direito civil - estratégia - aula 03_parte3

25

Upload: ellen-beltrao

Post on 25-Dec-2015

19 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

direito civil - estrategia - aula 3 parte 3

TRANSCRIPT

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 52 de 97

    Os prazos aplicados s pretenses so os mesmos aplicados as defesas e excees correspondentes.

    Art. 191. A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

    Renncia prescrio , ento, a desistncia, por parte do titular, de invoc-la. No pode ser antecipada, ou seja, no se pode renunci-la antes de consumada. ato pessoal do agente, afeta apenas o renunciante ou seus herdeiros. No pode haver, tambm, prejuzo a terceiro.

    Art. 192. Os prazos de prescrio no podem ser alterados por acordo das partes.

    Art. 193. A prescrio pode ser alegada em qualquer grau de jurisdio, pela parte a quem aproveita.

    ...

    Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurdicas tm ao contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa prescrio, ou no a alegarem oportunamente.

    O artigo 196 cuida da sucesso do prazo prescricional. O herdeiro do falecido dispor apenas do prazo faltante para exercer a ao, quando este prazo se iniciou com o autor da herana:

    Art. 196. A prescrio iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    Veremos a seguir o impedimento, a suspenso e a interrupo da prescrio. Normalmente as questes relacionadas a estes assuntos so muito prximas ao texto da lei, tenha apenas o cuidado para no confundir uma situao com a outra.

    Como dica de memorizao recomendamos que voc faa um caminho imaginrio, visualize primeiramente o impedimento, depois a suspenso e por ltimo a interrupo.

    Das causas que impedem ou suspendem a prescrio

    userRealce

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 54 de 97

    Art. 199. No corre igualmente a prescrio:

    I - pendendo condio suspensiva;

    II - no estando vencido o prazo;

    III - pendendo ao de evico31.

    Os dois primeiros incisos tratam de causas de impedimento, pois enquanto no h o direito no h de se falar em prescrio. J o inciso III causa de suspenso.

    Art. 200. Quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a prescrio antes da respectiva sentena definitiva.

    Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    O art. 201 j foi objeto de cobrana em prova, se estivermos diante de uma obrigao com mais de um credor e este forem solidrios, quando houver suspenso da prescrio contra um dos credores, somente haver a suspenso tambm para os credores solidrios se a obrigao for indivisvel32. O macete para voc no esquecer este artigo est no fato que se a obrigao puder ser fracionada, no h motivos para a prescrio atingir todas as partes da obrigao, os efeitos da prescrio no atingem o que pode ser destacado.

    O impedimento e a suspenso da prescrio fazem cessar, temporariamente, seu curso. Uma vez superada a causa de suspenso, a prescrio retoma seu curso normal, computando o tempo anteriormente decorrido.

    Nos casos de impedimento, mantm-se o prazo prescricional ntegro, pelo tempo de durao do impedimento, para que seu curso somente tenha incio com o trmino da causa impeditiva. Nos casos de suspenso, nos quais a causa superveniente, uma vez desaparecida esta, o prazo prescricional retoma seu curso normal, computando-se o tempo verificado antes da suspenso.

    Na interrupo da prescrio (que veremos a seguir) a situao diversa, verificada alguma das causas interruptivas, perde-se por

    31 Evico a perda da coisa (propriedade, posse ou uso) em decorrncia de deciso judicial ou administrativa, que a atribui a terceiro. 32 &&$UWA obrigao indivisvel quando a prestao tem por objeto uma coisa ou um fato no suscetveis de diviso, por sua natureza, por motivo de ordem econmica, ou dada a razo determinante do negcio jurdLFR Ou seja, obrigao indivisvel aquela que no pode ser fracionada.

    userRealce

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 55 de 97

    completo o tempo decorrido. O lapso prescricional iniciar-se- novamente (passa a contar o prazo desde o incio, recomea). O tempo precedente decorrido fica totalmente inutilizado. Verificamos, portanto, a interrupo da prescrio quando ocorre fato hbil para destruir o efeito do tempo j transcorrido, anulando-se, assim, a prescrio j iniciada. Os casos de interrupo esto no artigo 202 do CC:

    Das Causas que Interrompem a Prescrio

    Observe que a interrupo da prescrio sempre ser provocada:

    Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I- por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    II- por protesto, nas condies do inciso antecedente;

    III- por protesto cambial;

    IV- pela apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores;

    V- por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

    VI- por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    Art. 203. A prescrio pode ser interrompida por qualquer interessado.

    O titular do direito o maior interessado em interromper a prescrio, geralmente ele quem a promove. O representante legal tambm pode promover a interrupo, assim como o assistente dos menores relativamente capazes (contra os absolutamente incapazes no corre a prescrio).

    Geralmente, os efeitos da prescrio so pessoais, de maneira que a interrupo da prescrio feita por um credor no aproveita aos outros, assim como aquela promovida contra um devedor no prejudica aos demais. Isto est no artigo 204 de CC:

    Art. 204. A interrupo da prescrio por um credor no aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupo operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, no prejudica aos demais coobrigados.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 56 de 97

    1o A interrupo por um dos credores solidrios aproveita aos outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    2o A interrupo operada contra um dos herdeiros do devedor solidrio no prejudica os outros herdeiros ou devedores, seno quando se trate de obrigaes e direitos indivisveis.

    3o A interrupo produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

    Observe que os trs pargrafos apresentam situaes especiais, diferentes da apresentada no caput, mas esto relacionadas a solidariedade.

    Se a prescrio for interrompida em favor de um dos credores solidrios a todos aproveita. O mesmo ocorre na solidariedade passiva33. (art. 204, 1).

    Ainda, de acordo com o artigo 204, 2, se um dos herdeiros do devedor solidrio sofre a interrupo, os outros herdeiros, ou devedores, no so prejudicados; o prazo para estes ltimos, continuar a correr, a no ser que se trate de obrigaes e direitos indivisveis. Neste ltimo caso, todos os herdeiros, ou devedores solidrios sofrem os efeitos da interrupo da prescrio, passando a correr contra eles o novo prazo prescricional.

    Por fim, no caso do pargrafo 3, em se tratando de fiana, que obrigao acessria, se a interrupo for promovida apenas contra o afianado, que o devedor principal, o prazo, no entanto, restabelece-se tambm contra o fiador, conforme o princpio de que o acessrio segue sempre o destino do principal. Entretanto, a interrupo operada contra o fiador no prejudica o devedor principal, j que a recproca no verdadeira, isto , o principal no afetado pelo destino do acessrio.

    - Decadncia (arts. 207 a 211)

    A decadncia a extino do direito, tendo em vista a inrcia do seu titular. Veja que o objeto da decadncia o prprio direito. Enquanto a prescrio atinge diretamente a ao e por via oblqua faz desaparecer o direito por ela tutelado, a decadncia, ao contrrio, atinge diretamente o direito material e por via oblqua acaba por atingir a ao. Segundo Maria Helena Diniz34: $GHFDGrQFLDGi-se quando um direito

    33 Solidariedade passiva a dos devedores, aqueles que devem pagar alguma coisa. Credores so os que esto cobrando a dvida de algum, os que querem receber determinada coisa ou valor. 34 Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil 1, 28 ed., pg. 450.

    userRealce

    userRealce

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 60 de 97

    a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que citado para responder ao de indenizao proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuncia do segurador;

    b) quanto aos demais seguros, da cincia do fato gerador da pretenso;

    III - a pretenso dos tabelies, auxiliares da justia, serventurios judiciais, rbitros e peritos, pela percepo de emolumentos, custas e honorrios;

    IV - a pretenso contra os peritos, pela avaliao dos bens que entraram para a formao do capital de sociedade annima, contado da publicao da ata da assembleia que aprovar o laudo;

    V - a pretenso dos credores no pagos contra os scios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicao da ata de encerramento da liquidao da sociedade.

    2. Em dois anos, a pretenso para haver prestaes alimentares, a partir da data em que se vencerem.

    3. Em trs anos:

    I - a pretenso relativa a aluguis de prdios urbanos ou rsticos;

    II - a pretenso para receber prestaes vencidas de rendas temporrias ou vitalcias;

    III - a pretenso para haver juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias, pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela;

    IV - a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa;

    V - a pretenso de reparao civil;

    VI - a pretenso de restituio dos lucros ou dividendos recebidos de m-f, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuio;

    VII - a pretenso contra as pessoas em seguida indicadas por violao da lei ou do estatuto, contado o prazo:

    a) para os fundadores, da publicao dos atos constitutivos da sociedade annima;

    b) para os administradores, ou fiscais, da apresentao, aos scios, do balano referente ao exerccio em que a violao tenha sido praticada, ou da reunio ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;

    c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior violao;

    VIII - a pretenso para haver o pagamento de ttulo de crdito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposies de lei especial;

    IX - a pretenso do beneficirio contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatrio.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 64 de 97

    QUESTES E SEUS RESPECTIVOS COMENTRIOS.

    1. UEPA 2013/Polcia Civil/Escrivo e Investigador (adaptada). Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.

    a) De acordo com a liberdade legalmente assegurada, licito s partes alterar os prazos prescricionais, de acordo com os seus interesses em determinada relao jurdica.

    b) Durante o poder familiar, no corre a prescrio entre ascendentes e descendentes.

    c) A prescrio pode ser diversas vezes interrompida por despacho do juiz, desde que competente, que ordenar a citao do devedor, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    d) No havendo estipulao legal em prazo menor, a prescrio ocorre em 15 (quinze) anos.

    Comentrio:

    $OWHUQDWLYDDHUUDGD Art. 192. Os prazos de prescrio no podem ser alterados por acordo das partes.

    $OWHUQDWLYDEFRUUHWD Art. 197. No corre a prescrio:

    II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

    $OWHUQDWLYDFHUUDGD Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    $OWHUQDWLYDGHUUDGD Art. 205. A prescrio ocorre em dez anos, quando a lei no lhe haja fixado prazo menor.

    Gabarito letra B.

    2. FCC 2012/TRF 2/AJAJ Execuo de Mandatos. A prescrio a) Da pretenso dos tabelies, auxiliares da justia, serventurios

    judiciais, rbitros e peritos, pela percepo de emolumentos, custas e honorrios, ocorre em trs anos.

    b) Ocorrer em cinco anos, quando a lei no lhe haja fixado prazo menor.

    c) Interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 65 de 97

    d) Da pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular ocorre em um ano.

    e) Iniciada contra uma pessoa no continua a correr contra o seu sucessor, seja ascendente, descendente, cnjuge ou colateral.

    Comentrio:

    a) errado.

    Art. 206. Prescreve: 1o Em um ano:

    III - a pretenso dos tabelies, auxiliares da justia, serventurios judiciais, rbitros e peritos, pela percepo de emolumentos, custas e honorrios;

    b) errado.

    Art. 205. A prescrio ocorre em dez anos, quando a lei no lhe haja fixado prazo menor.

    c) correto.

    Art. 202. Pargrafo nico. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper.

    d) errado.

    Art. 206. Prescreve:

    5o Em cinco anos: I - a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular;

    e) errado.

    Art. 196. A prescrio iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    Gabarito letra C.

    3. FCC 2012/TRF 2/AJAJ. Gabriela, perita, proprietria de um conjunto comercial na regio da Av. Copacabana, no Rio de Janeiro - Capital. Seu inquilino Sandoval est injustamente sem pagar os aluguis devidos desde Fevereiro de 2008. De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, Gabriela

    a) Ter direito ao recebimento de todos os aluguis devidos, tendo em vista que o prazo prescricional neste caso de sete anos.

    b) Ter direito ao recebimento de todos os aluguis devidos, tendo em vista que o prazo prescricional neste caso o comum de dez anos.

    c) No ter direito ao recebimento de todos os aluguis devidos, tendo em vista que o prazo prescricional neste caso de dois anos.

    d) Ter direito ao recebimento de todos os aluguis devidos, tendo em vista que o prazo prescricional neste caso de cinco anos.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 66 de 97

    e) No ter direito ao recebimento de todos os aluguis devidos, tendo em vista que o prazo prescricional neste caso de trs anos.

    Comentrio:

    Art. 206. Prescreve:

    3o Em trs anos:

    I - a pretenso relativa a aluguis de prdios urbanos ou rsticos;

    Gabarito letra E.

    4. FCC 2012/TRE-PR/AJAJ. Considere as seguintes disposies legais:

    I. A validade do negcio jurdico requer forma prescrita ou no defesa em lei.

    II. A validade da declarao de vontade no depender de forma especial, seno quando a lei expressamente a exigir.

    correto afirmar que

    a) As duas disposies se acham em vigor.

    b) Nenhuma das disposies se acha em vigor.

    c) Apenas a primeira disposio se acha em vigor.

    d) Apenas a segunda disposio se acha em vigor.

    e) As duas disposies apenas parcialmente se acham em vigor.

    Comentrio:

    um dos requisitos (ou elementos) essenciais do negcio jurdico a forma. Por isso estar certa a disposio I.

    Art. 104. A validade do negcio jurdico requer:

    I - agente capaz;

    II - objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel;

    III - forma prescrita ou no defesa em lei.

    A forma somente dever atender alguma solenidade especial quando a lei determinar.

    Art. 107. A validade da declarao de vontade no depender de forma especial, seno quando a lei expressamente a exigir.

    Gabarito letra A.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 67 de 97

    5. Estratgia concursos 2012/Simulado AFRF. No que diz respeito aos elementos acidentais do negcio jurdico, marque a incorreta.

    a) A condio puramente potestativa aquela que sujeita o negcio jurdico ao puro arbtrio de uma das partes, sendo condio expressamente proibida pelo cdigo civil vigente.

    b) O encargo no suspende a aquisio nem o exerccio do direito, salvo quando expressamente imposto no negcio jurdico, pelo disponente, como condio suspensiva.

    c) O termo inicial suspende o exerccio, mas no a aquisio do direito.

    d) No termo, o evento do qual depende a eficcia do negcio jurdico futuro e certo.

    e) Elementos acidentais so elementos estruturais que, embora acessrios, so indispensveis existncia dos negcios jurdicos, pois lhe formam a substncia.

    Comentrio:

    a) Item correto.

    Art. 122. So lcitas, em geral, todas as condies no contrrias lei, ordem pblica ou aos bons costumes; entre as condies defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negcio jurdico, ou o sujeitarem ao puro arbtrio de uma das partes.

    b) Item correto.

    Art. 136. O encargo no suspende a aquisio nem o exerccio do direito, salvo quando expressamente imposto no negcio jurdico, pelo disponente, como condio suspensiva.

    c) Item correto.

    Art. 131. O termo inicial suspende o exerccio, mas no a aquisio do direito.

    d) Item correto.

    No termo, o evento do qual depende a eficcia do negcio jurdico futuro e certo.

    A certeza do evento (embora no se possa precisar o momento) uma das diferenas do termo em relao condio suspensiva, em ambos os casos o evento futuro, no entanto, na condio suspensiva o evento incerto e j no termo o evento e certo.

    e) Item incorreto.

    Os elementos acidentais ou facultativos, como o prprio nome diz, no so indispensveis para a existncia dos negcios jurdicos.

    Gabarito letra E.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 68 de 97

    6. Estratgia concursos 2012/Simulado AFRF. Assinale a opo incorreta.

    a) causa de nulidade relativa o vcio resultante de erro, dolo, coao, estado de perigo, leso ou fraude contra credores.

    b) Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorizao de terceiro, ser validado se este a der posteriormente.

    c) O negcio nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. O ato de confirmao deve conter a substncia do negcio celebrado e a vontade expressa de mant-lo.

    d) As nulidades devem ser declaradas pelo juiz, quando conhecer do negcio jurdico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, no lhe sendo permitido supri-las, mesmo que a requerimento das partes.

    e) nulo o negcio jurdico quando for desprezada alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade.

    Comentrio:

    a) Item correto.

    causa de nulidade relativa (=anulabilidade) o vcio resultante de erro, dolo, coao, estado de perigo, leso ou fraude contra credores.

    Art. 171. Alm dos casos expressamente declarados na lei, anulvel o negcio jurdico:

    I - por incapacidade relativa do agente;

    II - por vcio resultante de erro, dolo, coao, estado de perigo, leso ou fraude contra credores.

    b) Item correto.

    Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorizao de terceiro, ser validado se este a der posteriormente.

    c) Item incorreto.

    Art. 172. O negcio anulvel pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

    d) Item correto.

    Art. 168. Pargrafo nico. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negcio jurdico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, no lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

    e) Item correto.

    Art. 166. nulo o negcio jurdico quando: V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

    Gabarito letra C.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 69 de 97

    7. Estratgia concursos 2012/Simulado AFRF. Sobre os institutos da prescrio e da decadncia, assinale a alternativa correta.

    a) Qualquer ato, mesmo que presumido, importando em reconhecimento do direito pelo devedor motivo de interrupo da prescrio.

    b) O impedimento e a suspenso da prescrio fazem cessar temporariamente o seu curso. A suspenso da prescrio em favor de um dos credores solidrios estende-se aos demais credores, se a obrigao for divisvel.

    c) No corre a prescrio contra o menor com 16 anos e igualmente contra os que se acharem servindo nas Foras Armadas.

    d) A regra ser toda ao prescritvel. Tal regra, no entanto, no absoluta, porque lhe escapam aos efeitos, por exemplo, os direitos que se prendem imediatamente personalidade ou ao estado das pessoas.

    e) Tanto a decadncia, se convencional, quanto a prescrio devem ser reconhecidas de ofcio pelo magistrado.

    Comentrio:

    a) Item incorreto.

    O ato precisa ser inequvoco. Segundo Caio Mrio da Silva Pereira37 epreciso que se positive bem a existncia do ato pelo devedor, o qual no se pode presumir Art. 202, inciso VI. Por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    b) Item incorreto.

    O impedimento e a suspenso da prescrio fazem cessar, temporariamente, seu curso. No entanto quando houver suspenso da prescrio contra um dos credores solidrios, somente haver a suspenso tambm para os demais credores se a obrigao for indivisvel.

    Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    c) Item incorreto.

    O menor com 16 anos relativamente incapaz.

    Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (trata-se dos absolutamente incapazes)

    II - contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio, dos Estados ou dos Municpios;

    37 Caio Mario da Silva Pereira, Instituies de direito Civil, volume I, 25 ed., pg. 590.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 70 de 97

    III - contra os que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra.

    d) Item correto.

    A regra de toda pretenso sofrer prescrio, entretanto, no absoluta, uma vez que existem direitos que por sua natureza, so incompatveis com o instituto da prescrio. Desse modo, no se acham sujeitos a limites de tempo e no se extinguem pela prescrio, dentre outras, as aes que versem sobre os direitos de personalidade, o estado da pessoa e as aes referentes ao estado de famlia.

    e) Item incorreto.

    Tanto a decadncia, se estabelecida por lei, quanto a prescrio38 sero reconhecidas de ofcio pelo juiz, independente da arguio do interessado.

    Art. 210. Deve o juiz, de ofcio, conhecer da decadncia, quando estabelecida por lei.

    Art. 211. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

    Gabarito letra D.

    8. ESAF 2012/MDIC/ACE. Sobre a validade do negcio jurdico, assinale a opo correta.

    a) A incapacidade relativa de uma das partes no pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, pois aproveita aos cointeressados capazes, salvo se for indivisvel o objeto do direito ou da obrigao comum.

    b) A escritura pblica essencial validade dos negcios jurdicos que visem constituio, transferncia, modificao ou renncia de direitos reais sobre imveis de valor superior a trinta vezes o salrio mnimo vigente, exceto se a lei dispuser em contrrio.

    c) A validade das declaraes de vontade depender de forma especial, e se atender mais ao sentido literal da linguagem do que inteno nelas consubstanciada.

    d) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negcio jurdico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condio a que ele estiver subordinado.

    e) O silncio importa anuncia, quando as circunstncias ou os usos o autorizarem, e for necessria a declarao de vontade expressa.

    38 Mudana dada pela lei n 11.280, de 16 de fevereiro de 2006, que revogou o artigo 194 do CC, em busca de maior celeridade processual. Assim, o Juiz pronunciar de ofcio, tambm, a prescrio.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 71 de 97

    Comentrio:

    $OWHUQDWLYDDHUUDGD Tenha muito cuidado na leitura das questes! Por isso fundamental que voc esteja descansado(a) e tranquilo(a) no dia da prova.

    Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes no pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisvel o objeto do direito ou da obrigao comum.

    $OWHUQDWLYDEFRUUHWD Art. 108. No dispondo a lei em contrrio, a escritura pblica essencial validade dos negcios jurdicos que visem constituio, transferncia, modificao ou renncia de direitos reais sobre imveis de valor superior a trinta vezes o maior salrio mnimo vigente no Pas

    $OWHUQDWLYDFHUUDGD Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto no invalida o negcio jurdico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condio a que ele estiver subordinado.

    $OWHUQDWLYDGHUUDGD A validade das declaraes de vontade somente depender de forma especial se a lei exigir e se atender mais a inteno do que ao sentido literal da linguagem (arts 107 e 112)

    $OWHUQDWLYDHHUUDGD Para o silencio importar concordncia, duas so as condies.

    Art. 111. O silncio importa anuncia, quando as circunstncias ou os usos o autorizarem, e no for necessria a declarao de vontade expressa.

    Gabarito letra B.

    9. ESAF 2012/CGU/CORREIO. nulo o negcio jurdico, segundo o Cdigo Civil vigente,

    a) Celebrado por pessoa relativamente incapaz.

    b) Cujo objeto determinvel.

    c) Que no revestir a forma prescrita em lei.

    d) Tiver por objetivo respeitar lei imperativa.

    e) Por vcio resultante de estado de perigo.

    Comentrio:

    Lembre-VHTXHQXOLGDGHWHPXPDIRUoDPDLRUTXHDQXODELOLGDGHSRLVWHPum aspecto de ordem pblica.

    Art. 166. nulo o negcio jurdico quando:

    I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 72 de 97

    II - for ilcito, impossvel ou indeterminvel o seu objeto;

    III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilcito;

    IV - no revestir a forma prescrita em lei;

    V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

    VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

    VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prtica, sem cominar sano.

    Art. 167. nulo o negcio jurdico simulado, mas subsistir o que se dissimulou, se vlido for na substncia e na forma.

    Gabarito letra C.

    CESPE 2012/DPE-SE/Defensor Pblico. Acerca dos negcios jurdicos julgue os itens.

    10. Os negcios jurdicos podem ser praticados pelo titular do direito negociado ou por seu representante; assim, qualquer manifestao de vontade do representante produz efeitos em relao ao representado.

    Comentrio:

    Tenha ateno ao ler as questes! Isto fundamental nas provas do CESPE. Qualquer manifestao de vontade do representante produz efeitos em relao ao representado?

    Art. 116. A manifestao de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relao ao representado.

    Item errado.

    11. Na anlise de um negcio jurdico bilateral, deve-se, em atendimento ao princpio da autonomia da vontade, aplicar o sentido literal da linguagem consubstanciado no negcio, e no, o da inteno dos contratantes.

    Comentrio:

    Art. 112. Nas declaraes de vontade se atender mais inteno nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

    Item errado.

    CESPE 2012/ANAC/Tcnico Administrativo. Com base no Cdigo Civil, julgue os itens a seguir, relativos condio e ao encargo dos negcios jurdicos.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 73 de 97

    12. O encargo no suspende a aquisio e o exerccio do direito, salvo quando expressamente imposto no negcio jurdico, pelo disponente, como condio suspensiva.

    Comentrio:

    Muita ateno! O CESPE tambm cobra a literalidade do cdigo. - Art. 136. O encargo no suspende a aquisio nem o exerccio do direito, salvo quando expressamente imposto no negcio jurdico, pelo disponente, como condio suspensiva.

    Item correto.

    13. A clusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negcio jurdico a evento futuro e incerto considerada condio.

    Comentrio:

    Art. 121. Considera-se condio a clusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negcio jurdico a evento futuro e incerto.

    Item correto.

    CESPE 2012/MP-PI/Analista. Com relao ao negcio jurdico, julgue os prximos itens.

    14. Por serem convencionados pelas partes, os elementos acidentais - introduzidos facultativamente no negcio jurdico - no possuem o mesmo valor que os elementos estruturais - determinados pela lei.

    Comentrio:

    Os elementos acidentais so facultativos, ou seja, as partes podem optar por acrescent-los ao negcio, entretanto uma vez que decidam acrescent-ORVDRQHJyFLRHOHVVHWRUQDPHVVHQFLDLV'HVWHPRGRTXDQGRum negcio jurdico contiver qualquer dos elementos acidentais eles sero considerados elementos estruturais.

    Item errado.

    15. Sabendo-se que a representao nasce da lei ou do negcio jurdico, correto afirmar que, na representao legal, o representante exerce uma atividade obrigatria e personalssima.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 74 de 97

    Comentrio:

    Havamos destacado esta afirmao durante a parte terica da aula, QDrepresentao legal, o representante exerce uma atividade obrigatria e SHUVRQDOtVVLPD Item correto.

    16. CESPE/2012/MPE-TO/Promotor. De acordo com o ordenamento jurdico brasileiro, vlido o negcio jurdico realizado por mandatrio na venda de imvel para o prprio mandatrio, independentemente de autorizao expressa do representado.

    Comentrio:

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, anulvel o negcio jurdico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Pargrafo nico. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negcio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido substabelecidos.

    Item errado.

    17. CESPE 2012/TRE-RJ/Analista Judicirio. O negcio jurdico realizado mediante representao anulvel se houver conflito de interesses entre o representante e o representado, desde que haja previso para tal no contrato celebrado. O prazo prescricional para a anulao, nesse caso, de cento e oitenta dias, contado da assinatura do contrato ou da cessao da incapacidade.

    Comentrio:

    Art. 119. anulvel o negcio concludo pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.

    Pargrafo nico. de cento e oitenta dias, a contar da concluso do negcio ou da cessao da incapacidade, o prazo de decadncia para pleitear-se a anulao prevista neste artigo.

    Item errado.

    CESPE 2012/ANAC/Tcnico Administrativo. Ainda com base no Cdigo Civil, julgue os itens seguintes, referentes aos defeitos do negcio jurdico.

  • Direito Civil para SEFAZ PA. Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi -

    Aula - 03

    Profs. Aline Santiago e Jacson Panichi www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 75 de 97

    18. As condies para um erro ser considerado substancial incluem o erro ser o nico e principal motivo do negcio jurdico, sendo o erro de direito e no implicando recusa aplicao da lei.

    Comentrio:

    Conforme vimos em aula o erro substancial o que tm um papel decisivo na determinao da vontade da pessoa, de modo que se conhecesse o verdadeiro estado das coisas no teria desejado concluir o negcio (se a situao fosse perceptvel no realizaramos o ato).

    Item correto.

    19. O negcio jurdico nulo suscetvel de confirmao pelas partes, salvo direito de terceiro.

    Comentrio:

    Art. 169. O negcio jurdico nulo no suscetvel de confirmao, nem convalesce pelo decurso do tempo.

    Item errado.

    20. Caso as declaraes de vontade emanem de erro substancial que poderia ter sido percebido por pessoa de diligncia normal, em face das circunstncias do negcio, o negcio jurdico considerado anulvel.

    Comentrio:

    Art. 138. So anulveis os negcios jurdicos, quando as declaraes de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligncia normal, em face das circunstncias do negcio.

    Item correto.

    CESPE 2012/TJ-AC/Juiz de Direito. Considerando que os vcios incidentes sobre a vontade, regulados no Cdigo Civil sob a denominao defeitos do negcio jurdico, esto relacionados formao ou origem do negcio e atuam no plano da validade, julgue o item abaixo.

    21. Os vcios de consentimento prejudicam a exteriorizao do negcio jurdico, atuando sobre o consentimento; j os vcios sociais se mostram quando h uma divergncia entre a vontade exteriorizada e a ordem legal.

    Comentrio:

    Item correto.