direito eleitoral esquematizado, thales t. cerqueira 1ª edicao

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  • 1. DIREITOELEITORAL 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 1 26/04/2011 18:05:25
  • 2. Histrico da Obra 1a edio: fev./2011; 2. tir., maio/2011 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 2 26/04/2011 18:05:25
  • 3. DIREITOELEITORALTHALESTCITOCERQUEIRA CAMILAALBUQUERQUECERQUEIRA PEDRO LENZA C O O R D E N A D O R 2011 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 3 26/04/2011 18:05:25
  • 4. Filiais AMAZONAS/RONDNIA/RORAIMA/ACRE Rua Costa Azevedo, 56 Centro Fone: (92) 3633-4227 Fax: (92) 3633-4782 Manaus BAHIA/SERGIPE Rua Agripino Drea, 23 Brotas Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895 Fax: (71) 3381-0959 Salvador BAURU (SO PAULO) Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 Centro Fone: (14) 3234-5643 Fax: (14) 3234-7401 Bauru CEAR/PIAU/MARANHO Av. Filomeno Gomes, 670 Jacarecanga Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384 Fax: (85) 3238-1331 Fortaleza DISTRITO FEDERAL SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 Setor de Indstria e Abastecimento Fone: (61) 3344-2920 / 3344-2951 Fax: (61) 3344-1709 Braslia GOIS/TOCANTINS Av. Independncia, 5330 Setor Aeroporto Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806 Fax: (62) 3224-3016 Goinia MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO Rua 14 de Julho, 3148 Centro Fone: (67) 3382-3682 Fax: (67) 3382-0112 Campo Grande MINAS GERAIS Rua Alm Paraba, 449 Lagoinha Fone: (31) 3429-8300 Fax: (31) 3429-8310 Belo Horizonte PAR/AMAP Travessa Apinags, 186 Batista Campos Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038 Fax: (91) 3241-0499 Belm PARAN/SANTA CATARINA Rua Conselheiro Laurindo, 2895 Prado Velho Fone/Fax: (41) 3332-4894 Curitiba PERNAMBUCO/PARABA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS Rua Corredor do Bispo, 185 Boa Vista Fone: (81) 3421-4246 Fax: (81) 3421-4510 Recife RIBEIRO PRETO (SO PAULO) Av. Francisco Junqueira, 1255 Centro Fone: (16) 3610-5843 Fax: (16) 3610-8284 Ribeiro Preto RIO DE JANEIRO/ESPRITO SANTO Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 Vila Isabel Fone: (21) 2577-9494 Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 Rio de Janeiro RIO GRANDE DO SUL Av. A. J. Renner, 231 Farrapos Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567 Porto Alegre SO PAULO Av. Antrtica, 92 Barra Funda Fone: PABX (11) 3616-3666 So Paulo Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000 SACJUR: 0800 055 7688 De 2 a 6, das 8:30 s 19:30 [email protected] Acesse: www.saraivajur.com.br Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal. Data de fechamento da edio: 29-11-2010 Dvidas? Acesse www.saraivajur.com.br Diretor editorial Antonio Luiz de Toledo Pinto Diretor de produo editorial Luiz Roberto Curia Gerente de produo editorial Ligia Alves EditorJnatas Junqueira de Mello Assistente editorialSirlene Miranda de Sales Assistente de produo editorial Clarissa Boraschi Maria Preparao de originais, arte, diagramao e revisoKnow-how Editorial Servios editoriaisElaine Cristina da Silva Vinicius Asevedo Vieira Capa Aero Comunicao Produo grfica Marli Rampim Impresso Acabamento 125.371.001.002 ISBN 978-85-02-11981-9 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cerqueira, Thales Tcito Direito eleitoral esquematizado / Thales Tcito Cerqueira, Camila Albuquerque Cerqueira. So Paulo : Saraiva, 2011. Bibliografia. 1. Direito eleitoral Legislao Brasil I. Cerqueira, Camila Albuquerque. II. Ttulo. 10-04132 CDU-342.8(81) (094.56) ndice para catlogo sistemtico: 1. Brasil : Leis : Direito eleitoral 342.8(81)(094.56) 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 4 26/04/2011 18:05:25
  • 5. A Deus, pela existncia, e ao Esprito Santo, pela eterna proteo. Ao fruto de nosso amor. nossa famlia, pelo apoio espiritual, aos verdadeiros amigos, pela torcida, e aos copanheiros fiis, Mell e Ghudam. Acumule sabedoria, mas no dispense a claridade do amor. Enriquea-se de conhecimentos e de beleza, preservando a luz do discerni- mento para servir sempre, porque aquele que no vive para servir, ainda no aprendeu a viver. (Diretrizes para vida feliz, Marco Prisco/apstolo Divaldo Franco, p. 54). Envolvendo todos os leitores em vibraes de sade e harmonia, com gratido e afeto fraterno dos servidores em Jesus que os abraa, Fiquem com Deus, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pdua Cerqueira Thales Tcito Pontes Luz de Pdua Cerqueira 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 5 26/04/2011 18:05:25
  • 6. 6Nota dos autores 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 6 26/04/2011 18:05:25
  • 7. Homenagens especiais Dedicamos esta edio: Ao notvel mineiro de Pedra Azul, Exmo. Ministro Slvio de Figueiredo Teixeira,1 que projetou a Escola Judiciria Eleitoral no TSE, idealizou o projeto eleitor do futuro e, com seu carisma e cultura, deixou o universo jurdico eleitoral mais prximo de todos. Que Deus lhe retribua com muita sade. Aos ilustres mineiros, Carlos Veloso e Seplveda Pertence, que brilharam no TSE e STF, deixando legado fantstico, como a informatizao do processo eleito- ral, a possibilidade de biometria em futuras eleies, a comisso de notveis do TSE etc. Que Deus lhes retribua com muita felicidade na justa aposentadoria e refinada advocacia. Ao clebre representante do Rio Grande do Norte, o jurista Jos Delgado, que foi o gnio do STJ e TSE neste ltimo sodalcio, ao estabelecer julgados que cul- minaram na consolidao da Resoluo n. 22.715/2008 do TSE, mudando diversos paradigmas e criando a moralidade como condio de elegibilidade implcita no to- cante s prestaes de contas, o que motivou a rpida reao do Poder Legislativo (Lei n. 12.034/2009) ao chamado ativismo judicial, que estes autores denomina- ram Justia Eleitoral Substancial ou Corretiva, ou seja, que no fica adstrita formalidade do ato jurdico, e sim busca o seu real contedo ou substncia. Ao jurista e Ministro do STF e TSE, Marco Aurlio Mello, que, por meio de posies centradas, as quais tornaram-se indubitavelmente importantes, saindo da minoria para a maioria, mostrou seu valor, ao acreditar na fora proftica de seus votos e conhecimentos, revelando que a vida uma escalada, mas a vista bonita. Parabenizamos o Ministro Marco Aurlio por ter completado, no dia 13.06.2010, 20 anos de STF, desejando-lhe muita sade e f! Ao eficiente Ministro do TSE, Henrique Neves, que nos deu a honra do pref- cio, por toda sua tradio familiar cultural, didtica em palestras e votos consistentes no TSE, alm do grande ser humano detrs da toga, carismtico e atento a todos os semelhantes, dignificando a classe dos juristas no TSE. Ao erudito constitucionalista, Pedro Lenza, nossos sinceros agradecimentos pelo honroso convite para participar da sua coletnea Esquematizada, publica- da pela Editora Saraiva, em seu volume referente ao Direito Eleitoral; o objetivo 1 Ministro titular do Tribunal Superior Eleitoral de 03.04.2001 a 02.04.2003 e corregedor-geral da Justia Eleitoral de 13.03.2002 a 02.04.2003. Tambm foi suplente de 17.05.2000 a 02.04.2001. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 7 26/04/2011 18:05:25
  • 8. 8 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira principal o de auxiliar concursandos e profissionais recm-formados na doutrina eleitoral por meio de esquemas didticos, linguagem mais acessvel, comentrios pontuais, sucintos e objetivos nova Lei n. 12.034/2009, por exemplo, sem perder a profundidade, resultando em uma nica obra que consagrasse o custo-benefcio leia-se que velasse pelo pouco tempo para estudo e pela economia de recursos na aquisio das obras daqueles que possuem inmeras dificuldades na vida para ascender socialmente. Ao estimado Pedro, nosso orgulho de integrar tal projeto, que segue ao lado da obra comentada da minirreforma. Aos cultos colegas de seminrios, congressos, cursos, aulas e palestras eleitorais em todo Pas, representados pelos juristas Fernando Neves, Henrique Neves, Mrio Bonsaglia, Suzana de Camargo Gomes, Adriano Soares da Costa, Manoel Carlos de Almeida Neto, Olivar Coneglian, Olivar Augusto Roberti Coneglian, Armando Antonio Sobreiro Neto, Francisco Dirceu Barros e tantos outros de escol. Para ns, a dialtica e as divergncias doutrinrias jamais foram pontos de discrdia; pelo contrrio, uniram-nos no ideal maior de fraternidade e reflexes das posies de cada um, em um verdadeiro sarau jurdico eleitoral de amigos estimulantes. Os Autores 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 8 26/04/2011 18:05:25
  • 9. Apresentao Durante o ano de 1999, pensando, naquele primeiro momento, nos alunos que prestariam o exame da OAB, resolvemos criar um estudo que tivesse linguagem fcil e, ao mesmo tempo, contedo suficiente para as provas e concursos. Depois de muita dedicao, batizamos o trabalho de Direito constitucional esquematizado, na medida em que, em nosso sentir, surgia uma verdadeira e pio- neira metodologia, idealizada com base em nossa experincia dos vrios anos de magistrio, buscando sempre otimizar a preparao dos alunos, bem como atender s suas necessidades. A metodologia estava materializada nos seguintes pilares: esquematizado: verdadeiro mtodo de ensino, em que a parte terica apre- sentada de forma direta, em pargrafos curtos e em vrios itens e subitens. Por sua estrutura revolucionria, rapidamente ganhou a preferncia nacional, tor- nando-se indispensvel arma para os concursos da vida; superatualizado: com base na jurisprudncia do STF, Tribunais Superiores e na linha dos concursos pblicos de todo o Pas, o texto encontra-se em conso- nncia com as principais decises e as grandes tendncias da atualidade; linguagem clara: a exposio fcil e direta traz a sensao de que o autor est conversando com o leitor; palavras-chave (keywords): a utilizao do azul possibilita uma leitura pano- rmica da pgina, facilitando a recordao e a fixao do assunto. Normalmente, o destaque recai sobre o termo que o leitor grifaria com o seu marca-texto; formato: leitura mais dinmica e estimulante; recursos grficos: auxiliam o estudo e a memorizao dos principais temas; provas e concursos: ao final de cada captulo, o assunto ilustrado com a apresentao de questes de provas e concursos ou por ns elaboradas, facilitan- do a percepo das matrias mais cobradas, bem como a fixao do assunto e a checagem do aprendizado. Inicialmente publicado pela LTr, poca, em termos de metodologia, inovou o mercado editorial. A partir da 12 edio, passou a ser editado pela Saraiva, quando, ento, se tornou lder de vendas. Realmente, depois de tantos anos de aprimoramento, com a nova cara dada pela Editora Saraiva, no s em relao moderna diagramao mas tambm em razo do uso da cor azul, o trabalho passou a atingir tanto os candidatos ao Exame de Ordem quanto todos aqueles que enfrentam os concursos em geral, sejam da rea jurdica ou mesmo aqueles de nvel superior e mdio (rea fiscal), assim como os alunos de graduao e demais profissionais do direito. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 9 26/04/2011 18:05:26
  • 10. 10 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira Alis, parece que a professora Ada Pelegrini Grinover anteviu, naquele tempo, essa evoluo do Esquematizado. Em suas palavras, ditas em 1999, escrita numa linguagem clara e direta, a obra destina-se, declaradamente, aos candidatos s provas de concursos pblicos e aos alunos de graduao, e, por isso mesmo, aps cada ca- ptulo, o autor insere questes para aplicao da parte terica. Mas ser til tambm aos operadores do direito mais experientes, como fonte de consulta rpida e imediata, por oferecer grande nmero de informaes buscadas em diversos autores, apontando as posies predominantes na doutrina, sem eximir-se de criticar algumas delas e de trazer sua prpria contribuio. Da leitura amena surge um livro fcil, sem ser redu- cionista, mas que revela, ao contrrio, um grande poder de sntese, difcil de encontrar mesmo em obras de autores mais maduros, sobretudo no campo do direito. Atendendo ao apelo de vrios concurseiros do Brasil, resolvemos, com o apoio incondicional da Editora Saraiva, convidar professores e autores das princi- pais matrias dos concursos pblicos, tanto da rea jurdica como da rea fiscal, para lanar a Coleo Esquematizado. Metodologia pioneira, vitoriosa, consagrada, testada e aprovada. Professores com larga experincia na rea dos concursos pblicos. Estrutura, apoio, profissiona- lismo e know-how da Editora Saraiva: sem dvida, ingredientes suficientes para o sucesso da empreitada, especialmente na busca de novos elementos e ferramentas para ajudar os nossos ilustres concurseiros! Para o direito eleitoral, que passa a ser matria obrigatria em importantes concursos pblicos, tivemos a honra de contar com o trabalho criterioso de Thales Tcito e Camila Medeiros, que souberam, com maestria, aplicar a metodologia esquematizado vasta experincia profissional de cada um. Thales, reconhecido em mbito nacional, alm de professor e palestrante alta- mente requisitado, promotor de justia na rea eleitoral, tendo exercido o respei- tado cargo de Vice-Diretor da Escola Judiciria do TSE no ano de 2010. Camila, tambm com ampla atuao na rea eleitoral, completa a primazia des- te estudo, j que, alm de palestrante, como advogada, foi responsvel por impor- tante contraponto parte terica do trabalho. Conforme escreve o Ministro do TSE Henrique Neves da Silva, em prefcio a esta obra, esquematizar determinada matria no espelha uma mera simplificao de seu contedo. Vai alm. Significa ter a perfeita compreenso do tema, a capaci- dade de extrair os principais conceitos e o poder de apresent-los de forma lgica, identificando seus princpios e, ao mesmo tempo, as situaes especficas. Foi isso o que Thales e Camila conseguiram fazer, contribuindo para que o Direito Eleitoral seja divulgado e facilmente compreendido por todos. Concordo integralmente com o ilustre Ministro: os mritos so dos autores. O proveito de toda a sociedade. Assim, no temos dvida de que o presente trabalho contribuir para encurtar o caminho do meu ilustre e guerreiro concurseiro na busca do sonho dourado! Sucesso a todos! Esperamos que a Coleo Esquematizado cumpra o seu papel. Novamente, em constante parceria, estamos juntos e aguardamos qualquer crtica ou sugesto. Pedro Lenza ([email protected]) 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 10 26/04/2011 18:05:26
  • 11. prefcio O dinamismo dos autores invejvel. Esta obra mais uma prova da rpida ca pacidade de produo e da cotidiana dedicao ao Direito Eleitoral. Ao prefaciar o Direito eleitoral esquematizado, sinto uma tripla alegria. Primeiro, pelas gentis pa lavras que os autores me dedicam. Depois, pela imerecida honra de poder escrever estas poucas palavras. E, principalmente, porque a comunidade jurdica ganha mais uma valiosa ferramenta. O Direito Eleitoral marcado pelo princpio da celeridade. As eleies possuem data certa, os prazos so curtssimos, os perodos de mandato so fixos. O processo eleitoral exige, de todos, aes rpidas. Os que pretendem prestar concursos tam- bm vivem igual presso. Da a importncia deste trabalho que, por sua amplitude, possibilita fcil compreenso do emaranhando de normas que compem a legislao eleitoral. Alm da Constituio da Repblica linha mestra do Direito Eleitoral , a Lei das Inelegibilidades, a Lei das Eleies, a Lei dos Partidos Polticos e o Cdigo Eleitoral (editado na vigncia da Constituio de 1946) formam um complexo siste- ma legal. Em todas essas leis, possvel identificar normas de direito material e de direito processual. Determinado fato, dependendo do rito processual escolhido e da norma aplicada, poder ser enquadrado como um ilcito eleitoral, um abuso eleitoral ou um crime eleitoral. Entretanto, a Justia Eleitoral brasileira apresenta caractersticas prprias que a diferem dos demais ramos do judicirio. Ao mesmo tempo em que ela o rgo que exerce a jurisdio eleitoral, apreciando as lides que surgem nas eleies, tambm lhe cabe a administrao das eleies, quando cumpre tarefas de natureza essencial- mente administrativa eleitoral. Os juzes que a compem provm de outros ramos do judicirio ou da advocacia e no so vitalcios na funo eleitoral. Na forma da Constituio, os juzes dos Tribunais Eleitorais servem por dois anos, no mnimo, e nunca por mais de dois binios consecutivos. A composio ecltica dos tribunais e a constante alternncia de seus mem- bros so salutares democracia. Em nada contribuiria a concentrao permanente do poder eleitoral em um mesmo e constante grupo de juzes. A mudana cclica dos quadros nos Tribunais oxigena o debate de novas teses e interpretaes. As normas que, como ensinam os mestres, valem em razo da realidade em que se inserem adquirem novos sentidos ou significados, mesmo quando mantidas inalteradas em suas estruturas formais. No so raros, no Direito Eleitoral, entendimentos supera- dos que so posteriormente restabelecidos. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 11 26/04/2011 18:05:26
  • 12. 12 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira A isso deve ser somado o aparente retorno velha praxe de serem editados, a cada eleio, novos dispositivos legais. No se utiliza mais a antiga tcnica de editar uma lei eleitoral especfica para cada pleito. Agora, passamos pelo perodo das cha- madas minirreformas, que so, quase sempre, aprovadas s pressas. Diante de todas essas peculiaridades, a compreenso da legislao eleitoral e o conhecimento atualizado das leis so tarefas que, a cada dia, se mostram mais r duas. Essas dificuldades, porm, no desmotivaram os autores. Com os mritos do representante do Ministrio Pblico e a crtica centrada da advogada, os autores professores que conhecem profundamente a matria enfrentaram os enigmas do Direito Eleitoral. Nunca demais lembrar que esquematizar determinada matria no espelha uma mera simplificao de seu contedo. Vai alm. Significa ter a perfeita com preenso do tema, a capacidade de extrair os principais conceitos e o poder de apre- sent-los de forma lgica, identificando seus princpios e, ao mesmo tempo, as situa es especficas. Foi isso o que Thales e Camila conseguiram fazer, contribuindo para que o Di- reito Eleitoral seja divulgado e facilmente compreendido por todos. Os mritos so dos autores. O proveito de toda a sociedade. Henrique Neves da Silva Advogado e Ministro Substituto do Tribunal Superior Eleitoral 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 12 26/04/2011 18:05:26
  • 13. Nota dos Autores Nesta edio, jubilosos com a Editora Saraiva e com o prestimoso auxlio da es- posa e coautora, advogada especializada em Direito Eleitoral, comentamos todos os novos dispositivos da Lei n. 12.034/2009, a segunda minirreforma eleitoral, em um modelo esquematizado, ou seja, segundo a coleo do jurista Pedro Lenza, publi- cada pela mesma editora, para uma viso sistematizada de todo o Direito Eleitoral, alm da LC n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), no captulo sobre Inelegibilidades. A finalidade da coleo esquematizada, devidamente autorizada e credenciada pelo coordenador, foi exatamente facilitar a compreenso de diversos segmentos do Direito, cabendo-nos a misso de evangelizar o Direito Eleitoral por meio de uma linguagem didtica e uma estrutura cromtica capazes de tornar a leitura dinmica e fluida, alm de disponibilizar questes mais profundas ou mais utilizadas nos certa- mes ou provas de faculdades. Assim, iniciamos pelo estudo dos princpios de Direito Eleitoral. Em segui- da, iremos juntos conhecer a estrutura da Justia Eleitoral, para alcanarmos o conceito de Direito Eleitoral e de outros importantes institutos, como a poltica e a democracia, inclusive na viso de Lincoln (of the people, for the people e by people). Tambm estudaremos profundamente os direitos polticos positivos e negativos, versando sobre as condies de elegibilidade explcitas e implcitas, a polmica pos- sibilidade de atividade poltico-eleitoral de membro do Ministrio Pblico (os casos Capez e Carlos Sampaio), a nova Filiaweb, a distino entre inelegibilidade e suspenso dos direitos polticos, o gnero sufrgio e as espcies compra de voto e compra de absteno. No captulo seguinte, decifraremos os sistemas eleitorais (majoritrio, proporcional de lista aberta, lista fechada inflexvel e flexvel, distrital puro e misto, bem como o indito distrito e mdia magnitude), alm de exercitar as frmulas do quociente eleitoral, partidrio e das sobras eleitorais. O captulo mais difcil da obra, sem dvida, o referente s nulidades eleitorais, que traz a recen- tssima posio do TSE sobre a aplicao do art. 224 do CE nas eleies e em que tipo de aes eleitorais (Cta n. 1.657/2008-PI). Em seguida, buscamos facilitar o entendimento do sistema eletrnico de votao, com a vinda da urna eletrnica, inclusive com o regresso da impresso cvica de voto (Lei n. 12.034/2009), medida prevista para as eleies de 2014. Tambm destacamos os partidos polticos e todas as suas principais caracte- rsticas, alm de temas essenciais como fidelidade partidria, o fim da verticalizao das coligaes, clusula de barreira e destaque total para o sistema de registro de candidaturas (como calcular o nmero de parlamentares brasileiros, reserva de sexo 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 13 26/04/2011 18:05:26
  • 14. 14 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira e raa, clculo de cadeiras etc). Em seguida, distinguimos domiclio e transferncia eleitoral. Cuidamos ainda do principal captulo da obra, qual seja, pesquisas e pro- paganda eleitoral, tema quase totalmente modificado pela Lei n. 12.034/2009, so- bretudo no que diz respeito internet, ao papel da imprensa, questo da censura, ao direito de resposta etc. As condutas vedadas tambm foram objeto de preocupao: arts. 73 (condutas vedadas genricas2 ) e 74 a 77 (condutas vedadas especiais3 ) da Lei Eleitoral. Aps, seguimos com as inelegibilidades brasileiras, com destaque para a posio do TSE diante do instituto da reeleio, inelegibilidade reflexa ou por paren- tesco etc. Tambm atualizamos o captulo sobre inelegibilidades com as mudanas da LC n. 64/90 pela LC n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa). Por fim, demos total n- fase ao estudo dos recursos eleitorais, incluindo remdios constitucionais como HC e mandado de segurana (atualizados conforme a Lei n. 12.016/2009), com o nico propsito de facilitar o manuseio de um dos temas mais indecifrveis da seara eleito- ral, responsvel por perecimento de direito dos que no so especialistas no assunto. E, finalmente, tratamos do processo penal eleitoral, em que abordamos o novo rito dos crimes eleitorais com a Lei n. 11.719/2008, alm de diversas dicas para concursos pblicos, foro pela prerrogativa de funo, smulas do STF/STJ etc. Portanto, a partir do momento em que o concurseiro apreender todos os institu tos do Direito Eleitoral presentes nesta obra, conseguir, depois, alar voos mais distantes por meio da obra Reformas Eleitorais Comentadas Lei n. 12.034/2009 e LC n. 135/2010, destes autores, inclusive aprofundando-se no estudo das aes eleitorais, na Lei de Captao de Sufrgio (art. 41-A), dos gastos ilcitos de campa- nha (art. 30-A da Lei n. 9.504/97), do financiamento de campanhas, da compensao fiscal e fundo partidrio, entre outros temas. Aos leitores, fonte final do dilogo, encontra-se aberto o espao a crticas e su- gestes, com o escopo nico de fortalecer o sistema jurdico eleitoral e minimizar as dificuldades existentes para se estabelecer um livro prtico, operante e que centralize todo o contedo necessrio para o curso de Direito os concursos pblicos e a prpria profisso escolhida. Assim, aos leitores, a gratido dos autores desta obra (Direito Eleitoral Esque- matizado), em sintonia com Reformas Eleitorais Comentadas, pela fidelidade (no partidria, mas doutrinria!). E, para aqueles que esto desanimados ou pensam em desistir dos sonhos, lem- bramos que, por mais dificuldades que seu caminho tenha, sempre importante pen- sar que Tudo posso Naquele que me fortalece,4 destacando a seguinte mensagem do professor Thales Tcito: Senhor, ensina-nos a orar.... Durante mais de 12 anos lecionando em faculdades e cursos preparatrios na esfera federal e estadual, deparei-me com muitos alunos em completo desespero ao se preparar para um concurso pblico. Quando me formei, em 1996, na Faculdade de 2 Neologismo destes autores. 3 Neologismo destes autores. 4 Filipenses 4:13. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 14 26/04/2011 18:05:26
  • 15. 15Nota dos autores Direito de Bauru/SP (Instituio Toledo de Ensino), confesso que tambm cheguei a duvidar de minha f: Ser que eu passaria no concurso?, Ser que essa era a von- tade de Deus?. Eu era um desses homens de pouca f... Lembro-me tambm de um colega, preparado, culto, mas que no conseguia su perar o concurso pblico, por vezes, esbarrando na primeira fase, na fase oral ou mesmo na segunda fase. Desde a nossa formatura, em 1996, os anos foram muito difceis para meu amigo. Parece que no havia esperana em passar nos exames: adoecia facilmente, ficava abalado a cada encontro com um colega na rua, bem como desanimava de alimentar-se e de ter os momentos indispensveis de lazer. Mesmo as infindveis noites de orao pareciam nada adiantar. Muitos anos depois, tive a oportunidade de encontr-lo. Estava mudado. No tinha a aflio no rosto como de costume. Perguntei o que havia feito para combater o seu estado ansioso e a presso psicolgica de passar logo no concurso. Disse-me que, em orao, elevou seu corao a Deus. Retomou sua religio e passou a dar mais valor ao que lhe cercava, como a famlia, sua namorada e as oraes; assim, passou a estudar diariamente, sem aquele desespero que durante anos lhe pressionou. E, com isso, lembrei-me da parbola do juiz inquo, tambm conhecida como parbola da viva importuna (Lucas 18:1-8): Disse-lhes Jesus uma parbola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer. Havia em certa cidade um juiz que no temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia tambm, naquela mesma cidade, uma viva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversrio. Ele, por algum tempo, no a quis atender... Essa histria pareceu-me familiar, quando lembrava de meu grande amigo. A viva da parbola certamente sentiu que seu caso era sem esperana. Como deve ter sido frustrante levar uma causa justa diante de um juiz que no amava a justia e tampouco tinha temor a Deus. Assim, pensando no Deus a quem oramos, percebere- mos o contraste com o juiz da parbola. Vamos retomar a sua leitura: ... mas, depois, disse consigo: Bem que eu no temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viva me importuna, julgarei a sua causa, para no suceder que, por fim, venha a molestar-me. Assim, devemos ponderar o resultado do repetido pedido de justia dessa viva. O juiz foi convencido, no por uma deciso de corrigir seus atos, de buscar a sua ver- dadeira essncia e a nobreza de seu cargo. Ele, certamente, sabia que a causa da viva era justa. Entretanto, foi a persistncia da viva que o levou a render-se a seus rogos. Persistncia talvez esta seja a chave de uma orao eficaz. Ento, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz inquo. No far Deus justia aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora parea demorado em defend-los? 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 15 26/04/2011 18:05:26
  • 16. 16 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira A concluso decerto parece razovel. Precisamos ler frequentemente passagens das Escrituras, buscar boas aes no nosso cotidiano e ressaltar a natureza justa de Deus. Se o juiz injusto fez justia a algum com quem no se preocupava, ento um Deus justo com mais certeza atenderia s oraes de seus escolhidos! Isso ser ver- dadeiro, sobretudo no caso daqueles que persistentemente elevam seus coraes a Deus em orao, noite e dia! E devemos concluir sobre esta parbola: Digo-vos que, depressa, lhes far justia. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achar, porventura, f na terra? Parece que so poucos aqueles que tm completa confiana no Deus que decla- ram servir. nosso dever considerar a profundidade da nossa prpria f. Ser que nosso nvel de confiana agrada a Deus? Teremos colocado completamente a nossa situao nas mos de Deus? Lembremos, ento, das palavras do apstolo Pedro (1 Pedro 5:6-7): Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mo de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lanando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vs. E confiemos em Deus como nunca antes para que, se o Senhor retornar nesse dia, encontre a f renovada de um dos seus eleitos. Ento, oremos diariamente: Senhor, por favor, perdoa-me por duvidar do valor da orao persistente. Eu sei que tu me sondas... (Salmo 139). Eu continuarei a orar fervorosamente para que Tua vontade seja cumprida em nossas vidas. Se for Sua vontade de fazer-me instrumento de melhoria da sociedade que me cerca, por meio do concurso pblico, me d foras... Em nome de Jesus. Amm. Certo dia, em um sopro do Esprito Santo, recebemos um telefonema de Pedro Lenza, convidando-nos, Camila e eu, a escrever o volume referente ao Direito Eleito- ral, uma obra esquematizada para sua nova coleo, pois precisava ampliar a proposta didtica de sua obra para outros ramos do Direito. Assim, nasceu o Direito Eleitoral Esquematizado, em uma linguagem acessvel e objetiva, de forma a facilitar o entendimento da matria tcnica e responsvel pelos destinos de milhares de seres humanos, uma vez que a eleio a porta de entrada de bons ou maus polticos. Em especial, minha homenagem aos meus queridos alunos, fonte de apoio e reno- vao neste mundo to materialista, motivo pelo qual convido a todos a rezarem em busca de seus objetivos: Jesus, meu Senhor, eis que me atrevi a abrir os evangelhos e a ler aos meus irmos pecadores e para mim, que tambm sou um pecador, a palavra da Tua boca e a mensa- gem da Tua dor. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 16 26/04/2011 18:05:26
  • 17. 17Nota dos autores Atrevi-me a tanto porque procurava um caminho, para minha conscincia e para minha vida. Queria que outros percebessem o quanto s vivo, o quanto s real, o quanto s infinita- mente consolador. Queria que outros sentissem a Tua presena neste mundo que pensa que novo, mas que to velho no seu materialismo sem piedade, ao passo que Tu Te renovas a cada dia, no Teu imenso amor e no Teu generoso perdo. Neste mundo que se perde no emaranhado do progresso tecnolgico, sem saber evitar que as prprias mquinas que deveriam libertar o homem no sirvam seno para escra- viz-lo, ests diante de ns, e ns no sabemos o que fazer Contigo: se seremos como Judas, que Te entregou com um beijo, por 30 dinheiros; como Pedro que Te negou 3 vezes; como Anais que Te levou a Pilatos, como Pilatos que lavou as mos ou como Simo Sirineu, que Te ajudou a carregar a cruz. E porque no sabemos o que fazer Contigo, Tu gemes, como se nunca tivesse ouvido um Sermo da Montanha, como se nunca uma Virgem Maria tivesse chorado lgrima de sangue cada por terra ao p de uma cruz. Senhor, se algum merecimento tiver diante dos Teus olhos, este meu mpeto rude de chamar a outrem para perto de Ti, permite que eu me atreva mais ainda e pea. Pea no para mim, que sou pequenino e mau, mas para o meu Pas que grande, para o meu povo que bom e sofredor. Senhor, no permitas que essa minha terra se torne forte pelo sacrifcio dos fracos, mas com o progresso alcancemos a Justia e com a cincia alcancemos a solidariedade, por- que toda Roma tem o seu declnio, toda Babilnia tem a sua queda, mas o amor e a verdade que ensinaste desafiam os sculos e ficam sempre de p. Senhor, que vieste ao mundo no estbulo, aquecido apenas pelo calor dos animais do campo e que morreste crucificado ante os olhos ardentes da Tua Virgem Me. Senhor, enxuga as lgrimas de todas as mes brasileiras e para cada menino pobre que nasce, a que os andrajos que lhes ponte uma aurora de esperana, que brilhe uma estrela no Cu Senhor. Amm. (Chico Anysio, A vida e a paixo de Jesus Cristo) Ah! Quanto ao meu amigo, mencionado anteriormente nesta nota, hoje um dos melhores juzes da Magistratura do Paran. O motivo? Sem dvida: Tudo posso Naquele que me fortalece. Deus seja louvado! MERC. Continuem lutando, no desistam, pois o importante a caminhada, e no o destino final! Sade e paz! Fiquem com Deus. Os Autores 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 17 26/04/2011 18:05:26
  • 18. 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 18 26/04/2011 18:05:26
  • 19. Lista de Abreviaturas e Siglas ABRAMPPEAssociao Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais ADCTAto das Disposies Constitucionais Transitrias ADI ou ADInAo Direta de Inconstitucionalidade AIJEAo de Investigao Judicial Eleitoral AIMEAo de Impugnao de Mandato Eletivo AIRCAo de Impugnao de Registro de Candidatura AMBAssociao dos Magistrados Brasileiros APAo Penal CAOCentro de Apoio Operacional CCJComisso de Constituio, Justia e Cidadania CDCCdigo de Defesa do Consumidor CECdigo Eleitoral Cf.Conferir CFConstituio da Repblica Federativa do Brasil CLTConsolidao das Leis do Trabalho CNBBConferncia Nacional dos Bispos do Brasil CNMPConselho Nacional do Ministrio Pblico CONAMPAssociao Nacional dos Membros do Ministrio Pblico CPCdigo Penal CPFCadastro de Pessoas Fsicas CPCCdigo de Processo Civil CPIComisso Parlamentar de Inqurito CPPCdigo de Processo Penal CTBCdigo de Trnsito Brasileiro DJUDirio da Justia da Unio DLDecreto-Lei DOUDirio Oficial da Unio ECEmenda Constitucional EUAEstados Unidos da Amrica EXMO.Excelentssimo FMIFundo Monetrio Internacional HCHabeas Corpus 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 19 26/04/2011 18:05:26
  • 20. 20 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira LCLei Complementar LCPLei das Contravenes Penais LICCLei de Introduo ao Cdigo Civil Brasileiro LSNLei de Segurana Nacional MPMinistrio Pblico MPFMinistrio Pblico Federal MSMedida de Segurana NCCNovo Cdigo Civil OABOrdem dos Advogados do Brasil PECProposta de Emenda Constitucional PGEProcurador-Geral Eleitoral PGJProcurador-Geral de Justia PGRProcurador-Geral da Repblica PLCProjeto de Lei da Cmara PLSProjeto de Lei do Senado PREProcurador Regional Eleitoral PRRProcurador Regional da Repblica RCDRecurso Contra a Diplomao REspeRecurso Especial Eleitoral REFISPrograma de Recuperao Fiscal RESResoluo RGRegistro Geral STFSupremo Tribunal Federal TJMGTribunal de Justia de Minas Gerais TRETribunal Regional Eleitoral TRFTribunal Regional Federal TSETribunal Superior Eleitoral ZEZona Eleitoral 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 20 26/04/2011 18:05:26
  • 21. sumrio 1. PRINCPIOS DO DIREITO ELEITORAL........................................................................... 31 1. Diferena entre postulados, princpios e regras eleitorais.................................................... 31 1.1. Princpios informativos e princpios fundamentais..................................................... 32 2. Dos Princpios Eleitorais...................................................................................................... 32 2.1. Princpio da anualidade eleitoral................................................................................. 32 2.2. Princpio da vedao da restrio de direitos polticos, ou da atipicidade eleitoral, ou da estrita legalidade eleitoral.................................................................................. 35 2.3. Princpio do devido processo legal (art. 5, LIV, da CF/88)....................................... 36 2.4. Princpio da proporcionalidade, ou da razoabilidade, ou da proibio do excesso..... 37 2.5. Princpio do contraditrio (art. 5, LV, da CF/88)....................................................... 39 2.6. Princpio da imparcialidade do juiz............................................................................. 41 2.7. Princpio da isonomia.................................................................................................. 42 2.8. Princpio dispositivo.................................................................................................... 43 2.9. Princpio do impulso oficial......................................................................................... 43 2.10. Princpio da oralidade.................................................................................................. 43 2.11. Princpio da publicidade.............................................................................................. 44 2.12. Princpio da lealdade processual................................................................................. 44 2.13. Princpio da economia processual princpio da instrumentalidade das formas e a derivao excluso do excesso............................................................................ 45 2.14. Princpio da precluso................................................................................................. 46 2.15. Princpio da celeridade processual.............................................................................. 46 2.16. Princpio da identidade fsica do juiz.......................................................................... 47 3. Questes............................................................................................................................... 48 2. A JUSTIA ELEITORAL...................................................................................................... 51 1. A Viso Global..................................................................................................................... 51 2. A Composio da Justia Eleitoral....................................................................................... 57 3. Questes............................................................................................................................... 60 3. DIREITO ELEITORAL Conceito, Classificaes E Eleies No Brasil..................................................................................................................................... 67 1. Conceito............................................................................................................................... 67 1.1. Fontes do Direito Eleitoral.......................................................................................... 68 2. Classificaes....................................................................................................................... 69 2.1. Democracia.................................................................................................................. 69 2.1.1. Espcies.......................................................................................................... 71 2.1.2. A democracia e a vedao material implcita ao poder constituinte derivado reformador...................................................................................................... 72 2.1.2.1. No sentido corriqueiro ou vulgar..................................................... 72 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 21 26/04/2011 18:05:26
  • 22. 22 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira 2.1.2.2. No sentido sistemtico..................................................................... 73 2.1.2.3. No sentido principiolgico.............................................................. 73 2.2. Soberania Popular........................................................................................................ 75 2.2.1. Plebiscito e referendo...................................................................................... 76 2.2.1.1. Caractersticas.................................................................................. 76 2.2.2. Iniciativa Popular............................................................................................ 77 3. Eleies no Brasil................................................................................................................. 77 4. Questes............................................................................................................................... 82 4. DIREITOS POLTICOS POSITIVOS E NEGATIVOS Sistema Poltico Brasileiro........................................................................................................................... 85 1. Direitos Polticos.................................................................................................................. 85 1.1. Conceito e noes........................................................................................................ 85 1.1.1. O alistamento.................................................................................................. 85 1.1.2. Cancelamento da inscrio eleitoral .............................................................. 90 1.1.3. Condies de elegibilidade............................................................................. 94 1.1.4. Filiao partidria........................................................................................... 101 1.1.5. Filiaes especiais........................................................................................... 102 1.1.5.1. O militar........................................................................................... 102 1.1.5.2. O membro do Ministrio Pblico aps EC n. 45/2004 (aps 31.12.2004).................................................................................................. 103 1.1.5.3. Depois da CF/88 at 30.12.2004...................................................... 105 1.1.5.4. Leading Case................................................................................... 105 1.1.5.5. A partir de 31.12.2004 (EC n. 45/2004 Reforma do Judicirio). 106 1.1.5.6. Filiao de magistrado e membro de Tribunais de Contas.............. 107 1.1.6. Inelegibilidade................................................................................................ 107 1.1.6.1. Quadro para concurso...................................................................... 109 1.1.7. Desincompatibilizao.................................................................................... 110 2. Direitos polticos positivos................................................................................................... 110 2.1. Conceito....................................................................................................................... 110 2.2. Sufrgio....................................................................................................................... 111 2.2.1. Formas de sufrgio.......................................................................................... 112 2.3. Requisitos para ser eleitor........................................................................................... 123 2.4. Voto............................................................................................................................. 123 2.5. Sistemas eleitorais....................................................................................................... 124 2.6. Escrutnio..................................................................................................................... 125 2.7. Partidos polticos e coligao...................................................................................... 125 2.8. Nulidade dos votos e das eleies............................................................................... 125 2.9. Direitos polticos negativos......................................................................................... 126 2.9.1. Conceito.......................................................................................................... 126 2.9.2. Princpio.......................................................................................................... 126 2.9.3. Suspenso e perda dos direitos polticos......................................................... 126 2.9.4. Reaquisio dos direitos polticos................................................................... 130 2.9.5. Sntese para concurso pblico de suspenso e perda de direitos polticos..... 131 2.10. Sistema Poltico........................................................................................................... 132 2.11. Viso geral para concurso........................................................................................... 135 3. Questes............................................................................................................................... 137 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 22 26/04/2011 18:05:26
  • 23. 23Sumrio 5. SISTEMAS ELEITORAIS...................................................................................................... 141 1. Sistemas Eleitorais............................................................................................................... 141 1.1. Conceito e espcies...................................................................................................... 141 1.1.1. Sistema majoritrio......................................................................................... 141 1.1.1.1. Candidato nico............................................................................... 143 1.1.2. Sistema proporcional e o coeficiente eleitoral................................................ 147 1.1.3. Distritos de mdia magnitude......................................................................... 167 1.1.4. Sistema distrital misto..................................................................................... 169 1.1.5. Sntese para concursos.................................................................................... 171 1.1.5.1. Sistemas eleitorais........................................................................... 171 1.1.5.2. Do voto distrital............................................................................... 171 1.1.6. Sntese sobre sistemas eleitorais..................................................................... 173 1.1.7. Sistema proporcional de lista fechada............................................................. 174 1.1.8. Atualizao com as eleies de 2010.............................................................. 175 2. Questes............................................................................................................................... 186 6. NULIDADES DOS VOTOS E DA ELEIO....................................................................... 193 1. Nulidades dos Votos e da Eleio PARTE I................................................................... 193 1.1. Atos nulos, inexistentes e anulveis distines...................................................... 193 2. Nulidades dos Votos e da Eleio PARTE II.................................................................. 198 3. Nulidade e art. 224 do Cdigo Eleitoral Consulta n. 1.657/PI Eleies 2008........... 200 4. Nulidade das Sees Eleitorais............................................................................................ 204 5. Nulidades Eleitorais e o art. 219 do Cdigo Eleitoral.......................................................... 206 6. Nulidades Eleitorais e os arts. 221 e 222 do Cdigo Eleitoral............................................. 207 7. Resumo para Concursos Votos Nulos e Anulveis......................................................... 208 8. A Problemtica das Nulidades Eleitorais e o art. 41-A da Lei n. 9.504/97.......................... 210 8.1. Art. 41-A da Lei n. 9.504/97 e nulidade de votos....................................................... 210 8.2. A nulidade no art. 41-A da Lei n. 9.504/97 e possibilidade de o candidato que deu causa concorrer na nova eleio.................................................................................. 213 8.3. A nulidade, o art. 41-A da Lei n. 9.504/97 e a teoria do fruto da rvore envenenada fruits of the poisonous tree doctrine....................................................................... 213 8.4. Nulidade decorrente de compra de votos (art. 41-A da Lei n. 9.504/97) em eleies proporcionais............................................................................................................... 215 8.5. Nulificao de votos (votos apolticos) e diferena de nulidade da eleio................ 216 8.6. Recursos das decises das Juntas Eleitorais................................................................ 217 9. Nulidade de Votos no Sistema Proporcional com a Lei da Ficha Limpa: diferena entre fase da AIRC (Registro de Candidatura) e a fase da AIME/RCD (aps as eleies).......... 218 10.Questes............................................................................................................................... 222 7. SISTEMA ELETRNICO eleies com a Urna Eletrnica: Votao e Apurao Foto do vice na urna................................................................... 225 1. Histrico............................................................................................................................... 225 2. Eleies com a Urna Eletrnica. Votao e Apurao. Regras............................................ 229 2.1. Votao........................................................................................................................ 231 2.2. Votao paralela.......................................................................................................... 258 2.3. Apurao...................................................................................................................... 263 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 23 26/04/2011 18:05:26
  • 24. 24 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira 3. A Proibio da Utilizao de Simuladores de Urnas Eletrnicas como Veculo para Propaganda Eleitoral............................................................................................................ 269 4. Foto do Vice na Urna e Litisconsrcio................................................................................. 269 5. Questes............................................................................................................................... 271 8. PARTIDOS POLTICOS E COLIGAES Filiao, Conveno Partidria e Registro de Candidatura. Verticalizao das Coligaes, Clusula de Barreira e Fidelidade Partidria............ 275 1. Partidos Polticos e Coligaes............................................................................................ 275 1.1. Sistema constitucional brasileiro pluripartidarismo............................................... 277 1.2. Exigncias para se criar um partido poltico............................................................... 278 1.2.1. Criao............................................................................................................ 278 1.2.2. Apoio mnimo de eleitores.............................................................................. 278 1.2.3. Registro do estatuto do partido no TSE.......................................................... 279 1.3. Filiao partidria duplicidade e triplicidade e coligao................................. 279 1.3.1. Filiao............................................................................................................ 279 1.3.2. Duplicidade e triplicidade de filiao............................................................. 281 1.3.3. Triplicidade de filiaes.................................................................................. 283 1.3.4. Fim da candidatura nata.................................................................................. 284 1.3.5. Coligao partidria........................................................................................ 284 1.4. Conveno partidria e registro de candidatura.......................................................... 290 1.4.1. Conveno partidria...................................................................................... 290 1.4.2. Registro de candidatura.................................................................................. 296 1.4.2.1. Viso geral....................................................................................... 296 1.4.2.2. Registro. Especificidades................................................................. 299 1.4.2.3. Teoria da conta e risco e teoria dos votos engavetados................... 301 1.4.2.4. O que fez a Lei n. 12.034/2009?...................................................... 303 1.4.2.5. Nmero de candidatos a serem lanados por partido ou coligao. 303 1.4.2.6. Deputados Federais.......................................................................... 307 1.4.2.7. Deputados Estaduais........................................................................ 308 1.4.2.8. Vereadores....................................................................................... 310 1.4.2.8.1. Mudana de Vereadores no Brasil............................................. 313 1.4.3. Registro de candidaturas e o princpio da preservao................................... 319 1.4.3.1. Registro de candidatura do militar................................................... 320 1.4.4. Doaes ocultas art. 23, 2, da Lei n. 9.504/97 c/c art. 39, 5, da Lei n. 9.096/95...................................................................................................... 320 1.4.4.1. Doao pela internet na campanha eleitoral art. 23, 2, Lei n. 9.504/97................................................................................................... 328 2. Verticalizao das Coligaes.............................................................................................. 330 2.1. Vantagens da verticalizao........................................................................................ 336 3. Clusula de Barreira ou Desempenho.................................................................................. 338 3.1. Conceito....................................................................................................................... 338 3.2. Clusula de barreira e o plano de funcionamento parlamentar do partido poltico. 338 3.3. Diferena entre a clusula de barreira ou desempenho e a clusula de bloqueio ou excluso....................................................................................................................... 339 3.4. A clusula de barreira e o perodo de transio........................................................... 340 3.5. Tribunal Superior Eleitoral e as trs interpretaes sobre a clusula de barreira nas eleies de 2006.......................................................................................................... 340 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 24 26/04/2011 18:05:26
  • 25. 25Sumrio 3.6. STF e a declarao de inconstitucionalidade da clusula de barreira ou desempenho rgida.......................................................................................................................... 342 3.7. Inconstitucionalidade do art. 13 da Lei n. 9.096/95 e outros artigos por arrastamento ou critrio da consequncia...................................................................................... 342 3.8. Interpretao da deciso do STF sobre o tema............................................................ 344 3.9. O que o TSE decidiu para distribuio do Fundo Partidrio em 2007?...................... 346 3.10. A reao do Legislativo Lei n. 11.459, de 21.03.2007........................................... 347 3.11. E, por fim, como ficou o tempo gratuito de propaganda partidria com a nova deciso do TSE?.......................................................................................................... 348 3.12. Concluso.................................................................................................................... 348 4. Fidelidade Partidria ........................................................................................................... 350 4.1. Conceito....................................................................................................................... 350 4.2. Instrumentos jurdico-administrativos (no prprio Legislativo) e cvel-eleitoral (na Justia Eleitoral) para perda do mandato por infidelidade partidria (Resoluo n. 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral).......................................................... 352 4.2.1. Instrumentos jurdicos administrativos possveis........................................... 352 4.2.2. Competncia nas duas aes administrativas eleitorais.................................. 354 4.2.3. Do rito e representao adequados................................................................. 355 4.2.4. Requisitos da inicial sob pena de inpcia....................................................... 355 4.2.4.1. Endereamento da petio inicial (competncia)............................ 360 4.2.4.2. Recurso em procedimento de infidelidade partidria...................... 364 4.3. No dia 01.08.2007, o TSE vai alm e decide que mudana de partido, ainda que dentro da mesma coligao, tambm acarreta a perda do mandato ........................... 365 4.4. A Consulta n. 1.407 do Tribunal Superior Eleitoral e a extenso da Consulta n. 1.398 para eleies majoritrias.............................................................................. 367 4.5. Concluses de grande interesse................................................................................... 368 4.5.1. Capacidade postulatria.................................................................................. 368 4.5.2. Contraditrio e ampla defesa.......................................................................... 368 4.5.3. Razovel durao do processo........................................................................ 369 5. Questes............................................................................................................................... 369 9. DOMICLIO ELEITORAL E TRANSFERNCIA DE DOMICLIO .............................. 371 1. Noes.................................................................................................................................. 371 1.1. Domiclio eleitoral....................................................................................................... 371 1.2. Transferncia de domiclio eleitoral............................................................................ 372 1.3. Diferenciao: domiclio x transferncia eleitoral...................................................... 373 1.3.1. No seu sentido corriqueiro ou vulgar.............................................................. 376 1.3.2. No sentido sistemtico.................................................................................... 376 1.3.3. No sentido principiolgico.............................................................................. 377 1.4. Como requerer alistamento ou transferncia de domiclio eleitoral............................ 379 2. Questo................................................................................................................................. 380 10.PESQUISAS E PROPAGANDA ELEITORAL.................................................................... 383 1. Pesquisa Eleitoral................................................................................................................. 383 1.1. Viso geral pesquisas e sondagens......................................................................... 383 1.2. Natureza jurdica da multa prevista no 4 do art. 33 da Lei n. 9.504/97.................. 391 1.3. Diferena de pesquisa e enquete.................................................................................. 393 1.4. Nota final..................................................................................................................... 394 2. Propaganda Eleitoral............................................................................................................ 395 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 25 26/04/2011 18:05:26
  • 26. 26 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira 2.1. Princpios aplicados propaganda eleitoral................................................................ 395 2.2. Classificao da propaganda eleitoral......................................................................... 397 2.2.1. Distribuio de tempo de propaganda eleitoral gratuita no rdio e na TV (art. 47, 2, da Lei n. 9.504/97).................................................................... 399 2.2.2. Aprofundando o estudo da propaganda eleitoral strictu sensu (nas trs modalidades partidria, intrapartidria e eleitoral propriamente dita)........ 400 2.3. Propaganda eleitoral e a Lei n. 12.034/2009............................................................... 403 2.3.1. Conceito.......................................................................................................... 403 2.3.2. Da propaganda eleitoral em bens pblicos..................................................... 404 2.3.3. Da propaganda eleitoral em bens particulares................................................ 409 2.3.4. Materiais de campanha e CNPJ...................................................................... 423 2.3.5. Comcios, carretas, passeatas, caminhadas, carro de som, alto-falantes......... 424 2.3.5.1. Alto-falantes e amplificadores de som............................................. 424 2.3.5.2. Comcios, showmcios e trios eltricos........................................... 425 2.3.5.3. Confeco de brindes de campanha................................................. 427 2.3.5.4. Outdoors.......................................................................................... 430 2.3.5.5. Carreta e passeata............................................................................ 432 2.3.5.6. Boca de urna.................................................................................... 432 2.3.6. Tipicidade conglobante em boca de urna: permisso da propaganda eleitoral individual e silenciosa..................................................................................... 434 2.3.7. Propaganda eleitoral na imprensa escrita e sua reproduo na internet........... 438 2.3.7.1. Reproduo na internet do jornal impresso..................................... 441 2.3.8. Propaganda eleitoral no rdio e tv................................................................ 444 2.3.8.1. Propaganda eleitoral no rdio e TV e poder de mdia. Conceito de trucagem e montagem. Uso de imagem e voz de candidato ou militante de partido. Viso geral de propaganda eleitoral no rdio e TV................... 448 2.3.8.2. Regras para debates eleitorais.......................................................... 470 2.3.8.2.1. Regras de debates apenas para rdio e tv (concesso pblica).... 471 2.3.8.3. Propaganda eleitoral no rdio e TV e a nova grade horria na propaganda eleitoral gratuita de Senadores................................................. 473 2.3.8.4. Da competncia para anlise de propaganda eleitoral no caso de dois juzos eleitorais.................................................................................... 484 2.3.8.5. Direito de antena no segundo turno nos municpios em que no haja emissora de rdio e tv........................................................................ 485 2.3.8.6. Propaganda eleitoral em outro pas.................................................. 487 2.3.8.7. Compensao fiscal das emissoras de rdio e tv pela propaganda partidria, eleitoral, em plebiscitos e referendos e, ainda, por fora de comunicados da Justia Eleitoral................................................................. 488 2.3.8.8. Anlise do conceito de censura. Desvio de finalidade na propaganda eleitoral gratuita no rdio e tv................................................ 492 2.3.8.8.1. Propaganda eleitoral na legislao eleitoral e anlise de sua compatibilidade com a Constituio Federal............................................ 492 2.3.9. Propaganda eleitoral na internet...................................................................... 498 2.3.10. Quadro comparativo das propagandas eleitorais............................................ 514 2.3.11. Quadro de propaganda eleitoral permitida e proibida com a nova Lei n. 12.034/2009............................................................................................ 516 2.4. Propaganda eleitoral propriamente dita extempornea ou antecipada........................ 520 2.4.1. Distines entre o art. 74 e o 73, VI, b, da Lei n. 9.504/97 se for nos 3 meses anteriores ao pleito, o enquadramento legal no ser no art. 74, e sim no art. 73................................................................................................ 524 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 26 26/04/2011 18:05:26
  • 27. 27Sumrio 2.5. Atipicidade em propaganda eleitoral antecipada......................................................... 525 2.6. Poder de polcia, eliso de multa e prvio conhecimento do candidato...................... 528 2.6.1. Liberdade na propaganda eleitoral e poder de polcia em carter excepcional, sob pena de crime........................................................................................ 528 2.6.2. Poder de polcia e sua transposio ao Direito Eleitoral................................. 529 2.6.3. Poder de polcia em forma de prvio conhecimento....................................... 534 2.6.4. Poder de polcia que elide multa..................................................................... 536 2.6.5. Concluso do poder de polcia sobre a forma de prvio conhecimento e quando elide multa na Lei n. 12.034/2009...................................................... 536 2.6.6. Postura municipal no pode ser objeto de poder de polcia eleitoral.............. 537 3. Propaganda Partidria.......................................................................................................... 538 3.1. Distribuio de tempo na propaganda partidria......................................................... 539 3.1.1. Critrio (art. 57 da Lei n. 9.096/95)................................................................ 539 3.1.1.1. Funcionamento parlamentar............................................................ 539 3.1.1.2. Benefcios........................................................................................ 539 3.1.1.3. Concluso........................................................................................ 539 3.1.2. Critrio (art. 56 da Lei n. 9.096/95)................................................................ 540 3.1.2.1. Funcionamento parlamentar............................................................ 540 3.1.2.2. Benefcio.......................................................................................... 540 3.1.2.3. Concluso........................................................................................ 540 3.1.3. Critrio residual.............................................................................................. 540 3.2. Propaganda partidria desvirtuada pode sofrer multa por ser propaganda eleitoral extempornea............................................................................................................... 542 4. Propaganda Intrapartidria................................................................................................... 543 4.1. Dados importantes....................................................................................................... 543 5. Esquema das Espcies de Propagandas............................................................................ 544 6. Questes............................................................................................................................... 545 11.DAS CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PBLICOS EM CAMPANHA ELEITORAL. PUBLICIDADE INSTITUCIONAL............................................................. 547 1. Das Condutas Vedadas......................................................................................................... 547 1.1. Viso geral................................................................................................................... 547 1.1.1. Das condutas vedadas aos agentes polticos propriamente ditas (condutas vedadas genricas)........................................................................................ 554 2. Publicidade Institucional (Conduta Vedada Especfica)................................................... 588 3. Potencialidade do Dano versus Princpio da Proporcionalidade (Proibio do Excesso ou Dosimetria da Pena). H Diferena? O Princpio da Bagatela ou Insignificncia Eleitoral.. 599 4. Dos arts. 75 e 76 da Lei n. 9.504/97: (Conduta Vedada Especfica)................................ 602 5. Art. 77 da Lei n. 9.504/97 Problemtica da Inaugurao de Obras Pblicas (Conduta Vedada Especfica)........................................................................................... 606 5.1. Art. 77 da Lei n. 9.504/97 participao (conduta ativa) e comparecimento (conduta passiva)......................................................................................................... 608 5.2. Art. 77 da Lei n. 9.504/97 cassao do registro e/ou do diploma.......................... 609 5.3. Art. 77 da Lei n. 9.504/97 momento da incidncia................................................ 611 5.4. Art. 77 da Lei n. 9.504/97 conceito de obra pblica.............................................. 611 6. Quadro Sinptico de Todas as Condutas Vedadas aos Agentes Pblicos em Campanha Eleitoral (arts. 73 a 77 da LE, Atualizado com a Lei n. 12.034/2009)................................. 615 7. Questes............................................................................................................................... 617 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 27 26/04/2011 18:05:26
  • 28. 28 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira 12. INELEGIBILIDADES............................................................................................................. 623 1. Noo Geral.......................................................................................................................... 623 1.1. Diferena entre inelegibilidade e condio de elegibilidade....................................... 624 1.2. Classificaes doutrinrias.......................................................................................... 629 1.2.1. Primeira classificao (quanto forma).......................................................... 629 1.2.2. Segunda classificao (sentido lato quanto espcie)............................... 629 1.3. Classificaes mais aplicadas...................................................................................... 629 1.3.1. Em relao ao cargo........................................................................................ 629 1.3.1.1. Inelegibilidades absolutas................................................................ 629 1.3.1.2. Inelegibilidades relativas................................................................. 630 1.3.1.2.1. Motivos funcionais.................................................................... 630 1.3.1.2.2. Motivos de parentesco (evitar o continusmo/dinastias polticas e o uso da mquina)................................................................... 631 1.3.2. Motivo de domiclio........................................................................................ 640 1.4. Inelegibilidade (ou condio de elegibilidade implcita) pela vida pregressa.................. 641 1.4.1. Antes da deciso do STF na ADPF n. 144/2008............................................ 641 1.4.2. Depois da deciso do STF na ADPF n. 144/2008, como ficou a questo da vida pregressa de candidato? Pode ser objeto de AIRC por fora de condio de elegibilidade implcita ou somente se houver previso em lei complementar?................................................................................................ 644 1.5. Inelegibilidade por rejeio de contas......................................................................... 645 1.6. Tabela de inelegibilidades........................................................................................... 658 2. Questes............................................................................................................................... 677 13.RECURSOS ELEITORAIS..................................................................................................... 681 1. Viso Geral........................................................................................................................... 681 2. Princpios Recursais............................................................................................................. 692 3. Espcies................................................................................................................................ 693 3.1. Recursos cveis............................................................................................................ 693 3.1.1. Recurso Inominado Eleitoral contra decises das Juntas Eleitorais.......... 693 3.1.2. Recurso Inominado Eleitoral contra deciso dos Juzes Eleitorais............ 695 3.1.3. Recurso contra a Diplomao......................................................................... 697 3.1.4. Embargos de Declarao................................................................................. 701 3.1.5. Agravo Regimental (interno).......................................................................... 705 3.1.6. Agravo de Instrumento................................................................................... 707 3.1.7. Recurso Ordinrio Eleitoral............................................................................ 715 3.1.8. Recurso Especial Eleitoral.............................................................................. 718 3.1.9. Recurso Ordinrio Constitucional para o STF................................................ 724 3.1.10. Recurso Extraordinrio ao STF...................................................................... 727 3.1.10.1. Da repercusso geral art. 102, 3, da CF/88.......................... 730 3.1.11. Recurso Parcial............................................................................................... 734 3.1.12. Recursos Cveis regras e excees da Lei n. 9.504/97.............................. 737 3.1.13. Recursos Cveis regras e excees para a Lei Complementar n. 64/90..... 739 4. Recursos Criminais.............................................................................................................. 740 4.1. Recurso Eleitoral Criminal.......................................................................................... 741 4.2. Reviso Criminal......................................................................................................... 742 4.3. Embargos Infringentes................................................................................................. 743 4.4. Embargos de Divergncia............................................................................................ 745 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 28 26/04/2011 18:05:26
  • 29. 29Sumrio 4.5. Embargos Declaratrios.............................................................................................. 745 4.6. Recurso em Sentido Estrito......................................................................................... 746 4.7. Recurso Especial Eleitoral Criminal........................................................................... 747 4.8. Recurso Ordinrio Eleitoral......................................................................................... 747 4.9. Recurso Ordinrio Constitucional............................................................................... 748 4.10. Recurso Extraordinrio Eleitoral................................................................................. 748 5. Remdios Constitucionais (Mandado de Segurana e Habeas Corpus).............................. 749 6. Reclamao.......................................................................................................................... 770 7. Consultas.............................................................................................................................. 777 8. Possibilidade de Recurso Especial ao TSE em Prestao de Contas e a Lei n. 12.034/2009..... 779 9. Questes............................................................................................................................... 780 14.PROCESSO PENAL ELEITORAL....................................................................................... 783 1. Viso Geral........................................................................................................................... 783 1.1. Crimes eleitorais.......................................................................................................... 783 1.1.1. Conceito de crime eleitoral............................................................................. 783 2. Crimes Eleitorais aspectos processuais........................................................................... 797 2.1. Lei n. 11.719/2008....................................................................................................... 797 2.1.1. Da no incidncia do art. 16 da CF/88............................................................ 797 2.1.2. Da antinomia................................................................................................... 797 2.1.2.1. Antinomias aparentes genricas....................................................... 798 2.1.2.2. Antinomias aparentes especficas ou especiais (em que a prpria lei estabelece se a regra nova ou velha a que se aplica)............................ 799 2.1.3. Da antinomia especial da Lei n. 11.719/2008................................................. 799 2.1.4. Concluses...................................................................................................... 801 2.2. Rito dos crimes eleitorais: art. 355 e ss. do CE c/c Lei n. 11.719/2008...................... 802 2.3. Fluxograma rito dos crimes eleitorais com o advento da Lei n. 11.719/2008................. 804 3. Revelia do Processo Penal Eleitoral art. 366 do CPP..................................................... 806 4. Lei n. 8.038/90 Foro pela Prerrogativa de Funo nos Crimes Eleitorais...................... 810 5. Tipicidade conglobante de Eugnio Ral Zaffaroni nos Crimes Eleitorais. Teoria indita do Professor Thales Tcito................................................................................................... 813 6. Coculpabilidade nos Crimes Eleitorais. Teoria Indita do Professor Thales Tcito............ 815 7. Questes............................................................................................................................... 817 REFERNCIAS.............................................................................................................................. 819 00_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 001-030.indd 29 26/04/2011 18:05:26
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  • 31. 1 PRINCPIOS DO DIREITO ELEITORAL 1. Diferena entre postulados, princpios e regras eleitorais Iniciaremos nossos estudos com um captulo imprescindvel para o Direito Elei- toral. Neste captulo, estudaremos os princpios do Direito Eleitoral, bem como suas definies. Assim, em uma viso exemplificativa, vejamos aqui todos os princ- pios aplicveis ao Direito Eleitoral. Importante frisar que no Direito Eleitoral o estudo dos princpios ter funda- mental importncia nos casos de lacuna ou omisso legal, devendo o intrprete so- correr-se desta verdadeira cincia. Entretanto, neste ramo do Direito todo peculiar, muitas vezes a sociologia jur- dica deve prevalecer sobre os princpios, ou seja, em vez de aplicar os princpios de forma genrica e indiscriminada, a deciso para o caso concreto pode ser superada pela cincia que estuda fenmenos sociais, em cada municpio, em cada regio, em cada Estado e, qui, nacionalmente. Por isso, no Direito Eleitoral as decises dos pretrios assumem papel relevante, provocando at mesmo resolues que nor- teiam condutas sociais a serem seguidas em pleitos, muito se assemelhando ao sistema norte-americano do report ou case law. No de se estranhar, por exemplo, o motivo de decises aparentemente contraditrias no prprio TSE, quando a cincia dos princpios poderia resolver padronizando julgados. que muitas vezes os princpios cedem espao para a sociologia eleitoral. Todavia, antes de tratar especificadamente do tema, de total importncia conhecer a diferena entre postulados eleitorais, princpios eleitorais e regras eleitorais. 1. Postulados Eleitorais: sua interpretao absoluta, no h mutabilidade em suas premissas. Os exemplos so dignidade da pessoa humana, em espe- cial, o eleitor; a guarda do Estado do direito do voto livre (notamos que o art. 41-A da Lei n. 9.504/97 protege este postulado); a valorizao da cidadania; a democracia, a moralidade pblica (ou pureza do processo eleitoral). 2. Princpios Eleitorais: admitem interpretao relativa. Eles podem ser ori- ginrios da CF/88 ou da legislao infraconstitucional. Assim, por exemplo, no princpio da eficincia do art. 37 da CF/88, se o agente poltico ou administrador 01_Direito Eleitoral Esquematizado_p. 031-622.indd 31 20/04/2011 10:29:41
  • 32. 32 Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tcito Cerqueira e Camila A. Cerqueira consegue ser 70% eficiente (e no 100%), atingiu tal princpio. J postulado, moralidade, por exemplo, ele tem que ser 100% idneo, e no 70%. 3. Regras Eleitorais: ditames que obedecem aos postulados e princpios. So os veculos ou instrumentos que expressam os postulados e princpios. As regras eleitorais so materializadas nas leis eleitorais e nas resolues do TSE (que tm fora de lei). 1.1. Princpios informativos e princpios fundamentais DISTINO ENTRE PRINCPIOS INFORMATIVOS E PRINCPIOS FUNDAMENTAIS Princpios Informativos Princpios Fundamentais Conceito: So aqueles que no se fundamentam em outros critrios que no os estritamente lgicos e teleo lgicos, no possuindo, assim, contedo ideolgico. Subclassificam-se, tais princpios, em quatro tipos dis postos a seguir. Conceito: So os princpios sobre os quais o sistema ju- rdico pode optar entre os aspectos polticos ou ideol- gicos. Os princpios fundamentais, conforme orienta a doutrina de escol, so a garantia primeira do indivduo contra possveis violaes a seus direitos constitucional mente garantidos, no podendo jamais serem esqueci dos no momento da criao de leis que visem regular o exerccio dos direitos, bem como no momento do julga mento pelo magistrado, intrprete maior daquelas. Lgicos: consiste na escolha dos fatos e forma mais adequados para buscar a verdade e evitar o sofisma. Princpio da igualdade: segundo art. 5, caput, da CF/88, todos so iguais perante a lei. Jurdicos: com regras claras e previamente estabeleci das, visa dar igualdade no litgio e justia na deciso para os demandantes. Princpio do devido processo legal: segundo art. 5, LIV, da CF/88, ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Polticos: busca a promoo dos direitos dos cidados como destinatrios de garantias sociais, porm, com o menor sacrifcio da liberdade individual (supremacia do interesse pblico). Princpio da publicidade: visa dar transparncia e asse gurar a fiscalizao civil das decises dos juzes, das manifestaes e conduta dos advogados, promotores de justia, procuradores da Repblica, defensores, com a livre consulta dos autos (salvo sigilo previsto em lei) e a presena em audincias (salvo excees em que o in teresse social, a peculiaridade da causa ou interesse pri vado exigirem sigilo). Econmicos: busca fazer com que as lides forenses no sejam demoradas e custosas (relao custo-benefcio), bem como dar acesso universal aos pobres por meio de justia gratuita e assistncia judiciria (princpio da uni versalidade da jurisdio). Princpio da eventualidade ou precluso: o processo se desenvolve mediante os atos processuais concatenados e ordenados, em uma forma lgica, com tempo ou pra- zo previsto na lei, sendo que cada ato tem seu momen to de ser realizado. O descumprimento da forma (pre cluso lgica), do tempo (precluso temporal) ou da prpria lgica do conjunto de atos interligados (preclu so consumativa) provoca a perda do direito da parte pela omisso (o direito no socorre aos que dormem). 2. Dos Princpios Eleitorais 2.1. Princpio da anualidade eleitoral No Direito Eleitoral, o princpio-mor ou pedra angular conhecido como princpio da anualidade eleitoral, lapidado no art. 16 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil. O art. 16 foi consagrado somente na CF/88. Antes da Carta Republicana de 05.10.1988 no havia tamanha proteo para a democracia