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DIREITO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO MORAL AT WORK ATTACK JULIE SOUSA MARTINS LEONARDOFERREIRA DE SOUZA RESUMO Nos dias de hoje, o emprego é considerado um bem precioso, principalmente na situação de grave crise em que o mundo se encontra, fazendo com queas relações de emprego fiquem cada vez mais escassas. O presente estudo alerta para a necessidade da preservação moral dos trabalhadores dentro das organizações de trabalho, que apesar de hipossuficientes, são eles quem fazem mover toda a economia, e são parte de extrema importância dentro das empresas. Por conta dessa escassez é que muitos trabalhadores sofrem situações vexatórias e humilhantes. Serão abordados alguns pontos como a evolução do trabalho humano no mundo bem como à luz das Constituições brasileiras, alguns pontos importantes do assédio moral e seus sujeitos e a atual legislação referente ao tema assédio moral. Palavras-chave: Assédio moral, Dano moral, Legislação brasileira, Relações de trabalho, Sujeitos do assédio moral, Dignidade da pessoa humana. Abstract: Harassment, Moral harm, Brazilian legislation, Labor relations, Subjects of bullying, Dignity of the human person Keywords Today, employment is considered a precious asset, especially in the situation of serious crisis in which the world is, making employment relations increasingly scarce. The present study warns of the need for moral preservation of workers w ithin working organizations, which, although hypersufficient, are the ones who make the w hole economy move, and are a very important part of companies. Because of this shortage, many workers suffer vexatious and humiliating situations. Some points w ill be addressed such as the evolution of human w ork in the w orld as well as in the light of the Brazilian Constitutions, some important points of bullying and its subjects and the current legislation on the subject of moral harassment. INTRODUÇÃO O objetivo desse trabalho é abordar a questão do assédio moral, pois, é um tema que tem ganhado atenção nos últimos tempos. O assédio moral interfere no bom funcionamento das relações entre os indivíduos. Esse tema é um objeto de estudo de vários pesquisadores nos últimos anos, e também tem atraído a atenção de psicólogos, trabalhadores, operadores do Direito e de demais pessoas interessadas pelo mundo do trabalho que enxergam o assédio moral como uma violação dos Direitos dos trabalhadores. Com esse estudo, busca-se demostrar, fundamentando juridicamente que, esses trabalhadores assediados merecem que o Estado os ampare contra essa prática, para isso, serão demostrado os aspectos fundamentais do trabalho humano, sua evolução histórica e em seguida é exposto o fenômeno do assédio moral identificando seu conceito, suas características e as consequências. Longe de almejar uma definitiva conclusão sobre o assunto, esse trabalho pretendo contribuir no combate ao assédio moral, para que todos compreendam e que seja visível à sociedade e que não seja apenas mais um problema da longa jornada de luta dos trabalhadores no decorrer da história. Outro ponto de extrema importância, diz respeito à falta de uma legislação específica que trate do tema e outros ramos do Direitos são utilizados para a resolução desse problema como por exemplo o Direito Civil. Existem hoje projetos de Lei que tentam regulamentar o assédio moral, incluindo nos textos do nosso Código Penal Brasileiro, penas e multas para aqueles que se enquadrem praticando esse ato. Breve histórico do trabalho humano no mundo Alguns estudos apontam que os primeiros trabalhos foram o da criação, conforme nos diz o livro de Gênesis, onde se retrata a origem do mundo. 1 Depois do pecado de Eva, onde Deus lançou sobre a terra a maldição de que todos estariam sujeitos a trabalhos penosos todos os dias da tua vida 2 a doutrina cristã destaca o trabalho como uma fadiga, um esforço penoso, como se o homem tivesse que reaver a dignidade perdida diante de Deus com o pecado original. Mais tarde, na idade média, já se tinha a ideia de que prover o próprio sustento como o trabalho, assegurava-se a independência. Conforme Carmem Camino: “afragmentação do Império Romano, a partir de 476 a.C, implicou alterações significativas nas relações de trabalho. Emergiram como instituições de grande poder a Igreja, o Feudalismo e as Corporações de Oficio.” 3 1 BIBLIA SAGRADA traduzida em português por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. VER e atual. No Brasil 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã. 1998. Gên, 2:2: Deus acabou no sétimo dia a obra que tinha feito e descansou. 2 BIBLIA SAGRADA traduzida em português por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. VER e atual. No Brasil 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã. 1998. Gên, 3:17- 19 3 CAMINO, Carmem. Direito Individual de Trabalho, 2. Ed. Porto Alegre. Síntese 1999. P. 26. Simpósio de TCC e Seminário de IC , 2016 / 2º 748

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DIREITO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO MORAL AT WORK ATTACK

JULIE SOUSA MARTINS LEONARDOFERREIRA DE SOUZA

RESUMO Nos dias de hoje, o emprego é considerado um bem precioso, principalmente na situação de grave crise em que o mundo se encontra, fazendo com queas relações de emprego f iquem cada vez mais escassas. O presente estudo alerta para a necessidade da preservação moral dos trabalhadores dentro das organizações de trabalho, que apesar de hipossuficientes, são eles quem fazem mover toda a economia, e são parte de extrema importância dentro das empresas. Por conta dessa escassez é que muitos trabalhadores sofrem situações vexatórias e humilhantes. Serão abordados alguns pontos como a evolução do trabalho humano no mundo bem como à luz das Constituições brasileiras, alguns pontos importantes do assédio moral e seus sujeitos e a atual legislação referente ao tema assédio moral. Palavras-chave:Assédio moral, Dano moral, Legislação brasileira, Relações de trabalho, Sujeitos do assédio moral, Dignidade da pessoa humana. Abstract:Harassment, Moral harm, Brazilian legislation, Labor relations, Subjects of bullying, Dignity of the human person Keywords Today, employment is considered a precious asset, especially in the situation of serious crisis in which the world is, making employment relations increasingly scarce. The present study warns of the need for moral preservation of workers w ithin working organizations, which, although hypersuff icient, are the ones who make the w hole economy move, and are a very important part of companies. Because of this shortage, many workers suffer vexatious and humiliat ing situations. Some points w ill be addressed such as the evolution of human w ork in the w orld as well as in the light of the Brazilian Constitutions, some important points of bullying and its subjects and the current legislation on the subject of moral harassment. INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho é abordar a

questão do assédio moral, pois, é um tema que tem ganhado atenção nos últimos tempos. O assédio moral interfere no bom funcionamento das relações entre os indivíduos. Esse tema é um objeto de estudo de vários pesquisadores nos últimos anos, e também tem atraído a atenção de psicólogos, trabalhadores, operadores do Direito e de demais pessoas interessadas pelo mundo do trabalho que enxergam o assédio moral como uma violação dos Direitos dos trabalhadores.

Com esse estudo, busca-se demostrar, fundamentando juridicamente que, esses trabalhadores assediados merecem que o Estado os ampare contra essa prática, para isso, serão demostrado os aspectos fundamentais do trabalho humano, sua evolução histórica e em seguida é exposto o fenômeno do assédio moral identificando seu conceito, suas características e as consequências. Longe de almejar uma definitiva conclusão sobre o assunto, esse trabalho pretendo contribuir no combate ao assédio moral, para que todos compreendam e que seja visível à sociedade e que não seja apenas mais um problema da longa jornada de luta dos trabalhadores no decorrer da história. Outro ponto de extrema importância, diz respeito à falta de uma legislação específica que trate do tema e outros ramos do Direitos são utilizados para a resolução desse problema como por exemplo o Direito Civil. Existem hoje projetos de Lei que tentam regulamentar o assédio moral, incluindo nos textos do nosso Código Penal Brasileiro, penas e multas para aqueles que se enquadrem praticando esse ato.

Breve histórico do trabalho humano no mundo

Alguns estudos apontam que os primeiros

trabalhos foram o da criação, conforme nos diz o livro de Gênesis, onde se ret rata a origem do mundo.1

Depois do pecado de Eva, onde Deus lançou sobre a terra a maldição de que todos estariam sujeitos a trabalhos penosos todos os dias da tua vida2a doutrina cristã destaca o trabalho como uma fadiga, um esforço penoso, como se o homem tivesse que reaver a dignidade perdida diante de Deus com o pecado original.

Mais tarde, na idade média, já se tinha a ideia de que prover o próprio sustento como o trabalho, assegurava-se a independência.

Conforme Carmem Camino: “afragmentação do Império Romano, a

partir de 476 a.C, implicou alterações significativas nas relações de trabalho. Emergiram como instituições de grande poder a Igreja, o Feudalismo e as Corporações de Oficio.”3

1 BIBLIA SAGRADA traduzida em português por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. VER e atual. No Brasil 2 ed. São Pau lo: Cultura Cristã. 1998. Gên, 2:2: Deus acabou no sétimo d ia a obra que tinha feito e descansou. 2 BIBLIA SAGRADA traduzida em português por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. VER e atual. No Brasil 2 ed. São Pau lo: Cultura Cristã. 1998. Gên, 3:17-19 3 CAMINO, Carmem. Direito Indiv idual de Trabalho, 2. Ed. Porto Alegre. Síntese 1999. P. 26.

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Seguidamente, houve então um regime de trabalho eleito nos feudos, a chamada Servidão da Gleba, Os servos assim como os escravos não detinham liberdade, diferenciavam-se dos escravos por não serem objetos de direitos, mas, sua condição por serem objeto de cessão não era muito diferenciada.

Para Domingos Zainaghi: “numterceiro momento, aparece uma

forma de trabalho denominada corporações de oficio, uma forma de trabalho de alto grau de exploração. Nesse ponto o homem deixa o campo para instalar-se nas áreas urbanas em torno dos castelos.”4

Somente a partir da Revolução Industrial

em 1789, com o lema revolucionário, Igualdade, Liberdade e Fraternidade, foi que o trabalho se consagrou como uma atividade de trabalho assalariado. Houve então uma grande modificação da produção manufatureira, vieram as máquinas a vapor potencializando o trabalho humano o que fez com que se produzisse mais e foi ai que a divisão dos ganhos entre os empresários e os operários começaram.

Com essa nova forma de trabalho, havia a necessidade da criação de uma legislação e a Constituição de Weimar foi a primeira a ter uma norma sobre ordem econômica e social com a assinatura do Tratado de Versalhes.5

A partir de então, as Constituições pelo mundo foram inserindo medidas protetivas para seus trabalhadores. A evolução do trabalho nas Constituições brasileira

Desde o seu descobrimento em 1500 até a Abolição da Escravatura em 1888, houveregime de trabalho, o escravo, reduzindo os índios e negros a bens e não seres humanos.

A Constituição do Império de 1824, aboliu as corporações de oficio e limitou- se a assegurar o trabalho desde que, não afronta-se os costumes públicos, saúde e segurança da sociedade. 6

Já a Constituição da República em 1891, garantia o exercício de qualquer profissão, seja moral, intelectual ou industrial. 7

Mais à frente, em 1937 com a Constituição outorgada, o trabalho passa a ser

4 ZAINAGHI, Domingos Sávio. Curso de Leg islação Social. 6 ed. São Paulo : Atlas 2000. P. 19. 5 ZAINAGHI, Domingos Sávio. Curso de Leg islação Social. 6 ed. São Paulo : Atlas 2000. P. 21- Em 1919, através do Tratado de Versalhes criada Organização Internacional do Trabalho (OIT). 6 BARROS, A lice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo. LTR. 2005. P. 65 a 66. 7 CAMINO, Carmem. Direito Indiv idual do Trabalho. 2. Ed. Porto Alegre. Síntese. 1999. P. 26.

um dever social, e os trabalhadores tiveram seus direitos ampliados.8

Em 1967 a Constituição que foi fruto do golpe militar de 1964, já trazia a valorização do trabalho humano na ótica da dignidade humana, inclusive trazia alguns artigos os quais já repudiava as diferenças salariais e as formas de escolhas através do sexo, cor ou estado civil. 9

Em comentário a Constituição de 1988 diz Eros Grau:

“ o valor social do trabalho, fundamento da República Federativa do Brasil significa que ele é um verdadeiro pilar, assegurando a todos uma existência digna. Resulta que a valorização do trabalho humano confere ao trabalhado e aos trabalhadores tratamento peculiar, na medida em que numa sociedade capitalista moderna, o trabalho passa a receber proteção não meramente caridosa, porém politicamente racional.” 10

Com a atual Constituição Federal 1988, o valor do t rabalho humano, consequência da dignidade da pessoa humana, passa a ser fundamento da ordem econômica. O assédio moral no trabalho

O assédio moral no trabalho, ou assédio organizacional, são praticados dentro das empresas, e esses atos abusivos vem pro parte da própria administração, sejam por seus chefes, gerentes, subordinados ou superiores hierárquicos.

Para Thereza Cristina Gosdal: “o assédio moral é um conjunto

sistemático de práticas reiteradas, inseridas nas estratégias de métodos de gestão, por meio de pressões, humilhações e constrangimentos, para que sejam alcançados determinados objetivos empresariais ou institucionais, relativos ao controle do t rabalhador ( aqui incluído o corpo, o comportamento e o tempo de trabalho), ou ao custo do trabalho,ou ao aumento de produtividade e resultados, ou à exclusão ou prejuízo de indivíduos ou grupos com fundamentos discriminatórios.”11 Breve Histórico

As primeiras pesquisas envolvendo o assédio moral tiveram início na Biologia antes de

8 FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. 1. Ed. Campinas: Russel Editores, 2004.p.28. 9 FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. 1. Ed. Campinas: Russel Editores, 2004.p.29. 10GRAU, Eros Robert. A ordem econômica na Constituição de 1988: Interpretação e crít ica, 8ª. ed., ver. Atual., São Paulo : Malheiros Editores, 2003, p. 178 – 181. In :.Hádassa Dolores Bonilha Ferreira. Assédio Moral nas Relações de Trabalho. 1ª ed. Campinas: Russell Ed itores, 2004. p. 29. 11GOSDAL, Thereza Cristina; SOBOLL, Lis Andrea Pereira. Assédio moral interpessoal e organizacional. São Paulo : Ltr, 2009. p. 37

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serem desenvolvidas entre humanos. Konrad Lorenz observou que alguns animais de porte pequeno quando se deparavam com invasões mais precisamente um animal maior, desenvolvia um comportamento de mobbing, palavra inglês que traduzida quer dizer turba ou multidão.12

Na década de 60, Peter-Paul Heunemann, realizou estudos com crianças e percebeu que o comportamento se assemelhava às pesquisas com animais. As crianças também desenvolveram comportamento agressivo quando uma outra criança invadia seu espaço. Deu-se então a primeira pesquisa para se detectar o assédio moral nas relações humanas.

Vinte anos mais tarde, o renomado psicólogo alemão Heinz Leyman, aplicou as pesquisas anteriores no ambiente de trabalho e descobriu os mesmos resultados de comportamento, com o diferencial de que as agressões físicas são raramente usadas, o que percebe são condutas insidiosas como por exemplo, o isolamento social da vítima.

Denominação de assédio em outros países

Mobbing é a denominação usada na Itália e traz a ideia de violência silenciosa psíquica. Em Portugal usa-se assédio moral ou terrorismo psicológico. Na França o assédio moral é conhecido como Harcélement moral. Na Espanhaé denominado como Acoso moral e Mobbing. Inglaterra recebe o nome de Bullying. No Japão chama-se Ljimipara o assédio moral em todos os setores da vida inclusive no trabalho. Conceito de assédio moral

No ordenamento Jurídico brasileiro não existe uma previsão específica sobre o assédio moral, buscamos uma conceituação de Marie-France Hirigoyen na área de psicologia do trabalho para melhor entender o tema.

Assim conceitua Marie-France Hirigoyen: “ toda e qualquer conduta abusiva

manifestando-se sobretudo por comportamento, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, a dignidade ou à integridade f ísica ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.” 13

Conforme Hádassa Ferreira: “ pode-se dizer que o assédio moral é um

processo composto por ataques repetitivos que se prolongam no tempo, permeando por artifícios psicológicos que atingem à dignidade do trabalhador constituindo em humilhações verbais, psicológicas, tais como o isolamento, a não

12 FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. 1. Ed. Campinas: Russel Editores, 2004.p.38. 13 HERIGOYEB, Marie-France. assédio moral: a violência perverso no cotidiano. Tradução de Rejane Janowetzer. Rio de Janeiro: Bertran Brasil. 2000.p.35.

comunicação ou a comunicação hostil o que acarreta sofrimento ao trabalhador, refletindo-se na perda de sua saúde f ísica e psicológica.” 14

Para Marcia Novaes Guedes: “ todos os atos comissivos ou omissivos,

atitudes, gestos e comportamentos do patrão, da direção da empresa, do gerente, chefe, superior hierárquico ou dos colegas que traduzem uma atitude de continua e ostensiva perseguição que possa acarretar danos relevantes as condições físicas, psíquicas, morais e existenciais da vítima.”15

Sendo assim, o assédio moral é sem

dúvidas um terrorismo psicológico ou um psicoterror, com claras intenções perseguidoras e humilhantes que visa eliminar suas vítimas das organizações de trabalho. Estudos sobre o assédio moral nas organizações no Brasil

Após a apresentação de mestrado da Dra. Margarida Barreto, em maio de 2000 e que depois foi publicada pelo departamento de psicologia da PUC-SP com tema “ Uma Jornada de Humilhação”16, tendo esse trabalho como base de estudos as pesquisas de Marie-France Hirigoyen, foi que no Brasil o assédio moral passou a ter maior divulgação.

Logo depois, deu-se inicio ao primeiro seminário internacional sobre o assédio moral, mais precisamente em 30 de abril de 2002. Denominação de assédio moral no Brasil

Aqui no Brasil não há uma denominação específica, alguns chamam de violência moral, humilhação no trabalho, outros chamam de terror psicológico, violência psicológica.

Sujeitos no assédio moral

Nem sempre o assédio moral parte da figura do empregador, isso porque as posições podem ser alteradas. Frequentemente até pode ser o empregador, mas não necessariamente, isso porque o assédio pode vir de comandos hierárquicos, ou seja, de um gerente por exemplo.

Por outro lado, as possíveis vítimas do assédio moral são geralmente aqueles empregados com algum diferencial. Sejam

14FERREIRA ,Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. 1. Ed. Campinas: Russel Editores 2004.p.49 15 GUEDES, Marcia Novais, Terror Psicológico no Trabalho. 2. Ed. São Pau lo: LTR. 2004.p.32. 16 BARRETO, Margarida. Gineco logista e médica do trabalho (CRENESP 15713); Mestre em Psicologia Social (PUC-SP) com a tese “Uma Jornada de Humilhações” (baseado em 2072 entrevistas de homens e mulheres de 97 empresas industriais paulistas); Graduada em Medicina pela FMSP-BA. Disponível em: http//www.assediomoral.org/site/info/quemsomos.php/. acesso em 25 de novembro 2016.

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excessivamente competentes ou que ocupa muito espaço, e até aqueles que estão temporariamente mais frágeis por conta de licença saúde.

Nos esclarece Maria Aparecida Alkimim,

sobre os sujeitos do assédio: “ classificam em ativo e passivo os

sujeitos, podendo ser o sujeito ativo (assediador) o empregador ou qualquer superior hierárquico, colega de trabalho ou subordinado em relação ao superior hierárquico; Sujeito passivo (vitima/assediado) pode ser o empregado ou superior hierárquico em relação ao subordinado.”17

Maria Aparecida Alkimin, classifica o

assédio moral em: “ vertical descendente (parte do superior

em relação aos seus subordinados); horizontal simples ou coletivo (parte de um ou mais trabalhadores em relação ao colega de serviço); vertical ascendente (de um ou mais assalariados em relação ao superior hierárquico).”18

Os Agressores, as vítimas e aqueles que presenciam são sujeitos de violência moral.

O que não se classifica como assédio moral

Quando analisados isoladamente, alguns sintomas podem não se caracterizar assédio moral como por exemplo o stress, que é um estado biológico, que no local de trabalho decorre de vários motivos como uma má condição de trabalho por exemplo, resultando em stress o que não é necessariamente assédio moral, já que o stress independe da ação de outras pessoas, o trabalhador pode estar apenas muito cansado ou irritado.

As agressões que não continuam no tempo, que é apenas um caso isolado, que não se repete, também não podem ser confundidas com assédio moral.

As alegações de más condições de trabalho, uma falta de material, iluminação ruim, são algumas situações que não podem ser vistas como prática de assédio, a não ser que apenas uma pessoa esteja sofrendo essas condições diferenciadas dentre as outras no local de trabalho. Condutas e prejuízos do assédio moral ao trabalhador

As principais condutas de assédio moral são: a recusa de diálogo, a comunicação

17 ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio moral nas relações de empregp. Ed. 2005.2.tir. Curitiba Juruá.2006.p.41. 18ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio Moral na relação de emprego.1. ed. 2005, 2. tir. Curit iba: Juruá, 2006. p. 61.

perversa, o isolamento, desqualificação e desacreditar na vítima, degradação das condições de trabalho.

Exemplifica Hiirigoyen: “ utilizam-se insinuações para

desqualifica-la, fazem gestos de desprezo diante dela, suspiros e olhares desdenhosos, levantar de ombros. É desacreditada diante de colegas, superiores e subordinados, rumores são espalhados a seu respeito, problemas psicológicos são atribuídos a pessoa, zombaria de deficiências físicas ou de seu aspecto, críticas de sua vida privada, zombaria de origem ou nacionalidade, implicância com religião ou convicção política, tarefas humilhantes são atribuídas e injurias com termos obscenos e degradantes.”19

O trabalhador que sofre assédio moral tem sua saúde física e psicológica prejudicada o que causa desiquilíbrio nas relações com seu familiares, colegas, chefes, sociedade, dentro e fora da empresa. Quando a vítima fica desempregada, a baixa auto- estima pessoal e profissional fica profundamente abalada, prejudicando inclusive uma recolocação no mercado de trabalho.

A produtividade também é um ponto bastante afetado, pois o trabalhador ao suportar a situação do assédio moral em silencio, desenvolve doenças de sobrecarga que é conhecida como burnout, uma doença psicossomática gerada pelo grande desgaste mental gerando também depressão.

Para melhor compreensão esclarece Helena Candido:

“O Burnout é a reação psíquica de caráter depressivo, precedida do esgotamento f ísico e mental crônico, resultante da dedicação excessiva e estressante ao t rabalho. Suas principais características são a ausência de motivação e a insatisfação profissional. O perfil dessa síndrome é marcado por condutas negativas como, por exemplo, a perda de responsabilidade com tarefas desenvolvidas e perda de motivação para realizar as atividades profissionais, ou, traduzindo de outra maneira, é uma reação ao estresse ocupacional crônico.” 20

Os prejuízos afetam a todos além do trabalhador. As empresas que terão um trabalhador com baixa produtividade gerando prejuízos econômicos, a sociedade, pois as vítimas possivelmente passarão a receber auxilio da previdência, temporários ou permanentes o

19 HIRIGOYEN, Marie-France. Mal estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. tradução por Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Bertrand.Brasil 2002.p.66. 20CANDIDO, Tch illa Helena. Assédio Moral: acidente laboral. São Pau lo: LTr, 2011, p. 235; apud ALVARENGA, Rúbia Zanotelli de. Assédio moral organizacional. Revista Síntese Trabalhista e Previdenciária. São Pau lo, v. 23, n. 276, jun. 2012, p. 30.

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que certamente irá sobrecarregar a previdência social. O assédio moral e a Legislação no Brasil

Com a Constituição de 1988, houve uma

grande valorização do ser humano, quando temos os Direitos e Garantias Fundamentais à frente da Organização do Estado. Sendo assim, o assédio moral desvaloriza o trabalho e exclui a dignidade afrontando o ordenamento Jurídico.

8.1 Previsão na esfera penal

A prática do assédio moral poderá ser

enquadrada nos crimes contra a honra, nos artigos 139- Difamação e artigo 140-Injúria e até mesmo no crime de periclitação da vida e da saúde no artigo 136-Maus Tratos e ainda nos crimes contra a liberdade individual artigo 146-Constragimento Ilegal.

Existe hoje no Congresso Nacional, alguns Projetos de Lei que preveem a tipificação criminal do assédio moral no ambiente de trabalho, como por exemplo o Projeto de Lei Federal 5.971/2001 do Deputado Inácio Arruda PC do B – CE que acrescenta ao Código Penal Brasileiro:21

Artigo 203-A: Coagir moralmente

empregado no ambiente de trabalho, através de atos ou expressões que tenham por objeto atingir a dignidade ou criar condições de trabalho humano degradante, abusando de autoridade conferida pela posição hierárquica.

Pena- Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. Previsão na esfera administrativa

Há em vários Estados, Projetos de Lei

que tentam regulamentar a prática d assédio moral no serviço público, são alguns: Lei contra o assédio moral do Estado de São Paulo; Projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará; Projeto de Lei na Assembleia Legislativa da Bahia, também no Estado do Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul. 22

No Estado do Rio de Janeiro Já existe uma lei aprovada ( Lei 3921) que proíbe o assédio moral no serviço público estadual.

Previsão na esfera trabalhista

Na Ordem Jurídica trabalhista não existe

uma proteção especifica para o assédio moral, mas traz como violação do dever jurídico no aspecto trabalhista e constitucional. Na CLT, artigo 483 e 482, pela obrigações contratuais, e

21ASSEDIOMORAL.ORG. Acesso em 27 de Novembro de 2016. 22 ASSEDIOMORAL.ORG. Acesso em 27 de Novembro de 2016

na Constituição, artigo 5º, inciso X, violando à dignidade da pessoa humana dos trabalhadores e sujeitando também à responsabilidade por dano moral

8.4 Previsão na esfera Civil

No Código Civil, há previsão para aqueles que “ por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito” (CC, art. 186). Desta forma, aquele que, “por ato il ícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”(CC, art.927).23

O dano moral

A Constituição Federal em seu artigo 5º, incisos L e X, elenca do ressarcimento do dano moral. 24

Sérgio Cavalieri conceitua o dano moral sob dois aspectos:

“ o dano moral em sentido estrito, como a violação do direito à dignidade, compreendido pela inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem, e o dano moram em sentido amplo, como os direitos da personalidade, compreendidos pela imagem, o bom nome, a reputação, sentimentos, relações afetivas, hábitos, gostos, convicções religiosas, filosóficas e direitos autorais.”25

Yussef Cahali diz:

“ tudo aquilo que molesta gravemente a alma humana ferindo gravemente os valores fundamentais inerentes a sua personalidade ou reconhecidos pela sociedade em que está integrado, qualifica-se em linhas de princ ípios, como dano moral: não há como enumerá-los exaustivamente, evidenciando-se na dor, na angustia, no sofrimento, na tristeza, no desprestígio na consideração social, no descrédito a reputação, na humilhação pública, no devassamento da privacidade, no desequilíbrio da normalidade psíquica, nos traumatismos emocionais, da depressão ou no desgaste psicológico, nas situações de constrangimento moral. ”26

O empregador ou seu preposto tem o

dever de zelar e proibir as condutas que atentem contra a integridade física e mental do empregador principalmente sua dignidade.

A prova do dano moral

23 Código Civil- Saraiva 19ª EDIÇÃO 24 Constituição Federal de 1988. Artigo 5 inciso L e X. 25CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil 6ª ed. Rev. aum. Atual 2ª tir. Rio de Janeiro : Malheiros. Editores. 2005.p.101-102. 26 CAHALI Yussef Saíd : Dano moral. 2 ed. Ver, atual. E ampl. São Paulo: revista dos Tribunais, 1998,p.20-21.

Simpósio de TCC e Seminário de IC , 2016 / 2º 752

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A busca da indenização por danos morais pelo empregado, começa com a sua saída da empresa, seja pelo pedido de demissão da sua parte ou por parte do empregador. O trabalhador precisa reunir o maior número de provas possíveis, tanto documentai como testemunhais e é importante também registrar as humilhações sofridas como dia, mês, ano, local o nome do agressor, se no momento havia algum colega que presenciou, que ajudará a demostrar com detalhes as ofensas sofridas

Embora a prova do assédio moral seja bastante criteriosa, tendo em vista que essa é uma agressão oculta, que atinge a es fera íntima da pessoa, poderá ser admitida a inversão do ônus da prova, ou seja, caberá ao empregador provar a inexistência do assédio nos casos em que já houve um elemento anterior suficiente para que se presuma a veracidade dos fatos alegados. 27

Conclusão

A existência do assédio moral é tão velha quanto o próprio trabalho, porém, os estudos e debates sobre o assunto é que são recentes e suas consequências são extremamente danosas e envolve não somente o trabalhador assediado, apesar de ser a principal vítima. A sociedade e até mesmo a própria organização onde o trabalhador fora assediado sofrem as consequências desse terror psicológico, a sociedade que terá uma previdência social sobrecarregada, pois na maioria das vezes há um afastamento temporário ou definitivo do trabalhador que passa a receber benefícios e o estabelecimento gerador do assédio sofre com a baixa produtividade, refletindo diretamente na economia.

Não se pode confundir o poder diretivo com abuso de autoridade, isso cria situações de constrangimentos e humilhações e posteriormente pode evoluir para a degradação da dignidade do empregado tornando o ambiente de trabalho insatisfatório.

No Brasil não há uma legislação específica que trate do assédio moral, existem projetos de lei no âmbito estadual, municipal e federal, que objetiva a inclusão de penas e multas no Código Penal Brasileiros à aqueles que se enquadrarem na prática do assédio moral.

A dificuldade de não se ter regulamentação específica, prejudica inclusive no momento do juiz quantificar o dano moral que vai depender tão somente do arbitramento do juiz que por sua vez, irá analisar a intensidade da ofensa sofrida.

Por fim, embora as legislações que buscam a regulamentação sobre o tema ainda

27AGUIAR, André Lu iz Souza. Assédio Moral: o direito à indenização pelos maus-tratos e humilhações sofridos no ambiente de Trabalho. São Paulo: LTr, 2005. p. 78

sejam muito t ímidas, é importante contribuir no sentido de coibir a prática do assédio moral, acabar com a imposição do medo e do terrorismo psicológico, destacando o efetivo valor do princ ípio da dignidade da pessoa humana que nos tempos de hoje é muito negligenciada.

Agradecimentos

Agradeço em primeiro lugar a Deus por em meio a todas as tribulações eu estou aqui, consegui terminar, obrigada senhor. Agradeço em especial meu avô Francisco César, por ter feito a diferença em toda minha caminhada, não só nessa etapa, mas sim em toda minha vida. Ao meu filho Isaac, por ter sido o melhor presente dessa jornada, a toda minha família pelo apoio " EU CONSEGUI", ao meu esposo Stewenson por ter feito parte do início e fim dessa jornada, obrigada meu amor pelo apoio, companheirismo, paciência, eu te amo. Agradeço aos amigos que conquistei, laços que fiz pra vida toda e também aqueles que passaram, obrigada galera, conseguimos, chegamos ao fim, obrigada a todos os professores e a faculdade Icesp por tudo.

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