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  • 5/14/2018 Direito Civil

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    NOC;:OESDE DIREITOLEI DE INTRODU\AO AO CODIGO CIVIL

    DECRETO-LEI 4.657/42ConcertoDireito e 0 conjunto das normas gerais e posuivas,que regulam a vida social (Radbruch ~. Introducion ala Filosojia del Derecho).Direito objetivo ~ E a norma; de acordo com eladevem agir os individuos.Direito subjetivo .- E a faculdade; quando se dizque alguem tem direito a algo, esta-se referindo aum direito subjetivo. 0 direito subjetivo encontraprotecao no direito objetivo. Observaciio: ba juristasque negam a exisrencia do dire ito subjetivo (Kelsene Duguit).Classifkat;ao do Direito Positivoo Dircito devc ser vrsto como urn todo. As normas,principios e instituicoes devem relacionar-se de formaharmonica, formando um s o sistema. No entanto, parafins didaticos, pode ser dividido em:1, Direito Publico - Disciplina os interesses gerais dacoletividade. E composto par normas de aplicacaoobrigatoria , cogentes, impositivas, Sao suas mate-rias principals: Constitucional, Adrninistrativo,Tributario, Penal, Processual (Penal e Civil),Interuacional, etc.2. Direito Privado - Di scip lina as relacoes dosindividuos entre si. Sao suas materias: Civil eCornercial ,Observafiio: ha controversia quanto ao Direito doTrabalho (tese majoritaria: Direito Privado).Fontes do DirettoDiretas, Imediatas ou formais1, Lei - Norma imposta pelo Estado e tomada

    obrigatoria em sua observancia. "Ninguem seraobrigado a faze! ou deixar de fazer alguma coisasenao em virtude de lei" (art. 5", II, CF). A lei ea principal fonte de Direito. As demais saoacessorias,2. Costume - Reiteracao constante de uma conduta,na conviccao de esta ser obrigatoria. Especies:a} segundo a lei (secundum legem): a lei se reportaexpressamente aos costumes e reconhecc a sua obri-

    gatoriedade; c admitido em nosso ordenamento;b} na falta da lei ipraeter legem): a lei deixa lacu-nas que sao preenchidas pelo costume; tambeme admitido;c) contra a lei (contra legem): 0 costume contrariao que dispoe a lei; corrente rnajoritaria uao 0aceita em 1l0SS0direiro.Indiretas, mediatas 011 nan-formats

    1. Doutrina - Interpretacao da lei fei ta pelos estudio-50S da materia.2. Jurisprudencla - Conjunto uniforme e constantedas decisfies judiciais sobre casos semelhantes.VigEmda das leisNo tempo1, Inieio da vigencta:a) regra geral: 45 dias apos a publicacao (vacatiolegis);b) pratica: na data da publicacao ou em Dutra dataque a propria lei determinar. Publicada a lei,ninguem se escusa de cumpri-la alegando quenao a conhece (art. 3D LICC).2, Termino da vigcncia:a) lei temporaria _.quando a lei possuir um prazo

    de duraeao; ela desaparccc do ordenamento juridi-co com 0 dccurso desk prazo;b) rcvogaeao (expressa ou tacita) : (o(al ab-roga-~ao; parcial - derroga~ao.3. lrretroatividade (nao atinge situa.;:6es passadas): e aregra; admite-sc a retroatividade respeitando-se:direito adquuido, atojuridico perfeito e coisa Julgada.

    4. Repristinacao: lei revogada nao se restaura por tera lei revogadora perdido a vigencia, salvo disposi-

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    Administracao indireta Autarquias e enti-dades de carater publico criadas por lei {cx.:fundacoes publicas).2, Direito Privadoa} Especles fundacoes particulares; partidos politicos (Lei 10.825/03); organizacoes religiosas (Lei 10.825/03); associacoes - scm fins economiccs: sociedades simples ou empresarias - comfinalidade economica,b} Iniclo da exislencia legal Pessoa Juridica de Direito Publico - fatos his-toricos, cr iacao consti tucional, lei especial etratados, Pessoa Juridica de Direito Privado .. 0 que lheillorigem e a vontade humana; possui duasfases: ato consti tut ive (contrato ou estatuto) eregistro publico, ,c) Domicftro (art. 75) - E a sua sede juridica. Uniso - Distrito Federal; Estados - suas capi-tais; Municipio - lugar da administracaomunicipal, Demais pessoas juridicas - lugar onde funcio-nam suas diretorias e administracoes OU elugaronde elegerem no contrato (foro de eleit;iio).d) Termino - Dissolucao deliberada de seus mem-bros, determinacao da lei, decurso de prazo,falta de pluralidade de socios, decisao judicial.e) Grupos despersoftaIizados ~ Sociedades defato ou irregulares, massa fal ida, espolio, etc.f) Responubilidade Direito Publico Regra: responsabilidadeobjetiva. Direito Privado - Regra: responsabilidadesubjetiva,Descoasideracae da pessoa Juridica(disregard of the legal entity)Vincula e atinge bern; particulates dos administra-dores e socios da pessoa juridica, visando a impedirabusos, desvios de finalidade e fraudes (art. 50).

    OBJETO DO DIRE ITO - HENSArts. 79 a 103 do Codigo Civil

    Coneeito de bensSao as coisas (materiais ou imateriais) enquantoeconomicamente valoraveis, satisfazendo a necessida-de humana.CI;issifica~o legalBess eonsiderados em si mesmos (arts. 79 a 91)a) Im6veis ~ Nao podern ser removidos ou transporta-dos de urn lugar para outre sem sua destruicao,M6veis - Podern ser transportados de urn lugarpara outro, por forca propria (semoventes) ou estra-nha, sem alteracao de sua substancia,b) Infungiveis - Nao podem ser substituidos peroutros do mesmo genero, qualidade e quantidade.Fungiveis - Podem ser substi tuidos pe r outros domesmo genero, qualidade e quantidade.c) Inconsumiveis - Proporcionam reiterados usos,permitindo que se retire toda a sua utilidade, scmatingir sua integri.dade. Consumiveis - Sao bensmoveis cujo uso importa na destruii io imewata da

    propria coisa, Adrnitem apenas urn uso.d) Divislveis - Podem ser part idos ern pOT90esreals edistintas, formando cada qual urn todo perfeito.lndivisiveis - Niio podem ser partidos em por90es,pois deixariam de formar urn todo perfeito.e) Singulares - Sao os que, embora reunidos, se con-sideram de per si, independentemente dos demai"Coletivos (00 uruversais) - Sao as coisas que seencerram agregadas em urn todo.BellS reciprocamente considerados (arts> 92 a 97)a} Principais.b) Acessorios (regra: acessorio segue 0 principal). Especies: frutos, prodotos, rendimentos e ben-feitorias. Estas se classificam em: necessarias(conserva9ao do bern), uteis (facilitarn 0 uso) evoLuptuarias (embclezamento)c

    Bens considerados em rela~iioao titular do dominio (arts. 98 a 103)a) Particulares.b)Res nullius ~.coisas de ninguem (peixes no fundodo mar, coisas abandonadas, etc.).

    c) Publicos - uso comum do povo (rios, mares,estradas, ruas, etc.); uso especial (hospitais eescolas publicas, sccretarias, ministerios, etc.) edorninicais (patrimonio disponivel das pessoasde Direito Publico: terras devolutas e terrenos demarinha),Observarao: os bens publicus de uso comum dopovo e os de uso especial sao inalienavcis enquan-to conservarem sua qualificacao; os bens publicosdominicais podem scr alienados, observadas asexigencias da lei .

    CMsas fora do comerci(la) Insuscetiveis de apropriacao - uso inexaurivel (ar,luz solar, etc.).It)Personalissimas (vida, honra, hberdade, etc.].c) Legalmente inalienaveis - hens de familia (arts.1.711 a 1.722, CC, e Lei 8.1)09/90) e bens gravadoscom clausula de inalienabilidade (art. 1.911 CC),

    FATOS JUR ID ICOSArts. 104 a 232 do Codigo Civil

    ConceitosFate eomum - Avao humana ou fato da naturezasem repercussao no Direito,Fate jllridico - Acontecirnento ao qual 0 Direitoatribui efeitos (aquisicao, resguardo, transformacao,modificacao e extincao das relacoes juridicas}.Classifi~ dos fatos juridieosFilla juridicl l natural (seBtide estri to)1. OreIiaario - Morte, maioridade, prescricao e deca-dencia.2. Extraordinario ~ Inevitabilidade do evento eausencia de culpa pelo ocorrido (caso fortuito ouforca rnaior),

    Prescricao: DecadendaE a perda do direito dep re te ns do (

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    burlando a lei. E ato nulo (art . 167). Contudo, estesubsistira no que se dissimulou, se for valido naforma e substancia .. F raudc contra credores - Pratica rnaliciosa deatos que desfalcam 0patrirnonio do devedor, com 0fim de coloca-lo a salvo de uma execucao por divi-das em detrimento dos direitos de credores (arts.158 a 165). E necessario que haja 0 ate prejudicialao eredor, por tornar 0 devedor insolvente, e aintencao de prejudicar,leficiicia do negocio juridico

    Nulidade Anulabilidade.Interesse da ccletivlda-de, materia de ordempublica; eficacia ergaomnes.

    6.Efeito ex nunc (deagora em diante). Adedarao de a n u l a -bilidade nao retroage.Anulado 0 ato, os efei-tos operam a partir dadecisao.

    1.Interesse do prejudica-do, materia de ordemprivada; eficacia ape-na s para quem alegou.~.ArgUida por qualquerinteressado ou peloMinisterio Publico.

    2.Alegada somente peloprejudicado.

    :.Nao pode ser supridapelo juiz, que pode re-conhece-la de oficio.3.Pade se r sanada pelojuiz, que nao pode re -conhece-la de ofido.

    I.Nao se convalesce pelodecurso do tempo. 4.Pode se convalescerpelo decurso do tempo.i,Emregra nao prescreve(exw;6es: quando a leipermitir, neg6dos defundo patrimonial, etc.).

    5.Prescreve em prazosm ais o u menos exlguosou em prazos decaden-dais.i.Efeito ex tunc (desdeaquele momento). Adeclaracao de nuli-dade retroage a datada celebracao do negodo nulo.Ato nuloprat icado por absolutamente incapaz, sem a devidareprcsentacao:objeto ilicito ou irnpossivel;quando nao se revestir 0ate da forma prescrita em lei;quando for preterida solenidade essencial;quando houver simulacao;quando a lei declarar 0 ate nulo ou lhe negar efei to.AtD anulavelpraticado por relativamente incapaz, sem assisten-cia de seus representantes legais;POf vicio resultante de erro, dolo, coacao, lesao,estado de perigo ou fraude contra credores, quandoessenciais;por falta de legitima9ao (ex.: venda de imovel semoutorga do outro conjuge);se a lei assirn 0 declarar.

    ATO IL iCtTO ERESPONSABILIDADE CIVILArts. 186 a 188 e 927 a 954 do C6digo Civil

    :onc;eito de ato ilicitoAto praticado em desacordo com a norma juridi-a, causando danos a terceiros e criando 0 dever de~para-los.eorias da responsabilidadeOhjetiva, Conduta (e 0 fato lesivo)a) A"ao - conduta positiva - E a reg~a,b) Omissiio - condnta negativa ~ E necessarioque existam dever juridico de praticar determi-nado ato, a prova de que a conduta nao foi prati-cada e a demonstra~iio de que, caso a condutafosse praticada, 0 dano seria evitado,. Danoa) Dano moral- Em sentido proprio, refere-se aoabaJo dos sentimentos de uma pessoa, provo-cando-lhe dor, tristeza, desgosto, depressao,

    etc.; ern sentido impr6prio ou amplo, abrange alesao de todos e quaisquer bens ou interessespessoais (exceto economicos), como a liberda-de, 0 nome, a familia, a honra, a inlcgridadcfisica, etc. No dano moral nao se pede urn

    preco para a dOL mas urn meio para atenuar,ern parte, as conscqilcncias do prejuizo. Art.5, X, Constituicao Federal de 1988: "Siloinviolaveis a intimidade, a vida privada, ahonra e a imagem das pessoas, assegurado adireito a indenizacao pelo dam) material oumoral decorrente da sua violacdo ", 0C6digoCivil nao traz criterios para a quantificacao daindenizacao por dano moral . Deve 0 magistradoIixa-la analisando a extensao do dano. as condi-~5es cconomicas dos envolvidos e o grau deculpa do agente.b) Dano patrimonial

    Dano emergente Efetiva diminuicao dopatrimonio da vitima, Luero cessanre - 0que ela deixou de ganhar,Se 0 dana patrimonial e 0 moral decorrem domesmo fato, serao cumulaveis as indenizacoes,3. Rela"iio de causalidade - A responsabilidade civilnao pode exist ir sem a relacao de causalidade entreo dana e a condnta ilicita do agente. Se houvedano mas sua causa nao esta relacionada com 0comportamento do agentc, inexiste a relacao decausalidade, nao havendo a obrigacao de indenizar,Subjetiva1.Conduta - Idem anteriormente.2, Dano - Idem acima.3, Elemento subjetivo Havera responsaoilidade porindenizacao somente se existir culpa em sentidoample do agente, que abrange 0 dolo e a culpa emsentido estrito,a) Dolo - E a voluntariedade; e a violacao intencio-nal do dever juridico; 0 agente qucr 0 resultado(direto) ou assume 0 r isco de produzi-lo (even-tual).b) Culpa (em sentido estrito) - E a violacao de urndever que agente poderia conhecer e acatar,Nao ha intencao de violar 0 dever juridico, maseste acaba sendo violado por: Imprudencla - E a prat ica de urn fato perigo-so (ex.: dirigir veiculo em rua movimentadaem excesso de velocidade). Negligencia ~~E a ausencia de precaucao onindiferenca em relacao ao ate realizado (ex.:deixar anna de fogo ao facil alcance de umacrianca). Impericia - Falla de aptidao para 0 exerciciode arte ou profissao (tambem caracteriza aculpa, ernbora nao esteja expressa no art. 186)