direito – ambiguidade do termo

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clelio@chiesa. adv.br Clélio Chiesa Apresentação do professor É advogado atuante nas áreas de Direito Empresarial e Direito Tributário, exercendo sua atividade preponderantemente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Brasília. É também consultor na área de Direito Tributário. Mestre e doutor pela PUC/SP. Professor na graduação e nos Cursos de pós-graduação do Instituto Brasileiro de Estudos Tributário — IBET, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGVSP), da PUC/COGEAE/SP e em cursos de graduação em Direito Tributário. É autor individual de três livros e participa como co-autor de mais 22 livros, além de artigos publicados em revistas especializadas.

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Page 1: DIREITO – ambiguidade do termo

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Clélio Chiesa

Apresentação do professorÉ advogado atuante nas áreas de Direito

Empresarial e Direito Tributário, exercendo sua atividade preponderantemente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do

Sul e Brasília.É também consultor na área de Direito Tributário.

Mestre e doutor pela PUC/SP.Professor na graduação e nos Cursos de pós-

graduação do Instituto Brasileiro de Estudos Tributário — IBET, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGVSP), da

PUC/COGEAE/SP e em cursos de graduação em Direito Tributário.

É autor individual de três livros e participa como co-autor de mais 22 livros, além de artigos publicados em

revistas especializadas.

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Clélio Chiesa

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO DO IBET

AULA: DIREITO TRIBUTÁRIO E CONCEITO DE “TRIBUTO”

Clélio ChiesaMestre e Doutor pela PUC/SP

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DIREITO – ambiguidade do termo

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DIREITO POSITIVO E CIÊNCIA DO DIREITO

•Direito positivo: é o complexo de normas jurídicas válidas num dado país (sistema nomoempírico prescritivo).

•Ciência do Direito stricto sensu: tem a função de descrever o fenômeno do direito positivo, demonstrando o conteúdo dos textos normativos (enunciados prescritivos), enunciando as normas, o modo que se relacionam e como regulam a conduta intersubjetiva (sistema nomoempírico descritivo).

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Clélio Chiesa

Direito Tributário – definição – análise crítica

•Direito Tributário é, por assim dizer, o direito que disciplina o processo de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de riquezas de seus súditos, mediante a observância dos princípios reveladores do Estado de Direito. É a disciplina jurídica que estuda as relações entre o fisco e o contribuinte.

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Questão nº 9:

•Sob as luzes da matéria estudada, efetuar a crítica da seguinte sentença:

• “Direito Tributário é o ramo do Direito Público Positivo que estuda as relações jurídicas entre o Fisco e os Contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”, e propor definição para “direito tributário”.

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Direito tributário positivo: é o ramo didaticamente autônomo do direito, formado pelo conjunto de normas jurídicas que disciplinam direta ou indiretamente a instituição, arrecadação, extinção e fiscalização dos tributos, bem como pelas que instituem os deveres instrumentais e as medidas sancionatórias impostas em decorrência do descumprimento de obrigação tributária e/ou deveres instrumentais.

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Signo – relação triádica

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Suporte FísicoSuporte FísicoPalavra escrita: MANGA

Significado Significado (objeto)(objeto)

Significação - conceitoSignificação - conceito

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Direito Positivo e Ciência do Direito - seus planos

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Ciência do Ciência do DireitoDireitoSuporte Físico – enunciado Suporte Físico – enunciado

descritivodescritivo

LegislaçãoLegislação

significadsignificadoo

objetoobjetoSignificadoSignificado

objetoobjeto

LegislaçãoLegislação

Livros/DoutrinaLivros/Doutrina

SignificaçãoSignificaçãoSignificaçãSignificaçã

o o

Conduta Conduta ComportamentoComportamento

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Normas jurídicas•Significações construídas a partir dos textos de

direito positivo organizadas na forma de implicacional.

•Se ocorrer o fato “X”, então deve ser a prestação “Y”.

•Norma jurídica como “unidade irredutível de manifestação do deôntico”. Ex. pague a quantia de R$ 100,00 (insuficiente - s/ sentido deôntico, ou seja, imprestável para efeitos de normatização).

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Normas jurídicas – estrutura sintática

•Estrutura formal mínima da NJ: antecedente e conseqüente. O antecedente contempla a descrição de um fato (Ex. auferir renda) e o conseqüente prescreve uma relação deôntica entre dois ou mais sujeitos(Sa R$ (bc x al) Sp).‑ ‑

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Norma jurídica completa

•Norma jurídica completa: norma primária e secundária (bimembridade).

•Norma primária estatui os direitos e correspectivos deveres. São oriundas do direito material, civil, comercial, administrativo, tributário etc.

•Norma secundária é a que estabelece a sanção mediante o exercício da coação estatal. São oriundas do direito processual civil.

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Normas Primárias: Dispositiva e Sancionadora

•Normas primárias dispositivas: são aquelas que estabelecem relações jurídicas de direito material decorrentes de ato ou fato lícito.

•Normas primárias sancionadoras: são aquelas que estabelecem relações jurídicas de direito material decorrentes de ato ou fato ilícito.

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Enunciado: é o conjunto de palavras que, relacionadas, cumpre o requisito de serem significativas.

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Texto de lei e enunciado prescritivo•Texto é, em dado sentido, o conjunto das letras, das

palavras, frases, períodos e parágrafos, grafados nos documentos.

•Enunciado i) suporte físico• ou•Prescritivo ii) plano do sentido (significação)

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Proposição e norma jurídica

•Proposição: significação do enunciado. Nem toda proposição é uma norma jurídica.

•Norma jurídica: é a proposição prescritiva que tem a forma implicacional, associando a um possível dado fáctico uma relação jurídica.

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TRIBUTO•Questão nº 6:

•Que é tributo? Analise criticamente o art. 3° do Código Tributário Nacional. Exigi-lo em lei e mediante atividade administrativa plenamente vinculada é aspecto fundamental da definição de tributo?

•O conceito de tributo é uma construção do direito positivo ou Ciência do Direito?

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Art. 3º do CTN:•Tributo é toda prestação

pecuniária /compulsória,/ em moeda /ou cujo valor nela se possa exprimir,/ que não constitua sanção de ato ilícito/, instituída em lei/ e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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Tributo é toda prestação pecuniária•a) Essa cláusula tem amparo constitucional?•b) Tem a natureza de normas gerais?• c) É vedado às pessoas políticas instituírem tributos

com prestações in natura?•d)Tem caráter meramente explicitativo?

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Prestação compulsória• O tributo e as outras figuras afins como a requisição, a

desapropriação, a multa e o confisco.

• Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

• VII - requisição de bens.• Art. 5º ...• XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação

por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

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Prestação compulsória• Lei estadual n.º 1.963, de 11 de junho de 1999.• Art. 1.º Fica criado o Fundo de Desenvolvimento do Sistema

Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul FUNDERSUL, ‑destinado, exclusivamente, à:

• I- aquisição e manutenção de equipamentos rodoviários, inclusive de combustíveis e lubrificantes exclusivamente para atender ao DERSUL;

• II- construção, manutenção e recuperação, bem como melhoramento, de rodovias estaduais, inclusive bueiros, pontes e obras complementares;

• III- contribuição do Estado, devida a título de contrapartida obrigatória em decorrência da celebração, com a União ou com os Municípios, de convênios cuja finalidade seja a construção, manutenção, recuperação ou o melhoramento de rodovias localizadas em Mato Grosso do Sul.

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Prestação compulsória• Art. 9.º O benefício do diferimento do ICMS nas operações

internas com produtos agropecuários, de que tratam os arts. 12 e 47, I e III, e §§ 1.º e 2.º, da Lei Estadual n.º 1.810, de 22 de dezembro de 1997 (Código Tributário Estadual CTE), fica ‑condicionado a que os produtores rurais remetentes das mercadorias contribuam para a construção, manutenção, recuperação e o melhoramento de rodovias estaduais.

• Art. 10. Na hipótese de não-adesão à faculdade referida no artigo anterior, os produtos agropecuários devem pagar o ICMS no ato das saídas de mercadorias de seus estabelecimentos (CTE, art. 12, § 4.º), aplicando-se ao caso as alíquotas fixadas na lei para as operações internas (CTE, art. 41, III, a),s em qualquer redução.

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Prestação compulsória• STF – ADIn nº 2.056-1/MS – Rel. Min. Gilmar Mendes• EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. Artigos 9o a 11 e

22 da Lei n. 1.963, de 1999, do Estado do Mato Grosso do Sul. 2. Criação do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul - FUNDERSUL. Diferimento do ICMS em operações internas com produtos agropecuários. 3. A contribuição criada pela lei estadual não possui natureza tributária, pois está despida do elemento essencial da compulsoriedade. Assim, não se submete aos limites constitucionais ao poder de tributar. 4. O diferimento, pelo qual se transfere o momento do recolhimento do tributo cujo fato gerador já ocorreu, não pode ser confundido com a isenção ou com a imunidade e, dessa forma, pode ser disciplinado por lei estadual sem a prévia celebração de convênio. 5. Precedentes. 6. Ação que se julga improcedente.

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É tributo?• Lei estadual n.º 1.532, de 22 de dezembro de 1992• Art. 1.º Fica assegurado aos estudantes regularmente

matriculados em estabelecimentos de ensino de primeiro, segundo e terceiro graus existentes no Estado de Mato Grosso do Sul, o pagamento de meia entrada de valor efetivamente cobrado para o ingresso em casas de diversão, de espetáculos teatrais, musicais e circenses, em casas de exibição cinematográfica, praças esportivas e similares das áreas de esporte, cultura e lazer do Estado de Mato Grosso do Sul, na conformidade da presente Lei.

• Pergunta-se: Qual a natureza dessa exigência imposta unilteralmente pelo Estado compelindo as empresas admitirem o ingresso mediante o pagamento somente de meia entrada? Trata-se de uma contribuição de intervenção no domínio econômico? Explique.

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É tributo?• Lei n.º 8.844, 20 de janeiro de 1994:•Art. 2.º (...)•§ 4.º Na cobrança judicial dos créditos do FGTS,

incidirá encargo de 10% (dez por cento), que reverterá para o Fundo, para ressarcimento dos custos por ele incorridos, o qual será reduzido para 5% (cinco por cento), se o pagamento se der antes do ajuizamento da cobrança.

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Prestação em moeda: redundância ou não?

Prestação em “cujo valor nela se possa exprimir” amplia a possibilidade para a criação de vínculos cuja prestação não seja dinheiro?Por exemplo: o serviço eleitoral, serviço de jurado e serviço militar.

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Prestação que “que não constitua sanção de ato ilícito” Multa por atraso no IPTU é tributo?

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

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A cláusula “instituída em lei” integra os pressupostos necessários para que certa exigência se caracterize como tributo?E a cláusula “obrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”, integra?

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Seguro obrigatório de veículos tem natureza tributária?

•Norma impositiva do seguro

•Antecedente: dado o fato de ser proprietário de veículo

•Consequente: deve efetuar o pagamento de certa quantia em dinheiro anualmente

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FGTS – RESP 396.275-PR – fundamentos do acórdão

•A) A contribuição para o FGTS não tem natureza tributária. Sua sede está no artigo 165, XIII, da Constituição Federal. É garantia de índole social.

•B) Os depósitos de FGTS não são contribuições de natureza fiscal. Eles pressupóem vínculo jurídico disciplinado pelo Direito do Trabalho.

•C) Impossibilidade de, por interpretação analógica ou extensiva, aplicarem-se ao FGTS as normas do CTN.

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FGTS - Lei 8.036 de 11/06/90• Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os

empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.

• Norma jurídica dispositiva:• Antecedente: dado o fato de ser empregador• Consequente: recolher o percentual de 8% sobre a

remuneração paga aos empregados

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“Multa” e “adicional” de FGTS – LC 110, 29/06/01

• Art. 1o Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de dez por cento sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.

• Art. 2o Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores, à alíquota de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que trata o art. 15 da Lei no

8.036, de 11 de maio de 1990.

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Exigências de natureza discutível:•a) Aluguel de imóvel público•b) estadia e pesagem de veículos em terminal

alfandegário

•RESP Nº 221488-RS – Rel. GARCIA VIEIRA•EMENTA: TRIBUTÁRIO – TAXA – ESTADIA E

PASSAGEM DE VEÍCULO – TERMINAL ALFANDEGÁRIO.

•É taxa e não preço público a exação correspondente ao uso compulsório de pátio que dá acesso a terminal alfandegário.

•Recurso improvido.

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Exigências de natureza discutível:• ADI 1145-6/PB – custas judiciais• EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CUSTAS E

EMOLUMENTOS: NATUREZA JURÍDICA: TAXA. DESTINAÇÃO DE PARTE DO PRODUTO DE SUA ARRECADAÇÃO A ENTIDADE DE CLASSE: CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS: INCONSTITUCIONALIDADE. Lei 5.672, de 1992, do Estado da Paraíba. I. - As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas, segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. Precedentes do STF. II. - A Constituição, art. 167, IV, não se refere a tributos, mas a impostos. Sua inaplicabilidade às taxas. III. - Impossibilidade da destinação do produto da arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.

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Exigências de natureza discutível:•Pedágio - RE 181475 / RS:

•EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. Lei 7.712, de 22.12.88. I.- Pedágio: natureza jurídica: taxa: C.F., art. 145, II, art. 150, V. II.- Legitimidade constitucional do pedágio instituído pela Lei 7.712, de 1988. III.- R.E. não conhecido.

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Definição da natureza jurídica específica do tributo

•Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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Questão nº 8:

•Tributo cobrado com base em lei posteriormente considerada inconstitucional é tributo indevido? Qual a natureza do indébito tributário? Emitir opinião sobre o posicionamento do STJ no AGREsp 429.413-RJ (anexo V). O que seria mais correto dizer: (i) repetição do indébito tributário ou (ii) repetição do indébito “não-tributário”? Analisar a questão, considerando os seguintes momentos: (a) do pagamento do tributo; (b) do pedido de restituição; (c) da decisão que defere o pedido.

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 429.413-RJ

•a) A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora de um tributo altera a natureza jurídica dessa prestação pecuniária, que, retirada do âmbito tributário, passa a ser de indébito para com o Poder Público, e não de indébito tributário;

•b) A lei declarada inconstitucional desaparece do mundo jurídico, como se nunca tivesse existido;

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Questão nº 10: • Prefeitura Municipal de Caxias, Lei Municipal nº 2.809, de 10/10/2002• Art. 1º Esta taxa de controle de obras tem como fato gerador a prestação de serviço

de conservação de imóveis, por empresa ou profissional autônomo, no território municipal.

• Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o preço do serviço prestado.• § 1º A alíquota é de 5%.• § 2º O valor da taxa será calculado sobre o preço deduzido das parcelas

correspondentes ao valor dos materiais utilizados na prestação do serviço.• Art. 3º Contribuinte é o prestador de serviço.• Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no momento da conclusão efetiva do serviço,

devendo, desde logo, ser devidamente destacado o valor na respectiva “NOTA FISCAL DE SERVIÇOS” pelo prestador de serviço.

• Art. 5º A importância devida a título de taxa deve ser recolhida até o décimo dia útil do mês subseqüente, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido.

• Art. 6º Diante do fato de serviço prestado sem a emissão da respectiva “NOTA FISCAL DE SERVIÇOS”, a autoridade fiscal competente fica obrigada a lavrar “Auto de Infração e Imposição de Multa”, em decorrência da não-observância dessa obrigação, no valor de 50% do valor da operação efetuada.

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Estrutura da norma jurídica

Critério material•Hipótese Critério espacial• Critério temporal

• Sujeito ativo Critério pessoal

•Consequente Sujeito passivo• • Base de cálculo• Critério quantitativo• Alíquota

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Normas:•Norma dispositiva instituidora do tributo•CM: prestar serviços de conservação de imóveis, por

empresa ou profissional autônomo•CE: todo o território do município de Caxias do Sul•CT: momento da conclusão efetiva do serviço

•SA: o município de Caxias do Sul•SP: o prestador do serviço•BC: preço do serviço deduzidas as parcelas

correspondentes ao valor dos materiais utilizados na prestação do serviço

•AL: 5%

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Normas:•Norma dispositiva Sancionadora•CM: deixar de recolher a taxa de controle de obra

referente a serviços de conservação de imóveis, por empresa ou profissional autônomo

• CE: todo o território do município de Caxias do Sul•CT: no dia seguinte ao décimo dia útil do mês

subsequente ao da prestação do serviço •SA: o município de Caxias do Sul•SP: o prestador do serviço infrator•BC: valor do tributo devido•AL: 10%

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Normas:•Norma dispositiva instituidora de dever instrumental

•CM: prestar serviços de conservação de imóveis, por empresa ou profissional autônomo

•CE: todo o território do município de Caxias do Sul•CT: momento da conclusão efetiva do serviço

•SA: o município de Caxias do Sul•SP: o prestador do serviço•Dever jurídico: emitir nota fiscal

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Normas:• Norma dispositiva sancionadora por descumprimento de

dever instrumental• Hipótese:• CM: deixar de emitir nota fiscal referente a serviços de

conservação de imóveis, por empresa ou profissional autônomo• CE: todo o território do município de Caxias do Sul• CT: momento da conclusão efetiva do serviço

• Consequência:• SA: o município de Caxias do Sul• SP: o prestador do serviço• BC: valor da operação efetuada• AL: 50%

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Normas:• Norma dispositiva de natureza administrativa• Hipótese:• CM: constatar a ocorrência de prestação serviços de

conservação de imóveis, por empresa ou profissional autônomo sem a devida emissão de nota fiscal

• CE: todo o território do município de Caxias do Sul• CT: momento da constatação

• Consequência:• SA: o município de Caxias do Sul• SP: autoridade fiscal• Dever jurídico: lavrar auto de infração exigindo o tributo e

aplicar multa

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Considerações finais

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F I M