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Page 1: Direito Empresarial - Estudos e Estudos · Direito Empresarial Aula 17 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho . Este material é parte integrante da disciplina

Direito Empresarial

Aula 17

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Aula 17: Recuperação judicial, extrajudicial e falência

OBJETIVO: Estudar a recuperação das microempresas e empresas de pequeno

porte, o procedimento geral da recuperação judicial, os participantes da recuperação

e da falência e, também, a recuperação extrajudicial e suas peculiaridades. Na aula

16, estudamos o objetivo da recuperação judicial e os requisitos para sua

concessão.

Dando sequência à aula anterior, vamos estudar o processo de recuperação

judicial das microempresas e das empresas de pequeno porte.

Plano especial: microempresas e empresas de pequeno porte

O plano especial de recuperação judicial é destinado às microempresas e

empresas de pequeno porte.

Este plano especial abrange somente os credores quirografários, que são

aqueles que não possuem direito real de garantia; seus créditos estão

representados por títulos advindos das relações obrigacionais, como cheques,

duplicatas e promissórias.

Os débitos, neste plano especial, poderão ser divididos em 36 meses,

acrescidos de correção monetária e juros de 12% ao ano, vencendo-se a primeira

parcela 180 dias após o protocolo do pedido da recuperação.

Procedimento da recuperação judicial

O devedor deverá ingressar com o pedido de recuperação judicial por meio de

uma petição endereçada ao juiz, a qual deverá conter o resumo de sua situação

patrimonial, explicando a crise econômico-financeira com as demonstrações

contábeis dos últimos três anos, a relação nominal dos credores com o vencimento

das respectivas obrigações, relações dos empregados com suas funções e salários,

relação das ações judiciais em andamento, certidões de protestos, relação de bens

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dos sócios, extratos bancários, certidões de regularidade da atividade e dos

cartórios de protestos.

Após a verificação dos documentos, o juiz deferirá o processamento da

recuperação judicial e nomeará o administrador judicial, determinando a suspensão

de todas as ações judiciais e execuções que tramitarem contra o devedor, com

exceção das ações que demandarem quantias ilíquidas, as ações trabalhistas e as

de natureza fiscal.

Ao devedor será conferido o prazo de 60 dias (contados do deferimento da

recuperação judicial) para apresentar o plano de recuperação, bem como a

avaliação completa do ativo e do passivo.

A partir desse momento, o juiz determinará a publicação de edital contendo o

resumo dos fatos que fundamentam o pedido do devedor, bem como a decisão que

deferiu o processamento da recuperação.

Após a publicação, qualquer credor poderá se insurgir ao plano de

recuperação judicial dentro de 30 (trinta dias).

Se algum credor manifestar sua objeção, o juiz convocará a assembleia geral

de credores para deliberarem sobre o plano.

A assembleia geral de credores poderá aprovar a proposta ou não, neste

ultimo caso, a recuperação judicial será transformada em falência.

A recuperação judicial também será convolada em falência pela não

apresentação do plano de recuperação dentro do prazo de 60 dias ou quando

alguma obrigação nele contida for descumprida.

Participantes na recuperação judicial e na falência

Vejamos agora as figuras que participam da recuperação judicial e a

importância delas dentro deste processo.

a) Administrador judicial – Nomeado pelo juiz, acompanhará e fiscalizará o

andamento da recuperação judicial ou da falência.

b) O gestor judicial – Pessoa física ou jurídica, indicada pela assembléia geral, que

assume a direção de fato da empresa, no caso de afastamento de seus titulares.

c) A assembleia geral – É a reunião dos credores.

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d) O comitê de credores – São pessoas indicadas pela assembléia geral (cada

classe de credores indica um representante), com a incumbência de acompanhar e

fiscalizar o andamento da recuperação ao lado do administrador.

Da recuperação extrajudicial

Na recuperação extrajudicial, o devedor negociará diretamente com todos os

seus credores ou parte deles, na tentativa de obter um acordo que torne possível

superar a crise econômica.

Podemos dizer que a recuperação extrajudicial é, em verdade, um termo, uma

intenção, um acordo celebrado e assinado pelos credores (maioria ou totalidade

deles) e empresa devedora.

Havendo o acordo com os credores, o plano será submetido ao Poder

Judiciário para ser homologado.

O plano extrajudicial envolve apenas os credores que a ele aderiram.

No entanto, obrigará todos os credores abrangidos, se contar com

concordância de mais de 3/5 dos créditos de cada espécie.

O pedido de homologação será publicado no órgão oficial e em jornal de

grande circulação, no país ou nas localidades da sede e das filiais do devedor, com

envio de cartas a todos os credores, podendo ser impugnado no prazo de 30 dias

contados da publicação.

Atendidos os requisitos legais, o juiz homologará o plano extrajudicial por

sentença.

No caso de indeferimento, por falta de algum requisito, o devedor poderá

voltar a negociar com os credores e apresentar novo pedido.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Nelson Renato Palaia Ribeiro de. Noções essenciais de direito. 2. ed.

São Paulo: Saraiva, 2004.

COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 18. ed. São

Paulo: Saraiva, 2007.

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FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de direito comercial (Direito

empresarial). São Paulo: Malheiros, 2007.