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1 Direito Empresarial 10ª Aula Prof. Eduardo S. N. Gomes [email protected]

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Direito Empresarial 10ª Aula. Prof. Eduardo S. N. Gomes [email protected]. Plano de Ensino. 8. Lei da Propriedade Industrial: Direitos Protegíveis; Marcas; Crimes contra a Propriedade Industrial. Propriedade Industrial. Conceito - PowerPoint PPT Presentation

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Direito Empresarial

10ª AulaProf. Eduardo S. N. Gomes

[email protected]

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Plano de Ensino

8. Lei da Propriedade Industrial:

Direitos Protegíveis; Marcas; Crimes contra a Propriedade

Industrial.

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Propriedade Industrial

Conceito

O direito industrial consiste na divisão do direito comercial que protege os interesses dos inventores, designers e empresários em relação às invenções, modelo de utilidade, desenho industrial e marcas. Ramo jurídico muitas vezes referido pela expressão “marcas e patentes”.

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Propriedade Industrial

Os bens sujeitos à tutela jurídica sob a noção de “propriedade industrial” integram o estabelecimento empresarial.

São, assim, bens imateriais da propriedade do empresário.

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Propriedade Industrial

Bens da propriedade industrial

São bens integrantes da propriedade industrial:

a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca.

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Invenção

Uma invenção é derivada de novas ideias e conhecimentos; é uma aplicação do conhecimento que cria algo novo. Já o conceito da invenção se encerra no breve momento quando ocorre a descoberta.

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Invenção - Exemplo

Urna Eletrônica

O primeiro terminal de votação por computador foi instalado em Brusque (SC), em caráter experimental, nas eleições de 1989. Quem o criou foi Carlos Prudêncio, que na época era juiz eleitoral no Estado. Com a ajuda do irmão, empresário da área de informática, ele fez um programa de computador.

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Invenção – Outros Exemplos Cafezinho de Bolso - Adílson Sanches e Luiz

Fabichak – 1995

Cartão Telefônico - Nélson Guilherme Bardini -1978

Coração Artificial - Aron de Andrade – 2000

Painel Eletrônico - Carlos Eduardo Lamboglia – 1996

Soro Antiofídico em Pó - Rosalvo Guidolin – 2000

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Modelo de Utilidade

É “o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação”

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Modelo de Utilidade

Outro Conceito

O modelo de utilidade é uma categoria onde encontramos objetos já conhecidos, que não se caracterizam como novidade absoluta, tais como automóveis, computadores, móveis e outros, modificados em sua forma de maneira a desempenharem melhor a função a que se destinam.

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Modelo de Utilidade - Exemplos

Aparelho paramodelar carne moída

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Modelo de Utilidade - Exemplos

Celular comcarregador debateria interno 

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Modelo de Utilidade - Exemplos

Carro de mãocom eixoe rolamentospermutáveis 

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Desenho Industrial - DesignÉ a alteração da forma dos

objetos. Está definido, na lei, como “a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial” (Lei n.º 9.279/96, art. 95).

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Segredo de Empresa

O inventor ou criador de modelo de utilidade, se pretender patentear sua invenção, deve estar atento ao fato de que todos passarão a ter conhecimento das invenções que ele realizou, inclusive seus detalhes, pois que consiste em uma das fases do procedimento administrativo da concessão de patente a publicação do pedido, franqueando-se o acesso irrestrito àqueles interessados ao relatório descritivo, reivindicações, resumo e desenhos correspondentes (art. 30 da LPI).

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Segredo de Empresa

A publicação pela Revista da Propriedade Industrial, órgão oficial do INPI ocorrerá no prazo máximo de 18 meses, a contar do depósito do pedido ou da data de solicitação de prioridade mais antiga.

A publicação da invenção é condição para a concessão da patente. Por esta razão, muitos empresários preferem manter em segredo suas invenções a pedir proteção legal.

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Marca

A marca é definida como o sinal distintivo, suscetível de percepção visual, que identifica, direta ou indiretamente, produtos e serviços (Lei n.º 9.279/96, art. 122).

Apenas os sinais visualmente perceptíveis podem ser registrados como marca no INPI. Exemplos:

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Marca - Classificações

a) Dá-se uma identificação direta se o sinal está relacionado especificamente ao produto ou serviço.

b) A identificação indireta se realiza através de duas outras categorias de marca, introduzidas no direito brasileiro pela atual legislação: as coletivas e a de certificação.

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Marca – Identificação Direta

a) Nominativas: São aquelas compostas exclusivamente por palavras.

Casas da Águab) Figurativas: Compõem-se de desenhos

ou logotipos.

c) Mistas: Neste caso as marcas são escritas com letras revestidas de uma particular forma ou inseridas em logotipos.

Destina-se proteção idêntica para qualquer tipo de marca.

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Marca – Identificação Indireta

Conceitua o art. 123 da Lei de Propriedade Industrial:

a) marca de certificação – como a que atesta a conformidade de produto ou serviço a normas ou especificações técnicas.

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Marca – Identificação Indireta

Conceitua o art. 123 da Lei de Propriedade Industrial:

b) marca coletiva – como a que informa ser o produto ou serviço fornecido por empresário filiado a certa entidade.

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Marca – Identificação Indireta

Possuem o traço comum de transmitirem ao consumidor a informação que o produto ou serviço possui uma qualidade destacada, especial acima da média;

seja porque o empresário que os fornece participa de uma conceituada associação empresarial (= marca coletiva), seja porque foram atendidos determinados padrões de qualidade (= marca de certificação).

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Marca – Identificação Indireta

Existência de um regulamento de uso, indispensável ao registro no INPI. Este regulamento estabelecerá as condições pelas quais um empresário tem direito de usar a marca coletiva ou de certificação, bem como as hipóteses em que perde o direito.

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Marca – Identificação Indireta

Desnecessidade de licença para o uso da marca.

Se o empresário atende aos pressupostos previstos no regulamento de uso, está autorizado a usá-la em seus produtos ou serviços, independentemente de qualquer registro no INPI.

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Marca – Identificação Indireta

A diferença entre a marca coletiva e a de certificação diz respeito à natureza do titular do registro.

No caso da coletiva, o titular será sempre uma associação empresarial, ou seja, uma entidade, sindical ou não, que congrega os empresários de determinado produto, ou de certa região, ou adeptos de uma específica ideologia (por exemplo, os empresários cristãos, os ecológicos, etc.)

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Marca – Identificação Indireta

No caso da marca de certificação, o titular não é uma associação empresarial, mas um agente econômico (normalmente, um empresário) cuja atividade é a de avaliar e controlar a produção ou circulação de bens ou serviços, desenvolvidas por outros agentes.

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Marca – Identificação Indireta

O titular da marca de certificação, aliás, não pode ter direto interesse comercial ou industrial em relação ao produto ou serviço cuja conformidade ele atesta (vide art. 128, § 3º da LPI). Um exemplo é o “selo de pureza ABIC”, da Associação Brasileira dos Produtores de Café.

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Marca – Identificação Indireta

Se alguém usa marca coletiva ou de certificação, sem atender às condições regulamentares correspondentes, as medidas judiciais de coibição e reparação do ilícito cabem exclusivamente ao titular da marca, isto é, à associação empresarial ou à empresa de avaliação e controle, às quais o INPI concedeu o registro.

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Marca – Identificação Indireta

O empresário usuário da marca coletiva ou de certificação não tem ação contra o usurpador, e apenas pode reclamar as providências do titular da marca, e, caso este permaneça inerte, representar ao INPI, para que promova a extinção do registro (vide art. 151, inciso II da Lei n.º 9.279/96).

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Lei da Propriedade Industrial

Atos de Concessão do INPI

a) patente: garante o direito de exploração com exclusividade da invenção e do modelo de utilidade; materializa-se pelo ato de concessão da respectiva patente (documentado pela “carta patente”).

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Lei da Propriedade Industrial

FLUXOGRAMAPEDIDO

DE PATENTE

DEINVENÇÃO

OU MODELO DE UTILIDADE

http://www.acerti.com.br/br/perguntas-frequentes.html#26

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Lei da Propriedade Industrial

b) registro: aplicável para assegurar o direito industrial em relação ao desenho industrial e à marca (documentado pelo certificado).

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Lei da Propriedade Industrial

FLUXOGRAMAPEDIDO DE REGISTRO

DE MARCA OU

DESENHO INDUSTRIAL

http://www.acerti.com.br/br/perguntas-frequentes.html#26

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Lei da Propriedade Industrial

Tanto a concessão da patente com a do registro competem a uma autarquia federal denominada instituto nacional da propriedade industrial – INPI.

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Lei da Propriedade Industrial

Indicações Geográficas

De acordo com a Lei de Propriedade Industrial, as indicações geográficas podem ser classificadas como denominação de origem ou indicação de procedência. As definições dos termos são bastante parecidas e existem poucos detalhes que as diferenciam, como pode ser notado abaixo:

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Lei da Propriedade Industrial

A denominação de Origem é caracterizada por uma área geográfica delimitada, precisamente demarcada, produtora de determinado produto influenciado por suas características específicas naturais como clima, geografia, qualidade e composição da terra, níveis de calor e umidade, etc. ou características humanas envolvidas na produção de um produto. Exemplos seriam o champagne, o queijo roquefort, o presunto de Parma e ou vinho de Bordeaux.

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Lei da Propriedade Industrial

A indicação de procedência apesar de apontar uma área geográfica ela não é tão específica quanto à delimitação precisa da área, também não envolve características como clima, geografia, ou fatores humanos envolvidos na produção de um produto. Atualmente no Brasil, já foram concedidas as seguintes indicações geográficas: Vale dos Vinhedos (Rio Grande do Sul – para vinhos tintos), Café do Cerrado ( Minas Gerais – para café), entre outros.

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Lei da Propriedade Industrial

Crimes contra a Propriedade Industrial

(artigos 183 a 210 da Lei nº 9.279/1996)

Alerta aos empresários e profissionais liberais que USAM MARCAS ALHEIAS QUE JÁ ESTÃO REGISTRADAS NO INPI.

Você não pode simplesmente criar uma marca ou “TENTAR” inventar algo e sair utilizando sem antes procurar saber se alguém já a utiliza.

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Lei da Propriedade Industrial

Portanto, muito cuidado, antes de utilizar ou divulgar uma marca, procure um profissional da área para evitar qualquer problema que possa lhe dar muitas dores de cabeça e prejuízos por ter de indenizar o titular da marca.

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Lei da Propriedade Industrial

Atualmente, os investidores reconhecem as marcas como o mais valioso ativo das empresas.

Dominar mercados é possuir marcas dominantes. Tais movimentos conduzem, e faz necessária, a conscientização de se ter uma real importância de uma efetiva proteção do direito das marcas.

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Lei da Propriedade Industrial

DOS CRIMES CONTRA AS PATENTESArt. 183. Comete crime contra patente de

invenção ou de modelo de utilidade quem:I - fabrica produto que seja objeto de patente deinvenção ou de modelo de utilidade, sem

autorização do titular; ouII - usa meio ou processo que seja objeto de

patente de invenção, sem autorização do titular.Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)

ano, ou multa.

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Lei da Propriedade Industrial

Art. 184. Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade quem:

I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, produto fabricado com violação de patente de invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado; ou

II - importa produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de utilidade ou obtido por meio ou processo patenteado no País, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

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Lei da Propriedade Industrial

DOS CRIMES CONTRA OS DESENHOS INDUSTRIAIS

Art. 187. Fabricar, sem autorização do titular, produto que incorpore desenho industrial registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão.

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,

ou multa.

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Lei da Propriedade Industrial

Art. 188. Comete crime contra registro de desenho industrial quem:

I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, objeto que incorpore ilicitamente desenho industrial registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão; ou

II - importa produto que incorpore desenho industrial registrado no País, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo diretamente pelo titular ou com seu consentimento.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

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Lei da Propriedade Industrial

DOS CRIMES CONTRA AS MARCASArt. 189. Comete crime contra registro de marcaquem:I - reproduz, sem autorização do titular, no todo

ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão; ou

II - altera marca registrada de outrem já aposta em produto colocado no mercado.

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,

ou multa.

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Lei da Propriedade Industrial

Art. 190. Comete crime contra registro de marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à venda, oculta ou tem em estoque:

I - produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em parte; ou

II - produto de sua indústria ou comércio, contido em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de outrem.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

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Finalização

Até a próxima aula !