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DIREITO CIVIL II CONTRATOS

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DIREITOCIVIL II

CONTRATOS

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Análise dos Contratos

• Não podemos esquecer que o contrato origina-se de ato de vontade e diante disso interpretação é elemento essencial, para que se tenha conhecimento pleno do seu significado e alcance.

• Existem entretanto situações onde, mesmo tentando apresentar clareza e precisão a manifestação da vontade a redação mostra-se obscura e ambígua. Por essa razão os negócios jurídicos em geral devem ser INTERPRETADOS.

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Nesse sentido...

• Interpretar o negócio Jurídico é, portanto, precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se apurar a vontade concreta das partes, não a vontade interna, psicológica, mas a vontade objetiva, o conteúdo, as normas que nascem da sua declaração.

• Carlos Roberto Gonçalves. DIREITO CIVILBRASILEIRO. VOLUME III. Saraiva

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Interpretação dos contratos de adesão

• O Código Civil de 2002 em dois artigos apontam a direção para a interpretação dos contratos de adesão uma vez que o seu conteúdo, as suas cláusulas são estabelecidas unilateralmente.

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• Art. 423 CC. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

• Art. 424 CC. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

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Sobre pacto sucessório...

• Vale ressaltar o art. 426 do CC assim, revisando o que já conversamos anteriormente: “NÃO PODE SER OBJETO DE CONTRATO A HERANÇA DE PESSOA VIVA”. Essa regra é de ordem pública e a sua inobservância torna nulo o contrato em razão da impossibilidade jurídica do objeto.

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Exceção a norma do art. 426 CC

• Art. 2.018. É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários .

• CORRESPONDE A UMA SUCESSÃO ANTECIPADA.

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PRESSUPOSTOS E REQUISITOS

• Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer:

• I - agente capaz;• II - objeto lícito, possível, determinado ou

determinável;• III - forma prescrita ou não defesa em lei.

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Formação dos Contratos

• Diante daquilo que já estudamos podemos perceber que o contrato tem na manifestação de vontade elemento precípuo e mais importante requisito para a existência do negócio jurídico.

• Assim, é um negócio jurídico que decorre da convergência de manifestações de vontade que se contrapõem.

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O Nascimento do contrato...Proposta,

Oferta, Policitação ou ablação

Consentimento

Aceitação

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ATENÇÃO

• Não depende em regra de forma especial. O CONTRATO NÃO NASCE INSTANTANEAMENTE DE UMA PROPOSTA SEGUIDA DE UMA ACEITAÇÃO. Na maioria das vezes é antecedida de uma fase relativamente longa que podemos chamar de NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES.

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NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES

• Momento de sondagens, conversações, estudos e debates também denominada fase de puntuação. Neste momento prévio as partes ponderam, refletem, valoram e geralmente redigem uma minuta que provavelmente levará para a proposta final e definitiva.

• ATENÇÃO: NESTA FASE NÃO HÁ NENHUMA VINCULAÇÃO AO NEGÓCIO POIS AS PARTES AINDA NÃO MANIFESTARAM A SUA VONTADE.

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Nesse sentido...• “A principal característica desta fase de

negociações preliminares é a não obrigatoriedade. Isso porque realizar negociações é um direito concedido pelo ordenamento, de natureza constitucional, que autoriza a livre celebração de negócios jurídicos. Optar pela celebração ou não é um direito que assiste a cada um dos negociantes. Este direito, volta-se a dizer, é cada vez mais limitado, limitação esta diretamente proporcional ao incremento da boa fé objetiva nas relações jurídicas. Não celebrar o negócio jurídico é um direito que assiste ao tratante, desde que aja dentro dos limites da boa-fé e não viole a confiança alheia.”

Carly Popp, Responsabilidade Civil Pré –Negocial: O Rompimento das Tratativas, Curitiba: Juruá Editora, 2002, p. 230.

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• Não há confundir negociações preliminares com o contrato preliminar a que se refere o art. 462 do Código Civil. As negociações preliminares representam mera fase anterior à própria proposta, sem poder vinculante quanto ao elo de ligação visualizado pelos interessados. Descumprimento de negociações preliminares daria ensejo, quando muito, a discussão de perdas e danos. Em contrapartida, discussão acerca do cumprimento ou não do contrato preliminar, reflete justamente no objeto da obrigação descumprida ou da própria contratação

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Boa-fé deve reger negociação preliminar em negociações

• No Direito brasileiro, como se sabe, o princípio da boa-fé objetiva é a base de todo relacionamento pré e contratual, figurando como responsável aquele que por ação ou omissão frustra o contrato. O rompimento pode ser culposo, pode resultar de uma negligência simples ou mesmo não incidir um caráter de gravidade. Não precisa caracterizar má-fé, é necessário que entre a falta de boa-fé e o dano exista um nexo, um vínculo de conexão.

De acordo com tal princípio, avalia-se os três pontos centrais de determinada relação jurídica contratual: iniciando-se pela responsabilidade pré-contratual, passando pela responsabilidade contratual e finalizando por meio da responsabilidade pós-contratual.

Nas relações jurídicas entre empresas, a manifestação de vontade e todo o complexo projeto de elaboração de seus interessados em negociar destinado à formalização e conclusão do contrato, mostram-se como ponto principal para avaliar-se o ato gerador de responsabilidade pré-contratual. Nesta espécie de formação do contrato há incidência de direitos e deveres anexos a serem seguidos, paulatinamente, pelas partes

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• No tradicional conceito de contrato como classe dos negócios bilaterais, a reciprocidade de prestações figura como essência da relação contratual. Os contratos são classificados em “nominados”, “inominados”, e também em “mistos”, que são aqueles que resultam da fusão de vários tipos. Dentro dessa divisão, incidem duas formas de formação dos contratos, definidos como período pré-contratual e proposta.

Juridicamente, o pré-contrato difere da proposta. A proposta é entendida como oferta e recebe previsão específica por meio dos artigos 427 a 435 do Código Civil, que é uma manifestação de vontade determinado com exatidão de contratar, e se não impedida até o momento permitido pela Lei, torna-se obrigatória.

Por sua vez, caracteriza-se a pré-contratualidade no momento em que as partes efetivamente negociarem toda a base do contrato, ou até mesmo se uma das partes prometer algo e não cumprir ou ocultar informações essenciais à correta formação do contrato. Por este ângulo, é exigido uma atividade dos interessados em negociar, que se destine à conclusão do contrato, em que o projeto esteja em elaboração. O ponto fundamental é configurar que cada uma das partes “conduza as negociações num plano de propridade, lealdade e seriedade de propósitos”.

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• Não é necessário, como salienta o eminente professor Orlando Gomes, citando Sacco, que se trate de “uma proposta contratual perfeita e acabada”; “basta que os interessados estejam em entendimentos a respeito do futuro contrato ou que se encontrem vis a vis numa posição que induza um deles à convicção de que o outro celebrará o contrato que lhe foi prometido. O importante é que a confiança seja traída”.

O pré-contrato em ambiente empresarial poderá caracterizar-se por meio do “detalhamento técnico de negociação” — ou vulgarmente chamado de “proposta comercial”, — verdadeiro pré-contrato que irá tornar-se a minuta contratual, uma vez que este documento irá ditar, guiar e seguir o contrato propriamente dito, no formato de anexo integrante do contrato, após o momento das partes registrarem por escrito suas assinaturas.

Apenas a título de ilustração, é por meio de tal documento que a empresa “mostra a sua cara” e coloca seu produto à venda ou sua prestação de serviços disponível, tratando dos aspectos de caráter comercial, rentabilidade, financeiro, operacional, viabilidade, facilidades agregadas, topologia e questões técnicas necessárias que guardem relação com o contrato. Este sumário descritivo é de suma importância, uma vez que servirá de interpretação extensiva à cláusula que tratará do objeto do contrato, tanto para as partes, como para o magistrado em eventual litígio.

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• Importante enfatizar, no que diz respeito às negociações preliminares trocadas no mundo contemporâneo e notadamente no ambiente empresarial, que o processo de formação do contrato passa por longa negociação entre seus representantes através de mensagens enviadas por e-mails, memorandos, correspondências, fax, telefonemas, vídeo conferências e demais formas de comunicação que melhor convir às partes. Há descumprimento de direitos e obrigações quem rompe ou frustra, sem justa causa, essa longa etapa de negociação, se efetivamente estiver em andamento.

Neste complexo processo formativo, há responsabilidade pré-contratual se um dos participantes, sem motivo justo interrompe ou abandona de forma arbitrária a negociação, comportando-se de forma desleal.

Pode acontecer, também, que uma das partes inclua na proposta comercial um aspecto ilícito ou não reconhecido pelo ordenamento jurídico, ou até mesmo “camuflado” de legitimidade que venha a ser transformar em cláusula contratual, visando certo “favorecimento”. Esta situação poderá tornar-se extremamente prejudicial ao ramo de atividade da empresa que figura na outra parte do contrato, que poderá vir à tona somente na execução ou após o cumprimento do contrato.

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• O princípio da boa-fé objetiva previsto no artigo 422 do Código Civil, é uma regra a ser seguida durante as prévias tratativas e deve ser encarado pelas partes como um verdadeiro “dogma”, guiados pela tão almejada ética. Deveres anexos à boa-fé que podem ser traduzidos pelas seguintes expressões: lealdade; confiança; equidade; razoabilidade; cooperação, colaboração e transparência.

Para fins de reparação pelos danos suportados na fase pré-contratual, portanto, basta que a ruptura das negociações preliminares seja injustificada, arbitrária ou culposa. Em juízo, a parte lesada fica somente obrigada a demonstrar a existência da violação. De acordo com a regra imperativa do princípio da boa-fé, durante a fase pré-contratual, a racionalidade empenhada pelas partes deve seguir estritamente a ética, sempre tão almejada nas relações humanas. Enfim, nas tratativas, devem as partes, planejar, discutir, refletir e exarar as palavras empenhadas com veracidade, lealdade e probidade, visando não frustrar as expectativas geradas em torno da negociação, em razão de todo o empenho e confiança depositados no vínculo do pré-contrato.Revista Consultor Jurídico, 6 de março de 2008

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Podemos perceber que...

• Embora não vincule as partes em obrigações, existe a formação de deveres jurídicos para os contraentes, decorrentes do princípio da boa fé com a observação de todos os seus elementos formadores/caracterizadores como lealdade, publicidade, cuidado, sigilo etc. Assim, tal violação geraria responsabilidade do contraente tenha sido ou não celebrado o contrato.

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• Oferta que uma parte faz a outra de contratar, com o objetivo de celebração de um determinado negócio.

• Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.

Proposta, Oferta, Policitação ou ablação

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“se o contrário não resultar dos termos dela”

• Ex: quando na oferta o proponente salientar que reserva o direito de retratar-se ou arrepender-se de concluir o negócio. Prof. Pablo Stolze

“se o contrário não resultar da natureza do negócio”

• Ex: do Prof. Carlos Roberto Gonçalves, chamadas abertas ao público que se consideram limitadas ao estoque existente. Prof. Pablo – promoções de rádio que só premia quem primeiro responder a pergunta no ar.

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“se o contrário não resultar das circunstâncias do caso”

O juiz neste caso terá que avaliar e aplicar no

caso concreto o princípio da razoabilidade

observando casos especiais onde a

proposta não poderia ser obrigatória

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• Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:

• I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;

• II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;

• III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;

• IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.

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A proposta no CDC

• Título I• Dos Direitos do Consumidor

• Capítulo V• Das Práticas Comerciais

• Seção II• Da Oferta

• Art. 30 - Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a

produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela

se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

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• Art. 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

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• Art. 32 - Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.

• Parágrafo único - Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

•  • Art. 33 - Em caso de oferta ou venda por

telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial.

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• Art. 34 - O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus propostos ou representantes autônomos.

• Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:

• I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;

• II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;

• III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia e eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.

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• Concordância com os dados/ fatos que estão sendo propostos mais ainda sem definição final. Sem vícios ou máculas.

Consentimento

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• A aceitação é a manifestação da vontade, expressa ou tácita, da parte do destinatário de uma proposta, feita dentro do prazo, aderindo a esta em todos os seus termos, tornando o contrato definitivamente concluído, desde que chegue, oportunamente, ao conhecimento do ofertante. È a aquiescência a proposta formulada.

Aceitação

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• Para que a aceitação seja legítima não podemos aceitar que haja vícios de

consentimento.

• Erro, Dolo, a lesão ou a coação. Sob pena do negócio ser

ANULADO.

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• Erro é um vício no processo de formação da vontade, em forma de noção falsa ou imperfeita sobre alguma coisa ou alguma pessoa. È um dos vícios do consentimento dos negócios jurídicos. A manifestação de vontade é defeituosa devido à uma má interpretação dos fatos.

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• DOLO é uma espécie de vício de consentimento, caracterizada na intenção de prejudicar ou fraudar um outro. É o ERRO induzido, ou proposital. Má-fé.

• COAÇÃO é um dos vícios do consentimentos nos negócios jurídicos, caracteriza-se pelo constrangimento físico ou moral para alguém fazer algum ato sob o fundado temor de dano iminente e considerável à sua PESSOA, à sua FAMÍLIA ou a seus BENS (Art.151 do CC).

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E se ocorrer fora do prazo?

• Importará em nova proposta. Assim, caso a aquiescência não seja integral, mas feita de forma intempestiva ou com alterações (sejam elas restritivas ou ampliativas) converte-se-á em contraproposta, com base no art. 431.

• Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta

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Informação relevante!

• Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos .

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Pode ser expressa ou tácita!!

• Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.

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Momento de conclusão

• Neste caso a proposta poderá estipular ou não

o prazo para a aceitação, se quem fez

a proposta não estabeleceu nenhum prazo esta deverá ser

manifestada imediatamente, sob

pena da oferta perder a força vinculante.

Entre presentes

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• Se o contrato for realizado entre presentes nenhum problema haverá visto que as partes se vincularão na mesma ocasião em que a outra parte aceitar a proposta. È Neste momento que formaliza-se o acordo recíproco de vontades e o contrato passará a produzir todos os efeitos jurídicos.

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Formação do Contrato entre Ausentes: Tratamento Doutrinário e Legal

• Fundamentalmente, a doutrina (Cf. PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de Direito Civil, Contratos, vol. 3, 10. ed., Forense, pág. 25 e RODRIGUES, Silvio.Direito Civil – Dos Contratos e Declarações

Unilaterais de Vontade. vol 3. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

• Criou duas teorias explicativas a respeito da formação do contrato entre ausentes:

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• a) teoria da cognição para os adeptos dessa linha de pensamento, o contrato entre ausentes somente se consideraria formado, quando a resposta do aceitante chegasse ao conhecimento do proponente.

• b) teoria da agnição (dispensa-se que a resposta chegue ao conhecimento do proponente):

• b.1. sub-teoria da declaração propriamente dita – o contrato se forma no momento em que o aceitante ou oblato redige ou datilografa a sua resposta. Peca por ser extremamente insegura, dada a dificuldade em se precisar o instante da resposta.

• b.2. sub-teoria da expedição - considera formado o contrato, no momento em que a resposta é expedida.

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• b.3. sub-teoria da recepção – reputa celebrado o negócio no instante em que o proponente recebe a resposta. Dispensa, como vimos, que leia a mesma. Trata-se de uma sub-teoria mais segura do que as demais, pois a sua comprovação é menos dificultosa, podendo ser provada, por exemplo, por meio do A.R. (aviso de recebimento), nas correspondências.

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Mas, afinal, qual seria a teoria adotada pelo nosso direito positivo?

• CLÓVIS BEVILÁQUA, autor do anteprojeto do Código Civil de 1916 era, nitidamente, adepto da subteoria da expedição, por reputá-la “a mais razoável e a mais jurídica”.

• Por isso, boa parte da doutrina brasileira, debruçando-se sobre o art. 1086 do Código revogado concluía tratar-se de dispositivo afinado com o pensamento de BEVILÁQUA

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• Art. 1086 (caput). Os contratos por correspondência epistolar, ou telegráfica, tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, ... (grifamos)

• Na mesma linha, se cotejarmos esse dispositivo com o correspondente do Código em vigor, teremos a nítida impressão de que foi adotada a vertente teórica da expedição:

• Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida,

• exceto: I - no caso do artigo antecedente;• II - se o proponente se houver comprometido a

esperar resposta;• III - se ela não chegar no prazo convencionado.• (grifamos)

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• Note-se, entretanto, que o referido dispositivo enumera situações em que o contrato não se reputará celebrado: no caso do art. 433; se o proponente se houver comprometido a esperar a resposta (nesta hipótese, o próprio policitante comprometeu-se a aguardar a manifestação do oblato); ou, finalmente,se a resposta não chegar no prazo assinado pelo policitante.

• Ocorre que se nós observarmos a ressalva constante no inciso I desse artigo, que faz remissão ao art. 433, chegaremos à inarredável conclusão de que a aceitação não se reputará existente, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.

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• Atente para essa expressão: “se antes dela ou com ela CHEGAR ao proponente a retratação do aceitante”.Ora, ao fazer tal referência, o próprio legislador acabou por negar a força conclusiva da expedição,

• para reconhecer que, enquanto não tiver havido a RECEPÇÃO, o contrato não se reputará perfeito, pois, antes do recebimento da resposta ou simultaneamente a esta, poderá vir o arrependimento do aceitante.

• Dada a amplitude da ressalva constante no art. 433, que admite, como vimos, a retratação do aceitante até que a resposta seja recebida pelo proponente, entendemos que o nosso Código Civil adotou a sub-teoria da recepção, e não a da expedição.

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Fonte:

• Novo Curso de Direito Civil – Teoria Geral dos Contratos – vol. IV, tomo 01.

Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho (Saraiva)

(www.editorajuspodivm.com.br ou www.saraivajur.com.br)

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• Ninguém é melhor que

ninguém diante das

possibilidades

• Até a próxima e tenham uma boa

prova!• Abs