Art. 1.052, § 3o O anúncio de convocação da

assembléia de sócios será publicado por três vezes,

ao menos, devendo mediar, entre a data da primeira

inserção e a da realização da assembléia, o prazo

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mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e

de cinco dias, para as posteriores.

5.6   Aumento e Diminuição do Capital Social:

5.6.1  Aumento

5.6.1.1  Capital social 100% integralizado

5.6.1.2  Modificação do Contrato Social

5.6.2 Redução – casos:

5.6.2.1  Se, depois de integralizado, houver perdas

irreparáveis

5.6.2.2  Se CS for excessivo em relação ao objeto

social

5.7  Exclusão de Sócio

5.7.1 Extrajudicial 

5.7.1.1  Sócio remisso (caloteiro) – 1.004, p. ún.

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Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo

previstos, às contribuições estabelecidas no contrato

social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos 30 dias

seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá

perante esta pelo dano emergente da mora.

Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria

dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do

sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já

realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto

no § 1o do art. 1.031.

5.7.1.2  Falência do Sócio / Liquidação da sua quota

– 1.030, p. ún.

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu

parágrafo único, pode o sócio ser excluído

judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos

demais sócios, por falta grave no cumprimento desuas obrigações, ou, ainda, por incapacidade

superveniente.

Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da

sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota

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tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do

art. 1.026.

5.7.1.3  Sócio minoritário (1.085)

  Praticar atos de inegável gravidade

  Decisão com quórum duplo:

  Maioria dos sócios

  Maioria do capital social

  Simples alteração do contrato social

  Cláusula no CS permitindo exclusão por justa causa.

  Reunião específica.

  Direito de defesa

Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando

a maioria dos sócios, representativa de mais da metade

do capital social, entender que 1 ou + sócios estão

pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude

de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da

sociedade, mediante alteração do contrato social, desde

que prevista neste a exclusão por justa causa.

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Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser

determinada em reunião ou assembléia especialmente

convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo

hábil para permitir seu comparecimento e o exercício

do direito de defesa.

5.7.2  Judicial 

5.7.2.1  Sócio majoritário (1.030)

  Falta grave ou

  Incapacidade superveniente

  Quando o contrato social não possuir a cláusula de

exclusão de justa causa

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e

seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído

judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos

demais sócios, por falta grave no cumprimento

de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade

superveniente.

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Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da

sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja

quota tenha sido liquidada nos termos do

parágrafo único do art. 1.026.

  Quando não for atingido o quórum do artigo 1.085.

Aqui terminou a aula de 18/04

- Deveres dos sócios:

- a) integralização do capital social:

- b) dever de lealdade: segundo Fábio Ulhôa Coelho é o dever do

sócio de colaborar com o desenvolvimento da sociedade,

abstendo-se de praticar atos que possam prejudicar a sociedade

(ex.: o sócio não pode fazer concorrência com a sociedade);

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- Deveres dos sócios:

- a) integralização do capital social:

- b) dever de lealdade: segundo Fábio Ulhôa Coelho é o dever do

sócio de colaborar com o desenvolvimento da sociedade,

abstendo-se de praticar atos que possam prejudicar a sociedade

(ex.: o sócio não pode fazer concorrência com a sociedade);

- Direitos dos sócios:

a) participação dos lucros e perdas:

b) participação nas deliberações sociais: segundo o artigo 1.072

do Código Civil as decisões da LTDA são tomadas em reunião ou

são tomadas em assembléia. O CC/02 traz todas as formalidades

da assembléia, mas é permitido que se crie regras mais simples

para que se possa realizar as reuniões. Quando o contrato social é

omisso em relação à reunião (artigo 1.079), aplica-se as normas

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da assembléia15. O §1º do artigo 1.072 diz que se a sociedade

limitada possui mais de 10 sócios16, é obrigatória a realização de

assembléia.

- deliberações (art. 1.010)  --> tal artigo diz que deve-se

respeitar a maioria de votos, e que esses votos devem levar

em conta o capital social, portanto, prevalece a opinião da

maioria do capital social. Em caso de empate, o primeiro

critério de desempate é (§2º) o de número de sócios; o

segundo critério de desempate é decisão judicial;

c) direito de fiscalização: o sócio pode a qualquer tempo exigir

uma prestação de contas por parte do administrador. Essa

fiscalização é feita pelo conselho fiscal, sendo um órgão facultativo

na sociedade LTDA (art. 1.066 do CC/02). Esse conselho tem que

seguir uma composição delimitada no artigo 1.066 do código civil,

onde deverá ter três membros, sócio ou não sócio, mas deve ser

residente no país (ter domicílio no Brasil); 

15Na prática, raramente um contrato social vai estabelecer as regras da reunião.

16Para decorar, deve-se lembrar que se a sociedade limitada for um time de futebol (11 pessoas) ou mais, a

assembléia é obrigatória.

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d) direito de retirada ou direito de recesso: é a possibilidade que o

sócio tem de sair, de retirar-se da sociedade. Esse direito tem que

observar a regra prevista no artigo 1.029 do CC/02: tem que

analisar o contrato (se for o por prazo determinado só pode sair

por justa causa, devendo provar judicialmente; se for pro prazo

indeterminado, não há necessidade de justa causa, mas a lei exige

que o sócio que for sair notifique o demais sócios mediante uma

notificação com antecedência de 60 dias, ou seja, ter o mínimo de

respeito com os demais sócios):

- o sócio tem direito a sair da sociedade e receber valores de

acordo com o balanço realizado especialmente para esse

fim17 (ver artigo 1.031 do CC/02). A quota liquidada será

paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da

liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em

contrário. Na prática, há empresas que possuem grandes

patrimônios mas não possuem capital, assim, para que a

saída do sócio não cause a “quebra” da empresa, deve haver

contrato social prevendo o pagamento do sócio em muitas

prestações;

17Para o fim de excluir o sócio.

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e) direito de preferência: aumento do capital social gera novas

quotas sociais que devem ser oferecidas preferencialmente aos

sócios (art. 1.081 do CC/02), valendo lembrar que os sócios têm

direito de preferência na proporção de suas quotas;

Aula 6 – 04/05/2011

6.  Dissolução das Sociedades Contratuais:

6.1  Dissolução Pparcial

Ocorre quando um ou mais sócios saem da sociedade, porém a

sociedade é mantida, é preservada, continua em atividade;

6.1.1 Causas de dissolução parcial:

a)  Vontade dos sócios

b)  Liquidação da quota a pedido de credor do sócio;

c)  Direito de retirada

Possibilidade que o sócio tem de sair da sociedade. Ocorre

quando os outros sócios não querem que ele saia.

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d)  Falecimento do sócio;

e)  Falência do sócio;

f)  Exclusão de sócio;

- o sócio que deixa de integralizar o capital, chama-se

sócio remisso. Segundo o artigo 1.004 do CC/02 o sócio

remisso pode ser excluído;

- sócio que cometeu falta grave ou teve incapacidade

superveniente (devendo nesse caso, necessariamente,

que a exclusão seja judicial). Mesmo que prevista no

CC/02, a doutrina diz que essa exclusão porincapacidade superveniente não se aplica à sociedade de

capital, mas somente à sociedade de pessoas;

- o art. 1.085 trata da exclusão do sócio minoritário

quando cumprido os seguintes requisitos:

- praticar ato de inegável gravidade colocando em

risco a atividade da sociedade;

- previsão no contrato social de exclusão por justa

causa;

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Obs.: essa exclusão é extrajudicial, se dando

por uma simples alteração do contrato social.

Embora seja extrajudicial, o sócio excluído

deve ter direito à ampla defesa e ao

contraditório: deve a exclusão se dar em

reunião ou assembléia especialmente

convocada para esse fim, cientificando o

acusado em tempo hábil para permitir seu

comparecimento e exercício de defesa (art.

1.085, parágrafo único);

6.2  Dissolução Total

Há extinção da sociedade, uma vez que esta fecha as portas,

encerra suas atividades;

6.2.1 Causas de dissolução total:

a)  Vontade dos sócios;

 Sociedade Simples – 1.033

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Prazo determinado Unanimidade

Prazo IndeterminadoMaioria absoluta

 Sociedade Limitada – 1.076, I¾ Capital Social

b)  Decurso do prazo (1.033);

- após o término do prazo, se os sócios não

providenciarem a liquidação da sociedade, haverá sua

prorrogação por prazo indeterminado;

Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

I - o vencimento do prazo de duração, se,

vencido este e sem oposição de Sócio, não entrar a

sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará

por tempo indeterminado;

c)  Falência da sociedade (art. 1.044 do CC/02);

Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito 

por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033

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e, se empresária, também pela declaração da

falência.

d)  Unipessoalidade por mais de 180 dias;

e)  Extinção de autorização para funcionamento (art.

1.033, V do CC/02);

- após a extinção da autorização para funcionamento, os

administradores têm 30 dias para providenciar a

liquidação;

- liquidação: arrecadar todos os bens e vendê-los, cujo

dinheiro será utilizado para pagar os credores(liquidação extrajudicial);

- passado o prazo de 30 dias, quem deve fazer o pedido

da liquidação da sociedade (se a sociedade ou os sócios

não ao fizeram), a partir desse prazo o Ministério

Público tem o prazo de 15 dias para pedir a dissolução

dessa sociedade (liquidação judicial);

Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

V - a extinção, na forma da lei, de autorização para

funcionar.

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Art. 1.037. Ocorrendo a hipótese prevista no inciso

V do art. 1.033, o Ministério Público, tão logo lhe

comunique a autoridade competente, promoverá a

liquidação judicial da sociedade, se os

administradores não o tiverem feito nos 30 dias

seguintes à perda da autorização, ou se o Sócio não

houver exercido a faculdade assegurada no

parágrafo único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Caso o Ministério Público não

promova a liquidação judicial da sociedade nos 15

dias subseqüentes ao recebimento da comunicação,a autoridade competente para conceder a

autorização nomeará interventor com poderes para

requerer a medida e administrar a sociedade até

que seja nomeado o liquidante.

f)   Anulação do ato constitutivo;

g)  Inexequibilidade/Exaurimento do Objeto Social

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7.  Sociedade Anônima (S/A):

7.1  Conceito

- é a sociedade cujo capital social está dividido em ações;

7.2  Características

- é sempre uma sociedade empresária, não podendo ser uma

sociedade simples;

Art. 982, Parágrafo único. Independentemente de seu objeto,

considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, acooperativa.

- registrada na Junta Comercial;

- é uma sociedade institucional: ato constitutivo é o estatuto

social, não contrato social;

- sociedade de capital (sociedade de pessoas);

7.3  Espécies (previstas no artigo 4º da lei de S/A)

7.3.1  Companhia Aberta

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- É aquela em que os valores mobiliários são admitidos à

negociação no mercado de valores mobiliários.

- Valores mobiliários são títulos de investimento

emitidos por uma SA com o objetivo de captação de

recursos. Ex.: ações, debêntures, partes beneficiárias.

- o mercado de Valores Mobiliários se subdivide em:

- bolsa de valores -> associação civil de direito privado

ou uma SA constituída por corretores de valores

mobiliários de uma mesma base territorial que,autorizada pela CVM, organiza e mantém o pregão de

ações e fiscaliza a negociação dos valores mobiliários.

-entidades privadas constituídas sobre a forma de

associações civis ou sociedades anônimas, tendo por

membros corretoras de valores mobiliários.

Conquanto sejam privadas, atuam sobre a supervisão

da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), pois atuam

na prestação de serviços públicos, devendo fiscalizar

seus membros e as operações realizadas pelos

mesmos. Objetiva aumentar o fluxo de negociação de

valores mobiliários, sempre com a supervisão de uma

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entidade autárquica em regime especial vinculada ao

Ministério da Fazenda (que é a C.V.M.);

- mercado de balcão -> toda operação realizada fora da

bolsa de valores é chamada de mercado de balcão.

Normalmente se dá quando se adquire os valores

mobiliários de uma instituição financeira;

- mercado primário -> ocorre quando se adquire os

valores mobiliários diretamente da companhia,

portanto, ocorre entre a companhia emissora e o

investidor. O mercado de balcão opera no mercado

primário, também operando no mercado

secundário.

- mercado secundário -> adquire-se os valores

mobiliários de um acionista, ou seja, de alguém que já

é titular dos valores mobiliários, não diretamente dainstituição. A bolsa de valores só opera no mercado

secundário.

7.3.2  Companhia Fechada

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É aquela em que seus valores mobiliários não são 

admitidos à negociação no mercado de valores

mobiliários;

Obs.: não existe companhia mista, sendo a companhia ou

aberta, ou fechada.

7.4  Constituição da S/A

7.4.1 Requisitos preliminares – art. 80

a) subscrição, pelo menos por 2 pessoas, de todas as

ações em que se divide o capital social fixado no estatuto

(pluralidade de sócio)18;

Exceções à pluralidade de sócios Sociedades

Unipessoais:

- Empresa pública

18 Isso significa que a S/A tem de ter pelo menos dois ou mais sócios no momento de sua constituição. Aprincípio a S/A não poderia ser unipessoal no momento de sua constituição, mas essa regra comporta duas

exceções: quando se tratar de empresa pública; subsidiária integral (sociedade do artigo 251 da lei de S/A -> éum tipo de sociedade anônima que admite um único acionista que necessariamente será uma sociedadenacional, como por exemplo, a TRANSPETRO, onde a única acionista é a Petrobrás). Porém, depois que asociedade anônima já foi constituída, é possível que ela tenha apenas um sócio, na forma do art. 206, I, “d” da

lei de S/A, sendo o prazo para se ter um só sócio entre uma assembléia geral ordinária e outra (prazo esse quenormalmente é de um ano).

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- Subsidiária integral

Ex.: TRANSPETRO (Petrobrás)

ex-Itaú S.A. (Itaú Holding)

b) realização, como entrada, de 10 %, no mínimo, do

preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;

Exceção    ATENÇÃO PARA O CONCURSO DO

BACEN 

Tratando-se de instituição financeira, esse

percentual de 10% passar para 50%;

c) depósito no Banco do Brasil ou em outro

estabelecimento bancário autorizado pela CVM;

Art. 80. A constituição da companhia depende do

cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:

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I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas,

de todas as ações em que se divide o capital social

fixado no estatuto;

II - realização, como entrada, de 10% (dez por

cento), no mínimo, do preço de emissão das açõessubscritas em dinheiro;

III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro

estabelecimento bancário autorizado pela Comissão

de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado

em dinheiro.

Parágrafo único. O disposto no número II não se

aplica às companhias para as quais a lei exige

realização inicial de parte maior do capital social.

7.4.2 Constituição propriamente dita:

a) na Companhia Aberta há subscrição pública e

sucessiva:

- registro de emissão na CVM;

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- underwriting: contratação de uma instituição para

intermediar a venda das ações;

- assembléia de fundação;

b) na Companhia Fechada há subscrição particular

ou simultânea19:

- escritura pública ou assembléia de fundação

(escolha a critério dos acionistas);

Obs.:  Companhia Fechada não necessita de

autorização da CVM;

7.5  Valores Mobiliários:

- Valores mobiliários são títulos de investimento emitidos por

uma SA com o objetivo de captação de recursos. Ex.: ações,

debêntures, partes beneficiárias.

7.5.1  Ações

19Não há sucessão de etapas, sendo uma única etapa.

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a) Conceito

São frações do capital social que conferem ao seu titular

a função de sócio da sociedade anônima;

b) Responsabilidade do acionista

O acionista só responde pelo preço da emissão de suas

ações;

Art. 1º, Lei 6.404/76 - A companhia ou sociedade

anônima terá o capital dividido em ações, e a

responsabilidade dos sócios ou acionistas será

limitada ao preço de emissão das ações

subscritas ou adquiridas.

Concursos: comum o examinador querer confundir com

Ltda.:

Art. 1.052, CC - Na sociedade limitada, a

responsabilidade de cada Sócio é restrita ao valor de

suas quotas, mas todos respondem solidariamente 

pela integralização do capital social.

A diferença está em destaque.

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c)  Formas de Integralização

c.1) Dinheiro

c.2) Bens

c.3) Crédito

- as ações, além de ser pagas por dinheiro, também

podem ser pagas com bens ou com créditos;

- tal como na sociedade limitada, não se admite

integralização por meio de prestação de serviços;

- valor das ações:

- o valor nominal das ações é o valor do capital social

divido pelo número de ações;

- o valor patrimonial é o patrimônio líquido (ativo menos

o passivo) dividido pelo número de ações;

- o preço de emissão é o valor cobrado pela subscrição

da ação, isto é, é o valor que tem que ser pago pelo

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acionista em troca das ações (esse preço é pago quando

se compra as ações diretamente da sociedade anônima);

- o valor de mercado é o valor pelo qual as ações são

negociadas no mercado de valores mobiliários20;

- o valor econômico leva em conta perspectiva da futurarentabilidade da sociedade (é necessário a realização de

uma perícia técnica para se apurar a rentabilidade de

uma sociedade anônima);

- a diluição acionária se dá quando há emissão

posterior de ações por preço inferior ao seu valor

nominal (vedando essa prática, artigo 13 da lei

6.404);

d) Classificação das ações quanto à espécie:

d.1) ações ordinárias:

São aquelas que conferem direitos comuns aos

acionistas (ex.: direito de participar dos lucros e

direito de fiscalização).

20As ações de sociedade anônima fechada não tem valor mobiliário, uma vez que elas não podem ser vendidas

no mercado.

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Art. 110: Toda ação ordinária tem direito de voto.

Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1

(um) voto nas deliberações da assembléia-geral.

§ 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao

número de votos de cada acionista.

§ 2º É vedado atribuir voto plural a qualquer

classe de ações.

Ações ordinárias são de emissão obrigatória;

d.2) ações preferenciais:

São aquelas que trazem certas preferências,

principalmente no sentido de vantagens econômicas

(situações expressamente previstas no artigo 17 da

lei de S/A).

Exemplo de ações preferenciais: prioridade de

recebimento – primeiro paga as ações preferenciais e

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depois paga-se as ações ordinárias; recebimento de,

no mínimo, 10% mais do que aquele que possui uma

ação ordinária.

Na prática, a ação preferencial não tem voto ou o votoé limitado a determinados assuntos. Porém, o correto

é dizer que pode ser retirado o direito de voto.

O mecanismo de proteção para o sócio com ações

preferenciais é o artigo 111 da lei de S/A, onde há a

regra de que caso a sociedade deixe de pagar os

lucros para o acionista por prazo não superior a 3

exercícios consecutivos (exercício é de 1º de janeiro a

31 de dezembro), o sócio passa a ter direito de voto.

Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir

às ações preferenciais algum ou alguns dos

direitos reconhecidos às ações ordinárias,inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições,

observado o disposto no artigo 109.

§ 1º As ações preferenciais sem direito de voto

adquirirão o exercício desse direito se a

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companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não

superior a 3 (três) exercícios consecutivos, deixar

de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que

fizerem jus, direito que conservarão até o

pagamento, se tais dividendos não forem

cumulativos, ou até que sejam pagos os

cumulativos em atraso.

§ 2º Na mesma hipótese e sob a mesma

condição do § 1º, as ações preferenciais com

direito de voto restrito terão suspensas as

limitações ao exercício desse direito.

§ 3º O estatuto poderá estipular que o

disposto nos §§ 1º e 2º vigorará a partir do

término da implantação do empreendimento

inicial da companhia.

As ações preferenciais também possuem vantagens

políticas. É o que acontece na desestatização

(alienação das ações com direito de voto).

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Golden share (ação de ouro) é uma ação preferencial

com vantagem política, criada como instrumento de

defesa dos interesses nacionais efetivamente

relevantes, possibilitando, desta forma, a retirada do

Estado da atuação direta na atividade econômica:

essa ação pode dar o poder de veto às deliberações da

assembléia geral.

Art. 17, § 7o, Lei 6.404/76 - Nas companhias objeto

de desestatização poderá ser criada ação

preferencial de classe especial (Golden Share), de

propriedade exclusiva do ente desestatizante, à

qual o estatuto social poderá conferir os poderes

que especificar, inclusive o poder de veto às

deliberações da assembléia-geral nas matérias que

especificar. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) 

- O número máximo de ações preferenciais sem voto

que uma companhia pode emitir é de 50% do total de

ações. A emissão de ações preferenciais não é

obrigatória.

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- Liquidação: o acervo (valor remanescente) será

destinado aos acionistas, proporcionalmente às suas

ações.

- Amortização: antecipação do pagamento, ao

acionista, do que ele teria direito em futura

liquidação.

- acionista controlador é aquele que

  tem a maioria de votos21 da sociedade

  o poder de eleger a maioria dos

administradores.

  Excerce efetivamente o poder de direção e

orientação 

Art. 116. Entende-se por acionista controlador

a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de

21Tem o maior número de ações com direito de voto.

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pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob

controle comum, que:

a) é titular de direitos de sócio que lhe

assegurem, de modo permanente, a maioria

dos votos nas deliberações da assembléia-gerale o poder de eleger a maioria dos

administradores da companhia; e

b) usa efetivamente seu poder para dirigir

as atividades sociais e orientar o

funcionamento dos órgãos da companhia.

Parágrafo único. O acionista controlador deve

usar o poder com o fim de fazer a companhia

realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e

tem deveres e responsabilidades para com os

demais acionistas da empresa, os que nela

trabalham e para com a comunidade em que atua,cujos direitos e interesses deve lealmente

respeitar e atender.

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O acionista controlador deve usar efetivamente desse

poder que ele possui para ser caracterizado acionista

controlador.

- Acordo de Acionistas22: os acionistas podem ser reunirpor meio de um contrato (“contrato parasocial”) para

que haja um vínculo obrigacional entre eles, que se

unem em um único bloco para fazerem o papel de

acionista controlador.

Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra

e venda de suas ações, preferência para adquiri-

las, exercício do direito a voto, ou do poder de

controle deverão ser observados pela companhia

quando arquivados na sua sede. (Redação dada

pela Lei nº 10.303, de 2001) 

Exemplo: João (21% das ações com voto), Alfredo (9%

das ações com voto) e Ana (31% das ações com voto),

onde Alfredo e Ana fazem um acordo para votar em “A”

como presidente.

22É um contrato celebrado pelos acionistas para decidir sobre os temas do artigo 118.

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Se Alfredo, contrariando o acordo, vota em “B”, o voto

em contrário ao acordo não vai ser computado (quem

computa o voto é o Presidente da companhia), sendo

possível, segundo o §3º do artigo 118, que nas condições

previstas no acordo, os acionistas promovam a execução

específica das obrigações assumidas.

Art. 118, § 3º Nas condições previstas no acordo,

os acionistas podem promover a execução

específica das obrigações assumidas.

Isso tudo só funcionará se o acordo estiver arquivado na

sede da companhia.

Caso quem deveria votar (era parte do acordo de

acionistas), não compareça, se abstendo de votar, deve-

se aplicar o §9º do artigo 118, ocasião na qual autoriza-

se aos integrantes do acordo que estão presentes a votar

em nome do acionista que faltou ou deixou de votar;

Art. 118, § 9o O não comparecimento à assembléia

ou às reuniões dos órgãos de administração da

companhia, bem como as abstenções de voto de

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qualquer parte de acordo de acionistas ou de

membros do conselho de administração eleitos

nos termos de acordo de acionistas, assegura à

parte prejudicada o direito de votar com as ações

pertencentes ao acionista ausente ou omisso e, no

caso de membro do conselho de administração,

pelo conselheiro eleito com os votos da parte

prejudicada.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) 

- Direitos essenciais dos acionistas:

SEÇÃO II

Direitos Essenciais

Art. 109. Nem o estatuto social nem a

assembléia-geral poderão privar o acionista dos

direitos de:

I - participar dos lucros sociais;

II - participar do acervo da companhia, em

caso de liquidação;

III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a

gestão dos negócios sociais;

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IV - preferência para a subscrição de ações,

partes beneficiárias conversíveis em ações,

debêntures conversíveis em ações e bônus de

subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e

172;

V - retirar-se da sociedade nos casos previstos

nesta Lei.

§ 1º As ações de cada classe conferirão iguais

direitos aos seus titulares.

§ 2º Os meios, processos ou ações que a leiconfere ao acionista para assegurar os seus

direitos não podem ser elididos pelo estatuto ou

pela assembléia-geral.

§ 3o O estatuto da sociedade pode estabelecer

que as divergências entre os acionistas e a

companhia, ou entre os acionistas controladores e

os acionistas minoritários, poderão ser

solucionadas mediante arbitragem, nos termos em

que especificar.(Incluído pela Lei nº 10.303, de

2001) 

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Obs.: Direito de voto não é direito essencial.

c) ações de gozo ou fruição: prevista no artigo 44, §5º.

Trata-se de amortizamento. No caso de dissolução total

da sociedade, os bens são liquidados, com o dinheiro

paga-se os credores: o valor que sobrar chama-se acervo.

O acervo portanto, é repartido pelos acionistas de

acordo com a proporção de ações de cada um. Nas açõesde gozo ou fruição, faz-se as contas se acaso a sociedade

feche, venda-se tudo, o dinheiro que sobra é convertido

em ações de gozo ou fruição. Amortização é a

antecipação do acervo;

7.5.2 Debêntures

CAPÍTULO V

Debêntures

Características

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Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que

conferirão aos seus titulares direito de crédito contra

ela, nas condições constantes da escritura de emissão e,

se houver, do certificado. (Redação dada pela Lei nº

10.303, de 2001) 

- trata-se de contrato de mútuo (de empréstimo) onde o

mutuante é o debenturista e o mutuário é a S/A;

- a debênture confere ao seu titular direito de crédito contra

a companhia, nas condições constantes da escritura de

emissão e, se houver, do certificado. Assim, se no dia do

vencimento a companhia não pagar o valor devido, pode ser

ajuizada ação de execução, uma vez que o artigo 585, I do CPC

diz que a debênture é um título executivo extrajudicial;

- a companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos

seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições

constantes da escritura de emissão e, se houver, do

certificado. A lei não diz, mas a debênture é de médio a longo

prazo;

- Espécies:

Flutuante – crédito com privilégio geral

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Com garantia Real – crédito com garantia geral

Subordinados – depois dos quirografários

Quem define sobre essas emissões é a Assembléia, mas pode

delegar esses poderes ao Conselho de Administração.

7.5.3 Comercial paper / NP da S.A.:

- a instrução normativa 134 da CVM estabelece o prazo de

resgate:

companhia aberta

prazo de reembolso de 30 a 360dias,

companhia fechada o prazo de 30 a 180 dias.

- a função do comercial paper 23 é a mesma da debênture;

7.5.4 Bônus de subscrição:

23Também chamada de nota promissória da sociedade anônima.

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- os bônus de subscrição conferirão aos seus titulares direito

de subscrever ações do capital social, que será exercido

mediante apresentação do título à companhia e pagamento

do preço de emissão das ações (é um direito de

preferência);

- são títulos negociáveis que conferem ao titular o direito de

comprar ações desta mesma empresa dentro de um prazo

estabelecido, por um preço predeterminado. Ou seja, garante

ao acionista o direito de subscrever ações. Caso o acionista

não efetue a compra da ação no período estipulado, perderá

seu direito e não terá restituição do valor pago pelo bônus. O

bônus, portanto, é um direito, com prazo de expiração, como

uma opção.

7.5.5 Partes beneficiárias:

- são títulos negociáveis, estranhos ao capital social, queconferirão aos seus titulares direito de crédito eventual

contra a companhia, consistente na participação dos lucros

anuais durante determinado tempo;

- esse de crédito é eventual, uma vez que na eventualidade da

companhia receber lucros, você recebe;

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- para que ocorra esse fenômeno, o sujeito não pode ser

acionista, devendo ele participar dos lucros sem que seja

acionista (esse é a conclusão retirada da expressão

“estranhos ao capital social”); 

- somente companhia fechada pode ter partes beneficiárias,

não sendo mais admitidas para companhias abertas;

Aula 7 – 12/05/2011

7.6  Órgãos de uma S/A24:

Mnemônica:

Antes de

Cristo

Depois de

Cristo

24Usa-se a regra A+C+D+C (antes de Cristo, depois de Cristo) para decorar.

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7.6.1  Assembléia Geral:

- é órgão deliberativo, não sendo órgão de administração.

Subdivide-se em:

∞  Assembléia Geral Ordinária

Deve ser realizada anualmente.

4 temas são exclusivos da ACO (artigo 132 da lei de S/A):

a)  Tomar as contas dos administradores

b)  Destinação dos lucros

c) Eleição de administradores e membros doConselho Fiscal 

d)   Aprovação da correção da expressão monetária

do capital social 

Qualquer tema que não seja algum desses 4 serão tema

de AGE; ex.: destituição de administrador (PJ SP);alteração do estatuto (MP PI).

Realizada anualmente.

Realizada nos primeiros 4 meses seguintes ao término

do exercício social.

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A convocação se dará por meio de um edital de

convocação, onde serão colocadas as principais

informações em relação à assembléia. Esse edital de

convocação deve ser publicado três vezes na imprensa

oficial e em jornal de grande circulação25 (entre a data da

primeira publicação e a data da realização da assembléia

deve haver um prazo mínimo de 15 dias, sob pena de

nulidade da assembléia). A assembléia só se iniciará se

presente o quórum de instalação da assembléia, que

corresponde a ¼ do capital social com direito de voto.

Não havendo o quórum, deve se fazer uma segunda

convocação, repetindo o procedimento, porém com

prazo diferente, sendo que entre a data da primeira

publicação e da assembléia deve obedecer o prazo

mínimo de 8 dias, instalando-se a assembléia na segunda

convocação com qualquer número de presentes. Esse

regra é da companhia aberta. Na companhia fechada, os

prazos mudam: na primeira vez, o prazo mínimo deve

ser de 8 dias, e na segunda convocação o prazo mínimo

será de 5 dias;

∞  Assembléia Geral Extraordinária

25Vale lembrar que deve ser publicado no jornal de grande circulação E na imprensa oficial.

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7.6.2 Conselho de Administração:

∞  ÓRGÃO FACULTATIVO;

- todos os órgãos da S/A são obrigatórios, com exceção do

conselho de administração, que é facultativo.

∞  Exceção – 3 situações em que o Conselho de

 Administração é obrigatório:

a)  Quando se tratar de companhia aberta (art. 138);

b)  Quando se tratar de sociedade de capital autorizado

(art. 138);

Aumento do Capital social: esta sociedade não precisa de

alteração de Estatuto nem de Assembléia, porque o

aumento já está previamente autorizado, diferentemente

das demais sociedades.

c)   Sociedade de economia mista (art. 239);

∞ Competência (artigo 142):

a) Fixar as diretrizes gerais da sociedade anônima;

b) Eleger e destituir os diretores;

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c)  Supervisionar os atos da diretoria.

∞ Composição:

a) Mínimo de 3 membros ACIONISTAS (artigo 140);

b) Pessoas naturais (não podem ser pessoas jurídicas).

7.6.3 Diretoria:

∞ Composição:

a) mínimo de 2 membros (acionistas ou não, porém,

residentes no país);

∞ Competência

Compete a qualquer dos diretores:

a) representação da companhia;

b) prática dos atos necessários ao seu funcionamento

regular;

6.5.4 Conselho Fiscal:

a)  É órgão de existência obrigatória

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b)  De funcionamento facultativo

Art. 161. A companhia terá um conselho fiscal e o

estatuto disporá sobre seu funcionamento, de modo

permanente ou nos exercícios sociais em que for

instalado a pedido de acionistas.

c)  Composição:

Mínimo de 3 membros e máximo de 5, com igual número

de suplentes (acionistas ou não, porém residentes no país).

7.7  Ligações Societárias (ou Sociedades Coligadas):

- previstas no artigo 1.097 e seguintes do Código Civil de 2002;

Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo

capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais,

do capital da outra, sem controlá-la.

- na linha de pensamento da lei, admite-se que as sociedades

conjugadas podem ser de três tipos:

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7.7.1  Sociedade filiada (art. 1.099):

- é a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com

10% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la;

- Dica: 10% ou +, sem controle

7.7.2  Sociedade de simples participação (art. 1.100):

- é a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos

de 10% com direito de voto;

- Dica: menos de 10%, com direito de voto

7.7.3  Sociedade controladora (art. 1.098):

- tem maioria de votos da outra sociedade

- tem poder de eleger a maioria dos administradores da outra

sociedade,

- deve usar efetivamente do poder (esse último requisito

também é essencial para a caracterização da sociedadecontroladora);

Fazendo uma analogia para poder decorar os termos

acima, pensa-se em um casamento. A sociedade filiada,

nos remete ao conselho de filhos, que muito gasta e nada

controla. A simples por participação lembra a mulher, que

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  pouco participa financeiramente e muito poder de voto

exerce. A sociedade controladora lembra a sogra, que

manda em tudo e efetivamente usa esse poder;

7.8  Reorganização Societária:

7.8.1 Transformação

Art. 1.113. O ato de transformação independe de

dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos

preceitos reguladores da constituição e inscrição

próprios do tipo em que vai converter-se.

- é a modificação do tipo societário (ex.: sociedade limitada

se torna anônima). Muda apenas a roupagem;

- simples mudança de SA aberta para Fechada é mudança de

espécie;

7.8.2 Fusão

Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades

que se unem, para formar sociedade nova, que a elas

sucederá nos direitos e obrigações.

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- A + B = C

- é a união de duas ou mais sociedades para formar

sociedade nova, extinguindo-se as sociedades que se

uniram. A nova sociedade sucederá as demais em todos os

direitos e obrigações;

7.8.3  Incorporação

Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades

são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os

direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na

forma estabelecida para os respectivos tipos.

- A + B = A+B 

- uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que

lhes sucede em todos os direitos e obrigações;

7.8.4 Cisão

- é a operação pela qual a sociedade aliena seu patrimônio

para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou

já existentes, sendo que não haverá extinção da sociedade

cindida se a versão do patrimônio for parcial, mas será

extinta se a versão for total.

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- pode ser parcial ou total;

- cisão é venda de patrimônio;

- quando se vende uma parcela do patrimônio, realiza-se

uma cisão parcial, não havendo extinção. Caso vende-se toda

a sociedade (uma parte para uma sociedade e outra partepara outra) há cisão total, havendo extinção da sociedade;

NOVA LEI DE FALÊNCIA – LEI 11.101/05

- Introdução:

- a nova lei de falência trouxe três institutos: falência + recuperaçãojudicial + recuperação extrajudicial;

- deve-se, primeiramente, estudar as disposições gerais da lei de

falência, ou seja, os dispositivos que se aplicam para todos os três

institutos acima elencados;

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- Disposições gerais:

- a nova lei de falência somente se aplica para o empresário individual

ou sociedade empresária (portanto, a título de exemplo, a sociedade

simples está sujeita a uma “insolvência civil”, estando fora da

abrangência da lei de falência);

- a própria lei (art. 2º26) prevê casos onde há exclusão de sua

abrangência, ainda que se trata de empresário individual ou sociedade

empresária:

I -> empresa pública + sociedade de economia mista;

- portanto, tanto a empresa pública quanto a sociedade de

economia mista, não podem, em hipótese alguma, sofrer

falência;

II -> instituição financeira pública ou privada + consórcio +

cooperativa de crédito + operadora de plano de saúde + entidade

26 O artigo 2º está dividido em dois incisos, e de acordo com o Professor Fábio Ulhoa Coelho, tal divisão éproposital, uma vez que os casos do inciso “I” refere-se aos totalmente excluídos, e o inciso “II” refere-se aosparcialmente excluídos.

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de previdência complementar + seguradora + sociedade de

capitalização + outras entidades legalmente equiparadas a estas27;

- estes são parcialmente excluídos pelo fato de, a princípio,

nenhum dos casos do inciso “II” podem sofrer pedido de

falência, mas todos os casos do inciso “II” podem passar por

liquidação extrajudicial. Na liquidação extrajudicial vai ser

nomeado um liquidante, e este, por sua vez, poderá pedir a

falência nos casos do inciso “II” 28;

- Competência:

- a competência é da justiça comum estadual (não da justiça federal,

que por sinal, também é justiça comum) – o próprio artigo 109, I, da

CRFB/88 exclui a competência dos juízes federais para julgar a ação de

falência;

- o juízo competente é o do local do principal estabelecimento. Sendo a

sede fora do Brasil, é o do local da filial;

27Exemplos de entidades equiparadas: empresa de leasing + empresas administradoras de cartão de crédito

(nos termos da súmula 283 do STJ).

28Por isso é que o Banco Santos, que é uma instituição financeira, teve sua falência decretada.

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1.  Falência:

- a falência é um processo de execução coletiva, no qual todo o

patrimônio de um empresário (pessoa física ou jurídica) é arrecadado,

visando pagamento da universalidade de seus credores, de forma

completa ou proporcional. É um processo judicial complexo, que

compreende a arrecadação dos bens, sua administração e conservação,

bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior

liquidação dos bens e rateio entre os credores.

1.1  Pressupostos:

1.1.1 Empresário ou sociedade empresária

Sociedade simples não pode sofrer falência, só insolvência

civil.

1.1.2 Estado de insolvência

a)  Insolvência confessada / Autofalência

Ocorre quando a própria sociedade empresária ouempresário pede sua própria falência.

Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira

que julgue não atender aos requisitos para pleitear

sua recuperação judicial DEVERÁ requerer ao juízo

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sua falência, expondo as razões da impossibilidade

de prosseguimento da atividade empresarial,

acompanhadas dos seguintes documentos:

O objetivo é a proteção do crédito público.

b) Insolvência presumida

1.1.3 Declaração judicial de falência

1.2  Fundamentos de pedido de falência:

AgRg REsp 1.033.663/PR

STJ súmula 361

A notificação do protesto, para requerimento de falência da

empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a

recebeu.

Ainda que o ativo seja maior do que o passivo, se houve

impontualidade injustificada, há insolvência jurídica. Não se

analisa insolvência econômica. Art. 94, I, II e III. Análise objetiva

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1.2.1  Impontualidade injustificada (art. 94, I)

Deixar de pagar no vencimento sem razão de direito.

Nesse caso, o título pode ser executivo ou não, mas deve

estar protestado, além de que o valor da obrigação tem de

ser acima de 40 salários mínimos (deve ser maior que

40 salários mínimos, não autorizando o pedido da falência

no caso de dívida de exatos 40 salários mínimos) – nos

termos do arti go 94, §1º, é admitido o litisconsórcio

entre os credores;

Art. 94, § 1o Credores podem reunir-se em

litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o

pedido de falência com base no inciso I do caput deste

artigo.

1.2.2 Execução frustrada (art. 94, II)

Será decretada a falência do devedor que é executado por

qualquer quantia e não paga, não deposita e não nomeia

bens suficientes à penhora dentro do prazo legal – nesse

caso, o credor já ajuizou uma execução individual da

empresa, mas a execução restou frustrada. Deve ficar

claro que não é a execução que converte em falência, mas

sim autoriza o pedido de falência (que gerará outro

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processo). Qualquer quantia autoriza o pedido de

falência com base na execução frustrada;

1.2.3  Atos de falência (art. 94, III)

São comportamentos expressamente previstos na lei de

falência (da letra “a” até a letra “g”) que geram uma

presunção de estado de insolvência, e com base nesse ato,

o juiz vai declarar a falência;

Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se

fizer parte de plano de recuperação judicial:

a) procede à liquidação precipitada de seus

ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento

para realizar pagamentos;

b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar,

com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar

credores, negócio simulado ou alienação de parte ou

da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;

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c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou

não, sem o consentimento de todos os credores e sem

ficar com bens suficientes para solver seu passivo;

d) simula a transferência de seu principal

estabelecimento com o objetivo de burlar a legislaçãoou a fiscalização ou para prejudicar credor;

e) dá ou reforça garantia a credor por dívida

contraída anteriormente sem ficar com bens livres e

desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;

f) ausenta-se sem deixar representante habilitadoe com recursos suficientes para pagar os credores,

abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu

domicílio, do local de sua sede ou de seu principal

estabelecimento;

g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido,

obrigação assumida no plano de recuperação

judicial.

EXEMPLOS DE ATOS DE FALÊNCIA

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a) liquidação antecipada: ocorre quando o empresário se

desfaz dos seus bens sem reposição; vai “sumindo aos

poucos”; 

g) descumprimento de obrigação assumida no plano de

recuperação judicial: quando se há um plano de recuperação,

o juiz deve acompanhar a recuperação pelo prazo de 2 anos,

mas o plano pode ter prazo superior, desde que os credores

concordem com isso. Se o descumprimento da obrigação se

der no prazo de 2 anos, em que o juiz está acompanhando

direto a recuperação judicial, basta pedir ao juiz da

recuperação judicial pelo fato dele ter descumprido a

obrigação assumida no plano de recuperação (art. 73, IV da

lei). Passado os dois anos, o pedido de falência vai ser

ajuizado com base no artigo 94, III (é o objeto de estudo no

momento);

1.3  Processo Falimentar

1.3.1 Legitimidade ativa (art. 97)

Aqui vai se estudar os possíveis autores da ação de

falência;

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a)  Autofalência

O próprio empresário ou a própria sociedade

empresária -> trata de caso típico de “autofalência”,

conforme a doutrina denomina. Esse instituto está

disciplinado no artigo 105 da lei 11.101/05. Para que

se venha a pedir a autofalência a emprese deve

preencher alguns requisitos: estar em crise

econômico-financeira + julgar não atender aos

requisitos da recuperação judicial29. Resta saber se

quem encontra nessas condições poderá pedir a

própria falência ou se deverá fazê-lo: nos termos do

artigo 105, é obrigação da empresa que se encontra

nessas condições pedir a falência, portanto, a empresa

deverá pedir a falência quando preenchido tais

requisitos30;

b) Sócio ou acionista da sociedade

Estes também podem pedir falência;

29 Isso se dá pela “teoria da preservação da empresa”. 

30Apesar da obrigação existir, a lei não trouxe nenhuma sanção para o descumprimento desse dever.

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c)  Cabível somente para o pedido de falência do

empresário individual

Você vai ajuizar a falência contra o espólio.

Legitimidade do inventariante, herdeiro ou cônjuge

sobrevivente.

O Prazo é de 1 ano contado da data do óbito;

d) Qualquer credor

Legitimidade ampla, abrangendo qualquer tipo de

credor. Porém, a lei faz duas ressalvas:

Obs. 1: só EMPRESÁRIO REGISTRADO, só sociedade

empresária registrada na JC pode ajuizar pedido de

falência.

Prevista no artigo 97, §1º, define que se o credor que

vai ajuizar a ação for um empresário, ele deverá ser

um empresário regular (sendo necessário o registro

na Junta Comercial).

Surge uma dúvida em relação à sociedade em

comum (sociedade não levada a registro, “irregular” – 

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é a sociedade do artigo 986 do CC/02), mas deve-se

entender que essa sociedade não pode pedir falência

de terceiro, mas pode pedir a “autofalência”, uma

vez que a regra prevista no artigo 105, IV da lei, traz a

necessidade de prova da condição de empresário

(contrato social, estatuto ou se não houver, a

indicação de todos os sócios, seus endereços e a

relação de seus bens pessoais), assim, conclui-se pela

possibilidade de pedido de autofalência da sociedade

não levada a registro;

Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos

para pleitear sua recuperação judicial deverá

requerer ao juízo sua falência, expondo as razões

da impossibilidade de prosseguimento da

atividade empresarial, acompanhadas dos

seguintes documentos:

IV – prova da condição de empresário,

contrato social ou estatuto em vigor ou, se não

houver, a indicação de todos os sócios, seus

endereços e a relação de seus bens pessoais;

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Obs. 2: ressalva se refere ao CREDOR QUE NÃO TEM

DOMICÍLIO NO PAÍS, exigindo a lei que ele preste

caução, uma vez que o artigo 101 da lei falimentar

prevê que é possível a condenação do autor em perdas

e danos no processo falimentar, quando provado a

má-fé e o dolo, já que a execução no exterior seria

muito lenta e onerosa (contrariando os princípios da

celeridade e da economia, próprios da lei falimentar);

Art. 101. Quem por dolo requerer a falência

de outrem será condenado, na sentença que

julgar improcedente o pedido, a indenizar o

devedor, apurando-se as perdas e danos em

liquidação de sentença.

§ 1o Havendo mais de 1 (um) autor do pedido

de falência, serão solidariamente responsáveis

aqueles que se conduziram na forma prevista

no caput  deste artigo.

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§ 2o Por ação própria, o terceiro prejudicado

também pode reclamar indenização dos

responsáveis.

1.3.2 Legitimidade passiva (art. 97)

a) empresário individual; 

b) sociedade empresária;

Há determinados empresários excluídos da falência:

Inciso I: totalmente excluídos

Inciso II: parcialmente excluídos

Art. 2o Esta Lei não se aplica a:

I – empresa pública e sociedade de economia

mista;

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II – instituição financeira pública ou privada,

cooperativa de crédito, consórcio, entidade de

previdência complementar, sociedade operadora

de plano de assistência à saúde, sociedade

seguradora, sociedade de capitalização e outras

entidades legalmente equiparadas às anteriores.

(& emp. De arrendamento mercantil e empresas

de cartão de crédito)

Em hipótese alguma pode haver pedido de falência de EP e

SEM.

1.4  Juízo competente

Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação

extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a

falência o juízo do local do principal estabelecimento do

devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.

Justiça comum estadual:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

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I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa

pública federal forem interessadas na condição de autoras,

rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de

acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à

Justiça do Trabalho;

Principal estabelecimento:

1ª Corrente: Sede contratual/Estatutária

2ª Corrente: Sede administrativa

3ª Corrente: Critério econômico – estabelecimento

principal é onde houver o maior complexo de bens.

Regra geral, a competência territorial é relativa, porém, na

falência, competência territorial é absoluta.

STJ CC 84.752

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE

ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA DE BEM IMÓVEL ARRECADADO PELA

MASSA FALIDA.

- Embora a competência territorial seja, via de regra, relativa,

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aquela atinente ao foro da situação do imóvel, que também tem

natureza territorial, rege-se, na maior parte das vezes, pela norma

contida na segunda parte do art. 95 do CPC, que a qualifica de

absoluta. A causa dessa exceção é o juízo de conveniência e

interesse público do legislador, de decidir in loco os litígios

referentes aos imóveis, com melhor conhecimento das realidades

fundiárias locais ou regionais, facilidade para a realização de

perícias, maior probabilidade de identificar e localizar testemunhas

etc. Ademais, a destinação dada ao imóvel pode ter repercussões na

vida econômica ou social de uma localidade ou de uma região, o que

constitui respeitável fundamento metajurídico da competência ditada

pelo art. 95 do CPC.

- Entretanto, os motivos que justificam a improrrogabilidade da

competência das ações reais imobiliárias parecem ceder diante da

competência conferida ao juízo indivisível da falência, o qual, por

definição, é um foro de atração, para o qual converge a discussão de

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todas as causas e ações pertinentes a um patrimônio com

universalidade jurídica. A unidade e conseqüente indivisibilidade do

juízo falimentar evita a dispersão das ações, reclamações e medidas

que, conjuntamente, formam o procedimento falimentar, o qual fica

submetido a critério uniforme do juiz que superintende a execução

coletiva e que preside a solução dos interesses em conflito com ela

ou a ela relacionados.

- No particular, há de se acrescentar, ainda, que o imóvel cuja

adjudicação se pretende foi efetivamente arrecadado pela massa

falida. A arrecadação é ato de apreensão judicial executiva que visa

à guarda e conservação dos bens do falido para futura alienação, em

benefício dos credores. Sendo assim, nada mais coerente que todas as

questões relacionadas aos bens arrecadados sejam decididas pelo

juízo falimentar.

- O juízo falimentar detém uma visão global e plena da falência.

Conhece a totalidade de credores; tem informação sobre a situação

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financeira da massa, em especial dos bens que foram arrecadados; tem

contato próximo com o síndico para obtenção de dados complementares,

enfim dispõe de todos os elementos necessários à tomada de uma

decisão imparcial, eqüitativa e justa. O Juízo de situação do

imóvel, por sua vez, não obstante esteja privilegiado pela

proximidade física do bem, dificilmente terá acesso a essa gama de

informações.

Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 3ª

Vara de Falências e Concordatas de Fortaleza – CE.

1.5  Pedido de Falência

Autofalência

Art. 94, I

Art. 94, II

Art. 94, III

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1.6  Hipóteses do devedor após a sua citação:

1.6.1  Apresentar contestação:

A contestação na ação de falência é de 10 dias (art. 98 da

lei);

Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar

contestação no prazo de 10 (dez) dias.

1.6.2 Depósito elisivo:

Elidir = Impedir

Objetivo: impedir a decretação da falência.

Se o devedor realizar o depósito, o juiz está impedido de

declarar a falência.

O depósito elisivo deve ser efetuado dentro do prazo de

contestação (10 dias) 

Valor do depósito:

Valor principal,

Juros,

Correção e

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Honorários advocatícios

Por isso, na citação da falência, o juiz já deve arbitrar valor

de honorários.

Possível: depósito + contestação.

Cabe o depósito elisivo mesmo com base no 94, III, com

base na Teoria da Preservação da Empresa.

Art. 98, Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos

incisos I e II (e III) do caput do art. 94 desta Lei, o

devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o

valor correspondente ao total do crédito, acrescido decorreção monetária, juros e honorários advocatícios,

hipótese em que a falência não será decretada e, caso

julgado procedente o pedido de falência, o juiz

ordenará o levantamento do valor pelo autor.

1.6.3 Recuperação judicial:

Art. 95. Dentro do prazo de contestação, o devedor

poderá pleitear sua recuperação judicial.

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Dentro do prazo de contestação, o devedor pode pedir a

recuperação judicial, sendo que essa recuperação vai

suspender o processo de falência. Alguns doutrinadores

tem chamado essa recuperação judicial de suspensiva, mas

questiona-se se essa recuperação judicial suspensiva é a

mesma coisa da concordata suspensiva31: há diferença

entre os dois institutos, uma vez que na recuperação

judicial suspensiva ainda não houve decretação de falência,

sendo suspenso o processo de falência, não os efeitos da

decretação de falência;

Aula 8 – 27/05/2011

1.7  Sentença:

- a sentença de falência pode ser procedente ou improcedente. A

sentença procedente vai ser chamar declaratória. Porém, caso a

sentença seja improcedente, ela vai se chamar denegatória.

31Caso em que a falência já tinha sido decretada, e essa concordata suspendia os efeitos da falência.

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Procedente = Declaratória

Recurso: Agravo de Instrumento

Pedido Sentença Declaratória Sentença

de Encerramento

Improcedente = Denegatória

Recurso: Apelação

- recursos cabíveis:

a) sentença declaratória: comporta agravo de instrumento;

b) sentença denegatória: comporta apelação;

Obs.: nesse caso, aplicam-se os mesmos prazos recursais que

o CPC, uma vez que o artigo 189 da lei falimentar diz que o

CPC deve ser aplicado no que couber em relação aos

procedimentos previstos na lei especial. Quanto aos recursos,

quando observamos que a sentença declaratória da falência é

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ataca por agravo, se dá em razão de que a sentença não

extingue o processo, mas sim, abre uma nova fase do

processo (portanto, tal sentença tem mais força de decisão

interlocutória do que de sentença propriamente dita);

- ainda pode haver a sentença de extinção das obrigações do

falido.

- legitimidade recursal em caso de decretação de falência:

- o credor;

- o Ministério Público, como fiscal da lei;

- o devedor;

- legitimidade recursal em caso de denegação de falência:

- o credor;

- o Ministério Público como fiscal da lei;

- o devedor;

O devedor é legitimado para

recorrer da sentença que

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denega a falência no caso de

“autofalência”. 

1.7.1  Sentença declaratória (Procedente):

a)  Recurso: Agravo de Instrumento

b) Natureza Jurídica: Constitutiva

A sentença declaratória tem caráter predominantemente

constitutivo, pois é a partir da decretação da quebra que

incidirá o regime falimentar sobre o empresário ou sociedade

empresária, colocando-os em uma situação jurídica diversa

da anterior, tendo como efeitos, entre outros:

∞  o afastamento da administração dos bens,

∞  o vencimento antecipado da dívida,

∞  a constituição da massa falida

∞  e a nomeação do administrador judicial.

c)  Requisitos (art. 99)

Extremamente importante para Magistratura estadual.

Não trataremos de todos, apenas dos mais importantes.

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  Relação completa de todos os credores.

Art. 99. A sentença que decretar a falência do

devedor, dentre outras determinações:

III – ordenará ao falido que apresente, no prazo

máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos

credores, indicando endereço, importância,

natureza e classificação dos respectivos créditos, se

esta já não se encontrar nos autos, sob pena de

desobediência;

  Prazo para fazer a habilitação de crédito

IV – explicitará o prazo para as habilitações de

crédito, observado o disposto no § 1o do art.

7o desta Lei;

  Suspensão de todas as ações e execuções

CESPE:

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V – ordenará a suspensão de todas as ações ou

execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses

previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;

  Nomeação de Administrador judicial

IX – nomeará o administrador judicial, que

desempenhará suas funções na forma do inciso III

do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do

disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35

desta Lei;

É o requisito mais importante.

O juiz pode nomear diretamente o administrador

judicial, é uma pessoa de sua confiança.

Administrador judicial é a figura do artigo 21 – a

ordem do 21 tem que ser observada:

Art. 21. O administrador judicial será

profissional idôneo, preferencialmente

advogado, economista, administrador de

empresas ou contador, ou pessoa jurídica

especializada.

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Parágrafo único. Se o administrador judicial

nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no

termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de

profissional responsável pela condução do

processo de falência ou de recuperação judicial,

que não poderá ser substituído sem autorização

do juiz.

Pegadinhas das provas:

  Não é “obrigatoriamente”, é

“preferencialmente”.

  Ordem: A, E, A, C, PJ esp.

Administrador Judicial:

  Auxilia o juiz na administração da falência.

  É o representante legal da massa falida.

Há discussão sobre a constitucionalidade do art. 22,

III, “d” – CESPE – letra da lei:

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Art. 22. Ao administrador judicial compete,

sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de

outros deveres que esta Lei lhe impõe:

III – na falência:

d) receber e abrir a correspondência

dirigida ao devedor, entregando a ele o que não

for assunto de interesse da massa;

Na prova objetiva, se o examinador não tratou da

inconstitucionalidade, marcar a alternativa que tenha

a letra da lei. Se perguntar na prova objetiva,fundamentar.

  Fixará o termo legal 

“Período suspeito/cinzento”, lapso temporal que

antecede a falência

Se o devedor praticar os fatos expressamente

previstos no artigo 129 dentro desse prazo, o juiz vai

declarar a ineficácia de tais atos.

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Art. 129. São ineficazes em relação à massa

falida, tenha ou não o contratante conhecimento

do estado de crise econômico-financeira do

devedor, seja ou não intenção deste fraudar

credores:

I – o pagamento de dívidas não vencidas

realizado pelo devedor dentro do termo legal, por

qualquer meio extintivo do direito de crédito,

ainda que pelo desconto do próprio título;

II – o pagamento de dívidas vencidas e

exigíveis realizado dentro do termo legal, por

qualquer forma que não seja a prevista pelo

contrato;

III – a constituição de direito real de garantia,

inclusive a retenção, dentro do termo legal,

tratando-se de dívida contraída anteriormente; seos bens dados em hipoteca forem objeto de

outras posteriores, a massa falida receberá a

parte que devia caber ao credor da hipoteca

revogada;

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IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2

(dois) anos antes da decretação da falência;

V – a renúncia à herança ou a legado, até 2

(dois) anos antes da decretação da falência;

VI – a venda ou transferência de

estabelecimento feita sem o consentimento

expresso ou o pagamento de todos os credores, a

esse tempo existentes, não tendo restado ao

devedor bens suficientes para solver o seu

passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não

houver oposição dos credores, após serem

devidamente notificados, judicialmente ou pelo

oficial do registro de títulos e documentos;

VII – os registros de direitos reais e de

transferência de propriedade entre vivos, por

título oneroso ou gratuito, ou a averbaçãorelativa a imóveis realizados após a decretação da

falência, salvo se tiver havido prenotação

anterior.

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Parágrafo único. A ineficácia poderá ser

declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa

ou pleiteada mediante ação própria ou

incidentalmente no curso do processo.

Prazo do termo legal: o termo legal não pode

retrotrair por mais de 90 dias, contados de uma

das 3 seguintes datas:

a) data do 1º protesto -> quando o pedido se dá

com base no artigo 94, I;

Art. 94. Será decretada a falência do devedor

que:

I – sem relevante razão de direito, não paga,

no vencimento, obrigação líquida materializada

em título ou títulos executivos protestados cujasoma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta)

salários-mínimos na data do pedido de falência;

b) data do pedido de falência -> quando o pedido

se dá com base no artigo 94, II ou III;

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Art. 94. Será decretada a falência do devedor

que:

II – executado por qualquer quantia líquida,

não paga, não deposita e não nomeia à penhora

bens suficientes dentro do prazo legal;

III – pratica qualquer dos seguintes atos,

exceto se fizer parte de plano de recuperação

judicial:

a) procede à liquidação precipitada de seus

ativos ou lança mão de meio ruinoso oufraudulento para realizar pagamentos;

b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta

realizar, com o objetivo de retardar pagamentos

ou fraudar credores, negócio simulado ou

alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a

terceiro, credor ou não;

c) transfere estabelecimento a terceiro,

credor ou não, sem o consentimento de todos os

credores e sem ficar com bens suficientes para

solver seu passivo;

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d) simula a transferência de seu principal

estabelecimento com o objetivo de burlar a

legislação ou a fiscalização ou para prejudicar

credor;

e) dá ou reforça garantia a credor por dívidacontraída anteriormente sem ficar com bens

livres e desembaraçados suficientes para saldar

seu passivo;

f) ausenta-se sem deixar representante

habilitado e com recursos suficientes para pagar

os credores, abandona estabelecimento ou tenta

ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede

ou de seu principal estabelecimento;

g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido,

obrigação assumida no plano de recuperação

judicial.

c) data do pedido de recuperação judicial -> 

quando houve a convolação de falência;

d) Efeitos:

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  Quanto ao Falido:

 Inabilitado

Art. 102 -> o empresário ou sociedade empresária

fica inabilitado para exercer qualquer atividade

empresarial. Quando se decreta a falência, quem

está impedido de exercer a atividade empresarial

não são os sócios, mas sim, a sociedade. O

problema surge quando a saciedade falida conter

sócio de responsabilidade ilimitada, sendo que

nesse caso, conforme o artigo 81 da lei, ocorrerá a

falência dos sócios também, que ficam sujeitos aos

mesmos efeitos sofridos pela sociedade empresária

falida. O STJ já tem decidido por diversas vezes que,

quando a sociedade não faz a sua baixa regular na

junta comercial, ela torna-se irregular, e nesse caso,

a responsabilidade do sócio passa a ser ilimitada

(nesse caso, aplicar-se-á o artigo 81 para a

sociedade que não fez a baixa regular na junta

comercial, decretando a falência tanto para a

sociedade quanto para os sócios nesse caso);

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 Indisponibilidade de bens & perda do direito de

administração:

Art. 103. Desde a decretação da falência

ou do seqüestro, o devedor perde o direito de

administrar os seus bens ou deles dispor.

Parágrafo único. O falido poderá, contudo,

fiscalizar a administração da falência,

requerer as providências necessárias para a

conservação de seus direitos ou dos bensarrecadados e intervir nos processos em que

a massa falida seja parte ou interessada,

requerendo o que for de direito e interpondo

os recursos cabíveis.

Se a sociedade tem sócio com responsabilidade

ilimitada, os efeitos da falência se estendem ao

respectivo sócio.

Art. 81. A decisão que decreta a falência

da sociedade com sócios ilimitadamente 

responsáveis também acarreta a falência

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destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos

jurídicos produzidos em relação à sociedade

falida e, por isso, deverão ser citados para

apresentar contestação, se assim o desejarem.

 Extinção automática da concessão de concessionárias

de serviços públicos

Art. 195. A decretação da falência das

concessionárias de serviços públicos implica

extinção da concessão, na forma da lei.

  Quanto aos Credores

 Constituição da massa falida

∞  Massa falida Objetiva

É o conjunto de bens e direitos arrecadados do

falido.

∞  Massa falida Subjetiva

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É a universalidade de credores do falido.

A massa falida é um ente despersonalizado que

possui capacidade processual (pode demandar e ser

demandada).

Representante: administrador judicial, é querepresenta o conjunto de bens e a universalidade de

credores.

 Vencimento antecipado de todas as dívidas

 Suspensão da fluência de juros

Art. 124. Contra a massa falida não são

exigíveis juros vencidos após a decretação da

falência, previstos em lei ou em contrato, se o

ativo apurado não bastar para o pagamento

dos credores subordinados.

Parágrafo único. Excetuam-se desta disposição

os juros das debêntures e dos créditos com garantia

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real, mas por eles responde, exclusivamente, o

produto dos bens que constituem a garantia.

A princípio não correm juros, mas se o ativo

conseguir pagar todo mundo com juros, aí tudo

bem.

Agora, pessoal, vocês já viram algum processo de

falência em que o ativo desse para pagar com juros?

Eu nunca vi...

 Suspensão do curso da prescrição das obrigações do

 falido

Art. 157. O prazo prescricional relativo às

obrigações do falido recomeça a correr a partir

do dia em que transitar em julgado a sentençado encerramento da falência.

 Suspensão de todas as ações/execuções envolvendo

bens, interesses e negócios do falido – Juízo Universal 

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O juízo da falência é chamado de juízo universal,

pois tem competência exclusiva para apreciação de

todas as ações que versarem sobre a figura do

falido.

O juízo universal atrai todas as demais ações e

execuções envolvendo interesses do falido (“vis

attractiva”). A consequência é a suspensão de todas

as ações e execuções contra o falido (uma vez que

todas devem vir para o juízo da falência).

Obs.: além da universalidade, o juízo da falência

vincula-se ao princípio da unidade, isto é, haveráum único processo de falência para o mesmo

devedor, o que, além de evitar repetição de atos e

decisões contraditórias, dá tratamento isonômico

aos credores.

  Exceções ao juízo universal:

Reclamação trabalhista

O julgamento da demanda trabalhista,

até a condenação, tramita na justiça do

trabalho. Apenas a execução ocorre no

juízo falimentar.

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Execuções fiscais

Ocorre o mesmo que se dá no caso de

ações trabalhistas;

 Ações que demandarem quantia ilíquida

Ex.: dano moral.

Art. 6º, § 1o Terá prosseguimento no

juízo no qual estiver se processando a

ação que demandar quantia ilíquida.

 Ações em que a União, entidade autárquica

  federal ou Empresa Pública sejam partes

interessadas (JF)

  Ações em que o falido seja autor ou

litisconsorte ativo

Obs.: hasta foi realizada antes da decretação.

Saldo remanescentemassa falida

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Obs.: hasta foi apenas designada. Decretação da

falência.

O credor da ação individual não receberá agora,

apenas com os outros credores, na falência.

  Quanto aos contratos

Art. 117. Os contratos bilaterais não se

resolvem pela falência e podem ser cumpridos

pelo administrador judicial se o cumprimento

reduzir ou evitar o aumento do passivo damassa falida ou for necessário à manutenção e

preservação de seus ativos, mediante

autorização do Comitê.

Quem decide sobre os contratos é o Administrador

Judicial.

Obs.: os contratos bilaterais não se resolvem pela

falência, devendo ser cumpridos pelo administrador

judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o

aumento do passivo da massa falida ou for

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necessário à manutenção e preservação de seus

ativos – não há rescisão contratual automática;

1.8  Da ineficácia e revogação de atos praticados antes da falência

1.8.1  Atos Ineficazes (129) / “Ineficácia Objetiva”  

Significa que não temos de apurar o animus do devedor em

fraudar os credores. Se ele praticar qualquer dos atos do 129, o

juiz decreta a ineficácia do ato, significa que o juiz vai mandar

restituir para a massa falida. É uma medida de reconstituição do

patrimônio do devedor.

Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha

ou não o contratante conhecimento do estado de crise

econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste

fraudar credores:

I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo

devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo

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do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio

título;

II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado

dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a

prevista pelo contrato;

III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a

retenção, dentro do termo legal, tratando-se de dívida

contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca

forem objeto de outras posteriores, a massa falida receberá a

parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada;

IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos

antes da decretação da falência;

V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos

antes da decretação da falência;

VI – a venda ou transferência de estabelecimento feitasem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os

credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao

devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se,

no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos

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credores, após serem devidamente notificados, judicialmente

ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;

VII – os registros de direitos reais e de transferência de

propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a

averbação relativa a imóveis realizados após a decretação dafalência, salvo se tiver havido prenotação anterior.

Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada DE

OFÍCIO pelo juiz, alegada em defesa ou pleiteada mediante

ação própria ou incidentalmente no curso do processo.

A lei não fala qual é a ação. Esses casos são os casos dos atosineficazes.

A ineficácia objetiva pode ser atacada:

De ofício

Alegada em defesa

Pleiteada em ação própria

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Atos revogáveis estão no artigo 130 – necessária a prova do

consilium fraudis:

Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a

intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio

fraudulento entre o devedor e o terceiro que com elecontratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida.

A lei usou a expressão “revogáveis”, mas ambos são casos de

ineficácia dos atos. A diferença é que, no 130, tenho que fazer

prova e, por isso, o juiz não pode declarar de ofício. Tem que ter

conjunto probatório. Só vou conseguir a ineficácia subjetiva por

meio de ação própria. Por exclusão, aos casos que não estão

dispostos no 129 aplicaremos o 130.

Art. 132. A ação revocatória, de que trata o art. 130 desta

Lei, (...).

FUC diz que os casos do 130 são objeto de ação revocatória, mas

não falou do 129. Então, como não falou do 129, fala que é uma

ação de ineficácia.

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Porém, não é a doutrina majoritária, que diz que tanto para o 129

quanto para o 130, vou aplicar a ação revocatória, seja ato de

ineficácia objetiva seja ato de ineficácia subjetiva .

Art. 132. A ação revocatória, de que trata o art. 130 desta

Lei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, porqualquer credor ou pelo Ministério Público no prazo de 3

(três) anos contado da decretação da falência.

1.8.2  Ação revocatória

a)   Aplica-se aos casos do 129 e 130

b) Rito ordinário

c)  Legitimidade

Art. 132. A ação revocatória, de que trata o art. 130 desta

Lei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por

qualquer credor ou pelo Ministério  Público no prazo de 3

(três) anos contado da decretação da falência.

O MP pode ajuizar a ação desde logo, não tem legitimidade

subsidiária, mas ordinária, ao lado do administrador judicial e

do credor.

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d) Prazo: 3 anos

1.9   Arrecadação e Realização do ativo

Teve uma petição inicial, citou-se o devedor, este apresenta defesa, o

juiz profere uma sentença declaratória com nomeação do

Administrador Judicial.

O Administrador, após a nomeação, assina um termo de compromisso,

e já deve providenciar a arrecadação dos bens. Se demorar, o

empresário acaba dispersando os bens. Todos os bens na posse do

falido serão arrecadados pelo Administrador.

Bens excluídos da Arrecadação:

  Bens absolutamente impenhoráveis (CPC 649)

  Bens impenhoráveis da Lei 8.009/90

  Bens de família (CC 1.711)

Estes bens não serão arrecadados. Todos os demais serão arrecadados.

Tudo o que está na posse do empresário será arrecadado. Porém, pode

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acontecer de haver algumas injustiças e, em face delas, a parte

prejudicada fará um “Pedido de Restituição”. 

1.9.1 Pedido de restitiução

O que ser pergunta em concurso é sobre a possibilidade de restituição

em dinheiro.

Súmula 495, STF:

A restituição em dinheiro da coisa vendida a crédito,

entregue nos 15 dias anteriores ao pedido de falência ou de

concordata, cabe, quando, ainda que consumida ou

transformada, não faça o devedor prova de haver sido

alienada a terceiro.

2 hipóteses de restituição em dinheiro:

  objeto entregue

  dinheiro (Ex. dinheiro descontado do funcionário, mas não

repassado ao INSS). Se eu arrecadei o dinheiro depositado na

conta, esse dinheiro não é do INSS, e a ele deve ser entregue.

1.9.2 Realização do ativo

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- posteriormente à avaliação, deve ser feita a venda judicial dos

bens (chamada pela doutrina de realização do ativo);

- há três modalidades de venda na falência:

a) leilão -> que na falência, serve tanto para bem móvel

quanto para bem imóvel;

b) proposta fechada -> o juiz estabelece a data de quando

vai ser feita a audiência pública para venda, e os interessados

vão apresentar propostas em cartas fechadas nos cartórios da

vara de falência e recebe um recibo, aí, com esse recibo, pode-se entrar em audiência, na qual o juiz vai abrir as propostas

escolher qual a melhor para a massa falida;

c) pregão -> é uma modalidade híbrida, pois mistura a

modalidade de leilão com a modalidade de proposta fechada;

Obs.: em qualquer modalidade de alienação, o Ministério

Público será intimado pessoalmente, sob pena de nulidade

(art. 142, §7º da lei);

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Art. 142, § 7o Em qualquer modalidade de alienação, o

Ministério Público será intimado pessoalmente, sob

pena de nulidade.

- o artigo 140 traz a regra de que a alienação dos bens devem

observar uma ordem de preferência:

 Art. 140. A alienação dos bens será realizada de uma das

seguintes formas, observada a seguinte ordem de

preferência:

I – alienação da empresa, com a venda de seus

estabelecimentos em bloco;

II – alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou

unidades produtivas isoladamente;

III – alienação em bloco dos bens que integram cada um

dos estabelecimentos do devedor;

IV – alienação dos bens individualmente considerados.

§ 1o Se convier à realização do ativo, ou em razão de

oportunidade, podem ser adotadas mais de uma forma

de alienação.

§ 2o A realização do ativo terá início independentemente

da formação do quadro-geral de credores.

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§ 3o A alienação da empresa terá por objeto o conjunto

de determinados bens necessários à operação rentável

da unidade de produção, que poderá compreender a

transferência de contratos específicos.

§ 4o Nas transmissões de bens alienados na forma deste

artigo que dependam de registro público, a este servirá

como título aquisitivo suficiente o mandado judicial

respectivo.

- percebe-se, pela leitura do artigo 140, que a intenção primária é

a vende em bloco, uma vez que se assim for feito, a chance de

haver uma proposta melhor é maior;

- o inciso II do artigo 141 traz a regra de que não haverá sucessão

do arrematante na arrematação, inclusive as de natureza

tributária e as derivadas da legislação trabalhista ou de acidente

do trabalho;

Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos,

inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob

qualquer das modalidades de que trata este artigo:

II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e

não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do

devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da

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legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de

trabalho.

O bem vai limpinho, sem dívida nenhuma. Não responde por nada.

A sentença declaratória determina ao falido que apresente a

relação dos credores em 5 dias e o juízo fará a publicação de um

edital com a relação.

O credor cujo nome não estiver na lista fará a “habilitação do

crédito”: 

Art. 7º, § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no

parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o

prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador

judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos

créditos relacionados.

Prazo de habilitação: 15 dias contados da publicação do edital.

Hoje, não preciso mais habilitar o crédito e enviar para o juiz. O

endereçamento, agora, é para o Administrador Judicial.

Pegando essas habilitações, o Administrador fará a publicação de

uma nova relação de credores, em 45 dias:

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Art. 7º, § 2o O administrador judicial, com base nas

informações e documentos colhidos na forma do caput e do §

1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de

credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do

fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o

horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art.

8o desta Lei terão acesso aos documentos que

fundamentaram a elaboração dessa relação.

Publicada essa relação, em 10 dias, o credor, devedor ou MP

podem apresentar impugnação, ao juiz:

Art. 8o No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da

relação referida no art. 7o, § 2o, desta Lei, o Comitê, qualquer

credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público

podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de

credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou

manifestando-se contra a legitimidade, importância ou

classificação de crédito relacionado.

A impugnação é uma ação autônoma e, em tese, pode chegar ao

STF. Porém, o administrador só poderá fazer o quadro geral de

credores depois do trânsito em julgado da última impugnação.

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Enquanto não encerrar a impugnação, ele não pode fazer o quadro

geral de credores.

Se não teve impugnação no prazo de 10 dias, a relação do 7º, § 1º,

será o quadro geral de credores.

O problema é que o desgraçado do credor acaba não habilitandono prazo – habilitação retardatária – quando o credor não habilita

no prazo legal, atrasada. O que acontece com a habilitação

retardatária?

Se a habilitação ocorrer antes da homologação do quadro geral de

credores, ela terá força de impugnação. Por isso que a habilitação

de crédito dentro do prazo não precisa de advogado, não tem

custas, porque é um procedimento .

TJ/PA: A habilitação retardatária precisa de advogado e tem

custas.

- pagamento dos credores:

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- o artigo 150 da lei trata das dívidas decorrentes da

administração da massa falida, que deverão ser pagas tão logo que

haja dinheiro em caixa;

- nos termos do artigo 151, os créditos trabalhistas de natureza

estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores à

decretação da falência, serão pagos tão logo que haja

disponibilidade no caixa (no limite de 5 salários mínimos por

trabalhador);

- o artigo 84 da lei traz os créditos extraconcursais  – tais

créditos serão pagos com antecedência aos créditos do artigo 83.

Deve-se saber quais são os créditos extraconcursais, sendo dois osmais importantes: crédito tributário cujo fato gerador ocorreu

depois da decretação da falência + remuneração do administrador

judicial32;

- art. 83 da lei -> ordem de classificação dos créditos do quadrogeral de credores:

1º -> créditos trabalhistas até 150 salários mínios por credor

32Não se aplica mais a súmula 213 do STJ.

+

importante

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O que exceder a 150 salários mínimos, será considerado crédito

quirografário.

Acidente de trabalho não tem limite.

2º->  crédito com garantia real  – até o limite do valor do bem

gravado.

Os créditos de banco costumam ter garantia real, e os créditos

com garantia real foram favorecidos com a nova lei;

3º-> crédito tributário – excetuadas as multas tributárias;

4º->  crédito com privilégios especial  – são os casos do artigo

964 do CC/02;

5º-> créditos com privilégio geral33 – são os casos do artigo 965

do CC/02;

6º-> crédito quirografário;

Art. 83, § 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros

serão considerados quirografários.

7º-> multas – é aqui que entra as multas tributárias;

STF Súmula nº 565

33Exemplo clássico é o caso de honorários advocatícios.

Ordem

crescente

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A multa fiscal moratória constitui pena administrativa, não se

incluindo no crédito habilitado em falência.

8º-> créditos subordinados;

Créditos de sócios não decorrentes de vínculo empregatício.

No concurso:

  a ordem crescente é do menos importante para o mais importante

  a ordem decrescente é do mais importante para o menos importante

Aula 9 - /06/2011

- hipóteses de extinção das obrigações do falido:

- ocorrendo o preenchimento de alguma das hipóteses previstas

no artigo 158, o juiz dará a sentença de extinção das obrigações do

falido;

a) pagamento de todos os credores;

b) pagamento de mais da metade dos créditos quirografários;

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c) decurso do prazo de 5 anos contados do encerramento da

falência se não for condenado por crime falimentar;

d) decurso do prazo de 10 anos contados do encerramento da

falência se for condenado por crime falimentar;

RECUPERAÇÃO JUDICIAL:

- introdução:

- antes da lei 11.101/05 tal o decreto-lei 7.661/45 regulava o

instituto da concordata. A concordata conduzia para a falência por

alguns motivos: a concordata somente abrangia créditosquirografários + a concordata era chamada de favor legal (pedia-

se a concordata e o juiz somente tinha de analisar se quem pediu

preenchia os requisitos, não precisando saber se o credor

concordava com ela) + era carente de outras formas de

pagamento (só era permitido o parcelamento ou pedir a remissão

parcial da dívida);

- a recuperação envolve vários créditos (e não só o crédito

quirografário). O credor atua de forma ativa no processo de

recuperação judicial (ex.: aprovar o plano de recuperação). A nova

lei ainda conta com mais modernos na superação de crises (não

havendo somente a remissão parcial e o parcelamento), como por

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exemplo a cisão, incorporação, fusão ou transformação de

sociedade;

- finalidade:

- o artigo 47 da lei traz as finalidades da recuperação, devendo

ficar claro que o que a recuperação judicial mais busca é apreservação da empresa, que traz benefícios como: manutenção

de emprego + manutenção da fonte produtora + preservação dos

interesses dos credores + manutenção do desenvolvimento na

região;

- requisitos:

- o artigo 48 da lei trata dos requisitos da recuperação judicial;

a) o pedido de recuperação judicial é privativo do devedor

empresário ou sociedade empresária que estão em atividade

regular a mais de dois anos. sociedade em comum (não foi

devidamente registrada) não pode pedir recuperação judicial;

b) não ser falido, e se já o foi, deve ter suas obrigações declaradas

extintas por sentença transitada em julgado;

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c) não ter, a menos de 5 anos, obtido34 concessão de recuperação

judicial;

d) não ter a menos de 8 anos obtido concessão de recuperação

judicial especial;

e) não ter sido condenado por crime falimentar;

- créditos sujeitos aos efeitos da recuperação:

- o artigo 49 da lei diz que são todos os créditos até a data do

pedido de recuperação judicial, ainda que não vencidos – 

portanto, entra no plano re recuperação os créditos vincendos;

- os créditos tributários não fazem parte do plano de

recuperação (art. 6º, §7º combinado com o artigo 57 da lei), até

mesmo em obediência ao princípio da isonomia;

- o art. 49, §3º da lei ainda traz outras exceções, sendo os

créditos decorrentes de:

a) propriedade fiduciária;

34Conta-se os 5 anos da datada da obtenção, e não da data do pedido.

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b) arrendamento mercantil;

c) compra e venda com reserva de domínio;

d) compra e venda de bem imóvel com cláusula de

irrevogabilidade ou irretratabilidade;

- os créditos posteriores aos pedidos também não fazem parte

do plano;

- outra exceção é o Adiantamento de Contrato de Câmbio ( ACC);

- petição inicial:

- na petição inicial, deve o requerente (devedor):

a) expor as causas da crise;

b) provar a crise por demonstrativos contábeis dos últimos

três exercícios sociais;

c) relação de credores;

- nesse caso, dirige-se a petição para o juiz, que irá verificar se os

requisitos do artigo 51 foram preenchidos, e em caso positivo, o

juiz vai deferir o processamento da recuperação judicial (é o

famoso despacho de processamento). É no despacho de

processamento que se nomeia o administrador judicial, além de

que o despacho vai suspender todas as ações de execução contra o

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devedor (pelo prazo de 180 dias) – os créditos que não fazem

parte do plano de recuperação não tem as ações executivas

suspensas (ex.: execução fiscal);

- o despacho de processamento deverá ser publicado em um

edital (art. 52, §3º da lei), que deverá conter: pedido do autor +

termos da decisão que deferiu o processamento + relação de

credores;

- o edital publicado vai gerar duas situações:

a) habilitação de crédito -> essa habilitação de crédito

deverá ser feita no prazo de 15 dias contados do edital.

Deverá ainda ser feita uma nova relação de credores – 

encerrado o prazo de 15 dias para habilitação, começa um

novo prazo, de 45 dias, para uma nova relação de credores

(art. 7º,§2º da lei);

b) plano de recuperação judicial -> o devedor terá o prazo

de 60 dias contado das publicação da decisão que deferir oprocessamento da recuperação judicial para apresentar o

plano de recuperação judicial (art. 53 da lei), sob pena do juiz

converter a recuperação judicial em falência;

- após a apresentação do plano, haverá um comunicado para os

credores de que o plano foi apresentado. O credor vai ter acesso

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ao plano de recuperação e, caso não concorde com o plano, poderá

apresentar um instrumento chamado objeção ao plano (art. 55

da lei) no prazo de 30 dias contados da publicação da relação do

artigo 7º, §2º;

- não apresentada nenhuma objeção do plano, significa que o

plano está aprovado. Apresentada a objeção, o juiz convocará a

Assembléia Geral de Credores para decidir em relação ao plano.

Na assembléia o plano pode ser aprovado ou então o plano pode

ser reprovado. Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia

geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor;

- após a aprovação do plano pelos credores, o juiz dará umadecisão concessiva, (se preenchido os requisitos do artigo 57 da

lei – por exemplo, apresentar certidões negativas de débitos

tributários). Os TJ´s de MG, SP e RJ consideram que pode haver

uma decisão concessiva (em razão do princípio da conservação da

empresa) mesmo quando não haja uma Certidão Negativa de

Débito;

- decisão concessiva:

a) art. 59, “caput ” -> a decisão concessiva implica em

novação, ou seja, criação de uma nova dívida;

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b) art. 59, §1º -> a decisão concessiva é um título executivo

judicial;

c) art. 59, §2º -> da decisão concessiva, cabe agravo de

instrumento, que poderá ser interposto por qualquer credor

e pelo membro do Ministério Público;

1. Recuperação Judicial Especial (art. 70 e seguintes da lei):

- introdução:

- é especial por ser voltada para a micro-empresa e empresa de

pequeno porte;

- fica a critério de quem vai pedir, pedir a recuperação judicial

comum ou a especial;

- peculiaridades:

- a recuperação judicial especial só vai envolver o crédito

quirografário;

- também há edital com a relação de credores, mas constarão

apenas os credores quirografários;

- a habilitação de crédito também é privativa do credor

quirografário;

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- o plano de recuperação está pré-pronto. Portanto, o plano é:

a) pagamento em até 36 parcelas mensais iguais e sucessivas

com correção e juros de 12% ao ano – o pagamento da

primeira parcela deverá ser feito em até 180 dias;

b) o juiz aprovará o plano mesmo tendo objeção ao plano. Oartigo 72, parágrafo único, diz que o juiz também julgará

improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a

falência do devedor se houver objeções de credores titulares

de mais da metade dos créditos;

2. Recuperação Extrajudicial:

- é um acordo privado feito diretamente pelo devedor;

- créditos excluídos da recuperação extrajudicial: todos os créditos

excluídos da recuperação judicial comum não podem fazer parte da

recuperação extrajudicial. Porém, o crédito trabalhista não integra o

plano de recuperação extrajudicial;

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CONTRATOS COMERCIAIS

1   ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

- aqui será estudado a alienação fiduciária de bens móveis, no mercado de

capitais, aplicando o decreto-lei 911, devendo o credor nesse caso ser uma

instituição financeira em sentido amplo ou um consórcio;

- portanto, se a alienação fiduciária de bens móveis for entre particulares,

aplica-se o Código Civil. Porém, mesmo no caso da alienação fiduciária em

mercado de capitais, aplica-se o código civil de forma subsidiária;

- o contrato de alienação fiduciária é chamado de contrato de caráter

instrumental, pois ele é utilizado para instrumentalizar, viabilizar um outro

contrato (que na maioria das vezes será um contrato de compra e venda

com financiamento);

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- o devedor fiduciante é quem aliena em fidúcia para o credor, quem recebe

a confiança é o credor, chamado de credor fiduciário (portanto, devedor

fiduciante e credor fiduciário, não existe: credor fiduciante e devedor

fiduciário);

- quando se aliena por meio de alienação fiduciária, o credor fiduciário tem

a posse indireta e a propriedade resolúvel, assim, com o pagamento da

dívida, o devedor fica com a propriedade plena. Antes do pagamento, o

credor tem propriedade resolúvel e posse indireta;

- só será constituída a propriedade fiduciária com o registro do contrato de

alienação fiduciária. O art. 129, V da lei 6.515, diz que o contrato de

alienação fiduciária deve ser levado à registro no cartório de Registro deTítulos e Documentos (RTD). O artigo 1.361, §1º do CC, diz que no caso de

veículo o registro deve ser feito no órgão competente (DETRAN), sendo,

segundo o STJ, dispensado o registro no cartório de Registro de Títulos e

Documentos, argumentando que o simples registro no DETRAN é suficiente

para dar publicidade ao ato;

- segundo súmula 28 do STJ diz que “o contrato de alienação fiduciária em

garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do

devedor.” 

- no caso de inadimplemento do devedor, o decreto-lei 911 prevê a

possibilidade de ajuização de ação de busca e apreensão (que não é a ação

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de busca e apreensão do CPC), ainda há a possibilidade de propositura da

ação de execução;

- Ação de busca e apreensão:

- para se ajuizar a ação de busca e apreensão, deve-se provar a mora (a

mora se dá com o vencimento, mas não se comprova só com o

vencimento), devendo ser a mora provada por meio de protesto ou

notificação. Somente depois da mora comprovada é que o juiz concede

a liminar de busca e apreensão (súmula 245 do STJ);

- cinco dias após executada a liminar de busca e apreensão, segundo alei, o credor passa a ter propriedade plena e posse plena do bem,

podendo vender o bem já;

- o prazo para contestação é de 15 dias contados da execução da

liminar, segundo o artigo 3º do diploma normativo;

- caso a venda do carro seja realizada e a ação de busca e apreensão

seja julgada improcedente, além da devolução do valor pago, haverá

uma multa de 50% do valor originariamente financiado, devidamente

atualizado;

- quando mesmo abatendo o saldo remanescente, ainda sobra uma

dívida por parte do devedor, assim, no caso de alienação judicial, pode-

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se executar o valor restante. No caso de venda extrajudicial, o restante

da dívida não comporta execução (sob pena de gerar-se muitas

fraudes), uma vez que falta a liquidez. A súmula 384 do STJ diz “que

cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda

extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia” (portanto,

apesar de não caber execução, cabe monitória);

CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL

- Introdução:

- está previsto na resolução 2.309/96 do BACEN;

- é um contrato de locação com opção de compra no fim do contrato;

- arrendador: é a empresa de leasing, tem de ser uma pessoa jurídica e

necessariamente uma sociedade anônima;

- arrendatário: pessoa física ou pessoa jurídica;

- o leasing serve tanto para bem móvel quanto para bem imóvel;

- ao final do contrato de leasing, surgem três opções para o

arrendatário:

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a) devolver o bem;

b) renovar o contrato;

c) comprar o bem (pagando o VRG);

Obs.: quanto da prática de pagamento do VRG (Valor

Residual Garantido) desde o início do contrato (diluídos nas

prestações), o STJ editou a súmula 263, no sentido de que a

cobrança antecipada co VRG descaracterizava o contrato de

arrendamento mercantil transformando-a em compra e

venda à prestação. Porém, julgando alguns Recursos

Especiais, o STJ muda a orientação, cancela a súmula 263 e

edita a súmula 293 do STJ, no sentido de que “a cobrança

antecipada do VRG não descaracteriza o contrato de

arrendamento mercantil ” – o STJ, para chegar a essa

orientação, adotou o principio da liberdade de escolha e o

princípio da livre convenção das partes.

- modalidades de leasing:

a) leasing financeiro:

- esse leasing possui três intervenientes, tendo a figura do

arrendador, do arrendatário e do “fornecedor – exemplo: alguém

vai a concessionária, escolhe um carro, indica aquele bem para a

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empresa de leasing, a empresa compra o carro e depois faz um

contrato de leasing (arrendamento mercantil) com o arrendatário;

- de acordo com a resolução do Banco Central, o valor total das

prestações do leasing vai ter de ser igual ao valor do bem

acrescido do lucro para o arrendador;

b) leasing operacional:

- nesse leasing, há a figura do arrendador e a do arrendatário.

Nesse caso, a mesma pessoa que fornece o produto já realiza o

leasing (coincide a pessoa do fornecedor com a pessoa do

arrendador);

- a resolução do BACEN que regula a matéria sofreu recente

alteração (que exerceu muita influência sobre o leasing

operacional). Atualmente, o valor total do das prestações não

pode ser superior a 90% do valor total do bem;

- a vantagem do leasing operacional se refere à assistência técnica,

uma vez que de acordo com o contrato a fornecedora sempre deve

ser a prestadora de assistência técnica (seja para o fornecimento

de peças ou suprimentos);

c) lease back (leasing de retorno):

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- o arrendatário deve ser necessariamente pessoa jurídica (pessoa

física não pode ter leasing de retorno);

- a grande finalidade do “lease back ” é o capital de giro;

- o “lease back ” cabe em duas operações: compra e venda + dação

em pagamento (saindo o bem da esfera de propriedade por meiodessas operações, passando a ser titular do bem a sociedade de

arrendamento mercantil);

- assim, o bem que foi transferido para a empresa de

arrendamento (seja por compra e venda, seja por dação em

pagamento), e o arrendatário pode fazer um contrato de leasing

com a sociedade de arrendamento mercantil, uma vez que vai

precisar do bem para exercício das suas atividades comerciais (no

final desse contrato de leasing, surge para o arrendatário as três

opções típicas do leasing);

- ação de reintegração de posse:

- esse é o mecanismo de defesa da sociedade de arrendamento

mercantil no caso de não pagamento por parte do arrendatário;

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- a súmula 369 do STJ prevê como necessária a notificação prévia do

arrendatário para constituí-lo em mora (mesmo que haja cláusula

expressa em contrário);

CONTRATO DE FRANQUIA

- previsão legal:

- a lei 8.955/94 trata do contrato de franquia, nos seus 11 artigos

(leitura obrigatória);

- noções gerais da franquia:

- na franquia, há a figura do franqueador e do franqueado;

- franqueador: é o titular da franquia, que deve ser um empresário

individual ou uma sociedade empresária

- franqueado: também vai ser um empresário individual ou uma

sociedade empresária;

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- entre franqueador e franqueado é celebrado um contrato

empresarial;

- contrato de franquia:

- se refere à licença de uso de marca ou patente;

- há a distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços;

- transferência de “know-how ”, ou seja, de conhecimento técnico; 

- Obs.: a doutrina chama a distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de

produtos e serviços e a transferência de “know-how ” de organização

empresarial;

- o contrato de franquia deve ser necessariamente escrito e na

presença de duas testemunhas;

- o contrato de franquia é plenamente válido entre as partes, e para

isso ele não precisa do registro, porém, para produzir efeitos perante

terceiros, a história é diferente, devendo aplicar a regra da lei 9.279/96

(lei de propriedade imaterial), que em seu artigo 211, diz que para queo contrato de franquia produza efeito perante terceiros, ele deve ser

registrado no INPI;

- Circular de Oferta de Franquia (COF):

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- esse documento é tão importante que está previsto expressamente na

lei de franquia;

- tudo que é importante em relação à franquia está previsto nesse

documento;

- recebendo a Circular de Oferta de Franquia, o franqueado tem 10 diaspara poder definir se vai aderir à franquia ou não;

- só se pode assinar o contrato de franquia 10 dias depois de ter

recebido a Circular de Oferta de Franquia;

- o art. 4º, parágrafo único, diz que o franqueado pode invocar a

anulabilidade do contrato com a devolução de todas as parcelas atéentão pagas, caso não seja observado esse prazo de 10 dias (só o

franqueado que pode pedir essa anulabilidade, não cabendo o mesmo

para o franqueador) – nota-se que tal direito pode ser exercido pelo

franqueado sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

CONTRATO DE FACTORING – FOMENTO MERCANTIL

- introdução:

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- não há legislação específica tratando do contrato de “ factoring”,

devendo ser aplicadas as regras de cessão de crédito contida nos

artigos 286 e seguintes do código civil;

- a LC 123/06, em seu artigo 17, traz um conceito de “ factoring”, sendo

tal contrato aquele que “explora atividade de prestação cumulativa e

contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção

e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento

de ativos, compras de direitos creditórios resultantes de vendas

mercantis à prazo ou de prestação de serviços”. 

- no “ factoring” há a figura do faturizador e do faturizado: 

- faturizador: empresa de leasing, que é uma pessoa jurídica que

não é uma instituição financeira e não precisa de autorização do

Banco Central para funcionamento. A “ factoring” compra direitos

creditórios (não se deve pensar que trata-se de uma agiotagem

legalizada);

- a “ factoring” compra um faturamento que tem um valor, daí a“ factoring” aplica o chamado valor de compra (também chamado de

deságio) e paga nesse faturamento um valor inferior ao seu valor

nominal;

- o art. 296 do CC/02 diz que salvo estipulação em contrário, o cedente

não responde pela solvência do devedor. A “ factoring” faz negócios

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jurídicos com seus clientes que são vistos como cessão de crédito. Em

razão disso, a “ factoring” só vai comprar os títulos que possui grandes

chances de vender (é uma espécie de “seleção e riscos”); 

- desconto bancário VS “ factoring”: 

FACTORING  DESCONTO BANCÁRIO

- não é realizado por instituição

financeira;

- será realizado por instituição

financeira;

- quem transfere o título não

responde pela solvência deste;

- quem transfere o título responde

pelo pagamento;

- modalidades de “ factoring”: 

- “ factoring” tradicional -> o pagamento é antecipado;

- “ factoring” de vencimento -> o pagamento se dá no vencimento;

CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

- Previsão legal:

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- a lei 4.886/65 que regula a matéria;

- alguns autores, como Maria Helena Diniz entendem que o contrato de

representação é a mesma coisa que o “contrato de agência”, e o CC/02,

nos artigos 710 e seguintes, trata do contrato de agência;

- a posição majoritária é a de que o contrato de representaçãocomercial é distinto do contrato de agência;

- Introdução:

- pode ser representante pessoa física ou pessoa jurídica, devendo ter

caráter não eventual e exercer a mediação para negócio mercantis,

agenciando propostas ou pedidos para transmiti-los aos representados

(ver art. 1º da lei);

- portanto, representante pode ser pessoa física ou pessoa jurídica;

- o representado vai ser sempre um empresário individual ou uma

sociedade empresária;

- não há vínculo empregatício entre o representante e o representado;

- atividade do representante: consiste na mediação de negócios

mercantis, na agenciação de pedidos;

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- caracteriza-se a distribuição quando o agente tiver a coisa em sua

posse para ser entregue (nesse caso, não se caracteriza

representação);

- Exclusividade:

- de zona geográfica: o artigo 31 da lei trata da matéria. Mesmo se o

contrato for omisso, haverá presunção de exclusividade de zona

geográfica, em outras palavras, a exclusividade da zona geográfica é

presumida.

- de representação: às vezes, o representado não quer que orepresentante represente outra marca, não podendo representar

outras empresas no mesmo ramo de atividade, podendo tal cláusula

constar no contrato. O problema é que essa regra não cai na prova, mas

o que cai é se essa exclusividade é presumida ou não. O parágrafo

único do artigo 31 da lei é claro em estabelecer a regra de que a

exclusividade de representação não é presumida;

Obs.: na agência (art. 711 do CPC), a exclusividade ocorrerá

sempre sem relação à zona geográfica e em relação à

representação (salvo disposição em contrário);

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- Rescisão imotivada do contrato de representação:

- essa rescisão pode gerar indenização, devendo olhar se o prazo do

contrato era determinado ou se o prazo era indeterminado;

- em caso de contrato com prazo determinado, deve ser paga a título de

indenização a média mensal e multiplicar pela metade dos meses quefaltam para terminar o contrato;

- em caso de contrato com prazo indeterminado, o valor a ser

indenizado é de 1/12 do valor total recebido em razão da

representação;

Obs.: no caso do contrato de agência, não há previsão expressa doCC/02, devendo aplicar subsidiariamente a própria regra do

contrato de representação, conforme estabelece o próprio CC/02,

que prevê a aplicação subsidiária de lei especial;