direito comercial

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Direito Comercial - AulaTeórica Relações entre Direito Comercial e DIreito CIvil O Direito Comercial é um direito privado e de natureza especial perante o direito civil, dizemos que é um direito especial quando as relações jurídicas reguladas caem na legislação geral. O DIreito Civil é um direito regulador das relações de natureza privada, e determinadas matérias devem ser reguladas por um especial. A integração de lacunas e possivel nos dois sentidos, é possivel integrar lacunas da lei comercial com a lei civil e tambem é possivel o contrário, isto é, é possível integrar lacunas do DIreito CIvil com recurso a soluções previstas no comercial. Artigo 3º. Da leitura do artigo 3º poderia resultar que o legislador quis estabelecer uma hierarquia entre o Direito Comercial e oDireito Civil, mas a doutrina tem contrariado esta interpretação e tem entendido que não existe qualquer precedência, que no exercicio interpretativo da integraçao de lacunas, o Direito Civil e o DIreito Comercial estão colocadas ao mesmo nível. O Direito CIvil é assim um direito subsidiario do direito comercial, que ja sabemos é um direito fragmentário, há uma clara opçao do legislador comercial em deixar que seja o direito civil a regular determinadas matérias, por exemplo, a compra para revenda, o acto de comércio absoluto por excelência, encontra-se previsto no Codigo comercial- 463º, mas o contrato de compra e venda está previstono Codigo Civil. Esta opção é uma opção intencional, quando nada existe a acrescentar o legislador dispensa-se de repetir na lei comercial o que já esta regulado na lei civil. Há inúmeros exemplos para além da compra para revenda de contratosque são comerciais,quando servem os interesses do comércio, mas cuja regulação se encontra no Código Civil, é o caso do contrato de empreitada, é o caso do contrato por depósito, é o caso do penhor, é o caso da fiança. Contratos cuja qualificação será ou comercial ou civil, de acordo com os interesses que tutelam, existem mesmo relações juridicas que sendo de natureza

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Page 1: Direito Comercial

Direito Comercial - AulaTeórica

Relações entre Direito Comercial e DIreito CIvil

O Direito Comercial é um direito privado e de natureza especial perante o direito civil, dizemos que é um direito especial quando as relações jurídicas reguladas caem na legislação geral.

O DIreito Civil é um direito regulador das relações de natureza privada, e determinadas matérias devem ser reguladas por um especial.

A integração de lacunas e possivel nos dois sentidos, é possivel integrar lacunas da lei comercial com a lei civil e tambem é possivel o contrário, isto é, é possível integrar lacunas do DIreito CIvil com recurso a soluções previstas no comercial.

Artigo 3º. Da leitura do artigo 3º poderia resultar que o legislador quis estabelecer uma hierarquia entre o Direito Comercial e oDireito Civil, mas a doutrina tem contrariado esta interpretação e tem entendido que não existe qualquer precedência, que no exercicio interpretativo da integraçao de lacunas, o Direito Civil e o DIreito Comercial estão colocadas ao mesmo nível.

O Direito CIvil é assim um direito subsidiario do direito comercial, que ja sabemos é um direito fragmentário, há uma clara opçao do legislador comercial em deixar que seja o direito civil a regular determinadas matérias, por exemplo, a compra para revenda, o acto de comércio absoluto por excelência, encontra-se previsto no Codigo comercial- 463º, mas o contrato de compra e venda está previstono Codigo Civil.

Esta opção é uma opção intencional, quando nada existe a acrescentar o legislador dispensa-se de repetir na lei comercial o que já esta regulado na lei civil. Há inúmeros exemplos para além da compra para revenda de contratosque são comerciais,quando servem os interesses do comércio, mas cuja regulação se encontra no Código Civil, é o caso do contrato de empreitada, é o caso do contrato por depósito, é o caso do penhor, é o caso da fiança. Contratos cuja qualificação será ou comercial ou civil, de acordo com os interesses que tutelam, existem mesmo relações juridicas que sendo de natureza comercial, podem cair ditrectamente na previsao da lei civil, é o caso da compra a prestações, que vem regulada nos artigos 934 a 936 do Codigo Civil, e que o Código Comercial não regula, estes actos sao sempre comerciais quando o objecto da compra se destina a ser revendido, ou se o objecto da compra estiver ou couber na previsao da segunda parte do artigo 2º.

E por isso há autores que defendem que embora estas disposições estejam na lei civil, elas devem ser qualificadas como comerciais se servirem os interesses do comércio, segunda parte do artigo 2º, ou se estiverem na previsão da primeira parte do mesmo artigo, isto é se se tratar de uma compra para revenda com caracter ocasional.

Podemos então dizer em conclusao que quer estejamos na primeira parte do artigo 2º, quer estejamos na segunda parte do mesmo artigo, as compras para revenda serão sempre reguladas por uma lei que estando inscrita no codigo civil, passa por esta razao a ser materia comercial.

Page 2: Direito Comercial

Relativamente a uma outra parte da doutrina, encabeçada por ROCCO, em referência a casos omissos é considerado que deve existir, ao contráriodo que dissemos, uma precedência, devendo primeiro esgotar-se a possibilidade de integrar a lacuna através do recurso à lei comercial e só num segundo momento quando tal não é possível recorrer ao direito civil, mas conforme foi dito e sublinha-se, a doutrina portuguesa não adopta esta posição e considera que não existe qualquer precedência a favor das normas mercantis.

Quanto as regras interpretativas não há qualquer distinção entre o DIreito Comercial e o Direito Civil, quer dizer que o artigo 10º do codigo civil, tem aplicação quando se trata de matéria comercial, mas não é possível, entende a doutrina, recorrer à analogia para atribuir comercialidade a uma relação jurídica.

Fontes do DIreito Comercial

A primeira fonte é a código comercial e a legislação avulsa, a questão que se coloca a proposito das fontes é se os usos e os costumes podem ser fontes.

Embora o Codigo Comercial, aqo eu chama usos da praça, por exemplo no artigo 232º, o uso per si não é fonte de direito, só tem carácter vinculativo quando se encontra previsto numa norma, ou seja só é corporativo quando está incorporado num preceito legal, a doutrina diz que os costumes não são direito, mas podem ser matéria de direito, o que significa quem não vinculam os tribunais a aplicar mas podem influenciar decisões.

Actos de Comércio

e do regime da responsabilidade ou da solidariedade das relações juridicas mercantis.

Art. 100º - Regra da Solidariedade. Por esta razão e porque a lei civil acolhe um principio quenão é o da solidariedade, mas sim o da subsidariedade é muito importante fazer uma correcta qualificação, da mesma maneira quando falamos do artigo 15º do Codigo comercial, relativamente às dividas dos conjugês.

A grande classificação doutrinal é aquela que divide os actos de comércio em actos objectivos e actos subjectivos, os actos objectivos são os da primeira parte do artigo segundo e os subjectivos os da segunda parte. Mas também já sabemos que não existem categorias puras de actos, o que significa que quer os actos objectivos quer os actos subjectivos não vivem uns sem os outros. Os objectivos devem a sua comercialidade ao facto de se enquadrarem num dos tipos previstos na lei comercial, os actos subjectivos devem a sua comercialidade à qualidade do sujeito que os pratica.

No artigo 230º a norma enumera quais são as empresas que são comerciais e ficamos a saber que o artesanato e as actividades agrícolas são excepcionadas da qualificação comercial ou mercantil.

Page 3: Direito Comercial

Qual é o verdadeira alcance do 230º? Será que o 230º ao enumerar quais são as empresas comerciais está a querer dizer que cada uma dessas empresas é um acto de comércio? Há outras posições doutrinais que referm que actos de comércio seriam todos os actos praticados pelo sujeito empresário, na exploração de cada uma destas empresas.

O legislador quis atribuir a qualidade de comerciante a quem explora as empresas, a terceira hipotese defendida por Nogueira Serens é que a interpretaçao do artigo 230º e o alcance do mesmo deve considerar que os actos praticados pelas empresas sejam elas empresas colectivas, ou sejam elas empresas singulares devem ser actos considerados actos de comércio de natureza objectiva.

Outra categoria de actos que não podemos deixar de falar, são os actos de comércio acessórios, são aqueles actos cuja classificaçao advem da sua relaçao instrumental com o comercio. Em alguns casos o legislador considerou dever qualificar como actos objectivos actos de natureza acessória, isto é o legislador conferiu aos actos acessórios ( alguns) a qualificação de acto de comércio objectivo porque os inscreveu no código comercial, é o caso dos artigos 231º - Mandato comercial, 397º - Penhor, 394º - Emprétimo, 403º - Depósito. Estes contratos são contratos comerciais quando servem os fins d comércio e são precisamente estes quevindo regulado no codigo civil mas previstos no codigo comercial, e por essa razao sao actos comerciais objectivos, mantendo a sua categoria de acto acessorio, nao sendo um acto absoluto.

Ex: Se eu fizer um deposito com finalidade a pagar alguma coisa relacionada com o comercio estou a fazer um deposito comercial.

Se eu fizer um depósito para uso pessoal, é um acto regulado pela lei civil.

Relativamente a estes actos eles mantêm a sua qualificaçai de actos acessorios, mas porque se encontram inscritos no codigo comercial caem na previsao da primeira parte do artigo segundo. Falamos de actos acessórios objectivos, mas há outros, há os actos acessórios que o são, não porque se encontram previstos na lei comercial, mas porque servem de instrumento à actividade comercial e esses são regulados na segunda parte do art. 2º, porque são comerciais atendendo ao facto de estarem relacionados com a lei comercial.

A Teoria do acessório, uma teoria surgida com origem em França, advoga que são acessórios os actos que se encontram conectados com actos de comercio ocasionais, mas a nossa doutrina repudia esta teoria com o argumento de que a aplicação da mesma, teria como consequência vir a aplicar o regime da lei comercial a um sem número de actos só por se encontrarem ligados a actos ocasionais, o que é completamente diferente considerar que é aplicavel o regime comercial nao a actos comerciais mas a actos que estao ligados à actividade comercial.

Actos formalmente e substancialmente comerciais

Page 4: Direito Comercial

Já sabemos que os actos formais, são os actos que são comerciais atendendo à sua forma, falamos dos títulos de crédito e também sabemos que o 13º não se basta com a prática destes actos para considerar o sujeito comerciante.

São actos cuja comercialidade lhes advém da forma, letras, livranças e cheques que estão regulados na lei uniforme dos cheques, em vigor entre nós desde 1933.

Os actos substancialmente comerciais, são substancialmente comerciais atendendo à sua natureza, por estarem embuidos de comercialidade.

Os actos bilateraissão aqueles que são comerciais para os dois lados e os actos unilaterais são aqueles que são aqueles que são comerciais apenas para um dos lados. 99º

Nos actos unilaterais os dois sujeitos ficam submetidos à lei comercial, mas só o sujeito comerciante é que responde nos termos do artigo 100º, isto é, responde solidariamente.

Artigo 2º - Primeira Parte

Como já sabemos são actos de comércio objectivos aqueles que estão previstos na primeira parte do artigo segundo, e estes actos tanto podem estar regulados na lei comercial como na lei civil.

Quando podemos dizer que um acto de comercio é objectivo? Quando reunindo os requisitos exigiveis para tal qualificaçao se encontrem previstos na lei. Quando o acto esta regulado na lei comercial é facil concluirmos que é um acto objectivo, mas quando o acto se encontra previsto na lei civil teremos de ver quais os interesses que tutela e só será comercial setutelar interesses comerciais, caso contrário será um acto civil.

E por isso a expressão "especialmente regulados no código", tem de ser lida de uma forma muito abrangente, especialmente regulados na lei que sendo sempre comercial, pode ser civil, como é o caso do trespasse- 1112

Recorrendo à analogia, será possível considerar como comercial a compra de imóveis para arrendar? Tal preceito não existe na lei. Mas existe no 463º a previsao da compra de móveis para lhe arrogar uso e a compra de imóveis para revenda. Já dissemos que a analogia existe para preencher lacunas e nesse sentido verificamos que existe na lei comercial uma lacuna relativamente a actos desta natureza. Parece poder considerar-se que com base numa interpretaçao analogica possa ser possivel considerar que é comercial a compra de um imovel, tem um fim lucrativo claramente mercantil, que é o arrendamento.

A questao da chamada analogia legis tem-se colocado em relaçao ao artigo 230º, este preceito já vimos que atribui a qualificação de comercial aquelas empresas que têm uma finalidade cuja natureza é mercantil tenham elas a ver com a produção, com a transformação, com os serviços, com os contratos de transporte isto é, tenham um fim lucrativo que não seja excluido pela parte final do artigo 230º,ja sabemos tambem que o artigo 230º exclui da qualificaçao de empresa comercial as actividades agrícolas, artesanais(...) , quando exercidas de forma directa e onde existe margem para analogia é nas ..... novas, reguladas nas legislaçoes avulsas, como é

Page 5: Direito Comercial

o caso do transporte aereo, que nao carece de analogia, é o caso tambem de outras actividades novas, que por nao serem tao importantes na vida economica nao estao reguladas e quanto a estas coloca se o problema da analogia.

As actividades que nao sao novas, que nao estavam reguladas na vida do sec XIX, requerem em alguns casos uma interpretaçao extensiva, haverá uma interpretaçao extensiva quando resulta da letra da lei quando o legislador disse menos do que queria dizer.

Os factos ilicitos sao tambem actos comerciais, temos determinadas disposições no codigo comercial, e como actos previstos na lei comercial sao actos de comercio objectivos, porque apesar de ilicitos tutelam interesses de natureza mercantil.

Actos de comercio e a teoria do acessorio, os actos que sao considerados acessorios e comerciais, sao para a nossa doutrina apenas os que se encontram previstos ou aqueles que cabem na segunda parte do artigo 2º. Já vimos que ficou arredada do acolhimento doutrinal a Teoria do acessório. Só os comerciantes podem praticar actos acessorios. A diferença é porfunda porque restringe a aplicaçao do direito comercial apenas aqueles actos que têm uma finalidade comercial ainda que de natureza comercial.

Direito Comercial - AulaTeórica

Relações entre Direito Comercial e DIreito CIvil

O Direito Comercial é um direito privado e de natureza especial perante o direito civil, dizemos que é um direito especial quando as relações jurídicas reguladas caem na legislação geral.

O DIreito Civil é um direito regulador das relações de natureza privada, e determinadas matérias devem ser reguladas por um especial.

A integração de lacunas e possivel nos dois sentidos, é possivel integrar lacunas da lei comercial com a lei civil e tambem é possivel o contrário, isto é, é possível integrar lacunas do DIreito CIvil com recurso a soluções previstas no comercial.

Artigo 3º. Da leitura do artigo 3º poderia resultar que o legislador quis estabelecer uma hierarquia entre o Direito Comercial e oDireito Civil, mas a doutrina tem contrariado esta interpretação e tem entendido que não existe qualquer precedência, que no exercicio interpretativo da integraçao de lacunas, o Direito Civil e o DIreito Comercial estão colocadas ao mesmo nível.

O Direito CIvil é assim um direito subsidiario do direito comercial, que ja sabemos é um direito fragmentário, há uma clara opçao do legislador comercial em deixar que seja o direito civil a regular determinadas matérias, por exemplo, a compra para revenda, o acto de comércio absoluto por excelência, encontra-se previsto no Codigo comercial- 463º, mas o contrato de compra e venda está previstono Codigo Civil.

Page 6: Direito Comercial

Esta opção é uma opção intencional, quando nada existe a acrescentar o legislador dispensa-se de repetir na lei comercial o que já esta regulado na lei civil. Há inúmeros exemplos para além da compra para revenda de contratosque são comerciais,quando servem os interesses do comércio, mas cuja regulação se encontra no Código Civil, é o caso do contrato de empreitada, é o caso do contrato por depósito, é o caso do penhor, é o caso da fiança. Contratos cuja qualificação será ou comercial ou civil, de acordo com os interesses que tutelam, existem mesmo relações juridicas que sendo de natureza comercial, podem cair ditrectamente na previsao da lei civil, é o caso da compra a prestações, que vem regulada nos artigos 934 a 936 do Codigo Civil, e que o Código Comercial não regula, estes actos sao sempre comerciais quando o objecto da compra se destina a ser revendido, ou se o objecto da compra estiver ou couber na previsao da segunda parte do artigo 2º.

E por isso há autores que defendem que embora estas disposições estejam na lei civil, elas devem ser qualificadas como comerciais se servirem os interesses do comércio, segunda parte do artigo 2º, ou se estiverem na previsão da primeira parte do mesmo artigo, isto é se se tratar de uma compra para revenda com caracter ocasional.

Podemos então dizer em conclusao que quer estejamos na primeira parte do artigo 2º, quer estejamos na segunda parte do mesmo artigo, as compras para revenda serão sempre reguladas por uma lei que estando inscrita no codigo civil, passa por esta razao a ser materia comercial.

Relativamente a uma outra parte da doutrina, encabeçada por ROCCO, em referência a casos omissos é considerado que deve existir, ao contráriodo que dissemos, uma precedência, devendo primeiro esgotar-se a possibilidade de integrar a lacuna através do recurso à lei comercial e só num segundo momento quando tal não é possível recorrer ao direito civil, mas conforme foi dito e sublinha-se, a doutrina portuguesa não adopta esta posição e considera que não existe qualquer precedência a favor das normas mercantis.

Quanto as regras interpretativas não há qualquer distinção entre o DIreito Comercial e o Direito Civil, quer dizer que o artigo 10º do codigo civil, tem aplicação quando se trata de matéria comercial, mas não é possível, entende a doutrina, recorrer à analogia para atribuir comercialidade a uma relação jurídica.

Fontes do DIreito Comercial

A primeira fonte é a código comercial e a legislação avulsa, a questão que se coloca a proposito das fontes é se os usos e os costumes podem ser fontes.

Embora o Codigo Comercial, aqo eu chama usos da praça, por exemplo no artigo 232º, o uso per si não é fonte de direito, só tem carácter vinculativo quando se encontra previsto numa norma, ou seja só é corporativo quando está incorporado num preceito legal, a doutrina diz que os costumes não são direito, mas podem ser matéria de direito, o que significa quem não vinculam os tribunais a aplicar mas podem influenciar decisões.

Page 7: Direito Comercial

Actos de Comércio

e do regime da responsabilidade ou da solidariedade das relações juridicas mercantis.

Art. 100º - Regra da Solidariedade. Por esta razão e porque a lei civil acolhe um principio quenão é o da solidariedade, mas sim o da subsidariedade é muito importante fazer uma correcta qualificação, da mesma maneira quando falamos do artigo 15º do Codigo comercial, relativamente às dividas dos conjugês.

A grande classificação doutrinal é aquela que divide os actos de comércio em actos objectivos e actos subjectivos, os actos objectivos são os da primeira parte do artigo segundo e os subjectivos os da segunda parte. Mas também já sabemos que não existem categorias puras de actos, o que significa que quer os actos objectivos quer os actos subjectivos não vivem uns sem os outros. Os objectivos devem a sua comercialidade ao facto de se enquadrarem num dos tipos previstos na lei comercial, os actos subjectivos devem a sua comercialidade à qualidade do sujeito que os pratica.

No artigo 230º a norma enumera quais são as empresas que são comerciais e ficamos a saber que o artesanato e as actividades agrícolas são excepcionadas da qualificação comercial ou mercantil.

Qual é o verdadeira alcance do 230º? Será que o 230º ao enumerar quais são as empresas comerciais está a querer dizer que cada uma dessas empresas é um acto de comércio? Há outras posições doutrinais que referm que actos de comércio seriam todos os actos praticados pelo sujeito empresário, na exploração de cada uma destas empresas.

O legislador quis atribuir a qualidade de comerciante a quem explora as empresas, a terceira hipotese defendida por Nogueira Serens é que a interpretaçao do artigo 230º e o alcance do mesmo deve considerar que os actos praticados pelas empresas sejam elas empresas colectivas, ou sejam elas empresas singulares devem ser actos considerados actos de comércio de natureza objectiva.

Outra categoria de actos que não podemos deixar de falar, são os actos de comércio acessórios, são aqueles actos cuja classificaçao advem da sua relaçao instrumental com o comercio. Em alguns casos o legislador considerou dever qualificar como actos objectivos actos de natureza acessória, isto é o legislador conferiu aos actos acessórios ( alguns) a qualificação de acto de comércio objectivo porque os inscreveu no código comercial, é o caso dos artigos 231º - Mandato comercial, 397º - Penhor, 394º - Emprétimo, 403º - Depósito. Estes contratos são contratos comerciais quando servem os fins d comércio e são precisamente estes quevindo regulado no codigo civil mas previstos no codigo comercial, e por essa razao sao actos comerciais objectivos, mantendo a sua categoria de acto acessorio, nao sendo um acto absoluto.

Ex: Se eu fizer um deposito com finalidade a pagar alguma coisa relacionada com o comercio estou a fazer um deposito comercial.

Se eu fizer um depósito para uso pessoal, é um acto regulado pela lei civil.

Page 8: Direito Comercial

Relativamente a estes actos eles mantêm a sua qualificaçai de actos acessorios, mas porque se encontram inscritos no codigo comercial caem na previsao da primeira parte do artigo segundo. Falamos de actos acessórios objectivos, mas há outros, há os actos acessórios que o são, não porque se encontram previstos na lei comercial, mas porque servem de instrumento à actividade comercial e esses são regulados na segunda parte do art. 2º, porque são comerciais atendendo ao facto de estarem relacionados com a lei comercial.

A Teoria do acessório, uma teoria surgida com origem em França, advoga que são acessórios os actos que se encontram conectados com actos de comercio ocasionais, mas a nossa doutrina repudia esta teoria com o argumento de que a aplicação da mesma, teria como consequência vir a aplicar o regime da lei comercial a um sem número de actos só por se encontrarem ligados a actos ocasionais, o que é completamente diferente considerar que é aplicavel o regime comercial nao a actos comerciais mas a actos que estao ligados à actividade comercial.

Actos formalmente e substancialmente comerciais

Já sabemos que os actos formais, são os actos que são comerciais atendendo à sua forma, falamos dos títulos de crédito e também sabemos que o 13º não se basta com a prática destes actos para considerar o sujeito comerciante.

São actos cuja comercialidade lhes advém da forma, letras, livranças e cheques que estão regulados na lei uniforme dos cheques, em vigor entre nós desde 1933.

Os actos substancialmente comerciais, são substancialmente comerciais atendendo à sua natureza, por estarem embuidos de comercialidade.

Os actos bilateraissão aqueles que são comerciais para os dois lados e os actos unilaterais são aqueles que são aqueles que são comerciais apenas para um dos lados. 99º

Nos actos unilaterais os dois sujeitos ficam submetidos à lei comercial, mas só o sujeito comerciante é que responde nos termos do artigo 100º, isto é, responde solidariamente.

Artigo 2º - Primeira Parte

Como já sabemos são actos de comércio objectivos aqueles que estão previstos na primeira parte do artigo segundo, e estes actos tanto podem estar regulados na lei comercial como na lei civil.

Quando podemos dizer que um acto de comercio é objectivo? Quando reunindo os requisitos exigiveis para tal qualificaçao se encontrem previstos na lei. Quando o acto esta regulado na lei comercial é facil concluirmos que é um acto objectivo, mas quando o acto se encontra previsto na lei civil teremos de ver quais os interesses que tutela e só será comercial setutelar interesses comerciais, caso contrário será um acto civil.

Page 9: Direito Comercial

E por isso a expressão "especialmente regulados no código", tem de ser lida de uma forma muito abrangente, especialmente regulados na lei que sendo sempre comercial, pode ser civil, como é o caso do trespasse- 1112

Recorrendo à analogia, será possível considerar como comercial a compra de imóveis para arrendar? Tal preceito não existe na lei. Mas existe no 463º a previsao da compra de móveis para lhe arrogar uso e a compra de imóveis para revenda. Já dissemos que a analogia existe para preencher lacunas e nesse sentido verificamos que existe na lei comercial uma lacuna relativamente a actos desta natureza. Parece poder considerar-se que com base numa interpretaçao analogica possa ser possivel considerar que é comercial a compra de um imovel, tem um fim lucrativo claramente mercantil, que é o arrendamento.

A questao da chamada analogia legis tem-se colocado em relaçao ao artigo 230º, este preceito já vimos que atribui a qualificação de comercial aquelas empresas que têm uma finalidade cuja natureza é mercantil tenham elas a ver com a produção, com a transformação, com os serviços, com os contratos de transporte isto é, tenham um fim lucrativo que não seja excluido pela parte final do artigo 230º,ja sabemos tambem que o artigo 230º exclui da qualificaçao de empresa comercial as actividades agrícolas, artesanais(...) , quando exercidas de forma directa e onde existe margem para analogia é nas ..... novas, reguladas nas legislaçoes avulsas, como é o caso do transporte aereo, que nao carece de analogia, é o caso tambem de outras actividades novas, que por nao serem tao importantes na vida economica nao estao reguladas e quanto a estas coloca se o problema da analogia.

As actividades que nao sao novas, que nao estavam reguladas na vida do sec XIX, requerem em alguns casos uma interpretaçao extensiva, haverá uma interpretaçao extensiva quando resulta da letra da lei quando o legislador disse menos do que queria dizer.

Os factos ilicitos sao tambem actos comerciais, temos determinadas disposições no codigo comercial, e como actos previstos na lei comercial sao actos de comercio objectivos, porque apesar de ilicitos tutelam interesses de natureza mercantil.

Actos de comercio e a teoria do acessorio, os actos que sao considerados acessorios e comerciais, sao para a nossa doutrina apenas os que se encontram previstos ou aqueles que cabem na segunda parte do artigo 2º. Já vimos que ficou arredada do acolhimento doutrinal a Teoria do acessório. Só os comerciantes podem praticar actos acessorios. A diferença é porfunda porque restringe a aplicaçao do direito comercial apenas aqueles actos que têm uma finalidade comercial ainda que de natureza comercial.

Direito Comercial - AulaTeórica

Relações entre Direito Comercial e DIreito CIvil

Page 10: Direito Comercial

O Direito Comercial é um direito privado e de natureza especial perante o direito civil, dizemos que é um direito especial quando as relações jurídicas reguladas caem na legislação geral.

O DIreito Civil é um direito regulador das relações de natureza privada, e determinadas matérias devem ser reguladas por um especial.

A integração de lacunas e possivel nos dois sentidos, é possivel integrar lacunas da lei comercial com a lei civil e tambem é possivel o contrário, isto é, é possível integrar lacunas do DIreito CIvil com recurso a soluções previstas no comercial.

Artigo 3º. Da leitura do artigo 3º poderia resultar que o legislador quis estabelecer uma hierarquia entre o Direito Comercial e oDireito Civil, mas a doutrina tem contrariado esta interpretação e tem entendido que não existe qualquer precedência, que no exercicio interpretativo da integraçao de lacunas, o Direito Civil e o DIreito Comercial estão colocadas ao mesmo nível.

O Direito CIvil é assim um direito subsidiario do direito comercial, que ja sabemos é um direito fragmentário, há uma clara opçao do legislador comercial em deixar que seja o direito civil a regular determinadas matérias, por exemplo, a compra para revenda, o acto de comércio absoluto por excelência, encontra-se previsto no Codigo comercial- 463º, mas o contrato de compra e venda está previstono Codigo Civil.

Esta opção é uma opção intencional, quando nada existe a acrescentar o legislador dispensa-se de repetir na lei comercial o que já esta regulado na lei civil. Há inúmeros exemplos para além da compra para revenda de contratosque são comerciais,quando servem os interesses do comércio, mas cuja regulação se encontra no Código Civil, é o caso do contrato de empreitada, é o caso do contrato por depósito, é o caso do penhor, é o caso da fiança. Contratos cuja qualificação será ou comercial ou civil, de acordo com os interesses que tutelam, existem mesmo relações juridicas que sendo de natureza comercial, podem cair ditrectamente na previsao da lei civil, é o caso da compra a prestações, que vem regulada nos artigos 934 a 936 do Codigo Civil, e que o Código Comercial não regula, estes actos sao sempre comerciais quando o objecto da compra se destina a ser revendido, ou se o objecto da compra estiver ou couber na previsao da segunda parte do artigo 2º.

E por isso há autores que defendem que embora estas disposições estejam na lei civil, elas devem ser qualificadas como comerciais se servirem os interesses do comércio, segunda parte do artigo 2º, ou se estiverem na previsão da primeira parte do mesmo artigo, isto é se se tratar de uma compra para revenda com caracter ocasional.

Podemos então dizer em conclusao que quer estejamos na primeira parte do artigo 2º, quer estejamos na segunda parte do mesmo artigo, as compras para revenda serão sempre reguladas por uma lei que estando inscrita no codigo civil, passa por esta razao a ser materia comercial.

Relativamente a uma outra parte da doutrina, encabeçada por ROCCO, em referência a casos omissos é considerado que deve existir, ao contráriodo que dissemos, uma precedência, devendo primeiro esgotar-se a possibilidade de integrar a lacuna através do recurso à lei comercial e só num segundo momento quando tal não é possível recorrer ao direito civil, mas

Page 11: Direito Comercial

conforme foi dito e sublinha-se, a doutrina portuguesa não adopta esta posição e considera que não existe qualquer precedência a favor das normas mercantis.

Quanto as regras interpretativas não há qualquer distinção entre o DIreito Comercial e o Direito Civil, quer dizer que o artigo 10º do codigo civil, tem aplicação quando se trata de matéria comercial, mas não é possível, entende a doutrina, recorrer à analogia para atribuir comercialidade a uma relação jurídica.

Fontes do DIreito Comercial

A primeira fonte é a código comercial e a legislação avulsa, a questão que se coloca a proposito das fontes é se os usos e os costumes podem ser fontes.

Embora o Codigo Comercial, aqo eu chama usos da praça, por exemplo no artigo 232º, o uso per si não é fonte de direito, só tem carácter vinculativo quando se encontra previsto numa norma, ou seja só é corporativo quando está incorporado num preceito legal, a doutrina diz que os costumes não são direito, mas podem ser matéria de direito, o que significa quem não vinculam os tribunais a aplicar mas podem influenciar decisões.

Actos de Comércio

e do regime da responsabilidade ou da solidariedade das relações juridicas mercantis.

Art. 100º - Regra da Solidariedade. Por esta razão e porque a lei civil acolhe um principio quenão é o da solidariedade, mas sim o da subsidariedade é muito importante fazer uma correcta qualificação, da mesma maneira quando falamos do artigo 15º do Codigo comercial, relativamente às dividas dos conjugês.

A grande classificação doutrinal é aquela que divide os actos de comércio em actos objectivos e actos subjectivos, os actos objectivos são os da primeira parte do artigo segundo e os subjectivos os da segunda parte. Mas também já sabemos que não existem categorias puras de actos, o que significa que quer os actos objectivos quer os actos subjectivos não vivem uns sem os outros. Os objectivos devem a sua comercialidade ao facto de se enquadrarem num dos tipos previstos na lei comercial, os actos subjectivos devem a sua comercialidade à qualidade do sujeito que os pratica.

No artigo 230º a norma enumera quais são as empresas que são comerciais e ficamos a saber que o artesanato e as actividades agrícolas são excepcionadas da qualificação comercial ou mercantil.

Qual é o verdadeira alcance do 230º? Será que o 230º ao enumerar quais são as empresas comerciais está a querer dizer que cada uma dessas empresas é um acto de comércio? Há outras posições doutrinais que referm que actos de comércio seriam todos os actos praticados pelo sujeito empresário, na exploração de cada uma destas empresas.

Page 12: Direito Comercial

O legislador quis atribuir a qualidade de comerciante a quem explora as empresas, a terceira hipotese defendida por Nogueira Serens é que a interpretaçao do artigo 230º e o alcance do mesmo deve considerar que os actos praticados pelas empresas sejam elas empresas colectivas, ou sejam elas empresas singulares devem ser actos considerados actos de comércio de natureza objectiva.

Outra categoria de actos que não podemos deixar de falar, são os actos de comércio acessórios, são aqueles actos cuja classificaçao advem da sua relaçao instrumental com o comercio. Em alguns casos o legislador considerou dever qualificar como actos objectivos actos de natureza acessória, isto é o legislador conferiu aos actos acessórios ( alguns) a qualificação de acto de comércio objectivo porque os inscreveu no código comercial, é o caso dos artigos 231º - Mandato comercial, 397º - Penhor, 394º - Emprétimo, 403º - Depósito. Estes contratos são contratos comerciais quando servem os fins d comércio e são precisamente estes quevindo regulado no codigo civil mas previstos no codigo comercial, e por essa razao sao actos comerciais objectivos, mantendo a sua categoria de acto acessorio, nao sendo um acto absoluto.

Ex: Se eu fizer um deposito com finalidade a pagar alguma coisa relacionada com o comercio estou a fazer um deposito comercial.

Se eu fizer um depósito para uso pessoal, é um acto regulado pela lei civil.

Relativamente a estes actos eles mantêm a sua qualificaçai de actos acessorios, mas porque se encontram inscritos no codigo comercial caem na previsao da primeira parte do artigo segundo. Falamos de actos acessórios objectivos, mas há outros, há os actos acessórios que o são, não porque se encontram previstos na lei comercial, mas porque servem de instrumento à actividade comercial e esses são regulados na segunda parte do art. 2º, porque são comerciais atendendo ao facto de estarem relacionados com a lei comercial.

A Teoria do acessório, uma teoria surgida com origem em França, advoga que são acessórios os actos que se encontram conectados com actos de comercio ocasionais, mas a nossa doutrina repudia esta teoria com o argumento de que a aplicação da mesma, teria como consequência vir a aplicar o regime da lei comercial a um sem número de actos só por se encontrarem ligados a actos ocasionais, o que é completamente diferente considerar que é aplicavel o regime comercial nao a actos comerciais mas a actos que estao ligados à actividade comercial.

Actos formalmente e substancialmente comerciais

Já sabemos que os actos formais, são os actos que são comerciais atendendo à sua forma, falamos dos títulos de crédito e também sabemos que o 13º não se basta com a prática destes actos para considerar o sujeito comerciante.

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São actos cuja comercialidade lhes advém da forma, letras, livranças e cheques que estão regulados na lei uniforme dos cheques, em vigor entre nós desde 1933.

Os actos substancialmente comerciais, são substancialmente comerciais atendendo à sua natureza, por estarem embuidos de comercialidade.

Os actos bilateraissão aqueles que são comerciais para os dois lados e os actos unilaterais são aqueles que são aqueles que são comerciais apenas para um dos lados. 99º

Nos actos unilaterais os dois sujeitos ficam submetidos à lei comercial, mas só o sujeito comerciante é que responde nos termos do artigo 100º, isto é, responde solidariamente.

Artigo 2º - Primeira Parte

Como já sabemos são actos de comércio objectivos aqueles que estão previstos na primeira parte do artigo segundo, e estes actos tanto podem estar regulados na lei comercial como na lei civil.

Quando podemos dizer que um acto de comercio é objectivo? Quando reunindo os requisitos exigiveis para tal qualificaçao se encontrem previstos na lei. Quando o acto esta regulado na lei comercial é facil concluirmos que é um acto objectivo, mas quando o acto se encontra previsto na lei civil teremos de ver quais os interesses que tutela e só será comercial setutelar interesses comerciais, caso contrário será um acto civil.

E por isso a expressão "especialmente regulados no código", tem de ser lida de uma forma muito abrangente, especialmente regulados na lei que sendo sempre comercial, pode ser civil, como é o caso do trespasse- 1112

Recorrendo à analogia, será possível considerar como comercial a compra de imóveis para arrendar? Tal preceito não existe na lei. Mas existe no 463º a previsao da compra de móveis para lhe arrogar uso e a compra de imóveis para revenda. Já dissemos que a analogia existe para preencher lacunas e nesse sentido verificamos que existe na lei comercial uma lacuna relativamente a actos desta natureza. Parece poder considerar-se que com base numa interpretaçao analogica possa ser possivel considerar que é comercial a compra de um imovel, tem um fim lucrativo claramente mercantil, que é o arrendamento.

A questao da chamada analogia legis tem-se colocado em relaçao ao artigo 230º, este preceito já vimos que atribui a qualificação de comercial aquelas empresas que têm uma finalidade cuja natureza é mercantil tenham elas a ver com a produção, com a transformação, com os serviços, com os contratos de transporte isto é, tenham um fim lucrativo que não seja excluido pela parte final do artigo 230º,ja sabemos tambem que o artigo 230º exclui da qualificaçao de empresa comercial as actividades agrícolas, artesanais(...) , quando exercidas de forma directa e onde existe margem para analogia é nas ..... novas, reguladas nas legislaçoes avulsas, como é o caso do transporte aereo, que nao carece de analogia, é o caso tambem de outras actividades novas, que por nao serem tao importantes na vida economica nao estao reguladas e quanto a estas coloca se o problema da analogia.

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As actividades que nao sao novas, que nao estavam reguladas na vida do sec XIX, requerem em alguns casos uma interpretaçao extensiva, haverá uma interpretaçao extensiva quando resulta da letra da lei quando o legislador disse menos do que queria dizer.

Os factos ilicitos sao tambem actos comerciais, temos determinadas disposições no codigo comercial, e como actos previstos na lei comercial sao actos de comercio objectivos, porque apesar de ilicitos tutelam interesses de natureza mercantil.

Actos de comercio e a teoria do acessorio, os actos que sao considerados acessorios e comerciais, sao para a nossa doutrina apenas os que se encontram previstos ou aqueles que cabem na segunda parte do artigo 2º. Já vimos que ficou arredada do acolhimento doutrinal a Teoria do acessório. Só os comerciantes podem praticar actos acessorios. A diferença é porfunda porque restringe a aplicaçao do direito comercial apenas aqueles actos que têm uma finalidade comercial ainda que de natureza comercial.

15 de janeiro

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